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PROCESSO CIVIL N2

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Segunda etapa da fase postulatória: é a da 
apresentação da resposta do réu, onde autor e réu 
tem a oportunidade de manifestar-se, apresentar a 
sua versão dos fatos. 
Art. 238 do CPC – réu citado para integrar a relação 
processual; 
O réu pode apenas defender-se das alegações e 
das pretensões contidas na petição inicial. 
TIPOS DE RESPOSTA: Contestação e reconvenção. 
Defesa por excelência = contestação. 
Contra ataque (ação incidente autônoma) = 
reconvenção. 
O prazo de contestação no procedimento comum 
é de quinze dias, conforme dispõe o art. 335 do 
CPC. O prazo da reconvenção é o mesmo (15 dias). 
 
Na contestação o réu formula a pretensão de ver o 
pedido inicial desacolhido, no todo ou em parte, 
apresentando os argumentos e fundamentos que 
servirão para convencer o juiz. 
A pretensão contida na contestação é sempre 
declaratória negativa, de que o juiz declare que o 
autor não tem razão, desacolhendo o pedido. 
Contestação não amplia os limites objetivos da 
lide. Tanto o pedido quanto a causa de pedir são 
definidos e determinados na petição inicial. 
OBS.: Princípio da Eventualidade, em relação ao 
direito de defesa: cumpre ao réu, na própria 
contestação, apresentar todas as razões que 
possam levar ao desacolhimento do pedido, ainda 
que não sejam compatíveis entre si. 
É preciso, porém, lembrar que as defesas podem 
ser classificadas em duas categorias: as de ordem 
pública, que poderiam ser conhecidas de ofício, e 
 
que não precluem, se não alegadas na primeira 
oportunidade (objeções); e as que não são de 
ordem pública, e que precluirão, se não alegadas 
(exceções). 
A omissão em relação às exceções as tornará 
preclusas, o que não ocorre com as objeções, que 
poderão ser alegadas mais tarde, pois poderiam 
até mesmo ser conhecidas de ofício. 
A omissão do réu em relação às objeções não 
implica preclusão. 
O art. 337 do CPC enumera as preliminares, 
questões que devem ser apreciadas pelo juiz antes 
do passar ao exame do mérito. 
São as defesas de cunho processual, que podem 
ser de duas espécies: as de acolhimento que 
implique a extinção do processo; ou as de 
acolhimento que resulte apenas em sua dilação. 
Alegada qualquer das preliminares do art. 337 em 
contestação, o autor será ouvido em réplica, no 
prazo de 15 dias. 
Depois de arguir eventuais preliminares, o réu 
apresentará, na mesma peça, a sua defesa de 
fundo, de mérito, que pode ser de dois tipos: direta 
ou indireta. 
Defesa Direta: é aquela que nega os fatos que o 
autor descreve na inicial, ou os efeitos que deles 
pretende retirar; 
Defesa Indireta: é aquela em que o réu, embora 
não negando os fatos da inicial, apresenta outros 
que modifiquem, extingam ou impeçam os efeitos 
postulados pelo autor. 
Por exemplo: em ação de indenização por acidente 
de trânsito, haverá defesa direta se o réu negar que 
houve o acidente, ou que ele ocorreu na forma 
descrita na petição inicial; 
haverá defesa indireta se o réu reconhecer que 
houve o fato na forma narrada, mas alegar que já 
pagou, que houve prescrição da pretensão 
indenizatória, ou que as partes já transigiram sobre 
a questão. 
Processo Civil 
Resposta do Réu 
Contestação 
 
Além da contestação, o réu poderá valer-se da 
reconvenção, que dela se distingue por não 
constituir um mecanismo de defesa, mas de 
contra-ataque. 
A reconvenção pressupõe que o réu queira algo 
mais do autor, que não se satisfaça com a mera 
improcedência, e queira formular pretensões em 
face dele. 
A reconvenção é uma nova ação, pois aciona o 
judiciário a proferir uma resposta às pretensões 
formuladas pelo réu. A peculiaridade reside em 
que não forma um novo processo. 
A ação principal e a reconvenção terão um 
processamento conjunto e serão julgadas por uma 
só sentença. Haverá duas ações em um único 
processo. 
O réu que tenha pretensões contra o autor não 
precisa valer-se da reconvenção, podendo, se 
quiser, ajuizar nova demanda independente, que 
formará um processo autônomo. 
E, às vezes, terá de fazê-lo, quando as suas 
pretensões não forem conexas com a ação 
principal ou com os fundamentos de defesa (art. 
343). 
Conquanto ação e reconvenção processem-se em 
conjunto, para que possam ser julgadas 
juntamente, há relativa independência entre elas. 
O art. 343, § 2°, estabelece que: “A desistência da 
ação, ou a ocorrência de causa extintiva que 
impeça o exame de seu mérito não obsta ao 
prosseguimento do processo quanto à 
reconvenção”. 
Afora as hipóteses de extinção sem resolução de 
mérito, a ação e a reconvenção serão ambas 
julgadas por uma só sentença. 
Mas há ainda a possibilidade de o juiz acolher a 
prescrição ou a decadência da pretensão 
formulada na ação original, extinguindo-a com 
resolução de mérito, e determinar o 
prosseguimento da reconvenção, ou vice-versa. 
 
OBS.: É preciso que, na reconvenção, o polo ativo 
seja ocupado por um dos réus e o polo passivo, por 
um dos autores. Mas não é necessário que, nem no 
polo ativo, nem no passivo, figurem apenas uns e 
outros. 
As possibilidades, portanto, são as seguintes: 
■ que, havendo vários réus, apenas um deles ajuíze 
reconvenção, em face de um ou de mais de um dos 
autores; 
■ que havendo um só réu e vários autores, a 
reconvenção seja dirigida por aquele, em face de 
apenas um ou alguns destes; 
■ que o réu, ou os réus, associem-se a um terceiro 
que não figurava no processo para formular o 
pedido reconvencional; 
■ que o réu formule a reconvenção em face do 
autor e de outras pessoas que não figurem no 
processo. 
O que não se admite é que a reconvenção seja 
formulada somente por quem não é réu, ou 
somente em face de quem não é autor. 
 
Desde que citado, o réu, executado ou interessado 
passou a integrar a relação processual (art. 238 do 
CPC). 
O réu tem o ônus de se defender. Não está 
obrigado a fazê-lo, pois pode optar por 
permanecer em silêncio. 
Em sua resposta, poderá negar os fatos alegados 
pelo autor (defesa direta) ou admiti-los, 
apresentando fatos modificativos, impeditivos ou 
extintivos do direito do autor. 
Haverá revelia se o réu, citado, não apresenta 
contestação. 
O revel é aquele que permaneceu inerte, ou então 
aquele que ofereceu contestação, mas fora de 
prazo. 
Ou, ainda, aquele que apresenta contestação, mas 
sem impugnar os fatos narrados na petição inicial 
pelo autor. 
Reconvenção 
Revalia 
Também será revel o réu que comparecer aos 
autos, constituindo advogado, se este não 
apresentar contestação. 
 
EFEITOS DA REVELIA 
A revelia é a condição do réu que não apresentou 
contestação. 
Dela poder-lhe-ão advir duas consequências de 
grande importância: a presunção de veracidade 
dos fatos narrados na petição inicial e a 
desnecessidade de sua intimação para os demais 
atos do processo. 
Os dispositivos legais que tratam das 
consequências da revelia são os arts. 341 e 344, 
relacionados à presunção de veracidade, e o art. 
346, relativo à desnecessidade de intimação para 
os demais atos do processo, e à fluência dos 
prazos, para ele, a partir da publicação do ato 
decisório no órgão oficial. 
Cumpre ao réu contrapor-se a eles, manifestando-
se precisamente. Não basta que o faça de maneira 
genérica. 
O ônus do réu é de que impugne especificamente, 
precisamente, os fatos narrados na petição inicial. 
Os que não forem impugnados presumir-se-ão 
verdadeiros. 
Se o réu é revel, não apresentou contestação 
válida, o juiz, em princípio, há de presumir 
verdadeiros todos os fatos narrados na petição 
inicial, e, se estes forem suficientes para o 
acolhimento do pedido, estará autorizado a julgar 
de imediato, conforme art. 355, II, do CPC 
A presunção de veracidade não é absoluta, mas 
relativa, e sofre atenuações, que devem ser 
observadas. 
Ela só pode dizer respeito aos fatos, nunca ao 
direito: fará o juiz, em princípio, concluir que eles 
ocorreram na forma comoo autor os narrou, mas 
não o obrigará a extrair as consequências jurídicas 
pretendidas por ele. 
Prevê o art. 346 do CPC que “Os prazos contra o 
revel que não tenha patrono nos autos fluirão da 
data de publicação do ato decisório no órgão 
oficial”. 
O parágrafo único acrescenta que “O revel poderá 
intervir no processo em qualquer fase, recebendo-
o no estado em que se encontrar”. 
Portanto, para ele, os prazos correm 
independentemente de intimação. 
Para isso, não basta a revelia do réu, sendo 
imprescindível que ele não tenha patrono nos 
autos. 
Mas, sendo revel e não tendo advogado 
constituído, os prazos correrão para ele 
independentemente de intimação, pois 
demonstrou desinteresse pelo processo. 
O revel poderá a qualquer tempo ingressar no 
processo e participar dos atos processuais que se 
realizem daí em diante, passando a ser intimado 
desde que constitua advogado. 
A dispensa de intimação decorrente da revelia não 
é definitiva, podendo o réu, a qualquer tempo, 
participar. 
Essa é a razão da Súmula 231 do Supremo Tribunal 
Federal: “O revel, em processo cível, pode produzir 
provas, desde que compareça em tempo 
oportuno”. 
Concluída a fase postulatória, com o término do 
prazo de contestação (se houver reconvenção, 
com o término do prazo de resposta a ela) terá 
início a segunda fase do processo de 
conhecimento, que é a ordinatória. 
Nesse momento, de acordo com o art. 347 do CPC, 
os autos deverão vir conclusos ao juiz para que 
verifique qual providência tomar em 
prosseguimento. 
Possibilidades: 
■ se o réu não oferecer resposta e a revelia 
produzir os seus efeitos, deverá julgar 
antecipadamente o mérito, na forma do art. 355, 
II, do CPC; 
■ se o réu não oferecer resposta e a revelia não 
produzir os seus efeitos, o juiz determinará as 
provas necessárias para a apuração dos fatos. 
Ao réu, apesar de revel, que se fizer representar 
nos autos a tempo de praticar os atos processuais 
indispensáveis, é lícito produzir provas 
contrapostas às alegações do autor; 
■ se o réu contestar, alegando fatos impeditivos, 
extintivos ou modificativos do direito do autor, 
este terá prazo de quinze dias para réplica; 
■ se o réu contestar, alegando qualquer das 
preliminares enumeradas no art. 337, o autor terá 
prazo de quinze dias para manifestar-se, e o juiz, 
verificando alguma irregularidade ou nulidade 
sanável, mandará supri-la no prazo de até trinta 
dias; 
■ se o réu contestar, sem alegar os fatos acima 
mencionados, e a questão de mérito for 
exclusivamente de direito, ou, sendo de direito e 
fato, não houver necessidade de produção de 
provas em audiência, o juiz promoverá o 
julgamento antecipado do mérito (art. 355, I, do 
CPC); 
■ se verificar que um ou mais dos pedidos, ou 
parcela deles, mostra-se incontroverso ou está em 
condições de imediato julgamento, promoverá o 
julgamento antecipado parcial do mérito, 
determinando o prosseguimento do processo em 
relação aos demais pedidos (art. 356); 
■ se o réu contestar e não for o caso de julgamento 
antecipado do mérito, o juiz proferirá decisão de 
saneamento e organização do processo, na forma 
do art. 357 do CPC. 
A revelia pode ou não gerar a presunção de 
veracidade dos fatos narrados na petição inicial. 
Tendo transcorrido in albis o prazo de resposta, o 
juiz deverá verificá-lo. 
Em caso afirmativo, não havendo controvérsia 
sobre os fatos, proferirá desde logo a sentença, em 
julgamento antecipado do mérito (art. 355, II, do 
CPC). 
Não havendo a presunção (hipóteses do art. 345 
do CPC), determinará que o autor especifique as 
provas necessárias para formar a sua convicção. 
Como não contestou, não poderá produzir provas 
de eventuais fatos impeditivos, extintivos ou 
modificativos do direito do autor, porque, sendo 
revel, não os terá alegado. 
Entretanto, desde que compareça em tempo hábil, 
poderá produzir provas contrárias aos fatos 
alegados pelo autor, isto é, aos fatos constitutivos 
do direito deste (art. 349). 
Além das provas requeridas pelo autor, o juiz pode 
determinar outras, que entenda proveitosas (art. 
370 do CPC). 
Quando o réu apresentar contestação, o juiz 
verificará a necessidade de dar ao autor nova 
oportunidade de se manifestar, o que ocorre 
quando ele alega preliminares do art. 337, ou 
apresenta fatos impeditivos, extintivos ou 
modificativos do direito do autor. 
O conteúdo da réplica deverá ficar restrito às 
preliminares e aos fatos extintivos, impeditivos ou 
modificativos do direito do autor alegados na 
contestação. 
Não há previsão legal de tréplica. Depois da réplica, 
o juiz não dará nova oportunidade de manifestação 
ao réu, porque o autor não pode nela inovar, 
formulando novos pedidos ou causas de pedir. 
Sanadas eventuais irregularidades, o juiz, depois de 
ler as manifestações das partes, terá de verificar se 
o processo ou ao menos um ou alguns dos pedidos 
estão ou não em condições de serem julgados 
desde logo. 
Há casos em que, concluída a fase postulatória e 
saneados eventuais vícios, todos os elementos 
necessários para o julgamento, seja de todos os 
pedidos, seja de alguns deles, estarão nos autos; e 
há outros em que há necessidade de produção de 
provas. 
CPC, Art. 352. Verificando a existência de 
irregularidades ou de vícios sanáveis, o juiz 
determinará sua correção em prazo nunca superior 
a 30 (trinta) dias. 
Quando ele julga todos os pedidos logo após a 
conclusão da fase postulatória, sem abrir a fase 
instrutória, diz-se que há o julgamento antecipado 
do mérito. 
Quando, nessa fase, julga não todos, mas um ou 
alguns dos pedidos, ou parcela deles, haverá 
julgamento antecipado parcial de mérito. 
 
Julgamento antecipado do mérito 
Concluída a fase postulatória, cumprirá ao juiz 
verificar se já há nos autos elementos suficientes 
para o julgamento integral do mérito, para o 
julgamento parcial, ou se há necessidade de 
produção de provas em audiência. 
Quando o processo já possui elementos suficientes 
para o julgamento integral do mérito, promoverá o 
julgamento antecipado do mérito, que pressupõe 
a desnecessidade de outras provas, sem proferir 
decisão saneadora (necessária apenas para a 
abertura da fase de instrução). 
OBS.: Hipótese em que o julgamento de mérito 
será ainda mais antecipado do que nas do art. 355 
do CPC: 
Improcedência liminar, prevista nas hipóteses do 
art. 332, em que o juiz julgará o pedido totalmente 
improcedente, sem nem mesmo mandar citar o 
réu. 
Tal situação não se confunde com as do art. 355, 
que pressupõem que o réu já tenha sido citado. 
Proferido o julgamento antecipado do art. 355, a 
parte inconformada poderá apelar, suscitando no 
recurso, entre outras coisas, eventual 
cerceamento de defesa, por não lhe ter sido dada 
a possibilidade de produção de provas. 
 
Julgamento antecipado parcial do mérito 
Concluída a fase postulatória, pode acontecer que 
não seja possível promover o julgamento imediato 
de todos os pedidos, mas que alguns deles estejam 
em condições de julgamento. 
Estabelece o art. 356 que o juiz decidirá 
parcialmente o mérito quando um ou mais dos 
pedidos formulados ou parcela deles mostrar-se 
incontroverso ou estiver em condições de imediato 
julgamento, nos termos do art. 355. 
O juiz decidirá parcialmente o mérito, julgando a 
pretensão incontroversa, por decisão 
interlocutória, e determinará o prosseguimento do 
processo para a produção de provas em relação à 
outra pretensão. 
O processo só terá uma sentença, já que ela é o ato 
que lhe põe fim ou encerra a fase de 
conhecimento. 
Todavia, o mérito poderá ser apreciado não apenas 
na sentença, mas em decisões de mérito, 
proferidas em caráter interlocutório. 
Serão decisões interlocutórias de mérito as que, no 
curso do processo e antes da sentença, julgarem 
parcialmente as pretensões formuladas. 
Esse julgamento antecipado parcial de méritoé 
feito por decisão interlocutória e não sentença, e o 
recurso cabível será o de agravo de instrumento 
(art. 1.015, II). 
Interposto o agravo, haverá sempre a possibilidade 
de retratação da decisão de mérito. 
 
Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor 
reconvenção para manifestar pretensão própria, 
conexa com a ação principal ou com o fundamento 
da defesa. 
§ 1° Proposta a reconvenção, o autor será 
intimado, na pessoa de seu advogado, para 
apresentar resposta no prazo de 15 (quinze) dias. 
§ 2° A desistência da ação ou a ocorrência de causa 
extintiva que o exame de seu mérito não obsta ao 
prosseguimento do processo quanto à 
reconvenção. 
§ 3° A reconvenção pode ser proposta contra o 
autor e terceiro. 
§ 4° A reconvenção pode ser proposta pelo réu em 
litisconsórcio com terceiro. 
§ 5° Se o autor for substituto processual, o 
reconvinte deverá afirmar ser titular de direito em 
Julgamento conforme o estado do 
processo. 
Alguns artigos importantes 
face do substituído, e a reconvenção deverá ser 
proposta em face do autor, também na qualidade 
de substituto processual. 
§ 6° O réu pode propor reconvenção 
independentemente de oferecer contestação. 
 
Art. 344. Se o réu não contestar a ação, será 
considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as 
alegações de fato formuladas pelo autor. 
 
Art. 345. A revelia não produz o efeito mencionado 
no art. 344 se: 
I - havendo pluralidade de réus, algum deles 
contestar a ação; 
II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis; 
III - a petição inicial não estiver acompanhada de 
instrumento que a lei considere indispensável à 
prova do ato; 
IV - as alegações de fato formuladas pelo autor 
forem inverossímeis ou estiverem em contradição 
com prova constante dos autos. 
 
Art. 346. Os prazos contra o revel que não tenha 
patrono nos autos fluirão da data de publicação do 
ato decisório no órgão oficial. 
Parágrafo único. O revel poderá intervir no 
processo em qualquer fase, recebendo-o no 
estado em que se encontrar. 
 
Art. 349. Ao réu revel será lícita a produção de 
provas, contrapostas às alegações do autor, desde 
que se faça representar nos autos a tempo de 
praticar os atos processuais indispensáveis a essa 
produção. 
 
Art. 350. Se o réu alegar fato impeditivo, 
modificativo ou extintivo do direito do autor, este 
será ouvido no prazo de 15 (quinze) dias, 
permitindo-lhe o juiz a produção de prova. 
 
Art. 352. Verificando a existência de 
irregularidades ou de vícios sanáveis, o juiz 
determinará sua correção em prazo nunca superior 
a 30 (trinta) dias. 
 
Art. 353. Cumpridas as providências preliminares 
ou não havendo necessidade delas, o juiz proferirá 
julgamento conforme o estado do processo, 
observando o que dispõe o Capítulo X. 
 
Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito 
quando um ou mais dos pedidos formulados ou 
parcela deles: 
I - mostrar-se incontroverso; 
II - estiver em condições de imediato julgamento, 
nos termos do art. 355. 
§ 1° A decisão que julgar parcialmente o mérito 
poderá reconhecer a existência de obrigação 
líquida ou ilíquida. 
§ 2° A parte poderá liquidar ou executar, desde 
logo, a obrigação reconhecida na decisão que 
julgar parcialmente o mérito, independentemente 
de caução, ainda que haja recurso contra essa 
interposto. 
§ 3° Na hipótese do § 2o, se houver trânsito em 
julgado da decisão, a execução será definitiva. 
§ 4° A liquidação e o cumprimento da decisão que 
julgar parcialmente o mérito poderão ser 
processados em autos suplementares, a 
requerimento da parte ou a critério do juiz. 
§ 5° A decisão proferida com base neste artigo é 
impugnável por agravo de instrumento. 
 
Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a 
requerimento da parte, determinar as provas 
necessárias ao julgamento do mérito. 
Parágrafo único. O juiz indeferirá, em decisão 
fundamentada, as diligências inúteis ou 
meramente protelatórias. 
 
Art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos 
autos, independentemente do sujeito que a tiver 
promovido, e indicará na decisão as razões da 
formação de seu convencimento. 
 
Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova 
produzida em outro processo, atribuindo-lhe o 
valor que considerar adequado, observado o 
contraditório. 
 
Art. 373. O ônus da prova incumbe: 
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu 
direito; 
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, 
modificativo ou extintivo do direito do autor. 
§ 1° Nos casos previstos em lei ou diante de 
peculiaridades da causa relacionadas à 
impossibilidade ou à excessiva dificuldade de 
cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior 
facilidade de obtenção da prova do fato contrário, 
poderá o juiz 
atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde 
que o faça por decisão 
fundamentada, caso em que deverá dar à parte a 
oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe 
foi atribuído. 
§ 2° A decisão prevista no § 1º deste artigo não 
pode gerar situação em que a desincumbência do 
encargo pela parte seja impossível ou 
excessivamente difícil. 
§ 3° A distribuição diversa do ônus da prova 
também pode ocorrer por convençãodas partes, 
salvo quando: 
I - recair sobre direito indisponível da parte; 
II - tornar excessivamente difícil a uma parte o 
exercício do direito. 
§ 4º A convenção de que trata o § 3o pode ser 
celebrada antes ou durante o processo. 
 
Art. 374. Não dependem de prova os fatos: 
I - notórios; 
II - afirmados por uma parte e confessados pela 
parte contrária; 
III - admitidos no processo como incontroversos; 
IV - em cujo favor milita presunção legal de 
existência ou de veracidade. 
 
Art. 1.009. Da sentença cabe apelação. 
 
§ 1° As questões resolvidas na fase de 
conhecimento, se a decisão a seu respeito não 
comportar agravo de instrumento, não são 
cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em 
preliminar de apelação, eventualmente interposta 
contra a decisão final, ou nas contrarrazões. 
 
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as 
decisões interlocutórias que versarem sobre: 
[...] 
II - mérito do processo;

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