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WBA1033_v1.0
Hematologia clínica
Hemograma: a avaliação laboratorial 
do sangue
Hemograma manual versus hemograma 
automatizado
Bloco 1
Tatiane Marques
Hemograma
• Exame mais solicitado na rotina laboratorial.
Figura 1 – Amostra de sangue para hemograma
Fonte: MedstockPhotos/ Shutterstock.com. 
Por que é tão solicitado?
Hemograma.
Neoplasias.
Doenças 
autoimunes.
Anemias.
Hemoglobin
opatias.
Coagulopatias.
Infecções.
Distúrbios 
da medula 
óssea.
Alergias.
Hemograma manual
Figura 2 – Hemograma manual
Fonte: adaptada de Jarun Ontakrai/; 
SIRIKWAN DOKUTA/ Shutterstock.com. 
Hemograma manual
Figura 3 – Contagem manual de células em câmara de Neubauer
Fonte: adaptada de Schira; DoctorIce
Photography/Shuttersrock.com.
Hemograma automatizado
Figura 4 – Contagem automatizada de células por citometria
Fonte: Li Wa/ Shuttersrock.com. 
Hemograma: a avaliação 
laboratorial do sangue
Eritrograma, leucograma, plaquetograma
Bloco 2
Tatiane Marques
Eritrograma: avaliação das hemácias
Contagem total.
Hematócrito.
VCM.
HCM.
CHCM.
Hemoglobina.
RDW.
Leucograma: avaliação dos leucócitos
Contagem total.
Segmentados.
Monócitos.
Eosinófilos.
Basófilos.
Linfócitos.
Blastos.
Plaquetograma: avaliação das plaquetas
Contagem total.
VPM.
PDW.
Plaquetócrito.
Alterações nas células sanguíneas
Eritrócitos Leucócitos Plaquetas
Tamanho. Micro/macro/megalócitos. - Macro/gigantes.
Forma. Poiquilócitos (vários tipos). Atipias Pelger. Agranular.
Coloração celular. Hipo/hipercromia
Policromasia.
Basofilias. Cinzenta.
Inclusões. Pontilhados, howell-jolly, 
plasmódios.
Tóxicas.
Dohle.
-
Quadro 1 – Principais características de alterações das células do sangue
Fonte: adaptado de Naum; Naum (2008).
Alterações nas células sanguíneas
Figura 5 – Poiquilocitose Figura 6 – Linfócitos atípicos
Figura 7 – Plaqueta gigante
Fonte: David A Litman/Shuttersrock.com.
Fonte: Arif biswas/ Shuttersrock.com.
Fonte: SIRIKWAN DOKUTA/ 
Shuttersrock.com. 
Hemograma: a avaliação 
laboratorial do sangue
Alterações diagnósticas
Bloco 3
Tatiane Marques
Hemograma na anemia
Hemograma completo
Material sangue: sangue Método: automatizado
Eritrograma Valores de referência
Hemácias: 4,38milhões/mm3 4.00 a 5.20 milhões/mm3
Hemoglobina: 13,6g% 11.7 a 15.7g%
Hematócrito: 40% 36.0 a 47.0%
V.C.M. 78,05fl 80.0 a 100.0fl
H.C.M 25.04pg 26.0 a 32.0pg
C.H.C.M. 314% 32.0 a 36.0%
RDW: 10%
Leucograma Valores de Referência
Leucócitos: 5.750/mm3 4.000 a 11.000/mm3
Basófilos: 1% 58/mm3 0 a 1% 0 a 110/mm3
Eosinófilos: 1% 58/mm3 0 a 1% 0 a 110/mm3
Mielócitos: 0% 0/mm3 0 a 0% 0 a 0/mm3
Metamielócitos: 0% 0/mm3 0 a 0% 0 a 0/mm3
Bastões: 0% 0/mm3 0 a 5% 0 a 550/mm3
Segmentados: 66% 3.795/mm3 40 a 70% 1.600 a 7.700/mm3
Linfócitos: 26% 1.495/mm3 20 a 40% 800 a 4.400/mm3
Linfócitos atípicos: 0% 0/mm3 0 a 5% 0 a 550/mm3
Monócitos: 6% 345/mm3 2 a 12% 80 a 1320/mm3
Plaquetograma Valores de Referência
Plaquetas: 182mil/mm3 4.00 a 5.20 milhões/mm3
Quadro 2 – Alterações no hemograma de um paciente com anemia
Fonte: elaborado pelo autor. 
Hemograma na infecção viral
Hemograma completo
Material sangue: sangue Método: automatizado
Eritrograma Valores de referência
Hemácias: 4,12milhões/mm3 4.00 a 5.20 milhões/mm3
Hemoglobina: 12,1g% 11.7 a 15.7g%
Hematócrito: 41,6% 36.0 a 47.0%
V.C.M. 93,06fl 80.0 a 100.0fl
H.C.M 31,89pg 26.0 a 32.0pg
C.H.C.M. 35,34% 32.0 a 36.0%
RDW: 13,40%
Leucograma Valores de Referência
Leucócitos: 3.578/mm3 4.000 a 11.000/mm3
Basófilos: 1% 58/mm3 0 a 1% 0 a 110/mm3
Eosinófilos: 1% 58/mm3 0 a 1% 0 a 110/mm3
Mielócitos: 0% 0/mm3 0 a 0% 0 a 0/mm3
Metamielócitos: 0% 0/mm3 0 a 0% 0 a 0/mm3
Bastões: 0% 0/mm3 0 a 5% 0 a 550/mm3
Segmentados: 39% 1426/mm3 40 a 70% 1.600 a 7.700/mm3
Linfócitos: 26% 1.495/mm3 20 a 40% 800 a 4.400/mm3
Linfócitos atípicos: 0,5% 1/mm3 0 a 5% 0 a 550/mm3
Monócitos: 6% 345/mm3 2 a 12% 80 a 1320/mm3
Plaquetograma Valores de Referência
Plaquetas: 3.7mil/mm3 4.00 a 5.20 milhões/mm3
Quadro 3 – Alterações no hemograma de um paciente com dengue
Fonte: elaborado pelo autor.
Hemograma nas neoplasias sanguíneas
Hemograma completo
Material sangue: sangue Método: automatizado
Eritrograma Valores de referência
Hemácias: 4,47milhões/mm3 4.00 a 5.20 milhões/mm3
Hemoglobina: 14,7g% 11.7 a 15.7g%
Hematócrito: 41,6% 36.0 a 47.0%
V.C.M. 93,06fl 80.0 a 100.0fl
H.C.M 31,89pg 26.0 a 32.0pg
C.H.C.M. 35,34% 32.0 a 36.0%
RDW: 13,40%
Leucograma Valores de Referência
Leucócitos: 40.750/mm3 4.000 a 11.000/mm3
Basófilos: 1% 58/mm3 0 a 1% 0 a 110/mm3
Eosinófilos: 1% 58/mm3 0 a 1% 0 a 110/mm3
Mielócitos: 0% 0/mm3 0 a 0% 0 a 0/mm3
Metamielócitos: 0% 0/mm3 0 a 0% 0 a 0/mm3
Bastões: 10% 1.000/mm3 0 a 5% 0 a 550/mm3
Segmentados: 80% 80.000/mm3 40 a 70% 1.600 a 7.700/mm3
Linfócitos: 26% 1.495/mm3 20 a 40% 800 a 4.400/mm3
Linfócitos atípicos: 0% 0/mm3 0 a 5% 0 a 550/mm3
Monócitos: 8% 1587/mm3 2 a 12% 80 a 1320/mm3
Plaquetograma Valores de Referência
Plaquetas: 182mil/mm3 4.00 a 5.20 milhões/mm3
Quadro 4 – Alterações no hemograma de um paciente com leucemia
Fonte: elaborado pelo autor.
Hemograma do recém-nascido
Hemograma completo
Material sangue: sangue Método: automatizado
Eritrograma Valores de referência
Hemácias: 4,47milhões/mm3 4.00 a 5.20 milhões/mm3
Hemoglobina: 14,7g% 11.7 a 15.7g%
Hematócrito: 41,6% 36.0 a 47.0%
V.C.M. 93,06fl 80.0 a 100.0fl
H.C.M 31,89pg 26.0 a 32.0pg
C.H.C.M. 35,34% 32.0 a 36.0%
RDW: 13,40%
Leucograma Valores de Referência
Leucócitos: 5.750/mm3 4.000 a 27.000/mm3
Basófilos: 1% 58/mm3 0 a 1% 0 a 160/mm3
Eosinófilos: 1% 58/mm3 0 a 1% 0 a 1000/mm3
Mielócitos: 0% 0/mm3 0 a 0% 0 a 160/mm3
Metamielócitos: 0% 0/mm3 0 a 0% 0 a 600/mm3
Bastões: 0% 0/mm3 0 a 5% 0 a 2.000/mm3
Segmentados: 66% 3.795/mm3 40 a 70% 1.800 a 19.000/mm3
Linfócitos: 26% 1.495/mm3 20 a 40% 1500 a 7.100/mm3
Linfócitos atípicos: 0% 0/mm3 0 a 5% 0 a 550/mm3
Monócitos: 6% 345/mm3 2 a 12% 80 a 1320/mm3
Plaquetograma Valores de Referência
Plaquetas: 182mil/mm3 4.00 a 5.20 milhões/mm3
Quadro 5 – Alterações no hemograma de um paciente recém-nascido
Fonte: elaborado pelo autor.
Hemograma na doença autoimune
Hemograma completo
Material sangue: sangue Método: automatizado
Eritrograma Valores de referência
Hemácias: 4,47milhões/mm3 4.00 a 5.20 milhões/mm3
Hemoglobina: 14,7g% 11.7 a 15.7g%
Hematócrito: 41,6% 36.0 a 47.0%
V.C.M. 93,06fl 80.0 a 100.0fl
H.C.M 31,89pg 26.0 a 32.0pg
C.H.C.M. 35,34% 32.0 a 36.0%
RDW: 13,40%
Leucograma Valores de Referência
Leucócitos: 15.750/mm3 4.000 a 11.000/mm3
Basófilos: 1% 58/mm3 0 a 1% 0 a 110/mm3
Eosinófilos: 1% 58/mm3 0 a 1% 0 a 110/mm3
Mielócitos: 0% 0/mm3 0 a 0% 0 a 0/mm3
Metamielócitos: 0% 0/mm3 0 a 0% 0 a 0/mm3
Bastões: 0% 0/mm3 0 a 5% 0 a 550/mm3
Segmentados: 66% 3.795/mm3 40 a 70% 1.600 a 7.700/mm3
Linfócitos: 30% 10.495/mm3 20 a 40% 800 a 4.400/mm3
Linfócitos atípicos: 0% 0/mm3 0 a 5% 0 a 550/mm3
Monócitos: 6% 345/mm3 2 a 12% 80 a 1320/mm3
Plaquetograma Valores de Referência
Plaquetas: 182mil/mm3 4.00 a 5.20 milhões/mm3
Quadro 6 – Alterações no hemograma de um paciente portador de 
doença autoimune
Fonte: elaborado pelo autor.
Teoria em Prática
Bloco 4
Tatiane Marques 
Reflita sobre a seguinte situação
• Mulher, 60 anos, viúva, 
trabalha como ghost writer.
• Portadora de LES, relata 
não fazer o tratamento do 
quadro autoimune, não se 
exercitar e não seguir dieta 
adequada.
• Em uso de medicamento 
corticosteróide, há quinze 
dias, para controlarinflamação crônica 
nefrite lúpica.
• Procurou atendimento 
médico queixando-se de:
• Febre.
• Astenia (perda de força 
física).
• Dor abdominal 
persistente.
• Tosse seca.
Reflita sobre a seguinte situação
• À anamnese:
Figura 8 – Lesões do LES
Fonte: korn ratchaneekorn/ Shuttersrock.com. Fonte: iweevy/ Shuttersrock.com. 
Figura 9 – Lesão suspeita
Norte para a resolução
Hemograma Valor Valor de referência
Hemácias 3,41milhões/mm3 4,0-5,4 milhões/mm3
Hemoglobina 9,4g/dL 12,8-17,8d/dL
Hematócrito 28,5% 40-54%
VCM 83,6fl 77-92fl
HCM 27,6pg 27-32pg
CHCM 33,og/dL 30-35d/dL
Leucograma Valor Valor de Referência
Leucócitos 16.200/mm3 4.000 – 11.300/mm3
Bastonetes 1.000/mm3 0 – 500/mm3
Segmentados 14,3mil/mm3 1.800 – 7.500/mm3
Eosinófilos 200/mm3 40-4.500/mm3
Linfócitos 500/mm3 1.000 – 4.500/mm3
Neutrófilos 15,3mil/mm3 1,6-7,0mil/mm3
Monócitos 300/mm3 80-800/mm3
Plaquetograma Valor Valor de Referência
Plaquetas 204.000/mm3 150.000-400.000/mm3
Quadro 7 – Resultados do hemograma da paciente
Fonte: adaptado de Zambom (2014). 
Norte para a resolução
• Observações importantes do hemograma:
Anisocitose.
70 Eritroblastos/100 leucócitos.
Ovalócitos (+).
Poiquilocitose (+).
Policromasia (+++).
Granulações tóxicas (+)
Ao esfregaço, apresenta 
de PMN fagocitando 
estruturas semelhantes 
a fungos.
Norte para a resolução
• Conclusões importantes:
• Infecção por C. 
neoformans.
• Uso de corticosteróides.
• Alterações no 
hemograma.
Fonte: vetpathologist/ Shuttersrock.com. 
Figura 10 – C. neoformans em 
biópsia
Dicas do(a) Professor(a)
Bloco 5
Tatiane Marques
Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis 
em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o login
por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em sites 
acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições 
públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou 
periódicos científicos, todos acessíveis pela internet.
Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de 
autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos que 
você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, 
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na 
construção da sua carreira profissional.
Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da 
nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!
Leitura Fundamental
Indicação de leitura 1
O perfil hematológico de um recém-nascido, em seus quinze dias 
iniciais de vida, difere muito de crianças até dois anos e, 
principalmente, de adolescentes e adultos. Para o hematologista 
clínico, conhecer as diferenças no perfil celular do hemograma de 
um recém-nascido é fundamental para auxiliar o diagnóstico, ao 
nascimento, de infecções e desordens metabólicas. Nesta leitura, 
você irá não apenas conhecer estas peculiaridades do sangue 
periférico, mas também do sangue do cordão umbilical.
Referência:
ROLIMA, A. C. B.; LAMBERTB, M. A.; BORGESA, J. P. G et al. Blood 
cells profile in umbilical cord of late preterm and term newborns. 
Rev. Paul. Pediatr. v. 37, p. 264-274, 2019.
Indicação de leitura 2
O hemograma, como você sabe, é um exame superimportante 
para diagnosticar alterações sanguíneas e, em determinados 
casos, até mesmo alterações metabólicas. Você já sabe que este 
exame é fundamental também para suspeita e triagem de 
infecções, mas e com relação às neoplasias sanguíneas? Nesta 
interessante leitura, você poderá aprender que alterações sutis 
no leucograma podem ser sugestivas de leucemia antes mesmo 
de sua confirmação pelo mielograma.
Referência:
DUTRA, R. A.; ABRAHÃO, C. A.; LOPES, F. M. et al. A importância 
do Hemograma no Diagnóstico Precoce da Leucemia. Revista 
Eletrônica Acervo Saúde, v. 12, n. 7, p. 3529, 2020.
Dica do(a) Professor(a)
Documentário A inventora.
Imagina que legal seria que alguém inventasse uma máquina que, com apenas 
uma gota de sangue possibilitasse o diagnóstico de qualquer doença?
Elizabeth Holmes, uma jovem ambiciosa destacou-se como umas das 
empreendedoras mais bem sucedidas do Vale do Silício. Seu nome foi bastante 
anunciado, recentemente, em razão de sua grande invenção: uma super 
máquina que, com apenas uma gota de sangue, diagnostica qualquer doença. 
Esta milagrosa invenção deu origem à empresa Theranos, que atraiu olhares 
curiosos e investimentos bilionários. 
Anos mais tarde, o feitiço virou-se contra o feiticeiro, devido à falhas neste 
equipamento mágico e outras invencionices, que levou à sua condenação por 
fraude eletrônica e conspiração.
Curioso para saber o desfecho desta história? Assista este documentário nas 
principais plataformas de streaming.
DUTRA, R. A.; ABRAHÃO, C. A.; LOPES, F. M. et al. A importância do Hemograma no Diagnóstico 
Precoce da Leucemia. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 12, n. 7, p. 3529, 2020.
FAILACE, R.; FERNANDES, F. Hemograma: manual de interpretação. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.
MELO, W.; SILVEIRA, C. M. Laboratório de Hematologia: teoria, técnicas e atlas. 2. ed. Rio de Janeiro: 
Rubio, 2019.
NAUM, P. C.; NAUM, F. A. Interpretação laboratorial do hemograma. 2008. Disponível em: 
http://www.ciencianews.com.br/arquivos/ACET/IMAGENS/Artigos_cientificos/Interphemo.pdf. 
Acesso em: 12 jul. 2022.
ROLIMA, A. C. B.; LAMBERTB, M. A.; BORGESA, J. P. G et al. Blood cells profile in umbilical cord of late 
preterm and term newborns. Rev. Paul. Pediatr. v. 37, p. 264-274, 2019.
SILVA, P. H. Hematologia Laboratorial: Teoria e Procedimentos. 1. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016.
ZAMBOM, L. S. Caso clínico: hemograma com achado de fungos. Caso clínico comentado em 
Medicina.net, 2014. Disponível em: 
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/casos/5933/caso_clinico_%E2%80%93_hemograma_co
m_achado_de_fungos.htm. Acesso em: 12 jul. 2022.
Referências
Bons estudos!

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