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ROSANGELA BANDEIRA DE ALMEIDA CIRINO

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Sistema de Ensino Presencial Conectado
SERVIÇO SOCIAL
Rosangela Bandeira de Almeida Cirino
A ContRIBUIÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL NA MELHORIA DOS FATORES QUE ENVOLVEM O FENÔMENO DO ENVELHECIMENTO.
Quixeramobim
2020
Rosangela Bandeira de Almeida Cirino
A ContRIBUIÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL NA MELHORIA DOS FATORES QUE ENVOLVEM O FENÔMENO DO ENVELHECIMENTO.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Serviço Social.
Orientador: Prof Esp. 
Quixeramobim
2020
Dedico este trabalho a todos que contribuíram direta ou indiretamente em minha formação acadêmica.
agradecimentos
Agradeço em primeiro lugar а Deus, qυе iluminou о meu caminho durante esta caminhada. 
À minha família, que foi incentivadora nos momentos difíceis e compreenderam a minha ausência enquanto eu me dedicava à realização deste trabalho.
Á mim mesma, hoje sou uma pessoa realizada e feliz porque não estive só nesta longa caminhada e por sempre correr atrás dos meus objetivos.
A esta instituição tão imponente eu agradeço pelo ambiente propício à evolução e crescimento, bem como a todas as pessoas que a tornam assim tão especial para quem a conhece.
“É melhor tentar e falhar, que preocupar-se e ver a vida passar. É melhor tentar, ainda que em vão, que sentar-se fazendo nada até o final. Eu prefiro na chuva caminhar que em dias de frio me esconder. Prefiro ser feliz, embora louco, que em conformidade viver”. Martin Luther Kingconquistas grandiosas, mesmo expondo-se ao fracasso, do que alinhar-se com os pobres de espírito, que nem gozam muito nem sofrem muito, porque vivem numa penumbra cinzenta, onde não conhecem nem vitória, nem derrota. ” 
 (Theodore Roosevelt)
 
CIRINO, Rosangela Bandeira de Almeida. A contribuição do serviço social na melhoria dos fatores que envolvem o fenômeno do envelhecimento. 2020. 50. Trabalho de Conclusão de Curso Graduação em Serviço Social – Centro de Ciências Empresariais e Sociais Aplicadas, Universidade Norte do Paraná, Quixeramobim, 2020.
RESUMO
Esta pesquisa, de natureza bibliográfica, tem como objetivo mostrar a realidade em que se encontra o Idoso dentro da nossa Sociedade, de que forma o mesmo é olhado e tratado, tanto pelos seus familiares, mas pela a Sociedade como um todo. Visto que o Serviço social surgiu com a grande intenção de romper as barreiras das desigualdades socais e promover igualdades sociais entre os povos, queremos com esse trabalho mostrar a atuação e intervenção do Assistente Social dentro do contexto onde focamos a realidade de vida dos Idosos e qual a Contribuição do Serviço Social na promoção de forma positiva para que os Idosos tenham de forma geral, qualidade de vida através da assistência social qualificada direcionada a esta população. Esse fenômeno do envelhecimento, com a inclusão de indivíduos considerados idosos em diversas esferas da vida social, provocou verdadeira revolução no curso de vida das pessoas redefinindo relações de gênero, arranjos e responsabilidades familiares e alterando o perfil das políticas públicas e sócias. Esperamos que este estudo possa servir como subsídios a todos os profissionais que trabalham com essa grande parcela da população, os Idosos, na construção de uma nova percepção da realidade vivenciada a cada dia pelos os Idosos e juntos sermos colaboradores para que a situação mude e esses que já chegaram a idade madura possam usufruir o que é deles e os tem garantido por direito.
Palavras-Chave: Assistente Social, Idoso, Fatores, Envelhecimento.
CIRINO, Rosangela Bandeira de Almeida. A contribuição do serviço social na melhoria dos fatores que envolvem o fenômeno do envelhecimento. 2020. 50. Trabalho de Conclusão de Curso Graduação em Serviço Social – Centro de Ciências Empresariais e Sociais Aplicadas, Universidade Norte do Paraná, Quixeramobim, 2020.
ABSTRACT
This research, bibliographic in nature, aims to show the reality of the Elderly in our society, how it is looked at and treated, both by their families, but by society as a whole. Since the social Service came up with the great intention to break through the barriers of social inequalities and promote social equality among peoples, we want with this work show the presence and intervention of a Social worker within the context where we focus the reality of life of the elderly and what Social Service's contribution in promoting a positive so that the elderly have generallyquality of life, through qualified social assistance directed to this population. This phenomenon of ageing, with the inclusion of individuals considered elderly in various spheres of social life, caused real revolution in the course of people's lives by redefining gender relations, arrangements and family responsibilities and altering the profile of public policies and members. We hope that this study can serve as grants to all professionals who work with such a large portion of the population, the elderly, in the construction of a new perception of reality experienced every day by the elderly and together we are employees to which the situation change and those who have already reached the ripe old age can take advantage of what is theirs and has secured by law.
Keywords: Social Worker, Elderly, Factors, Aging
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	9
2 FENÔMENO DO ENVEHECIMENTO	11
2.1. Como vive o idoso na contemporaneidade 	12
2.2 O envelhecimento e seus desafios e perspectivas 	16
2.3 como encarar o envelhecimento	20
3 A QUALIADE DE VIDA DO IDOSO	21
3.1. As políticas sociais voltadas para a população idosa	22
3.2 Fatores que Interferem na Qualidade de Vida da Pessoa Idosa	26
3.3 Relação entre família e o idoso............................................................................29
4 O PAPEL DO ASSISTENTE SOCIAL JUNTO AO IDOSO	32
4.1. Alternativas para a proteção social ao idoso	35
4.2 O Estatuto do Idoso 	38
4.3 A atuação do assistente social 	41
5 CONCLUSÃO	45
REFERÊNCIAS	47
INTRODUÇÃO
	Visto que o Serviço Social desde o seu surgimento, a partir dos anos 1930, quando se iniciou o processo de industrialização e urbanização no país. A emergência da profissão encontra-se relacionada à articulação dos poderes dominantes (burguesia industrial, oligarquias cafeeiras, Igreja Católica e Estado varguista) à época, com o objetivo de controlar as insatisfações populares e frear qualquer possibilidade de avanço do comunismo no país. O ensino de Serviço Social foi reconhecido em 1953 e a profissão foi regulamentada em 1957 com a lei 3252.
 	O profissional de serviço social realiza um trabalho essencialmente socioeducativo e está qualificado para atuar nas diversas áreas ligadas à condução das políticas públicas e privadas, tais como planejamento, organização, execução, avaliação, gestão, pesquisa e assessoria. 
São eles, os profissionais de Serviço Social que lutam pelo o fim das desigualdades sociais e pelo o fim dos sinais visíveis de preconceitos que predominam em nosso meio em todos os ângulos, e hoje de uma maneira forte contra os índices de violência contra a vida dos nossos Idosos e proporcionando à mesma qualidade de vida. Os Assistentes Sociais são os grandes contribuintes na melhoria dos fatores que envolvem o fenômeno do envelhecimento.
 O Tema consiste em focar a realidade que vivem os nossos idosos nos tempos atuais e os desafios por eles enfrentados no dia a dia. Consiste também em trabalhar o lúdico como forma de motivação para que os idosos fortaleçam suas perspectivas de que em todos os ângulos devem eles viverem com qualidade de vida, seja dentro de seus lares com os familiares, no espaço de trabalho, dentre outros; que eles estejam inseridos na Sociedade como um todo.
É preocupante a relação da Sociedade e família com a população Idosa, diante dessa problemática é de fundamental importância que os demais estejam acordados para a realidade e preparados para encara-las de frente; não como um problema a mais, e sim como uma questão que precisa ser estudada, analisada, questionada para que juntos, a Sociedade, a Família e os demais profissionais cheguem ao objetivo esperado que fosse proporcionar aos idosos, qualidade de vida. 
Entretanto, apesar dos progressos em relação à construção social do idoso, o que se percebe em relação a este segmento é que este ainda se apresenta excluído de diversos espaços da sociedade. Neste sentido cabe destacar o espaço mais valorizado que é o relativo ao sistema de produção no mundo do trabalho.
A metodologia utilizada para a construção do trabalho foi uma pesquisa bibliográfica, onde os textos selecionados foram fichados e após o fichamento dos mesmos realizamos embates teóricos sobre as ideias dos autores pesquisados.
O primeiro capítulo aborda a discussão do que consideramos como idoso nesta pesquisa, tornando importante pontuar todas as variáveis externas que acabam por influenciar na concepção da sociedade sobre o fenômeno do envelhecimento. Neste capítulo buscou-se discutir possíveis motivos pelos quais na sociedade brasileira atual existe uma visão estigmatizada do idoso, e bem como isso acaba por contribuir no ferimento dos direitos sociais desta parcela da população, podendo culminar em atos de violência. Neste capítulo também é abordada a discussão do papel do assistente social junto às idosas vítimas de violência, e por que sua atuação é diferenciada, evidenciando assim sua especificidade.
No segundo capítulo, foi aprofundado a questão dos fatores que interfere na qualidade de vida dos idosos e busca enfatizar a importância da relação entre família e o idoso.
Já no terceiro e último capítulo os autores que mais contribuíram para a construção foram Bruno (2009) e Creswell (2010) tratou-se das Políticas Públicas voltadas à defesa e direito dos idosos, buscando apresentar a atuação do Serviço Social perante a esse problema. Ainda neste capitulo, buscou apresentar alterativas para a proteção social ao idoso hospitalizado 
2 FENÔMENO DO ENVELHECIIMENTO 
O envelhecimento da população brasileira é um processo iniciado um pouco antes da década de 1970 (CARVALHO e GARCIA, 2003). O aumento na proporção de idosos na população foi induzido pela queda da taxa de mortalidade infantil, associada à queda da taxa de fecundidade, e o aumento da expectativa de vida da população (BLOOM, 2011). Os índices registrados no Brasil na época demostram que a população já se encontrava em processo de envelhecimento e que, normalmente, esses índices são menores em países em desenvolvimento do que no mundo desenvolvido, contudo, no futuro, este padrão deverá se alterar (CLOSS e SCHWANKE, 2012).
A população brasileira de terceira idade vem aumentando sua longevidade, porque tem buscado a cada dia novas alternativas para melhorar a sua qualidade de vida. Este fato provoca a discussão e necessidade de novas políticas públicas que sejam mais amplas, com leis específicas, que proporcionem a proteção em todo curso de vida, nos espaços públicos onde as pessoas da terceira idade acessem os serviços sem restrições e barreiras que dificultam a movimentação de forma autônoma, independente da classe socioeconômica e não permitindo que a idade seja um motivo de impedimento de qualquer natureza (BRASIL, 2005). 
O envelhecer sempre foi um tema bastante discutido em nossa sociedade, tendo em vista as mudanças físicas, psicológicas e sociais que ocorrem na vida do indivíduo, como: perda de peso, redução da massa corpórea magra, alterações tegumentares e de anexos, dentre outras. Todas constituindo um reflexo de alterações somáticas que de maneira mais rápida ou mais lenta estarão presentes na vida dos idosos (CARVALHO FILHO; PAPALEO NETTO, 2005).
A ONU estabelece 60 anos a idade que demarca o início da velhice nos países considerados em desenvolvimento e 65 anos nos países desenvolvidos, embora existam muitas variações sociais e individuais que interfiram no ritmo do envelhecimento de cada um. Esta demarcação é vista como uma resposta às mudanças evolutivas compartilhadas pela maioria das pessoas dos vários grupos etários, em virtude de determinação biológica, histórica e social. (Neri, 1991).
O assunto em questão ganha importância por tratar-se de fenômeno já ocorrido em outros países com níveis socioeconômicos satisfatórios, sendo impossível reversão, na sociedade brasileira, em tempo suficiente sem que ocorram prejuízos ou impactos ao sistema de seguridade, até então vigente. A despeito das mudanças recentes nas regras da previdência, como resposta do poder público frente ao desequilíbrio das contas do sistema previdenciário, é necessário também o planejamento das políticas de saúde pública para evitar taxas de morbidade elevada, contemplando desde a necessidade crescente de mão-de-obra na área da saúde, até o correto planejamento das necessidades orçamentárias para o custeio da saúde pública. (BRASIL, 2013).
O idoso é a fonte de sabedoria mais próxima de qualquer ser humano, com sua grande experiência de vida profissional, social, emocional, psicológica e comportamental possibilita aos mais jovens oportunidades de compartilhamento de saber com um nível considerável de qualidade de informação. Nos tempos passados a velhice foi lugar privilegiado e honrado. Aos mais velhos cabiam as decisões e muitas vezes até as decisões em relação ao futuro. Sinal de ponderação e sabedoria, a velhice era de fato um posto; e um posto honrado. Mas os tempos são outros, e a sociedade atual criou o mito do homem perfeito, o super-homem, que tem como consequência à supressão de tudo o que é sinal de debilidade. Sociedades perfeitas, que queremos construir a todo o custo, não são compatíveis com doenças ou doentes, nem com pobreza ou pobres. Algumas das diferenças se devem a uma combinação de genética, estilo de vida e influência ambiental. Mas a resposta também pode estar relacionada com outros processos, tais como doenças: cardiopatia, acidente vascular cerebral, hipertensão arterial, diabetes ou demência, as quais podem ser causa de grave deterioração física ou mental. Com o passar dos anos, o corpo do ser humano tem a inevitável tendência a sofrer mudanças resultantes do envelhecimento. Entretanto, o que se observa é a surpresa de muitos frente a músculos e articulações que não conseguem mais realizar ações com as quais estavam acostumados, ou quando a mente não se mostra mais tão ágil perante aos problemas do dia-a-dia. Essas transformações acontecem ao longo de muitos anos, mas alguns interpretam a mudança como ocorrida em curto espaço de tempo (COELHO FILHO; RAMOS, 1999).
2.1 COMO VIVE O IDOSO NA CONTEMPORANEIDADE
 
 As Sociedades modernas veem a velhice em preto e branco, e daí apresentam e propõem aos que pertencem a esta faixa de idade, atividades de toda ordem como lazer, cursos e tudo que possa dar qualidade de vida a estas pessoas, qualidade de vida está determinada não pelo idoso e sim pelos outros. Por seu saber acumulado, o idoso deveria ter lugar de destaque na sociedade, porém numa sociedade centrada no jovem e na força que este representa, o velho se torna aquele que não mais atende aos objetivos do sistema. 
Estamos em pleno Século XXI, e não podemos diante dos grandes avanços mundiais, através dos movimentos e das políticas sociais em prol do bem-estar e da garantia de uma qualidade de vida para que os Idosos vivam com dignidade, não se pode querer que os idosos fossem como antes; como nos tempos dos homens das cavernas. Há uma grande diferença, o idoso de hoje não é como o de ontem; basta compreendermos que os idosos de hoje estão em maior evidencia que os idosos de ontem. O idoso hoje está mais presente e bem mais ativo na busca de viverem com qualidade de vida, tudo isso graças a um bom número de pessoas,
desde Assistentes Sociais, Psicólogos, dentre outros por verem um número crescente de idosos em todo nosso país, despertaram na luta pelos direitos e pela garantia de uma vida de qualidade para os mesmos.
Para a ONU - Organizações das Nações Unidas - (2005), a qualidade de vida é medida pelo nível de instrução e expectativa de vida, o que confere ao Brasil o 69º lugar em relação ao nível de qualidade de vida da população geral comparada com outros países. Já para a Organização Mundial de Saúde - OMS - (2005), a qualidade de vida na terceira idade pode ser definida como a manutenção da saúde em seu maior nível possível, em todos os aspectos de vida humana, físico, social, psíquico e espiritual. A Qualidade de Vida tem sido preocupação constante do ser humano, desde o início de sua existência e, atualmente, constitui um compromisso pessoal a busca contínua de uma vida saudável, desenvolvida à luz de um bem-estar indissociável das condições do modo de viver, como: saúde, moradia, educação, lazer, transporte, liberdade, trabalho, auto estima, entre outras (Santos et al., 2002). 
Diante da citação acima podemos ver que todo ser humano sonha sim em ter uma vida de qualidade, em todos os sentidos: desejam e sonham como uma moradia que os traga conforto, com o emprego que os garanta uma boa renda para que assim consigam viver bem dentro dos padrões da Sociedade; sonham com uma saúde digna, com um bom lazer. Enfim, viverem bem. Esse sonho não fica de fora da vida daqueles que como qualquer outro ser humano sonhador sonha e tem esperança de viver a realidade desse sonho; esses que já ralaram muito na sua mocidade e hoje nessa fase Idosa merecem viverem e viverem bem.
Antes a grande parcela dos nossos idosos preferia ficarem até os últimos dias de vida na zona rural para que assim tivessem tranquilidade, longe do barulho urbano. Hoje, eles pensam e vivem de maneira contraria; eles saem da zona rural para os grandes centros da zona urbana, e isso traz grande diferença entre os idosos de hoje e os de ontem, pois os de ontem tinha sua vida centradas na zona rural; na luta do campo, na pesca, no convívio bem próximo as atividades com a terra: seus exercícios eram de capinagem a colheita. Esses idosos não tiveram uma vida tão longa como os de hoje: a qualidade de vida hoje é outra bem diferente, é claro que existem algumas raras exceções, mas fazendo o contraponto em relação às atividades de hoje, os idosos se desenvolvem muito mais.
Nos tempos atuais existe uma grande valorização dessa população Idosa, a cada dia a situação do mesmo melhora. Desde a sua luta para viverem com qualidade de vida, a idosa busca está inserida na sociedade, através do lazer; desde a dança, o esporte, a saúde. Ele sempre está bem presente, bem diferente do Idoso de antes que ao chegar à velhice já se acomodava e assim se tornavam pessoas impossibilitadas de fazerem qualquer que fosse às atividades, já eram vistos como caducos (sem memória), sem utilidade para o desenvolvimento da Sociedade.
“Qualidade de vida é compromisso em aperfeiçoar a arte de viver e de conviver. Qualidade de vida é também um conceito que deve ser aplicado a todas as idades do ser humano, e não apenas associado ao idoso”. (MOREIRA, 2001: 25).
 
É bem verdade que não se tem idade para se viver bem; nem sexo e cor, o que importa que todos tenham vida com qualidade; sejam crianças, jovens, adultos ou idosos: todos precisam viver com qualidade.
O foco maior é abordar para que diante de tanto preconceito com a população Idosa, a sociedade em um contexto geral acorde para que o Idoso se sinta bem no meio em que vive, pois, a sociedade é constituída de seres de todas as idades e esses são os responsáveis para serem grandes geradores do bem-estar na vida do Idoso, que por muitas das vezes são excluídos e olhados com preconceitos pela a própria Sociedade em que ele está inserido.
É muito importante para o perfil psicológico do idoso participar de um grupo e podendo realizar atividades físicas, também se sentir motivado a vencer e ultrapassar limites. O idoso pode voltar a sentir-se um ser social que ainda tem muito que fazer, muito a participar e muito a oferecer, para si mesmo e para os outros. (NETO, 2002: 41).
Além dos idosos incorporarem tais preconceitos, outra dificuldade é o fato de não conseguirem se desvencilhar dos valores e conceitos do mundo em que viveram, e adaptarem-se aos novos conceitos da sociedade moderna. Segundo Papaléo-Netto & Ponte (2002) citados por Silva (2007), ponderam que as dificuldades no relacionamento com os mais jovens têm duas vias. Se de um lado a geração mais velha sofre rejeição por parte da mais nova, os mais velhos querem trazer para o presente, os valores do passado e também não aceitam o mundo com os valores atuais. Assim, ambos colaboram para a manutenção dessa situação.
Essa citação acima, afirma que ambas as partes; tanto o jovem como o idoso não conseguem compreenderem um ao outro e assim em muitas das vezes não se aceitam e isso gera tanto um ao outras dificuldades de viverem bem os momentos oportunos e presentes criando entre si grandes e constrangedores pra ambos, sinais de preconceitos. E o Idoso acaba por vez não aceitando a maneira moderna do jovem e permanece com os valores do passado e não aceita de maneira alguma os valores atuais.
O idoso deve ser olhado com respeito, amor, dedicação; pois ele é um cidadão e como todo cidadão deve ter seus direitos e deveres respeitados. Ele não deve ser considerado uma pessoa inútil, e sim uma pessoa da terceira idade. Pois a mesma tem habilidades regenerativas limitadas, mudanças físicas e emocionais que expõem a perigo a qualidade de vida dos idosos. Podendo levar a síndrome da fragilidade, conjunto de manifestações físicas e psicológicas de um idoso que poderá desenvolver muitas doenças. Por isso a família, segundo a Constituição Federal de 1988, é a base da sociedade e coloca como dever da família, da sociedade e do estado “amparar as pessoas idosas assegurando a participação dos mesmos na comunidade, defendendo a sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida. Pois cabe aos membros da família entender, compreender o processo de transformação de vida e conhecer suas fragilidades e terem atitudes de colaboradores para que o idoso não se sinta um nada, um excluído da sociedade, e sim junto ao grupo familiar e a sociedade.
O Idoso hoje procura romper com as barreiras e avançar rumo a novos horizontes, onde ele esteja cada vez mais inserido no seio da Sociedade; como todo individuo ele é um ser que pensa, ama e que tem suas qualidades e defeitos: que tem seus erros e acertos, e tudo que ele quer e espera hoje é ser aceito e compreendido pelos seus familiares e pela a sociedade como um todo.
2.2 O ENVELHECIMENTO E SEUS DESAFIOS E PESPECTIVAS 
O aumento acentuado da população idosa é resultado de maiores taxas de crescimento, em face da alta fecundidade que ocorreu no passado e à diminuição da mortalidade atual. Sendo assim, o envelhecimento populacional traz mudanças na estrutura etária, a queda da mortalidade é um processo que inicia no momento do nascimento e altera a vida do indivíduo, as estruturas familiares e a sociedade (CAMARANO, 2002).
 A Lei n.º 10.741, de 1º de outubro de 2003, dispõe sobre o Estatuto de Idoso e dá outras providências, e regula os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. E segundo ela, é obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária (BRASIL, 2003).
Desde a década de 40, as taxas mais altas de crescimento populacional têm sido observadas entre a população idosa. Na década de 50, o crescimento dessa população atingiu valores superiores a 3,3% ao ano e entre 1991 e 2000, atingiu 3,4% ao ano (CAMARANO, 2004). Essas
taxas sugerem que o envelhecimento da população brasileira não é um processo recente, desde os anos 1960, o ritmo de crescimento da população brasileira vem diminuindo. A taxa mais alta de crescimento foi a observada na década de 1950, quando se registrou um crescimento anual de 3,1%.
O aumento acentuado da população idosa é resultado de maiores taxas de crescimento, em face da alta fecundidade que ocorreu no passado e à diminuição da mortalidade atual. Sendo assim, o envelhecimento populacional traz mudanças na estrutura etária, a queda da mortalidade é um processo que inicia no momento do nascimento e altera a vida do indivíduo, as estruturas familiares e a sociedade (CAMARANO, 2002).
 A Lei n.º 10.741, de 1º de outubro de 2003, dispõe sobre o Estatuto de Idoso e dá outras providências, e regula os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. E segundo ela, é obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária (BRASIL, 2003).
A definição da velhice sempre foi estigmatizada, considerada como algo ruim, de diagnósticos tristes e pessimistas, pois seu destino só poderia ser a morte, o fim, a velhice assusta devido ela representa a negação de valores até então cultuados, como a beleza, a austeridade, produtividade, força, poder, valores esses considerados próprios da juventude.
No entanto, se fizermos uma revisão bibliográfica, vamos encontrar figuras e definições proeminentes já em idade avançada que se constituíram em faróis de iluminação e sabedoria para as gerações vindouras. 
No Brasil o envelhecimento da população ocorre em meio a um processo desigual de condições de vida, principalmente para aqueles que vivem em situação de vulnerabilidade social, e dessa forma é cada vez maior o número de idosos que tem seus direitos violados, com desrespeito inclusive à própria manutenção da vida. 
Para Santana e Sena (2002 apud Oliveira e Santos, 2009) o envelhecimento é classificado em três aspectos: biológico, psicológico e social. No primeiro é apresentada a mudança corporal do indivíduo, como rugas, branqueamento do cabelo, diminuição da estatura, modificações sensoriais, entre outros. No segundo enfoque são colocados em pauta: o medo de morrer, de ficar sozinho, de ter de lidar com as perdas biológicas e sociais. No plano do social é abordada a rejeição pelos outros na área de trabalho e, mesmo, nas relações com o outro.
 De acordo com Papaléo Netto (2007), a velhice deve ser aportada da maneira mais vasta possível e percebê-la pela parte fisiológica é desconhecer os problemas ambientais, sociais, culturais e econômicos que em maior ou menor extensão participam do processo de envelhecer. O envelhecimento deve ser visto de forma holística e o idoso como um indivíduo.
Entre os fatores que mais afetam o bem-estar das pessoas idosas, destaca-se a perda da independência ocasionada pelas doenças crônicas ou acidentes; a falta de uma rede social de apoio, amigos e familiares, e as questões econômicas, que interferem na qualidade do atendimento médico e da alimentação e no acesso às atividades de lazer (ROCHA et al. 2010). 
A percepção de satisfação com a vida, em sua maioria, tende a ser vista de forma positiva entre os idosos. Em situações em que se confronta a avaliação objetiva (realizada por exames e/ou por profissionais) com a avaliação realizada pelo próprio idoso (o modo como ele se percebe), potencialmente essas dimensões se complementam e enriquecem a avaliação objetivamente realizada, pois os idosos dispõem de informações únicas que não seriam relatadas por familiares ou, muito menos, observadas com a avaliação padronizada aplicada por profissional treinado no momento da coleta de dados (NERI, 2007 apud SILVA, 2010), (KIKUCHI, 2005 apud. LIMA, et al. 2008).
Para Pereira (2002, p.187), “concretizar direitos sociais significa prestar à população, como dever do Estado, um conjunto de benefícios e serviços que lhe é devido, em resposta às suas necessidades sociais”. Tal garantia não ignora a necessidade de aproximação com a família e sociedade, entendendo que nenhuma das instituições, seja família, sociedade e Estado, estão isentas do processo de proteção, devendo complementarmente, buscar garantir a proteção ao idoso em todas as dimensões, incluindo a prevenção de atos de violência.
Assegurar a participação da população idosa nas instâncias de controle social é um desafio para a sociedade, pois o enfoque da opinião dos idosos é de fundamental importância para a construção, planejamento e monitoramento das políticas públicas (UNFPA, 2012).
Estudos realizados em diferentes culturas apontam que a violência e o abuso praticados contra as pessoas idosas dividem-se em categorias: abandono, violência física; abuso psicológico e emocional; abuso financeiro ou material; violência sexual; negligência e auto-negligência (CARVALHO, 2011). 
Segundo Minayo ( 2006), o abandono é uma forma de violência que resulta na ausência de ajuda ou de socorro por parte da família, do Estado e de instituições contra o idoso que necessita de cuidados e de proteção. 
A violência física se relaciona com a força, podendo ser observada através de hematomas e escoriações que pode acarretar na morte, considerando-se a fragilidade física da vítima, enquanto a violência financeira ocorre mediante o usufruto de dinheiro ou bens pertencentes ao idoso sem o devido consentimento. Os idosos também sofrem com a violência sexual, que implica em qualquer contato sexual não consensual.
A noção de estigma surgiu com o estudo pioneiro de Hoffman (1998), que define o indivíduo estigmatizado como aquele que tem uma característica diferente da que a sociedade prevê. Hoffman procura esclarecer a relação do estigma com a questão do desvio, visto que a sociedade estabelece os meios de categorizar as pessoas, definindo os atributos comuns e naturais para cada uma dessas categorias. Baseando-se nessas preconcepções, estabelecem-se expectativas e exigências que se apresentam de modo rigoroso às pessoas. 
Para esse autor, os estigmatizados são indivíduos com deformações físicas, psíquicas ou de caráter, ou com qualquer outra característica que os tornem, aos olhos dos outros, diferentes, inferiores, e estes, então, lutam diária e constantemente para fortalecer e até construir uma identidade social. Têm uma característica diferente da que estava prevista, enquanto os “normais” são os que não se afastam [negativamente] das expectativas particulares definidas. Como resposta destes aos estigmatizados, encontram-se discriminações, preconceitos, ideologias que pretendem explicar a inferioridade e o perigo que ela representa, bem como a utilização de termos depreciativos para referir o estigma, tais como aleijado, bastardo, retardado, velho etc.
O estigma da idade insere-se em uma lista de estigmas potenciais que reflete padrões e regras abertas às mudanças da história e da cultura, e a ideia de estigma não reside apenas em uma marca individual, pois também é culturalmente determinada na medida em que reflete os valores, padrões e normas do sistema social (Lewis, 1998).
Goldfarb (1998) refere-se a Butler como criador do neologismo ageism e a Salvarezza, como autor do equivalente viejismo, ambos os termos utilizados para referir o tratamento preconceituoso e estigmatizam-te dado aos idosos e à velhice. Thompson e Thompson (1999) apontam para o ageism, assim como para o sexismo e o racismo, como formas de discriminação que têm o efeito de marginalizar e de despotencializar um grupo de pessoas que com atributos específicos, promovendo a ideia de que são menos do que outros em sua sociedade. 
O preconceito de idade reflete-se como uma tendência geral de marginalizar pontos relativos aos velhos e como tendência de associar indevidamente a velhice a algo negativo, pejorativo,
e não como uma fase da vida que tem aspectos positivos e negativos. Há uma percepção discriminatória expressa no meio social.
 Parece ser vergonhoso ser velho em nossa cultura, visto que usamos tantos artifícios para esconder a idade, copiamos modas dos jovens e disfarçamos as marcas e sinais que nos aproximam da condição indesejada. Compreendendo a noção de estigma como um atributo que implica desvalorização, inferioridade e que coloca a pessoa em uma situação de desvantagem em relação às outras, foi que, neste estudo, tivemos como hipótese, entendida aqui como suspeita ou desconfiança (Moreira, 2004), que a vivência do envelhecimento é uma experiência estigmatizada.
2.3 COMO ENCARAR O ENVELHECIMENTO 
	O Envelhecimento populacional é um fenômeno novo na humanidade, hoje, os idosos são a parcela da população que mais cresce e mesmo assim a humanidade ainda não consegue encarar a velhice como normal e sem preconceito.
	Segundo a Dra. Olga Inês Tessari (psicólogo), ela nos fala que: perdas e mudanças fazem parte da vida, a morte vem para todos e chegar a terceira idade é um fator que pode ser encarado tanto de forma positiva como de forma negativa! Ao invés de encarar a realidade como ruim, assustadora ou com sofrimento, pode-se pensar no que fazer para muda-lo ou, na impossibilidade da mudança, de que forma encarar e aceitar essa realidade sem sofrimento, aceitando-as como um desafio, um fator de aprendizagem de convivência, de respeito e de próprias limitações.
	De acordo com a citação acima, percebemos que o primeiro passo para encarar o envelhecimento é aceitar-se e ver o mesmo, não como o fim da estrada ou de carreira, mas como o começo de uma nova vida e uma nova história. É preciso encarar sem medo, pois o medo de envelhecer, tornasse idoso é o mesmo que o adolescente tem de se tornar um adulto e ter que responder pelos seus atos; tornasse idoso pode ser tão bem-aventurado, dentro de suas limitações, como a juventude, adulto jovem e a maturidade.
	A fase do envelhecimento é inevitável que não passemos por ela, faz parte de todo processo de desenvolvimento humano: não tem como ser embrião sem a fecundação, assim como não tem como ser criança sem antes ter sido embrião; tudo na vida é um processo de desenvolvimento, assim como para chegar à fase idosa foi preciso ser embrião, criança, adolescente, jovem, adulto até chegar a terceira idade.
“Aceitar o envelhecimento com naturalidade é o caminho, buscando conviver bem com as limitações e valorizando aquilo que faz parte exclusiva dos idosos: a larga experiência de toda uma vida que jamais poderia ser deixada de lado e que deveria ser muito bem aproveitada pelos jovens e pela sociedade de um modo geral”. (Dra. Olga Tessare- ajudaemocional.tripod.com/id).
	Aceitar-se e encarar com naturalidade, sem medo é a melhor maneira de viver com qualidade de vida a fase da terceira idade; pois o medo causa a inquietação, a frustação, ociosidade, tendo tudo isso acarretado e muito na vida dos nossos idosos a famosa acomodação gerando depressões que o roubam o sentido real de viverem com qualidade de vida essa nova fase.
	É desafiador para o idoso enfrentar a Sociedade que ainda é cheia de preconceitos e que olham para a pessoa do idoso como se fossem coitadinhos, sem utilidade alguma, frágeis ao ponto de os verem como intocáveis e para muitos passam a serem como objetos descartáveis, não somente pela a Sociedade mais pelos próprios familiares; esses muitas vezes se obrigam a cuidarem dos mesmos pelo simples fato de que muitos dos idosos é que sustentam os lares com suas aposentadorias. E quando esses permanecem ao lado da família e são vistos apenas como fonte de renda, passam a serem maltratados dentro de casa e em muitos casos é dado a eles apenas as sobras. 
	Tornasse uma pessoa idosa, não é tornasse doente; envelhecer é uma forma de viver permanente jovem, mesmo que os anos, os fatos, as preocupações, dentre outros abram rugas na face e amor e apego a existência. Ser idoso não é caducar, e sim é ser sempre jovem através da alegria de viver e não ter a vergonha de ser feliz e viver bem, sem constrangimentos, dentro de todos os padrões ofertados pelas políticas públicas e sociais ao idoso. Pois envelhecer é um processo normal, inevitável, irreversível e não uma doença. Não é o fim da estrada é o começo de um novo caminho com novos horizontes na estrada da experiência e da maturidade.
3. QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO 
Relacionando os conceitos trabalhados até aqui à figura do idoso, é possível, segundo Galisteu, perceber que 
[...] a Qualidade de Vida no âmbito da velhice, [...] está intimamente relacionada à manutenção da autonomia nessa fase da vida. No idoso que mantém sua capacidade funcional, sua autonomia pode ser percebida no desempenho das atividades de vida diária, o que não é verificável entre idosos dependentes de outras pessoas” ( GALISTEU et.al, 2006,p.209).
Segundo a escala Flanagan, é possível medir o nível de qualidade de vida em relação à população idosa adotando como critérios de análise o grau de satisfação individual com relação ao “bem-estar físico e material; relacionamentos; atividades sociais, comunitárias e cívicas; desenvolvimento e realização pessoal e recreação” (GALISTEU,2006,p.210).
Embora o termo qualidade de vida seja uma questão complexa e difícil de ser definida, existem autores que explicam o que ela pode significar. A Organização Mundial da Saúde – OMS, afirma que qualidade de vida é a percepção do indivíduo acerca de sua posição na vida, de acordo com o contexto cultural e sistema de valores com os quais convive e em relação a seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações.
Ainda sobre o conceito, Rios (1994) salienta que a Qualidade de Vida se relaciona com o bem-estar através de dimensões como: saúde, nível de educação, situação econômica, relações sociais e familiares, moradia, atividades recreativas, autoestima, crenças religiosas, autonomia, domínio ambiental metas de vida e grau de desenvolvimento pessoal.
A partir de inúmeras leituras sobre a percepção de qualidade de vida, a que mais se aproxima com a definição de qualidade de vida conceituada pelos idosos e com o objetivo deste trabalho foi a de Paschoal (2000, 2002 e 2006) que conceitua qualidade de vida a partir da subjetividade humana. Esta concepção remete ao entendimento de que qualidade de vida é algo muito particular de e para cada ser humano – um conceito subjetivo por natureza, assentado em sua vida cotidiana que se apresenta, dependendo também da época, da condição e percepção sobre a vida que cada um tem de sua vida. Para Berger e Luckmann (1983, p. 35), "como uma realidade interpretada pelos homens e subjetivamente dotada de sentido para eles na medida em que forma um mundo coerente". Correlaciona-se a um estilo de vida saudável, que difere de pessoa para pessoa, na dimensão espaço-tempo.
3.1 AS POLITICAS SOCIAIS VOLTADAS PARA A POPULAÇÃO IDOSA 
Face ao aumento da participação da população idosa, amplia-se a afirmação de seus direitos, ao mesmo tempo em que se consolidam mecanismos para coibir a violação destes (BOSCHETTI, 2009).
Na esfera Internacional podemos citar O Plano de Ação Internacional para o Envelhecimento contém os principais documentos produzidos durante a II Assembleia Mundial sobre o Envelhecimento, realizada em abril de 2002 pela ONU em Madri (a I Assembleia Mundial sobre o envelhecimento ocorreu em Viena no dia 6 de agosto de 1982) (BRASIL, 1993).
O Plano foi adotado para “responder às oportunidades que oferece e aos desafios feitos pelo envelhecimento da população no século XXI e para promover o desenvolvimento de uma sociedade para todas as idades”. (PLANO DE AÇÃO INTERNACIONAL PARA O ENVELHECIMENTO, 2002).
O reconhecimento dos direitos da pessoa idosa é um fato ainda muito recente. Este fato só passou a ser visto como urgente a partir das transformações sociais, da expansão demográfica e da questão da saúde que é afetada com o acréscimo de anos vividos (SANTOS, 2000).
O Capítulo IV no seu artigo 15º trata do Direito à Saúde
do Idoso, que assegura a atenção integral à saúde do idoso, por intermédio do Sistema Único de Saúde – SUS, garantindo-lhe o acesso universal e igualitário, em conjunto articulado e contínuo das ações e serviços, para a prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde, incluindo a atenção especial às doenças que afetam preferencialmente os idosos.
§ 1º A prevenção e a manutenção da saúde do idoso serão efetivadas por meio de:
I – cadastramento da população idosa em base territorial;
II – atendimento geriátrico e gerontológico em ambulatórios;
III – unidades geriátricas de referência
Os direitos devem representar uma compensação pelas perdas e limitações por que passam as pessoas ao envelhecer, em particular nos aspectos físicos e psicológicos. Este fato ainda pode ser considerado ao mesmo tempo sociocultural e econômico, em momento em que ponderável grupo se torna menos produtivo e reclama atenções e cuidados que a família, sozinha, nem sempre tem capacidade e/ou condições de proporcionar (FERNANDES, 1997). 
Segundo MEIRELLES (2001), situações de abuso e maus-tratos contra a pessoa idosa podem ser observadas com frequência cada vez maior em diversas culturas, obtendo maior destaque a partir da década de 80, tendo em vista a elevação do envelhecimento da população mundial. A violência contra idosos no Brasil é uma realidade alarmante. Embora exista uma vasta legislação, as leis de proteção ao idoso não são cumpridas, expondo homens e mulheres idosos à diversas situações de maus-tratos. As políticas públicas desempenham um papel de extrema relevância na abordagem de maus tratos contra o idoso.
 De acordo com Malagutti (2000), o artigo 10 e inciso IV estabelece como papel da Justiça no cuidado ao idoso: a promoção e defesa dos direitos da pessoa idosa, o zelo pela aplicação das normas relacionadas ao idoso, determinação de ações para coibir abusos e lesões a seus direitos. Vale ressaltar que as políticas públicas efetivadas pelo governo não têm se mostrado suficientes para assegurar os direitos da pessoa idosa e sua proteção mediante a lei, configurando-se apenas como ações paliativas.
Foi buscando a efetividade dos princípios constitucionais, e a necessidade de uma legislação específica para o idoso que se implementou no Brasil a Lei n. 8842, de 04 de janeiro de 1994, que dispõe sobre a Política Nacional do Idoso. 
De acordo com Kaiser (2003, p. 37):
Essa lei foi reivindicada pela sociedade, sendo resultado de inúmeras discussões e consultas ocorridas nos estados, nas quais participaram idosos ativos, aposentados, professores universitários, profissionais da área de gerontologia e geriatria e várias entidades desse segmento, que elaboraram um documento que se transformou no texto base.
A Política Nacional do Idoso surge com o objetivo de consolidar os direitos sociais do idoso, sua promoção, autonomia, integração e participação na sociedade.
 Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o envelhecimento populacional é uma conquista e um triunfo da humanidade no século XX, ocasionado pelo sucesso das políticas de saúde públicas e sociais. Portanto, ele não pode ser considerado como problema. Entretanto, para as nações desenvolvidas ou em desenvolvimento o envelhecimento populacional poderá se tornar um problema, caso não sejam elaborados e executados políticas e programas que promovam o envelhecimento digno e sustentável e que contemplem os direitos, as necessidades, as preferências e a capacidade das pessoas com idade igual ou superior a 60 anos. O envelhecimento ativo, que adicione qualidade de vida, fortalece as políticas e programas de promoção de uma sociedade inclusiva e coesa para todas as faixas etárias. Assim, o reconhecimento do direito à vida, à dignidade e à longevidade deve ser objeto da agenda oficial dos governos.
O envelhecimento da população influencia o consumo, a transferência de capital e propriedades, impostos, pensões, o mercado de trabalho, a saúde e assistência médica, a composição e organização da família. É um processo constatado, natural, previsível e estrutural e não uma doença. Portanto, não deve ser tratado apenas com soluções médicas, mas também por intervenções sociais, econômicas e ambientais (PORTO, 2002). 
A política pública de atenção ao idoso se relaciona com o desenvolvimento socioeconômico e cultural, bem como a ação reivindicatória dos movimentos sociais. Um marco importante de acordo com Porto (2002) dessa trajetória foi a Constituição Federal de 1988, que introduziu em suas disposições o conceito de Seguridade Social, fazendo com que a rede de proteção social alterasse o seu enfoque estritamente assistencialista, passando a ter uma conotação ampliada de cidadania.
A Política foi pautada em dois eixos básicos: o da proteção e o da inclusão. O primeiro inclui questões de saúde, moradia, transporte e renda mínima. O segundo trata da inserção ou reinserção social dos idosos por meio da participação em atividades educativas, socioculturais, organizativas, saúde preventiva, desportivas, ação comunitária, trabalho e renda. (BRUNOO, 2003)
Em seus artigos (artigos 1º, 2º e 3º) encontramos os dispositivos garantidores de direitos, os princípios e a diretrizes da política com vistas a assegurar uma vida digna à esta população.
A Lei também cria o Conselho Nacional dos Direitos do Idoso que, constituído por meio do Decreto nº. 5.109, de 17 de junho de 2004, tem por finalidade elaborar as diretrizes para a formulação e implementação da política nacional do idoso, em consonância com a Lei nº. 10.741, de 1º de outubro de 2003. 
Órgão superior de natureza e deliberação colegiada, permanente, paritário e deliberativo, integrante da estrutura básica da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República.
Os Conselhos do Idoso no Brasil são instrumentos de controle dos atos e decisões do Estado bem como das ações da sociedade no que diz respeito às pessoas Idosas. (PEREIRA, 2007)
Para se entender os Conselhos do Idoso na sua abrangência e complexidade é preciso conhecer os fatores que lhes deram origem, desenvolvimento e sustentação político-constitucional. 
Ainda de acordo com Pereira (2007, p. 10):
Os Conselhos do Idoso no Brasil, previstos em lei específica (Lei Federal nº 10.741, de 01 de outubro de 2003, conhecida como Estatuto do Idoso) para exercer a supervisão, o acompanhamento, a fiscalização e a avaliação da Política Nacional do Idoso, no âmbito da União, Estados, Municípios e Distrito Federal, constituem uma nova categoria de órgão colegiado deliberativo, de caráter público e representação paritária, de grande aceitação nacional.
O Ministério da Saúde atua como órgão normativo, já que considera que a operacionalização e a execução das ações voltadas para a atenção à saúde do idoso cabem as secretarias estaduais e municipais de saúde (FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO, 1993). 
Deste modo, na perspectiva do Sistema Único de Saúde (SUS), em dezembro de 1999, o Ministro da Saúde, considerando a necessidade do setor saúde, dispor de uma política devidamente expressa relacionada à saúde do idoso, aprovou a Política Nacional de Saúde do Idoso e determinou que os órgãos e entidades do Ministério da Saúde, cujas ações se relacionem com o tema objeto da Política aprovada, promovam a elaboração ou a readequação de seus planos, programas, projetos e atividades na conformidade das diretrizes e responsabilidades nela estabelecidas (BRASIL 1999).
Nesse sentido, a Política Nacional de Saúde do Idoso apresenta como propósito basilar a promoção do envelhecimento saudável, a manutenção e a melhoria, ao máximo, da capacidade funcional dos idosos, a prevenção de doenças, a recuperação da saúde dos que adoecem e a reabilitação daqueles que venham a ter a sua capacidade funcional restringida, de modo a garantir-lhes permanência no meio em que vivem exercendo de forma independente suas funções na sociedade (BRASIL, 1999).
 Para a execução das diretrizes desta Política, no que se refere às da assistência e reabilitação da saúde do idoso, o Sistema Único de Saúde conta com
as Equipes de Saúde da Família para a Assistência Básica de Saúde, Hospitais Gerais e Centros de Referência à Saúde do Idoso (SILVESTRE; COSTA-NETO, 2003).
3.2 FATORES QUE INTERFERE NA QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO
Com o aumento nas expectativas de vida e da população de idosos, os avanços médicos e tecnológicos vêm propiciando um aumento considerável tanto em relação à expectativa de vida dessa população, quanto na queda da taxa de natalidade (Freitas, 2004).
O Censo Demográfico de 2000, realizado no Brasil, trouxe dados bem importantes para conhecer e aprimorar a realidade da população idosa do País. Como resultado desse censo, foi demonstrado um número percentual de 8,6% (14.536.029) de brasileiros já com idades igual ou maiores que 60(sessenta) anos, o que a destaca em termos de envelhecimento populacional.
Segundo dados fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Censo de 2000 conseguiram verificar um aumento maior contingente na população de mulheres idosas, quando comparadas com a de homens de mesma faixa etária. Observamos nesses dados levantados um número de 8.002.245 mulheres para 6.533,784 homens. Esta relação entre os gêneros e o envelhecimento, baseia-se também nas mudanças que ocorreram nos ambientes sociais, que veem ocorrendo ao longo dos anos e nos diversos acontecimentos que podemos interligar ao ciclo de vida. Percebemos desta forma, uma maior longevidade no gênero feminina, que implica algumas transformações nas várias esferas da vida física, social e econômica, pois o significado social da faixa etária está inteiramente vinculado aos gêneros.
De acordo com Rowe e Khan (1998), podemos dividir em três as possibilidades que encontramos para o envelhecimento:
“uma velhice bem sucedida é caracterizada por ausência de doença física e mental, de incapacidade funcional e de fatores de risco, tais como hipertensão, diabetes e deficiência física; por manutenção do funcionamento físico e mental e por engajamento ativo com a vida. O patológico – se observa muitas alterações ocasionadas por doenças que têm a probabilidade de ocorrência aumentada devido ao aumento da idade (como a demência senil).”
	
Segundo Featherman, Smith e Peterson (1991),
“suas dimensões mais representativas são: a) a emocional, envolvendo, por exemplo, a presença de estratégias e habilidades para lidar com eventos estressantes; b) a cognitiva, expressa na capacidade para resolução de problemas; e c) a comportamental, em termos de desempenho e competência social.”
	
O homem, sendo considerado diferentemente dos inúmeros seres vivos, é o único que consegui modificar a sua própria expectativa de vida, a partir do controle total ou parcial do ambiente no qual o mesmo está inserido. Sempre buscando gradativas as diversas mudanças sempre relacionadas às melhorias na qualidade de sua vida (Ramos, 2002).
Sabemos que necessário é um ambiente oferecendo maiores condições favoráveis auxiliando neste processo de adaptação, cientes mesmo das muitas limitações proporcionadas com o avanço significativo da idade. São levadas também em consideração algumas questões comportamentais relacionadas ao desempenho dos idosos diante as diversas reações e situações, característica estas logo influenciadas por seu próprio desenvolvimento individual. Tomando como base todos esses aspectos, cabe à própria população de idosos avaliarem sua própria qualidade de vida, levando em consideração seus valores e expectativas sempre em nível pessoal como social.
Definir qualidade de vida para a Organização Mundial de Saúde - OMS (2005) é:
“a percepção que o indivíduo tem de sua posição na vida dentro do contexto de sua cultura e do sistema de valores de onde vive, e em relação a seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. É um conceito muito amplo que incorpora de uma maneira complexa a saúde física de uma pessoa, seu estado psicológico, seu nível de dependência, suas relações sociais, suas crenças e sua relação com características proeminentes no ambiente” (OMS, 1994).
	
Outros fatores também são levados em consideração como sendo favoráveis como aceitar as diversas mudanças que podem vir a ocorrer no decorre de seus dias, a prevenção de doenças que por ventura irão enfrentando, estabelecer um maior número de relações sociais e familiares positivas no seu dia a dia e bem mais consistentes, se mantendo sempre com um bom senso de humor em alta, terem autonomia e um verdadeiro suporte social que venha a contribuir de maneira real na promoção do bem-estar de modo geral da população de idosos e, por conseguinte, influenciam bem como diretamente numa maior e melhor qualidade de vida desta população que vem crescendo cada vez mais no Brasil e no Mundo.
É na religião, outro fator de uma influencia muito positiva na qualidade de vida de idosos. Foi percebida junto aos grupos de cunho religioso uma atmosfera de muita fé, solidariedade e amor fraterno, facilitando assim as ocorrências e as manutenções de diversos relacionamentos interpessoais, sendo minimizadas as sensações de solidão e vazio que muitos sentem com certa frequência. Com estes contextos, percebemos que a prática religiosa consegue regular e proporciona aos idosos um grande suporte social. 
Afirmam Goldstein e Sommerhalder (2002), ser a religiosidade um dos fatores imprescindível de serem utilizados como fonte de pesquisas em amostra de populações de terceira idade, justificando este fato devido aos seus valores terapêutico e informativo. Com o envelhecimento acarretaremos perdas, muitas vezes irreparáveis, e os idosos precisam antes de tudo encontrar outras formas de enfrentamento dessas inúmeras situações. Aparece neste contexto, à fé, como mais uma forma de conviver com os muitos momentos duros e com a sombra do inesperado, pois a morte aparece no seu cenário diário cada vez mais próximo à medida que os anos passam e se envelhece.
Na psicologia, o fator religião está sendo vista como um enorme recurso no enfrentamento, por que pode oferecer muitas respostas às diversas exigências decorrentes da velhice, pois facilita e muito na aceitação das perdas decorrentes ao processo do envelhecer, como oferecendo subsídios psicológicos no enfrentamento destas situações que sabemos serem demais estressantes, sem que com isso desequilibre os idosos, ou seja, podendo sempre oferecer os diversos recursos para a aceitação e compreensão dos obstáculos da vida na terceira idade. Na religião os idosos podem vir a fornecer um maior sentido, um grande significado à vida, que transpassa os sofrimentos, a percepção da mortalidade e as perdas.
3.3 RELAÇÃO ENTRE FAMÍLIA E O IDOSO 
Observa-se que ao longo da história, que o cuidado do idoso é exercido por mulheres na grande maioria dos países. No Brasil as responsáveis também são, e principalmente, as filhas, as esposas e as netas. Fato este que poderá ser respondido devido à tradição na história de nosso passado recente, pois as mulheres neste passado não desempenhavam outras funções fora de casa, sendo justificada assim sua maior parcela de disponibilidade para os muitos cuidados com a família. Porém, vem sendo modificado este cenário social da mulher, pois elas estão bem mais inseridas e atuantes no mercado de trabalho. Há estudos em nosso meio social que apontam os responsáveis sendo residentes destes idosos, sendo os mesmos casados e, por este motivo, somam às suas obrigações com os cuidados, filhas ou netas, esposas ou avós, gerando um acúmulo de atividades em casa, muitas vezes com uma sobrecarga nos diversos domínios de suas vidas.
Outro dos vários aspectos que afetam no cotidiano de zelo pelos idosos na maioria das famílias, é a grande dificuldade na área financeira, dificuldade está observada principalmente nas camadas mais pobres da população brasileira e Mundial. Muitas vezes os familiares responsáveis se encontram desempregados e sobrevivendo dos poucos recursos que sempre é proveniente da aposentadoria do próprio idoso que, sempre são insuficientes, como sabemos para suprir as diversas necessidades básicas do idoso e
da família.
São frequentes as inúmeras necessidades de ajuda que dispensamos aos cuidados pessoais indiretos, diretos e íntimos aos nossos idosos, desta forma as famílias demonstram não se aborrecerem no processo de cuidados e conseguem desenvolver estes certos cuidados, deixando parecer que estes são tomados por uma verdadeira vocação, nesta tarefa voltada ao cuidado com os idosos. Na lista de cuidados podemos descrever: o banhar, o levar periodicamente ao sanitário, em deslocamentos apanhar uma condução, levar a consultas de reabilitação ou médica. Estas simples tarefas merecem um exame bem mais detido junto à complexa dinâmica familiar nos aspectos de todo processo dos cuidados entre seus membros em meio a esta situação generalizada mesmo diante os precários recursos de atendimento nos serviços de saúde em geral.
De acordo com Hazzard (1994),
“É significativo o efeito da idade avançada somada a certas condições causadoras de dependência muito frequentes entre idosos, a saber, demência, fraturas de quadril, acidentes vasculares cerebrais, doenças reumatológicas e deficiências visuais. Essas situações reduzem a capacidade do indivíduo de superar os desafios ambientais”.
Atualmente já é reconhecida a grande importância nos cuidados de longo prazo nas comunidades perante toda a população idosa. Nos países industrializados os reconhecimentos dessa importância e dessa integração destes cuidados comunitários junto ao sistema de saúde já estão acontecendo. Países estes também veem demonstrando que é na amplitude da atenção à saúde para uma enorme inserção e valorização nos cuidados na população é sempre paralela às pesquisas, estudos e preocupações com custo-eficácia.
Esta dependência entre as famílias e idosos, precisa ser reconhecida como uma grande e importante questão de saúde pública. Os impactos que atingem as famílias na sociedade não podem ser subestimados. No Brasil, a Política Nacional de Saúde do Idoso (Brasil, 1999), vem reconhecendo esta importância da parceria entre as famílias dos idosos e os profissionais de saúde, mostrando que com essas parcerias deverá possibilitar ainda mais uma sistematização das atividades a serem realizados no próprio domicílio do idoso, melhorando à manutenção da capacidade funcional do idoso, aquelas relacionadas à promoção da saúde, à prevenção de incapacidades e os que são dependentes da família, prevenindo assim, inúmeros incidentes como: a colocação do idoso em asilos, hospitalizações, e muitas outras formas de isolamentos.
A pessoa idosa, no seio da família, mantém-se como um importante recurso. Quando considerado, o idoso é, não só uma referência em nível de conhecimentos e aconselhamento, uma pessoa que já viveu mais e tem uma experiência de vida que deve ser valorizada, como também uma mais-valia na participação nos cuidados e contato com as gerações mais novas. Ser um avô participante, no seio da família, representa uma fonte de gratificação para o idoso e um importante laço estruturante na educação dos mais novos. 
A família tem que ser esse grande apoio na vida do Idoso, pois os mesmos precisam de cuidados especiais, principalmente quando esses caem em meio a doenças; e não só isso, mais cuidar em todos os sentidos. Pois o Idoso se sente seguro perto dos seus, não nos asilos ou nas mãos de terceiros, mais tudo que aqueles olhos cansados com o rosto enrugado desejam é estarem bem perto daqueles que são chamados por eles de familiares (filhos), e esses são os primeiros que se cansam de cuidarem e preferem os abandona-los em casas de repousos ou deixando-os a mercê da Sociedade que os marginalizam e os excluí.
É preciso amar os nossos Idosos como a nós mesmos, pois um dia seremos um deles se tivermos a graça de chegarmos a melhor idade. Abandonar nossos pais na velhice, quando eles mais precisam de nós, do aconchego do lar, pode ser para nós a plantação do nosso futuro; pois um dia os nossos filhos poderão nos fazer colher o que fizemos com os nossos pais.
Família é a Base, onde tudo começa: é nela e através dela que somos fecundados, somos crianças, nos tornamos adolescentes e jovens; adultos até chegarmos à fase da terceira Idade, a qual não é o fim, mais o começo de uma nova vida, de uma nova história; história de várias experiências vividas e que devem se tornar para nós sinais de maturidade.
Não podemos deixar de ressaltar que com a grande parceria e com a inserção do Serviço Social, através do desempenho e dedicação dos Assistentes Sociais em meio a Sociedade, e hoje falando no foco da qualidade de vida do Idoso; esses profissionais tem dado o melhor deles para que as leis de amparo a pessoa idosa em todos os requisitos sejam executadas de fato. Esses profissionais juntos a outros a cada dia vem desempenhando o lindo papel de acompanhar com o olhar amplo e ver o que é preciso ser feito, não só ver, dentro de suas próprias casas.
4. O PPAPEL DO ASSISTENTE SOCIAL JUNTO AO IDOSO
A Saúde do Idoso sempre foi assunto que preocupou principalmente os profissionais da área no que diz respeito ao que fazer e como atuar com o idoso, sem recorrer às ações limitadas, porém existentes, como é o caso do Programa de Hipertensos e Diabéticos inserido na Estratégia Saúde da Família. Em geral, preocupava-se bastante com as patologias e morbidades que acometiam o idoso e não com o seu bem-estar, sua qualidade de vida e seu convívio com a sociedade.
Com o advento da Portaria 2.528 de 19 de outubro de 2006, que aprova a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, novas estratégias foram repensadas e os programas existentes foram reorganizados para atender a população idosa. É nesse contexto que a mencionada Portaria refere:
“(...) Concomitante à regulamentação do SUS, o Brasil organiza-se para responder às Crescentes demandas de sua população que envelhece. A Política Nacional do Idoso, promulgada em 1994 e regulamentada em 1996, assegura direitos sociais à pessoa idosa, criando condições para promover sua autonomia, integração e participação efetiva na sociedade e reafirmando o direito à saúde nos diversos níveis de atendimento do SUS (Lei nº 8.842/94 e Decreto nº 1.948/96). Em 1999, a Portaria Ministerial nº1. 395 anuncia a Política Nacional de Saúde do Idoso, a qual determina que os órgãos e entidades do Ministério da Saúde relacionados ao tema promovam a elaboração ou a readequação de planos, projetos e atividades na conformidade das diretrizes e responsabilidades nela estabelecidas (Brasil, 1999). Essa política assume que o principal problema que pode afetar o idoso é a perda de sua capacidade funcional, isto é, a perda das habilidades físicas e mentais necessárias para realização de atividades básicas e instrumentais da vida diária.”
De acordo com BRASIL, 2006; a finalidade primordial da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa é recuperar, manter e promover a autonomia e a independência dos indivíduos idosos, direcionando medidas coletivas e individuais de saúde para esse fim, em consonância com os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde. É alvo dessa política todo cidadão e cidadã brasileiros com 60 anos ou mais de idade.
A Saúde do Idoso sempre foi assunto que preocupou principalmente os profissionais da área no que diz respeito ao que fazer e como atuar com o idoso, sem recorrer às ações limitadas, porém existentes, como é o caso do Programa de Hipertensos e Diabéticos inserido na Estratégia Saúde da Família. Em geral, preocupava-se bastante com as patologias e morbidades que acometiam o idoso e não com o seu bem-estar, sua qualidade de vida e seu convívio com a sociedade.
Com o advento da Portaria 2.528 de 19 de outubro de 2006, que aprova a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, novas estratégias foram repensadas e os programas existentes foram reorganizados para atender a população idosa. É nesse contexto que a mencionada Portaria refere:
“(...) Concomitante à regulamentação do SUS, o Brasil organiza-se para responder às Crescentes demandas de sua população que envelhece. A Política Nacional do Idoso, promulgada em 1994 e regulamentada
em 1996, assegura direitos sociais à pessoa idosa, criando condições para promover sua autonomia, integração e participação efetiva na sociedade e reafirmando o direito à saúde nos diversos níveis de atendimento do SUS (Lei nº 8.842/94 e Decreto nº 1.948/96). Em 1999, a Portaria Ministerial nº1. 395 anuncia a Política Nacional de Saúde do Idoso, a qual determina que os órgãos e entidades do Ministério da Saúde relacionados ao tema promovam a elaboração ou a readequação de planos, projetos e atividades na conformidade das diretrizes e responsabilidades nela estabelecidas (Brasil, 1999). Essa política assume que o principal problema que pode afetar o idoso é a perda de sua capacidade funcional, isto é, a perda das habilidades físicas e mentais necessárias para realização de atividades básicas e instrumentais da vida diária.”
De acordo com BRASIL, 2006; a finalidade primordial da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa é recuperar, manter e promover a autonomia e a independência dos indivíduos idosos, direcionando medidas coletivas e individuais de saúde para esse fim, em consonância com os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde. É alvo dessa política todo cidadão e cidadã brasileiros com 60 anos ou mais de idade.
Brasil, 2006 ainda afirma que a atenção integral e integrada à saúde da pessoa idosa deverá ser estruturada nos moldes de uma linha de cuidados, com foco no usuário, baseado nos seus direitos, necessidades, preferências e habilidades; estabelecimento de fluxos bidirecionais funcionantes, aumentando e facilitando o acesso a todos os níveis de atenção; providos de condições essenciais - infraestrutura física adequada, insumos e pessoal qualificado para a boa qualidade técnica.
Brasil, 2006 ainda afirma que a atenção integral e integrada à saúde da pessoa idosa deverá ser estruturada nos moldes de uma linha de cuidados, com foco no usuário, baseado nos seus direitos, necessidades, preferências e habilidades; estabelecimento de fluxos bidirecionais funcionantes, aumentando e facilitando o acesso a todos os níveis de atenção; providos de condições essenciais - infraestrutura física adequada, insumos e pessoal qualificado para a boa qualidade técnica.
Nesse contexto o Programa Saúde da Família pode atuar de maneira direcionada à qualidade de vida do idoso, preocupando-se não apenas com as doenças que o acomete, mas principalmente com a prevenção e promoção de saúde. 
“(...) Uma abordagem preventiva e uma intervenção precoce são sempre preferíveis às intervenções curativas tardias. Para tanto, é necessária a vigilância de todos os membros da equipe de saúde, a aplicação de instrumentos de avaliação e de testes de triagem, para detecção de distúrbios cognitivos, visuais, de mobilidade, de audição, de depressão e do comprometimento precoce da funcionalidade, dentre outros. O modelo de atenção à saúde baseado na assistência médica individual não se mostra eficaz na prevenção, educação e intervenção, em questões sociais, ficando muitas vezes restritas às complicações advindas de afecções crônicas.” (BRASIL, 2004).
Alguns profissionais da Saúde trabalham os chamados Grupos de convivência com os Idosos que são desenvolvidos através de atividades e rodas de conversas com as pessoas da “melhor idade”. São realizadas oficinas, atividades esportivas, culturais e de reflexão que estimulam a participação e a integração social. Os grupos facilitam o acesso do idoso a bens e serviços, a circulação em fóruns de decisão na cidade e a valorização do idoso na família e na sociedade. 
Em alguns municípios - a citar Belo Horizonte - existem os Centros de Convivência do Idoso onde são realizadas oficinas culturais (canto, expressão corporal, artes plásticas e teatro), esportivas e recreativas, assembleias e grupos de alfabetização. Tem o objetivo de trabalhar a inserção social dos idosos, fortalecer as relações familiares e prevenir o asilamento, garantindo assim a valorização dos mesmos na sociedade. Estes centros oferecem atendimento das 8hs às 18hs, com três refeições e dois lanches diários e transporte aos idosos semi-independentes.
As Equipes dos Núcleos de Apoio a Saúde da Família (NASF’s), também desenvolvem importantes trabalhos relacionados ao cuidado e qualidade de vida do idoso. Podem ser citados os Grupos de Apoio aos Cuidadores Familiares de Idosos Frágeis, que trabalham as atribuições dos que cuidam frente aos idosos, as dimensões do cuidado e os limites do seu trabalho no cotidiano, que acarretam uma sobrecarga na vida emocional dos mesmos. Vale a ressalva que estes grupos também se preocupam com a preservação do autocuidado dos idosos, em que o cuidar especializado aponta para os riscos de desdobramento patológicos que o excesso de cuidado pode causar. 
4.1 ALTERNATIVAS PARA A PROTEÇÃO SOCIAL AO IDOSO 
A sociedade brasileira tem alcançado algumas conquistas no que se refere às políticas sociais de inclusão do idoso, desde as primeiras lutas operárias, quando os trabalhadores conquistaram o direito à aposentadoria. Com a promulgação da Constituição de 1988 (BRASIL, 2007c) e da Lei Orgânica de Assistência Social (BRASIL, 2007d), a implementação da Política Nacional do Idoso, em 1994 (BRASIL, 2007a), e, por último, o Estatuto do Idoso, em 2003 (BRASIL 2007b), consolidou-se a perspectiva de inclusão social deste segmento com a proteção social (BERZINS, 2003).
Existem hoje suficientes dispositivos legais e normativos para o enfrentamento da violência contra o idoso, assim destacam-se vários mecanismos que trouxemos ao longo deste trabalho: Constituição Federal; Estatuto do Idoso; Políticas Nacional, os Conselhos; o Plano de Enfrentamento da violência contra o Idoso; Seminários e Conferências, entre outros citados. 
De acordo com Pereira (2007) o simples fato de os conselhos serem considerados espaços públicos, com funções de deliberação, acompanhamento e controle de políticas voltadas para interesses igualmente públicos, define a sua identificação com os direitos de cidadania social. Ser espaço público significa ser um lócus de todos os interesses, de participação crítica na gestão de assuntos comuns e de deliberação independente de intromissões particulares. Significa ser um espaço que se opõe à esfera estatal, regida pela dominação do poder, e a esfera privada, defensora de interesses particulares.
O Brasil deu passos importantíssimos para que uma nova compreensão e novas práticas venham a se estabelecer nas famílias, nas instituições e na sociedade em geral. A atual legislação garante: o envelhecimento é um direito personalíssimo. Como pessoa humana e sujeito de direitos, aos idosos são assegurados o respeito, liberdade e dignidade.
A Campanha de Enfrentamento à Violência Contra a Pessoa Idosa pretende combater a violência contra essa população com o propósito de prevenir, cuidar e acolher as vítimas de qualquer forma de violência. Para tanto foram elaborados instrumentos de apoio para a sensibilização, informação e prevenção da violência contra a pessoa idosa, em consonância com as diretrizes do Programa Brasileiro para o Envelhecimento Ativo e Cooperação Intergeracional e diretrizes internacionais. A Campanha abrange a prevenção, a sensibilização profissional e da opinião pública, ações informativas, ações de cooperação interinstitucionais e oferta de redes de promoção e direitos humanos das pessoas idosas (SANTOS, 2000). 
Com o objetivo de promover o reconhecimento do papel que os idosos desempenham no desenvolvimento político, social, econômico e cultural de suas comunidades, as ações de conscientização e prevenção abrangem a sensibilização profissional e da opinião pública, visando sancionar e erradicar todas as formas de violência contra a pessoa idosa com ênfase na discriminação baseada no gênero, incluindo a violência sexual. Conscientização e prevenção são estratégias de intervenção social, que buscam objetivos diferentes, mas de forma complementar (DEBERT, 2000). 
A conscientização tem como objetivo sensibilizar a população, torná-la ciente do problema por meio de informações
que revelem as situações de violência contra a pessoa idosa e promovam a compreensão de suas causas. Desta forma criam-se as condições de possibilidade para que os indivíduos possam se posicionar de maneira crítica frente a essa realidade de violência e modifica-la. Sensibilização entretanto, não é apenas informar. A informação é essencial, mas insuficiente. Entre as ferramentas de sensibilização se destaca a publicidade social (folhetos informativos, cartazes, cartilhas, etc) e a realização de seminários, encontros e fóruns de discussão (FERNANDES, 1997). 
Braga (2001) coloca que a cidadania é uma questão de preservação da identidade, independente da idade que esta pessoa tenha. A autora ainda afirma que não se trata de paternalismo ou protecionismo, ao contrário, trata-se de manutenção de direitos, direitos estes que não devem ser expropriados de ninguém, apenas com base num critério etário, pois como se sabe velhice não é sinônimo de incapacidade civil.
 No entanto, apesar dessa afirmativa, a velhice no Brasil representa uma ideia de improdutividade, de perda de papéis sociais, de dependência, doença e abandono, fazendo com que os idosos sejam considerados cidadãos de segundo categoria, ou mais ainda que a questão dos direitos seja uma questão menor e sem importância diante do peso de cuidar dessas pessoas. 
Por conseguinte, como em vários países do mundo, no Brasil os idosos não exercem sua cidadania - ao contrário - na etapa da velhice existe um processo de expropriação da autonomia, onde são vistos como incapazes de se relacionar com as pessoas de modo igualitário e de serem responsáveis pelas próprias ações. 
Veras (1999) considera que o idoso é comumente associado à doença e que essa impressão não é correta, pelo fato de mais de 80% deles estarem com sua autonomia e independência preservadas, mas é desta forma que a velhice é vista pela sociedade. 
Talvez, pela ênfase demasiada na doença, os aspectos sociais, que constituem um campo extremamente importante no estudo da terceira idade, sejam negligenciados e relegados a um plano secundário e também a questão da cidadania. De uma maneira geral, na etapa da velhice, é comum observarmos que as pessoas que cercam o idoso, frequentemente têm atitudes que contribuem para que ele vá perdendo a autonomia. 
A família, sob o pretexto de cuidar do bem-estar do seu idoso, de protegê-lo e poupá-lo, costuma alija-o das decisões, tirando a sua liberdade de escolha e chegando a decidir o que ele deve comer vestir, falar, ir e vir e até mesmo como se comportar. 
A conscientização tem como objetivo sensibilizar a população, torná-la ciente do problema por meio de informações que revelem as situações de violência contra a pessoa idosa e promovam a compreensão de suas causas. Desta forma criam-se as condições de possibilidade para que os indivíduos possam se posicionar de maneira crítica frente a essa realidade de violência e modifica-la. Sensibilização entretanto, não é apenas informar. A informação é essencial, mas insuficiente. Entre as ferramentas de sensibilização se destaca a publicidade social (folhetos informativos, cartazes, cartilhas, etc) e a realização de seminários, encontros e fóruns de discussão (FERNANDES, 1997). 
As propostas de ações de conscientização se dão por meio de divulgações e promoções de campanha educativas, utilizando meios como televisão, rádio, outdoor, imagens ilustrativas, tudo com uma linguagem acessível, inclusive com extensão para LIBRAS. Não podemos deixar de relatar ainda que com essa Campanha de Enfrentamento à Violência Contra a Pessoa Idosa foi instalado ainda uma linha telefônica o Disque 100, onde qualquer cidadão pode denunciar qualquer tipo de violência sofrida por pessoas idosas, garantindo o sigilo da denuncia (YAZBEC, 2009).
4.2 O ESTATUTO DO IDOSO
Após sete anos tramitando no Congresso, o Estatuto do Idoso foi aprovado em setembro de 2003 e sancionado pelo presidente da República no mês seguinte, ampliando os direitos dos cidadãos com idade igual e/ou acima de 60 anos. Mais abrangente que a Política Nacional do Idoso, lei de 1994 que dava garantias à terceira idade, o estatuto institui penas severas para quem desrespeitar ou abandonar cidadãos da terceira idade.
De acordo com o Art 2º do Estatuto do idoso, O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.
Assim sendo, o artigo 3º do mesmo Estatuto afirma que é obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.
O Capítulo VI do Estatuto do Idoso, direciona-se à Profissionalização e ao Trabalho do Idoso, garantindo em seus artigos 26° e 27º que o idoso tem direito ao exercício de atividade profissional, respeitadas suas condições físicas, intelectuais e psíquicas. Na admissão do idoso em qualquer trabalho ou emprego, é vedada a discriminação e a fixação de limite máximo de idade, inclusive para concursos, ressalvados os casos em que a natureza do cargo o exigir.
Já sobre o Capítulo VII que discorre sobre a Previdência Social os benefícios de aposentadoria e pensão do Regime Geral da Previdência Social observarão, na sua concessão, critérios de cálculo que preservem o valor real dos salários sobre os quais incidiram contribuição, nos termos da legislação vigente. Os valores dos benefícios em manutenção serão reajustados na mesma data de reajuste do salário-mínimo, de acordo com suas respectivas datas de início ou do seu último reajustamento, com base em percentual definido em regulamento, observados os critérios estabelecidos pela Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991.
A perda da condição de segurado não será considerada para a concessão da aposentadoria por idade, desde que a pessoa conte com, no mínimo, o tempo de contribuição correspondente ao exigido para efeito de carência na data de requerimento do benefício.
No que se refere à Assistência Social do idoso, como defende o Capítulo VIII do mesmo Estatuto, a assistência social aos idosos será prestada, de forma articulada, conforme os princípios e diretrizes previstos na Lei Orgânica da Assistência Social, na Política Nacional do Idoso, no Sistema Único de Saúde e demais normas pertinentes. 
Aos idosos, a partir de 65 (sessenta e cinco) anos, que não possuam meios para prover sua subsistência, nem de tê-la provida por sua família, é assegurado o benefício mensal de 01 (um) salário-mínimo, nos termos da Lei Orgânica da Assistência Social – Loas.
O benefício já concedido a qualquer membro da família não será computado para os fins do cálculo da renda familiar per capita a que se refere a Loas. Todas as entidades de longa permanência, ou casa-lar, são obrigadas a firmar contrato de prestação de serviços com a pessoa idosa abrigada. 
O Capítulo X do Estatuto do Idoso menciona alguns artigos sobre o Transporte do Idoso. Aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos fica assegurada a gratuidade dos transportes coletivos públicos urbanos e semiurbanos, exceto nos serviços seletivos e especiais, quando prestados paralelamente aos serviços regulares. 
Para ter acesso à gratuidade, basta que o idoso apresente qualquer documento pessoal que faça prova de sua idade; nos veículos de transporte coletivo de que trata este artigo, serão reservados 10% (dez por cento) dos assentos para os idosos, devidamente identificados com a placa de reservado preferencialmente para idosos; no caso das pessoas compreendidas na faixa etária entre 60 (sessenta) e 65 (sessenta e cinco) anos, ficará a critério de a legislação local dispor sobre as condições para exercício da

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