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RESUMO NEUROANATOMIA FUNCIONAL MACHADO

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TUTORIAL I – MÓDULO VI 
CAPÍTULO I - FILOGÊNESE DO SISTEMA NERVOSO 
 Origem de alguns reflexos: 
▪ Irritabilidade ou ser sensível a um estímulo – permite a 
célula a detectar mudanças do ambiente e reage. 
▪ Condutibilidade – impulso que é conduzido através do 
protoplasma determinando uma resposta em outra 
parte da célula. 
▪ Contratilidade – resposta de encurtamento da célula 
 Os neurônios situados na superfície do animal são 
especializados em reconhecer os estímulos e conduzir os 
impulsos ao sistema nervoso central (neurônios sensitivos ou 
aferentes). Os neurônios situados nos gânglios e 
especializados na condução do impulso do sistema nervoso 
central até o efetuador, no caso o musculo, chamam-se de 
neurônios motores ou eferentes. A conexão do neurônio 
sensitivo com o neurônio motor se faz através de uma 
sinapse localizada no gânglio, como um arco reflexo simples. 
 Reflexos da Medula Espinhal dos Vertebrados 
um exemplo é o reflexo patelar, o qual se dá por arco reflexo 
simples, quando o neurologista bate com seu martelo no 
joelho do paciente, projetando a perna pra frente. O martelo 
produz estiramento do tendão que acaba por estimular 
receptores no musculo quadríceps, dando origem a impulsos 
nervosos que seguem pelo neurônio sensitivo. O 
prolongamento central desses neurônios penetra na medula 
e termina fazendo sinapse com neurônios motores ali 
situados, fazendo que o impulso saia pelo axônio do neurônio 
motor e volta ao membro inferior. Na medula espinhal existe 
uma segmentação evidenciada pela conexão de vários pares 
de nervos espinhais. Existem reflexos na medula nos quais a 
parte aferente do arco reflexo se liga á parte eferente no 
mesmo segmento ou em segmentos adjacentes, chamados 
de intrasegmetares (reflexo patelar). Nesses reflexos há 
neurônios de associação. 
Evolução dos três neurônios fundamentais do sistema 
nervoso 
Neurônio Aferente (sensitivo) – relacionado inicialmente 
com a superfície do animal. Esse neurônio é bipolar, estando, 
nos vertebrados, quase que totalmente junto ao SNC sem 
penetrar nele. 
Neurônio Eferente (motor) – o impulso desse neurônio 
determina uma secreção ou uma contração. O corpo do 
neurônio eferente surgiu dentro do SNC. Contudo, neurônios 
motores que inervam os músculos lisos, músculos cardíacos 
ou glândulas tem seus corpos fora do SNC, estando situados 
em gânglios viscerais, os quais pertencem ao sistema 
nervoso autônomo SNA e são chamados de neurônios pós-
ganglionares. 
 Neurônio de Associação – o seu aparecimento trouxe 
considerável aumento do número de sinapses, aumentando 
a complexidade do sistema nervoso e a realização de 
padrões de comportamentos cada vez mais elaborados. O 
corpo desse neurônio permaneceu sempre dentro do SNC e 
seu número aumentou muito durante a evolução. Esse 
aumento foi na extremidade anterior dos animais, sendo a 
extremidade que entra em contato com as mudanças 
ambientais primeiro. os neurônios de associação constituem 
a grande maioria dos neurônios existentes no SNC dos 
vertebrados. 
EMBRIOLOGIA 
SN se origina da ectoderme, folheto mais externo. O primeiro 
indício é um espessamento desse folheto, situado acima da 
notocorda, formando a placa neural por volta do vigésimo 
dia de gestação. A notocorda tem papel importante como 
indução da formação da placa neural e a subsequente 
formação e desenvolvimento do tubo neural. Depois disso, a 
notocorda se degenera e persiste apenas na parte que forma 
o núcleo pulposo das vertebras. A placa neural cresce 
progressivamente, fica mais espessa e adquire um sulco 
longitudinal chamado de sulco neural, o qual se aprofunda 
formando a goteira neural. Os lábios da goteira neural se 
fundem para formar o tubo neural. O ectoderma não 
diferenciado se fecha sobre o tubo neural para isolar ele do 
meio externo. No ponto em que o ectoderma encontra os 
lábios da goteira neural, desenvolvem-se celular que formam 
de cada lado uma lâmina longitudinal denominada crista 
neural, situada dorsolateralmente ao tubo neural. O tubo 
neural da origem a elementos do SNC, ao SNP, além de 
elementos não pertencentes ao SN. 
Crista Neural – após sua formação, são contínuas no sentido 
craniocaudal. Elas se dividem rapidamente dando origem a 
diversos fragmentos que vão formar os gânglios espinhais, 
situados na raiz dorsal dos nervos espinhais. Neles se 
diferenciam os neurônios sensitivos, pseudounipolares, cujos 
prolongamentos centrais se ligam ao tubo neural, enquanto 
os periféricos se ligam aos Dermátomos dos somitos. Várias 
células da crista neural migram e dão origem a células em 
tecidos situados longe do SNC como gânglios sensitivos, 
gânglios do SNA (viscerais), medula da glândula suprarrenal, 
melanócitos, células de Schwann, anficitos, odontoblastos, 
meninge dura-mater e meninge aracnoide. 
Tubo Neural – o fechamento da goteira neural e a fusão do 
ectoderma não diferenciado é um processo que se inicia no 
meio da goteira neural e é mais lento em suas extremidades, 
assim, em um momento tem-se no embrião o tubo neural e 
a goteira nas extremidades. Mesmo em fases mais 
adiantadas, permanecem nas extremidades cranial e caudal 
dois pequenos orifícios que são chamados de neuroporo 
rostral e neuroporo causal, sendo as últimas partes do SN a 
se fechar. 
PAREDES DO TUBO NEURAL 
O crescimento das paredes e a diferenciação de células na 
parede dão origem ás seguintes formações: 
▪ lâminas alares –Dessas lâminas e das basais derivam os 
neurônios e grupos de neurônios (núcleos) ligados á 
sensibilidade e a motricidade, situados na medula e no 
tronco encefálico. 
▪ lâminas basais 
▪ lâminas do assoalho – forma o sulco mediano do 
assoalho do IV ventrículo. 
▪ lâmina do teto – permanece muito fina e da origem ao 
epêndima da tela coroide e dos plexos coroides. 
DILATAÇÕES DO TUBO NEURAL 
Desde sua formação, o calibre não é uniforme. A parte 
cranial, que da origem ao encéfalo no adulto, torna-se 
dilatada e constitui o encéfalo primitivo ou arquencéfalo. A 
parte caudal, que da origem da medulo no adulto, 
permanece uniforme e constitui a medula primitiva do 
embrião. No arquencéfalo distinguem-se inicialmente três 
dilatações, que são as vesículas encefálicas primitivas 
(prosencéfalo), mesencéfalo e rombencéfalo. O prosencéfalo 
da origem a duas vesículas, o telenfécalo e o diencéfalo. O 
mesencéfalo não se modifica e o rombencéfalo origina o 
metencéfalo e o mielencéfalo. O telencéfalo compreende 
uma parte mediana, na qual se invaginam duas porções 
laterais, as vesículas telencefálicas laterais. A parte mediana 
é fechada anteriormente por uma lâmina que constitui a 
porção mais cranial do sistema nervoso e se denomina 
lâmina terminal. Essas vesículas crescem muito para formar 
os hemisférios cerebrais e escondem a parte mediana e o 
diencéfalo. 
CAVIDADES DO TUBO NEURAL –A luz da medula primitiva 
forma o canal central da medula ou canal do epêndima. A 
cavidade dilatada do rombencéfalo forma o IV ventrículo. As 
cavidades do diencéfalo e da parte mediana do telencéfalo 
formam o III ventrículo. A luz do mesencéfalo permanece 
estreita e forma o aqueduto cerebral que une o III ao IV 
ventrículo. A luz das vesículas telencefálicas laterais forma os 
ventrículos laterais, unidos ao III ventrículo pelos dois 
forames interventriculares. Todas essas cavidades são 
revestidas por epitélio cuboide chamado de epêndima, e com 
exceção do canal central da medula, contém LCR. 
Diferenciação e Organização Neuronal – no embrião de 4 
meses, as principais estruturas já estão formadas, porém o 
córtex cerebral e o cerebelo são lisos. Os sulcos e giros são 
formados em razão da alta taxa de expansão da superfície 
cortical, assim o córtex cerebral tem que se dobrar para 
caber na cavidade craniana. 
 PROLIFERAÇÃO E MIGRAÇÃO NEURONAL – intensifica-se 
após a formação do tubo neural eocorre paralelamente ás 
transformações anatômicas. As células precursoras do 
neurônio passam a se dividir assimetricamente, formando 
uma célula precursora e um neurônio jovem que inicia o 
processo de migração da região proliferativa periventricular 
para a região mais externa, para formar o córtex cerebral e 
suas camadas. Os neurônios migram aderidos a 
prolongamentos da glia radial, fileira de células justapostas 
cujos prolongamentos vão da superfície ventricular até a 
superfície externa e são precursoras dos Astrócitos, como se 
fossem trilhos. Os neurônios migrantes de cada camada 
param após ultrapassar a camada antecedente por meio de 
sinais moleculares secretados por neurônios já migrados. 
DIFERENCIAÇÃO NEURONAL – os neurônios jovens adquirem 
características morfológicas e bioquímicas próprias da 
função que irão exercer. Emitem seus axônios que tem que 
alcançar o alvo em locais distantes de estabelecer sinapses. 
A diferenciação em um ou outro tipo de neurônio depende da 
secreção de fatores por determinados grupos de neurônios 
que irão influenciar outros grupos a expressar determinados 
genes e desligar outros. Fatores indutores, ativando genes 
diferentes em diversos níveis, aos poucos vão tornando 
diferentes as células que inicialmente eram iguais. A 
extremidade do axônio, chamada de cone de crescimento, é 
especializada em “tatear o ambiente” e conduzir o axônio 
até o alvo correto, por meio do reconhecimento químico 
presente no microambiente neural e que irão atrai-lo ou 
repeli-lo. Ao chegar próximo da região alvo, a extremidade 
do axônio ramifica-se e começa a sinaptogenese. 
MORTE NEURONAL PROGRAMADA E ELIMINAÇÃO DE 
SINAPSES – regulada pela quantidade de tecido-alvo 
presente e os aferentes, eles produzem uma série de fatores 
neurotróficos que são captados pelos neurônios. Esses 
fatores atuam sobre o DNA neuronal, induzem um processo 
ativo de morte celular por apoptose. 
MIELINIZAÇÃO – considerado o final da maturação 
ontogenética do SN, completando-se em épocas diferentes e 
em áreas diferentes do SNC. A última região a concluir esse 
processo é o córtex da região anterior do lobo frontal (área 
pré-frontal), responsável pelas funções psíquicas superiores. 
TECIDO NERVOSO 
O neurônio é a unidade fundamental com função de receber, 
processar e enviar informações. A neuroglia possui células 
que ocupam espaços entre os neurônios, com funções de 
sustentação, revestimento e de defesa. 
NEURONIOS – células altamente excitáveis que se 
comunicam entre si ou com células efetuadoras usando 
linguagem elétrica, a qual modifica o potencial de 
membrana. 
CORPO CELULAR – núcleo e citoplasma (centro metabólico) 
com organelas citoplasmáticas encontradas em outras 
células. Núcleo viscoso com nucléolos evidentes, porém 
existem neurônios com núcleo denso (córtex cerebelar). O 
citoplasma neuronal é chamado de pericário, muitos 
ribossomos, retículo endoplasmático rugoso e liso e aparelho 
de golgi (organelas envolvidas na síntese proteica), além de 
ter muitas mitocôndrias pequenas. Os ribossomos podem 
concentrar-se em áreas do citoplasma onde ocorrem livres 
ou aderidos ás cisternas do reticulo endoplasmático, logo a 
microscopia ópitica apresenta grumos basofílicos chamados 
de Corpúsculos de Nissl ou substância cromidial. Possui 
função de degradação pela presença de lisossomas, 
chamados de grânulos de lipofuscina A forma e tamanha soa 
extremamente variáveis, podendo ser piriformes e grandes 
nas células de Purkinje, e esferoides e pequenas nos gânglios 
cerebelares. O corpo celular, como os dendritos, é local de 
recepção de estímulos através de contatos sinápticos. Nas 
áreas da membrana que não recebem contatos sinápticos, 
apoiam-se células de glia. 
DENDRITOS – geralmente curtos, ramificam-se 
profusamente como galhos originando dendritos menores, 
tendo as mesmas organelas do pericário. Entretanto, o 
aparelho de golgi limita-se a áreas mais calibrosas, próximas 
ao pericário. Já os corpúsculos de Nissl penetra nos ramos 
mais afastados, diminuindo gradativamente até ser excluída 
das menores divisões. Especializados em receber estímulos, 
traduzindo-os em alterações do potencial de repouso da 
membrana que se propagam em direção ao corpo do 
neurônio e deste em direção do cone de implantação do 
axônio. Na sua estrutura têm-se espinhas dendríticas, 
expansões da membrana plasmática do neurônio com 
características específicas. Constituídas por um componente 
distal globoso, ligado a superfície do dendrito por uma haste. 
A parte globosa está conectada a um ou dois terminais 
axonicos, formando com eles sinapses axodendríticas. 
AXÔNIO – prolongamento longo e fino que se origina do 
corpo ou de um dendrito principal, em região chamada de 
cone de implantação desprovida de substância cromidial. 
Seu citoplasma contem Microtúbulos, neurofilamentos, 
microfilamentos, reticulo endoplasmático liso, mitocôndrias 
e vesículas. Depois de emitir número variável de colaterais, 
sofrem arborização terminal, estabelecendo conexões com 
outros neurônios ou células efetoras a partir dessa estrutura. 
Alguns neurônios são especializados em secreções, logo seus 
axônios terminam próximos a capilares sanguíneos que 
captam o produto da secreção liberada (neurônios 
neurossecretores), presentes no hipotálamo. 
Atividade Elétrica dos Neurônios – no meio intracelular do 
neurônio há predomínio de cargas negativas e potássio, já no 
meio extracelular há predomínio de sódio e cloro. Na maioria 
dos neurônios, o potencial de membrana em repouso fica em 
torno de -60mV a -70mV, com excesso de cargas negativas 
dentro da célula. O movimento de íons através da membrana 
permite alterações do potencial, os quais apenas atravessam 
a membrana por canais iônicos (proteínas seletivas) que 
obedecem a gradientes de concentração elétrica, voltagem, 
neurotransmissores, fosforilação ou estímulos mecânicos. A 
despolarização é excitatória e significa redução da carga 
negativa dentro da célula (aumento de sódio intracelular), 
enquanto Hiperpolarização é inibitória e significa aumento 
da carga negativa dentro da célula (aumento de cloro 
intracelular). O potencial de ação se propaga dos dendritos 
em direção ao corpo, depois em direção ao axônio. A 
abertura dos canais de Na e K sensíveis a voltagem no 
segmento inicial do axônio (zona de disparo) gera alteração 
do potencial de membrana denominado potencial de ação ou 
impulso nervoso, ou seja, despolarização da membrana de 
grande amplitude (70-110mV), do tipo “tudo ou nada”, 
capaz de repetir-se ao longo do axônio. Portanto, o axônio é 
especializado em gerar e conduzir o potencial de ação. A 
despolarização deve-se a grande entrada de na, seguida da 
repolarização causada por saída de K através dos canais de 
voltagem que abrem-se mais lentamente. A volta das 
condições normais ocorre por ação da bomba de sódio e 
potássio. 
Fluxo Axoplasmático – por não conter ribossomos, os 
axônios são incapazes de realizar a síntese proteica, assim 
todas as proteínas necessárias são derivadas do pericário. As 
terminações axônicas necessitam de organelas como 
mitocôndrias e reticulo liso, logo é necessário um fluxo de 
substâncias insolúveis e de organelas do pericário para o 
axônio. É necessário que esse fluxo seja no sentido oposto, 
em direção ao pericário, chamado de fluxo retrógrado. Há 
também fluxo Axoplasmático anterógrado, que flui do 
pericário para as terminações axônicas. As terminações 
axônicas realizam endocitose, permitindo a captação de 
substâncias tróficas como fatores de crescimento de 
neurônios, os quais são carregados até o corpo celular. 
NEUROGLIA – os neurônios relacionam-se com células 
(gliócitos) coletivamente denominadas neuroglias ou glia. 
Essas células são capazes de se multiplicarem por mitose, 
mesmo em adultos. 
NEUROGLIA DO SNC – Derivam do neuroectoderma,com 
exceção dos Microgliócitos. Os astrócitos e os 
oligodendrócitos são chamados de macróglia, e os 
microgliócitos de micróglia. 
ASTRÓCITOS: São conhecidos como pés vasculares, pois se 
apoiam em capilares sanguíneos. Seus processos contatam 
também os corpos neuronais e dendritos em locais 
desprovidos de sinapses, também podem envolvê-las e 
isolando-as. Logo, possui função de sustentação e 
isolamento de neurônios. Além disso, participam do controle 
de níveis de K extracelular (baixa concentração), receptação 
de neurotransmissores (glutamato), armazenam glicogênio, 
ocupam áreas lesadas como cicatrizes, adquirem função 
fagocítica nas sinapses em caso de degeneração axônica, 
secreção de fatores neurotróficos. 
OLIGODENDRÓCITOS:. O oligodendrócito satélite ou 
perineuronal fica situado jutno ao pericário e aos dendritos, 
já o oligodendrócito fascicular é encontrado junto ás fibras 
nervosas. Esses últimos são responsáveis pela formação da 
bainha de mielina em axônios do SNC. 
MICROGLIÓCITOS: pequenos e alongados com núcleo denso 
também alongado e de contorno irregular. Possuem poucos 
prolongamentos e são encontrados tanto na substância 
branca como na cinzenta, onde fazem processo de 
fagocitose. Equivalem a um tipo de macrófago com funções 
de remoção de células mortas, detritos e microrganismos 
invasores, podendo aumentar em caso de injúria e 
inflamação (aporte de monócitos). 
CÉLULAS EPENDIMÁRIAS: São células cuboides ou 
prismáticas que forram, como epitélio de revestimento 
simples, as paredes dos ventrículos cerebrais, o aqueduto 
cerebral e o canal central da medula. Nos ventrículos, em 
especial, um tipo de célula ependimária modificada recobre 
tufos de tecido conjuntivo, rico em capilares sanguíneos, os 
quais se projetam da pia-mater, constituindo os plexos 
coroides (produção de líquor). 
NEURÓGLIA DO SNP 
 CÉLULAS SATÉLITE: envolvidas com o pericário dos 
neurônios, dos gânglios sensitivos e do SNA. Geralmente 
lamelares ou achatadas, dispostas de encontro aos 
neurônios. 
CÉLULAS DE SCHWANN: circundam os axônios, formando 
seus envoltórios, os quais são a bainha de mielina e o 
neurilema. Possuem núcleos ovoides ou alongados com 
nucléolos evidentes. Em caso de injuria, fornecem substrato 
que permite apoio e crescimento para regeneração das 
fibras nervosas. Podem apresentar capacidade fagocítica e 
secretar fatores tróficos. 
FIBRAS NERVOSAS 
Uma fibra compreende um axônio e, quando presente, seus 
envoltórios Gliais. O principal envoltório é a bainha de 
mielina, a qual funciona como isolante elétrico, logo quando 
as fibras são envolvidas pela bainha, são chamadas de fibras 
nervosas mielínicas ou mielinizadas. Essa bainha é produzida 
pelas células de Schwann, pelo pericário, e por 
oligodendrócitos. No SNC, sabe-se que a substância branca 
contém fibras mielínicas e neuroglia com corpos de 
neurônios, e que a substância cinzenta contém fibras 
amielínicas com neuroglia. As fibras se reúnem em feixes 
chamados de tratos ou fascículos. No SNP, também se 
reúnem assim, formando os nervos. 
NERVOSAS MIELÍNICAS – no SNP, cada axônio é envolvido 
por células de Schwann, as quais se posicionam em intervalos 
ao longo do comprimento. Nos axônios motores e na maioria 
dos sensitivos, essas células formam duas bainhas, a de 
mielina e o neurilema. Para isso, cada célula forma um curto 
cilindro de mielina, dentro do qual se localiza o axônio, o 
restante da célula fica achatado sobre a mielina, formando o 
neurilema. Essas bainhas interrompem-se em intervalos 
mais ou menos regulares, chamados de nódulos de Ranvier, 
e cada segmento de fibra situado entre eles é chamado de 
internódulo. Cada internódulo compreende uma célula de 
Schwann (mil dessas células podem estar num axônio). No 
nível de arborização axônica, a bainha desaparece, mas o 
neurilema continua até as porções terminais. No SNC, 
prolongamentos de oligodendrócitos produzem essa bainha, 
porém os corpos células ficam a certa distância do axônio 
para não formar neurilema. A bainha de mielina é formada 
por várias lamelas concêntricas, originadas de voltas de 
membrana da célula glial ao redor do axônio. Ela é composta 
de lipídeos e proteínas, principalmente fosfolipídeos. Os 
canais de Na e K encontram-se apenas nos nódulos de 
Ranvier, logo a condução do impulso é saltatório, o que 
confere maior velocidade. Isso é possível pelo caráter 
isolante da bainha, que permite a corrente eletrônica 
percorrer todo o internódulo sem extinguir-se. Em cada 
célula de Schwann forma-se um sulco ou goteira que contém 
o axônio. Segue-se o fechamento dessa goteira com 
formação de uma estrutura com dupla membrana chamada 
mesaxôni. Esse mesaxônio alonga-se e enrola-se ao redor do 
axônio várias vezes, assim o resto da célula (citoplasma e 
núcleo), forma o neurilema. 
FIBRAS NERVSAS AMIELÍNICAS: no SNP há fibras do SNA 
(fibras pós-ganglionares) e algumas fibras sensitivas muito 
finas que se envolvem por células de Schwann sem que haja 
formação da bainha de mielina. Cada célula, nessas fibras, 
pode envolver, em Invaginações de sua membrana, até 15 
axônios. No SNC, as fibras amielínicas não possuem 
envoltórios, apenas os prolongamentos dos astrócitos tocam 
os axônios amielínicos. Essas fibras amielínicas conduzem o 
impulso mais lentamente, já que a ausência de mielina 
impede a condução saltatória. 
NERVOS – após sair do tronco encefálico, da medula espinhal 
ou dos gânglios sensitivos, as fibras motoras e sensitivas 
reúnem-se em feixes que se associam a estruturas 
conjuntivas, formando os nervos espinhais e cranianos. Os 
grandes nervos são mielínicos, apresentam envoltório de 
tecido conjuntivo rico em vasos, o Epineuro. O Epineuro 
penetra entre os fascículos, porém cada fascículo é 
delimitado pelo perineuro, o qual é formado por tecido 
conjuntivo denso ordenado e células epiteliais lamelares ou 
achatadas. Essas células unem-se umas ás outras por 
junções íntimas ou de oclusão e assim isolam as fibras 
nervosas do contato com o liquido intersticial do Epineuro e 
adjacências. Dentro de cada fascículos, delicadas fibras 
colágenas formam o endoneuro, que envolve cada fibra 
nervosa, delimitado pela membrana basal da célula de 
Schwann. A medida que o nervo se distancia de sua origem, 
os fascículos o abandonam para entrar nos órgãos a serem 
inervados, assim encontram-se nervos mais finos formados 
apenas por um fascículo e seu envoltório perineural. Os 
capilares sanguíneos do endoneuro são semelhantes aos do 
SNC, e portanto capazes de selecionar moléculas que entram 
em contato com as fibras, tendo-se uma barreira 
hematoneural semelhante á hematoencefálica. 
CAPÍTULO 8 – MENINGES E LIQUOR 
MENINGES 
DURA-MATER (externa) – espessa, vascularizada e inervada, 
principal artéria é a artéria meníngea média e inervada pelo 
nervo trigêmeo. Composta por dois folhetos, o externo 
(aderido aos ossos) e interno. O folheto interior forma 
PREGAS DURAIS que dividem a cavidade craniada: 
▪ Foice do cérebro 
▪ Tenda do cerebelo 
▪ Foice do cerebelo 
▪ Diafragma selar 
 SEIOS DA DURA-MÁTER – canais venosos formados pelo 
folheto interno, situados entre os dois folhetos, drenam para 
as veias jugulares internas: A confluência desses seios é 
chamada de torcula. 
 ARACNÓIDE – membrana delicada, justaposta á dura-máter 
e separada por um espaço virtual, o espaço Subdural. O 
espaço subaracnóideo (abaixo da Aracnóide), o qual é 
formado pelas trabéculas aracnóideas, contém o LCR, e 
alguns locais possuem dilatações com conteúdo maior de 
líquor, os quais são chamados de CISTERNAS. Em alguns 
pontos, a aracnoide forma pequenos tufos no interior dos 
seios (abundante no seio sagital superior), formando as 
granulações aracnóideas, as quais drenam o líquor para o 
sistema venoso 
PIA-MÁTER – membrana mais interna das meninges e não 
destacável. Ela dá resistênciaaos órgãos nervosos e também 
acompanha os vasos que penetram no tecido nervoso, 
formando a parede externa do espaço perivascular. 
LÍQUOR LCR 
 
O líquor é produzido no plexo coroide, presente em cavidades 
no cerébro e na medula espinhal, e atua como um 
amortecedor protegendo as estruturas cerebrais e 
medulares; fornece nutrientes essenciais para o cérebro e 
possui importante função na remoção dos resíduos 
provenientes da atividade cerebral e no equilíbrio da pressão 
intracraniana. O Líquor circula ao redor das estruturas 
cerebrais em íntimo contato com as membranas e células 
nervosas.

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