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CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ALBINO BEATRIZ DE SOUZA PENHA BIOMEDICINA HEPATITES DISCIPLINA: Introdução à Biomedicina e Biossegurança DOCENTE: PROF. LARISSA FAVARO MARCHI Catanduva, 25 de Maio de 2023. http://187.32.132.90/moodle/user/view.php?id=1600&course=2759 Objetivo geral: Este trabalho tem como objetivo apresentar, identificar e reconhecer os tipos de hepatites existentes distinguindo e minuciando seus mecanismos de transmissão, suas manifestações/sintomas, tratamentos e vacinas. Introdução: A Hepatite é uma infecção do fígado. A causa pode ser por vírus ou pelo uso de certas drogas e álcool, bem como distúrbios autoimunes, metabólicos e hereditários, que despertam alterações leves, moderadas e graves. Em algumas circunstancias, é uma doença silenciosa que nem sempre apresenta sintomas, podendo contaminar qualquer individuo. Existem cinco tipos de Hepatites, classificadas por letras alfabéticas A, B, C, D e E. No Brasil atual, os casos virais mais frequentes são causados pelos vírus A, B e C. Apesar disso, existem, com menos frequência, os casos causados pelos vírus da Hepatite D e E. Milhões de pessoas brasileiras são portadoras do vírus B ou C e não sabem, segundo pesquisas. Podendo ocasionar evolução da doença e tornando os efeitos mais agravantes no fígado, como câncer e cirrose. O que faz-se importante realizar exames rotineiros para identificar qualquer anormalidade pré-existente. Hepatite A: A Hepatite A é uma infecção contagiosa, causada pelo vírus A (HAV), sendo transmita por meio de indivíduos ou por água e alimentos contaminados, por exemplo em ambientes onde não existem um saneamento básico e falta de higiene pessoal. Em seu período de transmissão a doença dura de 10 a 50 dias e geralmente não causa sintomas. No entanto, os mais comuns são febre, pele e olhos amarelados, náuseas e vômitos, mal-estar, desconforto abdominal, ausência de apetite e urina com coloração escura com fezes claras. Se houver sinais ou sintomas sugestivos de doença e o exame físico for aceitável, será solicitado um exame de sangue. Se for confirmada a presença de anticorpos anti-HAV, o profissional médico irá sugerir o melhor tratamento para o paciente. Vale ressaltar que a doença tem cura se o paciente seguir todas as recomendações médicas orientadas. Na maioria dos casos, a hepatite A é uma doença benigna. A insuficiência hepática aguda grave, que pode ser repentina, está presente em apenas 1% dos casos. Logo, é necessário seguir toda orientação médica. Prevenção: As principais formas de prevenir a Hepatite A, além da vacinação que é quantiosa e acessível, é ter uma boa higiene pessoal, lavar alimentos antes de sua preparação com agua morna e tratada, deixando descansando por alguns minutos com produtos sanitizados para alimentos, lavar adequadamente utensílios e locais compartilhados e evitar banhos e brincadeiras em rios e lagos onde tem a presença de córregos e esgotos. Hepatite B e C: O vírus da hepatite B (HBV) e o vírus da hepatite C (HCV) são transmitidos principalmente pelo sangue. A hepatite B é transmitida através do sêmen e secreções vaginais (sexualmente) e por contato com sangue (injetável, percutâneo e vertical). A transmissão do vírus da hepatite C ocorre principalmente pelo contato com sangue (injeção). Portanto, a transmissão das hepatites B e C pode ocorrer pelo compartilhamento de objetos contaminados, como barbeadores, escovas de dentes, cortadores de unha, instrumentos de injeção e inalação para o uso de drogas, uso de materiais não estéreis para piercing e tatuagem, por acidente devido à exposição a agentes biológicos materiais e procedimentos médicos. Sendo assim, deve-se ter cuidado ao doar sangue e realizar sempre testes sobre a presença do vírus no organismo. Em seu período de transmissão a hepatite B dura de 2 a 3 semanas antes do início dos sintomas, até que a doença desapareça. Nos casos crônicos, o paciente permanece portador da hepatite B. A transmissão da hepatite C dura de 1 semana antes do aparecimento dos sintomas até que você não tenha mais uma carga viral detectável. No caso de cronificação, o paciente ainda é portador da hepatite C. Para gestantes portadoras de Hepatite B deve-se realizar testagem a partir dos 3 meses de gestação, e para nascidos de mães portadoras da doença devem receber a vacinação nas primeiras horas de vida. Diferente da Hepatite B, a Hepatite C não tem vacina, todavia semelhante, é recomendado que todas as gestantes realizam teste para o vírus na a partir do momento onde é confirmado a gravidez. É muito comum que as pessoas com hepatite sejam assintomáticas. Quando se desenvolve, aparecem sintomas semelhantes aos de outras doenças da hepatite, como falta de apetite, náuseas, vômitos, diarreia, febre leve, dor de cabeça, mal-estar, dor no corpo que evolui para icterícia (amarela) e dor abdominal. Prevenção Hepatite B: Mesmo que haja a vacinação, que é muito importante, termos hábitos saudáveis em nosso dia-a-dia, como usar preservativo em relações sexuais, não partilhar itens de uso pessoal e instrumentos injetáveis ou perfurocortantes. Prevenção Hepatite C: Por mais que não haja vacinação para esse tipo de vírus, é possível previnir com alguns hábitos diários Não partilhar nada que possa ter entrado em contato com sangue (seringas, agulhas, objetos pontiagudos) com outras sujeitos As gestantes devem realizar todos os exames pré-natais para detectar hepatite B, hepatite C, HIV e sífilis. Esse cuidado é essencial para evitar a transmissão de mãe para filho. Portanto, é importante garantir o pré-natal. Hepatite D: Esta é uma infecção causada pelo vírus da hepatite D (HDV). A hepatite D, também denominada de Delta, está associada à presença do vírus da hepatite B que causa infecção e inflamação das células do fígado. Existem duas formas de infecção pelo VHD: infecção concomitante pelo vírus da Hepatite B e superinfecção pelo vírus da Hepatite D em pessoas com infecção crônica pelo VHB. A transmissão da Hepatite B se assemelha a da Hepatite D, sendo propagada pela relação sexual sem o uso de preservativos, passado da mãe para o filho, durante a gravidez e no parto, compartilhar itens para o uso de drogas (seringas e agulhas), partilhar instrumentos de higiene pessoal, devido ao contato próximo de pessoa para pessoa. Da mesma maneira que nas outras doenças, quem tem hepatite D pode não apresentar sinais ou sintomas. Quando presentes, as manifestações mais comuns são: fadiga, tontura, náusea e/ou vômito, febre, dor abdominal, amarelecimento da pele e olhos, urina escura e fezes claras. O sorodiagnóstico da hepatite D é baseado na detecção de anticorpos anti-HDV. A confirmação do diagnóstico também pode ser feita por HDV-RNA quantitativo, que atualmente está disponível apenas em pesquisas clínicas. Excepcionalmente, a confirmação do diagnóstico de hepatite D pode ser feita pela histopatologia, que é o exame de tecidos, órgãos e estruturas. Após um resultado positivo e confirmado, o médico irá preceituar um tratamento de acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes para o Tratamento da Hepatite B e Co-Infecções (Hepatite B PCDT). Os medicamentos não tratam a hepatite D. O objetivo primordial do tratamento é controlar os danos hepáticos. Prevenção Hepatite D: A vacinação contra a hepatite B é a base da prevenção. Outras medidas envolvem assegurar de toda forma transmissível. Além disso, toda mulher grávida precisa de cuidados pré-natais e testes para hepatite, HIV e sífilis. Hepatite E: A hepatite E é uma doença infecciosa causada pelo vírus da hepatite E (HEV). O vírus causa hepatite aguda, de curta duração e autolimitada. Na maioria das vezes é uma doença benigna. No entanto, a hepatite E pode raramente causar infecção crônica em pessoas com alguma forma de imunodeficiência. O vírus da hepatite E é transmitido principalmente por meio fecal, oral e ingestão de águacontaminada em áreas com infraestrutura de saneamento precária. Outras formas de infecção são: Ingestão de carne mal cozida e produtos de animais infectados (ex: fígado de porco). Transfusão de hemoderivados infectados. Enquanto ao sintomas e sinais, geralmente em adultos jovens, o vírus E causa uma hepatite aguda espontânea de curta duração (2 a 6 semanas) que é clinicamente indistinguível de outras causas de hepatite viral aguda. As crianças também podem ser infectadas, mas geralmente são assintomáticas ou apresentam apenas uma doença leve sem icterícia que não é diagnosticada. Os primeiros sinais e sintomas, se houver, incluem fadiga, mal-estar, febre e dores musculares. Esses primeiros sintomas podem ser seguidos por náuseas, vômitos, dor abdominal, constipação ou diarreia, urina escura e amarelecimento da pele e dos olhos (icterícia). Ocorrem manifestações típicas da hepatite viral: falta de apetite, mal-estar, náuseas, vômitos e febre, seguidos de icterícia. A hepatite E pode ser grave, especialmente em gestantes; nelas, o risco de hepatite fulminante e morte é maior. O tratamento é feito por meio de cuidados individuais e do uso de fluidos. Geralmente, a hepatite E se cura por conta própria em quatro a seis semanas. O tratamento se concentra em cuidados médicos e paliativos, reidratação e repouso. Dependendo da forma de contaminação, a melhor forma de prevenir a hepatite E é manter uma boa higiene. Algumas das medidas mais importantes incluem: - Lave sempre as mãos com água e sabão. Seja especialmente cuidadoso antes de comer, preparar alimentos e depois de usar o banheiro. - Beba apenas água clorada ou fervida. - Lave sempre os alimentos com água tratada. - Cozinhar bem os alimentos. -Não brinque em rios, lagos ou mares com estações de tratamento de esgoto. - Evitar comer frutos do mar de áreas que apresentam saneamento básico precário. Prevenção Hepatite E: https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-hep%C3%A1ticos-e-biliares/hepatite/vis%C3%A3o-geral-da-hepatite-viral-aguda#v900354_pt https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-hep%C3%A1ticos-e-biliares/hepatite/hepatite-fulminante Conclusão: Pode-se dizer que as hepatites virais são inflamações no fígado que são distinguidas e classificadas pelas letras A, B, C, D e E. Sendo os mais comuns na nação brasileira os tipos A, B e C. Em alguns casos podem ser assintomáticos aumentando o risco para evolução da infecção do mesmo, desencadeando doenças ainda mais graves. Relacionando entre si, seus diagnósticos, transmissões, sintomas e prevenção são similares, tendo em vista que apenas a Hepatite A e B existem vacinação, mas mesmo assim hábitos diários são necessários para sua prevenção. E é quantioso ressaltar a importância de ir ao médico regularmente e fazer os exames de rotina. Referencias: https://beepsaude.com.br/julho-amarelo-vamos-falar-sobre-hepatites-virais/ https://www.cevs.rs.gov.br/hepatites-bc https://bvsms.saude.gov.br/hepatite/ http://antigo.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/hv/o-que-sao-hepatites/hepatite-d http://antigo.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/hv/o-que-sao-hepatites/hepatite-e https://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/hepatite- e.htm#:~:text=Em%20virtude%20das%20formas%20de,N%C3%A3o%20pare%20agora...
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