Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aula 05 Noções de Administração Pública (parte de Direito Constitucional) p/ PM-SP - Oficial e Soldado Professores: Nádia Carolina, Ricardo Vale !∀#∃∀%&∋(&)∗%∀%+,∀&)−.∋/0∋12341∋ 5∃&#∀−∋∃∋6+∃∗%7∃∗∋ 1#&89∋:;<∀−∋(−#&.∀)−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!1!∀#!22 AULA 05: CONSTITUIÇÃO ESTADUAL – Parte I SUMÁRIO PÁGINA 1-Palavras Iniciais 1 2-Preâmbulo 2 3-Dos Fundamentos do Estado de São Paulo 2 - 8 4-Da Organização dos Poderes – Poder Executivo 8 – 15 5-Administração Pública 15 - 41 6-Segurança Pública 41 - 45 7- Lista de Questões e Gabarito 46 - 55 Olá, amigos do Estratégia, tudo bem? Hoje, começamos a estudar a Constituição do Estado de São Paulo. O assunto é grande! Por isso, nós o dividimos em duas aulas, a fim de que vocês possam ter o melhor aproveitamento do conteúdo. Nessa aula, estudaremos os seguintes tópicos: CONSTITUIÇÃO DE SÃO PAULO - 2.1. Título I – Dos Fundamentos do Estado. 2.2. Título II – Da Organização e Poderes: Capítulo I – Disposições Preliminares; e Capítulo III – Do Poder Executivo. 2.3. Título III – Da Organização do Estado: Capítulo I – Da Administração Pública: Seção I – Disposições Gerais: artigos 111 a 114, e 115 caput e incisos I a X, XVIII, XIX, XXIV, XXVI e XXVII; Capítulo II – Dos Servidores Públicos do Estado: Seção I – Dos Servidores Públicos Civis: artigo 124 “caput”, e artigos 125 a 137; Seção II – Dos Servidores Públicos Militares; Capítulo III – Da Segurança Pública: Seção I – Disposições Gerais; Seção III – Da Polícia Militar Tentaremos ser bastante objetivos, procurando identificar aqueles pontos sensíveis que poderão ser objeto de cobrança na prova. Vamos em frente! Um abraço a todos, Nádia Carolina ____________________x___________________ !∀#∃∀%&∋(&)∗%∀%+,∀&)−.∋/0∋12341∋ 5∃&#∀−∋∃∋6+∃∗%7∃∗∋ 1#&89∋:;<∀−∋(−#&.∀)−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!3!∀#!22 1-Preâmbulo: “O Povo Paulista, invocando a proteção de Deus, e inspirado nos princípios constitucionais da República e no ideal de a todos assegurar justiça e bem- estar, decreta e promulga, por seus representantes, a Constituição do Estado de São Paulo” É importante que nos façamos dois questionamentos ao ler o Preâmbulo da Constituição do Estado de São Paulo: 1) É obrigatória a reprodução do Preâmbulo da Constituição Federal pelas Constituições Estaduais? Não. O STF já decidiu que o preâmbulo da Constituição Federal não é de observância obrigatória pelas Constituições Estaduais. Assim, o Preâmbulo da Constituição Federal de 1988 não precisa ser reproduzido pela Constituição Estadual. No caso concreto apreciado pelo STF, discutia-se a constitucionalidade da Constituição do Estado do Acre, que omitia a referência à proteção de Deus, presente no texto da Constituição Federal de 1988. Ao julgar a Ação Direta de Inconstitucionalidade, o STF entendeu que a Constituição do Acre não precisava fazer referência à proteção de Deus. 2) Qual a relevância jurídica do Preâmbulo da Constituição do Estado de São Paulo? Segundo o STF, o Preâmbulo não tem força normativa, eis que se situa no campo da política. Assim, o Preâmbulo está fora do campo do direito, não servindo para aferição do controle de constitucionalidade de leis. Também é necessário afirmar que o Preâmbulo não limita a atuação do Poder Constituinte Derivado, ao promover reformas no texto constitucional via emenda constitucional. A doutrina considera que o Preâmbulo serve como parâmetro interpretativo do texto constitucional, uma vez que elenca os valores essenciais que nortearam a ação do legislador constituinte. !∀#∃∀%&∋(&)∗%∀%+,∀&)−.∋/0∋12341∋ 5∃&#∀−∋∃∋6+∃∗%7∃∗∋ 1#&89∋:;<∀−∋(−#&.∀)−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!4!∀#!22 2-Dos Fundamentos do Estado de São Paulo: “Artigo 1º - O Estado de São Paulo, integrante da República Federativa do Brasil, exerce as competências que não lhe são vedadas pela Constituição Federal.” A Constituição Federal de 1988 não listou, de forma taxativa, todas as competências dos Estados, motivo pelo qual a doutrina considera que os Estados possuem competência remanescente (residual). O art. 1º da Constituição Estadual reproduz norma da CF/88, que, em seu art. 25, § 1º, dispõe que “são reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição”. A Constituição Estadual não enumera as competências do Estado de São Paulo. Logo, precisamos buscar na CF/88 as competências dos Estados. O art. 23 da Constituição Federal enumera as competências comuns da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. São matérias de que deverão tratar todos os entes federativos, em igualdade de condições. Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público; II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência; III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural; V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência; VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar; IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico; X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos; XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios; XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito. !∀#∃∀%&∋(&)∗%∀%+,∀&)−.∋/0∋12341∋ 5∃&#∀−∋∃∋6+∃∗%7∃∗∋ 1#&89∋:;<∀−∋(−#&.∀)−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!5!∀#!22 O art. 24 da Constituição Federal enumera as competências concorrentes entre a União e os Estados / Distrito Federal. Sobre a competência concorrente, cabe destacar o seguinte: a) A União é responsável por editar normas gerais, ao passo que os Estados e o Distrito Federal editam normas suplementares. b) O Estado, no exercício de sua competência suplementar, observará as normas gerais estabelecidas pela União. c) Inexistindo lei federal sobre as normas gerais, o Estado poderá exercer competência legislativa plena para atender às suas peculiaridades. Assim, no âmbito da competência concorrente, os Estados podem atuar, fundamentalmente, de duas formas diferentes: -Exercitando a competência suplementar: caso a União edite normas gerais. - Exercendo a competência legislativa plena: caso a União não edite sua lei de normas gerais. Nessa situação, o Estado poderá editar lei sobre normas gerais. d) A superveniência de lei federal sobre normas gerais SUSPENDE a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. Cuidado, pessoal, pois as bancas examinadoras adoram falar em revogação, o que está errado. O art. 22 da Constituição Federal trata das competências privativas da União. São matérias que devem ser versadas em legislação federal, mas que, mediante delegação da União, poderão ser objeto de atividade legiferante pelos Estados. Para que os Estados exerçam a competência legislativa delegada pela União, é necessário que seja editada lei complementar federal, outorgando aos Estados a tarefa de tratar sobre questões específicas das matérias relacionadas na esfera da competência privativa da União.Segundo o art. 25, § 2º, da CF/88, cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação. Destaque- se que o art. 122, parágrafo único da Constituição do Estado de São Paulo, reforçando esse entendimento, dispõe o seguinte: “Cabe ao Estado explorar diretamente, ou mediante concessão, na forma da lei, os serviços de gás canalizado em seu território, incluído o fornecimento direto a partir de gasodutos de transporte, de maneira a atender às necessidades dos setores industrial, domiciliar, comercial, automotivo e outros.” !∀#∃∀%&∋(&)∗%∀%+,∀&)−.∋/0∋12341∋ 5∃&#∀−∋∃∋6+∃∗%7∃∗∋ 1#&89∋:;<∀−∋(−#&.∀)−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!2!∀#!22 O art. 25, § 3º, da CF/88, estabelece que cabe aos Estados instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. Ressalte- se que a instituição das regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões será feita mediante lei complementar. Os Estados possuem, ainda, competência tributária para instituição de impostos, taxas, contribuições de melhoria e contribuições previdenciárias de seus servidores. Artigo 2º - A lei estabelecerá procedimentos judiciários abreviados e de custos reduzidos para as ações cujo objeto principal seja a salvaguarda dos direitos e liberdades fundamentais. A Constituição do Estado de São Paulo se preocupa em garantir amplo acesso dos menos abastados ao Poder Judiciário, dando maior eficácia ao art. 5º, inciso XXXV da CF/88, segundo o qual a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito. Percebe-se, nitidamente, que a Constituição Estadual preocupa-se com a proteção dos direitos e liberdades fundamentais, embora estes direitos não estejam relacionados em seu texto. Fazemos menção também ao art. 5º, inciso XXXIV, alínea “a”, da CF/88, que dispõe que a todos é assegurado, independentemente do pagamento de taxas, o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder. Artigo 3º - O Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que declara insuficiência de recursos. A assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos é direito fundamental insculpido no art. 5º, inciso LXXIV da CF/88. A responsabilidade pela prestação da assistência jurídica aos necessitados é a Defensoria Pública, considerada instituição essencial à função jurisdicional do Estado. Trata-se de norma constitucional de eficácia plena, que obriga aos entes federativos a arcar com os custos dos honorários de advogado e perito quando inexistir um órgão estatal responsável pela prestação de assistência jurídica. Artigo 4º - Nos procedimentos administrativos, qualquer que seja o objeto, observar-se-ão, entre outros requisitos de validade, a igualdade entre os administrados e o devido processo legal, especialmente quanto à exigência da publicidade, do contraditório, da ampla defesa e do despacho ou decisão motivados. !∀#∃∀%&∋(&)∗%∀%+,∀&)−.∋/0∋12341∋ 5∃&#∀−∋∃∋6+∃∗%7∃∗∋ 1#&89∋:;<∀−∋(−#&.∀)−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!6!∀#!22 Os procedimentos administrativos devem observar os direitos e garantias individuais do cidadão, dentre eles, a igualdade entre os administrados e o devido processo legal. A Constituição Estadual é explícita ao dispor que há outros requisitos para a validade dos procedimentos administrativos no âmbito do Estado de São Paulo. Nesse sentido, cabe fazer menção aos requisitos de validade dos atos administrativos: competência, finalidade, forma, motivo e objeto. Estudamos isso em Direito Administrativo... O devido processo legal é direito previsto no art. 5º, inciso LIV, da CF/88, segundo o qual “ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”. No devido processo legal, deve ser observada a publicidade, a ampla defesa e o contraditório e a motivação das decisões administrativas. 1-(Questão Inédita) O Estado de São Paulo, integrante da República Federativa do Brasil, exerce as competências que não lhe são vedadas pela Constituição Federal. Comentários: O Estado de São Paulo é um ente federativo integrante da República Federativa do Brasil. Os Estados possuem competência remanescente, exercendo as competências que não lhe são vedadas pela Cf/88. Questão correta. 2- (Questão Inédita) É competência privativa dos Estados impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural. Comentários: Trata-se de competência comum da União, Estados, Distrito Federal e dos Municípios. Questão errada. 3-(Questão Inédita) Os Estados não poderão exercer a competência legislativa em relação a matérias que são da competência privativa da União. Comentários: !∀#∃∀%&∋(&)∗%∀%+,∀&)−.∋/0∋12341∋ 5∃&#∀−∋∃∋6+∃∗%7∃∗∋ 1#&89∋:;<∀−∋(−#&.∀)−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!7!∀#!22 As matérias que são de competência privativa da União podem ser delegadas aos Estados mediante lei complementar federal. Questão errada. 4- (Questão Inédita) Cabe aos Estados, mediante lei ordinária, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. Comentários: A instituição de regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões será feita mediante lei complementar. Questão errada. 5- (Questão Inédita) O Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que declara insuficiência de recursos. Comentários: É exatamente o que dispõe o art. 3º da Constituição Estadual, que está em perfeita conformidade com a CF/88. Questão correta. 6- (Questão Inédita) Cabe ao Estado de São Paulo explorar diretamente, ou mediante concessão, na forma da lei, os serviços de gás canalizado em seu território, incluído o fornecimento direto a partir de gasodutos de transporte, de maneira a atender às necessidades dos setores industrial, domiciliar, comercial, automotivo e outros. Comentários: De fato, a exploração dos serviços de gás canalizado é competência dos Estados. Isso decorre de expressa previsão na CF/88. Questão correta. 7-(Questão Inédita)-Compete ao Estado de São Paulo, em concorrência com a União, legislar sobre direito tributário. Em razão disso, cabe ao Estado editar normas suplementares ou, na falta de normas gerais editadas pela União, exercer a competência legislativa plena. Comentários: A competência para legislar sobre direito tributário é concorrente entre a União e os Estados. Isso quer dizer que compete à União editar normas gerais e aos Estados, normas suplementares. Inexistindo lei federal de normas gerais, os Estados podem exercer a competência legislativa plena. Questão correta. !∀#∃∀%&∋(&)∗%∀%+,∀&)−.∋/0∋12341∋ 5∃&#∀−∋∃∋6+∃∗%7∃∗∋ 1#&89∋:;<∀−∋(−#&.∀)−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!8!∀#!22 8-(ICMS-SP/2006) Lei estadual que versasse sobre a responsabilidade por danos causados a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico somente poderia ser promulgada se existisse lei complementar que autorizasse os Estados a legislar sobre a matéria. Comentários: A competência para legislar sobre responsabilidade por danos causados a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico é concorrente entre a União, os Estados e o Distrito Federal. Logo, cabe à Uniãoinstituir normas gerais sobre a matéria e aos Estados/ DF normas complementares. Assim, o Estado tem competência para editar a referida lei independentemente de lei complementar. Questão errada. 3- Da Organização dos Poderes: 3.1- Considerações Gerais: São Poderes do Estado, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. É vedado a qualquer dos Poderes delegar atribuições, sendo que o cidadão que for investido na função de um deles não poderá exercer a de outro, salvo as exceções previstas na Constituição Estadual. Estará ERRADA a questão que afirmar que, em nenhuma situação, um cidadão investido na função de um dos Poderes poderá exercer funções de outros Poderes. A capital do Estado é o Município de São Paulo. Os símbolos do Estado são a bandeira, o brasão de armas e o hino. Para saber quais são os bens do Estado de São Paulo, devemos fazer uma leitura combinada dos textos da Constituição Federal e da Constituição Estadual. O art. 26 da CF/88 dispõe o seguinte sobre os bens dos Estados: Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados: I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União; II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros; III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União; !∀#∃∀%&∋(&)∗%∀%+,∀&)−.∋/0∋12341∋ 5∃&#∀−∋∃∋6+∃∗%7∃∗∋ 1#&89∋:;<∀−∋(−#&.∀)−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!9!∀#!22 [Comentário: As ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países são bens da União.] IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União. [Comentário: As terras devolutas da União são aquelas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental.] Além dos bens relacionados no art. 26 da CF/88, são bens do Estado de São Paulo os terrenos reservados às margens dos rios e lagos do seu domínio. É importante concluirmos que a lista de bens dos Estados prevista no art. 26 da CF/88 não é taxativa, motivo pelo qual é bastante comum que, em âmbito estadual, as Constituições dos Estados detalhem, com mais precisão, os bens desses entes federativos. 9-(Questão Inédita)- São bens do Estado de São Paulo as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental. Comentários: As terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental são bens da União. Questão errada. 10-(Questão Inédita)- Os terrenos reservados às margens dos rios e lagos do seu domínio são bens do Estado de São Paulo. Comentários: Segundo a Constituição Estadual, terrenos reservados às margens dos rios e lagos do seu domínio são bens do Estado de São Paulo. Questão correta. 11-(Questão Inédita)-Os símbolos do Estado de São Paulo são bandeira, o brasão de armas e o hino. Comentários: A bandeira, o brasão de armas e o hino são símbolos do Estado de São Paulo. Questão correta. !∀#∃∀%&∋(&)∗%∀%+,∀&)−.∋/0∋12341∋ 5∃&#∀−∋∃∋6+∃∗%7∃∗∋ 1#&89∋:;<∀−∋(−#&.∀)−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!1:!∀#!22 12- (APOFP-SP/2009) São Poderes do Estado, independentes e harmônicos entre si, o Ministério Público, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Comentários: O Ministério Público não é um dos Poderes do Estado. Questão errada. 13- (APOFP-SP/2009) A Constituição estadual permite que o Poder Legislativo ou o Poder Judiciário deleguem atribuições ao Poder Executivo. Comentários: O Poder Legislativo ou o Poder Judiciário não podem delegar atribuições ao Poder Executivo. Questão errada. 3.2- Poder Executivo: O Poder Executivo do Estado de São Paulo é exercido pelo Governador, eleito para um mandato de quatro anos, podendo ser reeleito para um único período subsequente, na forma estabelecida na Constituição Federal. Substituirá o Governador, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o Vice-Governador. O Governador deverá residir na Capital do Estado. A eleição do Governador e do Vice-Governador realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de janeiro do ano subsequente. Tanto o Governador quanto o Vice-Governador são eleitos pelo sistema majoritário, no qual é eleito o candidato com maior número de votos. Nesse caso, a eleição se dá pelo sistema de dois turnos, sendo considerado eleito o candidato que obtiver a maioria dos votos válidos (não computados os em branco e os nulos). Caso não obtenha essa maioria na primeira votação, será realizado um novo turno de votações. A Constituição Estadual prevê soluções para os casos de impedimento do Governador e do Vice-Governador e de vacância dos seus cargos. Os impedimentos são afastamentos temporários dessas autoridades, ocorrendo, por exemplo, quando elas se ausentam do País. Já a vacância é o afastamento definitivo do cargo, com consequente sucessão. !∀#∃∀%&∋(&)∗%∀%+,∀&)−.∋/0∋12341∋ 5∃&#∀−∋∃∋6+∃∗%7∃∗∋ 1#&89∋:;<∀−∋(−#&.∀)−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!11!∀#!22 Em caso de impedimento do Governador e do Vice-Governador, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Governança o Presidente da Assembleia Legislativa e o Presidente do Tribunal de Justiça. Vagando os cargos de Governador e Vice-Governador, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga. Ocorrendo a vacância no último ano do período governamental, aplica-se a sucessão prevista no artigo anterior: serão sucessivamente chamados ao exercício da Governança o Presidente da Assembleia Legislativa e o Presidente do Tribunal de Justiça. Em qualquer dos casos, os sucessores deverão completar o período de governo restante. O Governador e o Vice-Governador tomarão posse perante a Assembleia Legislativa, prestando compromisso de cumprir e fazer cumprir a Constituição Federal e a do Estado e de observar as leis. Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Governador ou o Vice-Governador, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago. O Governador e o Vice-Governador não poderão, sem licença da Assembleia Legislativa, ausentar-se do Estado por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo. O pedido de licença, amplamente motivado, indicará, especialmente, as razões da viagem, o roteiro e a previsão de gastos. 3.2.1 Atribuições do Governador do Estado de São Paulo As atribuições do Governador do Estado de São Paulo estão previstas no art. 47 da Constituição Estadual. Trata-se de um rol exemplificativo, não excluindo outras atribuições previstas em outras partes do texto constitucional: • Representar o Estado nas suas relações jurídicas, políticas e administrativas; • Exercer, com o auxílio dos Secretários de Estado, a direção superior da administração estadual; • Sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como, no prazo nelas estabelecido, não inferior a trinta nem superior a cento e oitenta dias, expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução, ressalvados os casos em que, nesse prazo, houver interposição de ação direta de inconstitucionalidade contra a lei publicada; • Vetar projetos de lei, total ou parcialmente; • Prover os cargos públicos do Estado, com as restrições da Constituição Federal e desta Constituição, na forma pela qual a lei estabelecer; • Nomeare exonerar livremente os Secretários de Estado; !∀#∃∀%&∋(&)∗%∀%+,∀&)−.∋/0∋12341∋ 5∃&#∀−∋∃∋6+∃∗%7∃∗∋ 1#&89∋:;<∀−∋(−#&.∀)−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!13!∀#!22 • Nomear e exonerar os dirigentes de autarquias, observadas as condições estabelecidas nesta Constituição; • Decretar e fazer executar intervenção nos Municípios, na forma da Constituição Federal e desta Constituição; • Prestar contas da administração do Estado à Assembleia Legislativa, na forma desta Constituição; • Apresentar à Assembleia Legislativa, na sua sessão inaugural, mensagem sobre a situação do Estado, solicitando medidas de interesse do Governo; • Iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição; • Fixar ou alterar, por decreto, os quadros, vencimentos e vantagens do pessoal das fundações instituídas ou mantidas pelo Estado, nos termos da lei; • Indicar diretores de sociedade de economia mista e empresas públicas; • Praticar os demais atos de administração, nos limites da competência do Executivo; • Subscrever ou adquirir ações, realizar ou aumentar capital, desde que haja recursos hábeis, de sociedade de economia mista ou de empresa pública, bem como dispor, a qualquer título, no todo ou em parte, de ações ou capital que tenha subscrito, adquirido, realizado ou aumentado, mediante autorização da Assembleia Legislativa; • Delegar, por decreto, a autoridade do Executivo, funções administrativas que não sejam de sua exclusiva competência; • Enviar à Assembleia Legislativa projetos de lei relativos ao plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, dívida pública e operações de crédito; • Enviar à Assembleia Legislativa projeto de lei sobre o regime de concessão ou permissão de serviços públicos; • Dispor, mediante decreto, sobre: a) organização e funcionamento da administração estadual, quando não implicar em aumento de despesa, nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos. A representação o Estado nas suas relações jurídicas, políticas e administrativas poderá ser delegada por lei de iniciativa do Governador, a outra autoridade. 3.2.2- Secretários de Estado: Os Secretários de Estado são livremente nomeáveis e exoneráveis pelo Governador, sendo escolhidos dentre brasileiros natos ou naturalizados, maiores de vinte e um anos e no exercício dos direitos políticos (art. 51 da Constituição do Estado de São Paulo). !∀#∃∀%&∋(&)∗%∀%+,∀&)−.∋/0∋12341∋ 5∃&#∀−∋∃∋6+∃∗%7∃∗∋ 1#&89∋:;<∀−∋(−#&.∀)−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!14!∀#!22 Os Secretários de Estado, auxiliares diretos e da confiança do Governador, serão responsáveis pelos atos que praticarem ou referendarem no exercício do cargo, bem como por retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício. Os Secretários de Estado responderão, no prazo de trinta dias, os requerimentos de informação formulados por Deputados e encaminhados pelo Presidente da Assembleia após apreciação da Mesa, reputando-se não praticado o ato de seu ofício sempre que a resposta for elaborada em desrespeito ao parlamentar ou ao Poder Legislativo, ou que deixar de referir-se especificamente a cada questionamento feito. Para esses fins, os Secretários de Estado respondem pelos atos dos dirigentes, diretores e superintendentes de órgãos da administração pública direta, indireta e fundacional a eles diretamente subordinados ou vinculados. Caberá a cada Secretário de Estado, semestralmente, comparecer perante a Comissão Permanente da Assembleia Legislativa a que estejam afetas as atribuições de sua Pasta, para prestação de contas do andamento da gestão, bem como demonstrar e avaliar o desenvolvimento de ações, programas e metas da Secretaria correspondente. O comparecimento do Secretário de Estado, com a finalidade de apresentar, quadrimestralmente, perante Comissão Permanente do Poder Legislativo, a demonstração e a avaliação do cumprimento das metas fiscais por parte do Poder Executivo suprirá essa obrigatoriedade. Por fim, determina a Constituição do Estado que os Secretários farão declaração pública de bens, no ato da posse e no término do exercício do cargo, e terão os mesmos impedimentos estabelecidos nesta Constituição para os Deputados, enquanto permanecerem em suas funções. 14 - (APOFP-SP/2010) O Governador deverá residir na Capital do Estado. Comentários: De fato, o Governador deverá residir na Capital do Estado. Questão correta. !∀#∃∀%&∋(&)∗%∀%+,∀&)−.∋/0∋12341∋ 5∃&#∀−∋∃∋6+∃∗%7∃∗∋ 1#&89∋:;<∀−∋(−#&.∀)−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!15!∀#!22 15 - (APOFP-SP/2010) Vagando os cargos de Governador e Vice- Governador, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga. Comentários: No caso de ocorrer vacância do cargo de Governador e Vice-Governador, será feita eleição noventa dias depois de aberta a última vaga. Questão correta. 16 - (APOFP-SP/2010) Em caso de impedimento do Governador e do Vice-Governador, serão sucessivamente chamados ao exercício da Governança o Presidente do Tribunal de Justiça e o Presidente da Assembleia Legislativa. Comentários: No caso de impedimento do Governador e do Vice-Governador, será chamado ao exercício da Governança o Presidente da Assembleia Legislativa. Depois é que será chamado o Presidente do Tribunal de Justiça. Como se pode ver, a questão alterou a ordem daqueles que serão chamados a exercer o cargo. Questão errada. 17 - (APOFP-SP/2010) Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Governador ou o Vice-Governador, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago. Comentários: Se, dentro de 10 dias da data fixada para a posse, o Governador e o Vice- Governador não assumirem o cargo, este será declarado vago. Questão correta. 18 - (APOFP-SP/2010) O Governador e o Vice-Governador não poderão, sem licença da Assembleia Legislativa, ausentar-se do Estado, por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo. Comentários: Para que possam se ausentar do Estado por mais de 15 dias, o Governador e o Vice-Governador precisam de autorização da Assembleia Legislativa. Questão correta. 19 - (Questão Inédita)- Os Secretários de Estado são livremente nomeáveis e exoneráveis pelo Governador, sendo escolhidos dentre brasileiros natos ou naturalizados, maiores de trinta e cinco anos e no exercício dos direitos políticos. !∀#∃∀%&∋(&)∗%∀%+,∀&)−.∋/0∋12341∋ 5∃&#∀−∋∃∋6+∃∗%7∃∗∋ 1#&89∋:;<∀−∋(−#&.∀)−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!12!∀#!22 Comentários: A idade mínima para os Secretários de Estado é de 21 anos. Questão errada. 20 - (Questão Inédita)- O Secretário de Estado, semestralmente, comparecer perante a Comissão Permanente da Assembleia Legislativa a que estejam afetas as atribuições de sua Pasta, para prestação de contas do andamento da gestão, bem como demonstrar e avaliar o desenvolvimento de ações, programas e metas da Secretaria correspondente. Comentários: De fato, os Secretários de Estado têm a obrigação de comparecer, semestralmente, perante Comissão Permanente da Assembleia Legislativa a que estejam afetas as atribuições de sua Pasta. Questão correta. 21 - (Questão Inédita)- Os Secretários de Estado farão declaração pública de bens, no ato da posse e no término do exercício do cargo. Comentários: É necessário que, no momento da posse e ao término do exercício do cargo, os Secretários de Estado façam declaração pública de bens. Questão correta. 4-Administração Pública: Ao iniciar esse tema, devemos nos fazer a seguinte pergunta: quais são os princípios da Administração Pública? Conforme você já estudou em Direito Administrativo, a CF/88 estabelece que são princípios da Administração Pùblica a legalidade, impessoalidade,moralidade, publicidade e eficiência. Esses são os princípios explícitos da Administração Pública, assim chamados por estarem expressamente previstos no art. 37 da CF/88. Vejamos: Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte Mas esses não são os únicos princípios da Administração Pública. Há diversos outros princípios, conhecidos como princípios implícitos da Administração Pública, alguns dos quais foram relacionados, em âmbito federal, pelo art. 2º !∀#∃∀%&∋(&)∗%∀%+,∀&)−.∋/0∋12341∋ 5∃&#∀−∋∃∋6+∃∗%7∃∗∋ 1#&89∋:;<∀−∋(−#&.∀)−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!16!∀#!22 da Lei nº 9.784/99. Citamos, entre os princípios implícitos, os princípios da motivação, razoabilidade, proporcionalidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica e interesse público. Art. 2º. A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência. A Constituição Estadual de São Paulo traz, em seu art. 111, os princípios que deverão informar a Administração Pública daquela unidade da Federação. Vejamos: Art. 111 - A administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes do Estado, obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, razoabilidade, finalidade, motivação, interesse público e eficiência. O que você vê de diferente nesse dispositivo? A diferença é que ele prevê, explicitamente, como princípios da Administração Pública a razoabilidade, a finalidade, a motivação e o interesse público. Assim, segundo a Constituição do Estado de São Paulo, esses são princípios explícitos da Administração Pública. Percebe-se que há grande preocupação da Constituição Estadual em tornar efetiva a aplicação do princípio da publicidade. Nesse sentido, estabelece o art. 112 que as leis e atos administrativos externos deverão ser publicados no órgão oficial do Estado, para que produzam os seus efeitos regulares. Cabe destacar que a publicação dos atos não normativos poderá ser resumida. A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas da administração pública direta, indireta, fundações e órgãos controlados pelo Poder Público deverá ter caráter educacional, informativo e de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos e imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. Com isso, busca-se garantir a impessoalidade dos atos da Administração Pública. É vedada ao Poder Público, direta ou indiretamente, a publicidade de qualquer natureza fora do território do Estado, para fins de propaganda governamental, exceto às empresas que enfrentam concorrência de mercado e divulgação destinada a promover o turismo estadual. !∀#∃∀%&∋(&)∗%∀%+,∀&)−.∋/0∋12341∋ 5∃&#∀−∋∃∋6+∃∗%7∃∗∋ 1#&89∋:;<∀−∋(−#&.∀)−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!17!∀#!22 22 - (Questão Inédita) - Segundo a Constituição do Estado de São Paulo, a Administração Pública deverá obedecer aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, razoabilidade, finalidade, motivação, interesse público e eficiência. Comentários: Os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, razoabilidade, finalidade, motivação, interesse público e eficiência estão explícitos na Constituição do Estado de São Paulo. Questão correta. 23 - (Questão Inédita)- Em razão do princípio da publicidade, os atos não-normativos deverão ser publicados, na íntegra, no órgão oficial do Estado. Comentários: Os atos não-normativos poderão ser publicados em versão resumida. Questão errada. 24 - (Questão Inédita) - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas da administração pública direta, indireta, fundações e órgãos controlados pelo Poder Público deverá ter caráter educacional, informativo e de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos e imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. Comentários: A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas da Administração Pública não podem ter como objetivo a promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. A publicidade desses atos deve ter função educacional, informativa e de orientação social. Questão correta. 25 - (Questão Inédita) - As leis e atos administrativos externos deverão ser publicados no órgão oficial do Estado, para que produzam os seus efeitos regulares. Comentários: !∀#∃∀%&∋(&)∗%∀%+,∀&)−.∋/0∋12341∋ 5∃&#∀−∋∃∋6+∃∗%7∃∗∋ 1#&89∋:;<∀−∋(−#&.∀)−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!18!∀#!22 A publicação das leis e atos administrativos no órgão oficial do Estado é condição essencial para que estes produzam seus efeitos. Questão correta. 26 -(Questão Inédita)- O Poder Público não poderá, em qualquer situação, realizar publicidade, para fins de propaganda governamental, fora do território do Estado. Comentários: O Poder Público poderá fazer a publicidade fora do território do Estado no caso de empresas que enfrentam concorrência de mercado ou, ainda, para divulgação destinada a promover o turismo estadual. Questão errada. ... Segundo o art. 115, da Constituição Estadual, para a organização da administração pública direta e indireta, inclusive as fundações instituídas ou mantidas por qualquer dos Poderes do Estado, é obrigatório o cumprimento das seguintes normas: I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preenchem os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; Comentários: Os cargos públicos não são acessíveis apenas aos brasileiros, mas também aos estrangeiros, nos termos da lei. Essa regra decorre de expressa previsão na CF/88. II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia, em concurso público de provas ou de provas e títulos, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão, declarado em lei, de livre nomeação e exoneração; III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período. A nomeação do candidato aprovado obedecerá à ordem de classificação; IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, o aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira; Comentários: !∀#∃∀%&∋(&)∗%∀%+,∀&)−.∋/0∋12341∋ 5∃&#∀−∋∃∋6+∃∗%7∃∗∋ 1#&89∋:;<∀−∋(−#&.∀)−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!19!∀#!22 Para ser investido em cargo ou emprego público, é necessário, em regra, a aprovação prévia em concurso público, que poderá ser de provas ou de provas e títulos. Destaque-se, entretanto, que o provimento de cargos em comissão independe de aprovação em concurso. Tais cargos são de livre nomeação e exoneração. Os concursos públicos têm a validade de 2 (dois) anos, sendo possível uma prorrogação por igual período. Durante esse período, os aprovados têm prioridade para nomeação em relação a novos concursados. Cabe ressaltar que a nomeação dos candidatos deverá obedecer à ordem de classificação. V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento; Comentários: Aqui temos algo que muita gente confunde!Função de confiança não é a mesma coisa que cargo em comissão! As funções de confiança somente podem ser preenchidas por servidores ocupantes de cargo efetivo. Já os cargos em comissão podem ser preenchidos por qualquer pessoa, seja ela servidor público ou não. Entretanto, a lei define percentual mínimo de cargos em comissão que devem ser preenchidos por servidores de carreira. VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical, obedecido o disposto no artigo 8º da Constituição Federal; VII - o servidor e empregado público gozarão de estabilidade no cargo ou emprego desde o registro de sua candidatura para o exercício de cargo de representação sindical ou no caso previsto no inciso XXIII deste artigo, até um ano após o término do mandato, se eleito, salvo se cometer falta grave definida em lei; VIII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; Comentários: Esses três dispositivos versam sobre “direitos dos servidores públicos”. O primeiro deles é o direito de livre associação. Não pode a lei exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical. !∀#∃∀%&∋(&)∗%∀%+,∀&)−.∋/0∋12341∋ 5∃&#∀−∋∃∋6+∃∗%7∃∗∋ 1#&89∋:;<∀−∋(−#&.∀)−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!3:!∀#!22 O segundo também está relacionado ao direito de associação. O servidor e empregado público que se candidatar para o exercício de cargo de representação sindical terá sua estabilidade preservada desde o registro da candidatura até um ano após o término do mandato. A estabilidade não estará garantida caso ele cometa falta grave definida em lei. O terceiro dispositivo, por sua vez, trata do direito de greve do servidor público, que é uma norma de eficácia limitada, dependente de regulamentação legislativa. IX - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para os portadores de deficiências, garantindo as adaptações necessárias para a sua participação nos concursos públicos e definirá os critérios de sua admissão; Comentários: Esse inciso busca garantir a inclusão dos portadores de necessidades especiais. Uma das medidas adotadas para esse fim é o estabelecimento, nos concursos públicos, de vagas reservadas aos portadores de necessidades especiais. São as chamadas cotas. X - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado, para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público; Comentários: Em caso de excepcional interesse público, poderão ser contratados funcionários temporários. XI - a revisão geral anual da remuneração dos servidores públicos, sem distinção de índices entre servidores públicos civis e militares, far-se-á sempre na mesma data e por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso; Comentários: Quem dera se isso acontecesse mesmo na prática! ☺ A Constituição Estadual garante a revisão geral anual da remuneração dos servidores públicos, com o objetivo de recompor o poder de compra dos salários em razão das perdas decorrentes da inflação. Destaque-se que essa revisão geral deverá ser feita na mesma data para todos os servidores públicos (civis e militares) e por meio de lei específica. XII - em conformidade com o art. 37, XI, da Constituição Federal, a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, os proventos, !∀#∃∀%&∋(&)∗%∀%+,∀&)−.∋/0∋12341∋ 5∃&#∀−∋∃∋6+∃∗%7∃∗∋ 1#&89∋:;<∀−∋(−#&.∀)−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!31!∀#!22 pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; Comentários: Esse dispositivo trata do limite remuneratório dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos no Estado de São Paulo. De início, é importante ressaltar que devem ser observadas as regras previstas na Constituição Federal de 1988. Mas quais são essas regras? Vejamos: O art. 37, inciso XI, da CF/88 versa sobre os limites máximos de remuneração. No âmbito dos Estados, os limites remuneratórios são os seguintes:a)Poder Executivo: o subsídio mensal do Governador b)Poder Legislativo: o subsídio mensal dos Deputados Estaduais e Distritais c)Poder Judiciário: o subsídio mensal dos Desembargadores do Tribunal de Justiça. Vale ressaltar que o subsídio mensal dos Desembargadores do TJ está limitado a 90,25% do subsídio dos Ministros do STF. É importante ressaltar, também, que há um limite remuneratório ao qual todos os vencimentos estão subordinados: o subsídio mensal dos Ministros do STF. Segundo o art. 37, § 12, da CF/88, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a 90,25% do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando tal regra aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores. XIII - até que se atinja o limite a que se refere o inciso anterior, é vedada a redução de salários que implique a supressão das vantagens de caráter !∀#∃∀%&∋(&)∗%∀%+,∀&)−.∋/0∋12341∋ 5∃&#∀−∋∃∋6+∃∗%7∃∗∋ 1#&89∋:;<∀−∋(−#&.∀)−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!33!∀#!22 individual, adquiridas em razão de tempo de serviço, previstas no artigo 129 desta Constituição. Atingido o referido limite, a redução se aplicará independentemente da natureza das vantagens auferidas pelo servidor; Comentários: Veja que coisa boa pra você que será servidor público do Estado de São Paulo! ☺ O art. 129, da Constituição do Estado de São Paulo, dispõe que, ao servidor público estadual é assegurado o percebimento do adicional por tempo de serviço, concedido no mínimo, por quinquênio, e vedada a sua limitação, bem como a sexta-parte dos vencimentos integrais, concedida aos vinte anos de efetivo exercício, que se incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos. A remuneração do servidor, acrescida desses adicionais, não poderá ultrapassar os limites remuneratórios para a Administração Pública Estadual. Será feita a supressão dos valores que ultrapassarem o limite remuneratório. XIV - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo; Comentários: A Constituição Federal de 1988 tem regra idêntica. Trata-se de uma equiparação de salários entre os servidores dos três Poderes. É lógico, a equiparação somente deverá existir entre servidores que ocupem cargos da mesma natureza e nível de complexidade. XV - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público, observado o disposto na Constituição Federal; XVI - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores sob o mesmo título ou idêntico fundamento; XVII - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, observado o disposto na Constituição Federal; Comentários: O inciso XV veda avinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público. !∀#∃∀%&∋(&)∗%∀%+,∀&)−.∋/0∋12341∋ 5∃&#∀−∋∃∋6+∃∗%7∃∗∋ 1#&89∋:;<∀−∋(−#&.∀)−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!34!∀#!22 Isso significa que não se pode prever que a remuneração de um Auditor Fiscal do Estado seja, por exemplo, 80% do subsídio do Governador. O inciso XVI, por sua vez, visa a evitar que, na remuneração de um servidor público, parcelas sejam acumuladas umas sobre as outras. Nesse sentido, os adicionais incidem sobre a remuneração do servidor, desconsiderando-se outros adicionais já percebidos. O inciso XVII consagra a irredutibilidade dos subsídios e dos vencimentos dos servidores e agentes públicos. XVIII - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando houver compatibilidade de horários: a) de dois cargos de professor; b) de um cargo de professor com outro técnico ou científico; c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; XIX - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo Poder Público; Comentários: A regra é a impossibilidade da acumulação remunerada de cargos públicos. Isso não se aplica àqueles que exerçam: i) dois cargos de professor (alguém pode ser professor de duas Universidades públicas ao mesmo tempo) ; ii) de um cargo de professor e outro técnico ou científico (alguém pode ser professor da USP e, ao mesmo tempo, trabalhar em um cargo técnico ou científico da Secretaria da Fazenda do Estado); iii) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas. Cabe destacar que a acumulação remunerada de cargos somente será possível quando houver compatibilidade de horários. XX - a administração fazendária e seus agentes fiscais de rendas, aos quais compete exercer, privativamente, a fiscalização de tributos estaduais, terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os !∀#∃∀%&∋(&)∗%∀%+,∀&)−.∋/0∋12341∋ 5∃&#∀−∋∃∋6+∃∗%7∃∗∋ 1#&89∋:;<∀−∋(−#&.∀)−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!35!∀#!22 demais setores administrativos, na forma da lei; XX-A - a administração tributária, atividade essencial ao funcionamento do Estado, exercida por servidores de carreiras específicas, terá recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada com as administrações tributárias da União, de outros Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio; Comentários: A administração fazendária e seus agentes fiscais de rendas têm, dentro de sua área de competência, precedência sobre os demais setores administrativos. Cabe destacar que a administração tributária, enquanto atividade essencial ao funcionamento do Estado, terá recursos prioritários. Deverá a administração tributária do Estado de São Paulo atuar de forma integrada com as administrações tributárias da União, dos outros Estados, do DF e dos Municípios. A integração se faz por meio de compartilhamento de cadastros e de informações fiscais. XXI- a criação, transformação, fusão, cisão, incorporação, privatização ou extinção das sociedades de economia mista, autarquias, fundações e empresas públicas depende de prévia aprovação da Assembleia Legislativa; XXII - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada; Comentários: As autarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas públicas são entidades da administração indireta. Sua criação, transformação, fusão, cisão, incorporação, privatização e extinção dependem de aprovação prévia pela Assembleia Legislativa. A criação de subsidiárias dessas entidades depende de autorização legislativa. XXIII - fica instituída a obrigatoriedade de um Diretor Representante e de um Conselho de Representantes, eleitos pelos servidores e empregados públicos, nas autarquias, sociedades de economia mista e fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público, cabendo à lei definir os limites de sua competência e atuação; XXIV - é obrigatória a declaração pública de bens, antes da posse e depois do desligamento, de todo o dirigente de empresa pública, sociedade de economia !∀#∃∀%&∋(&)∗%∀%+,∀&)−.∋/0∋12341∋ 5∃&#∀−∋∃∋6+∃∗%7∃∗∋ 1#&89∋:;<∀−∋(−#&.∀)−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!32!∀#!22 mista, autarquia e fundação instituída ou mantida pelo Poder Público; XXV - os órgãos da administração direta e indireta ficam obrigados a constituir Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA - e, quando assim o exigirem suas atividades, Comissão de Controle Ambiental, visando à proteção da vida, do meio ambiente e das condições de trabalho dos seus servidores, na forma da lei; Comentários: Três dispositivos importantes e bem específicos da Constituição Estadual! Nas autarquias, fundações, sociedades de economia mista e fundações públicas serão eleitos, pelos servidores públicos e empregados públicos, um Diretor Representante e um Conselho de Representantes. Além disso, nos órgãos da administração direta e indireta, deverá ser constituída uma CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes). Dependendo das atividades do órgão, será instituída também uma Comissão de Controle Ambiental. Como forma de prevenir a ocorrência de enriquecimento ilícito, a Constituição Estadual determina que os dirigentes de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia e fundação instituída ou mantida pelo Poder Público deverão providenciar uma declaração pública de bens. A declaração pública de bens deverá ser feita antes da posse e depois do desligamento. XXVI - ao servidor público que tiver sua capacidade de trabalho reduzida em decorrência de acidente de trabalho ou doença do trabalho será garantida a transferência para locais ou atividades compatíveis com sua situação; Comentários: Importante dispositivo de proteção aos servidores que sofram acidentes de trabalho! Se, em virtude de um acidente de trabalho, um servidor tiver sua capacidade de trabalho reduzida, ele passará a exercer atividades compatíveis com sua situação. Por exemplo, imagine um servidor público que trabalhe com obras públicas e sofre um acidente de trabalho, tornando-se paraplégico. Por ter que ficar em uma cadeira de rodas, ele não poderá mais trabalhar em obras públicas. Passará, então, a exercer atribuições compatíveis com sua situação. Poderá, por exemplo, trabalhar elaborando ofícios. XXVII - é vedada a estipulação de limite de idade para ingresso por concurso público na administração direta, empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia e fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público, respeitando-se apenas o limite constitucional para aposentadoria compulsória; !∀#∃∀%&∋(&)∗%∀%+,∀&)−.∋/0∋12341∋ 5∃&#∀−∋∃∋6+∃∗%7∃∗∋ 1#&89∋:;<∀−∋(−#&.∀)−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!36!∀#!22 Comentários: Não há limite máximo de idade para ingresso por concurso público. É claro, deve ser respeitado o limite constitucional para aposentadoria compulsória. XXVIII - os recursos provenientes dos descontos compulsórios dos servidores públicos, bem como a contrapartida do Estado, destinados à formação de fundo próprio de previdência, deverão ser postos, mensalmente, à disposição da entidade estadual responsável pela prestação do benefício, na forma que a lei dispuser; Comentários: O que fordescontado dos servidores públicos estaduais, a título de contribuição previdenciária, deverá ser posto, mensalmente, à disposição da entidade estadual responsável pela prestação dos benefícios. XXIX - a administração pública direta e indireta, as universidades públicas e as entidades de pesquisa técnica e científica oficiais ou subvencionadas pelo Estado prestarão ao Ministério Público o apoio especializado ao desempenho das funções da Curadoria de Proteção de Acidentes do Trabalho, da Curadoria de Defesa do Meio Ambiente e de outros interesses coletivos e difusos. Comentários: O Ministério Público exerce as funções de Curadoria de Proteção de Acidentes do Trabalho e de Curadoria de Defesa do Meio Ambiente. No exercício dessas funções, receberá o apoio especializado das entidades da administração direta e indireta. 27 - (APOFP-SP/2010) A declaração pública de bens, antes da posse, é obrigatória para o dirigente de fundação instituída ou mantida pelo Poder Público, vedada essa exigência ao presidente de empresa pública ou de sociedade de economia mista. Comentários: Os dirigentes de empresa pública e de sociedade de economia mista também deverão, antes da posse, realizar declaração pública de bens. Questão errada. !∀#∃∀%&∋(&)∗%∀%+,∀&)−.∋/0∋12341∋ 5∃&#∀−∋∃∋6+∃∗%7∃∗∋ 1#&89∋:;<∀−∋(−#&.∀)−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!37!∀#!22 28 - (APOFP-SP/2010) A criação de subsidiárias das autarquias e fundações, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada ou mista, independe de autorização legislativa. Comentários: A criação de subsidiárias de autarquias e de fundações depende de autorização legislativa. Também depende de autorização legislativa a participação dessas entidades em empresa privada. Questão errada. 29 - (APOFP-SP/2009) A administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes do Estado, deve obedecer aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, segurança jurídica, interesse público e eficiência. Comentários: A questão extrapolou a literalidade da Constituição Estadual de São Paulo, a qual não faz menção à proporcionalidade e à segurança jurídica. Portanto, foi considerada errada. 30 - (APOFP-SP/2009) É vedada a estipulação de limite de idade para ingresso por concurso público na administração direta, empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia e fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público, respeitando-se apenas o limite constitucional para aposentadoria compulsória. Comentários: De fato, não é permitida a estipulação de limite de idade para ingresso por concurso público. Deve-se observar, entretanto, o limite constitucional para a aposentadoria compulsória. Questão correta. 31 - (APOFP-SP/2009) É obrigatória a declaração pública de bens, antes da posse e depois do desligamento, de todo o dirigente do Ministério Público, bem como dos Poderes Legislativo e Judiciário, e dos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive autarquias e fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público. Comentários: Segundo a Constituição Estadual, é obrigatória a declaração pública de bens, antes da posse e depois do desligamento, de todo o dirigente de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia e fundação instituída ou mantida pelo Poder Público. Não é feita menção aos dirigentes do Ministério Público e dos Poderes Legislativo e Judiciário. Questão errada. !∀#∃∀%&∋(&)∗%∀%+,∀&)−.∋/0∋12341∋ 5∃&#∀−∋∃∋6+∃∗%7∃∗∋ 1#&89∋:;<∀−∋(−#&.∀)−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!38!∀#!22 32 - (APOFP-SP/2009) A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas da administração pública direta, indireta, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista e órgãos controlados pelo Poder Público deverá ter caráter educacional, informativo e de orientação social, e não poderá ser veiculada fora do território do Estado. Comentários: De fato, a publicidade dos atos governamentais deve ter caráter educacional, informativo e de orientação social. No entanto, ela pode ser veiculada fora do território do Estado, no caso de empresas que enfrentam concorrência de mercado ou, ainda, de divulgação destinada a promover o turismo estadual. Questão errada. ! 33 - (APOFP-SP/2009) É obrigatória a existência de um Diretor- Representante e de um Conselho de Representantes, eleitos pelos servidores e empregados públicos, nos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive autarquias e fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público. Comentários: Não há eleição de Diretor Representante e de Conselho de Representantes em órgãos públicos. Questão errada. 34 - (TCE-SP/2012) A Constituição do Estado de São Paulo estabelece, para autarquias, sociedades de economia mista e fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público, a obrigatoriedade de: I. que todo dirigente efetue declaração pública de bens, no prazo de trinta dias após a sua posse e depois de seu desligamento da entidade. II. eleição de um Diretor Representante e de um Conselho de Representantes, pelos servidores e empregados públicos, cabendo à lei definir os limites de sua competência e atuação. III. constituir Comissão Interna de Prevenção de Acidentes − CIPA − e, quando assim o exigirem suas atividades, Comissão de Controle Ambiental, visando à proteção da vida, do meio ambiente e das condições de trabalho dos seus servidores, na forma da lei. Está correto o que se afirma em a) I, II e III. b) I, apenas. !∀#∃∀%&∋(&)∗%∀%+,∀&)−.∋/0∋12341∋ 5∃&#∀−∋∃∋6+∃∗%7∃∗∋ 1#&89∋:;<∀−∋(−#&.∀)−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!39!∀#!22 c) II, apenas. d) I e II, apenas. e) II e III, apenas. Comentários: A primeira assertiva está errada. A declaração pública de bens deverá ser feita antes da posse e depois do desligamento. A segunda assertiva está correta. Há obrigatoriedade de que sejam eleitos, pelos servidores e empregados públicos, nas autarquias, sociedades de economia mista e fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público um Diretor Representante e de um Conselho de Representantes, cabendo à lei definir os limites de sua competência e atuação. A terceira assertiva está correta. Deverá ser constituída uma CIPA e, quando for o caso, uma Comissão de Controle Ambiental. 35 - (Questão Inédita) Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público serão computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores sob o mesmo título ou idêntico fundamento. Comentários: Ao contrário do que afirma o enunciado, os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados ou acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores sob o mesmo título ou idêntico fundamento. Questão errada. 36 - (Questão Inédita) Ao servidor público que tiver sua capacidade de trabalho reduzida em decorrência de acidente de trabalho ou doença do trabalho será garantida a transferência para locais ou atividades compatíveis com sua situação. Comentários: Se o servidor sofrer acidente de trabalho que reduzir sua capacidade de trabalho, ele deverá ser transferido para locais ou atividades compatíveis com sua situação. Questão correta. 37 - (Questão Inédita) O prazo de validade do concurso público será de até um ano, prorrogável uma vez, por igual período. A nomeação do candidato aprovado obedecerá à ordem de classificação. !∀#∃∀%&∋(&)∗%∀%+,∀&)−.∋/0∋12341∋ 5∃&#∀−∋∃∋6+∃∗%7∃∗∋ 1#&89∋:;<∀−∋(−#&.∀)−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!4:!∀#!22 Comentários: O prazo de validade do concurso público é de até 2 (dois) anos, prorrogáveis por igual período, uma única vez. Questão errada.38 - (Questão Inédita) Os recursos provenientes dos descontos compulsórios dos servidores públicos, bem como a contrapartida do Estado, destinados à formação de fundo próprio de previdência, deverão ser postos, mensalmente, à disposição da entidade estadual responsável pela prestação do benefício, na forma que a lei dispuser. Comentários: Exatamente o que prevê o art. 115, inciso XXVIII, da Constituição Estadual. Questão correta. 39 - (Questão Inédita) - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado, prestadoras de serviços públicos, responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. Comentários: Tenho certeza de que você já estudou isso em Direito Administrativo! ☺ As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado, prestadoras de serviços públicos, responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros. Entretanto, essas entidades têm o direito de regresso contra o agente responsável nos casos de dolo ou culpa. Questão correta. 4.1- Obras, Serviços Públicos, Compras e Alienações: As obras, serviços, compras e alienações serão, salvo algumas exceções, contratados mediante processo de licitação pública, que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes. Nas licitações, deverá haver cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta. A proposta somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. Ressalte-se que é vedada à administração pública direta e indireta, inclusive fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público a contratação de serviços e obras de empresas que não atendam às normas relativas à saúde e segurança no trabalho. !∀#∃∀%&∋(&)∗%∀%+,∀&)−.∋/0∋12341∋ 5∃&#∀−∋∃∋6+∃∗%7∃∗∋ 1#&89∋:;<∀−∋(−#&.∀)−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!41!∀#!22 As licitações de obras e serviços públicos deverão ser precedidas da indicação do local onde serão executados e do respectivo projeto técnico completo, que permita a definição precisa de seu objeto e previsão de recursos orçamentários, sob pena de invalidade da licitação. Na elaboração do projeto técnico, deverão ser atendidas as exigências de proteção do patrimônio histórico-cultural e do meio ambiente. Órgãos competentes publicarão, com a periodicidade necessária, os preços médios de mercado de bens e serviços, os quais servirão de base para as licitações realizadas pela administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público. Os serviços concedidos ou permitidos ficarão sempre sujeitos à regulamentação e fiscalização do Poder Público e poderão ser retomados quando não atendam satisfatoriamente aos seus fins ou às condições do contrato. Quando prestados por particulares, os serviços concedidos ou permitidos não serão subsidiados pelo Poder Público. Ressalte-se que os serviços públicos serão remunerados por tarifa previamente fixada pelo órgão executivo competente, na forma que a lei estabelecer. Os serviços públicos, de natureza industrial ou domiciliar, serão prestados aos usuários por métodos que visem à melhor qualidade e maior eficiência e à modicidade das tarifas. Cabe ao Estado explorar diretamente, ou mediante concessão, na forma da lei, os serviços de gás canalizado em seu território, incluído o fornecimento direto a partir de gasodutos de transporte, de maneira a atender às necessidades dos setores industrial, domiciliar, comercial, automotivo e outros. 4.2- Servidores públicos: Os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público terão regime jurídico único e planos de carreira. A lei assegurará aos servidores da administração direta isonomia de vencimentos para cargos de atribuições iguais ou assemelhados do mesmo Poder, ou entre servidores dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou ao local de trabalho. O exercício do mandato eletivo por servidor público deve observar o que dispõe o art. 38 da Constituição Federal: Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: !∀#∃∀%&∋(&)∗%∀%+,∀&)−.∋/0∋12341∋ 5∃&#∀−∋∃∋6+∃∗%7∃∗∋ 1#&89∋:;<∀−∋(−#&.∀)−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!43!∀#!22 I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função; II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração; III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior; IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento; V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como se no exercício estivesse. Fica assegurado ao servidor público, eleito para ocupar cargo em sindicato de categoria, o direito de afastar-se de suas funções, durante o tempo em que durar o mandato, recebendo seus vencimentos e vantagens, nos termos da lei. O tempo de mandato eletivo será computado para fins de aposentadoria especial. Aos servidores titulares de cargos efetivos do Estado, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. Sobre as regras de aposentadoria dos servidores públicos estaduais, há que se observar as disposições gerais do art. 40, CF/88: Art. 40 (...) § 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma dos §§ 3º e 17: I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei; II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar; III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo !∀#∃∀%&∋(&)∗%∀%+,∀&)−.∋/0∋12341∋ 5∃&#∀−∋∃∋6+∃∗%7∃∗∋ 1#&89∋:;<∀−∋(−#&.∀)−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!44!∀#!22 efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes condições: a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinquenta e cinco anos de idade e trinta de contribuição, se mulher; b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição. Existem as seguintes formas de aposentadoria para os servidores públicos estatutários: a) Aposentadoria por invalidez permanente: O servidor com invalidez permanente irá se aposentar com proventos proporcionais ao tempo de contribuição. Caso a invalidez seja decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, a lei definirá a forma de cálculo dos proventos. Em âmbito federal, a Lei nº8.112/90 prevê que a aposentadoria por invalidez decorrente de “acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável” se dará com proventos integrais. b) Aposentadoria compulsória: Até a edição da EC nº 88/2015 (conhecida como “PEC da Bengala”), os servidores públicos federais, estaduais e municipais deveriam se aposentar compulsoriamente aos 70 anos. Chegando aos 70 anos, não havia outra alternativa senão a aposentadoria compulsória. Com a EC nº 88/2015, a redação do art. 40, § 1º, II, foi modificada e passou a prever que os servidores públicos serão aposentados compulsoriamente aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar. Como se vê, trata-se de norma de eficácia limitada, dependente de regulamentação para produzir todos os seus efeitos. Até que fosse editada a mencionada lei complementar, os servidores públicos continuariam se aposentando compulsoriamente aos 70 anos de idade. Todavia, a lei regulamentadora já foi editada. É a Lei Complementar nº 152/2015, aplicável aos servidores públicos de todas as esferas federativas, bem como aos membros do Poder Judiciário, Ministério Público, Defensorias Públicas e Tribunais de Contas. Assim, hoje, a aposentadoria compulsória de servidores públicos já se dá aos 75 (setenta e cinco) anos. c) Aposentadoria voluntária: O servidor poderá se aposentar voluntariamente. Mas para isso deverá possuir tempo mínimo de 10 !∀#∃∀%&∋(&)∗%∀%+,∀&)−.∋/0∋12341∋ 5∃&#∀−∋∃∋6+∃∗%7∃∗∋ 1#&89∋:;<∀−∋(−#&.∀)−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!45!∀#!22 (dez) anos de efetivo exercício no serviço público e 5 (cinco) anos de exercício no cargo efetivo e, ainda, cumprir os seguintes requisitos: - 60 anos de idade e 35 anos de contribuição, se homem, e 55 anos de idade e 30 anos de contribuição, se mulher, com proventos calculados com base nas contribuições do servidor, atualizadas 1; ou - 65 anos de idade, se homem, e 60 anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição.2 Vale destacar que, os requisitos de idade e tempo de contribuição serão reduzidos em 5 (cinco) anos para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio. (art. 60, § 5º). Segundo o STF, essa “aposentadoria especial” deve ser concedida aos professores ainda que esses não desenvolvam a atividade de magistério exclusivamente em sala de aula. Assim, o tempo de atividade como diretor ou coordenador pedagógico também é computado para fins de aposentadoria especial do professor. O servidor, após noventa dias decorridos da apresentação do pedido de aposentadoria voluntária, instruído com prova de ter cumprido os requisitos necessários à obtenção do direito, poderá cessar o exercício da função pública, independentemente de qualquer formalidade. Ao servidor público titular de cargo efetivo do Estado será contado, como efetivo exercício, para efeito de aposentadoria e disponibilidade, o tempo de contribuição decorrente de serviço prestado em cartório não oficializado, mediante certidão expedida pela Corregedoria-Geral da Justiça. Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão, não poderão exceder a remuneração do respectivo servidor, no cargo 1 !O art. 1º, da Lei nº 10.887/2004, ao regulamentar esse dispositivo, prevê que , no cálculo dos proventos de aposentadoria, será considerada a média aritmética simples das maiores remunerações, utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência a que esteve vinculado, correspondentes a 80% (oitenta por cento) de todo o período contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde a do início da contribuição, se posterior àquela competência. 2 Na aposentadoria com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, sobre o valor obtido nos termos do art. 1º, da Lei nº 10.887/2004, há a aplicação de fração que tem no numerador o tempo de contribuição efetivo e no denominador o tempo de contribuição total exigido. Por exemplo, se um homem contribui 20 anos para o RPPS, deverá ser multiplicada a fração 20/35 pelo valor obtido nos termos do art. 1º, da Lei nº 10.887/2004. !∀#∃∀%&∋(&)∗%∀%+,∀&)−.∋/0∋12341∋ 5∃&#∀−∋∃∋6+∃∗%7∃∗∋ 1#&89∋:;<∀−∋(−#&.∀)−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!42!∀#!22 efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão. É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de previdência, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores: i) portadores de deficiência; ii) que exerçam atividades de risco; ii) cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. Para esses, é possível a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria. Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma da Constituição Estadual, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de previdência dos servidores públicos estaduais. Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social. O Estado, desde que institua regime de previdência complementar para os seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, poderá fixar, para o valor das aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social. Destaque-se que o regime de previdência complementar será instituído por lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo. Os servidores públicos estaduais adquirem estabilidade após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. Ao servidor público estadual é assegurado o percebimento do adicional por tempo de serviço, concedido no mínimo, por quinquênio, e vedada a sua limitação, bem como a sexta-parte dos vencimentos integrais, concedida aos vinte anos de efetivo exercício, que se incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos. As vantagens de qualquer natureza só poderão ser instituídas por lei e quando atendam efetivamente ao interesse público e às exigências do serviço. O servidor, com mais de 5 (cinco) anos de efetivo exercício, que tenha exercido ou venha a exercer cargo ou função que lhe proporcione remuneração superior à do cargo de que seja titular, ou função para a qual foi admitido, incorporará um décimo dessa diferença, por ano, até o limite de dez décimos. Ex: João tem mais de 5 anos de efetivo exercício. Ele exerce um cargo cuja remuneração é R$ 5.000,00. Entretanto, é nomeado para um cargo em comissão cuja remuneração é R$ 10.000,00. Ele, então, irá incorporar à sua remuneração, 1/10 da diferença entre os vencimentos a cada ano, ou seja, !∀#∃∀%&∋(&)∗%∀%+,∀&)−.∋/0∋12341∋ 5∃&#∀−∋∃∋6+∃∗%7∃∗∋ 1#&89∋:;<∀−∋(−#&.∀)−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!46!∀#!22 1/10 de R$ 5.000,00 por ano. O limite máximo a ser incorporado é de 10/10, ou seja, a própria diferença de remuneração. Será assegurado ao servidor o direito de remoção para igual cargo ou função, no lugar de residência do cônjuge, se este também for servidor e houver vaga, nos termos da lei. Isso também se aplica ao servidor cônjuge de titular de mandato eletivo estadual ou municipal. O Estado responsabilizará os seus servidores por alcance e outros danos causados à administração, ou por pagamentos efetuados em
Compartilhar