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O Kennedyano Brasil bate recorde em geração de energia renovável A geração de energia elétrica a partir de fontes reno- váveis no ano passado alcançou a marca de 92%. O resul- tado, divulgado pela Câmara de Comercialização de Ener- gia Elétrica (CCEE), mostra que a participação das usinas hidrelétricas, eólicas, solares e de biomassa no total de energia gerado pelo Sistema Interligado Nacional (SIN) foi a maior dos últimos 10 anos. No total, em 2022, foram ge- rados quase 62 mil megawatts médios por mês de energia. Segundo a CCEE, o resultado se deu, entre outros fato- res, a um cenário hídrico climático mais favorável, que contribuiu para a recuperação dos reservatórios de água e da expansão das usinas movidas pelo vento e pelo sol. No ano passado, as usinas hidrelétricas responderam por 73,6% do total gerado (45.613 MW médio). As eólicas por 14,6% (9.066 MW médio). Já as demais fontes, como biomassa, pequenas centrais elétricas (PCH), solar e as centrais geradoras hidrelétricas (CGH) foram responsá- veis por 11,8% (7.291 MW médio). Com relação à geração hidráulica, as chuvas de 2022 contribuíram para um aumento de 17,1% na produção das hidrelétricas, para 48 mil MW médios. Os estados que apresentaram o maior crescimento na produção de energia hidráulica em 2022 foram: Mato Grosso com aumento de 44 MW médio, São Paulo (219 MW médio), Tocantins (51 MW médio), Pará (599 MW médio), Goiás (194 MW médio), Sergipe (176 MW médio), Rio Grande do Sul (366 MW médio), Paraná (1.728 MW médio), Minas Gerais (1.178 MW médio), Santa Catarina (545 MW médio) e Alagoas (484 MW médio). Já a geração solar centralizada foi o maior destaque. Este tipo de fonte teve o maior aumento de geração em 2022, de 64,3% na comparação com o ano anterior. Ao todo foram produzidos mais de 1,4 mil MW médios Fazendas Solares De acordo com a CCEE, a chegada de 88 novas fazen- das solares ao SIN fez com que o segmento alcançasse 4% de representatividade na matriz nacional. Os estados do Rio Grande do Norte (178 MW médio), da Bahia (666 MW médio) e do Piauí (340 MW médio) for- ma os que apresentaram aumento na geração por fonte eólica. A geração eólica cresceu 12,6% no comparativo anual, fornecendo à rede elétrica mais de 9 mil megawatts mé- dios. Atualmente, o país conta com 891 parques eólicos, que juntos somam mais de 25 mil megawatts de capacida- de instalada. A produção de energia a partir da biomassa, que tem como principal matéria-prima o bagaço da cana-de-açúcar, registrou um leve aumento de 0,3%. Com isso, este tipo de fonte entregou ao sistema quase 3 mil MW médios em 2022. Atualmente existem 321 usinas deste tipo, com ca- pacidade instalada total de 14.927 MW. Fonte: Agência EBC É para Frente que se Anda, artigo do Kennedyano Roberto Luciano |Pág 07| Programa de Rádio Indicação: escute aos sábados na Rádio Favela, 106,7FM, das 12:00h às 14:00h o programa Trilha Sonora. Música e história dos filmes. Apresentação de Carlos Abreu e produção de Tadeu Abreu. Vale a pena Podcast Vão Livre O Podcast Vão Livre é um programa quinzenal que traz um bate- papo leve e descontraído sobre engenharia e arquitetura. Siga o Vão Livre nas redes sociais: Instagram: @vaolivre.podcast https://youtube.com/@VaoLivrePodcasth https://youtube.com/@vaolivrepodcast-cortes3569 Recomendamos Foram quase 62 mil megawatts médios por mês em 2022 Transporte na Engenharia Civil, por Fernando de Oliveira Pessoa |Pág 02| Rua Cristiano Moreira Sales, 150 - Sala 1103 - Bairro: Estoril - BH/MG - CEP: 30494-360 (31) 98800-4351 / (31) 2528-6668 Todo início de semestre, pergunto aos meus alu- nos se algum deles ingressou no curso de Enge- nharia Civil com pretensão de trabalhar em alguma atividade relacionada aos Transportes, após con- cluir o curso. Ao longo de vinte anos lecionando na Faculdade Kennedy, recebi resposta positiva de um único aluno, imediatamente taxado pelos colegas de “puxa saco”, com o perdão da palavra. No entanto, não é de se estranhar o fato de os alunos não asso- ciarem as atividades do Engenheiro Civil ao campo dos Transportes. Importante lembrar que o curso na Kennedy surgiu com o diferencial da ênfase em Transportes tendo, em seu corpo docente, especialistas gabarita- dos. Com o passar do tempo, alterações curriculares foram sendo implementadas e as matérias relacio- nadas aos Transportes foram se reduzindo, dando espaço a outras abordagens, tendo em vista a abran- gência do curso, que não para de se expandir. No Brasil, os cursos de graduação em Engenha- ria de Transportes são relativamente recentes e ofe- recidos em escolas públicas. Alunos da Engenharia Civil, da Arquitetura e de alguns outros cursos rece- bem pouquíssimas informações sobre as atividades desses profissionais no campo dos Transportes. Sen- do assim, a procura por especialização na área tam- bém se torna muito baixa. Os Transportes são considerados como ativida- des meio, mas nem por isso são menos importantes do que as atividades fim, tendo em vista que sem eles as outras atividades correm o risco de funciona- rem de forma precária ou até mesmo de nem funcio- narem. Outra questão relevante é que os Transportes es- tão diretamente relacionados com o desenvolvimen- to social e econômico de uma cidade, região ou país. Social, ao permitir o deslocamento das pessoas para a realização de suas atividades e econômico, ao per- mitir o deslocamento das cargas, sejam elas insu- mos ou bens de consumo. Sua importância é tal que é considerado como um dos índices de determinação do nível de desenvolvimento: quanto mais estrutura- do é o setor de Transportes, mais desenvolvido é o país. Investir no setor é primor- dial para o Brasil, que apresen- ta déficits na infraestrutura ne- cessária, seja na implantação, na manutenção e ou na moder- nização das redes existentes. Nas áreas urbanas, em razão do processo de adensamento populacional e, nas áreas ru- rais, em função da necessidade de aprimoramento logístico que beneficie o abastecimento in- terno e facilite a exportação da produção. Investir no setor traz como consequência a gera- ção de empregos para profissionais das mais diver- sas áreas, em destaque para os Engenheiros Civis e os especialistas em Transportes. Não é à toa que o setor de Transportes é considerado como uma indústria de geração de empregos. O campo de atuação do Engenheiro Civil no setor de Transportes é bastante amplo e pode ser decom- posto de várias formas, permitindo ao profissional atuar em uma ou mais áreas do conhecimento. Em primeiro lugar, a escolha recai entre trabalhar com transporte de passageiros ou transporte de cargas. Quanto à área de abrangência, o profissional poderá optar por trabalhar com transporte urbano ou rural (regional ou internacional). Quanto ao modo, pode optar pelo rodoviário, ferroviário, aquaviário, aero- viário ou dutoviário. Quanto ao tipo de atividade, pode se dedicar ao planejamento de sistemas de transporte; aos projetos de infraestrutura (vias, esta- ções, terminais, obras de arte etc.); aos projetos de trânsito (circulação, geométricos e de sinalização); à implantação e manutenção de vias e de dispositivos de sinalização e controle do tráfego e, por fim, à operação/fiscalização e monitoramento do tráfego. Quanto ao setor, pode optar por trabalhar no setor público (gestão, operação e fiscalização) ou no setor privado (prestação de serviços). Importante notar que o cruzamento dessas opções gera infinitas pos- sibilidades de atuação para o Engenheiro Civil. No último semestre, por iniciativa do Professor Flávio Aburachid Vieira, conversei um pouco com os alunos do Transportes na Engenharia Civil EXPEDIENTE Jornalista Responsável Maria Fernanda P. R. Ferreira - 9.017 JP Produção, edição e fotografia Maria Fernanda e Prof. José Dimas Rietra Email: jdrietra@gmail.com.br Contato: 31 98321-9492 Instagram @jornalokennedyano Informativo dos Engenheiros da Kennedy Todos os Direitos Reservados Transformar grandes ideias em realidade. É para isso que os profissionais da Engeasa estão nomercado de construção civil há mais de 30 anos. São centenas de obras com alto padrão de entrega, nos segmentos: Residencial / Comercial / Industrial / Médico-Hospitalar Quer realizar seu projeto? Confie na Engeasa (31) 3234 4204 / (31) 99984-6853 / (31) 99528-2928 www.engeasa.com Empreendimentos e Construções Ltda MEDICAMENTOS GENÉRICOS COM 90% DE DESCONTO. NÃO PERCA TEMPO. VENHA E CONFIRA NOSSAS PROMOÇÕES Revitalização do Instituto Raul Soares é concluída 1° período sobre Transportes e pude perceber que a maio- ria deles ingressou no curso com uma visão limitada sobre o assunto. Acredito que esse encontro cumpriu o objetivo: de ampliar o entendimento sobre os diversos campos de atuação do Engenheiro Civil. Para terminar, entendo que o papel das faculdades, como formadores de profissionais, é pavimentar os cami- nhos passíveis de exploração pelos alunos e, com certeza, o campo dos Transportes é um dos mais promissores, ten- do em vista sua relevante importância para o País. Fernando de Oliveira Pessoa - Engenheiro Civil e Pro- fessor da disciplina de Gestão e Controle de Transporte e Trânsito, das Faculdades Kennedy Obras em Destaque A Kennedyana Fabiana Lisboa foi a responsável pela obra de revitalização da unidade de urgência do Instituto Raul Soares, em Belo Horizonte. O Instituto Raul Soares foi erguido em Belo Horizonte inspirado no hospital psi- quiátrico de Frankfurt da Alemanha, que com sua configuração arquitetônica em alas representam em planta baixa o corpo humano. O caráter vanguardista da construção simbolizou um grande avanço para a história da engenharia do Brasil à epoca. A área externa do serviço de urgência do instituto pertencente a Funda- ção Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig ) passou por obras de revi- talização e por se tratar de prédio tombado pelo patrimônio histórico, foi apli- cada uma técnica de modernização de construções antigas chamada Retrofit, cujo objetivo foi corrigir problemas de infraestrutura tornando o espaço mais seguro, sem no entanto retirar seus elementos originais históricos e arqui- tetônicos. As melhorias se deram na renovação do telhamento e da cobertura do pátio de entrada da urgência, parte elétrica, drenagem pluvial, SPDA, além de instalação de um letreiro luminoso para identificação do serviço. O valor total investido alcançou 440 mil reais. A Kennedyana Fabiana Lisboa responsável pela coordenação de execução e acom- panhamento de intervenções da diretoria de planejamento, gestão e financeira (DPGF) da Fhemig, foi a responsável pela revitalização e enfatiza: “diante de tantas variáveis, assim como toda intervenção em imóvel tombado, essa não foi uma missão fácil, pois precisamos respeitar a história viva que a edificação representa, mas também revitalizá-la para garantir um atendimento seguro e salubre aos usuários. Por meio da análise bioclimática, houve aproveitamento das condições naturais de iluminação e ventilação, essenciais para proje- tos ligados a serviços de saúde, “ conclui Fabiana. A Kennedyana formou-se em 2003 e depois de exercer a profissão em inúmeras construtoras empresta toda sua experiência a Fhemig onde no caso da presente obra, fez o projeto, licitou e fiscalizou, após 20 anos sem investimentos. Os recursos hídricos têm sido ameaçados continuamente. As reservas de água potável estão se exaurindo devido ao consumo desenfreado entre outros. A ideia é atuar de forma efetiva com aplicação de investimento nos sistemas de tratamento de esgo- tamento sanitário e gerenciamento da disposição final do resíduo sólido gerado, cha- mado Lodo, que é rico em nutrientes e matéria orgânica, altamente contaminante e prejudicial ao meio ambiente. Dessa forma, a proposta deste estudo é tornar o Lodo matéria prima para fabricação de tijolos vazados, ao ser incorporado à massa cerâ- mica. Visando à preservação ambiental, já que seu descarte sem tratamento é prejudi- cial à área na qual é depositado, esse projeto de pesquisa pretende reintegrar o lodo descartado ao ciclo produtivo, com a utilização de técnicas de reuso. Foram fabricados tijolos cerâmicos vazados, contendo 0%, 10%, 20%, 30% de lodo, com as dimensões de 88 x 71 x 35 mm, moldados utilizando-se uma prensa mecanizada em olaria e quei- mados em forno industrial tipo Hoffman. O lodo utilizado como matéria-prima na modelagem dos corpos de prova foi recolhido do leito de secagem de uma ETE, em forma de torrões secos, proveniente do tratamento anaeróbio UASB. Foram utilizados dois tipos de argila, denominada argila de várzea advindas do pátio da própria Olaria, onde foram moldados os corpos de prova. Reaproveitamento do lodo oriundo de estações de trata- mento de esgoto sanitário e sua utilização como matéria prima na fabricação de tijolos cerâmicos vazados Lodo recolhido do leito de secagem. Argila recolhida do pátio da Olaria Forno Hoffman _ vista superior Tijolos Moldados Corpos de prova sendo medidos Em comparação ao tijolo testemunha, os tijolos com percentual de lodo tiveram alteração de odor apenas na fase úmida. Quanto à deformação, apenas algumas peças com porcentagem de 30% apresentaram ares- tas quebradas e fissuras superficiais, o que leva a deduzir que, houve uma homogeneidade irregular. Endereço: Rua de Aldebaram, 1550 - Cidade Verde, Betim - MG, 32649-420 Telefone: (31) 3532-1652 - @betmixconcreto O percentual de absorção de água dos tijolos é distinta entre eles, isto implica que há realmente um incre- mento significativo da absorção quanto ao aumento da dosagem de percentual de lodo. Na análise de resistência à compressão, os tijolos com dosagem de 10% e 20% de lodo tiveram um per- centual de RC acima do tijolo-testemunha. Constatou-se que: os tijolos não tiveram alteração de odor após a queima; em nenhuma das dosagens constatou-se variações de dimensões consideráveis. Para as condições especificadas neste experimento pode-se concluir que, as dosagens máximas que podem ser incorporadas a massa cerâmica na fabricação de tijolos vazados atendendo aos requisitos técnicos são de 10 e 20% de lodo. Em relação às normas ambientais, estudos realizados demostraram que os tijolos maciços após a queima, em caso de demolição estão inseridos na classe II A- não perigosos e inertes (DUARTE/2008). Por Kennedyana Monira Kansaon Tarabai Fonte: Gráfico elaborado pela autora com base no resultado dos cálculos da média de absorção de água dos tijolos Fonte: Gráfico elaborado pela autora com base no aumento da Resistência à Compressão dos tijolos com 10 e 20% de lodo. Kennedyano de Sucesso Adynan Marques Formado na turma de 2003, Adynan é sócio da Construtora VAM Enge- nharia, atuando na Edificação de Prédios Comerciais e Residenciais de Alto Luxo nas áreas nobres de Belo Horizonte, há mais de 20 anos. O Kennedyano é o Responsável Técnico por todas as etapas da construção desde a regulariza- ção do imóvel até a entrega das chaves. Adynan trabalhou na Celso Gontijo De Paula, Fundações e Engenharia de Solos e Somattos Engenharia e Comércio Ltda. Marcilaine Regina M. Ribeiro Graduada na Kennedy em 2003, possui Especialização em Engenharia de Transportes, MBA Gestão de Projetos e recentemente adquiriu o título de En- genheira de Segurança do Trabalho, entre outros cursos técnicos. Atua na cons- trução civil desde o Planejamento, Gerenciamento até a Execução de obras sejam elas Residenciais, Comerciais, Hospitalares, Escolares, Restaurações, Industriais e Mineradoras. Além de atuar na Área de Avaliações e Perícias desenvolvendo Laudos Técnicos de Avaliação Estrutural, Patologias Constru- tivas, entre outros. Trabalha na Vertex Soluções e já trabalhou na PHV Engenharia, Habitare e na Lacosta Engenharia. Bruno Batista Braga Formado em 2011 é Engenheiro Sênior com experiência em desenvolvimen- to e implantação do sistema construtivo em parede de concreto desde 2009, com enfoque no MCMV, atuando nos estudos de viabilidade, avaliação de fabrican- tes e tipos de forma, materiais e subsistemas, treinamento de equipes, crono- gramase planejamento.com sua experiência na liderança de grandes equipes participou da construção de mais de 20.000 unidades habitacionais em paredes de concreto nos estados de MG, RJ, RO, CE e DF. Possui MBA em Gestão de Negócios Imobiliários e Construção Civil pela FGV e atualmente trabalha na Direcional Engenharia (SP). Trabalhou anterio- mente na MRV Engenharia (RJ), JC Gontijo Engenharia. Tem domínio do pa- cote office, MS Project e Auto Cad e fala fluentemente inglês. É para frente que se anda Estamos vivendo um momento turbulento de incertezas, com enormes desafios aos que conseguiram sucesso político. Não se sabe até onde as investigações sobre os fatos ocorridos no dia 8 de janeiro vão chegar, nem quem são os envolvidos na cúpu- la do governo, inclusive militares. Junto a isso, ainda temos um cenário de grandes dificuldades econômicas e de instabilidade política, problemas que precisam ser su- perados para que o país possa voltar à normalidade. E olha que a posse dos eleitos na Câmara, a grande maioria de oposição ao atual governo, acontecerá em fevereiro. Caso não consiga o apoio do legislativo e não fizer por onde merecer, não terá a menor chance de dar certo. Os primeiros sinais já foram efetivados, com o aumento do número de ministérios para 37 e a indicação e posse de pessoas que assumem o posto, trazendo consigo uma carga enorme de processos, com média de no mínimo dez para cada um, tendo como exemplo o que os convi- dou. O objetivo é o de cooptar diversos partidos políticos e segmentos da sociedade para conseguir uma boa base comprometida com as ações que fazem parte das promessas de campanha. Talvez, quando o novo congresso assumir, a situação política se normalize um pouco mais. Neste momento, existe uma distinção entre os reacionários, os extremistas, a direita radical e um deslo- camento dos conservadores que pretendem ser moderados ou institucionais. Diante dos acontecimentos, te- remos mudanças não apenas da repressão aos atos de vandalismo, mas também no governo federal. Obser- vamos um crescimento do conservadorismo no país e isso acontece pelo envelhecimento da população. As pessoas quando ficam mais velhas estão presas a tradições e há uma tendência de abraçarem o conserva- dorismo, com opção pela centro-direita e direita. Elas repudiam os atos de vandalismo, mas não aceitam ser chamadas de terroristas e golpistas. Que ninguém se engane apostando que a pacificação do país será um processo natural ao longo do tempo. Será necessária uma resiliência dos que prezam a democracia. Acrescenta-se a este momento, estamos em uma época de crises sem precedentes: a primeira pande- mia global em um século, o maior conflito na Europa desde a II Guerra Mundial, a mais alta inflação em muitos anos, insegurança alimentar e energética, além das mudanças climáticas. É fundamental o poder público e privado trabalhar com afinco, aplicando o enfoque certo para podermos efetivamente atender as aspirações da população. Precisamos de empregos, ruas mais seguras, serviços públicos e de saúde com qualidade, internet mais rápida, melhor infraestrutura, além de outros elementos essenciais da vida que todos merecidamente desejam. Faz-se necessário abordar as desigualdades sociais e atender demandas imediatas por melhores serviços públicos, apesar dos recursos limitados. Vimos que durante a pandemia, os déficits dobraram e a dívida pública disparou. Mesmo assim, o Brasil fechou o ano com inflação inferior a 6 % ao ano, índice mais baixo que Estados Unidos e a maioria dos países da Europa. Também tivemos a menor taxa de desemprego nos últimos anos e as estatais com lucro de R$ 250 bilhões. Só o Banco do Bra- sil lucrou R$ 30 bilhões no ano passado, sendo o melhor resultado da história. O saldo da balança comer- cial foi recorde, com mais de USD 60 bilhões. As reservas internacionais estão acima de USD 320 bilhões. Para que essas demandas sejam atendidas devemos priorizar melhor os recursos disponíveis, ace- lerando o crescimento, aumentando a produção e impulsionando a inovação. Tudo isso é preciso para abor- dar as questões sociais, acabar com a pobreza e a desigualdade em todas as dimensões. No mundo de hoje, os níveis recordes de inflação estão afetando famílias que já estavam à beira de uma crise. Além desses desa- fios, o poder público deve enfrentar também as mudanças climáticas que já provocam desastres naturais cada vez mais frequentes. Temos que valorizar e incentivar os melhores cérebros a focarem no desen- volvimento internacional. Somente quando se sentirem valorizados, respeitados e escutados poderemos encontrar as melhores soluções. Não se trata apenas de uma questão de recursos humanos, mas um imperativo operacional que passa pela qualidade da educação. Carecemos criar um ambiente receptivo onde saibamos escutar, aprender e respeitar diferentes enfoques, não um lugar de intolerância e polarização, ten- do a humildade de aceitar que não somos donos da verdade. Precisamos aprender com nossas vitórias e fra- cassos, implicando em um maior diálogo entre governo e as partes interessadas, criando soluções mais efica- zes e incentivando novas idéias. A confiança de ambos os lados é uma poderosa ferramenta para obter êxito. Este alicerce do trabalho será baseado em um compromisso com a meritocracia, ética e diversidade em todos os níveis. É interessante observar que, mesmo neste contexto de polarização e incerteza que estamos vendo globalmente, há um consenso esmagador sobre a necessidade de nos fortalecermos de forma ágil e eficaz, baseado em uma governança com sólida estratégia de capital humano e transformação digital bem sucedi- da. Para isso, é necessário avaliar melhor este impacto e proporcionar incentivos, processos e políticas na medida certa, implicando uma colaboração estreita e criativa com o setor privado para mobilizar capital e ter impacto efetivo no desenvolvimento do nosso país. Os vastos recursos naturais e o espírito empreendedor de nossa gente oferecem um enorme potencial. Só É para frente que se anda Rua Nossa Senhora das Graças, 116 - Pedro Leopoldo/MG Email: malloy@malloy.com.br - Tel: 31 3661-1944 precisa ativá-lo de forma sustentável, incluindo a necessidade de energia limpa. Necessário ainda incluir um valor subjacente que sustente esta visão: promover o estado de direito e instituições democráticas eficazes que são cruciais para o desenvolvimento. Acredito que uma liderança bem sucedida tem que ser colabora- tiva, inspirar o diálogo e a transparência , assim como fomentar a confiança e promover a prosperidade. Participe do nosso informativo: mande-nos artigos, fotos ou conte-nos histórias do seu tempo de estudante de sua vida profissional. (jdrietra@gmail.com) A Kennedyana Hatlen Soares contou parte de sua trajetória na Kennedy Um pouquinho atrasada... Depois de 1 ano e 4 meses voltei ao lugar onde iniciei um grande sonho. Em março de 2015 fui recebida na Escola de Engenharia Kennedy, com grande honra e como uma pessoa impor- tante e essencial para aquele local. Por muitos momentos pensei em desistir, foram dias difíceis, mas também dias leves. Fiz amizades que carregarei para sempre, conheci o amor da minha vida, tive Mestres que se tornaram eternos professores. Foi a melhor fase da minha vida, foram momentos de conhecimento in- tenso, aprendizados que definiram minhas estratégias, projetos e pla- nos, conhecimentos que ninguém será capaz de retirar de mim. Ao lem- brar de tudo que passei para hoje estar aqui lhes contando, tive uma certeza e um momento de agradecimento que se prolongará por toda eternidade. Foi Deus o grande responsável por mais essa conquista, não sou merecedora, mas sou grata. Prof. Dimas, Mestre, o senhor em especial será meu eterno profes- sor. Me lembro do quão difícil foi concluir sua disciplina. Sou de uma família simples, tive de abandonar os estudos por 8 anos para poder tra- balhar. Me formei no ensino médio por meio de provas do Enem, não ti- ve base para entrar em uma faculdade tão conceituada como a EEK, mas me esforceipor 5 semestres com o senhor e quando menos espe- rei, estava eu ensinando aos colegas essa disciplina que hoje amo, por sua causa, logo, logo chego ao Mestrado. Obrigada por tudo Professor Dimas! Fala Kennedyana Formado pela Escola de Enge- nharia Kennedy em 1981, Pedro Cardoso é projetista de estrutura, elétrico (baixa tensão) e hidráulico. Seu escritório de projetos elabora obras residenciais, industriais e pontes. Trajetória profissional Fiz muitos estágios quando ainda cursava o curso de engenha- ria na Kennedy. Era época em que grandes empresas iam as facul- dades em busca de novos profis- sionais. Optei pela Mendes Júnior onde trabalhei dois anos. Em São Luís do Maranhão participei da execução da construção da ponte ferroviária do Estreito dos Mosqui- tos e da execução da plataforma da fábrica da Alcan (1,0 km x 1,5 km), executado em cinco meses. Voltando a Belo Horizonte, parti- cipei da execução das passarelas e viadutos da via expressa. Na CAB, participei da equipe de cál- culo estrutural executando tra- balhos como pontes, reservatórios, ETA, ETE e obras pequenas no Brasil inteiro, por seis anos. Tra- balhei ainda na OR Civil Constru- tora como engenheiro supervisor, na Sadel como diretor técnico por dois anos nas obras do Parque da Lagoa do Nado em BH e em pontes para a Construtora Santana”. Caso pitoresco vivido na escola Numa prova de Estabilidade das Construções com o professor Osvaldo Magalhães tirei zero, ape- sar de ter passado cola para toda a turma que tirou nota máxima. Fui argumentar com o professor o mo- tivo de tal nota. Ele então disse que os valores estavam corretos, mas sem as respectivas unidades. O que sente mais falta dos tem- pos da Kennedy A camaradagem entre os cole- gas. O ensino na época era anual e participávamos juntos de toda jor- nada estudantil. Sofríamos juntos com os trabalhos e com as provas. Lição que ficou Neste tempo de estudante e de profissional da engenharia aprendi que é preciso ser humilde, apren- der com os mais experientes no canteiro de obras e no escritório de projetos. Pedro lecionou Concreto Arma- do e Pontes na Kennedy, na Uni- versidade de Itaúna, Pitágoras e na FACEB de Bom Despacho. Atual- mente, ele tem um escritorio na ci- dade de Divinópolis. ENTREVISTA DO MÊS: Pedro Antônio Abrantes Cardoso Engenheiro para quê ? Esta foi a pergunta que um eletricista me fez, as- sim que tive contato com profissionais de construção numa pequena cidade das Minas Gerais. E confes- so... Entre o espanto e a admiração, ainda não con- segui verdadeiramente descobrir a melhor resposta. Ora sou formada há 30 anos. E nunca havia me deparado com esta pergunta, mesmo assistindo atô- nita a erros grosseiros de execução e projeto, prin- cipalmente os viários. Muitas vezes tive vontade de sair gritando aos quatro cantos, esta mesma per- gunta. Contudo, percebo que a nossa apatia foi per- mitindo que a sociedade descarregasse nos nossos ombros todas as mazelas de um sistema corrupto e que, com braços da engenharia, se justifica e se cor- robora. Houve uma época em que, ao mostrarmos a carteirinha do Crea, vinha logo a pergunta: “traba- lhou na Odebrecht?”, de maneira acusatória e, mal- dosa. Infelizmente viramos sinônimo de “conchavos, de desvios, de malefícios”, para na derrocada final, um certo político se achar no direito de propor a re- tirada da necessidade de regulamentação de nossa profissão. E ele nem escutou a pergunta do eletricista. Será mesmo? Será que este pedido de desregulamentação da en- genharia não vem de um cla- mor popular para nos impelir a sermos um grupo de profissio- nais mais ativos coletivamente e deixarmos de visar tanto o lucro a qualquer preço e passar a vislumbrar o bem estar a qualquer custo? Será que a nossa sociedade não está nos dando uma chance de trazer de volta a nobreza de nossa profissão, afastando-a, de vez, da imagem maniqueísta que foi produzida duran- te décadas, abrindo espaço para profissionais de to- das as outras áreas virem a utilizar-nos como galinha dos ovos de ouro? Fica aí, uma pequena reflexão sobre a prática nossa de cada dia. Alerta de uma Kennedyana Sueli Moreira formou na Escola de Engenharia Kennedy em 1992, tendo ainda graduação em Li- cenciatura Plena para o Ensino Técnico pela Fun- dação de Educação para o Trabalho de Minas Ge- rais em 1998 e graduação em Licenciatura Plena em Física, pela mesma Fundação e Especializa- ção em Química lato-sensu pela UFLA/ FAEP/ Uni- versidade Federal de Lavras. Destacamos ainda que a Kennedyana cursou educação ambiental, es- cola sociologia e educação, como disciplina opta- tiva da grade de Mestrado em Educação da Uni- versidade do Estado de Minas Gerais. Na área da engenharia tem experiência em pro- cessos construtivos, orçamento e controle de custo de obras residenciais e comerciais. Como engenheira atuou nas seguintes empresas: MRV, CAC, Sólido Engenharia, entre outras. Hoje atua no ensino mé- dio como professora de Física na rede pública do Es- tado de Minas Gerais. Sueli é autora do livro in- fantil “Aurora e o Pé de Amo- ra“ pela editora Viseu, lança- do em 2020. O Livro está dis- ponível em: editora Viseu, Ma- gazine Luiza, americanas.com, shopping, Amazon, lojas física Berthon Papelaria bairro Fer- não Dias. Ela ainda tem traba- lho publicado na revista Dia- logia, edição número 41. Uma vida dedicada a educação
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