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pdf_175618-Aula 05-LIMPALIMPAcurso-17710-aula-05-v1

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Aula 05
Noções de Administração Pública (parte de Direito Constitucional) p/ PM-SP - Oficial e
Soldado
Professores: Nádia Carolina, Ricardo Vale
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AULA 05: CONSTITUIÇÃO ESTADUAL – Parte I 
SUMÁRIO PÁGINA 
1-Palavras Iniciais 1 
2-Preâmbulo 2 
3-Dos Fundamentos do Estado de São Paulo 2 - 8 
4-Da Organização dos Poderes – Poder Executivo 8 – 15 
5-Administração Pública 15 - 41 
6-Segurança Pública 41 - 45 
7- Lista de Questões e Gabarito 46 - 55 
Olá, amigos do Estratégia, tudo bem? 
Hoje, começamos a estudar a Constituição do Estado de São Paulo. O 
assunto é grande! Por isso, nós o dividimos em duas aulas, a fim de que vocês 
possam ter o melhor aproveitamento do conteúdo. 
Nessa aula, estudaremos os seguintes tópicos: 
CONSTITUIÇÃO DE SÃO PAULO - 2.1. Título I – Dos Fundamentos do Estado. 
2.2. Título II – Da Organização e Poderes: Capítulo I – Disposições 
Preliminares; e Capítulo III – Do Poder Executivo. 2.3. Título III – Da 
Organização do Estado: Capítulo I – Da Administração Pública: Seção I – 
Disposições Gerais: artigos 111 a 114, e 115 caput e incisos I a X, XVIII, XIX, 
XXIV, XXVI e XXVII; Capítulo II – Dos Servidores Públicos do Estado: Seção I – 
Dos Servidores Públicos Civis: artigo 124 “caput”, e artigos 125 a 137; Seção II 
– Dos Servidores Públicos Militares; Capítulo III – Da Segurança Pública: Seção
I – Disposições Gerais; Seção III – Da Polícia Militar 
Tentaremos ser bastante objetivos, procurando identificar aqueles pontos 
sensíveis que poderão ser objeto de cobrança na prova. 
Vamos em frente! 
Um abraço a todos, 
Nádia Carolina 
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1-Preâmbulo: 
“O Povo Paulista, invocando a proteção de Deus, e inspirado nos princípios 
constitucionais da República e no ideal de a todos assegurar justiça e bem-
estar, decreta e promulga, por seus representantes, a Constituição do Estado 
de São Paulo” 
É importante que nos façamos dois questionamentos ao ler o Preâmbulo da 
Constituição do Estado de São Paulo: 
1) É obrigatória a reprodução do Preâmbulo da Constituição Federal 
pelas Constituições Estaduais? 
Não. O STF já decidiu que o preâmbulo da Constituição Federal não é de 
observância obrigatória pelas Constituições Estaduais. Assim, o Preâmbulo da 
Constituição Federal de 1988 não precisa ser reproduzido pela Constituição 
Estadual. 
No caso concreto apreciado pelo STF, discutia-se a constitucionalidade da 
Constituição do Estado do Acre, que omitia a referência à proteção de Deus, 
presente no texto da Constituição Federal de 1988. Ao julgar a Ação Direta de 
Inconstitucionalidade, o STF entendeu que a Constituição do Acre não 
precisava fazer referência à proteção de Deus. 
2) Qual a relevância jurídica do Preâmbulo da Constituição do Estado 
de São Paulo? 
Segundo o STF, o Preâmbulo não tem força normativa, eis que se situa no 
campo da política. Assim, o Preâmbulo está fora do campo do direito, não 
servindo para aferição do controle de constitucionalidade de leis. Também é 
necessário afirmar que o Preâmbulo não limita a atuação do Poder Constituinte 
Derivado, ao promover reformas no texto constitucional via emenda 
constitucional. 
A doutrina considera que o Preâmbulo serve como parâmetro interpretativo do 
texto constitucional, uma vez que elenca os valores essenciais que nortearam 
a ação do legislador constituinte. 
 
 
 
 
 
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2-Dos Fundamentos do Estado de São Paulo: 
“Artigo 1º - O Estado de São Paulo, integrante da República Federativa do 
Brasil, exerce as competências que não lhe são vedadas pela Constituição 
Federal.” 
A Constituição Federal de 1988 não listou, de forma taxativa, todas as 
competências dos Estados, motivo pelo qual a doutrina considera que os 
Estados possuem competência remanescente (residual). O art. 1º da 
Constituição Estadual reproduz norma da CF/88, que, em seu art. 25, § 1º, 
dispõe que “são reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam 
vedadas por esta Constituição”. 
A Constituição Estadual não enumera as competências do Estado de São Paulo. 
Logo, precisamos buscar na CF/88 as competências dos Estados. 
O art. 23 da Constituição Federal enumera as competências comuns da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. São matérias de que 
deverão tratar todos os entes federativos, em igualdade de condições. 
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios: 
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições 
democráticas e conservar o patrimônio público; 
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das 
pessoas portadoras de deficiência; 
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor 
histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais 
notáveis e os sítios arqueológicos; 
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de 
arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural; 
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência; 
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de 
suas formas; 
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; 
VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento 
alimentar; 
IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das 
condições habitacionais e de saneamento básico; 
X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, 
promovendo a integração social dos setores desfavorecidos; 
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de 
pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus 
territórios; 
XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do 
trânsito. 
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O art. 24 da Constituição Federal enumera as competências concorrentes 
entre a União e os Estados / Distrito Federal. Sobre a competência 
concorrente, cabe destacar o seguinte: 
a) A União é responsável por editar normas gerais, ao passo que os Estados 
e o Distrito Federal editam normas suplementares. 
b) O Estado, no exercício de sua competência suplementar, observará as 
normas gerais estabelecidas pela União. 
c) Inexistindo lei federal sobre as normas gerais, o Estado poderá exercer 
competência legislativa plena para atender às suas peculiaridades. Assim, 
no âmbito da competência concorrente, os Estados podem atuar, 
fundamentalmente, de duas formas diferentes: 
-Exercitando a competência suplementar: caso a União edite normas 
gerais. 
- Exercendo a competência legislativa plena: caso a União não edite 
sua lei de normas gerais. Nessa situação, o Estado poderá editar lei 
sobre normas gerais. 
d) A superveniência de lei federal sobre normas gerais SUSPENDE a eficácia da 
lei estadual, no que lhe for contrário. Cuidado, pessoal, pois as bancas 
examinadoras adoram falar em revogação, o que está errado. 
O art. 22 da Constituição Federal trata das competências privativas da 
União. São matérias que devem ser versadas em legislação federal, mas que, 
mediante delegação da União, poderão ser objeto de atividade legiferante 
pelos Estados. Para que os Estados exerçam a competência legislativa 
delegada pela União, é necessário que seja editada lei complementar 
federal, outorgando aos Estados a tarefa de tratar sobre questões específicas 
das matérias relacionadas na esfera da competência privativa da União.Segundo o art. 25, § 2º, da CF/88, cabe aos Estados explorar diretamente, ou 
mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, 
vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação. Destaque-
se que o art. 122, parágrafo único da Constituição do Estado de São Paulo, 
reforçando esse entendimento, dispõe o seguinte: 
“Cabe ao Estado explorar diretamente, ou mediante concessão, 
na forma da lei, os serviços de gás canalizado em seu território, 
incluído o fornecimento direto a partir de gasodutos de 
transporte, de maneira a atender às necessidades dos setores 
industrial, domiciliar, comercial, automotivo e outros.” 
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O art. 25, § 3º, da CF/88, estabelece que cabe aos Estados instituir regiões 
metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por 
agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o 
planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. Ressalte-
se que a instituição das regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e 
microrregiões será feita mediante lei complementar. 
Os Estados possuem, ainda, competência tributária para instituição de 
impostos, taxas, contribuições de melhoria e contribuições previdenciárias de 
seus servidores. 
Artigo 2º - A lei estabelecerá procedimentos judiciários abreviados e de 
custos reduzidos para as ações cujo objeto principal seja a salvaguarda dos 
direitos e liberdades fundamentais. 
A Constituição do Estado de São Paulo se preocupa em garantir amplo acesso 
dos menos abastados ao Poder Judiciário, dando maior eficácia ao art. 5º, 
inciso XXXV da CF/88, segundo o qual a lei não excluirá da apreciação do 
Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito. Percebe-se, nitidamente, que a 
Constituição Estadual preocupa-se com a proteção dos direitos e 
liberdades fundamentais, embora estes direitos não estejam relacionados 
em seu texto. 
Fazemos menção também ao art. 5º, inciso XXXIV, alínea “a”, da CF/88, que 
dispõe que a todos é assegurado, independentemente do pagamento de taxas, 
o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra 
ilegalidade ou abuso de poder. 
Artigo 3º - O Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que 
declara insuficiência de recursos. 
A assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem 
insuficiência de recursos é direito fundamental insculpido no art. 5º, inciso 
LXXIV da CF/88. A responsabilidade pela prestação da assistência jurídica aos 
necessitados é a Defensoria Pública, considerada instituição essencial à 
função jurisdicional do Estado. 
Trata-se de norma constitucional de eficácia plena, que obriga aos entes 
federativos a arcar com os custos dos honorários de advogado e perito quando 
inexistir um órgão estatal responsável pela prestação de assistência jurídica. 
Artigo 4º - Nos procedimentos administrativos, qualquer que seja o objeto, 
observar-se-ão, entre outros requisitos de validade, a igualdade entre os 
administrados e o devido processo legal, especialmente quanto à exigência da 
publicidade, do contraditório, da ampla defesa e do despacho ou decisão 
motivados. 
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Os procedimentos administrativos devem observar os direitos e garantias 
individuais do cidadão, dentre eles, a igualdade entre os administrados e o 
devido processo legal. A Constituição Estadual é explícita ao dispor que há 
outros requisitos para a validade dos procedimentos administrativos no 
âmbito do Estado de São Paulo. Nesse sentido, cabe fazer menção aos 
requisitos de validade dos atos administrativos: competência, finalidade, 
forma, motivo e objeto. Estudamos isso em Direito Administrativo... 
O devido processo legal é direito previsto no art. 5º, inciso LIV, da CF/88, 
segundo o qual “ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o 
devido processo legal”. No devido processo legal, deve ser observada a 
publicidade, a ampla defesa e o contraditório e a motivação das decisões 
administrativas. 
 
1-(Questão Inédita) O Estado de São Paulo, integrante da República 
Federativa do Brasil, exerce as competências que não lhe são vedadas 
pela Constituição Federal. 
Comentários: 
O Estado de São Paulo é um ente federativo integrante da República 
Federativa do Brasil. Os Estados possuem competência remanescente, 
exercendo as competências que não lhe são vedadas pela Cf/88. Questão 
correta. 
2- (Questão Inédita) É competência privativa dos Estados impedir a 
evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de 
outros bens de valor histórico, artístico ou cultural. 
Comentários: 
Trata-se de competência comum da União, Estados, Distrito Federal e dos 
Municípios. Questão errada. 
3-(Questão Inédita) Os Estados não poderão exercer a competência 
legislativa em relação a matérias que são da competência privativa da 
União. 
Comentários: 
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As matérias que são de competência privativa da União podem ser delegadas 
aos Estados mediante lei complementar federal. Questão errada. 
4- (Questão Inédita) Cabe aos Estados, mediante lei ordinária, instituir 
regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, 
constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar 
a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de 
interesse comum. 
Comentários: 
A instituição de regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões 
será feita mediante lei complementar. Questão errada. 
5- (Questão Inédita) O Estado prestará assistência jurídica integral e 
gratuita aos que declara insuficiência de recursos. 
Comentários: 
É exatamente o que dispõe o art. 3º da Constituição Estadual, que está em 
perfeita conformidade com a CF/88. Questão correta. 
6- (Questão Inédita) Cabe ao Estado de São Paulo explorar 
diretamente, ou mediante concessão, na forma da lei, os serviços de 
gás canalizado em seu território, incluído o fornecimento direto a 
partir de gasodutos de transporte, de maneira a atender às 
necessidades dos setores industrial, domiciliar, comercial, automotivo 
e outros. 
Comentários: 
De fato, a exploração dos serviços de gás canalizado é competência dos 
Estados. Isso decorre de expressa previsão na CF/88. Questão correta. 
7-(Questão Inédita)-Compete ao Estado de São Paulo, em 
concorrência com a União, legislar sobre direito tributário. Em razão 
disso, cabe ao Estado editar normas suplementares ou, na falta de 
normas gerais editadas pela União, exercer a competência legislativa 
plena. 
Comentários: 
A competência para legislar sobre direito tributário é concorrente entre a União 
e os Estados. Isso quer dizer que compete à União editar normas gerais e aos 
Estados, normas suplementares. Inexistindo lei federal de normas gerais, os 
Estados podem exercer a competência legislativa plena. Questão correta. 
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8-(ICMS-SP/2006) Lei estadual que versasse sobre a responsabilidade 
por danos causados a bens e direitos de valor artístico, estético, 
histórico, turístico e paisagístico somente poderia ser promulgada se 
existisse lei complementar que autorizasse os Estados a legislar sobre 
a matéria. 
Comentários: 
A competência para legislar sobre responsabilidade por danos causados a bens 
e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico é 
concorrente entre a União, os Estados e o Distrito Federal. Logo, cabe à Uniãoinstituir normas gerais sobre a matéria e aos Estados/ DF normas 
complementares. Assim, o Estado tem competência para editar a referida lei 
independentemente de lei complementar. Questão errada. 
 
3- Da Organização dos Poderes: 
3.1- Considerações Gerais: 
São Poderes do Estado, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o 
Executivo e o Judiciário. É vedado a qualquer dos Poderes delegar 
atribuições, sendo que o cidadão que for investido na função de um deles 
não poderá exercer a de outro, salvo as exceções previstas na Constituição 
Estadual. 
 
Estará ERRADA a questão que afirmar que, em 
nenhuma situação, um cidadão investido na função 
de um dos Poderes poderá exercer funções de 
outros Poderes. 
A capital do Estado é o Município de São Paulo. Os símbolos do Estado são a 
bandeira, o brasão de armas e o hino. 
Para saber quais são os bens do Estado de São Paulo, devemos fazer uma 
leitura combinada dos textos da Constituição Federal e da Constituição 
Estadual. O art. 26 da CF/88 dispõe o seguinte sobre os bens dos Estados: 
Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados: 
I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e 
em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as 
decorrentes de obras da União; 
II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no 
seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios 
ou terceiros; 
III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União; 
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[Comentário: As ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes 
com outros países são bens da União.] 
IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União. 
[Comentário: As terras devolutas da União são aquelas 
indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e 
construções militares, das vias federais de comunicação e à 
preservação ambiental.] 
Além dos bens relacionados no art. 26 da CF/88, são bens do Estado de São 
Paulo os terrenos reservados às margens dos rios e lagos do seu 
domínio. É importante concluirmos que a lista de bens dos Estados prevista 
no art. 26 da CF/88 não é taxativa, motivo pelo qual é bastante comum que, 
em âmbito estadual, as Constituições dos Estados detalhem, com mais 
precisão, os bens desses entes federativos. 
 
9-(Questão Inédita)- São bens do Estado de São Paulo as terras 
devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e 
construções militares, das vias federais de comunicação e à 
preservação ambiental. 
Comentários: 
As terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e 
construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação 
ambiental são bens da União. Questão errada. 
10-(Questão Inédita)- Os terrenos reservados às margens dos rios e 
lagos do seu domínio são bens do Estado de São Paulo. 
Comentários: 
Segundo a Constituição Estadual, terrenos reservados às margens dos rios e 
lagos do seu domínio são bens do Estado de São Paulo. Questão correta. 
11-(Questão Inédita)-Os símbolos do Estado de São Paulo são 
bandeira, o brasão de armas e o hino. 
Comentários: 
A bandeira, o brasão de armas e o hino são símbolos do Estado de São Paulo. 
Questão correta. 
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12- (APOFP-SP/2009) São Poderes do Estado, independentes e 
harmônicos entre si, o Ministério Público, o Legislativo, o Executivo e o 
Judiciário. 
Comentários: 
O Ministério Público não é um dos Poderes do Estado. Questão errada. 
13- (APOFP-SP/2009) A Constituição estadual permite que o Poder 
Legislativo ou o Poder Judiciário deleguem atribuições ao Poder 
Executivo. 
Comentários: 
O Poder Legislativo ou o Poder Judiciário não podem delegar atribuições ao 
Poder Executivo. Questão errada. 
 
3.2- Poder Executivo: 
O Poder Executivo do Estado de São Paulo é exercido pelo Governador, eleito 
para um mandato de quatro anos, podendo ser reeleito para um único 
período subsequente, na forma estabelecida na Constituição 
Federal. Substituirá o Governador, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, 
no de vaga, o Vice-Governador. O Governador deverá residir na Capital do 
Estado. 
A eleição do Governador e do Vice-Governador realizar-se-á no primeiro 
domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de 
outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do 
mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de janeiro do 
ano subsequente. Tanto o Governador quanto o Vice-Governador são eleitos 
pelo sistema majoritário, no qual é eleito o candidato com maior número de 
votos. 
Nesse caso, a eleição se dá pelo sistema de dois turnos, sendo considerado 
eleito o candidato que obtiver a maioria dos votos válidos (não 
computados os em branco e os nulos). Caso não obtenha essa maioria na 
primeira votação, será realizado um novo turno de votações. 
A Constituição Estadual prevê soluções para os casos de impedimento do 
Governador e do Vice-Governador e de vacância dos seus cargos. Os 
impedimentos são afastamentos temporários dessas autoridades, ocorrendo, 
por exemplo, quando elas se ausentam do País. Já a vacância é o 
afastamento definitivo do cargo, com consequente sucessão. 
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Em caso de impedimento do Governador e do Vice-Governador, ou vacância 
dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da 
Governança o Presidente da Assembleia Legislativa e o Presidente do 
Tribunal de Justiça. 
Vagando os cargos de Governador e Vice-Governador, far-se-á eleição 
noventa dias depois de aberta a última vaga. Ocorrendo a vacância no 
último ano do período governamental, aplica-se a sucessão prevista no artigo 
anterior: serão sucessivamente chamados ao exercício da Governança o 
Presidente da Assembleia Legislativa e o Presidente do Tribunal de Justiça. Em 
qualquer dos casos, os sucessores deverão completar o período de governo 
restante. 
O Governador e o Vice-Governador tomarão posse perante a Assembleia 
Legislativa, prestando compromisso de cumprir e fazer cumprir a Constituição 
Federal e a do Estado e de observar as leis. Se, decorridos dez dias da data 
fixada para a posse, o Governador ou o Vice-Governador, salvo motivo de 
força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago. 
O Governador e o Vice-Governador não poderão, sem licença da Assembleia 
Legislativa, ausentar-se do Estado por período superior a quinze dias, sob 
pena de perda do cargo. O pedido de licença, amplamente motivado, indicará, 
especialmente, as razões da viagem, o roteiro e a previsão de gastos. 
 
3.2.1 Atribuições do Governador do Estado de São Paulo 
As atribuições do Governador do Estado de São Paulo estão previstas no art. 
47 da Constituição Estadual. Trata-se de um rol exemplificativo, não 
excluindo outras atribuições previstas em outras partes do texto 
constitucional: 
• Representar o Estado nas suas relações jurídicas, políticas e 
administrativas; 
• Exercer, com o auxílio dos Secretários de Estado, a direção superior da 
administração estadual; 
• Sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como, no prazo nelas 
estabelecido, não inferior a trinta nem superior a cento e oitenta dias, expedir 
decretos e regulamentos para sua fiel execução, ressalvados os casos em que, 
nesse prazo, houver interposição de ação direta de inconstitucionalidade contra 
a lei publicada; 
• Vetar projetos de lei, total ou parcialmente; 
• Prover os cargos públicos do Estado, com as restrições da Constituição 
Federal e desta Constituição, na forma pela qual a lei estabelecer; 
• Nomeare exonerar livremente os Secretários de Estado; 
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• Nomear e exonerar os dirigentes de autarquias, observadas as condições 
estabelecidas nesta Constituição; 
• Decretar e fazer executar intervenção nos Municípios, na forma da 
Constituição Federal e desta Constituição; 
• Prestar contas da administração do Estado à Assembleia Legislativa, na 
forma desta Constituição; 
• Apresentar à Assembleia Legislativa, na sua sessão inaugural, 
mensagem sobre a situação do Estado, solicitando medidas de interesse do 
Governo; 
• Iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta 
Constituição; 
• Fixar ou alterar, por decreto, os quadros, vencimentos e vantagens do 
pessoal das fundações instituídas ou mantidas pelo Estado, nos termos da lei; 
• Indicar diretores de sociedade de economia mista e empresas públicas; 
• Praticar os demais atos de administração, nos limites da competência do 
Executivo; 
• Subscrever ou adquirir ações, realizar ou aumentar capital, desde que 
haja recursos hábeis, de sociedade de economia mista ou de empresa pública, 
bem como dispor, a qualquer título, no todo ou em parte, de ações ou capital 
que tenha subscrito, adquirido, realizado ou aumentado, mediante autorização 
da Assembleia Legislativa; 
• Delegar, por decreto, a autoridade do Executivo, funções administrativas 
que não sejam de sua exclusiva competência; 
• Enviar à Assembleia Legislativa projetos de lei relativos ao plano 
plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, dívida pública e 
operações de crédito; 
• Enviar à Assembleia Legislativa projeto de lei sobre o regime de 
concessão ou permissão de serviços públicos; 
• Dispor, mediante decreto, sobre: a) organização e funcionamento da 
administração estadual, quando não implicar em aumento de despesa, nem 
criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos 
públicos, quando vagos. 
A representação o Estado nas suas relações jurídicas, políticas e 
administrativas poderá ser delegada por lei de iniciativa do Governador, a 
outra autoridade. 
 
3.2.2- Secretários de Estado: 
Os Secretários de Estado são livremente nomeáveis e exoneráveis pelo 
Governador, sendo escolhidos dentre brasileiros natos ou 
naturalizados, maiores de vinte e um anos e no exercício dos direitos 
políticos (art. 51 da Constituição do Estado de São Paulo). 
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Os Secretários de Estado, auxiliares diretos e da confiança do 
Governador, serão responsáveis pelos atos que praticarem ou 
referendarem no exercício do cargo, bem como por retardar ou deixar de 
praticar, indevidamente, ato de ofício. 
Os Secretários de Estado responderão, no prazo de trinta dias, os 
requerimentos de informação formulados por Deputados e encaminhados 
pelo Presidente da Assembleia após apreciação da Mesa, reputando-se 
não praticado o ato de seu ofício sempre que a resposta for elaborada 
em desrespeito ao parlamentar ou ao Poder Legislativo, ou que deixar 
de referir-se especificamente a cada questionamento feito. Para esses 
fins, os Secretários de Estado respondem pelos atos dos dirigentes, 
diretores e superintendentes de órgãos da administração pública 
direta, indireta e fundacional a eles diretamente subordinados ou 
vinculados. 
Caberá a cada Secretário de Estado, semestralmente, comparecer perante 
a Comissão Permanente da Assembleia Legislativa a que estejam afetas 
as atribuições de sua Pasta, para prestação de contas do andamento da 
gestão, bem como demonstrar e avaliar o desenvolvimento de ações, 
programas e metas da Secretaria correspondente. 
O comparecimento do Secretário de Estado, com a finalidade de 
apresentar, quadrimestralmente, perante Comissão Permanente do Poder 
Legislativo, a demonstração e a avaliação do cumprimento das metas 
fiscais por parte do Poder Executivo suprirá essa obrigatoriedade. 
Por fim, determina a Constituição do Estado que os 
Secretários farão declaração pública de bens, no ato da posse e no 
término do exercício do cargo, e terão os mesmos impedimentos 
estabelecidos nesta Constituição para os Deputados, enquanto 
permanecerem em suas funções. 
 
14 - (APOFP-SP/2010) O Governador deverá residir na Capital do 
Estado. 
Comentários: 
De fato, o Governador deverá residir na Capital do Estado. Questão correta. 
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15 - (APOFP-SP/2010) Vagando os cargos de Governador e Vice-
Governador, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última 
vaga. 
Comentários: 
No caso de ocorrer vacância do cargo de Governador e Vice-Governador, será 
feita eleição noventa dias depois de aberta a última vaga. Questão correta. 
16 - (APOFP-SP/2010) Em caso de impedimento do Governador e do 
Vice-Governador, serão sucessivamente chamados ao exercício da 
Governança o Presidente do Tribunal de Justiça e o Presidente da 
Assembleia Legislativa. 
Comentários: 
No caso de impedimento do Governador e do Vice-Governador, será chamado 
ao exercício da Governança o Presidente da Assembleia Legislativa. Depois é 
que será chamado o Presidente do Tribunal de Justiça. Como se pode ver, a 
questão alterou a ordem daqueles que serão chamados a exercer o cargo. 
Questão errada. 
17 - (APOFP-SP/2010) Se, decorridos dez dias da data fixada para a 
posse, o Governador ou o Vice-Governador, salvo motivo de força 
maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago. 
Comentários: 
Se, dentro de 10 dias da data fixada para a posse, o Governador e o Vice-
Governador não assumirem o cargo, este será declarado vago. Questão 
correta. 
18 - (APOFP-SP/2010) O Governador e o Vice-Governador não 
poderão, sem licença da Assembleia Legislativa, ausentar-se do 
Estado, por período superior a quinze dias, sob pena de perda do 
cargo. 
Comentários: 
Para que possam se ausentar do Estado por mais de 15 dias, o Governador e o 
Vice-Governador precisam de autorização da Assembleia Legislativa. Questão 
correta. 
19 - (Questão Inédita)- Os Secretários de Estado são livremente 
nomeáveis e exoneráveis pelo Governador, sendo escolhidos dentre 
brasileiros natos ou naturalizados, maiores de trinta e cinco anos e no 
exercício dos direitos políticos. 
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Comentários: 
A idade mínima para os Secretários de Estado é de 21 anos. Questão errada. 
20 - (Questão Inédita)- O Secretário de Estado, semestralmente, 
comparecer perante a Comissão Permanente da Assembleia Legislativa 
a que estejam afetas as atribuições de sua Pasta, para prestação de 
contas do andamento da gestão, bem como demonstrar e avaliar o 
desenvolvimento de ações, programas e metas da Secretaria 
correspondente. 
Comentários: 
De fato, os Secretários de Estado têm a obrigação de comparecer, 
semestralmente, perante Comissão Permanente da Assembleia Legislativa a 
que estejam afetas as atribuições de sua Pasta. Questão correta. 
21 - (Questão Inédita)- Os Secretários de Estado farão declaração 
pública de bens, no ato da posse e no término do exercício do cargo. 
Comentários: 
É necessário que, no momento da posse e ao término do exercício do cargo, os 
Secretários de Estado façam declaração pública de bens. Questão correta. 
 
4-Administração Pública: 
Ao iniciar esse tema, devemos nos fazer a seguinte pergunta: quais são os 
princípios da Administração Pública? 
Conforme você já estudou em Direito Administrativo, a CF/88 estabelece que 
são princípios da Administração Pùblica a legalidade, impessoalidade,moralidade, publicidade e eficiência. Esses são os princípios explícitos 
da Administração Pública, assim chamados por estarem expressamente 
previstos no art. 37 da CF/88. Vejamos: 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer 
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, 
ao seguinte 
Mas esses não são os únicos princípios da Administração Pública. Há diversos 
outros princípios, conhecidos como princípios implícitos da Administração 
Pública, alguns dos quais foram relacionados, em âmbito federal, pelo art. 2º 
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da Lei nº 9.784/99. Citamos, entre os princípios implícitos, os princípios da 
motivação, razoabilidade, proporcionalidade, ampla defesa, contraditório, 
segurança jurídica e interesse público. 
Art. 2º. A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos 
princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, 
proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, 
segurança jurídica, interesse público e eficiência. 
A Constituição Estadual de São Paulo traz, em seu art. 111, os princípios que 
deverão informar a Administração Pública daquela unidade da Federação. 
Vejamos: 
Art. 111 - A administração pública direta, indireta ou 
fundacional, de qualquer dos Poderes do Estado, obedecerá aos 
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade, razoabilidade, finalidade, motivação, interesse 
público e eficiência. 
O que você vê de diferente nesse dispositivo? 
A diferença é que ele prevê, explicitamente, como princípios da 
Administração Pública a razoabilidade, a finalidade, a motivação e o 
interesse público. Assim, segundo a Constituição do Estado de São Paulo, 
esses são princípios explícitos da Administração Pública. 
Percebe-se que há grande preocupação da Constituição Estadual em tornar 
efetiva a aplicação do princípio da publicidade. Nesse sentido, estabelece o art. 
112 que as leis e atos administrativos externos deverão ser publicados no 
órgão oficial do Estado, para que produzam os seus efeitos regulares. Cabe 
destacar que a publicação dos atos não normativos poderá ser resumida. 
A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas da 
administração pública direta, indireta, fundações e órgãos controlados pelo 
Poder Público deverá ter caráter educacional, informativo e de orientação 
social, dela não podendo constar nomes, símbolos e imagens que 
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. Com 
isso, busca-se garantir a impessoalidade dos atos da Administração Pública. 
É vedada ao Poder Público, direta ou indiretamente, a publicidade de qualquer 
natureza fora do território do Estado, para fins de propaganda 
governamental, exceto às empresas que enfrentam concorrência de mercado e 
divulgação destinada a promover o turismo estadual. 
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22 - (Questão Inédita) - Segundo a Constituição do Estado de São 
Paulo, a Administração Pública deverá obedecer aos princípios da 
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, razoabilidade, 
finalidade, motivação, interesse público e eficiência. 
Comentários: 
Os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, 
razoabilidade, finalidade, motivação, interesse público e eficiência estão 
explícitos na Constituição do Estado de São Paulo. Questão correta. 
23 - (Questão Inédita)- Em razão do princípio da publicidade, os atos 
não-normativos deverão ser publicados, na íntegra, no órgão oficial do 
Estado. 
Comentários: 
Os atos não-normativos poderão ser publicados em versão resumida. Questão 
errada. 
24 - (Questão Inédita) - A publicidade dos atos, programas, obras, 
serviços e campanhas da administração pública direta, indireta, 
fundações e órgãos controlados pelo Poder Público deverá ter caráter 
educacional, informativo e de orientação social, dela não podendo 
constar nomes, símbolos e imagens que caracterizem promoção 
pessoal de autoridades ou servidores públicos. 
Comentários: 
A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas da 
Administração Pública não podem ter como objetivo a promoção pessoal de 
autoridades ou servidores públicos. A publicidade desses atos deve ter função 
educacional, informativa e de orientação social. Questão correta. 
25 - (Questão Inédita) - As leis e atos administrativos externos 
deverão ser publicados no órgão oficial do Estado, para que produzam 
os seus efeitos regulares. 
Comentários: 
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A publicação das leis e atos administrativos no órgão oficial do Estado é 
condição essencial para que estes produzam seus efeitos. Questão correta. 
26 -(Questão Inédita)- O Poder Público não poderá, em qualquer 
situação, realizar publicidade, para fins de propaganda governamental, 
fora do território do Estado. 
Comentários: 
O Poder Público poderá fazer a publicidade fora do território do Estado no caso 
de empresas que enfrentam concorrência de mercado ou, ainda, para 
divulgação destinada a promover o turismo estadual. Questão errada. 
... 
Segundo o art. 115, da Constituição Estadual, para a organização da 
administração pública direta e indireta, inclusive as fundações instituídas 
ou mantidas por qualquer dos Poderes do Estado, é obrigatório o 
cumprimento das seguintes normas: 
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que 
preenchem os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na 
forma da lei; 
Comentários: 
Os cargos públicos não são acessíveis apenas aos brasileiros, mas também aos 
estrangeiros, nos termos da lei. Essa regra decorre de expressa previsão na 
CF/88. 
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia, 
em concurso público de provas ou de provas e títulos, ressalvadas as 
nomeações para cargo em comissão, declarado em lei, de livre nomeação e 
exoneração; 
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, 
prorrogável uma vez, por igual período. A nomeação do candidato aprovado 
obedecerá à ordem de classificação; 
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, o 
aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado 
com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na 
carreira; 
Comentários: 
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Para ser investido em cargo ou emprego público, é necessário, em regra, a 
aprovação prévia em concurso público, que poderá ser de provas ou de 
provas e títulos. Destaque-se, entretanto, que o provimento de cargos em 
comissão independe de aprovação em concurso. Tais cargos são de livre 
nomeação e exoneração. 
Os concursos públicos têm a validade de 2 (dois) anos, sendo possível uma 
prorrogação por igual período. Durante esse período, os aprovados têm 
prioridade para nomeação em relação a novos concursados. Cabe ressaltar que 
a nomeação dos candidatos deverá obedecer à ordem de classificação. 
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores 
ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por 
servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos 
em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e 
assessoramento; 
Comentários: 
Aqui temos algo que muita gente confunde!Função de confiança não é a 
mesma coisa que cargo em comissão! As funções de confiança somente 
podem ser preenchidas por servidores ocupantes de cargo efetivo. Já os 
cargos em comissão podem ser preenchidos por qualquer pessoa, seja ela 
servidor público ou não. Entretanto, a lei define percentual mínimo de cargos 
em comissão que devem ser preenchidos por servidores de carreira. 
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação 
sindical, obedecido o disposto no artigo 8º da Constituição Federal; 
VII - o servidor e empregado público gozarão de estabilidade no cargo ou 
emprego desde o registro de sua candidatura para o exercício de cargo de 
representação sindical ou no caso previsto no inciso XXIII deste artigo, até um 
ano após o término do mandato, se eleito, salvo se cometer falta grave 
definida em lei; 
VIII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em 
lei específica; 
Comentários: 
Esses três dispositivos versam sobre “direitos dos servidores públicos”. O 
primeiro deles é o direito de livre associação. Não pode a lei exigir 
autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no 
órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na 
organização sindical. 
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O segundo também está relacionado ao direito de associação. O servidor e 
empregado público que se candidatar para o exercício de cargo de 
representação sindical terá sua estabilidade preservada desde o registro da 
candidatura até um ano após o término do mandato. A estabilidade não estará 
garantida caso ele cometa falta grave definida em lei. 
O terceiro dispositivo, por sua vez, trata do direito de greve do servidor 
público, que é uma norma de eficácia limitada, dependente de regulamentação 
legislativa. 
IX - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para os 
portadores de deficiências, garantindo as adaptações necessárias para a sua 
participação nos concursos públicos e definirá os critérios de sua admissão; 
Comentários: 
Esse inciso busca garantir a inclusão dos portadores de necessidades especiais. 
Uma das medidas adotadas para esse fim é o estabelecimento, nos concursos 
públicos, de vagas reservadas aos portadores de necessidades 
especiais. São as chamadas cotas. 
X - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado, para 
atender a necessidade temporária de excepcional interesse público; 
Comentários: 
Em caso de excepcional interesse público, poderão ser contratados 
funcionários temporários. 
XI - a revisão geral anual da remuneração dos servidores públicos, sem 
distinção de índices entre servidores públicos civis e militares, far-se-á sempre 
na mesma data e por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada 
caso; 
Comentários: 
Quem dera se isso acontecesse mesmo na prática! ☺ 
A Constituição Estadual garante a revisão geral anual da remuneração dos 
servidores públicos, com o objetivo de recompor o poder de compra dos 
salários em razão das perdas decorrentes da inflação. Destaque-se que essa 
revisão geral deverá ser feita na mesma data para todos os servidores públicos 
(civis e militares) e por meio de lei específica. 
XII - em conformidade com o art. 37, XI, da Constituição Federal, a 
remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos 
públicos da administração direta, autárquica e fundacional, os proventos, 
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pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, 
incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão 
exceder o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o 
subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e 
o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa 
inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, 
dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, 
aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e 
aos Defensores Públicos; 
Comentários: 
Esse dispositivo trata do limite remuneratório dos ocupantes de cargos, 
funções e empregos públicos no Estado de São Paulo. De início, é importante 
ressaltar que devem ser observadas as regras previstas na Constituição 
Federal de 1988. Mas quais são essas regras? Vejamos: 
 
O art. 37, inciso XI, da CF/88 versa sobre os limites 
máximos de remuneração. 
No âmbito dos Estados, os limites remuneratórios são 
os seguintes:a)Poder Executivo: o subsídio mensal do 
Governador 
b)Poder Legislativo: o subsídio mensal dos Deputados 
Estaduais e Distritais 
c)Poder Judiciário: o subsídio mensal dos 
Desembargadores do Tribunal de Justiça. Vale ressaltar 
que o subsídio mensal dos Desembargadores do TJ está 
limitado a 90,25% do subsídio dos Ministros do STF. 
É importante ressaltar, também, que há um limite 
remuneratório ao qual todos os vencimentos estão 
subordinados: o subsídio mensal dos Ministros do 
STF. 
Segundo o art. 37, § 12, da CF/88, fica facultado aos Estados e ao Distrito 
Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições 
e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos 
Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a 90,25% 
do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se 
aplicando tal regra aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos 
Vereadores. 
XIII - até que se atinja o limite a que se refere o inciso anterior, é vedada a 
redução de salários que implique a supressão das vantagens de caráter 
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individual, adquiridas em razão de tempo de serviço, previstas no artigo 129 
desta Constituição. Atingido o referido limite, a redução se aplicará 
independentemente da natureza das vantagens auferidas pelo servidor; 
Comentários: 
Veja que coisa boa pra você que será servidor público do Estado de São Paulo! 
☺ 
O art. 129, da Constituição do Estado de São Paulo, dispõe que, ao servidor 
público estadual é assegurado o percebimento do adicional por tempo de 
serviço, concedido no mínimo, por quinquênio, e vedada a sua limitação, 
bem como a sexta-parte dos vencimentos integrais, concedida aos vinte 
anos de efetivo exercício, que se incorporarão aos vencimentos para todos 
os efeitos. 
A remuneração do servidor, acrescida desses adicionais, não poderá 
ultrapassar os limites remuneratórios para a Administração Pública Estadual. 
Será feita a supressão dos valores que ultrapassarem o limite 
remuneratório. 
XIV - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário 
não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo; 
Comentários: 
A Constituição Federal de 1988 tem regra idêntica. Trata-se de uma 
equiparação de salários entre os servidores dos três Poderes. É lógico, a 
equiparação somente deverá existir entre servidores que ocupem cargos da 
mesma natureza e nível de complexidade. 
XV - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies 
remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público, 
observado o disposto na Constituição Federal; 
XVI - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão 
computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores 
sob o mesmo título ou idêntico fundamento; 
XVII - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos 
públicos são irredutíveis, observado o disposto na Constituição Federal; 
Comentários: 
O inciso XV veda avinculação ou equiparação de quaisquer espécies 
remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público. 
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Isso significa que não se pode prever que a remuneração de um Auditor Fiscal 
do Estado seja, por exemplo, 80% do subsídio do Governador. 
O inciso XVI, por sua vez, visa a evitar que, na remuneração de um servidor 
público, parcelas sejam acumuladas umas sobre as outras. Nesse sentido, os 
adicionais incidem sobre a remuneração do servidor, desconsiderando-se 
outros adicionais já percebidos. 
O inciso XVII consagra a irredutibilidade dos subsídios e dos vencimentos dos 
servidores e agentes públicos. 
XVIII - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto 
quando houver compatibilidade de horários: 
a) de dois cargos de professor; 
b) de um cargo de professor com outro técnico ou científico; 
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com 
profissões regulamentadas; 
XIX - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange 
autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas 
subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo Poder 
Público; 
Comentários: 
A regra é a impossibilidade da acumulação remunerada de cargos 
públicos. Isso não se aplica àqueles que exerçam: 
i) dois cargos de professor (alguém pode ser professor de duas 
Universidades públicas ao mesmo tempo) ; 
ii) de um cargo de professor e outro técnico ou científico (alguém pode 
ser professor da USP e, ao mesmo tempo, trabalhar em um cargo técnico 
ou científico da Secretaria da Fazenda do Estado); 
iii) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, 
com profissões regulamentadas. 
Cabe destacar que a acumulação remunerada de cargos somente será possível 
quando houver compatibilidade de horários. 
XX - a administração fazendária e seus agentes fiscais de rendas, aos quais 
compete exercer, privativamente, a fiscalização de tributos estaduais, terão, 
dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os 
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demais setores administrativos, na forma da lei; 
XX-A - a administração tributária, atividade essencial ao funcionamento do 
Estado, exercida por servidores de carreiras específicas, terá recursos 
prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada 
com as administrações tributárias da União, de outros Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de 
informações fiscais, na forma da lei ou convênio; 
 
Comentários: 
A administração fazendária e seus agentes fiscais de rendas têm, dentro de 
sua área de competência, precedência sobre os demais setores 
administrativos. Cabe destacar que a administração tributária, enquanto 
atividade essencial ao funcionamento do Estado, terá recursos prioritários. 
Deverá a administração tributária do Estado de São Paulo atuar de forma 
integrada com as administrações tributárias da União, dos outros Estados, do 
DF e dos Municípios. A integração se faz por meio de compartilhamento de 
cadastros e de informações fiscais. 
XXI- a criação, transformação, fusão, cisão, incorporação, privatização ou 
extinção das sociedades de economia mista, autarquias, fundações e empresas 
públicas depende de prévia aprovação da Assembleia Legislativa; 
XXII - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de 
subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a 
participação de qualquer delas em empresa privada; 
Comentários: 
As autarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas públicas 
são entidades da administração indireta. Sua criação, transformação, fusão, 
cisão, incorporação, privatização e extinção dependem de aprovação prévia 
pela Assembleia Legislativa. A criação de subsidiárias dessas entidades 
depende de autorização legislativa. 
XXIII - fica instituída a obrigatoriedade de um Diretor Representante e de um 
Conselho de Representantes, eleitos pelos servidores e empregados públicos, 
nas autarquias, sociedades de economia mista e fundações instituídas ou 
mantidas pelo Poder Público, cabendo à lei definir os limites de sua 
competência e atuação; 
XXIV - é obrigatória a declaração pública de bens, antes da posse e depois do 
desligamento, de todo o dirigente de empresa pública, sociedade de economia 
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mista, autarquia e fundação instituída ou mantida pelo Poder Público; 
XXV - os órgãos da administração direta e indireta ficam obrigados a constituir 
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA - e, quando assim o 
exigirem suas atividades, Comissão de Controle Ambiental, visando à proteção 
da vida, do meio ambiente e das condições de trabalho dos seus servidores, na 
forma da lei; 
Comentários: 
Três dispositivos importantes e bem específicos da Constituição Estadual! 
Nas autarquias, fundações, sociedades de economia mista e fundações 
públicas serão eleitos, pelos servidores públicos e empregados públicos, um 
Diretor Representante e um Conselho de Representantes. Além disso, 
nos órgãos da administração direta e indireta, deverá ser constituída uma 
CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes). Dependendo das 
atividades do órgão, será instituída também uma Comissão de Controle 
Ambiental. 
Como forma de prevenir a ocorrência de enriquecimento ilícito, a Constituição 
Estadual determina que os dirigentes de empresa pública, sociedade de 
economia mista, autarquia e fundação instituída ou mantida pelo Poder Público 
deverão providenciar uma declaração pública de bens. A declaração pública 
de bens deverá ser feita antes da posse e depois do desligamento. 
 
XXVI - ao servidor público que tiver sua capacidade de trabalho reduzida em 
decorrência de acidente de trabalho ou doença do trabalho será garantida a 
transferência para locais ou atividades compatíveis com sua situação; 
Comentários: 
Importante dispositivo de proteção aos servidores que sofram acidentes de 
trabalho! Se, em virtude de um acidente de trabalho, um servidor tiver sua 
capacidade de trabalho reduzida, ele passará a exercer atividades 
compatíveis com sua situação. Por exemplo, imagine um servidor público 
que trabalhe com obras públicas e sofre um acidente de trabalho, tornando-se 
paraplégico. Por ter que ficar em uma cadeira de rodas, ele não poderá mais 
trabalhar em obras públicas. Passará, então, a exercer atribuições compatíveis 
com sua situação. Poderá, por exemplo, trabalhar elaborando ofícios. 
XXVII - é vedada a estipulação de limite de idade para ingresso por concurso 
público na administração direta, empresa pública, sociedade de economia 
mista, autarquia e fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público, 
respeitando-se apenas o limite constitucional para aposentadoria compulsória; 
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Comentários: 
Não há limite máximo de idade para ingresso por concurso público. É claro, 
deve ser respeitado o limite constitucional para aposentadoria compulsória. 
XXVIII - os recursos provenientes dos descontos compulsórios dos servidores 
públicos, bem como a contrapartida do Estado, destinados à formação de 
fundo próprio de previdência, deverão ser postos, mensalmente, à disposição 
da entidade estadual responsável pela prestação do benefício, na forma que a 
lei dispuser; 
Comentários: 
O que fordescontado dos servidores públicos estaduais, a título de 
contribuição previdenciária, deverá ser posto, mensalmente, à disposição da 
entidade estadual responsável pela prestação dos benefícios. 
XXIX - a administração pública direta e indireta, as universidades públicas e 
as entidades de pesquisa técnica e científica oficiais ou subvencionadas pelo 
Estado prestarão ao Ministério Público o apoio especializado ao desempenho 
das funções da Curadoria de Proteção de Acidentes do Trabalho, da Curadoria 
de Defesa do Meio Ambiente e de outros interesses coletivos e difusos. 
Comentários: 
O Ministério Público exerce as funções de Curadoria de Proteção de Acidentes 
do Trabalho e de Curadoria de Defesa do Meio Ambiente. No exercício dessas 
funções, receberá o apoio especializado das entidades da administração direta 
e indireta. 
 
27 - (APOFP-SP/2010) A declaração pública de bens, antes da posse, é 
obrigatória para o dirigente de fundação instituída ou mantida pelo 
Poder Público, vedada essa exigência ao presidente de empresa 
pública ou de sociedade de economia mista. 
Comentários: 
Os dirigentes de empresa pública e de sociedade de economia mista também 
deverão, antes da posse, realizar declaração pública de bens. Questão errada. 
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28 - (APOFP-SP/2010) A criação de subsidiárias das autarquias e 
fundações, assim como a participação de qualquer delas em empresa 
privada ou mista, independe de autorização legislativa. 
Comentários: 
A criação de subsidiárias de autarquias e de fundações depende de autorização 
legislativa. Também depende de autorização legislativa a participação dessas 
entidades em empresa privada. Questão errada. 
29 - (APOFP-SP/2009) A administração pública direta, indireta ou 
fundacional, de qualquer dos Poderes do Estado, deve obedecer aos 
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, 
finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, segurança 
jurídica, interesse público e eficiência. 
Comentários: 
A questão extrapolou a literalidade da Constituição Estadual de São Paulo, a 
qual não faz menção à proporcionalidade e à segurança jurídica. Portanto, foi 
considerada errada. 
30 - (APOFP-SP/2009) É vedada a estipulação de limite de idade para 
ingresso por concurso público na administração direta, empresa 
pública, sociedade de economia mista, autarquia e fundações 
instituídas ou mantidas pelo Poder Público, respeitando-se apenas o 
limite constitucional para aposentadoria compulsória. 
Comentários: 
De fato, não é permitida a estipulação de limite de idade para ingresso por 
concurso público. Deve-se observar, entretanto, o limite constitucional para a 
aposentadoria compulsória. Questão correta. 
31 - (APOFP-SP/2009) É obrigatória a declaração pública de bens, 
antes da posse e depois do desligamento, de todo o dirigente do 
Ministério Público, bem como dos Poderes Legislativo e Judiciário, e 
dos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive 
autarquias e fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público. 
Comentários: 
Segundo a Constituição Estadual, é obrigatória a declaração pública de bens, 
antes da posse e depois do desligamento, de todo o dirigente de empresa 
pública, sociedade de economia mista, autarquia e fundação instituída ou 
mantida pelo Poder Público. Não é feita menção aos dirigentes do Ministério 
Público e dos Poderes Legislativo e Judiciário. Questão errada. 
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32 - (APOFP-SP/2009) A publicidade dos atos, programas, obras, 
serviços e campanhas da administração pública direta, indireta, 
fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista e órgãos 
controlados pelo Poder Público deverá ter caráter educacional, 
informativo e de orientação social, e não poderá ser veiculada fora do 
território do Estado. 
Comentários: 
De fato, a publicidade dos atos governamentais deve ter caráter educacional, 
informativo e de orientação social. No entanto, ela pode ser veiculada fora do 
território do Estado, no caso de empresas que enfrentam concorrência de 
mercado ou, ainda, de divulgação destinada a promover o turismo estadual. 
Questão errada. !
33 - (APOFP-SP/2009) É obrigatória a existência de um Diretor-
Representante e de um Conselho de Representantes, eleitos pelos 
servidores e empregados públicos, nos órgãos e entidades da 
administração direta ou indireta, inclusive autarquias e fundações 
instituídas ou mantidas pelo Poder Público. 
Comentários: 
Não há eleição de Diretor Representante e de Conselho de Representantes em 
órgãos públicos. Questão errada. 
34 - (TCE-SP/2012) A Constituição do Estado de São Paulo estabelece, 
para autarquias, sociedades de economia mista e fundações instituídas 
ou mantidas pelo Poder Público, a obrigatoriedade de: 
I. que todo dirigente efetue declaração pública de bens, no prazo de trinta dias 
após a sua posse e depois de seu desligamento da entidade. 
II. eleição de um Diretor Representante e de um Conselho de Representantes, 
pelos servidores e empregados públicos, cabendo à lei definir os limites de sua 
competência e atuação. 
III. constituir Comissão Interna de Prevenção de Acidentes − CIPA − e, 
quando assim o exigirem suas atividades, Comissão de Controle Ambiental, 
visando à proteção da vida, do meio ambiente e das condições de trabalho dos 
seus servidores, na forma da lei. 
Está correto o que se afirma em 
a) I, II e III. 
b) I, apenas. 
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c) II, apenas. 
d) I e II, apenas. 
e) II e III, apenas. 
Comentários: 
A primeira assertiva está errada. A declaração pública de bens deverá ser 
feita antes da posse e depois do desligamento. 
A segunda assertiva está correta. Há obrigatoriedade de que sejam eleitos, 
pelos servidores e empregados públicos, nas autarquias, sociedades de 
economia mista e fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público um 
Diretor Representante e de um Conselho de Representantes, cabendo à lei 
definir os limites de sua competência e atuação. 
A terceira assertiva está correta. Deverá ser constituída uma CIPA e, quando 
for o caso, uma Comissão de Controle Ambiental. 
35 - (Questão Inédita) Os acréscimos pecuniários percebidos por 
servidor público serão computados nem acumulados para fins de 
concessão de acréscimos ulteriores sob o mesmo título ou idêntico 
fundamento. 
Comentários: 
Ao contrário do que afirma o enunciado, os acréscimos pecuniários percebidos 
por servidor público não serão computados ou acumulados para fins de 
concessão de acréscimos ulteriores sob o mesmo título ou idêntico 
fundamento. Questão errada. 
36 - (Questão Inédita) Ao servidor público que tiver sua capacidade de 
trabalho reduzida em decorrência de acidente de trabalho ou doença 
do trabalho será garantida a transferência para locais ou atividades 
compatíveis com sua situação. 
Comentários: 
Se o servidor sofrer acidente de trabalho que reduzir sua capacidade de 
trabalho, ele deverá ser transferido para locais ou atividades compatíveis com 
sua situação. Questão correta. 
37 - (Questão Inédita) O prazo de validade do concurso público será 
de até um ano, prorrogável uma vez, por igual período. A nomeação do 
candidato aprovado obedecerá à ordem de classificação. 
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Comentários: 
O prazo de validade do concurso público é de até 2 (dois) anos, prorrogáveis 
por igual período, uma única vez. Questão errada.38 - (Questão Inédita) Os recursos provenientes dos descontos 
compulsórios dos servidores públicos, bem como a contrapartida do 
Estado, destinados à formação de fundo próprio de previdência, 
deverão ser postos, mensalmente, à disposição da entidade estadual 
responsável pela prestação do benefício, na forma que a lei dispuser. 
Comentários: 
Exatamente o que prevê o art. 115, inciso XXVIII, da Constituição Estadual. 
Questão correta. 
39 - (Questão Inédita) - As pessoas jurídicas de direito público e as de 
direito privado, prestadoras de serviços públicos, responderão pelos 
danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, 
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de 
dolo ou culpa. 
Comentários: 
Tenho certeza de que você já estudou isso em Direito Administrativo! ☺ As 
pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado, prestadoras de 
serviços públicos, responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, 
causarem a terceiros. Entretanto, essas entidades têm o direito de regresso 
contra o agente responsável nos casos de dolo ou culpa. Questão correta. 
 
4.1- Obras, Serviços Públicos, Compras e Alienações: 
As obras, serviços, compras e alienações serão, salvo algumas exceções, 
contratados mediante processo de licitação pública, que assegure igualdade 
de condições a todos os concorrentes. Nas licitações, deverá haver 
cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições 
efetivas da proposta. 
A proposta somente permitirá as exigências de qualificação técnica e 
econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. 
Ressalte-se que é vedada à administração pública direta e indireta, inclusive 
fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público a contratação de serviços 
e obras de empresas que não atendam às normas relativas à saúde e 
segurança no trabalho. 
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As licitações de obras e serviços públicos deverão ser precedidas da indicação 
do local onde serão executados e do respectivo projeto técnico 
completo, que permita a definição precisa de seu objeto e previsão de 
recursos orçamentários, sob pena de invalidade da licitação. 
Na elaboração do projeto técnico, deverão ser atendidas as 
exigências de proteção do patrimônio histórico-cultural e do meio 
ambiente. Órgãos competentes publicarão, com a periodicidade necessária, os 
preços médios de mercado de bens e serviços, os quais servirão de base 
para as licitações realizadas pela administração direta e indireta, inclusive 
fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público. 
Os serviços concedidos ou permitidos ficarão sempre sujeitos à 
regulamentação e fiscalização do Poder Público e poderão ser retomados 
quando não atendam satisfatoriamente aos seus fins ou às condições do 
contrato. Quando prestados por particulares, os serviços concedidos ou 
permitidos não serão subsidiados pelo Poder Público. Ressalte-se que 
os serviços públicos serão remunerados por tarifa previamente fixada pelo 
órgão executivo competente, na forma que a lei estabelecer. 
Os serviços públicos, de natureza industrial ou domiciliar, serão prestados 
aos usuários por métodos que visem à melhor qualidade e maior eficiência e à 
modicidade das tarifas. Cabe ao Estado explorar diretamente, ou mediante 
concessão, na forma da lei, os serviços de gás canalizado em seu território, 
incluído o fornecimento direto a partir de gasodutos de transporte, de maneira 
a atender às necessidades dos setores industrial, domiciliar, comercial, 
automotivo e outros. 
 
4.2- Servidores públicos: 
Os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações 
instituídas ou mantidas pelo Poder Público terão regime jurídico único e 
planos de carreira. A lei assegurará aos servidores da administração direta 
isonomia de vencimentos para cargos de atribuições iguais ou 
assemelhados do mesmo Poder, ou entre servidores dos Poderes Legislativo, 
Executivo e Judiciário, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as 
relativas à natureza ou ao local de trabalho. 
O exercício do mandato eletivo por servidor público deve observar o que 
dispõe o art. 38 da Constituição Federal: 
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica 
e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as 
seguintes disposições: 
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I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, 
ficará afastado de seu cargo, emprego ou função; 
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, 
emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua 
remuneração; 
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade 
de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou 
função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não 
havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso 
anterior; 
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício 
de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para 
todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento; 
V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de 
afastamento, os valores serão determinados como se no 
exercício estivesse. 
Fica assegurado ao servidor público, eleito para ocupar cargo em sindicato 
de categoria, o direito de afastar-se de suas funções, durante o tempo 
em que durar o mandato, recebendo seus vencimentos e vantagens, nos 
termos da lei. O tempo de mandato eletivo será computado para fins de 
aposentadoria especial. 
Aos servidores titulares de cargos efetivos do Estado, incluídas suas autarquias 
e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo 
e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores 
ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o 
equilíbrio financeiro e atuarial. 
Sobre as regras de aposentadoria dos servidores públicos estaduais, há que 
se observar as disposições gerais do art. 40, CF/88: 
Art. 40 (...) 
§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que 
trata este artigo serão aposentados, calculados os seus proventos a 
partir dos valores fixados na forma dos §§ 3º e 17: 
I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao 
tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente em 
serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou 
incurável, na forma da lei; 
II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de 
contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e 
cinco) anos de idade, na forma de lei complementar; 
III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez 
anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo 
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efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes 
condições: 
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se 
homem, e cinquenta e cinco anos de idade e trinta de contribuição, 
se mulher; 
b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de 
idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de 
contribuição. 
Existem as seguintes formas de aposentadoria para os servidores públicos 
estatutários: 
a) Aposentadoria por invalidez permanente: O servidor com 
invalidez permanente irá se aposentar com proventos proporcionais 
ao tempo de contribuição. Caso a invalidez seja decorrente de acidente 
em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou 
incurável, a lei definirá a forma de cálculo dos proventos. Em 
âmbito federal, a Lei nº8.112/90 prevê que a aposentadoria por 
invalidez decorrente de “acidente em serviço, moléstia profissional ou 
doença grave, contagiosa ou incurável” se dará com proventos 
integrais. 
b) Aposentadoria compulsória: Até a edição da EC nº 88/2015 
(conhecida como “PEC da Bengala”), os servidores públicos federais, 
estaduais e municipais deveriam se aposentar compulsoriamente aos 70 
anos. Chegando aos 70 anos, não havia outra alternativa senão a 
aposentadoria compulsória. 
Com a EC nº 88/2015, a redação do art. 40, § 1º, II, foi modificada e 
passou a prever que os servidores públicos serão aposentados 
compulsoriamente aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 
(setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar. 
Como se vê, trata-se de norma de eficácia limitada, dependente de 
regulamentação para produzir todos os seus efeitos. Até que fosse 
editada a mencionada lei complementar, os servidores públicos 
continuariam se aposentando compulsoriamente aos 70 anos de idade. 
Todavia, a lei regulamentadora já foi editada. É a Lei Complementar nº 
152/2015, aplicável aos servidores públicos de todas as esferas 
federativas, bem como aos membros do Poder Judiciário, Ministério 
Público, Defensorias Públicas e Tribunais de Contas. Assim, hoje, a 
aposentadoria compulsória de servidores públicos já se dá aos 75 
(setenta e cinco) anos. 
c) Aposentadoria voluntária: O servidor poderá se aposentar 
voluntariamente. Mas para isso deverá possuir tempo mínimo de 10 
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(dez) anos de efetivo exercício no serviço público e 5 (cinco) anos 
de exercício no cargo efetivo e, ainda, cumprir os seguintes 
requisitos: 
- 60 anos de idade e 35 anos de contribuição, se homem, e 55 anos de 
idade e 30 anos de contribuição, se mulher, com proventos calculados 
com base nas contribuições do servidor, atualizadas 1; ou 
- 65 anos de idade, se homem, e 60 anos de idade, se mulher, com 
proventos proporcionais ao tempo de contribuição.2 
Vale destacar que, os requisitos de idade e tempo de contribuição 
serão reduzidos em 5 (cinco) anos para o professor que comprove 
exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na 
educação infantil e no ensino fundamental e médio. (art. 60, § 5º). 
Segundo o STF, essa “aposentadoria especial” deve ser concedida aos 
professores ainda que esses não desenvolvam a atividade de 
magistério exclusivamente em sala de aula. Assim, o tempo de 
atividade como diretor ou coordenador pedagógico também é computado 
para fins de aposentadoria especial do professor. 
O servidor, após noventa dias decorridos da apresentação do pedido de 
aposentadoria voluntária, instruído com prova de ter cumprido os requisitos 
necessários à obtenção do direito, poderá cessar o exercício da função 
pública, independentemente de qualquer formalidade. 
Ao servidor público titular de cargo efetivo do Estado será contado, como 
efetivo exercício, para efeito de aposentadoria e disponibilidade, o tempo 
de contribuição decorrente de serviço prestado em cartório não oficializado, 
mediante certidão expedida pela Corregedoria-Geral da Justiça. 
Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão, 
não poderão exceder a remuneração do respectivo servidor, no cargo 
 
1
!O art. 1º, da Lei nº 10.887/2004, ao regulamentar esse dispositivo, prevê que , no 
cálculo dos proventos de aposentadoria, será considerada a média aritmética 
simples das maiores remunerações, utilizadas como base para as contribuições do 
servidor aos regimes de previdência a que esteve vinculado, correspondentes a 80% 
(oitenta por cento) de todo o período contributivo desde a competência julho de 
1994 ou desde a do início da contribuição, se posterior àquela competência. 
2 Na aposentadoria com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, sobre o 
valor obtido nos termos do art. 1º, da Lei nº 10.887/2004, há a aplicação de fração 
que tem no numerador o tempo de contribuição efetivo e no denominador o tempo de 
contribuição total exigido. Por exemplo, se um homem contribui 20 anos para o RPPS, 
deverá ser multiplicada a fração 20/35 pelo valor obtido nos termos do art. 1º, da Lei 
nº 10.887/2004. 
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efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a 
concessão da pensão. 
É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a 
concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de previdência, 
ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de 
servidores: i) portadores de deficiência; ii) que exerçam atividades de risco; ii) 
cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a 
saúde ou a integridade física. Para esses, é possível a adoção de requisitos e 
critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria. 
Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma 
da Constituição Estadual, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria 
à conta do regime de previdência dos servidores públicos estaduais. 
Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em 
lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou 
de emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social. 
O Estado, desde que institua regime de previdência complementar para os 
seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, poderá fixar, para o 
valor das aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo regime de que 
trata este artigo, o limite máximo estabelecido para os benefícios do 
regime geral de previdência social. Destaque-se que o regime de 
previdência complementar será instituído por lei de iniciativa do respectivo 
Poder Executivo. 
Os servidores públicos estaduais adquirem estabilidade após três anos de 
efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo 
em virtude de concurso público. 
Ao servidor público estadual é assegurado o percebimento do adicional por 
tempo de serviço, concedido no mínimo, por quinquênio, e vedada a sua 
limitação, bem como a sexta-parte dos vencimentos integrais, concedida aos 
vinte anos de efetivo exercício, que se incorporarão aos vencimentos para 
todos os efeitos. As vantagens de qualquer natureza só poderão ser 
instituídas por lei e quando atendam efetivamente ao interesse público e às 
exigências do serviço. 
O servidor, com mais de 5 (cinco) anos de efetivo exercício, que tenha 
exercido ou venha a exercer cargo ou função que lhe proporcione remuneração 
superior à do cargo de que seja titular, ou função para a qual foi admitido, 
incorporará um décimo dessa diferença, por ano, até o limite de dez 
décimos. Ex: João tem mais de 5 anos de efetivo exercício. Ele exerce um 
cargo cuja remuneração é R$ 5.000,00. Entretanto, é nomeado para um cargo 
em comissão cuja remuneração é R$ 10.000,00. Ele, então, irá incorporar à 
sua remuneração, 1/10 da diferença entre os vencimentos a cada ano, ou seja, 
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1/10 de R$ 5.000,00 por ano. O limite máximo a ser incorporado é de 10/10, 
ou seja, a própria diferença de remuneração. 
Será assegurado ao servidor o direito de remoção para igual cargo ou 
função, no lugar de residência do cônjuge, se este também for servidor e 
houver vaga, nos termos da lei. Isso também se aplica ao servidor cônjuge de 
titular de mandato eletivo estadual ou municipal. 
O Estado responsabilizará os seus servidores por alcance e outros danos 
causados à administração, ou por pagamentos efetuados em

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