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Tratamento de Estações de Esgoto

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Tratamento de Estações de Esgoto (Princípios de
Nesta aula você irá entender a respeito do Tratamento de estações de Esgoto, tipos, manejos e manutenção. 
Aprenderá as questões para análise e reflexão a partir do que trazem a literatura científica. 
Com esses princípios norteadores você será capaz de atingir os seguintes objetivos traçados:
 
Compreender os princípios que norteiam as estações de tratamento de esgoto; 
Entender suas etapas;
Conhecer a relação do manejo correto junto ao processo da saúde-doença
Estações de Tratamento
A Lei Nº 11.445, de 05 de janeiro de 2007, estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico.
Os serviços públicos de saneamento básico deverão ser realizados por meio de alguns princípios fundamentais:
Universalização de acesso e prestação do serviço eficaz; 
Integralidade, composta por conjunto de atividades e componentes dos variados serviços de saneamento básico, disponibilizando para a população o acesso de acordo com suas necessidades e aumentando a eficiência das ações e resultados;
Abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manuseio dos resíduos sólidos, a fim de preservar a saúde pública e proteção do meio ambiente;
 Disponível, em todo território urbano, de serviços de drenagem e administração das águas pluviais, limpeza e fiscalização preventiva das redes, conformado à saúde pública e à segurança da vida e do patrimônio público e privado;
Utilização de métodos, técnicas e processos que atentem as peculiaridades locais e regionais;
Ser interligados com as políticas de progresso urbano e regional, de habitação, de luta contra à pobreza e de sua erradicação, de defesa ambiental, de promoção da saúde e outras de relevância social focadas ao aumento da qualidade de vida, cujo saneamento básico seja causa determinante;
Eficácia e sustentabilidade econômica;
Aplicação de tecnologias adequadas, levando em consideração as condições financeiras dos usuários e a utilização de soluções graduais e progressivas;
Clareza nas ações, baseadas em sistemas de informações e processos de decisão institucionalizados;
Controle social;
Segurança, qualidade e regularidade;
Junção das infraestruturas e serviços com a administração eficaz dos recursos hídricos.
Utilização de medidas de estímulo à moderação do consumo de água.
A execução de serviços públicos de saneamento básico deverá ser fundamentada em um planejamento, atendendo a particularidade de cada serviço.
Este planejamento terá de ser composto por:
Análise do cenário e de suas repercussões nas condições de vida, empregando um sistema de indicadores sanitários, epidemiológicos, ambientais e socioeconômicos e expondo as fontes dos déficits verificados;
Propósitos de curto, médio e longo prazos para a universalização, permitindo resultados graduais e progressivos, de forma a verificar a conformidade com os outros planos setoriais;
Programas, projetos e ações essenciais para alcançar os objetivos e as metas, conforme com os respectivos planos plurianuais e com outros planos governamentais correspondente, detectando prováveis fontes de financiamento;
Planos contingenciais e emergenciais;
Mecanismos e procedimentos para um parecer sistemático da efetividade das ações programadas.
Tipos de Tratamento
Resíduos produzidos por serviços de saúde podem ser nocivos à saúde, por isso é importante que seja realizado o tratamento desses resíduos através de vários processos para poderem ser desprezados na natureza de maneira menos nociva à saúde da população, tendo em vista a melhoria do bem-estar e impedindo várias doenças e contaminações.
Quando se trata de efluentes hospitalares, é necessário aumentar a atenção, pois devido a utilização de substâncias químicas se torna imprescindível que os resíduos sejam tratados através de procedimentos que visem a diminuição dos efeitos no meio ambiente e nos seres humanos.
O tratamento de efluentes hospitalares é realizado em centros de tratamento especializados e que tenham equipamentos específicos para que os resíduos com maior densidade e riscos à saúde sejam eliminados, possibilitando que os tanques consigam captar as químicas dos remédios e outros efluentes desprezados. 
Alguns serviços que não dispõem de tratamento de efluentes hospitalares específico, geralmente tratam seus resíduos junto com outros efluentes de residências e indústrias, onde frequentemente são encontradas substâncias químicas, possibilitando que a água passe por diversos processos a fim de eliminar todas as partículas de sujeiras, sejam mais densas ou menores, com a floculação e absorção dos flocos pelos tanques. 
O tratamento de efluentes hospitalares é extremamente importante para a população, a fim de evitar quem more perto das estações de tratamento ou serviços de saúde se contaminem, e também de possibilitar que os efluentes sejam direcionados para o local adequado, sem desprezá-los na natureza de forma deliberada, o que possibilitaria que o esgoto químico se espalhasse por diversas cidades e locais, atingindo uma maior área de infecções e problemas à saúde da população. 
Fora a preocupação com a saúde e o bem estar da população, é preciso enfatizar que o tratamento de efluentes hospitalares realizado corretamente também contribui para a preservação da natureza e meio ambiente, visto que os resíduos químicos impactam diretamente no meio ambiente, causando destruição do solo, deterioração de plantas e árvores, além de vários danos que podem ser causados com o contato dos resíduos químicos com a natureza. 
O tratamento de esgoto pode ser classificado em 4 níveis:
A - Tratamento Preliminar 
É um pré-tratamento realizado através da remoção dos resíduos sólidos grosseiros suspensos (materiais com dimensões maiores e areia). 
Neste tipo de tratamento é predominante os dispositivos físicos para extração dos poluentes, sendo frequentemente utilizado o Gradeamento.
B - Tratamento Primário 
É realizado através da remoção de resíduos sólidos sedimentáveis suspensos e também parte da matéria orgânica (elementos dos resíduos sólidos em suspensão sedimentáveis). 
Neste tipo de tratamento também predomina o uso dos dispositivos físicos para a extração dos poluentes. 
C - Tratamento Secundário 
É realizado através da extração da matéria orgânica em suspensão fina, que não foi retirada no tratamento primário, da matéria orgânica na forma de sólidos dissolvidos e ocasionalmente nutrientes (nitrogênio e fósforo). 
Neste tratamento são frequentemente utilizados os mecanismos biológicos para extração dos poluentes. 
D - Tratamento Terciário 
É realizado através da extração de poluentes especificados (geralmente tóxicos ou componentes não biodegradáveis), e a extração complementar de poluentes que não foram removidos adequadamente no tratamento secundário. 
Usualmente, para os efluentes de hospitais, é preciso realizar o tratamento terciário, devido à alta carga microbiana presente nestes resíduos. 
Manejos e Manutenção
Caixa separadora de gordura:
Para preparar um tratamento de efluentes hospitalares é essencial elaborar um espaço físico para recebê-la. Se o hospital não dispor desse local, faz- se necessário adaptá-lo para receber uma versão compacta desse sistema de tratamento de efluentes hospitalar, este, é constituído da caixa separadora de gordura que deverá ser instalada na saída da cozinha e compõe o denominado tratamento primário do efluente, junto com o gradeamento.
A caixa separadora de gordura, viabiliza a separação da gordura do efluente a ser tratado para que não ocorra interferência negativa no processo biológico do tratamento. A gordura mantém-se concentrada em uma repartição interna do equipamento e não é enviada a Estação de Tratamento de Esgoto.
Gradeamento:
Os instrumentos de extração de sólidos grosseiros são constituídos por grades formadas de barras de ferro ou aço paralelas, situadas de forma transversal no canal de recepção dos esgotos na estação de tratamento, perpendiculares ou inclinadas, de acordo com o instrumento de extração do material retido. As grades precisam possibilitaro escoamento dos esgotos sem causar uma extensa perda de carga. São removidos os sólidos grosseiros, essencialmente para a preservação dos instrumentos de transporte dos esgotos (bombas, tubulações e as unidades de tratamento seguinte). 
Tanque de equalização:
Este estágio vai assegurar as próximas etapas de tratamento, regimes de vazão e concentrações um certo nível de uniformidade. Também irá neutralizar o pH, concentração e vazão mássica dos componentes do despejo, por meio da fusão do próprio despejo no dispositivo de equalização. Resultando em um volume mais uniforme dos componentes do despejo (dissolvidos ou em suspensão), tal como de pH.
A equalização da vazão é capaz de aperfeiçoar substancialmente o desempenho de sistemas de tratamento a jusante, inclusive moderando o consumo de agentes neutralizantes, produtos químicos floculação e especialmente a dimensão das unidades posteriores. Após este ponto, a concentração armazenada é bombeada e encaminhada às unidades à jusante do sistema com a vazão regularizada.
Reator UASB:
O Reator UASB é uma tecnologia de tratamento biológico de esgotos que consiste na decomposição anaeróbia da matéria orgânica. É uma forma mais versátil de tratamento anaeróbio, atuando através de fluxo ascendente e manta de iodo. Geralmente, os reatores UASB não geram um efluente adequado para os padrões de lançamento. Por isso, constantemente é preciso realizar um pós tratamento, podendo ser biológico ou físico-químico.
Quase todos os processos de tratamento de esgotos podem ser utilizados para o pós tratamento dos efluentes do reator UASB. 
Biofiltro Aerado:
Os biofiltros sarados são geralmente utilizados como pré-tratamento de reatores UASB. Se tem uma enorme economia de energia nos biofiltros, provenientes da maior eficácia de extração de DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) nos reatores UASB. O iodo excedente, extraído pela lavagem dos filtros, volta ao reator UASB, passando por adensamento e digestão, junto com iodo anaeróbico. O iodo misto requer somente a desidratação.
Desinfecção:
No tratamento de esgotos há diversos processos utilizados para a extração de organismos patogênicos, podendo ser natural, por meio de instalação de lagoa de maturação e polimento ou infiltração no solo. 
Os processos artificiais são realizados através da cloração, ozonização, radiação ultravioleta ou membranas. 
Situações Práticas
Nessa etapa abordaremos o que traz a literatura científica, como uma forma de nos aproximarmos da pesquisa e inovação ao tratamento de esgoto e seus manejos no processo saúde-doença.
Situação Prática 1:
O EMPREGO DE RESÍDUOS NATURAIS NO TRATAMENTO DE EFLUENTES CONTAMINADOS COM FÁRMACOS POLUENTES
Marciela Belisário, Patrícia Spinassé Borges, Rodrigo Moretto Galazzi, Poliana Bastos Del Piero, Poliana Belisário Zorzal, Araceli Verónica Flores Nardy Ribeiro, Joselito Nardy Ribeiro
Resumo:
A contaminação de corpos hídricos com fármacos apresenta-se como um problema ambiental em todo mundo. Tais compostos biologicamente ativos presentes no ambiente interagem com a biota do meio interferindo significativamente na fisiologia, no metabolismo e no comportamento das espécies, podendo ocasionar severos danos ao organismo humano e aos demais seres vivos. A detecção desses compostos farmacêuticos em águas de superfície, lençóis freáticos, estações de tratamento de efluentes e águas de abastecimento salienta a necessidade de alternativas para a remoção desses poluentes. A utilização de resíduos agrícolas e industriais como bioadsorventes, apresenta-se como alternativa eficiente e economicamente viável, minimizando impactos ambientais.
Situação Prática 2:
ESTRATÉGIAS PARA O TRATAMENTO DE EFLUENTES VISANDO REDUÇÃO DE CUSTOS: UM ESTUDO DE CASO
Strategies for the treatment of effluents for cost reduction: a case study Mariane Minozzo1 ; Rogério Marcos Dallago2 ; Juliana Steffens3 ; Luciana Dornelles Venquiaruto4 ; João Carlos Krause5 ; Fernando Nonnemacher6
Resumo:
As regulamentações ambientais mais restritivas no que se refere aos padrões de lançamento, associadas às multas cada vez mais onerosas, contribuíram para as empresas a repensar suas estratégias, incorporando a seus processos sistemas de tratamentos cada vez mais eficientes. No entanto, muitas empresas, alegando aumento, consideravelmente, em seus custos, fazem este tratamento de forma parcial ou incompleta, comprometendo a qualidade de seu efluente. No que se refere aos custos, os mesmos são, muitas vezes, superestimados pelos gestores, os quais desconhecem que atitudes simples como segregação, alteração das características de periculosidade, redução de volume e alteração do estado físico de um efluente são procedimentos que podem ser facilmente adotados, com ganhos significativos, tanto no âmbito econômico quanto no ambiental e no social.
 
Situação Prática 3:
Avaliação do reaproveitamento dos efluentes gerados por sistemas de tratamento de água para hemodiálise
Faria, Paulo Gil Siqueira de
Resumo:
 Sistemas de Osmose Reversa empregados em clínicas de Hemodiálise geram um volume de efluente denominado por rejeito ou concentrado. Além disso, os filtros de areia, abrandador e carvão ativado, que compõem o pré-tratamento, descartam a água de retrolavam utilizada na manutenção dos mesmos. A presente pesquisa buscou avaliar o reaproveitamento dos efluentes gerados por esse sistema em duas clínicas de hemodiálise na cidade de Curitiba/PR. Na primeira clínica foram reutilizados os efluentes das retrolavagens dos filtros de areia e de carvão ativado em descargas de vasos sanitários e na limpeza de pátios externos, sendo descartado o efluente gerado pelo filtro abrandador. Em ambas as clínicas, foram instalados sistemas de Osmose Reversa para tratamento do Rejeito (ORR). Através desse sistema de recuperação de efluentes, foi possível reduzir o descarte de água de 49% para 16%, o volume utilizado nas terapias passou de 42% para 70% e os demais consumos que somavam 9%, ficaram em 14% do total de água utilizada no abastecimento da clínica.
Atividade Extra
Leia o livro Esgoto Sanitário: Coleta, Transporte, Tratamento e Reúso Agrícola – 2011 por Dirceu D'Alkmin Telles (Autor), José Tarcísio Ribeiro (Autor), Nelson Junzo Miyashita (Autor), Roberta Baptista Rodrigues (Autor), Roberto de Araujo (Autor), Alexandre Martinelli (Autor), Ariovaldo Nuvolari (Coeditor)
Assista o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=gfBjcJo9828
Referência Bibliográfica
Estação de Tratamento de Água. Tratamento de Efluente Hospitalares. Santa Catarina, 2015. Disponível em: http://estacaodetratamentodeagua.com.br/tratamento-de-efluentes-hospitalares/ Acesso: 03 out 2020.
BRASIL. LEI Nº 11.445, DE 5 DE JANEIRO DE 2007. Estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico; cria o Comitê Interministerial de Saneamento Básico; altera as Leis nos 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.666, de 21 de junho de 1993, e 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; e revoga a Lei nº 6.528, de 11 de maio de 1978. Brasília-DF, 2007. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11445.htm Acesso: 03 out 2020. 
AREND, R.G; HENKES, J.A. Efluentes hospitalares: avaliação da forma de disposição dos efluentes hospitalares em quatro municípios da região do vale dos sinos, no estado do rio grande do sul. R. gest. sust. ambiental. Florianópolis, 2014.
01
(IBFC, 2017) Os principais objetivos do tratamento dos esgotos consistem na remoção de:
I. Sólidos em suspensão.
II. Matéria orgânica.
III. Organismos patogênicos.
IV. Nutrientes.
Estão corretas as afirmativas:
02
(FUMARC, 2018) São considerados os principais mecanismos para remoção de poluentes sólidos no tratamento de esgotos, EXCETO:
03
(CONSESP, 2015) As Estações de Tratamento de Efluentes trabalham com a despoluição das águas residuais domésticas ou industriais, para que essas águas possam ser escoadas com níveis aceitáveis de poluição. De qual fase de tratamento a gradagem faz parte, em uma ETE?

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