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CÓD: SL-111MA-23 7908433236306 SEE-SP - SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO SEE-SP Professor de Ensino Fundamental e Médio - LÍNGUA PORTUGUESA a solução para o seu concurso! Editora EDITAL DE ABERTURA DE INSCRIÇÕES Nº 01/2023 INTRODUÇÃO a solução para o seu concurso! Editora Como passar em um concurso público? Todos nós sabemos que é um grande desafio ser aprovado em concurso público, dessa maneira é muito importante o concurseiro estar focado e determinado em seus estudos e na sua preparação. É verdade que não existe uma fórmula mágica ou uma regra de como estudar para concursos públicos, é importante cada pessoa encontrar a melhor maneira para estar otimizando sua preparação. Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma motivação para estudar. Pensando nisso, a Solução preparou esta introdução com algumas dicas que irão fazer toda a diferença na sua preparação. Então mãos à obra! • Esteja focado em seu objetivo: É de extrema importância você estar focado em seu objetivo: a aprovação no concurso. Você vai ter que colocar em sua mente que sua prioridade é dedicar-se para a realização de seu sonho; • Não saia atirando para todos os lados: Procure dar atenção a um concurso de cada vez, a dificuldade é muito maior quando você tenta focar em vários certames, pois as matérias das diversas áreas são diferentes. Desta forma, é importante que você defina uma área e especializando-se nela. Se for possível realize todos os concursos que saírem que englobe a mesma área; • Defina um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito, determinado um local, os horários e dias específicos para estudar cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo não pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total; • Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis. É praticamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter uma planilha contendo sua rotina diária de atividades definindo o melhor horário de estudo; • Método de estudo: Um grande aliado para facilitar seus estudos, são os resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o assunto estudado. É fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, buscando editais de concursos anteriores. Busque refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação. • Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursos públicos, completo e atualizado. Esses materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didática e esquematizada, contendo exercícios para praticar. Quanto mais exercícios você realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame; • Cuide de sua preparação: Não são só os estudos que são importantes na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma menor energia e um cérebro cansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, é tirar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer, renovando as energias e evitando o estresse. A motivação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e às vezes bate aquele desânimo com vários fatores ao nosso redor. Porém tenha garra ao focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos. Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua dedicação e motivação para realizar o seu grande sonho de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu potencial. A Solução tem ajudado, há mais de 36 anos, quem quer vencer a batalha do concurso público. Vamos juntos! ÍNDICE a solução para o seu concurso! Editora Conhecimentos 1. Do fenômeno linguístico e literário nas dimensões discursiva, semântica, gramatical, textual e pragmática ............................ 7 2. Dos vários níveis dos textos escritos e falados, em que se manifestam as marcas de variação linguística, relativas aos fatores geográficos, históricos, sociológicos e técnicos, às diferenças entre a linguagem oral e a escrita, à seleção de registro em situação interlocutiva (formal, informal). ................................................................................................................................... 8 3. Das múltiplas possibilidades de construção de sentidos, em situações de produção e recepção textuais. .............................. 10 4. Da construção de intertextualidades pela análise do tema, da estrutura composicional e do estilo de objetos culturais em diferentes linguagens, tais como: obra literária, pintura, escultura, fotografia e textos do universo digital .............................. 10 5. Do uso de recursos linguísticos expressivos em textos, relacionando esses recursos às intenções do enunciador. .................. 11 6. Da articulação de conhecimentos prévios e informações textuais, inclusive as que dependem de pressuposições e inferên- cias (semânticas e pragmáticas) autorizadas pelo texto, para explicar ambiguidades, ironias e expressões figuradas, opiniões e valores implícitos, bem como as intenções do enunciador/autor. ........................................................................................... 12 7. De diferentes discursos, em língua falada e em língua escrita, observando sua estrutura, sua organização e seu significado relacionado às condições de produção e recepção .................................................................................................................... 12 8. Da literatura associada à teoria e à crítica literária. ................................................................................................................... 13 9. De textos literários e intertextualidade (gêneros, temas e representações) nas obras da literatura em língua portuguesa. .... 13 10. Dos pressupostos teóricos que embasam os conceitos fundantes da disciplina de Língua Portuguesa na práxis didática dos processos de ensino e de aprendizagem. ................................................................................................................................... 15 11. Da prática docente, articulando dialogicamente os sujeitos envolvidos, os materiais pedagógicos, as metodologias adequa- das e os procedimentos de avaliação. ........................................................................................................................................ 16 12. Dos pressupostos teóricos de Língua e Literatura para a Educação Básica. ............................................................................... 16 13. Da expressão literária popular e os modos de representação linguística do imaginário coletivo e da cultura. ......................... 17 14. Dos multiletramentos em sua prática social ............................................................................................................................... 18 15. Das diferentes experiências didáticas para solucionar problemas de ensino e de aprendizagem de produção de texto escrito na escola, justificando os elementos relevantes e as estratégias utilizadas ............................................................................... 19 16. Das diferentes teorias e métodos de leitura, em análise de casos, para resolução de problemas relacionados ao ensino e à aprendizagem de leitura na escola. ............................................................................................................................................ 19 17. Das tecnologias diversas (materiais físicos e digitais), para aplicação em diferentes experiências de ensino e de aprendiza- gem de Língua e Literatura, reconhecendo os elementos relevantes e as estratégias adequadas. ........................................... 20 18. Das situações didáticas, envolvendo a Língua, a Literatura e todos os tipos de linguagem, que favoreçam a autonomia, a liberdade e a sensibilidade do estudante. ................................................................................................................................. 21 19. Das variações linguísticas dissociadas de atitudes preconceituosas e discriminatórias. ............................................................ 21 Bibliografia Livros 1. BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico. São Paulo: Parábola, 2015 ........................................................................................ 29 2. BAKTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2011 ............................................................... 29 3. BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. 50. ed. São Paulo: Cultrix, 2015 ........................................................... 30 4. BRUGIONI, Elena. Literaturas africanas comparadas: paradigmas críticos e representações em contraponto. Campinas: UNI- CAMP, 2019 ................................................................................................................................................................................ 30 5. CANDIDO, Antonio. Literatura e Sociedade. 13. ed. São Paulo: Ouro sobre Azul, 2014 ............................................................ 31 6. CATANI, Afrânio Mendes; GILIOLI, Renato de Souza. Culturas Juvenis: Múltiplos olhares. São Paulo: Editora Unesp, 2009 .... 31 7. DORRICO, Julie; DANNER, Leno Francisco; CORREIA, Heloisa Helena Siqueira; DANNER, Fernando (Orgs.). Literatura indígena brasileira contemporânea: criação, crítica e recepção [recurso eletrônico]. Porto Alegre: Editora Fi, 2018. Cap. 2, 3, 7, 14, 15 ............................................................................................................................................................................................... 32 ÍNDICE a solução para o seu concurso! Editora 8. ELIAS, Vanda Maria; PAULIUKONIS, Aparecida Lino; MARQUESI, Sueli Cristina. Linguística textual e ensino. São Paulo: Contex- to, 2017 ...................................................................................................................................................................................... 32 9. KLEIMAN, Angela. Oficina de Leitura: teoria & prática. 15. ed. Campinas: Pontes, 2017 .......................................................... 33 10. KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. Desvendando os segredos do texto. São Paulo: Cortez, 2015 .............................................. 33 11. Ingedore Grunfeld Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e escrever estratégia de produção textual. São Paulo: Contexto, 2017 ... 33 12. MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. 10. ed. São Paulo: Cortez, 2010 .................. 34 13. MOISES, Massaud. A literatura portuguesa através de texto. 37. ed. São Paulo: Cultrix, 2009 ................................................. 34 14. NEVES, Maria Helena de Moura. Que gramática estudar na escola? norma e uso na língua portuguesa. São Paulo: Contexto, 2003 ........................................................................................................................................................................................... 35 15. ROJO, Roxane; BARBOSA, Jacqueline P. Hipermodernidade, multiletramentos e gêneros discursivos. São Paulo: Parábola, 2015 ........................................................................................................................................................................................... 35 16. ROJO, Roxane; MOURA, Eduardo. Letramentos, mídias, linguagens. São Paulo: Parábola, 2019 .............................................. 35 17. Roxane; MOURA, Eduardo (org.). Multiletramentos na escola. São Paulo: Parábola Editorial, 2012 ........................................ 36 Publicações Institucionais 1. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Brasília: MEC/CONSED/UNDIME, 2017. p. 07-21, 57-191 ........................................................................................................................................................................................ 43 2. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino funda- mental: língua portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1998 ................................................................................................................. 103 3. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo Paulista. São Paulo: SEDUC, 2019. p. 95-110, 123-127, 166-200 ...... 120 4. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo Paulista/ Ensino Médio. São Paulo: SEDUC, 2020. p. 23- 110, 196-208, 249-256, 271-277 ....................................................................................................................................................................... 149 7 a solução para o seu concurso! Editora CONHECIMENTOS DO FENÔMENO LINGUÍSTICO E LITERÁRIO NAS DIMEN- SÕES DISCURSIVA, SEMÂNTICA, GRAMATICAL, TEXTUAL E PRAGMÁTICA — Conhecimentos Pragmáticos A pragmática é a especialidade da linguística que se dedica ao estudo do uso real da linguagem sob a perspectiva dos usuários de uma língua em seus diversos contextos. A pragmática foca sua análise nas escolhas lexicais, nas restrições que se apresentam no emprego da linguagem em dadas interações sociais e, especialmente nos impactos que da utilização da linguagem sobre os outros participantes durante a comunicação. Isto é, os estudos pragmáticos investigam a semântica e a sintaxe nos seus sentidos partir da observação dos atos de fala e seus encadeamentos sociais e culturais. Posto isso, pode-se afirmar que: – A pragmática é a zona de confluência entre o emprego linguístico e o emprego comunicativo, constatando o vínculo inerente entre a linguagem e o contexto comunicativo em que ela está sendo exercida. – Segundo a pragmática, o que importa é o uso e os impactos gerados pelos atos de fala, ou seja, a comunicação e o exercício da linguagem entre os falantes de uma língua, focando nos professos de inferência pelos quais se compreende o que está implícito. – Para a pragmática, a situação na qual a comunicação está sendo exercida é fundamental para o entendimento do enunciado proferido, sendo que, a capacidade do falante de entender os discursos implícitos será maior conforme o seu nível de domínio da linguagem. — Conhecimentos Discursivos O PCN trouxe grande avanço ao ensino de Língua Portuguesa ao propor o ensino de língua materna com base no viés enuncia- tivo-discursivo. É importante saber que toda ação discursiva se realiza por meio de textos, e a produção de um texto constitui o resultado da prática comunicativa, que se estabelece conforme os princípios discursivos. – Língua e linguagem: no âmbito da ação discursiva, língua e linguagem, ao mesmo tempo que são termos com sentidos distintos, constituem elementos fundamentais da prática comunicativa. Assim, o vocábulo linguagem está relacionado à capacidade de interação verbal que apenas os seres humanos possuem, recurso que possibilita o processo de comunicação entre os sujeitos discursivos. Quanto à língua, esta pode ser entendida como um sistema de signos, um grupo de sinais empregados para a efetivação da comunicação social. Diante sido, a interatividade verbal torna-se um fato elementar da língua. – Representação: língua e linguagem se apresentam na prática da comunicação interacional e do diálogo, envolvendo locutor e interlocutor, que, por sua vez, nessa interação, sustentam as crenças e os valores a serem compartilhados. Isso passa a constituir uma realidade quando o enunciador estabelece um diálogo com o enunciatário e este não constitui apenas um decodificador de mensagem, mas um agente ativo na construção de sentido. É nesse sentido, o discurso é mais do que uma criação, é uma representação. – Gêneros do discurso: textos formais, informais, verbais, não- verbais, visuais, didáticos, literário, poético e científicos. – Conhecimentos Textuais O conhecimento textual se forma pelos diversos tipos de textos como: narração, descrição, injunção, exposição, etc. e pela maneira que se estabelece suas estruturas linguísticas. Juntamente com os conhecimentos linguístico e de mundo, os conhecimentos relativos ao texto contribui para o chamado conhecimento prévio importante para a compreensão durante a leitura. Assim, quanto mais conhecimento textual o leitor possuir, quanto maior a sua exposição a todo tipo de texto, mais fácil será sua compreensão, visto que o conhecimento das estruturas textuais e dos tipos de discurso designará, em grande proporção, suas expectativas em relação aos textos, expectativas tais que desempenham papel significativo na compreensão. Os conhecimentos textual, linguístico e de mundo são ativados no decorrer da leitura para poder se chegar ao momento da compreensão, momento esse que passa desapercebido, em que as partes discretas se unem para construir um sentido. No que diz respeito ao conhecimento textual, em especial, é importante afirmar que o leitor não se dirige despreparado para uma leitura. Conforme o tipo de texto que vai ser lido, ele ativa seu conhecimento de tipologia textual. – Conhecimentos Gramaticais O ensino relativo aos conhecimentos gramaticais vem sendo considerado, cada vez mais, com reflexões sobre a sua abordagem nas aulas de Língua Portuguesa. Para Antunes (2007)1, o ensino de gramática abrange “todas as regras do uso da língua”, sendo que, neste ensino, faz-se crucial que o aluno conheça sobre o seu uso para atuar com maior eficácia nos diversos contextos sociais. Além disso, Antunes define gramática como “normas que especificam os usos da língua, que ditam como deve ser a constituição de suas várias unidades em seus diferentes estratos”. Sobre os conhecimentos gramaticais no âmbito da educação básica, pode-se afirmar que: – Objetivo do ensino gramatical: esse tema é apenas uma das condições para que o aluno domine a língua. Com isso, é preciso propor e trabalhar atividades discursivas, que ofereçam ao educando oportunidades de argumentação, influenciando o desenvolvimento do exercício do discurso como um todo. – PCN: os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio concorrem com a fundamentação dos objetivos ao afirmar que “compreender a língua é saber avaliar e interpretar o ato 1 ANTUNES, Irandé. Muito além da gramática: por um ensino sem pedras no caminho. São Paulo: Parábola Editorial, 2007. CONHECIMENTOS 88 a solução para o seu concurso! Editora interlocutivo, julgar, tomar uma posição consciente e responsável pelo que se fala/escreve.” (BRASIL, 2000). O que quer dizer que saber utilizar das regras não é suficiente em si, mais que isso, é necessário que também conduzir os alunos para um domínio reflexivo e crítico da língua, para que sua capacidade discursiva seja ampliada. – Necessidade de contextualização: de acordo com o PCN “o processo de ensino/aprendizagem da Língua Portuguesa deve basear-se em propostas interativas de língua/linguagem [...]” (BRASIL, 2000). Isso quer dizer que atualmente o professor não deve dar prioridade ao estudo gramatical fora de contexto, em razão necessidade de o aluno compreender as expressões utilizadas nas diversas situações comunicativas. Mas o que se tem observado na prática é exatamente o contrário: em sala de aula, a assimilação da nomenclatura gramatical tem sido o eixo central da abordagem dos estudos gramaticais na escola, pois muitos docentes ainda não adaptaram suas aulas para essa nova perspectiva de ensino. – Três novas instâncias da gramática em sala de aula: de acordo com a nova perspectiva que vem sendo construída nesse sentido, o ensino gramatical nas escolas deve abranger: 1) articulação da leitura; 2) articulação da produção textual; 3) análise linguística. Fica a cargo dos docentes, durante as aulas de língua portuguesa, não elegerem um texto somente para lecionar conhecimentos gramaticais, mas tendo em vista sempre algo que sirva como complementação para esse ensino, o que assegura também garantindo também o êxito no desenvolvimento das práticas discursivas. — Conhecimentos Notacionais Definição: os conhecimentos notacionais estão relacionados à natureza alfabética do sistema de escrita da língua portuguesa, mais especificamente, ao que diz respeito à ortografia e a determinados vocábulos e expressões. Em razão disso, esses conhecimentos são comumente associados a problemas como dúvidas relacionadas à ortografia e à semântica — no que tange aos termos parônimos e homônimos. Importância: a assimilação dos conhecimentos notacionais tem como objetivo orientar melhor a priorização de determinados aspectos nas atividades de ensino, pois conhecer bem a escrita das palavras impacta positivamente na construção do discurso. O Sistema de escrita Alfabética (SEA): podemos afirmar que o SEA é um sistema notacional, pois ele nada mais é do que um sistema de representação, ou seja, a escrita alfabética é reconhecida como um objeto do saber que propicia aos alunos uma reflexão mais consciente sobre as palavras. Em outras palavras, o SEA auxilia a criança na percepção da escrita como um objeto de conhecimento, que será fundamental para garantir a compreensão, a reflexão consciente da palavra e, por conseguinte, a apropriação do SEA. — Exemplos: DE MAIS e DEMAIS “Tomamos vinho de mais” = locução adjetiva, significa muito, oposto de menos. “Percebemos o erro tarde demais. “= advérbio de intensidade, o mesmo que excessivamente. “Demais, ele ainda conseguiu fugir.” = palavra continuativa, significa além disso. “Ele saiu da reunião sem se despedir dos demais.” = pronome indefinido, significa os outros. APARTE e À PARTE “Se iniciarem uma briga, aparte!” = modo imperativo do verbo apartar, significa separar. “Esses documentos devem ser arquivados à parte.” = locução adverbial, significa colocar de lado. DOS VÁRIOS NÍVEIS DOS TEXTOS ESCRITOS E FALADOS, EM QUE SE MANIFESTAM AS MARCAS DE VARIAÇÃO LINGUÍS- TICA, RELATIVAS AOS FATORES GEOGRÁFICOS, HISTÓRI- COS, SOCIOLÓGICOS E TÉCNICOS, ÀS DIFERENÇAS ENTRE A LINGUAGEM ORAL E A ESCRITA, À SELEÇÃO DE REGISTRO EM SITUAÇÃO INTERLOCUTIVA (FORMAL, INFORMAL). A variação é constitutiva das línguas humanas, ocorrendo em todos os níveis. Ela sempre existiu e sempre existirá, independen- temente de qualquer ação normativa. Assim, quando se fala em Língua Portuguesa está se falando de uma unidade que se cons- titui de muitas variedades. Embora no Brasil haja relativa unidade lingüística e apenas uma língua nacional, notam-se diferenças de pronúncia, de emprego de palavras, de morfologia e de construções sintáticas, as quais não somente identificam os falantes de comu- nidades linguísticas em diferentes regiões, como ainda se multipli- cam em uma mesma comunidade de fala. Não existem, portanto, variedades fixas: em um mesmo espaço social convivem mescladas diferentes variedades lingüística, geralmente associadas a diferen- tes valores sociais. Mais ainda, em uma sociedade como a brasilei- ra, marcada por intensa movimentação de pessoas e intercâmbio cultural constante, o que se identifica é um intenso fenômeno de mescla lingüística, isto é, em um mesmo espaço social convivem mescladas diferentes variedades lingüísticas, geralmente associa- das a diferentes valores sociais. O uso de uma ou outra forma de expressão depende, sobretu- do, de fatores geográficos, socioeconômicos, de faixa etária, de gê- nero (sexo), da relação estabelecida entre os falantes e do contexto de fala. A imagem de uma língua única, mais próxima da modalida- de escrita da linguagem, subjacente às prescrições normativas da gramática escolar, dos manuais e mesmo dos programas de difusão da mídia sobre o que se deve e o que não se deve falar e escrever, não se sustenta na análise empírica dos usos da língua. E isso por duas razões básicas. Em primeiro lugar, está o fato de que ninguém escreve como fala, ainda que em certas circunstâncias se possa falar um texto previamente escrito (é o que ocorre, por exemplo, no caso de uma conferência, de um discurso formal, dos telejornais) ou mesmo fa- lar tendo por referência padrões próprios da escrita, como em uma exposição de um tema para auditório desconhecido, em uma entre ista, em uma solicitação de serviço junto a pessoas estranhas. Há casos ainda em que a fala ganha contornos ritualizados, como nas cerimônias religiosas, comunicados formais, casamentos, velórios etc. No dia-a-dia, contudo, a organização da fala, incluindo a esco- lha de palavras e a organização sintática do discurso, segue padrões significativamente diferentes daqueles que se usam na produção de textos escritos. Em segundo lugar, está o fato de que, nas sociedades letradas (aquelas que usam intensamente a escrita), há a tendência de to- marem-se as regras estabelecidas para o sistema de escrita como padrões de correção de todas as formas lingüísticas. Esse fenôme- CONHECIMENTOS 9 a solução para o seu concurso! Editora no, que tem na gramática tradicional sua maior expressão, muitas vezes faz com que se confunda falar apropriadamente à situação com falar segundo as regras de bem dizer e escrever, o que, por sua vez, faz com que se aceite a idéia despropositada de que ninguém fala corretamente no Brasil e que se insista em ensinar padrões gra- maticais anacrônicos e artificiais. Assim, por exemplo, professores e gramáticos puristas continu- am a exigir que se escreva (e até que se fale no Brasil!): O livro de que eu gosto não estava na biblioteca, Vocês vão assistir a um filme maravilhoso, O garoto cujo pai conheci ontem é meu aluno, Eles se vão lavar / vão lavar-se naquela pia, quando já se fixou na fala e já se estendeu à escrita, indepen- dentemente de classe social ou grau de formalidade da situação discursiva, o emprego de: O livro que eu gosto não estava na biblioteca, Vocês vão assistir um filme maravilhoso, O garoto que eu conheci ontem o pai é meu aluno, Eles vão se lavar na pia. Tomar a língua escrita e o que se tem chamado de língua pa- drão como objetos privilegiados de ensino-aprendizagem na escola se justifica, na medida em que não faz sentido propor aos alunos que aprendam o que já sabem. Afinal, a aula deve ser o espaço pri- vilegiado de desenvolvimento de capacidade intelectual e lingüís- tica dos alunos, oferecendo-lhes condições de desenvolvimento de sua competência discursiva. Isso significa aprender a manipular textos escritos variados e adequar o registro oral às situações in- terlocutivas, o que, em certas circunstâncias, implica usar padrões mais próximos da escrita. Contudo, não se pode mais insistir na idéia de que o modelo de correção estabelecido pela gramática tradicional seja o nível padrão de língua ou que corresponda à variedade linguística de prestígio. Há, isso sim, muito preconceito decorrente do valor atribuído às va- riedades padrão e ao estigma associado às variedades não-padrão, consideradas inferiores ou erradas pela gramática. Essas diferenças não são imediatamente reconhecidas e, quando são, não são obje- to de avaliação negativa. Para cumprir bem a função de ensinar a escrita e a língua pa- drão, a escola precisa livrar-se de vários mitos: o de que existe uma forma correta de falar, o de que a fala de uma região é melhor da que a de outras, o de que a fala correta é a que se aproxima da língua escrita, o de que o brasileiro fala mal o português, o de que o português é uma língua difícil, o de que é preciso consertar a fala do aluno para evitar que ele escreva errado. Essas crenças insustentáveis produziram uma prática de muti- lação cultural que, além de desvalorizar a fala que identifica o aluno a sua comunidade, como se esta fosse formada de incapazes, de- nota desconhecimento de que a escrita de uma língua não corres- ponde a nenhuma de suas variedades, por mais prestígio que uma delas possa ter. Ainda se ignora um princípio elementar relativo ao desenvolvimento da linguagem: o domínio de outras modalidades de fala e dos padrões de escrita (e mesmo de outras línguas) não se faz por substituição, mas por extensão da competência lingüística e pela construção ativa de subsistemas gramaticais sobre o sistema já adquirido. No ensino-aprendizagem de diferentes padrões de fala e es- crita, o que se almeja não é levar os alunos a falar certo, mas per- mitir-lhes a escolha da forma de fala a utilizar, considerando as ca- racterísticas e condições do contexto de produção, ou seja, é saber adequar os recursos expressivos, a variedade de língua e o estilo às diferentes situações comunicativas: saber coordenar satisfatoria- mente o que fala ou escreve e como fazê-lo; saber que modo de ex- pressão é pertinente em função de sua intenção enunciativa dado o contexto e os interlocutores a quem o texto se dirige. A questão não é de erro, mas de adequação às circunstâncias de uso, de utili- zação adequada da linguagem. A SELEÇÃO DE TEXTOS Os gêneros existem em número quase ilimitado, variando em função da época (epopéia, cartoon), das culturas (haikai, cordel) das finalidades sociais (entreter, informar), de modo que, mesmo que a escola se impusesse a tarefa de tratar de todos, isso não se- ria possível. Portanto, é preciso priorizar os gêneros que merecerão abordagem mais aprofundada. Sem negar a importância dos textos que respondem a exigên- cias das situações privadas de interlocução, em função dos com- promissos de assegurar ao aluno o exercício pleno da cidadania, é preciso que as situações escolares de ensino de Língua Portuguesa priorizem os textos que caracterizam os usos públicos da lingua- gem2 . Os textos a serem selecionados são aqueles que, por suas ca- racterísticas e usos, podem favorecer a reflexão crítica, o exercício de formas de pensamento mais elaboradas e abstratas, bem como a fruição estética dos usos artísticos da linguagem, ou seja, os mais vitais para a plena participação numa sociedade letrada. Textos orais Ao ingressarem na escola, os alunos já dispõem de compe- tência discursiva e lingustica para comunicar-se em interações que envolvem relações sociais de seu dia-a-dia, inclusive as que se esta- belecem em sua vida escolar. Acreditando que a aprendizagem da língua oral, por se dar no espaço doméstico, não é tarefa da escola, as situações de ensino vêm utilizando a modalidade oral da lingua- gem unicamente como instrumento para permitir o tratamento dos diversos conteúdos. Uma rica interação dialogal na sala de aula, dos alunos entre si e entre o professor e os alunos, é uma excelente estratégia de construção do conhecimento, pois permite a troca de informações, o confronto de opiniões, a negociação dos sentidos, a avaliação dos processos pedagógicos em que estão envolvidos. Mas, se o que se busca é que o aluno seja um usuário competente da linguagem no exercício da cidadania, crer que essa interação dialogal que ocorre durante as aulas dê conta das múltiplas exigências que os gêneros do oral colocam, principalmente em instâncias públicas, é um enga- no. Ainda que o espaço da sala de aula não seja um espaço privado, é um espaço público diferenciado: não implica, necessariamente, a interação com interlocutores que possam não compartilhar as mes- mas referências (valores, conhecimento de mundo). No entanto, nas inúmeras situações sociais do exercício da ci- dadania que se colocam fora dos muros da escola a busca de ser- viços, as tarefas profissionais, os encontros institucionalizados, a defesa de seus direitos e opiniões os alunos serão avaliados (em 2 Por usos públicos da linguagem entendem-se aqueles que implicam interlocutores desconhecidos que nem sempre compartilham sistemas de referência, em que as interações normalmente ocorrem à distância (no tempo e no espaço), e em que há o privilégio da modalidade escri- ta da linguagem. Dessa forma, exigem, por parte do enunciador, um maior controle para dominar as convenções que regulam e definem seu sentido institucional. CONHECIMENTOS 1010 a solução para o seu concurso! Editora outros termos, aceitos ou discriminados) à medida que forem ca- pazes de responder a diferentes exigências de fala e de adequação às características próprias de diferentes gêneros do oral. Reduzir o tratamento da modalidade oral da linguagem a uma abordagem instrumental é insuficiente, pois, para capacitar os alunos a domi- narem a fala pública demandada por tais situações. Dessa forma, cabe à escola ensinar o aluno a utilizar a lingua- gem oral no planejamento e realização de apresentações públicas: realização de entrevistas, debates, seminários, apresentações tea- trais etc. Trata-se de propor situações didáticas nas quais essas ati- vidades façam sentido de fato, pois é descabido treinar um nível mais formal da fala, tomado como mais apropriado para todas as situações. A aprendizagem de procedimentos apropriados de fala e de escuta, em contextos públicos, dificilmente ocorrerá se a escola não tomar para si a tarefa de promovê-la. Textos escritos Analisando os textos escritos que costumam ser considerados adequados para os leitores iniciantes, verifica-se que, na grande maioria, são curtos, às vezes apenas fragmentos de um texto maior sem unidade semântica e/ou estrutural , simplificados, em alguns casos, até o limite da indigência. Confunde-se capacidade de inter- pretar e produzir discurso com capacidade de ler e escrever sozi- nho. A visão do que seja um texto adequado ao leitor iniciante trans- bordou os limites da escola e influiu até na produção editorial. A possibilidade de se divertir com alguns dos textos da chamada lite- ratura infantil ou infanto-juvenil, de se comover com eles, de fruílos esteticamente é limitada. Por trás da boa intenção de promover a aproximação entre alunos e textos, há um equívoco de origem: ten- ta-se aproximar os textos simplificandoos aos alunos, no lugar de aproximar os alunos a textos de qualidade. Para boa parte das crianças e dos jovens brasileiros, a escola é o único espaço que pode proporcionar acesso a textos escritos, tex- tos estes que se converterão, inevitavelmente, em modelos para a produção. Se é de esperar que o escritor iniciante redija seus textos usando como referência estratégias de organização típicas da orali- dade, a possibilidade de que venha a construir uma representação do que seja a escrita só estará colocada se as atividades escolares lhe oferecerem uma rica convivência com a diversidade de textos que caracterizam as práticas sociais. É mínima a possibilidade de que o aluno venha a compreender as especificidades que a modali- dade escrita assume nos diversos gêneros, a partir de textos banali- zados, que falseiem sua complexidade. DAS MÚLTIPLAS POSSIBILIDADES DE CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS, EM SITUAÇÕES DE PRODUÇÃO E RECEPÇÃO TEXTUAIS. A construção de sentidos em situações de produção e recepção textuais é um processo complexo e multifacetado, que envolve uma série de fatores linguísticos, culturais e sociais. A forma como os in- divíduos produzem e interpretam textos pode variar amplamente, dependendo de uma série de variáveis, tais como a sua experiência de vida, o contexto em que o texto é produzido ou recebido, as suas crenças e valores, entre outros. Uma das principais características da construção de sentidos em situações de produção e recepção textuais é a sua natureza di- nâmica e interativa. Ou seja, a forma como um texto é produzido ou interpretado é influenciada não apenas pelas características in- trínsecas do próprio texto, mas também pelas interações sociais e culturais que ocorrem durante o processo. Nesse sentido, a cons- trução de sentidos em situações de produção e recepção textuais é uma atividade socialmente construída, que envolve negociações e acordos entre os interlocutores envolvidos. Uma das principais teorias que aborda a construção de sen- tidos em situações de produção e recepção textuais é a Teoria da Relevância, proposta por Sperber e Wilson (1986). De acordo com essa teoria, a construção de sentidos ocorre por meio do processa- mento cognitivo de informações que são relevantes para os interlo- cutores envolvidos na interação. Em outras palavras, os indivíduos produzem e interpretam textos levando em consideração as infor- mações que são mais pertinentes para a situação em questão. Além disso, a construção de sentidos em situações de produ- ção e recepção textuais pode ser influenciada por uma série de outros fatores linguísticos, tais como a escolha do vocabulário, a estruturação da frase, a organização do discurso, entre outros. Por exemplo, a escolha de palavras específicas pode influenciar a forma como um texto é interpretado pelos seus receptores, já que deter- minadas palavras podem evocar associações e emoções diferentes em indivíduos diferentes. Outro fator importante a ser considerado na construção de sentidos em situações de produção e recepção textuais é o con- texto sociocultural em que o texto é produzido ou recebido. O con- texto sociocultural pode influenciar a forma como os indivíduos interpretam um texto, já que determinadas palavras, expressões e referências podem ser mais ou menos familiares para indivíduos de diferentes origens culturais. Além disso, o contexto sociocultu- ral também pode influenciar a forma como os indivíduos avaliam a adequação e a eficácia de um texto, levando em consideração as expectativas e normas culturais que regem a comunicação em dife- rentes contextos. DA CONSTRUÇÃO DE INTERTEXTUALIDADES PELA ANÁLI- SE DO TEMA, DA ESTRUTURA COMPOSICIONAL E DO ESTI- LO DE OBJETOS CULTURAIS EM DIFERENTES LINGUAGENS, TAIS COMO: OBRA LITERÁRIA, PINTURA, ESCULTURA, FO- TOGRAFIA E TEXTOS DO UNIVERSO DIGITAL A construção de intertextualidades por meio da análise do tema, da estrutura composicional e do estilo de objetos culturais em diferentes linguagens, tais como obra literária, pintura, escultu- ra, fotografia e textos do universo digital, é um processo que permi- te ao leitor/observador estabelecer relações entre diferentes textos e compreender melhor o seu significado. A intertextualidade é uma das principais características da pro- dução cultural contemporânea, que se caracteriza pela multiplici- dade de discursos e pela hibridização de linguagens. Dessa forma, é fundamental que o leitor/observador esteja apto a identificar e interpretar as referências intertextuais presentes nos objetos cultu- rais, a fim de compreender melhor o seu sentido e contexto. CONHECIMENTOS 11 a solução para o seu concurso! Editora A análise do tema é um dos primeiros passos para a constru- ção de intertextualidades. O tema é o assunto central do texto, que pode ser explícito ou implícito. Ao identificar o tema de uma obra, é possível estabelecer conexões com outros textos que abordem o mesmo assunto ou que possuam uma temática semelhante. Além do tema, a estrutura composicional é outro elemento importante para a construção de intertextualidades. A estrutura composicional se refere à organização dos elementos do texto, tais como a sequência de eventos, a construção dos personagens e o uso de recursos estilísticos. Ao analisar a estrutura composicional de um texto, é possível estabelecer relações com outros textos que possuam uma estrutura semelhante ou que sejam construídos de forma diferente. O estilo é outro elemento fundamental para a construção de intertextualidades. O estilo se refere às características formais e es- téticas do texto, tais como a escolha do vocabulário, o uso de figu- ras de linguagem, a construção das frases e a escolha dos recursos visuais. Ao analisar o estilo de um texto, é possível estabelecer rela- ções com outros textos que possuam um estilo semelhante ou que sejam construídos de forma diferente. No caso das obras literárias, a construção de intertextualidades por meio da análise do tema, da estrutura composicional e do estilo pode se dar por meio da comparação entre diferentes textos de um mesmo autor ou de autores diferentes, bem como por meio da rela- ção entre obras literárias e outros objetos culturais, como pinturas, esculturas, filmes e músicas. No caso da pintura e da escultura, a construção de intertextu- alidades pode se dar por meio da análise do tema e do estilo, bem como da comparação entre diferentes obras de um mesmo artista ou de artistas diferentes. Além disso, é possível estabelecer rela- ções entre pinturas e esculturas e outros objetos culturais, como obras literárias e músicas. Na fotografia, a construção de intertextualidades pode se dar por meio da análise do tema e da composição visual, bem como da relação entre diferentes fotografias de um mesmo fotógrafo ou de fotógrafos diferentes. Além disso, é possível estabelecer relações entre fotografias e outros objetos culturais, como obras literárias e músicas. No caso dos textos do universo digital, como websites, blogs e redes sociais, a construção de intertextualidades pode se dar por meio da análise do tema, da estrutura composicional e do estilo dos textos, bem como da relação entre diferentes textos de um mesmo autor ou de autores diferentes. Além disso, é possível estabelecer relações entre os textos do universo digital e outros objetos cultu- rais, como obras literárias, filmes e músicas. A construção de intertextualidades por meio da análise do tema, da estrutura composicional e do estilo de objetos culturais em diferentes linguagens é um processo complexo e fundamental para a compreensão e apreciação da produção cultural contempo- rânea. Através da identificação e interpretação das referências in- tertextuais presentes nos textos, é possível ampliar a compreensão e o significado dos objetos culturais, bem como estabelecer cone- xões entre diferentes linguagens e formas de expressão. DO USO DE RECURSOS LINGUÍSTICOS EXPRESSIVOS EM TEXTOS, RELACIONANDO ESSES RECURSOS ÀS INTENÇÕES DO ENUNCIADOR. A língua é um sistema complexo de signos que permite a co- municação entre os indivíduos de uma comunidade linguística. Além de cumprir sua função comunicativa básica, a língua pode ser utilizada de maneira expressiva, isto é, como um recurso estético que permite ao enunciador transmitir sua visão de mundo e suas emoções de maneira mais eficaz. Nesse sentido, o uso de recursos linguísticos expressivos em textos é fundamental para que o enun- ciador consiga transmitir suas intenções de forma clara e eficaz. Entre os recursos linguísticos expressivos mais comuns, pode- mos destacar o uso de figuras de linguagem, tais como metáfora, metonímia, sinestesia, hipérbole, eufemismo, entre outras. Essas figuras permitem que o enunciador apresente sua visão de mundo de maneira mais criativa e poética, criando associações inusitadas entre diferentes elementos e despertando emoções no leitor. Outro recurso linguístico expressivo muito utilizado em textos é a repetição, que pode ser utilizada de diversas maneiras para trans- mitir diferentes emoções. Por exemplo, a repetição de uma palavra ou frase pode transmitir um sentimento de insistência ou de ênfase, enquanto a repetição de uma estrutura sintática pode criar um efei- to de cadência ou de ritmo. O uso de recursos linguísticos expressivos também está relacio- nado às intenções do enunciador. Por exemplo, em textos persua- sivos, o enunciador pode utilizar figuras de linguagem e repetições de maneira estratégica para convencer o leitor de suas ideias. Em textos literários, o enunciador pode utilizar recursos linguísticos expressivos para criar um efeito estético e poético, enquanto em textos humorísticos, o enunciador pode utilizar o jogo de palavras e a ironia para provocar riso no leitor. Esse uso deve ser feito de maneira consciente e estratégica. O excesso de figuras de linguagem e repetições pode tornar o texto confuso e dificultar a compreensão das ideias do enunciador. Por isso, é fundamental que o enunciador tenha clareza sobre suas in- tenções ao utilizar esses recursos e que os utilize de maneira equili- brada e coerente com o gênero textual em questão. O uso de recursos linguísticos expressivos também está relacio- nado à variação linguística e cultural. O que é considerado expres- sivo em uma determinada cultura pode não ser percebido como tal em outra, e vice-versa. Por isso, é fundamental que o enunciador esteja atento às características do público-alvo e do contexto em que o texto será produzido e recebido. O estudo desse tema fundamental para uma compreensão mais profunda do funcionamento da língua e da comunicação hu- mana. Bem como a análise desses recursos também é fundamen- tal para a formação de leitores críticos e competentes, capazes de identificar as intenções e estratégias do enunciador em diferentes contextos comunicativos. Utilizar-se de recursos linguísticos expressivos em textos é uma prática essencial para a transmissão clara e eficaz das intenções do enunciador. Figuras de linguagem, repetições e outros recursos permitem que o enunciador crie efeitos estéticos e emocionais no leitor, além de estabelecer um diálogo criativo e envolvente com o interlocutor. Por isso, é fundamental que o enunciador tenha clare- za sobre suas intenções ao utilizar esses recursos e que os utilize de maneira equilibrada e coerente com o gênero textual em questão. CONHECIMENTOS 1212 a solução para o seu concurso! Editora DA ARTICULAÇÃO DE CONHECIMENTOS PRÉVIOS E INFOR- MAÇÕES TEXTUAIS, INCLUSIVE AS QUE DEPENDEM DE PRESSUPOSIÇÕES E INFERÊNCIAS (SEMÂNTICAS E PRAG- MÁTICAS) AUTORIZADAS PELO TEXTO, PARA EXPLICAR AMBIGUIDADES, IRONIAS E EXPRESSÕES FIGURADAS, OPINIÕES E VALORES IMPLÍCITOS, BEM COMO AS IN- TENÇÕES DO ENUNCIADOR/AUTOR. A leitura de um texto envolve muito mais do que a decodifi- cação de palavras e frases. Para compreendermos plenamente o significado de um texto, é preciso articular nossos conhecimentos prévios com as informações que o texto apresenta, incluindo pres- suposições e inferências semânticas e pragmáticas autorizadas pelo próprio texto. Além disso, para entendermos ambiguidades, ironias, expressões figuradas, opiniões e valores implícitos, é fundamental considerar as intenções do enunciador ou autor. Quando lemos um texto, nosso conhecimento prévio influencia a compreensão e interpretação dele. Isso ocorre porque utilizamos nossas experiências anteriores, crenças, valores, cultura e contexto para dar sentido ao que estamos lendo. Dessa forma, um mesmo texto pode ser interpretado de maneiras diferentes por pessoas com vivências e bagagens culturais distintas. Além disso, as pressuposições e inferências semânticas e prag- máticas autorizadas pelo texto são essenciais para a compreensão completa do significado das palavras e frases utilizadas. As pressu- posições são aquelas informações que o texto assume que o leitor já sabe e, por isso, não precisa explicar. Já as inferências são dedu- ções que o leitor faz a partir das informações explícitas e implícitas do texto. Essas pressuposições e inferências podem ser fundamen- tais para a compreensão de ambiguidades, ironias e expressões fi- guradas utilizadas no texto. As ambiguidades, por sua vez, são palavras ou frases que po- dem ter mais de um significado. A compreensão da ambiguidade depende da leitura de todo o contexto, bem como das pressupo- sições e inferências do leitor. As ironias e expressões figuradas são recursos utilizados pelo enunciador ou autor para transmitir uma mensagem de maneira sutil, muitas vezes com conotação negativa. Esses recursos podem ser facilmente mal interpretados caso o leitor não tenha o conhecimento necessário para identificá-los. Por fim, é preciso levar em consideração as intenções do enun- ciador ou autor. As opiniões e valores implícitos presentes no texto podem ser revelados pela forma como as informações são apre- sentadas e organizadas, bem como pelos recursos linguísticos ex- pressivos utilizados. A análise das intenções do autor pode ajudar a compreender o objetivo do texto e a identificar possíveis viéses ou ideologias subjacentes. A compreensão plena de um texto depende da articulação de conhecimentos prévios e informações textuais, incluindo pressu- posições e inferências semânticas e pragmáticas autorizadas pelo próprio texto, para explicar ambiguidades, ironias e expressões fi- guradas, opiniões e valores implícitos, bem como as intenções do enunciador ou autor. DE DIFERENTES DISCURSOS, EM LÍNGUA FALADA E EM LÍN- GUA ESCRITA, OBSERVANDO SUA ESTRUTURA, SUA ORGA- NIZAÇÃO E SEU SIGNIFICADO RELACIONADO ÀS CONDI- ÇÕES DE PRODUÇÃO E RECEPÇÃO Os discursos em língua falada e em língua escrita são diferentes em sua forma, estrutura e organização, bem como em seus signifi- cados e funções. A língua falada é caracterizada pela espontanei- dade, pelo uso de recursos como entonação, ritmo e gestos e pelo contato imediato com o interlocutor, enquanto a língua escrita é mais formal, planejada e elaborada, exigindo uma maior atenção ao uso da gramática e da ortografia. Na língua falada, a estrutura do discurso é mais flexível e me- nos linear do que na língua escrita, permitindo ao falante explorar diferentes recursos, como pausas, repetições, alterações de ento- nação e uso de expressões coloquiais, para expressar suas ideias. A organização do discurso falado também pode ser influenciada por fatores como o contexto social e cultural, o grau de intimidade com o interlocutor e a finalidade do discurso. Já na língua escrita, a estrutura do discurso é mais formal e or- ganizada, seguindo geralmente uma estrutura linear e progressiva, com introdução, desenvolvimento e conclusão. A organização do discurso escrito também é influenciada por fatores como o gênero textual, a finalidade do texto e o público-alvo. Outra diferença significativa entre os discursos em língua fala- da e em língua escrita está relacionada ao seu significado e função. O discurso falado é utilizado principalmente para comunicar ideias e sentimentos de forma imediata, muitas vezes em situações infor- mais e cotidianas. Já o discurso escrito é utilizado para transmitir informações de forma mais precisa e detalhada, muitas vezes em contextos mais formais, como em documentos legais, relatórios e artigos científicos. As condições de produção e recepção também exercem uma influência significativa sobre a estrutura, organização e significado dos discursos em língua falada e em língua escrita. Na língua falada, o contexto social e cultural em que o discurso é produzido pode afetar o uso de expressões e recursos linguísticos, bem como o tipo de conteúdo abordado. Além disso, a interação com o interlocutor e a resposta imediata a suas reações podem alterar o rumo do dis- curso. Na língua escrita, a influência do contexto também é significati- va, uma vez que o gênero textual e a finalidade do texto podem de- terminar a estrutura, a organização e o tipo de linguagem utilizada. Além disso, o público-alvo do texto e sua capacidade de compreen- são também podem afetar a forma como o discurso é elaborado e apresentado. Além disso, a forma de escrita e a estruturação do discurso es- crito podem variar muito de acordo com a situação comunicativa. Um texto literário, por exemplo, pode apresentar uma estrutura mais complexa e repleta de figuras de linguagem, enquanto um tex- to científico pode seguir uma estrutura mais objetiva e padronizada. Já no discurso falado, a estrutura pode ser mais livre e dinâmi- ca, permitindo a inserção de pausas, repetições e elementos não verbais, como gestos e expressões faciais, que ajudam a transmitir a mensagem e estabelecer uma conexão com o interlocutor. Outro aspecto importante a ser considerado é a questão do re- gistro de língua. Enquanto a língua escrita tende a seguir normas mais formais e padronizadas, a língua falada pode apresentar va- CONHECIMENTOS 13 a solução para o seu concurso! Editora riações de acordo com o contexto social e cultural, como o registro coloquial, popular ou formal. Diante disso, é fundamental que o falante ou escritor tenha consciência das diferentes condições de produção e recepção, a fim de adequar sua linguagem e seu discur- so ao público-alvo e à situação comunicativa em questão. A análise dos diferentes discursos, tanto na língua falada quan- to na língua escrita, é essencial para compreender as diversas for- mas de comunicação presentes na sociedade. É por meio dessa análise que podemos perceber como a linguagem é utilizada de forma estratégica para atingir determinados objetivos, seja em uma conversa informal entre amigos, em um discurso político ou em um texto científico. Compreender as características e particularidades desses discursos é fundamental para uma comunicação mais efi- ciente e assertiva, bem como para uma compreensão mais aprofun- dada da sociedade em que vivemos. DA LITERATURA ASSOCIADA À TEORIA E À CRÍTICA LITE- RÁRIA. A literatura está intrinsecamente ligada à teoria e à crítica li- terária. A teoria literária é o estudo sistemático dos princípios que regem a criação literária, enquanto a crítica literária é a análise e avaliação crítica de obras literárias. Ambas as disciplinas trabalham juntas para entender e interpretar o papel da literatura na socieda- de, a natureza da criatividade literária e a relação entre a literatura e a cultura. A literatura associada à teoria e à crítica literária é uma área de estudo que examina a relação entre a teoria e a prática da es- crita literária, bem como a influência da teoria na crítica literária e na apreciação da literatura. Essa área de estudo aborda questões como o significado da obra literária, o papel do autor e do leitor na interpretação literária, a estrutura narrativa e a representação de personagens. Uma das teorias mais conhecidas e influentes na literatura é o estruturalismo, que propõe a análise da estrutura e dos elementos constituintes de uma obra literária. O estruturalismo procura des- cobrir as relações entre elementos formais da obra literária, como a sintaxe, a linguagem e os temas, com o objetivo de revelar significa- dos mais profundos e ocultos. Outra teoria importante é a teoria feminista, que se concentra na análise do papel das mulheres na literatura e na cultura. A teoria feminista examina como as mulheres são representadas na litera- tura, como as obras literárias refletem a posição das mulheres na sociedade e como as mulheres podem usar a literatura como uma forma de resistência e empoderamento. Além dessas teorias, há várias outras que ajudam a entender e interpretar a literatura, como a teoria psicanalítica, a teoria mar- xista, a teoria pós-modernista, entre outras. A crítica literária é um campo de estudo que se concentra na análise e avaliação das obras literárias. A crítica literária busca entender como as obras literárias são criadas e como elas funcionam, bem como avaliar o valor esté- tico, político, social e cultural dessas obras. Um dos principais objetivos da crítica literária é a interpretação das obras literárias, que pode ser feita de várias maneiras, depen- dendo da teoria ou abordagem utilizada. Algumas das principais abordagens na crítica literária são a abordagem formalista, que se concentra na análise da forma e da estrutura da obra literária, e a abordagem histórico-social, que se concentra no contexto histórico e social em que a obra foi criada. A literatura associada à teoria e à crítica literária é uma área de estudo extremamente importante, pois nos permite compreender a natureza da literatura, a forma como ela é criada e como é rece- bida pela sociedade. Além disso, a literatura é uma das formas mais significativas de arte e cultura, e, portanto, merece ser estudada e apreciada em toda a sua complexidade e riqueza. DE TEXTOS LITERÁRIOS E INTERTEXTUALIDADE (GÊNEROS, TEMAS E REPRESENTAÇÕES) NAS OBRAS DA LITERATURA EM LÍNGUA PORTUGUESA. O texto literário constitui uma forma peculiar de representa- ção e estilo em que predominam a força criativa da imaginação e a intenção estética. Não é mera fantasia que nada tem a ver com o que se entende por realidade, nem é puro exercício lúdico sobre as formas e sentidos da linguagem e da língua. Como representação um modo particular de dar forma às ex- periências humanas , o texto literário não está limitado a critérios de observação fatual (ao que ocorre e ao que se testemunha), nem às categorias e relações que constituem os padrões dos modos de ver a realidade e, menos ainda, às famílias de noções/conceitos com que se pretende descrever e explicar diferentes planos da re- alidade (o discurso científico). Ele os ultrapassa e transgride para constituir outra mediação de sentidos entre o sujeito e o mundo, entre a imagem e o objeto, mediação que autoriza a ficção e a rein- terpretação do mundo atual e dos mundos possíveis. Pensar sobre a literatura a partir dessa relativa autonomia ante outros modos de apreensão e interpretação do real corresponde a dizer que se está diante de um inusitado tipo de diálogo, regido por jogos de aproximação e afastamento, em que as invenções da lin- guagem, a instauração de pontos de vista particulares, a expressão da subjetividade podem estar misturadas a citações do cotidiano, a referências indiciais e, mesmo, a procedimentos racionalizantes. Nesse sentido, enraizando-se na imaginação e construindo novas hipóteses e metáforas explicativas, o texto literário é outra forma/ fonte de produção/apreensão de conhecimento. Do ponto de vista lingüístico, o texto literário também apresen- ta características diferenciadas. Embora, em muitos casos, os aspec- tos formais do texto se conformem aos padrões da escrita, sempre a composição verbal e a seleção dos recursos lingüísticos obedecem à sensibilidade e a preocupações estéticas. Nesse processo constru- tivo original, o texto literário está livre para romper os limites fono- lógicos, lexicais, sintáticos e semânticos traçados pela língua: esta se torna matéria-prima (mais que instrumento de comunicação e expressão) de outro plano semiótico na exploração da sonoridade e do ritmo, na criação e recomposição das palavras, na reinvenção e descoberta de estruturas sintáticas singulares, na abertura inten- cional a múltiplas leituras pela ambiguidade, pela indeterminação e pelo jogo de imagens e figuras. Tudo pode tornar-se fonte virtual de sentidos, mesmo o espaço gráfico e signos não-verbais, como em algumas manifestações da poesia contemporânea. O tratamento do texto literário oral ou escrito envolve o exercí- cio de reconhecimento de singularidades e propriedades que mati- zam um tipo particular de uso da linguagem. É possível afastar uma série de equívocos que costumam estar presentes na escola em CONHECIMENTOS 1414 a solução para o seu concurso! Editora relação aos textos literários, ou seja, tomá-los como pretexto para o tratamento de questões outras (valores morais, tópicos gramati- cais) que não aquelas que contribuem para a formação de leitores capazes de reconhecer as sutilezas, as particularidades, os sentidos, a extensão e a profundidade das construções literárias. INTERTEXTUALIDADE — Definições gerais Intertextualidade é, como o próprio nome sugere, uma relação entre textos que se exerce com a menção parcial ou integral de elementos textuais (formais e/ou semânticos) que fazem referência a uma ou a mais produções pré-existentes; é a inserção em um texto de trechos extraídos de outros textos. Esse diálogo entre textos não se restringe a textos verbais (livros, poemas, poesias, etc.) e envolve, também composições de natureza não verbal (pinturas, esculturas, etc.) ou mista (filmes, peças publicitárias, música, desenhos animados, novelas, jogos digitais, etc.). — Intertextualidade Explícita x Implícita – Intertextualidade explícita: é a reprodução fiel e integral da passagem conveniente, manifestada aberta e diretamente nas palavras do autor. Em caso de desconhecimento preciso sobre a obra que originou a referência, o autor deve fazer uma prévia da existência do excerto em outro texto, deixando a hipertextualidade evidente. As características da intertextualidade explícita são: – Conexão direta com o texto anterior; – Obviedade, de fácil identificação por parte do leitor, sem necessidade de esforço ou deduções; – Não demanda que o leitor tenha conhecimento preliminar do conteúdo; – Os elementos extraídos do outro texto estão claramente transcritos e referenciados. – Intertextualidade explícita direta e indireta: em textos acadêmicos, como dissertações e monografias, a intertextualidade explícita é recorrente, pois a pesquisa acadêmica consiste justamente na contribuição de novas informações aos saberes já produzidos. Ela ocorre em forma de citação, que, por sua vez, pode ser direta, com a transcrição integral (cópia) da passagem útil, ou indireta, que é uma clara exploração das informações, mas sem transcrição, re-elaborada e explicada nas palavras do autor. – Intertextualidade implícita: esse modo compreende os textos que, ao aproveitarem conceitos, dados e informações presentes em produções prévias, não fazem a referência clara e não reproduzem integralmente em sua estrutura as passagens envolvidas. Em outras palavras, faz-se a menção sem revelá-la ou anunciá-la. De qualquer forma, para que se compreenda o significado da relação estabelecida, é indispensável que o leitor seja capaz de reconhecer as marcas intertextuais e, em casos mais específicos, ter lido e compreendido o primeiro material. As características da intertextualidade implícita são: conexão indireta com o texto fonte; o leitor não a reconhece com facilidade; demanda conhecimento prévio do leitor; exigência de análise e deduções por parte do leitor; os elementos do texto pré-existente não estão evidentes na nova estrutura. — Tipos de Intertextualidade 1 – Paródia: é o processo de intertextualidade que faz uso da crítica ou da ironia, com a finalidade de subverter o sentido original do texto. A modificação ocorre apenas no conteúdo, enquanto a estrutura permanece inalterada. É muito comum nas músicas, no cinema e em espetáculos de humor. Observe o exemplo da primeira estrofe do poema “Vou-me embora pra Pasárgada”, de Manuel Bandeira: TEXTO ORIGINAL “Vou-me embora para Pasárgada Lá sou amigo do rei Lá tenho a mulher que eu quero Na cama que escolherei?” PARÓDIA DE MILLÔR FERNANDES “Que Manoel Bandeira me perdoe, mas vou-me embora de Pa- sárgada Sou inimigo do Rei Não tenho nada que eu quero Não tenho e nunca terei” 2 – Paráfrase: aqui, ocorre a reafirmação sentido do texto inicial, porém, a estrutura da nova produção nada tem a ver com a primeira. É a reprodução de um texto com as palavras de quem escreve o novo texto, isto é, os conceitos do primeiro texto são preservados, porém, são relatados de forma diferente. Exemplos: observe as frases originais e suas respectivas paráfrases: “Deus ajuda quem cedo madruga” – A professora ajuda quem muito estuda. “To be or not to be, that is the question” – Tupi or not tupi, that is the question. 3 – Alusão: é a referência, em um novo texto, de uma dada obra, situação ou personagem já retratados em textos anteriores, de forma simples, objetiva e sem quaisquer aprofundamentos. Veja o exemplo a seguir: “Isso é presente de grego” – alusão à mitologia em que os troia- nos caem em armadilhada armada pelos gregos durante a Guerra de Troia. 4 – Citação: trata-se da reescrita literal de um texto, isto é, consiste em extrair o trecho útil de um texto e copiá-lo em outro. A citação está sempre presente em trabalhos científicos, como artigos, dissertações e teses. Para que não configure plágio (uma falta grave no meio acadêmico e, inclusive, sujeita a processo judicial), a citação exige a indicação do autor original e inserção entre aspas. Exemplo: “Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.” (Lavoisier, Antoine-Laurent, 1773). 5 – Crossover: com denominação em inglês que significa “cruzamento”, esse tipo de intertextualidade tem sido muito explorado nas mídias visuais e audiovisuais, como televisão, séries CONHECIMENTOS 15 a solução para o seu concurso! Editora e cinema. Basicamente, é a inserção de um personagem próprio de um universo fictício em um mundo de ficção diferente. Freddy & Jason” é um grande crossover do gênero de horror no cinema. Exemplo: Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br 6) Epígrafe: é a transição de uma pequena passagem do texto de origem na abertura do texto corrente. Em geral, a epígrafe está localizada no início da página, à direita e em itálico. Mesmo sendo uma passagem “solta”, esse tipo de intertextualidade está sempre relacionado ao teor do novo texto. Exemplo: “A tarefa não é tanto ver aquilo que ninguém viu, mas pensar o que ninguém ainda pensou sobre aquilo que todo mundo vê.” Arthur Schopenhauser DOS PRESSUPOSTOS TEÓRICOS QUE EMBASAM OS CON- CEITOS FUNDANTES DA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTU- GUESA NA PRÁXIS DIDÁTICA DOS PROCESSOS DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM. A disciplina de Língua Portuguesa tem como objetivo o ensino e a aprendizagem da língua materna, abarcando desde a gramática normativa até a produção de textos e a interpretação de diferentes gêneros textuais. A prática didática, por sua vez, deve se embasar em pressupostos teóricos que sustentem os conceitos fundantes da disciplina e que permitam um ensino eficaz e uma aprendizagem significativa. Um dos pressupostos teóricos que embasam a prática didática da Língua Portuguesa é a concepção de língua como um sistema de signos que possui uma estrutura complexa e articulada. A partir dessa concepção, o ensino deve buscar desenvolver as habilidades linguísticas do aluno, a fim de que ele possa compreender e produ- zir textos com clareza, coerência e coesão. A concepção de que a língua é um fenômeno social, que está em constante transformação e é influenciado por fatores históricos, culturais e ideológicos, é mais um pressuposto teórico relevante para a prática didática. Com base nessa concepção, o ensino deve incentivar a reflexão crítica sobre a língua e sua relação com a socie- dade, bem como a valorização da diversidade linguística e cultural. Além disso, a prática didática da Língua Portuguesa deve se basear em uma concepção de linguagem como uma atividade in- terativa, que envolve não apenas a produção e a compreensão de mensagens, mas também a interação social entre os falantes. Nesse sentido, o ensino deve estimular o desenvolvimento das habilida- des comunicativas do aluno, visando à sua participação ativa e crí- tica na sociedade. Outro pressuposto teórico que embasa a prática didática é a concepção de que a língua não é um sistema isolado, mas está in- trinsecamente ligado às práticas sociais, culturais e discursivas. Com base nessa concepção, o ensino deve ser pautado pela abordagem sociointeracionista, que busca integrar o ensino da língua às práti- cas sociais e discursivas, valorizando as diferentes formas de uso da língua em diferentes contextos. Ademais, a prática didática deve considerar a importância da interdisciplinaridade, buscando articular o ensino da Língua Por- tuguesa com outras áreas do conhecimento, como a literatura, a história, a filosofia, entre outras. Essa integração permite uma visão mais ampla e significativa da língua, além de enriquecer o processo de ensino e aprendizagem. Um pressuposto teórico igualmente relevante é a concepção de que a aprendizagem da língua é um processo contínuo e dinâ- mico, que ocorre ao longo da vida e é influenciado por diferentes fatores individuais e sociais. Com base nessa concepção, o ensino deve ser pautado pela abordagem sociocultural, que busca compre- ender a relação entre os processos cognitivos e culturais envolvidos na aprendizagem da língua. A teoria sociocultural de Vygotsky também é um pressuposto teórico importante para a didática da língua portuguesa. Vygotsky propõe que o conhecimento é construído por meio da interação so- cial, e que a linguagem é a ferramenta primordial para a mediação dessa interação. Dessa forma, o professor deve criar situações de aprendizagem que promovam a interação entre os alunos, por meio da linguagem, para que o conhecimento seja construído coletiva- mente. Além disso, a teoria de Vygotsky enfatiza a importância do papel do professor como mediador entre o aluno e o conhecimen- to, pois é ele quem deve criar as condições necessárias para que a aprendizagem ocorra de forma significativa. Outro pressuposto teórico importante na didática da língua portuguesa é a teoria da enunciação de Bakhtin. Segundo Bakhtin, a linguagem é um fenômeno social, e todo ato de fala é uma enuncia- ção, ou seja, uma interação entre o enunciador (aquele que fala) e o enunciatário (aquele que escuta). A teoria da enunciação enfatiza a importância do contexto na produção e na compreensão de um texto, pois é a partir do contexto que o sentido é construído. Dessa forma, o professor deve levar em consideração o contexto em que os alunos estão inseridos para trabalhar a produção e a compreen- são de textos em sala de aula. Por fim, a teoria da recepção de Jauss também é um pressupos- to teórico relevante para a didática da língua portuguesa. Essa teo- ria propõe que a recepção de um texto é um processo ativo, em que o leitor traz consigo suas experiências e seus conhecimentos pré- vios para a leitura. Assim, o sentido de um texto não está somente na intenção do autor, mas também na interpretação do leitor. Essa teoria enfatiza a importância da diversidade de leituras e interpre- tações de um mesmo texto, e sugere que o professor trabalhe com CONHECIMENTOS 1616 a solução para o seu concurso! Editora uma variedade de gêneros textuais e de leituras críticas em sala de aula, de forma a ampliar o repertório dos alunos e a promover a reflexão sobre a linguagem. Os pressupostos teóricos que embasam os conceitos funda- mentais da disciplina de língua portuguesa na praxis didática dos processos de ensino e de aprendizagem são diversos e inter-rela- cionados. A linguística, a gramática normativa, a teoria sociocultu- ral, a teoria da enunciação e a teoria da recepção são alguns dos principais referenciais teóricos utilizados pelos professores para a elaboração de suas práticas pedagógicas. O desafio para o profes- sor é integrar esses pressupostos teóricos em sua prática docente de forma a promover uma aprendizagem significativa e crítica por parte dos alunos. DA PRÁTICA DOCENTE, ARTICULANDO DIALOGICAMENTE OS SUJEITOS ENVOLVIDOS, OS MATERIAIS PEDAGÓGICOS, AS METODOLOGIAS ADEQUADAS E OS PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO. A prática docente é uma área que requer conhecimentos teóri- cos e práticos para que sejam desenvolvidas metodologias eficazes para o ensino e aprendizagem dos estudantes. Para isso, é funda- mental que o professor promova uma articulação dialógica entre os sujeitos envolvidos, os materiais pedagógicos, as metodologias adequadas e os procedimentos de avaliação. O professor deve considerar o perfil dos alunos para poder adequar a metodologia a ser utilizada em sala de aula. É importan- te ressaltar que cada aluno tem uma forma diferente de aprender e que, por isso, é necessário que o professor tenha em mente o desenvolvimento cognitivo e emocional dos alunos ao planejar as atividades a serem desenvolvidas em sala de aula. É necessário que o professor tenha um planejamento consis- tente e objetivo, que apresente os objetivos a serem alcançados, as metodologias adequadas e os procedimentos de avaliação. Esse planejamento deve ser desenvolvido de forma a contemplar as ne- cessidades e habilidades dos alunos, além de levar em consideração o tempo disponível para o desenvolvimento das atividades. A prática docente deve ser desenvolvida de forma colaborativa, ou seja, envolvendo os alunos e demais sujeitos envolvidos no pro- cesso de ensino e aprendizagem. Essa colaboração pode ser desen- volvida por meio de atividades que incentivem a participação dos alunos e promovam a interação entre eles, assim como a utilização de materiais pedagógicos que sejam adequados e eficazes para a compreensão dos conteúdos. Outro ponto importante na prática docente é a avaliação dos alunos. É fundamental que os procedimentos de avaliação sejam coerentes com os objetivos e as metodologias utilizadas, para que possam medir de forma efetiva o desenvolvimento dos alunos. É importante ressaltar que a avaliação não deve ser apenas uma me- dida de desempenho dos alunos, mas sim um instrumento de refle- xão e aprimoramento da prática docente. Além disso, é necessário que o professor esteja atento às no- vas metodologias e tecnologias disponíveis, de forma a utilizá-las de forma apropriada em sala de aula. Essas tecnologias podem ser uti- lizadas como instrumentos pedagógicos, promovendo a interação e o aprendizado dos alunos. O professor deve estar em constante processo de formação e atualização, aprimorando seus conhecimentos e habilidades para o desenvolvimento de uma prática docente cada vez mais eficaz. Essa atualização pode ser obtida por meio de cursos de formação conti- nuada, participação em congressos e seminários, além da troca de experiências com outros professores. A prática docente deve ser desenvolvida de forma colaborati- va, com a utilização de metodologias adequadas e materiais peda- gógicos eficazes, contemplando as necessidades e habilidades dos alunos. É fundamental que os procedimentos de avaliação sejam coerentes com os objetivos e as metodologias utilizadas, e que o professor esteja em constante processo de formação e atualização. Com esses cuidados, a prática docente pode se tornar mais eficaz e promover uma aprendizagem significativa para os alunos, contri- buindo para o desenvolvimento de suas competências e habilida- des e preparando-os para o exercício da cidadania e para o mer- cado de trabalho. Além disso, uma prática docente de qualidade pode incentivar a criatividade e o pensamento crítico dos alunos, estimulando-os a buscar conhecimentos de forma autônoma e a se tornarem agentes ativos na construção de seu próprio processo de aprendizagem. DOS PRESSUPOSTOS TEÓRICOS DE LÍNGUA E LITERATURA PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA. Os pressupostos teóricos de língua e literatura para a educação básica estão fundamentados em teorias que buscam compreender e explicar os processos de produção, circulação e recepção dos tex- tos linguísticos e literários, bem como as relações entre linguagem, cultura e sociedade. Nesse sentido, a abordagem sociointeracionista de Vygotsky destaca a importância da interação social para a construção do co- nhecimento, defendendo que a linguagem é uma ferramenta fun- damental para o desenvolvimento cognitivo e social do indivíduo. Assim, na perspectiva desse autor, o ensino de língua e literatura deve privilegiar atividades que promovam a interação entre os su- jeitos, como as discussões em grupo, os debates, as dramatizações, entre outras. Por sua vez, a teoria do letramento crítico propõe uma reflexão sobre as práticas sociais de leitura e escrita, considerando as rela- ções de poder e as desigualdades presentes na sociedade. Segundo essa abordagem, a leitura e a escrita não são neutras, mas carrega- das de ideologias que podem reproduzir ou transformar as estru- turas sociais. Assim, o ensino de língua e literatura deve estimular o desenvolvimento de um olhar crítico sobre as práticas letradas, favorecendo a formação de cidadãos conscientes e participativos. Além disso, os estudos da linguística aplicada têm contribuí- do para a compreensão dos processos de ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras, defendendo a importância da contextua- lização das atividades de ensino e da relação entre as habilidades linguísticas e as práticas sociais de comunicação. Nesse sentido, o ensino de língua estrangeira deve considerar a realidade sociocultu- ral dos alunos, buscando promover a interculturalidade e o respeito às diferenças. No que se refere ao ensino de literatura, as teorias da recepção propõem uma reflexão sobre o papel do leitor na construção do sentido do texto literário. Segundo essa perspectiva, o sentido de uma obra literária não está pré-dado, mas é construído na relação CONHECIMENTOS 17 a solução para o seu concurso! Editora entre o texto e o leitor, considerando suas experiências de vida, sua formação cultural e sua posição social. Assim, o ensino de literatura deve estimular a leitura atenta e crítica dos textos, favorecendo a construção de significados múltiplos e a ampliação do repertório cultural dos alunos. Dando continuidade à discussão, é importante destacar que o ensino de língua e literatura na educação básica deve estar baseado em pressupostos teóricos que considerem a interdisciplinaridade e a contextualização dos conteúdos. Nesse sentido, a abordagem co- municativa é uma das teorias que embasa o ensino de língua, pois considera que a língua é uma ferramenta de comunicação e que seu uso deve ser contextualizado e situado. Já no que se refere ao ensino de literatura, é importante desta- car a teoria da recepção, que propõe que o sentido da obra literária é construído a partir da interação entre o texto e o leitor. Dessa for- ma, o ensino de literatura deve considerar não apenas o texto em si, mas também as experiências e vivências dos alunos, para que estes possam construir seus próprios sentidos a partir da obra. Além disso, é fundamental que o ensino de língua e literatura esteja articulado com a prática social e com o desenvolvimento das habilidades e competências necessárias para a formação cidadã dos alunos. Nesse sentido, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) traz competências gerais que devem ser desenvolvidas em todas as áreas do conhecimento, inclusive em língua e literatura, como por exemplo, a capacidade de compreender, utilizar e criar textos, bem como de utilizar as tecnologias digitais de forma crítica e reflexiva. Além disso, a BNCC traz ainda habilidades específicas para o ensino de língua portuguesa e de literatura, como por exemplo, a capacidade de compreender e utilizar os recursos linguísticos e li- terários para construir sentidos e produzir textos coerentes e coe- sos, bem como de compreender a diversidade de formas e gêneros textuais e de valorizar a diversidade cultural presente na literatura. Nesse sentido, é importante que o professor de língua e litera- tura tenha uma formação sólida que lhe permita compreender os pressupostos teóricos que embasam a disciplina, bem como a capa- cidade de articular esses conhecimentos com a prática pedagógica em sala de aula. É fundamental que o professor seja capaz de criar um ambiente de aprendizagem que estimule a reflexão crítica e o diálogo entre os alunos, bem como que utilize materiais pedagógi- cos adequados e metodologias que favoreçam o desenvolvimento das habilidades e competências previstas na BNCC. Dessa forma, é possível afirmar que o ensino de língua e litera- tura na educação básica deve estar baseado em pressupostos teóri- cos que considerem a interdisciplinaridade, a contextualização dos conteúdos e a articulação com a prática social e com o desenvolvi- mento das habilidades e competências necessárias para a formação cidadã dos alunos. Cabe aos professores de língua e literatura o de- safio de compreender e articular esses pressupostos teóricos com a prática pedagógica em sala de aula, criando um ambiente de apren- dizagem que favoreça a reflexão crítica, o diálogo e a construção de sentidos a partir das experiências e vivências dos seus alunos. A teoria sociointeracionista de Vygotsky também é essencial na compreensão do processo de aprendizagem em língua e literatura. Segundo Vygotsky, a aprendizagem ocorre por meio da interação social e do diálogo com outras pessoas. Nesse sentido, o professor tem um papel fundamental na mediação desse processo, fornecen- do aos alunos desafios cognitivos adequados ao seu nível de desen- volvimento e ajudando-os a avançar em suas zonas de desenvolvi- mento proximal. Com a utilização de materiais e recursos pedagógicos adequa- dos, é possível despertar o interesse e a curiosidade dos alunos e estimular sua participação ativa nas aulas. O uso de tecnologias di- gitais, por exemplo, pode ser uma ferramenta muito útil na explo- ração de textos literários e na produção de trabalhos escritos, além de permitir uma maior interação entre os alunos e entre estes e o professor. Sendo assim, a avaliação constante do processo de ensino e aprendizagem em língua e literatura. A avaliação deve ser entendi- da como um processo contínuo e sistemático, que permite ao pro- fessor identificar as dificuldades e os avanços dos alunos e, assim, ajustar sua prática pedagógica de forma adequada. Além disso, a avaliação deve ser diversificada e abranger diferentes habilidades e competências, não se restringindo apenas à produção escrita de textos. Os pressupostos teóricos de língua e literatura para a educação básica são fundamentais para uma prática docente eficiente e com- prometida com a formação integral dos alunos. O conhecimento dessas teorias e a sua aplicação em sala de aula possibilitam uma compreensão mais ampla e aprofundada dos processos de ensino e aprendizagem em língua e literatura, bem como uma atuação mais crítica e reflexiva por parte dos professores. DA EXPRESSÃO LITERÁRIA POPULAR E OS MODOS DE RE- PRESENTAÇÃO LINGUÍSTICA DO IMAGINÁRIO COLETIVO E DA CULTURA. A expressão literária popular é uma forma de manifestação cul- tural que se desenvolve de maneira espontânea em diversas comu- nidades, principalmente aquelas de caráter rural e de menor acesso aos meios de comunicação de massa. Essa literatura é marcada pela utilização de uma linguagem simples e acessível, próxima da orali- dade e das práticas cotidianas dos grupos sociais a que se dirige, compondo assim uma relação estreita entre linguagem e cultura. Os modos de representação linguística do imaginário coletivo e da cultura são fundamentais para a compreensão da literatura popular. Em muitos casos, essa literatura é constituída por narrati- vas que expressam valores, crenças, saberes e práticas presentes na cultura de um determinado grupo social. Essas narrativas, muitas vezes, estão ligadas a tradições orais e a mitos que perpassam gera- ções e são transmitidos de forma não formalizada. Na literatura popular, a representação do imaginário coletivo e da cultura é marcada pela utilização de personagens e situações que remetem a universos simbólicos próprios de cada comunidade. Esses personagens podem assumir formas variadas, como seres mí- ticos, animais que falam ou mesmo pessoas comuns que enfrentam situações inusitadas. Através dessas figuras, a literatura popular ex- pressa os valores e crenças da comunidade que a produz. A literatura popular é marcada por uma forte relação com a oralidade e a tradição. Essa literatura muitas vezes é transmitida oralmente de geração em geração, de forma que sua preservação se dá através da memória coletiva. Por isso, é comum que essa li- teratura se desenvolva em ambientes marcados pela presença de comunidades isoladas, de menor acesso às tecnologias de comuni- cação, como acontece, por exemplo, em regiões rurais. Ela tem sido objeto de estudo de diversos campos do conhe- cimento, como a antropologia, a sociologia e a literatura. Na lite- ratura, o estudo da literatura popular tem sido importante para o CONHECIMENTOS 1818 a solução para o seu concurso! Editora entendimento da formação da literatura nacional e da literatura universal. Além disso, a literatura popular tem sido vista como uma forma importante de expressão da diversidade cultural presente em diferentes regiões do país. Para a prática pedagógica, a literatura popular pode ser vista como uma importante ferramenta para a formação de leitores crí- ticos e para o desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita. Através da leitura e análise de obras literárias populares, é possível trabalhar conceitos como oralidade, memória coletiva, imaginário e tradição. Além disso, a literatura popular pode ser utilizada como um recurso didático para o ensino de gramática, vocabulário e pro- dução textual. Além disso, a literatura popular também está presen- te nas manifestações culturais e festivas do país, como o cordel, a literatura de cordel, a cantoria e o repente, a Folia de Reis, o Bumba Meu Boi, entre outros. Essas manifestações são consideradas patri- mônio cultural do Brasil e apresentam uma rica expressão literária popular que é transmitida oralmente de geração em geração. Essas formas de literatura popular também são um importante objeto de estudo para a antropologia cultural e para a sociolinguística, pois revelam aspectos da cultura, tradições e formas de comunicação de determinada região ou comunidade. Dessa forma, é fundamental que o ensino de Língua Portugue- sa contemple a literatura popular como forma de representação linguística do imaginário coletivo e da cultura. É necessário que os professores tenham conhecimento sobre essas formas de literatura e as incluam nas atividades de ensino, proporcionando aos alunos a oportunidade de conhecer e apreciar essa rica expressão cultural do povo brasileiro. Por fim, é importante destacar que a literatura popular não se limita apenas à expressão oral ou a manifestações culturais, mas também está presente na produção literária escrita contemporâ- nea. Autores como João Guimarães Rosa, Ariano Suassuna, Guima- rães Peixoto, entre outros, utilizam elementos da literatura popular em suas obras, como a oralidade, as expressões regionais e a va- lorização das tradições culturais do povo brasileiro. Nesse sentido, a literatura popular não é apenas um objeto de estudo, mas uma importante fonte de inspiração para a literatura contemporânea. No entanto, a literatura popular também apresenta desafios para a prática pedagógica. Em muitos casos, as obras literárias populares estão ligadas a contextos culturais específicos e podem apresentar dificuldades para leitores que não estão familiarizados com esses contextos. DOS MULTILETRAMENTOS EM SUA PRÁTICA SOCIAL O termo multiletramentos ganhou destaque a partir de 1996 com a publicação de um manifesto intitulado “A Pedagogy of Mul- tiliteracies: Designing Social Futures” - Uma pedagogia dos Multi- letramentos: desenhando futuros sociais”, na Harvard Educational Review, formado por dez pesquisadores6 dos letramentos, dentre os quais americanos, ingleses e australianos, denominado “The New London Group”, o Grupo de Nova Londres - GNL, cidade do estado de Connecticut - EUA. O argumento usado pelo grupo naquela época era o de que a vida pessoal, pública e profissional dos indivíduos vem mudan- do consideravelmente e que essas mudanças, consequentemente, transformam culturas e modos de comunicação. No manifesto, o GNL afirmava a necessidade de a escola tomar a seu cargo a va- riedade de textos multimodais, devido à presença das tecnologias no cotidiano, e à variedade de culturas presente nas salas de aula de um mundo globalizado e caracterizado, muitas vezes, pela in- tolerância na convivência. Para o grupo de pesquisadores, o não tratamento de questões relacionadas à diversidade cultural em sala de aula contribuía para o aumento da violência e a falta de perspec- tivas futuras para a juventude. Cabe ressaltar, no entanto, que o GNL trata das diversidades culturais em um contexto de globalização, de línguas e idiomas nor- te-americanos, europeus, árabes, indianos, africanos, asiáticos etc., todos convivendo em sala de aula. No contexto brasileiro, principal- mente no contexto em que realizamos a pesquisa, as diversidades culturais são mais locais, visto que essas diferenças podem estar re- lacionadas a etnia/raça (negros, brancos, mestiços, além de um ou outro indivíduo de origem estrangeira), gênero (orientação sexual), grupos socioeconômicos, comunidades (digitais, religiosas, locais, regionais, rurais, urbanas) e diferenças de ordens físicas ou cogni- tivas. É importante ressaltar também que cultura é considerada re- sultante da criação humana (costumes, ideias, crenças, leis, conhe- cimentos etc.) e todas as pessoas possuem uma forma de pensar, agir, expressar, cada qual com sua própria cultura, resultando em variedades culturais. Portanto, diferentes culturas nas diferentes esferas de atividade social ou de circulação dos discursos (escolar, científica, artística, jornalística, política, publicitária e cotidiana, por exemplo) terão práticas e circularão textos em gêneros dessa esfera também diferenciados. Segundo Cope e Kalantzis (2000), precursores, dentre outros, do grupo de Nova Londres, o termo multiletramentos enfatiza duas mudanças importantes e correlacionadas. A primeira refere-se ao crescimento da importância dada à diversidade cultural, isto é, em um mundo globalizado, precisamos negociar diferenças todos os dias. A segunda trata da influência da linguagem das tecnologias, visto que o significado emerge de modos variados (multimodais), seja a escrita verbal, a imagem, o movimento, o áudio etc. No Brasil, Roxane Rojo argumenta: trabalhar com Multiletramentos pode ou não envolver (nor- malmente envolverá) o uso de novas tecnologias de comunicação e informação (“novos letramentos”), mas caracteriza-se como um trabalho que parte das culturas de referência do alunado (popular, local, de massa) e de gêneros, mídias e linguagens por eles conheci- dos, para buscar um enfoque crítico, pluralista, ético e democrático - que envolva agência - de textos/discursos que ampliem o reper- tório cultural, na direção de outros letramentos, valorizados (...) ou desvalorizados (...). (ROJO e MOURA, 2012, p. 08) No desenvolvimento dos argumentos a favor dos multiletra- mentos, Rojo inicialmente localiza a origem histórica desse conceito que procura cobrir dois “multi”: a multiculturalidade, referente à variedade cultural das populações presentes em nossas sociedades, principalmente urbanas, na contemporaneidade; e a multimodali- dade, referente à variedade semiótica de constituição dos textos por meio dos quais a multiculturalidade se comunica e informa. No que se refere à variedade cultural, é preciso notar, como assinala García-Canclini (2008[1989], 302-309), que o que hoje ve- mos à nossa volta são produções culturais letradas em efetiva cir- culação social, como um conjunto de textos híbridos de diferentes letramentos, sejam vernaculares e dominantes; de diferentes cam- pos, ditos “popular, de massa ou erudito”, desde sempre híbridos, caracterizados por um processo de escolha pessoal e política e de CONHECIMENTOS 19 a solução para o seu concurso! Editora hibridização de produções de diferentes “coleções”, o que permite que cada pessoa possa fazer “sua própria coleção”, sobretudo a par- tir das tecnologias digitais. No que se refere à variedade semiótica, Lemke (2010[1994; 1998]) defende que o que realmente precisamos ensinar, e com- preender antes que possamos ensinar, é como vários letramentos e tradições culturais combinam modalidades semióticas diferen- tes para construir significados que são mais do que a soma do que cada parte poderia significar separadamente. O pesquisador tem chamado isso de “significado multiplicador”, porque as opções de significados de cada mídia multiplicam-se entre si em uma explosão combinatória. Em multimídia, as possibilidades de significação não são meramente aditivas. Rojo (2012) enfatiza que, ao considerar os dois “multi”: a multi- culturalidade e a multimodalidade, o conceito de multiletramentos avança em relação ao de letramento que, segundo ela, aponta para a multiplicidade e variedade das práticas letradas. Os multiletramentos funcionam, segundo Rojo, pautando-se em algumas características importantes: a) são interativos (colabo- rativos); b) fraturam e transgridem as relações de poder estabeleci- das; e c) são híbridos, fronteiriços, mestiços (de linguagens, modos, mídias e culturas) (ROJO; MOURA, 2012, p. 23). Portanto, para os multiletramentos são necessárias novas ferramentas, além das da escrita manual (papel, pena, lápis, caneta, giz e lousa) e impressa (tipografia, imprensa). Ferramentas de áudio, vídeo, tratamento da imagem, edição e diagramação também são incorporadas. Por outro lado, são requeridas novas práticas de produção e de análi- se crítica do receptor (ROJO; MOURA, 2012, p. 21), como também uma ética e várias estéticas, nas quais a instituição escolar pode dis- cutir os costumes locais e analisar criticamente as várias estéticas, constituindo variados critérios críticos de apreciação dos produtos culturais locais e globais. Fonte: CORRÊA, H. T.; DIAS, D. R.. MULTILETRAMENTOS E USOS DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO COM ALU- NOS DE CURSOS TÉCNICOS. Trabalhos em Linguística Aplicada, v. 55, n. 2, p. 241–262, maio 2016. DAS DIFERENTES EXPERIÊNCIAS DIDÁTICAS PARA SOLU- CIONAR PROBLEMAS DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM DE PRODUÇÃO DE TEXTO ESCRITO NA ESCOLA, JUSTIFICAN- DO OS ELEMENTOS RELEVANTES E AS ESTRATÉGIAS UTI- LIZADAS A produção de texto escrito é uma habilidade fundamental na educação, tanto para a vida acadêmica quanto para a profissional. No entanto, muitos alunos têm dificuldades em produzir textos de qualidade, seja por falta de conhecimento das regras gramaticais, seja por falta de prática na escrita. Diante desse cenário, é neces- sário que o professor desenvolva estratégias didáticas que possam ajudar os alunos a superarem as dificuldades de produção textual. Dentre as diferentes experiências didáticas para solucionar pro- blemas de ensino e de aprendizagem de produção de texto escrito na escola, destaca-se a utilização de atividades lúdicas e práticas pedagógicas mais dinâmicas. Isso porque, a partir do momento em que os alunos se sentem mais motivados e engajados no processo de aprendizagem, as chances de sucesso na produção textual são maiores. Outra estratégia didática que tem se mostrado eficaz é a utiliza- ção de exemplos de textos escritos de qualidade como modelo, que podem ser obtidos em livros, jornais, revistas, entre outras fontes. Além disso, é importante que o professor realize uma análise desses modelos de textos com os alunos, explicando as características que os tornam bons exemplos de produção textual. Ainda sobre os modelos de textos, é importante que o profes- sor utilize diferentes gêneros textuais, como notícias, artigos de opinião, contos, crônicas, entre outros, para que os alunos tenham contato com a diversidade textual existente. Além disso, o professor deve incentivar a produção de textos em diferentes gêneros, para que os alunos possam desenvolver suas habilidades em cada um deles. Uma estratégia didática que tem se mostrado eficaz é a utiliza- ção de técnicas de revisão e edição de textos. Para isso, o professor pode utilizar atividades em que os alunos devem revisar e editar os textos produzidos por seus colegas, identificando erros e sugerindo melhorias. Essa prática não só ajuda a aprimorar a produção textual dos alunos, mas também desenvolve habilidades de leitura crítica e análise de textos. É crucial que o professor dê feedbacks construtivos aos alunos, indicando pontos fortes e pontos a serem melhorados na produção textual. Esse feedback pode ser dado tanto individualmente quanto em grupo, por meio de discussões em sala de aula. A utilização de tecnologias digitais também pode ser uma gran- de aliada nesse processo. Hoje em dia, existem diversos softwares e aplicativos que podem ajudar na produção textual, seja por meio de correções ortográficas e gramaticais, seja por meio de sugestões de sinônimos e expressões adequadas ao texto. Além disso, a uti- lização de plataformas digitais para compartilhamento de textos entre os alunos pode ajudar a desenvolver habilidades de escrita colaborativa. DAS DIFERENTES TEORIAS E MÉTODOS DE LEITURA, EM ANÁLISE DE CASOS, PARA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS RE- LACIONADOS AO ENSINO E À APRENDIZAGEM DE LEITURA NA ESCOLA. A leitura é uma das habilidades mais importantes que os estu- dantes aprendem na escola, e é crucial para o sucesso acadêmico e pessoal. No entanto, muitos alunos enfrentam desafios na compre- ensão de textos e na interpretação de informações. Para resolver esses problemas, os professores precisam estar familiarizados com diferentes teorias e métodos de leitura que podem ser aplicados em contextos educacionais. Uma teoria de leitura muito influente é a teoria do processa- mento da informação, que enfatiza o papel da memória e do co- nhecimento prévio na compreensão de textos. De acordo com essa teoria, os leitores armazenam informações sobre o mundo em sua memória de longo prazo e usam esse conhecimento para compre- ender novos textos. Os professores podem aplicar essa teoria in- centivando os alunos a fazer conexões entre seus conhecimentos prévios e o que estão lendo, o que ajuda a aumentar a compreen- são e a retenção das informações. CONHECIMENTOS 2020 a solução para o seu concurso! Editora Outra teoria importante é a teoria socioconstrutivista, que destaca a importância do ambiente social e das interações entre os alunos e o professor na construção do conhecimento. Essa teoria sugere que a leitura é uma atividade social e que a compreensão de um texto é influenciada pelas discussões em grupo e pela cola- boração entre os alunos. Os professores podem aplicar essa teoria fornecendo oportunidades para os alunos discutirem textos e tra- balharem juntos em projetos de leitura. Além das teorias, existem também diferentes métodos de lei- tura que podem ser aplicados em contextos educacionais. O méto- do de leitura em voz alta é uma técnica clássica que pode ser usada para incentivar a compreensão e a fluência na leitura. Os profes- sores podem ler em voz alta para os alunos e pedir que os alunos leiam em voz alta também, para praticar a pronúncia e a entonação correta. Outro método é a leitura guiada, que envolve o professor em orientar os alunos na leitura de um texto. Os alunos leem em voz alta em conjunto e o professor ajuda a fornecer o contexto e a ex- plicar as palavras difíceis. Essa abordagem é particularmente eficaz para alunos que estão lutando com a leitura e precisam de mais apoio. O método de leitura crítica é uma abordagem que incentiva os alunos a avaliar o texto e a considerar diferentes perspectivas. Essa abordagem incentiva os alunos a fazer perguntas críticas e a anali- sar o texto de uma maneira mais profunda. Isso pode ajudá-los a desenvolver habilidades de pensamento crítico e a compreender melhor as informações. No entanto, para escolher o método de leitura correto e re- solver problemas relacionados à leitura, é necessário entender as necessidades específicas dos alunos. Cada aluno tem seu próprio ritmo de aprendizagem e estilo de aprendizado, e é importante que os professores adaptem sua abordagem de ensino para atender às necessidades individuais dos alunos. Outra teoria de leitura muito conhecida é a teoria sociocultu- ral, desenvolvida por Vygotsky. Segundo ele, a leitura é uma ativi- dade socialmente mediada e, portanto, a aprendizagem da leitura é influenciada pelas interações sociais do indivíduo. Nessa teoria, a linguagem é vista como uma ferramenta de comunicação e intera- ção social, e a leitura é vista como um processo de construção de significado a partir das interações entre o leitor, o texto e o contexto sociocultural em que está inserido. Para aplicar essa teoria em sala de aula, é importante que o professor estimule a interação social dos alunos durante a leitura, por meio de atividades de discussão e reflexão sobre os textos lidos, por exemplo. Além disso, é importante que o professor selecione textos que estejam inseridos no contexto sociocultural dos alunos, de modo que eles possam se identificar e estabelecer conexões com o conteúdo lido. Por fim, temos a teoria crítica de leitura, que tem como princi- pal objetivo desenvolver no aluno a capacidade de compreender e interpretar criticamente os textos lidos. Essa teoria tem como base a ideia de que a leitura é um ato político e que os textos podem ter diferentes significados, dependendo do contexto em que são lidos. Para aplicar essa teoria em sala de aula, o professor deve esti- mular a reflexão crítica dos alunos sobre os textos lidos, incentivan- do-os a questionar o conteúdo apresentado e a buscar diferentes perspectivas sobre o tema abordado. Além disso, é importante que o professor apresente aos alunos diferentes gêneros textuais, para que eles possam compreender como as diferentes estruturas textu- ais podem influenciar o seu significado. Existem diversas teorias e métodos de leitura que podem ser aplicados em sala de aula para solucionar problemas relacionados ao ensino e à aprendizagem de leitura. Cabe ao professor escolher a teoria e o método mais adequados para as necessidades de seus alunos, levando em consideração as características individuais de cada um e o contexto sociocultural em que estão inseridos. Com uma prática pedagógica efetiva e engajada, é possível desenvolver nos alunos habilidades de leitura e interpretação crítica de textos, contribuindo para a formação de cidadãos críticos e conscientes de seu papel na sociedade. DAS TECNOLOGIAS DIVERSAS (MATERIAIS FÍSICOS E DIGI- TAIS), PARA APLICAÇÃO EM DIFERENTES EXPERIÊNCIAS DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM DE LÍNGUA E LITERATURA, RECONHECENDO OS ELEMENTOS RELEVANTES E AS ES- TRATÉGIAS ADEQUADAS. As tecnologias têm se tornado cada vez mais presentes no coti- diano das pessoas e, consequentemente, na educação. A utilização de diferentes tecnologias, tanto materiais físicos quanto digitais, podem ser utilizadas como recursos pedagógicos para enriquecer as experiências de ensino e de aprendizagem de língua e literatura na escola. Um dos materiais físicos mais utilizados em sala de aula são os livros didáticos e paradidáticos. Além de conterem informações re- levantes e serem fonte de conhecimento, podem ser utilizados para exercitar a leitura, compreensão e interpretação de textos literá- rios. É importante, no entanto, que esses materiais sejam atualiza- dos, adequados ao nível de escolaridade dos alunos e que sejam es- colhidos de acordo com os objetivos do planejamento pedagógico. Outro material físico bastante utilizado é o quadro branco ou lousa. É por meio desses recursos que os professores podem expor conteúdos, fazer esquemas e mapas conceituais, exercitar a escrita, entre outras atividades. É importante que os professores utilizem de maneira adequada esses recursos, a fim de tornar a aula mais interativa e dinâmica. No entanto, com o avanço das tecnologias digitais, novos recur- sos têm sido utilizados na educação. A internet, por exemplo, é uma ferramenta poderosa para o ensino de língua e literatura. Além de ser uma fonte inesgotável de informações, pode ser utilizada para fazer pesquisas, trabalhar com diferentes gêneros textuais, exerci- tar a escrita e leitura em diferentes contextos. Os aplicativos também são recursos digitais que podem ser uti- lizados em sala de aula. Existem diversos aplicativos voltados para o ensino de língua e literatura, que apresentam diferentes funcionali- dades, como correção de gramática, verificação de ortografia, jogos para exercitar a leitura e a escrita, entre outras possibilidades. É im- portante que os professores selecionem os aplicativos adequados ao nível de escolaridade dos alunos e que estejam de acordo com os objetivos do planejamento pedagógico. As plataformas de ensino a distância (EAD) também têm se popularizado nos últimos anos. Por meio dessas plataformas, os professores podem disponibilizar conteúdos para que os alunos estudem de forma independente, além de poderem utilizar dife- rentes recursos, como fóruns de discussão, chats, vídeo aulas, entre outras possibilidades. É importante, no entanto, que os professores estejam atentos às necessidades dos alunos e que acompanhem o processo de aprendizagem de cada um. CONHECIMENTOS 21 a solução para o seu concurso! Editora Outra tecnologia digital que tem ganhado espaço na educação é a gamificação, que consiste em utilizar elementos de jogos para incentivar a participação e o engajamento dos alunos. Na língua e literatura, isso pode ser aplicado de diversas formas, como por exemplo, por meio de jogos de palavras, charadas literárias, quizzes sobre obras literárias, entre outros. Essa abordagem ajuda a tornar o aprendizado mais lúdico e motivador para os estudantes. Além das tecnologias digitais, também há uma série de recur- sos materiais que podem ser utilizados para auxiliar no ensino e aprendizagem de língua e literatura. Dentre eles, destacam-se os li- vros, que são a principal ferramenta de trabalho para os professores de literatura. É importante que o acervo bibliográfico das escolas esteja atualizado e contemple obras de diferentes épocas e gêneros literários, de modo a possibilitar a formação de leitores críticos e conscientes. Os recursos audiovisuais também são bastante úteis, especial- mente para o ensino de língua. Filmes, séries e documentários po- dem ser utilizados para trabalhar a compreensão oral e escrita, bem como para discutir questões sociais e culturais relacionadas à lín- gua. Além disso, a utilização de áudio livros pode ser uma alternati- va interessante para alunos com dificuldades de leitura, permitindo que eles tenham acesso às obras literárias por meio da audição. Assim, independentemente do recurso tecnológico ou material utilizado, é essencial que o professor saiba aplicá-los de forma ade- quada e em sintonia com os objetivos pedagógicos de cada ativida- de. A tecnologia, por si só, não é capaz de resolver problemas de aprendizagem, sendo fundamental o papel do educador na media- ção do processo de ensino-aprendizagem e no estímulo ao desen- volvimento de habilidades críticas e reflexivas nos alunos. DAS SITUAÇÕES DIDÁTICAS, ENVOLVENDO A LÍNGUA, A LI- TERATURA E TODOS OS TIPOS DE LINGUAGEM, QUE FAVO- REÇAM A AUTONOMIA, A LIBERDADE E A SENSIBILIDADE DO ESTUDANTE. A aprendizagem em sala de aula não se resume apenas à assi- milação de conteúdo, mas também ao desenvolvimento de habili- dades e competências que permitem ao estudante ser autônomo, livre e sensível às diferentes linguagens. Para tanto, é fundamental que o processo de ensino-aprendizagem contemple situações di- dáticas que estimulem essas características, sobretudo no que diz respeito à língua, à literatura e a outras formas de linguagem. Uma das situações didáticas que favorecem a autonomia, a li- berdade e a sensibilidade do estudante é a leitura livre. Nessa ativi- dade, o aluno tem a liberdade de escolher o livro que deseja ler, o que desperta o seu interesse e engajamento. Além disso, a leitura livre permite que o aluno desenvolva sua autonomia, pois ele passa a ter mais controle sobre o próprio processo de aprendizagem. Outra situação didática que favorece a autonomia e a liberdade do estudante é a produção de textos livres. Nesse caso, o aluno tem a oportunidade de expressar suas ideias e sentimentos de forma livre, sem a imposição de um tema ou gênero específico. Dessa for- ma, o estudante se torna mais autônomo, pois é ele quem decide o que e como escrever. Ainda no que diz respeito à autonomia, a literatura de cordel também pode ser uma ferramenta interessante. Ao trabalhar com esse gênero literário, o aluno é estimulado a produzir seus próprios cordéis, desenvolvendo sua criatividade e autonomia. Além disso, a literatura de cordel permite que o estudante conheça melhor a cultura popular brasileira, o que pode ser enriquecedor para sua formação como cidadão. A liberdade também pode ser favorecida através de atividades que estimulem a expressão corporal. A dança, por exemplo, é uma forma de linguagem que permite ao aluno expressar-se livremente, sem a necessidade de palavras. Essa atividade também pode ser uma forma de estimular a sensibilidade do estudante, uma vez que ele é desafiado a interpretar e expressar sentimentos e emoções por meio do movimento. Além disso, a produção de vídeos, podcasts e outras formas de linguagem digital também podem ser ferramentas interessantes para favorecer a autonomia, a liberdade e a sensibilidade do estu- dante. Ao produzir conteúdo digital, o aluno tem a oportunidade de expressar-se de forma livre, além de desenvolver habilidades rela- cionadas ao uso de ferramentas tecnológicas. As situações didáticas que favorecem a autonomia, a liberda- de e a sensibilidade do estudante devem estar alinhadas com os objetivos educacionais, respeitando as diretrizes curriculares e a re- alidade dos estudantes. É preciso que os professores estejam capa- citados e dispostos a inovar em suas práticas pedagógicas, de modo a tornar o processo de ensino-aprendizagem mais interessante e significativo para os alunos. Somente assim será possível formar estudantes autônomos, livres e sensíveis às diferentes formas de linguagem. DAS VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS DISSOCIADAS DE ATITU- DES PRECONCEITUOSAS E DISCRIMINATÓRIAS. — Definição A língua é a expressão básica de um povo e, portanto, passa por mudanças conforme diversos fatores, como o contexto, a época, a região, a cultura, as necessidades e as vivências do grupo e de cada indivíduo nele inserido. A essas mudanças na língua, damos o nome de variações ou variantes linguísticas. Elas consistem nas diversas formas de expressão de um idioma de um país, tendo em vista que a língua padrão de uma nação não é homogênea. A construção do enunciado, a seleção das palavras e até mesmo a tonalidade da fala, entre outras características, são considerados na análise de uma variação linguística. Confira a seguir os quatro tipos de variantes linguísticas existentes. – Variações sociais (diastráticas): são as diferenças relacionadas ao grupo social da pessoa que fala. As gírias, por exemplo, fazem parte da linguagem informal dos grupos mais jovens. Assim como ocorre com os mais novos. – Os jargões de grupos sociais específicos: outras turmas têm seu vocabulário particular, como é o caso dos capoeiristas, por exemplo, no meio dos quais a expressão “meia-lua” tem um significado bem diverso daquele que fará sentido para as pessoas que não integram esse universo; o mesmo ocorre com a expressão “dar a caneta”, que, entre os futebolistas é compreendida como um tipo de driblar o adversário, bem diferente do que será assimilado pela população em geral. – Os jargões profissionais: em razão dos tempos técnicos, as profissões também têm bastante influência nas variantes sociais. São termos cuja utilização é restrita a um círculo profissional. Os CONHECIMENTOS 2222 a solução para o seu concurso! Editora contadores, por exemplo, usam os temos “ativo” e “passivo” para expressar ideias bem diferentes daquelas empregadas pelas pessoas em geral. – Variações históricas (diacrônicas): essas variantes estão relacionadas ao desenvolvimento da história. Determinadas expressões deixar de existir, enquanto outras surgem e outras se transformam conforme o tempo foi passando. Exemplos: – Vocabulário: a palavra defluxo foi substituída, com o tempo, por resfriado; o uso da mesóclise era muito comum no século XIX, hoje, não se usa mais. – Grafia: as reformas ortográficas são bastante regulares, sendo que, na de 1911, uma das mudanças mais significativas foi a substituição do ph por f (pharmácia – farmácia) e, na de 2016, a queda do trema foi apenas uma delas (bilíngüe – bilingue). – Variações geográficas (diatópicas): essa variante está relacionada com à região em que é gerada, assim como ocorre o português brasileiro e os usos que se fazem da língua portuguesa em Angola ou em Portugal, denominadas regionalismo. No contexto nacional, especialmente no Brasil, as variações léxicas, de fonemas são abundantes. No interior de um estado elas também são recorrentes. – Exemplos: “abóbora”, “jerimum” e “moranga” são três formas diferentes de se denominar um mesmo fruto, que dependem da região onde ele se encontra. Exemplo semelhante é o da “mandioca”, que recebe o nome de “macaxeira” ou mesmo de “aipim”. – Variações situacionais (diafásicas): também chamadas de variações estilísticas, referem-se ao contexto que requer a adaptação da fala ou ao estilo dela. É o caso das questões de linguagem formal e informal, adequação à norma-padrão ou descaso com seu uso. A utilização de expressões aprimoradas e a obediência às normas- padrão da língua remetem à linguagem culta, oposta à linguagem coloquial. Na fala, a tonalidade da voz também importante. Dessa forma, a maneira de se comunicar informalmente e a escolha vocabular não serão, naturalmente, semelhantes em ocasiões como uma entrevista de emprego. Essas variações observam o contexto da interação social, considerando tanto o ambiente em que a comunicação se dá quanto as expectativas dos envolvidos. QUESTÕES 1. (2019 – IFMT - PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA) Sobre a construção de sentidos em situações de produção e recepção textuais, é correto afirmar que: A) é um processo estático e individual, que não sofre influência do contexto sociocultural. B) ocorre apenas durante a produção de textos escritos, e não durante a interpretação de textos orais. C) é influenciado por fatores linguísticos, culturais e sociais, e ocorre por meio do processamento cognitivo de informações relevantes para os interlocutores. D) não pode ser influenciado pela escolha do vocabulário ou pela organização do discurso, já que a mensagem é sempre in- terpretada de forma objetiva. 2. (2018 – IBFC – EBSERH - TÉCNICO EM ENFERMAGEM) Em relação à construção de sentidos em situações de produção e recepção textuais, é correto afirmar que: A) é um processo puramente individual, que não sofre influên- cia do contexto em que o texto é produzido ou recebido. B) é influenciado apenas por fatores linguísticos, como a esco- lha do vocabulário e a organização do discurso. C) não é influenciado pelo contexto sociocultural em que o tex- to é produzido ou recebido. D) é influenciado por fatores linguísticos, culturais e sociais, e ocorre por meio do processamento cognitivo de informações relevantes para os interlocutores. 3. (2021 – FAETEC - PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA) De acordo com a Teoria da Relevância, a construção de senti- dos em situações de produção e recepção textuais ocorre: �) por meio da análise isolada das informações contidas no tex- to. �) independentemente do contexto sociocultural em que o tex- to é produzido ou recebido. C) por meio do processamento cognitivo de informações rele- vantes para os interlocutores envolvidos na interação. �) exclusivamente durante a produção de textos escritos. 4. (2019 – CESPE - BANCO DO BRASIL - ESCRITURÁRIO) A construção de intertextualidades pela análise do tema, da es- trutura composicional e do estilo de objetos culturais em diferentes linguagens é um processo fundamental para a compreensão e apre- ciação da produção cultural contemporânea. Assinale a alternativa que apresenta corretamente o que pode ser identificado por meio da análise dos elementos intertextuais presentes nos textos: �) A relação entre diferentes linguagens e formas de expressão. �) O significado literal do texto. �) A ausência de conexões entre diferentes textos de um mes- mo autor ou de autores diferentes. �) A falta de referências intertextuais nos textos. 5. (2020 – FCC - CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO - TÉCNICO LEGISLATIVO) A construção de intertextualidades pela análise do tema, da estrutura composicional e do estilo de objetos culturais em dife- rentes linguagens é um processo complexo e fundamental para a compreensão e apreciação da produção cultural contemporânea. Qual das alternativas abaixo apresenta corretamente um exemplo de intertextualidade? �) A utilização de um poema em uma campanha publicitária. �) A leitura de um romance em língua estrangeira. �) A análise de um quadro abstrato. �) A escultura de uma figura geométrica. 6. (2021 – FGV – EBSERH - ANALISTA ADMINISTRATIVO) A construção de intertextualidades pela análise do tema, da es- trutura composicional e do estilo de objetos culturais em diferentes linguagens é um processo fundamental para a compreensão e apre- ciação da produção cultural contemporânea. Assinale a alternativa que apresenta corretamente a relação entre diferentes textos de um mesmo autor ou de autores diferentes: A) A ausência de conexões entre os textos. B) A falta de referências intertextuais nos textos. C) A análise apenas do tema dos textos. D) A identificação das referências intertextuais presentes nos textos. CONHECIMENTOS 23 a solução para o seu concurso! Editora 7. (2017 – FCC - TCE-SP - ANALISTA) O uso de recursos linguísticos expressivos em textos está rela- cionado às intenções do enunciador, pois esses recursos permitem que ele crie efeitos estéticos e emocionais no leitor. Entre os recur- sos expressivos, podemos citar: A) Apenas a alternativa 1 está correta. B) As alternativas 1 e 2 estão corretas. C) As alternativas 2 e 3 estão corretas. D) As alternativas 3 e 4 estão corretas. E) Todas as alternativas estão corretas. 8. (2018 – FCC - CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO - ANALIS- TA LEGISLATIVO - ESPECIALIDADE: LÍNGUA PORTUGUESA) A utilização de recursos linguísticos expressivos em textos pode: A) interferir negativamente na clareza da mensagem. B) dificultar a compreensão por parte do leitor. C) criar efeitos estéticos e emocionais no leitor. D) tornar o texto monótono e pouco interessante. E) todas as alternativas estão incorretas. 9. (2016 – FCC - TCE-SC - AUDITOR FISCAL DE CONTROLE EX- TERNO) A utilização de recursos linguísticos expressivos em textos: A) é sempre desnecessária e deve ser evitada. B) é um recurso que não tem relação com as intenções do enunciador. C) é um recurso que permite ao enunciador criar efeitos estéti- cos e emocionais no leitor. D) é um recurso que deve ser utilizado apenas em textos lite- rários. E) todas as alternativas estão incorretas. 10. (2021 – FGV – CVM - ANALISTA - ANÁLISE DE INFORMA- ÇÕES) A utilização de recursos linguísticos expressivos em textos está relacionada: A) apenas à gramática normativa da língua portuguesa. B) à variação linguística e cultural. C) apenas ao gênero textual em questão. D) apenas à clareza e objetividade da mensagem. E) todas as alternativas estão incorretas. 11. (2018 – FCC - TRT 6ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA) Considerando a articulação de conhecimentos prévios e infor- mações textuais para a explicação de ambiguidades, opiniões e va- lores implícitos, assinale a alternativa correta. A) Em uma resenha, é possível identificar facilmente as inten- ções do autor, pois se trata de um gênero textual que não apre- senta ambiguidades. B) A ambiguidade é um recurso que o autor utiliza para confun- dir o leitor e deixar o texto mais complexo. C) A ironia é uma figura de linguagem que consiste em dizer o contrário do que se quer dizer, e pode ser utilizada pelo autor para expressar uma opinião sem afirmá-la explicitamente. D) As pressuposições são informações que o autor não deixa explícitas no texto, mas que o leitor deve assumir como verda- deiras para entender o que está sendo dito. 12. (2019 – CESPE - PC-PA - INVESTIGADOR DE POLÍCIA CIVIL - CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS) A respeito da articulação de conhecimentos prévios e informa- ções textuais para a compreensão de inferências semânticas e prag- máticas, julgue o item a seguir. A) A linguagem figurada é uma estratégia do autor para dizer o que quer sem expressar suas opiniões de forma clara e ob- jetiva. B) A ironia é uma figura de linguagem que consiste em dizer algo de forma direta e objetiva, sem rodeios. C) A ambiguidade é uma característica presente somente nos textos literários. D) As inferências são conclusões que o leitor tira a partir de informações explícitas e implícitas do texto. E) A ironia é uma figura de linguagem que pode ser utilizada para expressar opiniões de forma indireta e sutil. 13. (2019 – FCC - TCE-SP - AGENTE DE FISCALIZAÇÃO FINANCEI- RA - CIÊNCIAS CONTÁBEIS) A respeito da articulação de conhecimentos prévios e informa- ções textuais para a compreensão de inferências semânticas e prag- máticas, julgue o item a seguir. A) As inferências são conclusões que o leitor tira a partir de informações explícitas e implícitas do texto. B) As pressuposições são informações implícitas que o autor deixa no texto e que o leitor deve assumir como verdadeiras para entender o que está sendo dito. C) A ambiguidade é um recurso utilizado pelo autor para deixar o texto mais simples e fácil de entender. D) A linguagem figurada é uma estratégia do autor para expres- sar suas opiniões de forma clara e objetiva. 14. (2021 – FCC - TJ-RO - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA: COMU- NICAÇÃO SOCIAL – JORNALISMO) Qual é a principal diferença entre a língua falada e a língua es- crita? A) A língua falada é mais formal que a língua escrita. B) A língua falada é mais precisa do que a língua escrita. C) A língua escrita é mais objetiva do que a língua falada. D) A língua escrita é mais elaborada do que a língua falada. 15. (2018 – FCC - Prefeitura de Fortaleza – CE - Analista de Co- municação Social – Jornalismo) Sobre o discurso jornalístico, é correto afirmar: A) O discurso jornalístico é sempre produzido para um público especializado. B) O discurso jornalístico é uma mistura de diversos tipos de discursos, como o informativo, o opinativo e o interpretativo. C) O discurso jornalístico é sempre objetivo e imparcial. B) O discurso jornalístico é estruturado de forma a criar uma relação afetiva com o leitor. 16. (2017 – VUNESP - CÂMARA MUNICIPAL DE GUARUJÁ – SP - ASSESSOR DE IMPRENSA) Qual é a principal característica da linguagem utilizada em um discurso político? A) Clareza e objetividade. B) Uso de metáforas e expressões coloquiais. C) Imparcialidade e neutralidade. D) Uso de persuasão e emotividade. CONHECIMENTOS 2424 a solução para o seu concurso! Editora 17. (2019 – CESGRANRIO – PETROBRAS - TÉCNICO(A) DE ADMI- NISTRAÇÃO E CONTROLE JÚNIOR) Sobre a literatura associada à teoria e à crítica literária, é cor- reto afirmar que: A) A teoria literária e a crítica literária são disciplinas que se limitam ao estudo da literatura produzida nos dias atuais. B) A teoria literária e a crítica literária são disciplinas que visam, respectivamente, produzir e avaliar obras literárias. C) A teoria literária e a crítica literária são disciplinas que se ocupam, respectivamente, do estudo dos elementos constitutivos da literatura e da análise dos textos literários. D) A teoria literária e a crítica literária são disciplinas que se confundem, tendo como objetivo a produção de obras literárias de qualidade. 18. (2020 – FCC - TRE-RJ - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDI- CIÁRIA) A literatura associada à teoria e à crítica literária é fundamental para a compreensão da produção literária em sua amplitude. Acer- ca desse tema, é correto afirmar: A) A crítica literária não interfere na interpretação do texto lite- rário, pois se limita a julgar a qualidade da obra. B) A teoria literária se preocupa apenas com as características formais da obra, não se importando com o seu contexto de pro- dução. C) A crítica literária é um conjunto de normas que estabelecem o que é bom e ruim em literatura. D) A teoria literária e a crítica literária são disciplinas comple- mentares, uma vez que a primeira estuda os elementos consti- tutivos da literatura e a segunda se dedica à análise dos textos literários. 19. (2018 – VUNESP - TJ-SP - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO) A literatura associada à teoria e à crítica literária é um campo do conhecimento que se dedica a estudar a produção literária de forma crítica e reflexiva. Nesse sentido, é correto afirmar que: A) A teoria literária se preocupa apenas com a análise dos ele- mentos formais das obras literárias. B) A crítica literária é uma atividade que se limita a julgar a qua- lidade literária de uma obra. C) A teoria literária e a crítica literária são áreas independentes e sem conexão entre si. D) A teoria literária se ocupa de estudar os elementos constitu- tivos da literatura e a crítica literária se dedica a avaliar a qualidade e o significado dos textos literários. 20. (2019 – IADES - CÂMARA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE - ANALISTA LEGISLATIVO - LÍNGUA PORTUGUESA) De acordo com os pressupostos teóricos que embasam a práti- ca didática dos processos de ensino e de aprendizagem em Língua Portuguesa, o conceito de intertextualidade é fundamental. O que se entende por intertextualidade? A) A relação de um texto com outros textos, que pode ser de citação, paródia, alusão, entre outras. B) A capacidade de o autor escrever diferentes tipos de textos, como poema, conto, romance, sem se prender a padrões esta- belecidos. C) A habilidade do leitor de interpretar um texto sem ter co- nhecimento prévio de outros textos. D) A utilização de palavras de outros idiomas em um texto, com a finalidade de ampliar o vocabulário. 21. (2019 – FGV - COLÉGIO PEDRO II - PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA) A prática didática dos processos de ensino e de aprendizagem em Língua Portuguesa parte do pressuposto de que a leitura e a escrita são processos interdependentes, ou seja, um interfere no outro. Assim, pode-se afirmar que: A) A leitura é um processo mecânico, que não interfere na es- crita. B) A escrita é um processo independente da leitura, que não influencia na compreensão de um texto. C) A escrita é influenciada pela leitura, que ajuda a desenvolver a capacidade de expressão escrita do aluno. D) A leitura é prejudicial à escrita, pois o aluno pode confundir as estruturas e normas gramaticais. 22. (2020 – IBADE - PREFEITURA MUNICIPAL DE COLATINA - PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA) O conceito de gêneros textuais é um dos pressupostos teóricos que fundamentam a prática didática dos processos de ensino e de aprendizagem em Língua Portuguesa. Sobre esse conceito, pode-se afirmar que: A) Os gêneros textuais são classificações que se baseiam so- mente na forma dos textos. B) Os gêneros textuais são classificações que se baseiam so- mente no conteúdo dos textos. C) Os gêneros textuais são classificações que se baseiam na for- ma e no conteúdo dos textos. D) Os gêneros textuais não são relevantes para a prática didáti- ca de Língua Portuguesa. 23. (2017 – CONSULPLAN - PREFEITURA DE JAPERI – RJ - PRO- FESSOR DE PORTUGUÊS) De acordo com Libâneo (1994), a prática pedagógica do profes- sor deve considerar que o processo educativo é uma ação que se desenvolve mediante a relação ensino-aprendizagem. Nesse senti- do, a prática pedagógica deve ser: A) Dialógica, significativa e mediadora; B) Tradicional, expositiva e autoritária; C) Mecânica, individual e padronizada; D) Passiva, alienante e impositiva. 24. (2017 – IBFC - PREFEITURA DE NOVA IGUAÇU – RJ - PROFES- SOR DE LÍNGUA PORTUGUESA) A prática pedagógica deve ser uma ação que se desenvolve me- diante a relação ensino-aprendizagem. Com base nesse pressupos- to, é correto afirmar que: A) A prática pedagógica deve ser expositiva, para que o aluno tenha contato com o conhecimento científico; B) O professor é o único responsável pela produção do conhe- cimento, sendo o aluno mero receptor; C) A prática pedagógica deve ser dialógica, permitindo que o aluno participe ativamente do processo de aprendizagem; D) A prática pedagógica deve ser baseada em métodos padro- nizados, para garantir a eficiência do processo educacional. CONHECIMENTOS 25 a solução para o seu concurso! Editora 25. (2018 – FCC - CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO - TÉCNI- CO LEGISLATIVO – TAQUIGRAFIA) A prática docente deve ser estruturada com o objetivo de pro- mover uma aprendizagem significativa para os alunos. Dessa forma, é correto afirmar que a prática pedagógica deve ser: A) Dialógica, ou seja, pautada na interação entre professor e alunos, considerando seus conhecimentos prévios; B) Tradicional, com a exposição do conteúdo pelo professor, seguida de exercícios; C) Padronizada, para garantir a homogeneização dos resultados dos alunos; D) Expositiva, com o professor expondo o conteúdo sem inte- ração com os alunos. 26. (2020 - INSTITUTO CONSULPLAN - PREFEITURA DE CAMPO GRANDE – MS - PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA) Segundo Paulo Freire, a prática docente deve ser baseada no diálogo, na reflexão e na ação. Dessa forma, é correto afirmar que a prática pedagógica deve ser: A) Dialógica, com o professor promovendo a interação entre os alunos e estimulando a reflexão crítica sobre a realidade; B) Mecânica, com o professor transmitindo o conhecimento de forma padronizada; C) Tradicional, com o professor exercendo o papel de transmis- sor de conhecimentos; D) Expositiva, com o professor expondo o conteúdo sem inte- ração com os alunos. 27. (2018 – UFGD - PROFESSOR DE ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO) De acordo com os pressupostos teóricos de língua e literatura para a Educação Básica, qual das afirmações a seguir é correta? A) A leitura de textos literários não tem valor formativo para o aluno. B) A gramática normativa deve ser a base do ensino da língua materna. C) O ensino de língua materna e literatura deve privilegiar a produção de textos pelos alunos. D) O ensino de língua materna e literatura deve ter como ob- jetivo o domínio de técnicas e regras de composição literária. 28. (2019 – UNEMAT - PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA) Sobre os pressupostos teóricos de língua e literatura para a Educação Básica, assinale a alternativa correta: A) A literatura não deve ser trabalhada na Educação Básica, pois os alunos ainda não têm maturidade para compreendê-la. B) O ensino de língua materna deve se restringir apenas à gra- mática normativa. C) O ensino de língua materna e literatura deve ter como obje- tivo desenvolver a capacidade de produzir textos em diferentes gêneros e modalidades. D) O ensino de língua materna e literatura deve ser centrado na memorização de conceitos e informações. 29. (2018 – IFCE - PROFESSOR DE ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO) De acordo com os pressupostos teóricos de língua e literatura para a Educação Básica, é correto afirmar que: A) O ensino de língua materna deve ser voltado apenas para a compreensão de regras gramaticais. B) A literatura deve ser trabalhada apenas no Ensino Médio. C) O ensino de língua materna e literatura deve ser orientado para a produção de textos. D) A língua materna deve ser ensinada sem considerar a diver- sidade linguística e cultural. 30. (2019 – FCC – EBC - ANALISTA DE COMUNICAÇÃO – JOR- NALISMO) Qual a relação entre a expressão literária popular e a cultura de um determinado povo? A) A expressão literária popular é uma forma de manifestação artística isolada da cultura de um povo. B) A expressão literária popular é influenciada pela cultura de um povo e, por sua vez, também influencia essa cultura. C) A expressão literária popular é uma forma de manifestação cultural irrelevante para a compreensão da cultura de um povo. D) A expressão literária popular é uma forma de manifestação cultural que se opõe à cultura de um povo. 31. (2019 – IBFC - PREFEITURA MUNICIPAL DE JUIZ DE FORA – MG - PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA II - LÍNGUA PORTUGUESA) Qual é a importância da expressão literária popular para a for- mação cultural dos indivíduos? A) A expressão literária popular não tem relevância para a for- mação cultural dos indivíduos. B) A expressão literária popular é uma forma de entretenimen- to sem impacto significativo na formação cultural dos indiví- duos. C) A expressão literária popular é uma forma de manifestação cultural que ajuda a preservar a identidade e as tradições de um povo, além de ampliar a visão de mundo dos indivíduos. D) A expressão literária popular é uma forma de manifestação cultural que gera conflitos e exclusão social. 32. (2018 - INSTITUTO AOCP - PREFEITURA MUNICIPAL DE MA- RINGÁ – PR - PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUN- DAMENTAL I - LÍNGUA PORTUGUESA) Quais são as características da linguagem presente na expres- são literária popular? A) A linguagem da expressão literária popular é sempre erudita e complexa, dificultando a compreensão do leitor. B) A linguagem da expressão literária popular é simples e aces- sível, utilizando recursos linguísticos que valorizam o cotidiano e as vivências do povo. C) A linguagem da expressão literária popular é sempre rebus- cada e formal, utilizando termos técnicos e jargões específicos. D) A linguagem da expressão literária popular é estrangeirada, valorizando termos e expressões de outras culturas. 33. (2019 – CONSULPLAN - PREFEITURA MUNICIPAL DE UBÁ – MG - PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA - LÍNGUA PORTUGUESA) Qual é a prática pedagógica que busca o desenvolvimento de competências relacionadas à produção de texto escrito na escola? A) Leitura silenciosa em sala de aula. B) Cópia de textos para desenvolvimento da grafia. C) Correção individualizada dos textos produzidos pelos alunos. D) Produção de texto como prática pedagógica. CONHECIMENTOS 2626 a solução para o seu concurso! Editora 34. (2018 - IF-SC - INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA - PROFESSOR DE ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO - LETRAS PORTUGUÊS) Sobre a produção de texto escrito na escola, é correto afirmar: A) A produção de texto só deve ser trabalhada nas disciplinas de Língua Portuguesa e Literatura. B) Não há necessidade de desenvolver atividades de produção textual, pois a maioria dos alunos já sabe escrever. C) A produção de texto deve ser trabalhada em todas as disci- plinas, pois é um processo transversal ao currículo. D) A produção de texto deve ser trabalhada apenas em discipli- nas específicas, como Redação. 35. (2018 – UEM - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ - PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA) Qual é a abordagem metodológica mais adequada para o ensi- no de produção de texto escrito? A) Aulas expositivas e exercícios de gramática. B) Leitura de textos prontos e correção de provas de redação. C) Desenvolvimento de atividades que explorem a criatividade e o pensamento crítico. D) Cópia de textos para desenvolvimento da grafia. 36. (2016 – FCC - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO DE JANEIRO - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA) Assinale a opção que contém a prática docente mais adequada para incentivar a produção de texto escrito pelos alunos: A) Correção individualizada dos textos produzidos pelos alu- nos, com ênfase nos erros ortográficos. B) Ditado de textos para desenvolvimento da grafia. C) Estímulo à criatividade e ao pensamento crítico, por meio de atividades que envolvam a produção de texto. D) Leitura em voz alta de textos prontos, com posterior debate sobre o conteúdo. 37. (2019 – CONSULPLAN - PREFEITURA MUNICIPAL DE UBÁ – MG - PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA II - LÍNGUA PORTUGUESA) Assinale a alternativa que apresenta uma teoria de leitura que considera que a compreensão do texto depende de conhecimentos prévios do leitor. A) Leitura como decodificação. B) Leitura como habilidade. C) Leitura como processo interativo. D) Leitura como decodificação e compreensão. E) Leitura como inferência. 38. (2019 – IBFC - PREFEITURA MUNICIPAL DE NITERÓI – RJ - PROFESSOR DOCENTE II - LÍNGUA PORTUGUESA) De acordo com a teoria sociocultural da leitura, qual é o papel do leitor no processo de compreensão do texto? A) O leitor é um receptor passivo das informações do texto. B) O leitor é um decodificador das informações do texto. C) O leitor constrói o significado do texto a partir de suas expe- riências e conhecimentos prévios. D) O leitor utiliza as estratégias de decodificação para compre- ender o texto. E) O leitor utiliza as estratégias de análise gramatical para com- preender o texto. 39. (2021 – CONSULPLAN - PREFEITURA MUNICIPAL DE CARUA- RU – PE - PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA) Qual é a teoria de leitura que considera que a compreensão do texto é um processo que envolve a interação entre o leitor, o texto e o contexto sociocultural? A) Teoria da Leitura como Decodificação. B) Teoria da Leitura como Habilidade. C) Teoria da Leitura como Processo Interativo. D) Teoria da Leitura como Decodificação e Compreensão. E) Teoria da Leitura como Inferência. 40. (2019 – UFPR - PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA) A utilização de tecnologias digitais no ensino de língua portu- guesa pode contribuir para a construção do conhecimento linguísti- co, ampliando as possibilidades de experimentação e interação com a língua. Nesse contexto, qual dos recursos abaixo pode ser con- siderado um elemento relevante para a utilização de tecnologias digitais em sala de aula? A) Um quadro branco interativo. B) Um livro didático tradicional. C) Um gravador de áudio. D) Um chat online para discussão. 41. (2020 – VUNESP – IFSP - PROFESSOR DE LÍNGUA PORTU- GUESA) Considerando a utilização de tecnologias diversas no ensino de língua e literatura, é correto afirmar que: A) A utilização de recursos tecnológicos não deve se sobrepor às práticas de leitura e escrita. B) Apenas o uso de tecnologias digitais é suficiente para o de- senvolvimento de habilidades linguísticas. C) A utilização de tecnologias deve estar restrita ao uso de com- putadores e tablets em sala de aula. D) A utilização de tecnologias diversas pode ampliar as possi- bilidades de experimentação e interação com a língua e com a literatura. 42. (2018 – CESPE – IFB - PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA) Acerca da utilização de tecnologias no ensino de língua portu- guesa, é correto afirmar que: A) A utilização de tecnologias digitais em sala de aula é dispen- sável, já que o livro didático é suficiente para o desenvolvimen- to das habilidades linguísticas. B) O uso de tecnologias digitais é benéfico apenas para o ensi- no de língua estrangeira. C) As tecnologias físicas não têm relevância no ensino de língua portuguesa. D) A utilização de tecnologias diversas pode ampliar as possi- bilidades de experimentação e interação com a língua e com a literatura. 43. (2018 – IFSULDEMINAS - PROFESSOR DE PORTUGUÊS - SI- TUAÇÕES DIDÁTICAS) Sobre as situações didáticas que favorecem a autonomia do es- tudante, é correto afirmar que: A) Devem ser pautadas em uma postura autoritária do profes- sor, de forma a garantir a disciplina em sala de aula. B) Devem ser centradas no professor, que deve ser o detentor do conhecimento e repassá-lo aos alunos. CONHECIMENTOS 27 a solução para o seu concurso! Editora C) Devem priorizar a memorização de conteúdos para garantir o bom desempenho dos alunos em avaliações. D) Devem ser pensadas de forma a incentivar a participação ativa dos estudantes na construção do conhecimento. 44. (2017 – UFPEL - PROFESSOR DE LETRAS - AUTONOMIA E LIBERDADE DO ESTUDANTE) Assinale a alternativa que apresenta uma situação didática que favorece a autonomia e a liberdade do estudante: A) O professor ditando o que os alunos devem aprender e como devem aprender. B) O professor permitindo que os alunos façam o que quiserem em sala de aula. C) O professor cobrando dos alunos a memorização de conteú- dos sem questionamento. D) O professor propondo atividades que incentivem a reflexão e a construção do conhecimento pelos alunos. 45. (2016 - PREFEITURA DE SUZANO – SP - PROFESSOR DE LÍN- GUA PORTUGUESA - SITUAÇÕES DIDÁTICAS E SENSIBILIDADE DO ESTUDANTE) Sobre as situações didáticas que favorecem a sensibilidade do estudante, é correto afirmar que: A) Devem ser pautadas em atividades mecânicas, sem espaço para a criatividade do aluno. B) Devem ser pensadas de forma a estimular a participação ativa do aluno, permitindo que ele expresse suas emoções e opiniões. C) Devem ser centradas no professor, que deve impor seu pon- to de vista aos alunos. D) Devem priorizar a memorização de conteúdos para garantir o bom desempenho dos alunos em avaliações. GABARITO 1 C 2 D 3 C 4 A 5 A 6 D 7 B 8 C 9 C 10 B 11 C 12 E 13 B 14 D 15 B 16 D 17 C 18 D 19 D 20 A 21 C 22 C 23 A 24 C 25 A 26 A 27 C 28 C 29 C 30 B 31 C 32 B 33 D 34 C 35 C 36 C 37 E 38 C 39 C 40 D 41 D 42 D 43 D 44 A 45 B ANOTAÇÕES ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ CONHECIMENTOS 2828 a solução para o seu concurso! Editora ______________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ 29 a solução para o seu concurso! Editora BIBLIOGRAFIA LIVROS BAGNO, MARCOS. PRECONCEITO LINGUÍSTICO. SÃO PAU- LO: PARÁBOLA, 2015 O livro “Preconceito Linguístico”, do autor Marcos Bagno, publi- cado em 2015 pela editora Parábola, é uma obra indispensável para quem deseja entender as várias formas de discriminação linguística que existem na sociedade brasileira. Ao longo do livro, Bagno apresenta uma análise aprofundada das diversas formas de preconceito linguístico que as pessoas sof- rem no dia a dia, desde o uso de gírias e expressões populares até o sotaque de determinadas regiões do país. O autor explica como es- sas formas de preconceito afetam a autoestima das pessoas e como elas podem ser prejudicadas em suas relações sociais e profission- ais por causa da sua forma de falar. Dentre os temas principais abordados no livro, destacam-se: • História da Língua Portuguesa no Brasil: Bagno faz uma análise histórica da língua portuguesa no Brasil, desde a sua chega- da ao país até os dias atuais. Ele mostra como a língua portuguesa sofreu influências de outras línguas, como as línguas indígenas e africanas, e como isso se reflete na diversidade linguística brasileira. • Variação Linguística: o autor explica que a língua é um fenôme- no dinâmico e que, por isso, ela está em constante evolução. Ele mostra como as variações linguísticas surgem e se desenvolvem, e como elas são importantes para a comunicação em diferentes con- textos sociais. • Preconceito Linguístico: Bagno apresenta uma análise apro- fundada das várias formas de preconceito linguístico que existem na sociedade brasileira. Ele mostra como as pessoas são discrimina- das por causa da forma como falam, e como isso pode afetar a sua autoestima e suas oportunidades profissionais. • Diferença entre Erros Gramaticais e Variações Linguísticas: o autor faz uma distinção clara entre erros gramaticais e variações linguísticas, mostrando que nem todas as formas de falar que são consideradas “erradas” são realmente erros, mas sim variações legítimas da língua. • Norma Culta da Língua Portuguesa: Bagno oferece uma análise crítica da norma culta da língua portuguesa e sua relação com a dominação social e cultural no Brasil. Ele mostra como a norma culta é usada como uma forma de discriminação e exclusão social, e como isso pode ser mudado por meio de uma educação linguística mais inclusiva. A leitura completa do livro é fundamental para quem está se preparando para um concurso público, pois o conhecimento desses temas é cada vez mais valorizado em concursos e vestibulares. Além disso, a obra contribui para uma reflexão crítica sobre a diversidade linguística e cultural do Brasil, possibilitando uma atuação profis- sional mais consciente e ética. Por isso, recomendamos que todos os estudantes de língua portuguesa leiam o livro na íntegra e se aprofundem nesses importantes temas. BAKTIN, MIKHAIL. ESTÉTICA DA CRIAÇÃO VERBAL. 6. ED. SÃO PAULO: MARTINS FONTES, 2011 O livro “Estética da Criação Verbal”, de Mikhail Bakhtin, é uma das obras mais importantes da teoria literária do século XX. Nesta obra, Bakhtin defende a ideia de que a literatura é uma forma de comunicação que permite a expressão da diversidade cultural e da multiplicidade de vozes que existem na sociedade. Entre os temas principais abordados no livro, destacam-se: • Dialogismo: Bakhtin afirma que a literatura é uma forma de diálogo entre diferentes vozes, e que os textos literários são com- postos por múltiplas vozes que se entrecruzam e se complemen- tam. O dialogismo é, portanto, uma das principais características da literatura. • Polifonia: A polifonia é uma forma de expressão que permite a coexistência de múltiplas vozes em um mesmo texto. Bakhtin de- fende que a literatura é uma forma privilegiada de expressão po- lifônica, já que permite a coexistência de diferentes pontos de vista e perspectivas. • Heteroglossia: A heteroglossia é a coexistência de diferentes formas de linguagem em um mesmo texto. Segundo Bakhtin, a lit- eratura é uma forma de expressão heteroglóssica, já que incorpora em seus textos diferentes formas de linguagem e discursos. A leitura do livro “Estética da Criação Verbal” é fundamental para estudantes que desejam se aprofundar na teoria literária e na análise de textos literários. Além disso, o livro também é impor- tante para aqueles que desejam compreender melhor as relações entre linguagem, cultura e sociedade. É, portanto, uma leitura in- dispensável para aqueles que desejam se preparar para concursos públicos que abordam esses temas. BIBLIOGRAFIA LIVROS 3030 a solução para o seu concurso! Editora BOSI, ALFREDO. HISTÓRIA CONCISA DA LITERATURA BRA- SILEIRA. 50. ED. SÃO PAULO: CULTRIX, 2015 O livro “História Concisa da Literatura Brasileira”, de Alfredo Bosi, é uma referência fundamental para aqueles que desejam conhecer e compreender a trajetória da literatura brasileira. Nesta obra, Bosi realiza uma análise abrangente e aprofundada dos principais momentos, autores e correntes literárias que marcaram a literatura brasileira ao longo dos séculos. Alguns dos temas principais abordados no livro são: 1. Períodos literários: O autor apresenta os diferentes perío- dos literários da história do Brasil, como o Barroco, o Arcadismo, o Romantismo, o Realismo, o Modernismo, entre outros. Ele discute as características estilísticas, temáticas e sociais de cada perío- do, oferecendo uma visão panorâmica da evolução da literatura brasileira. 2. Autores e obras representativas: Bosi destaca os principais autores e obras que contribuíram para a formação e consolidação da literatura brasileira. Ele analisa obras clássicas e contem- porâneas, explorando a relevância artística, social e histórica de cada uma delas. 3. Contexto histórico e social: O autor situa a literatura brasile- ira em seu contexto histórico e social, destacando as influências políticas, sociais e culturais que moldaram a produção literária em cada época. Ele enfatiza a relação intrínseca entre a literatura e a realidade brasileira, revelando como a literatura reflete e dialoga com as transformações do país. A leitura de “História Concisa da Literatura Brasileira” é de ex- trema importância para estudantes que desejam aprofundar seu conhecimento sobre a literatura brasileira, seja para fins acadêmi- cos ou para se preparar para concursos públicos que abordam essa temática. Este livro proporciona uma visão ampla e sólida da lit- eratura brasileira, permitindo uma compreensão mais completa e crítica do seu desenvolvimento ao longo dos séculos. Ao estudar o livro completo, o estudante terá acesso a uma visão abrangente e embasada sobre a história da literatura brasilei- ra. O texto de Alfredo Bosi oferece uma análise criteriosa dos perío- dos literários, dos autores mais relevantes e das obras representa- tivas, permitindo compreender as nuances estéticas, as temáticas recorrentes e os contextos históricos que permeiam a produção literária do Brasil. Além disso, a leitura integral do livro proporciona uma com- preensão mais ampla e crítica da literatura brasileira, permitindo ao estudante desenvolver uma visão mais aprofundada sobre as influências, os movimentos literários e os debates que moldaram a nossa literatura ao longo dos tempos. Ao se aprofundar na bibliografia indicada, o estudante estará melhor preparado para responder questões de concursos públicos que envolvam a literatura brasileira. A leitura completa do livro permitirá ao candidato reconhecer com mais facilidade os perío- dos literários, os autores e suas respectivas obras, além de com- preender as características estilísticas, os contextos históricos e as influências literárias presentes na produção brasileira. BRUGIONI, ELENA. LITERATURAS AFRICANAS COMPA- RADAS: PARADIGMAS CRÍTICOS E REPRESENTAÇÕES EM CONTRAPONTO. CAMPINAS: UNICAMP, 2019 O livro “Literaturas Africanas Comparadas: Paradigmas Críticos e Representações em Contraponto”, de Elena Brugioni, é uma obra de referência para aqueles que desejam explorar e compreender a diversidade e riqueza das literaturas africanas. Nessa obra, Brugioni analisa e compara as diferentes expressões literárias dos países af- ricanos, oferecendo uma visão crítica e abrangente sobre as temáti- cas, os estilos e os contextos históricos e sociais presentes nessas produções literárias. Alguns dos temas principais abordados no livro são: • Literaturas africanas: A autora apresenta uma ampla gama de literaturas africanas, abrangendo diversos países e regiões do continente. Ela explora as particularidades de cada literatura, dis- cutindo as influências culturais, históricas e sociais que moldaram as narrativas africanas ao longo do tempo. • Paradigmas críticos: Brugioni discute os principais paradig- mas críticos utilizados na análise das literaturas africanas. Ela exam- ina as abordagens teóricas e metodológicas que têm sido emprega- das para compreender e interpretar essas obras, oferecendo uma visão panorâmica das diferentes perspectivas críticas. • Representações em contraponto: A autora também analisa as representações presentes nas literaturas africanas, explorando como essas obras refletem e questionam questões como identi- dade, colonialismo, pós-colonialismo, gênero, memória e resistên- cia. Ela destaca as vozes múltiplas e diversas que emergem das narrativas africanas, desafiando estereótipos e construindo novas formas de representação. A leitura de “Literaturas Africanas Comparadas: Paradigmas Críticos e Representações em Contraponto” é essencial para estu- dantes interessados em ampliar seus conhecimentos sobre a liter- atura africana. A obra oferece uma abordagem crítica e contextual- izada, permitindo uma compreensão mais profunda das literaturas africanas e sua contribuição para a diversidade cultural e literária do continente. Ao ler o livro na íntegra, o estudante terá a oportunidade de ex- plorar em detalhes as diversas literaturas africanas, compreenden- do as especificidades de cada país e região, assim como as influên- cias culturais, históricas e sociais que moldaram essas narrativas. Além disso, a obra apresenta uma análise crítica dos paradigmas e abordagens utilizados no estudo das literaturas africanas, permitin- do ao estudante uma visão ampla das perspectivas teóricas e met- odológicas empregadas nesse campo de estudo. Ao se aprofundar na bibliografia indicada, o estudante terá a oportunidade de explorar as representações em contraponto pre- sentes nas literaturas africanas, compreendendo como essas obras refletem questões de identidade, colonialismo, pós-colonialismo, gênero, memória e resistência. A leitura integral do livro proporcio- nará uma compreensão mais abrangente e crítica dessas represen- tações, contribuindo para a formação de uma visão mais completa e contextualizada das literaturas africanas. BIBLIOGRAFIA LIVROS 31 a solução para o seu concurso! Editora Além disso, a leitura completa da bibliografia indicada permite ao estudante aprimorar suas habilidades de análise, interpretação e argumentação. Através do estudo aprofundado da obra, o estu- dante poderá desenvolver um pensamento crítico mais sólido e embasado, sendo capaz de reconhecer as diferentes perspectivas e discutir de forma fundamentada os temas e desafios presentes nas literaturas africanas. CANDIDO, ANTONIO. LITERATURA E SOCIEDADE. 13. ED. SÃO PAULO: OURO SOBRE AZUL, 2014 O livro “Literatura e Sociedade”, de Antonio Candido, é uma obra fundamental para aqueles que desejam compreender a relação entre a literatura e o contexto social em que ela é produz- ida. Nessa obra, Candido explora os vínculos entre a literatura e a sociedade, discutindo como a produção literária reflete e influencia os aspectos culturais, políticos, históricos e sociais de determinada época. Alguns dos temas principais abordados no livro são: • Literatura e sociedade: Candido analisa as interações entre a literatura e a sociedade, destacando como a produção literária reflete as transformações sociais, os conflitos e as contradições de uma determinada época. Ele examina como os escritores e as obras literárias são influenciados pelo contexto social e como, por sua vez, podem exercer impacto na sociedade. • Engajamento literário: O autor discute o engajamento literário, ou seja, o papel social e político que a literatura pode desempenhar. Ele analisa como os escritores utilizam a literatura como uma forma de expressão e denúncia das desigualdades, in- justiças e opressões presentes na sociedade. Candido enfatiza a im- portância da literatura como uma ferramenta de reflexão crítica e transformação social. • Estudo dos clássicos: Candido também aborda a importância do estudo dos clássicos da literatura para compreender a sociedade em diferentes épocas. Ele discute como os grandes escritores e suas obras podem revelar aspectos profundos da cultura e dos valores de uma determinada sociedade, permitindo uma visão mais ampla e significativa do mundo. A leitura de “Literatura e Sociedade” é essencial para estu- dantes, pesquisadores e amantes da literatura que desejam apro- fundar seus conhecimentos sobre a relação entre a produção literária e o contexto social. A obra oferece uma análise crítica e reflexiva, convidando o leitor a refletir sobre o papel da literatura na sociedade e a sua influência na construção do conhecimento e da consciência coletiva. CATANI, AFRÂNIO MENDES; GILIOLI, RENATO DE SOUZA. CULTURAS JUVENIS: MÚLTIPLOS OLHARES. SÃO PAULO: EDITORA UNESP, 2009 O livro “Culturas Juvenis: Múltiplos Olhares”, de Afrânio Mendes Catani e Renato de Souza Gilioli, é uma obra essencial para compreender as diferentes manifestações culturais e comporta- mentais das juventudes contemporâneas. Nessa obra, os autores exploram as diversas perspectivas e abordagens para compreender as culturas juvenis, levando em consideração seus aspectos sociais, culturais, políticos e históricos. Alguns dos temas principais abordados no livro são: • Juventude e sociedade: Catani e Gilioli discutem as relações entre as culturas juvenis e a sociedade em que estão inseridas. Eles examinam como as juventudes se constroem e se expressam por meio de práticas culturais, subculturas e movimentos sociais, re- fletindo suas posições e identidades no contexto social mais amplo. • Identidade e diversidade: Os autores exploram as diferentes formas de construção de identidade das juventudes, considerando fatores como classe social, gênero, etnia, orientação sexual, entre outros. Eles destacam a importância de reconhecer e valorizar a diversidade presente nas culturas juvenis, buscando uma com- preensão mais ampla e inclusiva das experiências juvenis. • Consumo e mídia: Catani e Gilioli analisam o papel do con- sumo e da mídia na formação das culturas juvenis. Eles investigam como os jovens utilizam produtos culturais, como música, moda, cinema e redes sociais, para construir identidades, estabelecer con- exões sociais e expressar suas visões de mundo. Também discutem os impactos do consumo e da mídia nas práticas e nos valores das juventudes. A leitura de “Culturas Juvenis: Múltiplos Olhares” é fundamen- tal para estudantes, pesquisadores, educadores e profissionais que desejam compreender as dinâmicas e os desafios enfrentados pelas juventudes contemporâneas. O livro oferece uma visão abrangente e crítica das culturas juvenis, estimulando reflexões sobre as difer- entes manifestações culturais e a importância de reconhecer a di- versidade e as vozes das juventudes. É imprescindível que o estudante busque o livro na íntegra para um estudo mais aprofundado e completo sobre as culturas juvenis. A obra oferece uma gama de perspectivas, abordagens teóricas e exemplos concretos que enriquecerão a compreensão do leitor sobre esse tema complexo e em constante transformação. O acesso integral ao livro permitirá ao estudante explorar todos os nuances e detalhes presentes nas análises dos autores, contribuindo para uma formação mais sólida e embasada em relação às culturas juvenis contemporâneas. BIBLIOGRAFIA LIVROS 3232 a solução para o seu concurso! Editora DORRICO, JULIE; DANNER, LENO FRANCISCO; CORREIA, HELOISA HELENA SIQUEIRA; DANNER, FERNANDO (ORGS.). LITERATURA INDÍGENA BRASILEIRA CONTEM- PORÂNEA: CRIAÇÃO, CRÍTICA E RECEPÇÃO [RECURSO ELETRÔNICO]. PORTO ALEGRE: EDITORA FI, 2018. CAP. 2, 3, 7, 14, 15 A obra “Literatura Indígena Brasileira Contemporânea: Criação, Crítica e Recepção”, organizada por Dorrico, Julie; Danner, Leno Francisco; Correia, Heloisa Helena Siqueira; Danner, Fernando, é uma importante contribuição para o estudo e compreensão da literatura indígena no contexto contemporâneo do Brasil. O livro aborda de forma abrangente e aprofundada a produção literária de escritores indígenas, explorando temas como identidade cultural, memória, desafios enfrentados pelos autores e a relação entre a literatura indígena e a sociedade. A importância dessa obra reside no fato de que ela dá voz e destaque às vozes indígenas, promovendo a valorização e preser- vação de suas culturas e identidades por meio da literatura. Ao abordar a literatura indígena contemporânea, o livro desafia as rep- resentações estereotipadas e hegemônicas, proporcionando uma perspectiva autêntica e plural, construída a partir das vivências e experiências dos próprios escritores indígenas. Além disso, a obra contribui para ampliar o diálogo intercultur- al e estimula a reflexão sobre a diversidade cultural do Brasil. Ao explorar temas como a crítica literária e a recepção da produção indígena, o livro também estimula o debate acadêmico e promove o reconhecimento da literatura indígena como uma expressão artísti- ca e intelectual relevante. Entre os capítulos mencionados, destacam-se: • Capítulo 2: Neste capítulo, os autores exploram a trajetória histórica da literatura indígena no Brasil, desde suas primeiras manifestações até as produções mais recentes. São discutidos os desafios enfrentados pelos escritores indígenas e o impacto de sua produção literária no cenário cultural do país. • Capítulo 3: No terceiro capítulo, é abordada a relação entre literatura indígena e identidade cultural. Os autores analisam como os escritores indígenas utilizam a literatura como meio de expressão de suas vivências, memórias e valores culturais, contribuindo para a valorização e preservação de suas identidades. • Capítulo 7: Neste capítulo, o foco é a crítica literária da pro- dução indígena contemporânea. Os autores examinam as principais abordagens críticas e os debates que envolvem a análise e interpre- tação das obras literárias indígenas, considerando questões estéti- cas, políticas e culturais. • Capítulos 14 e 15: Esses capítulos tratam da recepção da lit- eratura indígena brasileira contemporânea. São discutidos aspectos relacionados à difusão das obras, ao alcance do público leitor, às políticas de promoção e divulgação, bem como à recepção crítica e ao impacto social dessa produção literária. Cada um desses capítulos contribui para uma compreensão mais ampla e aprofundada da literatura indígena brasileira contem- porânea, explorando aspectos históricos, identitários, críticos e de recepção. É fundamental que o estudante interessado em conhecer e se aprofundar nesse tema busque a leitura integral desses capítu- los, pois eles fornecerão uma base sólida para a compreensão e análise da produção literária indígena. ELIAS, VANDA MARIA; PAULIUKONIS, APARECIDA LINO; MARQUESI, SUELI CRISTINA. LINGUÍSTICA TEXTUAL E ENSINO. SÃO PAULO: CONTEXTO, 2017 O livro “Linguística Textual e Ensino”, de Elias, Vanda Maria; Pauliukonis, Aparecida Lino; Marquesi, Sueli Cristina, é uma obra que explora a relação entre a linguística textual e o ensino da língua portuguesa. Nessa obra, os autores abordam de forma abrangen- te e didática os principais conceitos e teorias da linguística textual, além de apresentarem propostas e atividades que visam aplicar es- ses conhecimentos no contexto educacional. Ao longo do livro, são abordados diversos temas relevantes, tais como: • Princípios da linguística textual: Os autores apresentam os fundamentos teóricos da linguística textual, explorando conceitos como coesão, coerência, progressão temática, estrutura argumen- tativa, entre outros. Eles demonstram como esses elementos são essenciais para a produção e compreensão de textos. • Gêneros textuais: A obra discute a importância dos gêneros textuais no ensino da língua portuguesa. Os autores apresentam diferentes tipos de gêneros textuais, como narrativas, descritivos, argumentativos, instrucionais, entre outros, e propõem atividades que estimulam a produção e a análise desses gêneros pelos estu- dantes. • Sequências didáticas: Os autores mostram como a linguística textual pode ser aplicada no planejamento de sequências didáticas, fornecendo orientações e exemplos práticos de como desenvolv- er atividades que promovam a habilidade de produção textual e a compreensão de diferentes gêneros. • Avaliação da produção textual: O livro também aborda es- tratégias de avaliação da produção textual, considerando os aspec- tos linguísticos e discursivos. Os autores discutem formas de analis- ar e avaliar a coesão, coerência, organização argumentativa e outros elementos presentes nos textos produzidos pelos estudantes. A importância dessa obra reside na sua contribuição para a prática pedagógica, fornecendo subsídios teóricos e atividades práticas que auxiliam os professores no ensino da linguística tex- tual. O livro destaca a relevância de abordar a língua portuguesa de forma contextualizada, considerando os aspectos discursivos e textuais, e propõe estratégias que estimulam a reflexão, a criativ- idade e a autonomia dos estudantes na produção e compreensão de textos. BIBLIOGRAFIA LIVROS 33 a solução para o seu concurso! Editora KLEIMAN, ANGELA. OFICINA DE LEITURA: TEORIA & PRÁTICA. 15. ED. CAMPINAS: PONTES, 2017 O livro “Oficina de Leitura: Teoria & Prática”, de Angela Klei- man, é uma obra amplamente reconhecida e utilizada na área da educação. Essa obra apresenta uma abordagem teórica e prática sobre o processo de leitura e oferece orientações para o desenvolvi- mento de atividades que estimulam a compreensão e interpretação de textos. Ao longo do livro, a autora explora os seguintes temas: • Teorias da leitura: Kleiman discute diferentes teorias da lei- tura, como a teoria cognitiva, a teoria sociocultural e a teoria inter- acional. Ela explora os processos cognitivos envolvidos na leitura, bem como a influência dos aspectos socioculturais e interacionais no processo de compreensão textual. • Estratégias de leitura: A obra apresenta uma variedade de estratégias de leitura que podem ser aplicadas pelos leitores para facilitar a compreensão dos textos. Isso inclui a identificação de pa- lavras-chave, a realização de inferências, a construção de hipóteses e a conexão de informações. • Leitura crítica: Kleiman aborda a importância da leitura crítica e reflexiva, incentivando os leitores a questionarem e analisarem os textos de forma mais profunda. Ela discute a relação entre leitura e cidadania, destacando a necessidade de desenvolver uma postura crítica diante das informações e discursos presentes na sociedade. • Práticas de leitura: A autora oferece orientações práticas para o planejamento e implementação de atividades de leitura em sala de aula. Ela apresenta sugestões de como selecionar textos ade- quados, elaborar questões de compreensão, conduzir discussões e promover a interação entre os estudantes durante a leitura. A importância dessa obra está na sua contribuição para a formação de leitores competentes e críticos. “Oficina de Leitura: Teoria & Prática” oferece embasamento teórico sólido aliado a propostas de atividades práticas, proporcionando aos educadores e estudantes ferramentas para aprimorar a leitura e a compreensão textual. A leitura deste livro é fundamental para aqueles que dese- jam aprofundar seus conhecimentos sobre o processo de leitura e enriquecer suas práticas pedagógicas no ensino da leitura. KOCH, INGEDORE GRUNFELD VILLAÇA. DESVENDANDO OS SEGREDOS DO TEXTO. SÃO PAULO: CORTEZ, 2015 O livro “Desvendando os Segredos do Texto”, de Ingedore Grunfeld Villaça Koch, é uma obra referencial no campo da lin- guística e da análise textual. A autora explora de forma detalhada os elementos fundamentais que compõem um texto e oferece um olhar aprofundado sobre as estratégias de produção, interpretação e análise textual. Ao longo do livro, Koch aborda diversos temas relacionados ao estudo do texto: • Estrutura textual: A autora discute a estrutura básica de um texto, incluindo elementos como introdução, desenvolvimento e conclusão. Ela explora também a importância da coesão e coerên- cia na construção de um texto coeso e compreensível. • Coesão textual: Koch analisa os mecanismos linguísticos responsáveis pela coesão textual, como o uso de pronomes, conectivos e referências anafóricas. Ela demonstra como esses recursos contribuem para a conexão entre as partes do texto e a manutenção da sua unidade. • Coerência textual: A autora explora a coerência textual, que se refere à lógica e à organização interna do texto. Ela discute os princípios da progressão temática, da inferência e da contextual- ização, que são fundamentais para a compreensão e interpretação adequada do texto. • Gêneros textuais: Koch aborda os diferentes gêneros textu- ais presentes na comunicação escrita, como narrativa, descritivo, argumentativo, entre outros. Ela explora as características de cada gênero e como eles influenciam a estrutura e a organização do texto. A leitura completa do livro “Desvendando os Segredos do Texto” é de extrema importância para estudantes, profissionais da área de linguística, redação e comunicação, bem como para aqueles que desejam aprimorar suas habilidades de escrita e interpretação textual. A obra oferece uma visão abrangente sobre os elementos-chave da produção textual, fornecendo ferramentas teóricas e práticas para a análise e aprimoramento da escrita. É por meio do estudo completo desse livro que o estudante poderá adquirir uma compreensão aprofundada das estruturas e estraté- gias textuais, aprimorando sua capacidade de produzir textos claros, coesos e coerentes. INGEDORE GRUNFELD VILLAÇA; ELIAS, VANDA MARIA. LER E ESCREVER ESTRATÉGIA DE PRODUÇÃO TEXTUAL. SÃO PAULO: CONTEXTO, 2017 O livro “Ler e Escrever: Estratégia de Produção Textual”, escrito por Ingedore Grunfeld Villaça e Vanda Maria Elias, é uma obra que aborda de forma abrangente as estratégias envolvidas no processo de produção textual. Com uma abordagem teórica consistente e exemplos práticos, as autoras oferecem orientações e ferramentas para aprimorar as habilidades de leitura e escrita dos leitores. Ao longo do livro, Villaça e Elias exploram os seguintes tópicos: • Compreensão e interpretação textual: As autoras apresentam estratégias para uma leitura ativa e crítica, enfatizando a importân- cia da compreensão e interpretação adequadas do texto como base para a produção textual eficiente. BIBLIOGRAFIA LIVROS 3434 a solução para o seu concurso! Editora • Planejamento e organização textual: São discutidas técnicas e estratégias para o planejamento e organização de um texto coeso e coerente. As autoras abordam a estrutura textual, a seleção de ideias-chave, a organização das informações e a definição de um objetivo claro. • Processo de escrita: São apresentadas etapas e estratégias para a produção escrita, incluindo a geração de ideias, a elaboração do texto, a revisão e a edição. As autoras destacam a importância de revisar e aprimorar o texto para garantir sua qualidade final. • Gêneros textuais: Villaça e Elias exploram diversos gêneros textuais, como narrativa, argumentativo, descritivo, entre outros. Elas analisam as características de cada gênero, suas estruturas e propósitos, e oferecem orientações específicas para a produção textual em cada um deles. O livro “Ler e Escrever: Estratégia de Produção Textual” é uma leitura fundamental para estudantes, professores e profissionais que desejam aprimorar suas habilidades de leitura e escrita. As es- tratégias e técnicas apresentadas auxiliam no desenvolvimento de uma escrita clara, coesa e eficiente, contribuindo para a comuni- cação eficaz em diferentes contextos. A obra oferece um embasa- mento teórico consistente e exemplos práticos, proporcionando ao leitor as ferramentas necessárias para se tornar um produtor textu- al habilidoso e competente. É por meio do estudo completo dessa obra que o estudante poderá adquirir uma compreensão aprofun- dada das estratégias de produção textual e aprimorar suas habili- dades de leitura e escrita de maneira significativa. MARCUSCHI, LUIZ ANTÔNIO. DA FALA PARA A ESCRITA: ATIVIDADES DE RETEXTUALIZAÇÃO. 10. ED. SÃO PAULO: CORTEZ, 2010 O livro “Da Fala para a Escrita: Atividades de Retextualização”, escrito por Luiz Antônio Marcuschi, aborda de forma abrangente o processo de retextualização, ou seja, a transformação de um texto oral em um texto escrito. O autor explora os desafios e estratégias envolvidos nesse processo, fornecendo orientações e atividades práticas para auxiliar os leitores nessa transição. Ao longo do livro, Marcuschi discute os seguintes tópicos: • Diferenças entre a fala e a escrita: O autor explora as carac- terísticas distintas da fala e da escrita, destacando suas diferenças em relação à estrutura, vocabulário, gramática e estilo. Ele discute como essas diferenças podem impactar a retextualização e oferece orientações para superar os desafios. • Estratégias de retextualização: Marcuschi apresenta uma variedade de estratégias e técnicas que podem ser utilizadas na transformação de textos orais em textos escritos. Ele discute a im- portância de considerar o público-alvo, o contexto e o propósito da retextualização, além de fornecer atividades práticas para o desen- volvimento dessas habilidades. • Gêneros textuais na retextualização: O autor analisa difer- entes gêneros textuais e discute suas características e peculiari- dades na retextualização. Ele explora como adaptar a estrutura e o estilo dos textos orais para atender aos requisitos dos gêneros escritos, oferecendo exemplos e exercícios relacionados. • Práticas de ensino: Marcuschi discute abordagens de ensino que promovem a habilidade de retextualização, destacando a im- portância de atividades práticas, como a transcrição de discursos, a reescrita de diálogos e a produção de textos escritos baseados em textos orais. O livro “Da Fala para a Escrita: Atividades de Retextualização” é uma leitura fundamental para estudantes, professores e profission- ais que desejam aprimorar suas habilidades de retextualização. As orientações e atividades práticas oferecidas por Marcuschi auxiliam no desenvolvimento da competência de transformar textos orais em textos escritos, contribuindo para a produção de textos claros, coesos e adequados ao contexto em que serão utilizados. A obra proporciona uma base teórica sólida aliada a exemplos concretos, permitindo que o leitor compreenda os desafios da retextualização e desenvolva as habilidades necessárias para enfrentá-los de forma eficiente. É por meio da leitura completa desse livro que o estu- dante poderá adquirir um conhecimento aprofundado sobre o pro- cesso de retextualização e aprimorar sua capacidade de transfor- mar textos orais em textos escritos de maneira adequada e eficaz. MOISES, MASSAUD. A LITERATURA PORTUGUESA ATRA- VÉS DE TEXTO. 37. ED. SÃO PAULO: CULTRIX, 2009 O livro “A Literatura Portuguesa Através de Texto”, escrito por Massaud Moisés, é uma obra referencial no estudo da literatura portuguesa. Com uma abordagem textual e contextual, o autor apresenta aos leitores um panorama completo da literatura de Por- tugal, desde as suas origens até a contemporaneidade. Através de uma seleção criteriosa de textos representativos, Moisés conduz o leitor por diferentes períodos literários e movi- mentos artísticos que marcaram a literatura portuguesa. Ele explora a riqueza e a diversidade das obras literárias, analisando sua estru- tura, estilo, temáticas e influências históricas, sociais e culturais. Além disso, o livro oferece um amplo embasamento teórico e crítico, permitindo ao leitor compreender a evolução da literatura portuguesa e sua relação com o contexto histórico-cultural. Moisés também aborda aspectos específicos da poesia, do teatro e da pro- sa em Portugal, destacando autores e obras emblemáticas. Com uma linguagem acessível e didática, o autor conduz o leitor por uma verdadeira viagem literária, proporcionando um mergulho nas obras e nos escritores que contribuíram para a con- strução do cenário literário português. O livro não se limita a uma simples apresentação de textos, mas também oferece análises e in- terpretações que enriquecem a compreensão das obras literárias e do seu contexto histórico. Dessa forma, “A Literatura Portuguesa Através de Texto” é uma obra indispensável para estudantes, pesquisadores, professores e amantes da literatura portuguesa. Através dela, é possível aprofun- dar o conhecimento sobre os principais escritores e obras desse im- portante corpus literário, além de compreender as características BIBLIOGRAFIA LIVROS 35 a solução para o seu concurso! Editora estilísticas e temáticas que permeiam a literatura portuguesa ao longo dos séculos. A leitura completa do livro permite uma imersão no universo literário português, proporcionando uma experiência enriquecedora e ampliando os horizontes de compreensão e apre- ciação da literatura como forma de expressão artística e cultural. NEVES, MARIA HELENA DE MOURA. QUE GRAMÁTICA ESTUDAR NA ESCOLA? NORMA E USO NA LÍNGUA POR- TUGUESA. SÃO PAULO: CONTEXTO, 2003 O livro “Que Gramática Estudar na Escola? Norma e Uso na Lín- gua Portuguesa”, escrito por Maria Helena de Moura Neves, abor- da de forma crítica e reflexiva a questão do ensino da gramática na escola. A autora questiona os métodos tradicionais de ensino gramatical que priorizam a norma padrão da língua portuguesa, sem considerar a relação entre norma e uso. Um dos temas principais abordados no livro é a reflexão sobre a importância de se estudar gramática na escola. Neves questiona o ensino normativo que prioriza a correção gramatical, mas não leva em consideração as práticas linguísticas reais dos falantes. Ela argu- menta que é necessário ir além da simples memorização de regras gramaticais e compreender a relação entre norma e uso, ou seja, entender como a língua é efetivamente utilizada pelos falantes em diferentes contextos comunicativos. Outro tema explorado no livro é a análise crítica das prescrições gramaticais. Neves discute as regras estabelecidas pela gramática normativa e questiona a rigidez dessas normas. Ela argumenta que a língua é um sistema vivo e dinâmico, sujeito a variações e trans- formações, e que as regras gramaticais devem levar em consider- ação a diversidade linguística presente na sociedade. Além disso, a autora apresenta propostas de abordagens alter- nativas para o ensino da gramática, que valorizam a reflexão sobre a língua a partir de situações reais de uso. Ela defende a importância de se trabalhar com textos autênticos, promovendo a análise lin- guística a partir de exemplos concretos, e de se incentivar a reflexão sobre as escolhas linguísticas dos falantes em diferentes contextos. Dessa forma, o livro de Maria Helena de Moura Neves provo- ca uma reflexão sobre a gramática escolar e o seu papel no ensino da língua portuguesa. Ao questionar a primazia da norma padrão e propor uma abordagem mais contextualizada e reflexiva, a obra contribui para uma visão mais ampla e crítica do estudo da gramáti- ca, estimulando o diálogo sobre a relação entre norma e uso na língua portuguesa. A leitura completa do livro é fundamental para estudantes, professores e demais interessados no tema, oferecen- do subsídios para repensar e aprimorar as práticas de ensino da gramática. ROJO, ROXANE; BARBOSA, JACQUELINE P. HIPERMO- DERNIDADE, MULTILETRAMENTOS E GÊNEROS DISCUR- SIVOS. SÃO PAULO: PARÁBOLA, 2015 O livro “Hipermodernidade, Multiletramentos e Gêneros Dis- cursivos”, escrito por Roxane Rojo e Jacqueline P. Barbosa, aborda a relação entre a hipermodernidade, os multiletramentos e os gêner- os discursivos na contemporaneidade. As autoras analisam as trans- formações socioculturais e tecnológicas que ocorreram nas últimas décadas e exploram as implicações dessas mudanças no contexto dos multiletramentos e na produção e circulação de diferentes gêneros discursivos. Um dos temas principais abordados no livro é a noção de hip- ermodernidade. As autoras discutem como a aceleração do tempo, o desenvolvimento tecnológico e a globalização têm impactado as práticas sociais e comunicativas. Elas analisam como essas transfor- mações têm gerado novas demandas e exigências no que diz res- peito aos conhecimentos e habilidades linguísticas necessários para a participação plena na sociedade contemporânea. Outro tema explorado no livro é o conceito de multiletramen- tos. Rojo e Barbosa argumentam que, na hipermodernidade, não basta ter habilidades de leitura e escrita tradicionais. Os multilet- ramentos envolvem a capacidade de lidar com uma variedade de linguagens e mídias, além de compreender e produzir diferentes gêneros discursivos. As autoras destacam a importância de uma abordagem educacional que promova o desenvolvimento dessas habilidades, preparando os indivíduos para lidar com a diversidade comunicativa do mundo contemporâneo. Além disso, as autoras analisam os gêneros discursivos como ferramentas de comunicação e interação social. Elas exploram como os gêneros são construídos socialmente, variando de acor- do com o contexto, o propósito comunicativo e as características dos participantes. As autoras também discutem a relevância de se compreender os gêneros discursivos em diferentes esferas da vida social, como a escola, o trabalho, os meios de comunicação e as redes sociais. No livro, Rojo e Barbosa apresentam exemplos práticos e re- flexões teóricas que evidenciam as complexidades dos multile- tramentos e dos gêneros discursivos na era hipermoderna. Elas propõem uma visão ampla e crítica das práticas comunicativas contemporâneas, ressaltando a importância de desenvolver habili- dades linguísticas e discursivas que permitam a participação ativa e significativa na sociedade atual. Assim, a leitura completa de “Hipermodernidade, Multile- tramentos e Gêneros Discursivos” se mostra fundamental para estudantes, pesquisadores e profissionais interessados nas trans- formações socioculturais e comunicativas da atualidade. O livro oferece subsídios teóricos e práticos para compreender e refletir sobre os desafios e as possibilidades dos multiletramentos e dos gêneros discursivos na hipermodernidade. ROJO, ROXANE; MOURA, EDUARDO. LETRAMENTOS, MÍDIAS, LINGUAGENS. SÃO PAULO: PARÁBOLA, 2019 O livro “Letramentos, Mídias, Linguagens”, escrito por Roxane Rojo e Eduardo Moura, aborda a relação entre os letramentos, as mídias e as linguagens na sociedade contemporânea. Os autores exploram como as práticas de leitura e escrita estão inseridas em contextos mediados pelas tecnologias de informação e comuni- cação, e como essas transformações afetam as formas de interação e comunicação. Um dos temas principais abordados no livro é o conceito de le- tramentos, que vai além da habilidade de ler e escrever. Os autores discutem os diferentes modos de engajamento com a linguagem e os textos em ambientes multimodais, nos quais diferentes lingua- BIBLIOGRAFIA LIVROS 3636 a solução para o seu concurso! Editora gens e mídias estão interconectadas. Eles analisam as práticas de le- tramento em diferentes contextos sociais, como a escola, a família, os grupos de pares e os espaços virtuais. Outro tema explorado no livro é a relação entre mídias e letra- mentos. Rojo e Moura investigam como as tecnologias de comuni- cação e informação têm modificado as práticas de leitura e escrita, proporcionando novas formas de interação e produção de sentido. Eles discutem como os meios de comunicação influenciam a pro- dução e circulação de textos, bem como a forma como as pessoas se apropriam das mídias para se expressar e participar da cultura contemporânea. Além disso, os autores analisam as diferentes linguagens pre- sentes nos ambientes mediados pelas tecnologias, como a lingua- gem verbal, a visual, a sonora e a gestual. Eles discutem como es- sas linguagens se entrelaçam e dialogam, gerando novas formas de comunicação e significação. Rojo e Moura também abordam a importância do desenvolvimento de competências comunicativas múltiplas, que permitam a compreensão e a produção de textos em diferentes modalidades. No livro, os autores apresentam estudos de caso e exemplos práticos que ilustram as interações entre letramentos, mídias e lin- guagens na contemporaneidade. Eles oferecem reflexões teóricas e metodológicas que visam compreender os desafios e as possibili- dades dessas práticas em um mundo cada vez mais mediado pelas tecnologias. Assim, a leitura completa de “Letramentos, Mídias, Linguagens” se mostra relevante para estudantes, pesquisadores e profissionais interessados na relação entre as práticas de letramento, as mídias e as linguagens. O livro contribui para uma compreensão mais am- pla dos processos de leitura, escrita e produção de sentido na era digital, oferecendo subsídios teóricos e práticos para refletir sobre as transformações sociais e comunicativas da contemporaneidade. ROXANE; MOURA, EDUARDO (ORG.). MULTILETRA- MENTOS NA ESCOLA. SÃO PAULO: PARÁBOLA EDITO- RIAL, 2012 O livro “Multiletramentos na Escola”, organizado por Roxane Rojo e Eduardo Moura, é uma obra fundamental para compreender as novas práticas de letramento na sociedade contemporânea. Composto por diversos artigos de especialistas na área, o livro abor- da o conceito de multiletramentos, que se refere à necessidade de ampliar a compreensão sobre as diferentes formas de leitura e es- crita presentes na atualidade. Os temas principais abordados na obra incluem a diversidade de linguagens, a cultura digital, as práticas de leitura e escrita em contextos multimodais e a importância da educação para os mul- tiletramentos. Os autores exploram a ideia de que a escola precisa acompanhar as transformações sociais e tecnológicas, promovendo um ensino que contemple as múltiplas linguagens e os diferentes modos de comunicação presentes na atualidade. Além disso, o livro apresenta propostas de atividades e reflex- ões sobre como os professores podem trabalhar os multiletramen- tos em sala de aula, estimulando a participação ativa dos estudantes e a utilização de diferentes recursos e mídias para a construção de conhecimento. É fundamental que os estudantes interessados em compreender as práticas de letramento na era contemporânea busquem a leitura completa do livro «Multiletramentos na Escola». Através dessa obra, será possível adquirir conhecimentos teóricos e práticos sobre os multiletramentos, o que contribuirá para uma atuação mais efetiva no contexto educacional e na interação com as diferentes linguagens presentes na sociedade atual. Lembrando que a leitura completa do livro proporcionará uma compreensão mais aprofundada dos temas e conceitos apresenta- dos, enriquecendo o conhecimento do estudante e preparando-o de forma mais sólida para lidar com as demandas da sociedade con- temporânea. QUESTÕES 1. VUNESP - PREFEITURA DE SÃO PAULO - 2018 De acordo com o livro “Preconceito Linguístico”, de Marcos Ba- gno, é correto afirmar que: (A) O preconceito linguístico é um fenômeno inexistente na so- ciedade brasileira. (B) A norma culta da língua é a única forma correta de falar, e as outras formas de falar são consideradas “erradas”. (C) As variações linguísticas são legítimas e refletem a diversi- dade cultural e social do país. (D) Todas as formas de falar devem ser consideradas corretas, independentemente do contexto em que são utilizadas. 2. VUNESP - PREFEITURA DE SÃO PAULO - 2018 O livro “Preconceito Linguístico”, de Marcos Bagno, aborda a questão do preconceito linguístico no Brasil. Nesse contexto, é cor- reto afirmar que: (A) O preconceito linguístico é um fenômeno restrito a algumas regiões do país. (B) O preconceito linguístico é um fenômeno inexistente no Brasil. (C) O preconceito linguístico é um fenômeno generalizado e afeta todas as regiões e classes sociais do país. (D) O preconceito linguístico é um fenômeno que afeta apenas os falantes de línguas estrangeiras. 3. CESPE - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAZONAS - 2015 Segundo o autor Marcos Bagno, em seu livro “Preconceito Lin- guístico”, a língua não é neutra, mas sim um fenômeno histórico e social que reflete as relações de poder em uma sociedade. Nesse sentido, o autor defende que: (A) A norma culta da língua deve ser valorizada e ensinada como a única forma correta de falar. (B) Todas as formas de falar são igualmente corretas e não de- vem ser julgadas. (C) As variações linguísticas são legítimas e devem ser valoriza- das, mas é preciso reconhecer que algumas formas de falar são mais valorizadas socialmente do que outras. (D) O preconceito linguístico é um fenômeno inexistente na so- ciedade brasileira. BIBLIOGRAFIA LIVROS 37 a solução para o seu concurso! Editora 4. CEBRASPE - MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAU- LO - 2019 Em seu livro “Preconceito Linguístico”, o autor Marcos Bagno afirma que: (A) O preconceito linguístico é uma invenção dos linguistas, que querem impor suas teorias aos falantes da língua. (B) A norma culta da língua é a única forma correta de falar, e as outras formas de falar são consideradas “erradas”. (C) As variações linguísticas são legítimas e refletem a diversi- dade cultural e social do país. (D) Todas as formas de falar devem ser consideradas corretas, independentemente do contexto em que são utilizadas. 5. FCC - ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE SÃO PAULO - 2018 De acordo com o livro “Preconceito Linguístico”, de Marcos Ba- gno, as variações linguísticas são: (A) Erros gramaticais que devem ser corrigidos. (B) Expressões populares que devem ser evitadas na comuni- cação formal. (C) Legítimas e importantes para a comunicação em diferentes contextos sociais. (D) Sinais de baixa escolaridade e falta de instrução. 6. ADAPTADO DE VUNESP - PREFEITURA DE PRAIA GRANDE - 2019 Segundo Bakhtin, a literatura é uma forma de comunicação que permite a expressão da diversidade cultural e da multiplicidade de vozes que existem na sociedade. Dentre os conceitos propostos por Bakhtin, podemos destacar: (A) O dialogismo, que afirma que a literatura é uma forma de diálogo entre diferentes vozes, e a polifonia, que é a coexistên- cia de múltiplas vozes em um mesmo texto. (B) O intertextualismo, que é a referência a outros textos literá- rios em um mesmo texto, e a heterogeneidade, que é a coexis- tência de diferentes formas de linguagem em um mesmo texto. (C) O polissêmico, que é a presença de múltiplos significados em um mesmo texto, e o multilinguismo, que é a utilização de diferentes línguas em um mesmo texto. (D) O universalismo, que afirma que a literatura é uma forma de expressão universal, e o individualismo, que é a expressão da voz individual do escritor. (E) O subjetivismo, que afirma que a literatura é a expressão da subjetividade do escritor, e o objetivismo, que é a expressão da objetividade do mundo. 7. ADAPTADO DE VUNESP - PREFEITURA DE SOROCABA - 2018 De acordo com Bakhtin, a linguagem é uma atividade social que está em constante transformação e renovação. Sobre essa visão, é correto afirmar que: (A) A linguagem é um conjunto de regras gramaticais que de- vem ser seguidas para garantir a sua correção. (B) A linguagem é um reflexo da realidade objetiva, ou seja, ela apenas representa a realidade. (C) A linguagem é um meio de interação social que permite a expressão das diversas vozes presentes na sociedade. (D) A linguagem é um instrumento de poder utilizado pelas eli- tes para impor sua visão de mundo. (E) A linguagem é um fenômeno individual e subjetivo que não está relacionado às condições sociais e históricas de sua pro- dução. 8. ADAPTADO DE VUNESP - PREFEITURA DE OSASCO - 2017 Segundo Bakhtin, a palavra é um fenômeno social que permite a interação entre os indivíduos e a construção de sentidos coletivos. Dentre as características da palavra, podemos destacar: (A) A sua neutralidade e objetividade, que permitem a comuni- cação clara e precisa entre os indivíduos. (B) A sua univocidade e simplicidade, que permitem a comuni- cação direta e sem ambiguidades entre os indivíduos. (C) A sua multifuncionalidade e ambivalência, que permitem a construção de sentidos múltiplos e divergentes em um mesmo texto. (D) A sua individualidade e subjetividade, que permitem a ex- pressão da voz individual do escritor e a criação de um estilo próprio. (E) A sua universalidade e atemporalidade, que permitem a comunicação entre indivíduos de diferentes culturas e épocas. 9. ADAPTADO DE VUNESP - PREFEITURA DE CAMPINAS - 2020 De acordo com Alfredo Bosi em seu livro “História Concisa da Literatura Brasileira”, a literatura brasileira é marcada por diversos períodos e correntes literárias. Sobre o período conhecido como Romantismo, é correto afirmar que: (A) O Romantismo brasileiro foi uma manifestação puramente nacionalista, sem influências externas. (B) Os autores românticos buscavam retratar a realidade de forma objetiva, sem idealizações. (C) A poesia romântica brasileira é marcada por uma linguagem simples e despojada, distante do culto à forma. (D) A prosa romântica brasileira é caracterizada pela valoriza- ção da vida urbana e dos costumes da burguesia. (E) O Indianismo é uma das principais características do Ro- mantismo brasileiro, retratando a cultura indígena e exaltando a natureza nacional. 10. ADAPTADO DE VUNESP - PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - 2019 Segundo Alfredo Bosi em seu livro “História Concisa da Litera- tura Brasileira”, o Modernismo foi um movimento de ruptura que marcou a literatura brasileira no século XX. Sobre o Modernismo, é correto afirmar que: (A) Foi um movimento que rejeitou completamente as influ- ências estrangeiras, buscando uma literatura genuinamente brasileira. (B) O Modernismo brasileiro foi fortemente influenciado pelo Surrealismo e pelo Dadaísmo, movimentos europeus de van- guarda. (C) A Semana de Arte Moderna de 1922 foi o principal evento que marcou o início do Modernismo brasileiro, reunindo artis- tas de diferentes áreas. (D) O Modernismo brasileiro se caracterizou pela valorização da tradição literária, buscando resgatar os padrões clássicos de composição. (E) O Modernismo brasileiro foi um movimento estético que se limitou à produção literária, não influenciando outras formas de arte. BIBLIOGRAFIA LIVROS 3838 a solução para o seu concurso! Editora 11. ADAPTADO DE VUNESP - PREFEITURA DE GUARULHOS - 2018 De acordo com Alfredo Bosi em seu livro “História Concisa da Literatura Brasileira”, o Realismo foi um movimento literário que se destacou no Brasil a partir do século XIX. Sobre o Realismo, é cor- reto afirmar que: (A) O Realismo brasileiro foi marcado por uma forte idealização da realidade, buscando retratar um mundo perfeito e utópico. (B) A obra “O Cortiço”, de Aluísio Azevedo, é considerada um exemplo do Realismo brasileiro, retratando de forma crítica a realidade social. (C) O Realismo brasileiro foi um movimento literário influencia- do exclusivamente pelas correntes realistas europeias. (D) Os autores realistas brasileiros valorizavam principalmente a narrativa fantástica e o uso de recursos poéticos. (E) O Realismo brasileiro foi uma continuação direta do Roman- tismo, mantendo suas características e temas. 12. ADAPTADO DE VUNESP - PREFEITURA DE SANTOS - 2021 No livro “Literaturas Africanas Comparadas: Paradigmas Críti- cos e Representações em Contraponto”, Elena Brugioni aborda dif- erentes aspectos das literaturas africanas, suas representações e os paradigmas críticos utilizados para sua análise. Sobre a abordagem comparativa nas literaturas africanas, é correto afirmar que: (A) A abordagem comparativa nas literaturas africanas é desne- cessária, uma vez que cada país possui uma produção literária única e independente. (B) A abordagem comparativa nas literaturas africanas é uma forma de reduzir a diversidade cultural e literária do continen- te. (C) A abordagem comparativa nas literaturas africanas é uma ferramenta importante para entender as influências culturais e as interconexões entre as diferentes produções literárias afri- canas. (D) A abordagem comparativa nas literaturas africanas é exclu- sivamente baseada em critérios linguísticos, buscando identi- ficar semelhanças e diferenças entre as línguas utilizadas nas obras literárias. (E) A abordagem comparativa nas literaturas africanas é uma tentativa de impor padrões ocidentais de análise e avaliação às produções literárias africanas. 13. ADAPTADO DE VUNESP - PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO - 2020 No livro “Literaturas Africanas Comparadas: Paradigmas Críti- cos e Representações em Contraponto”, Elena Brugioni analisa as diferentes representações presentes nas literaturas africanas. So- bre as representações de identidade na literatura africana, é corre- to afirmar que: (A) A literatura africana apresenta uma visão homogênea e unificada da identidade africana, sem levar em consideração as diferenças étnicas e culturais presentes no continente. (B) As representações de identidade na literatura africana são exclusivamente baseadas em estereótipos, sem explorar a complexidade e diversidade das experiências individuais. (C) A literatura africana oferece múltiplas representações de identidade, explorando as dinâmicas sociais, políticas, culturais e históricas presentes no continente. (D) As representações de identidade na literatura africana são unidimensionais e estáticas, não refletindo as mudanças e transformações vivenciadas pelos indivíduos e comunidades. (E) A literatura africana busca apenas reafirmar estereótipos e preconceitos existentes sobre a identidade africana, sem ques- tionar essas representações. 14. ADAPTADO DE VUNESP - PREFEITURA DE SÃO BERNARDO DO CAMPO - 2019 Elena Brugioni, em seu livro “Literaturas Africanas Compara- das: Paradigmas Críticos e Representações em Contraponto”, dis- cute a importância dos paradigmas críticos na análise das literatu- ras africanas. Sobre os paradigmas críticos, é correto afirmar que: (A) Os paradigmas críticos são formas fixas e imutáveis de aná- lise literária, não permitindo abordagens inovadoras e contex- tuais. (B) Os paradigmas críticos são exclusivamente baseados em critérios ocidentais de avaliação estética, ignorando as especi- ficidades das literaturas africanas. (C) Os paradigmas críticos oferecem ferramentas teóricas e metodológicas para a compreensão das literaturas africanas, permitindo uma análise mais aprofundada e contextualizada. (D) Os paradigmas críticos são apenas um exercício acadêmico sem aplicação prática na interpretação das obras literárias. (E) Os paradigmas críticos são utilizados para impor uma visão única e hegemônica sobre as literaturas africanas, sem consi- derar as diversas vozes e perspectivas presentes nessas produ- ções. 15. ADAPTADO DE VUNESP - PREFEITURA DE GUARULHOS - 2021 No livro “Literatura e Sociedade”, de Antonio Candido, o au- tor discute a relação entre a literatura e a sociedade. Sobre essa relação, é correto afirmar que: (A) A literatura é um reflexo direto e fiel da sociedade, reprodu- zindo de forma objetiva os valores e as normas sociais de uma determinada época. (B) A literatura é um fenômeno puramente individual e sub- jetivo, desvinculado de qualquer influência ou representação social. (C) A literatura e a sociedade estão intrinsecamente interliga- das, com a literatura sendo ao mesmo tempo influenciada e influenciadora do contexto social em que é produzida. (D) A literatura é uma forma de escapismo e entretenimento, não possuindo qualquer relação significativa com a sociedade. 16. ADAPTADO DE VUNESP - CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAU- LO - 2020 Antonio Candido, em seu livro “Literatura e Sociedade”, discute o engajamento literário. Sobre o engajamento literário, é correto afirmar que: (A) O engajamento literário é uma forma de alienação do escri- tor, afastando-o das questões sociais e políticas de seu tempo. (B) O engajamento literário é exclusivamente baseado em ideo- logias políticas, limitando a liberdade criativa do escritor. (C) O engajamento literário representa o compromisso do es- critor com a sociedade, utilizando a literatura como uma forma de denúncia e reflexão sobre questões sociais e políticas. (D) O engajamento literário é uma prática ultrapassada, não tendo relevância no contexto atual da literatura. BIBLIOGRAFIA LIVROS 39 a solução para o seu concurso! Editora 17. ADAPTADO DE VUNESP - PREFEITURA DE CAMPINAS - 2019 No livro “Literatura e Sociedade”, Antonio Candido destaca a importância do estudo dos clássicos da literatura. Sobre o estudo dos clássicos, é correto afirmar que: (A) O estudo dos clássicos é irrelevante para compreender a sociedade, uma vez que essas obras não refletem a realidade contemporânea. (B) O estudo dos clássicos é um exercício acadêmico sem apli- cação prática na análise da sociedade. (C) O estudo dos clássicos permite compreender a sociedade em diferentes épocas, explorando os valores, as ideias e as re- presentações presentes nessas obras. (D) O estudo dos clássicos é exclusivamente voltado para a preservação do patrimônio cultural, não tendo relação com a sociedade contemporânea. 18. ADAPTADO DE VUNESP - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ES- TADO DE SÃO PAULO - 2022 No livro “Culturas Juvenis: Múltiplos Olhares”, os autores dis- cutem as relações entre as juventudes e a sociedade. Sobre essa relação, é correto afirmar que: (A) As juventudes são meras espectadoras passivas da socie- dade, não exercendo qualquer influência ou participação ativa nos processos sociais. (B) As juventudes são uma categoria social homogênea, com comportamentos e interesses unificados, independentemente do contexto sociocultural. (C) As juventudes são influenciadas pela sociedade, mas tam- bém possuem agência e capacidade de transformação, expres- sando suas identidades e demandas por meio de práticas cul- turais e movimentos sociais. (D) As juventudes são meros reflexos da sociedade, reproduzin- do de forma objetiva os valores e as normas sociais vigentes. 19. ADAPTADO DE VUNESP - PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO - 2021 No livro “Culturas Juvenis: Múltiplos Olhares”, os autores dis- cutem a importância do reconhecimento da diversidade nas cul- turas juvenis. Sobre a diversidade nas culturas juvenis, é correto afirmar que: (A) As culturas juvenis são uniformes e não apresentam dife- renças significativas em termos de identidade, expressão cultu- ral e comportamento. (B) A diversidade nas culturas juvenis é irrelevante e não con- tribui para a compreensão das dinâmicas e das vivências dos jovens. (C) A diversidade nas culturas juvenis deve ser valorizada, reco- nhecendo as diferentes experiências e perspectivas dos jovens, considerando fatores como classe social, gênero, etnia, orien- tação sexual, entre outros. (D) A diversidade nas culturas juvenis é uma forma de exclusão e segregação, impedindo a formação de identidades coletivas entre os jovens. 20. De acordo com o livro “Desvendando os Segredos do Tex- to”, de Ingedore Grunfeld Villaça Koch, qual é a diferença entre coesão e coerência textual? (A) A coesão textual refere-se à lógica e à organização interna do texto, enquanto a coerência textual diz respeito à conexão entre as partes do texto. (B) A coesão textual refere-se à conexão entre as partes do tex- to, enquanto a coerência textual diz respeito à lógica e à orga- nização interna do texto. (C) A coesão textual refere-se à escolha adequada de palavras e expressões, enquanto a coerência textual diz respeito à estru- tura básica do texto. (D) A coesão textual refere-se à seleção dos gêneros textuais adequados, enquanto a coerência textual diz respeito à clareza e objetividade do texto. 21. De acordo com Ingedore Grunfeld Villaça Koch em “Desven- dando os Segredos do Texto”, o que são gêneros textuais? (A) São os diferentes tipos de escrita encontrados na literatura. (B) São os estilos de escrita utilizados em diferentes regiões do país. (C) São as estruturas gramaticais utilizadas na construção de um texto. (D) São os diversos tipos de texto que circulam na sociedade, como narrativas, argumentativos e descritivos. 22. Segundo o livro “Desvendando os Segredos do Texto” de Ingedore Grunfeld Villaça Koch, qual é a importância da coesão tex- tual? (A) A coesão textual torna o texto mais interessante e atraente para o leitor. (B) A coesão textual facilita a compreensão do texto e a cone- xão entre as ideias apresentadas. (C) A coesão textual é uma exigência estilística que deve ser seguida em todos os tipos de texto. (D) A coesão textual é irrelevante, desde que as ideias estejam bem organizadas no texto. 23. De acordo com o livro “Ler e Escrever: Estratégia de Pro- dução Textual”, quais são os principais aspectos abordados na etapa de planejamento textual? (A) Seleção de gêneros textuais adequados e revisão gramati- cal. (B) Elaboração de um objetivo claro e organização das infor- mações. (C) Uso adequado de recursos estilísticos e análise crítica do texto. (D) Edição e revisão ortográfica do texto final. 24. Segundo as autoras Ingedore Grunfeld Villaça e Vanda Ma- ria Elias, qual é a importância da revisão textual? (A) A revisão textual permite identificar a estrutura básica do texto. (B) A revisão textual garante a originalidade e criatividade do texto. (C) A revisão textual possibilita corrigir erros gramaticais e or- tográficos. (D) A revisão textual é uma etapa dispensável no processo de produção textual. BIBLIOGRAFIA LIVROS 4040 a solução para o seu concurso! Editora 25. No livro “Ler e Escrever: Estratégia de Produção Textual”, as autoras destacam a importância da compreensão e interpretação textual. Por que essas habilidades são fundamentais para a pro- dução textual? (A) A compreensão e interpretação textual garantem a auten- ticidade do texto. (B) A compreensão e interpretação textual facilitam a revisão e edição do texto. (C) A compreensão e interpretação textual são requisitos esti- lísticos para a escrita. (D) A compreensão e interpretação textual são a base para uma produção textual coerente e coesa. 26. De acordo com o livro “Da Fala para a Escrita: Atividades de Retextualização”, qual é o objetivo da retextualização? (A) Transformar textos escritos em textos orais. (B) Adaptar textos orais para o contexto escrito. (C) Criar textos escritos a partir do zero. (D) Transcrever textos orais sem nenhuma modificação. 27. Segundo Luiz Antônio Marcuschi, quais são os desafios en- frentados na retextualização? (A) Manter a estrutura original do texto oral. (B) Adequar a gramática do texto escrito à oralidade. (C) Transformar o vocabulário oral em linguagem escrita. (D) Adaptar o estilo do texto oral para o contexto escrito. 28. No livro “Da Fala para a Escrita: Atividades de Retextual- ização”, quais são as estratégias mencionadas por Marcuschi para auxiliar na retextualização? (A) Transcrição literal e simplificação do texto oral. (B) Utilização de gírias e expressões regionais no texto escrito. (C) Adição de informações irrelevantes ao texto escrito. (D) Preservação da estrutura e estilo do texto oral. 29. Qual é o objetivo principal do livro “A Literatura Portuguesa Através de Texto”? (A) Apresentar uma antologia completa da literatura portugue- sa. (B) Analisar a influência da literatura portuguesa na literatura mundial. (C) Oferecer uma visão panorâmica da literatura portuguesa através de textos selecionados. (D) Discutir as obras e os autores mais relevantes da literatura portuguesa contemporânea. 30. Além de apresentar textos literários, o livro também abor- da: (A) A história política de Portugal. (B) A influência da literatura portuguesa na América Latina. (C) Aspectos teóricos e críticos sobre a literatura portuguesa. (D) A relação entre literatura e cinema em Portugal. 31. Qual é a importância do livro “A Literatura Portuguesa At- ravés de Texto” para os estudantes de literatura? (A) Proporcionar uma visão completa da literatura portuguesa contemporânea. (B) Apresentar uma antologia atualizada com os principais au- tores da literatura portuguesa. (C) Oferecer análises e interpretações das obras literárias por- tuguesas. (D) Discutir a relação entre a literatura portuguesa e a história do Brasil. 32. De acordo com o livro “Letramentos, Mídias, Linguagens”, de Roxane Rojo e Eduardo Moura, qual é um dos temas principais abordados na obra? (A) A história da escrita e sua evolução tecnológica. (B) As práticas tradicionais de leitura e escrita na era digital. (C) A relação entre mídias, letramentos e linguagens na socie- dade contemporânea. A influência da internet na educação formal. 33. Segundo os autores de “Letramentos, Mídias, Linguagens”, qual é a importância de desenvolver competências comunicativas múltiplas? (A) Para dominar apenas a linguagem verbal escrita. (B) Para interagir exclusivamente em ambientes virtuais. (C) Para compreender apenas textos visuais e sonoros. (D) Para lidar com as diferentes linguagens presentes nos am- bientes mediados pelas tecnologias. 34. De acordo com as reflexões apresentadas em “Letramentos, Mídias, Linguagens”, qual é a relação entre mídias e letramentos? (A) As mídias são irrelevantes para as práticas de letramento. (B) As mídias dificultam o desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita. (C) As mídias transformam as práticas de letramento, propor- cionando novas formas de interação e produção de sentido. (Resposta correta) (D) As mídias substituem completamente as práticas tradicio- nais de leitura e escrita. GABARITO 1 C 2 C 3 C 4 C 5 C 6 A 7 C 8 C 9 E 10 C 11 B 12 C 13 C 14 C 15 C BIBLIOGRAFIA LIVROS 41 a solução para o seu concurso! Editora 16 C 17 C 18 C 19 C 20 B 21 D 22 B 23 B 24 C 25 D 26 B 27 C 28 A 29 C 30 C 31 C 32 C 33 D 34 C ANOTAÇÕES ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ BIBLIOGRAFIA LIVROS 4242 a solução para o seu concurso! Editora _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________ 43 a solução para o seu concurso! Editora PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC). BRASÍLIA: MEC/CON- SED/UNDIME, 2017. P. 07-21, 57-191 A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressi- vo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desen- volver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica, de modo a que tenham assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento, em conformidade com o que preceitua o Plano Nacional de Educação (PNE). Este documento normativo aplica-se exclusivamente à educação escolar, tal como a define o § 1º do Ar- tigo 1º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei nº 9.394/1996)1, e está orientado pelos princípios éticos, políticos e estéticos que visam à formação humana integral e à construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva, como fundamentado nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica (DCN)2. Referência nacional para a formulação dos currículos dos sis- temas e das redes escolares dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e das propostas pedagógicas das instituições escolares, a BNCC integra a política nacional da Educação Básica e vai contri- buir para o alinhamento de outras políticas e ações, em âmbito fe- deral, estadual e municipal, referentes à formação de professores, à avaliação, à elaboração de conteúdos educacionais e aos critérios para a oferta de infraestrutura adequada para o pleno desenvolvi- mento da educação. Nesse sentido, espera-se que a BNCC ajude a superar a frag- mentação das políticas educacionais, enseje o fortalecimento do regime de colaboração entre as três esferas de governo e seja bali- zadora da qualidade da educação. Assim, para além da garantia de acesso e permanência na escola, é necessário que sistemas, redes e escolas garantam um patamar comum de aprendizagens a todos os estudantes, tarefa para a qual a BNCC é instrumento fundamental. Ao longo da Educação Básica, as aprendizagens essenciais defi- nidas na BNCC devem concorrer para assegurar aos estudantes o de- senvolvimento de dez competências gerais, que consubstanciam, no âmbito pedagógico, os direitos de aprendizagem e desenvolvimento. Na BNCC, competência é definida como a mobilização de co- nhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver de- mandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidada- nia e do mundo do trabalho. Ao definir essas competências, a BNCC reconhece que a “edu- cação deve afirmar valores e estimular ações que contribuam para a transformação da sociedade, tornando-a mais humana, social- mente justa e, também, voltada para a preservação da natureza” (BRASIL, 2013)3, mostrando-se também alinhada à Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU)4. É imprescindível destacar que as competências gerais da Edu- cação Básica, apresentadas a seguir, inter-relacionam-se e desdo- bram-se no tratamento didático proposto para as três etapas da Educação Básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio), articulando-se na construção de conhecimentos, no desen- volvimento de habilidades e na formação de atitudes e valores, nos termos da LDB. COMPETÊNCIAS GERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA 1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente cons- truídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para enten- der e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análi- se crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. 3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e cultu- rais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversi- ficadas da produção artístico-cultural. 4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-moto- ra, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e cientí- fica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que le- vem ao entendimento mútuo. 5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informa- ção e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comu- nicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pes- soal e coletiva. 6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer esco- lhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade 7. Argumentar com base em fatos, dados e informações con- fiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. 8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emo- cional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas. PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS 4444 a solução para o seu concurso! Editora 9.Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao ou- tro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diver- sidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. 10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabi- lidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentá- veis e solidários. OS MARCOS LEGAIS QUE EMBASAM A BNCC A Constituição Federal de 19885, em seu Artigo 205, reconhece a educação como direito fundamental compartilhado entre Estado, família e sociedade ao determinar que a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 1988). Para atender a tais finalidades no âmbito da educação escolar, a Carta Constitucional, no Artigo 210, já reconhece a necessidade de que sejam “fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamen- tal, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais” (BRASIL, 1988). Com base nesses marcos constitucionais, a LDB, no Inciso IV de seu Artigo 9º, afirma que cabe à União estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, competências e diretrizes para a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação básica comum (BRASIL, 1996; ênfase adicionada). Nesse artigo, a LDB deixa claros dois conceitos decisivos para todo o desenvolvimento da questão curricular no Brasil. O primei- ro, já antecipado pela Constituição, estabelece a relação entre o que é básico-comum e o que é diverso em matéria curricular: as competências e diretrizes são comuns, os currículos são diversos. O segundo se refere ao foco do currículo. Ao dizer que os conteúdos curriculares estão a serviço do desenvolvimento de competências, a LDB orienta a definição das aprendizagens essenciais, e não ape- nas dos conteúdos mínimos a ser ensinados. Essas são duas noções fundantes da BNCC. A relação entre o que é básico-comum e o que é diverso é reto- mada no Artigo 26 da LDB, que determina que os currículos da Edu- cação Infantil, do Ensino Fundamental e do Ensino Médio devem ter base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diver- sificada, exigida pelas características regionais e locais da socieda- de, da cultura, da economia e dos educandos (BRASIL, 1996; ênfase adicionada). Essa orientação induziu à concepção do conhecimento curricu- lar contextualizado pela realidade local, social e individual da escola e do seu alunado, que foi o norte das diretrizes curriculares traça- das pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) ao longo da década de 1990, bem como de sua revisão nos anos 2000. Em 2010, o CNE promulgou novas DCN, ampliando e organi- zando o conceito de contextualização como “a inclusão, a valoriza- ção das diferenças e o atendimento à pluralidade e à diversidade cultural resgatando e respeitando as várias manifestações de cada comunidade”, conforme destaca o Parecer CNE/CEB nº 7/20106. Em 2014, a Lei nº 13.005/20147 promulgou o Plano Nacional de Educação (PNE), que reitera a necessidade de estabelecer e im- plantar, mediante pactuação interfederativa [União, Estados, Distri- to Federal e Municípios], diretrizes pedagógicas para a educação básica e a base nacional comum dos currículos, com direitos e ob- jetivos de aprendizagem e desenvolvimento dos(as) alunos(as) para cada ano do Ensino Fundamental e Médio, respeitadas as diversida- des regional, estadual e local (BRASIL, 2014). Nesse sentido, consoante aos marcos legais anteriores, o PNE afirma a importância de uma base nacional comum curricular para o Brasil, com o foco na aprendizagem como estratégia para fomen- tar a qualidade da Educação Básica em todas as etapas e modalida- des (meta 7), referindo-se a direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento. Em 2017, com a alteração da LDB por força da Lei nº 13.415/2017, a legislação brasileira passa a utilizar, concomitante- mente, duas nomenclaturas para se referir às finalidades da edu- cação: Art. 35-A. A Base Nacional Comum Curricular definirá direitos e objetivos de aprendizagem do ensino médio, conforme diretrizes do Conselho Nacional de Educação, nas seguintes áreas do conhe- cimento [...] Art. 36. § 1º A organização das áreas de que trata o caput e das respectivas competências e habilidades será feita de acordo com critérios estabelecidos em cada sistema de ensino (BRASIL, 20178; ênfases adicionadas). Trata-se, portanto, de maneiras diferentes e intercambiáveis para designar algo comum, ou seja, aquilo que os estudantes de- vem aprender na Educação Básica, o que inclui tanto os saberes quanto a capacidade de mobilizá-los e aplicá-los. OS FUNDAMENTOS PEDAGÓGICOS DA BNCC FOCO NO DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS O conceito de competência, adotado pela BNCC, marca a dis- cussão pedagógica e social das últimas décadas e pode ser inferido no texto da LDB, especialmente quando se estabelecem as finali- dades gerais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio (Artigos 32 e 35). Além disso, desde as décadas finais do século XX e ao longo deste início do século XXI9, o foco no desenvolvimento de com- petências tem orientado a maioria dos Estados e Municípios bra- sileiros e diferentes países na construção de seus currículos10. É esse também o enfoque adotado nas avaliações internacionais da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que coordena o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa, na sigla em inglês)11, e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco, na sigla em inglês), que instituiu o Laboratório Latino-americano de Avaliação da Qualidade da Educação para a América Latina (LLECE, na sigla em espanhol)12. Ao adotar esse enfoque, a BNCC indica que as decisões peda- gógicas devem estar orientadas para o desenvolvimento de compe- tências. Por meio da indicação clara do que os alunos devem “sa- ber” (considerando a constituição de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores) e, sobretudo, do que devem “saber fazer” (consi- derando a mobilização desses conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho), a explici- tação das competências oferece referências para o fortalecimento de ações que assegurem as aprendizagens essenciais definidas na BNCC. PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS 45 a solução para o seu concurso! Editora O COMPROMISSO COM A EDUCAÇÃO INTEGRAL A sociedade contemporânea impõe um olhar inovador e in- clusivo a questões centrais do processo educativo: o que aprender, para que aprender, como ensinar, como promover redes de apren- dizagem colaborativa e como avaliar o aprendizado. No novo cenário mundial, reconhecer-se em seu contexto his- tórico e cultural, comunicar-se, ser criativo, analítico-crítico, partici- pativo, aberto ao novo, colaborativo, resiliente, produtivo e respon- sável requer muito mais do que o acúmulo de informações. Requer o desenvolvimento de competências para aprender a aprender, saber lidar com a informação cada vez mais disponível, atuar com discernimento e responsabilidade nos contextos das culturas digi- tais, aplicar conhecimentos para resolver problemas, ter autonomia para tomar decisões, ser proativo para identificar os dados de uma situação e buscar soluções, conviver e aprender com as diferenças e as diversidades. Nesse contexto, a BNCC afirma, de maneira explícita, o seu compromisso com a educação integral13. Reconhece, assim, que a Educação Básica deve visar à formação e ao desenvolvimento hu- mano global, o que implica compreender a complexidade e a não linearidade desse desenvolvimento, rompendo com visões reducio- nistas que privilegiam ou a dimensão intelectual (cognitiva) ou a dimensão afetiva. Significa, ainda, assumir uma visão plural, singu- lar e integral da criança, do adolescente, do jovem e do adulto – considerando-os como sujeitos de aprendizagem – e promover uma educação voltada ao seu acolhimento, reconhecimento e desenvol- vimento pleno, nas suas singularidades e diversidades. Além disso, a escola, como espaço de aprendizagem e de democracia inclusiva, deve se fortalecer na prática coercitiva de não discriminação, não preconceito e respeito às diferenças e diversidades. Independentemente da duração da jornada escolar, o conceito de educação integral com o qual a BNCC está comprometida se re- fere à construção intencional de processos educativos que promo- vam aprendizagens sintonizadas com as necessidades, as possibili- dades e os interesses dos estudantes e, também, com os desafios da sociedade contemporânea. Isso supõe considerar as diferentes infâncias e juventudes, as diversas culturas juvenis e seu potencial de criar novas formas de existir. Assim, a BNCC propõe a superação da fragmentação radical- mente disciplinar do conhecimento, o estímulo à sua aplicação na vida real, a importância do contexto para dar sentido ao que se aprende e o protagonismo do estudante em sua aprendizagem e na construção de seu projeto de vida. O PACTO INTERFEDERATIVO E A IMPLEMENTAÇÃO DA BNCC BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR: IGUALDADE, DIVER- SIDADE E EQUIDADE No Brasil, um país caracterizado pela autonomia dos entes fe- derados, acentuada diversidade cultural e profundas desigualdades sociais, os sistemas e redes de ensino devem construir currículos, e as escolas precisam elaborar propostas pedagógicas que conside- rem as necessidades, as possibilidades e os interesses dos estudan- tes, assim como suas identidades linguísticas, étnicas e culturais. Nesse processo, a BNCC desempenha papel fundamental, pois explicita as aprendizagens essenciais que todos os estudantes de- vem desenvolver e expressa, portanto, a igualdade educacional so- bre a qual as singularidades devem ser consideradas e atendidas. Essa igualdade deve valer também para as oportunidades de ingres- so e permanência em uma escola de Educação Básica, sem o que o direito de aprender não se concretiza. O Brasil, ao longo de sua história, naturalizou desigualdades educacionais em relação ao acesso à escola, à permanência dos estudantes e ao seu aprendizado. São amplamente conhecidas as enormes desigualdades entre os grupos de estudantes definidos por raça, sexo e condição socioeconômica de suas famílias. Diante desse quadro, as decisões curriculares e didático-peda- gógicas das Secretarias de Educação, o planejamento do trabalho anual das instituições escolares e as rotinas e os eventos do cotidia- no escolar devem levar em consideração a necessidade de supera- ção dessas desigualdades. Para isso, os sistemas e redes de ensino e as instituições escolares devem se planejar com um claro foco na equidade, que pressupõe reconhecer que as necessidades dos es- tudantes são diferentes. De forma particular, um planejamento com foco na equidade também exige um claro compromisso de reverter a situação de exclusão histórica que marginaliza grupos – como os povos indíge- nas originários e as populações das comunidades remanescentes de quilombos e demais afrodescendentes – e as pessoas que não puderam estudar ou completar sua escolaridade na idade própria. Igualmente, requer o compromisso com os alunos com deficiência, reconhecendo a necessidade de práticas pedagógicas inclusivas e de diferenciação curricular, conforme estabelecido na Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015)14. BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E CURRÍCULOS A BNCC e os currículos se identificam na comunhão de princí- pios e valores que, como já mencionado, orientam a LDB e as DCN. Dessa maneira, reconhecem que a educação tem um compromisso com a formação e o desenvolvimento humano global, em suas di- mensões intelectual, física, afetiva, social, ética, moral e simbólica. Além disso, BNCC e currículos têm papéis complementares para assegurar as aprendizagens essenciais definidas para cada etapa da Educação Básica, uma vez que tais aprendizagens só se materializam mediante o conjunto de decisões que caracterizam o currículo em ação. São essas decisões que vão adequar as propo- sições da BNCC à realidade local, considerando a autonomia dos sistemas ou das redes de ensino e das instituições escolares, como também o contexto e as características dos alunos. Essas decisões, que resultam de um processo de envolvimento e participação das famílias e da comunidade, referem-se, entre outras ações, a: - contextualizar os conteúdos dos componentes curriculares, identificando estratégias para apresentá-los, representá-los, exempli- ficá-los, conectá-los e torná-los significativos, com base na realidade do lugar e do tempo nos quais as aprendizagens estão situadas; - decidir sobre formas de organização interdisciplinar dos com- ponentes curriculares e fortalecer a competência pedagógica das equipes escolares para adotar estratégias mais dinâmicas, interativas e colaborativas em relação à gestão do ensino e da aprendizagem; - selecionar e aplicar metodologias e estratégias didático-pe- dagógicas diversificadas, recorrendo a ritmos diferenciados e a conteúdos complementares, se necessário, para trabalhar com as necessidades de diferentes grupos de alunos, suas famílias e cultura de origem, suas comunidades, seus grupos de socialização etc.; - conceber e pôr em prática situações e procedimentos para motivar e engajar os alunos nas aprendizagens; - construir e aplicar procedimentos de avaliação formativa de processo ou de resultado que levem em conta os contextos e as condições de aprendizagem, tomando tais registros como referên- cia para melhorar o desempenho da escola, dos professores e dos alunos; PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS 4646 a solução para o seu concurso! Editora - selecionar, produzir, aplicar e avaliar recursos didáticos e tec- nológicos para apoiar o processo de ensinar e aprender; - criar e disponibilizar materiais de orientação para os profes- sores, bem como manter processos permanentes de formação do- cente que possibilitem contínuo aperfeiçoamento dos processos de ensino e aprendizagem; - manter processos contínuos de aprendizagem sobre gestão pedagógica e curricular para os demais educadores, no âmbito das escolas e sistemas de ensino. Essas decisões precisam, igualmente, ser consideradas na orga- nização de currículos e propostas adequados às diferentes modali- dades de ensino (Educação Especial, Educação de Jovens e Adultos, Educação do Campo, Educação Escolar Indígena, Educação Escolar Quilombola, Educação a Distância), atendendo-se às orientações das Diretrizes Curriculares Nacionais. No caso da Educação Escolar Indígena, por exemplo, isso significa assegurar competências es- pecíficas com base nos princípios da coletividade, reciprocidade, integralidade, espiritualidade e alteridade indígena, a serem desen- volvidas a partir de suas culturas tradicionais reconhecidas nos cur- rículos dos sistemas de ensino e propostas pedagógicas das institui- ções escolares. Significa também, em uma perspectiva intercultural, considerar seus projetos educativos, suas cosmologias, suas lógicas, seus valores e princípios pedagógicos próprios (em consonância com a Constituição Federal, com as Diretrizes Internacionais da OIT – Convenção 169 e com documentos da ONU e Unesco sobre os di- reitos indígenas) e suas referências específicas, tais como: construir currículos interculturais, diferenciados e bilíngues, seus sistemas próprios de ensino e aprendizagem, tanto dos conteúdos universais quanto dos conhecimentos indígenas, bem como o ensino da língua indígena como primeira língua15. É também da alçada dos entes federados responsáveis pela implementação da BNCC o reconhecimento da experiência curricu- lar existente em seu âmbito de atuação. Nas duas últimas décadas, mais da metade dos Estados e muitos Municípios vêm elaborando currículos para seus respectivos sistemas de ensino, inclusive para atender às especificidades das diferentes modalidades. Muitas es- colas públicas e particulares também acumularam experiências de desenvolvimento curricular e de criação de materiais de apoio ao currículo, assim como instituições de ensino superior construíram experiências de consultoria e de apoio técnico ao desenvolvimento curricular. Inventariar e avaliar toda essa experiência pode contri- buir para aprender com acertos e erros e incorporar práticas que propiciaram bons resultados. Por fim, cabe aos sistemas e redes de ensino, assim como às escolas, em suas respectivas esferas de autonomia e competência, incorporar aos currículos e às propostas pedagógicas a abordagem de temas contemporâneos que afetam a vida humana em escala local, regional e global, preferencialmente de forma transversal e integradora. Entre esses temas, destacam-se: direitos da criança e do adolescente (Lei nº 8.069/199016), educação para o trânsito (Lei nº 9.503/199717), educação ambiental (Lei nº 9.795/1999, Parecer CNE/CP nº 14/2012 e Resolução CNE/CP nº 2/201218), educação alimentar e nutricional (Lei nº 11.947/200919), processo de enve- lhecimento, respeito e valorização do idoso (Lei nº 10.741/200320), educação em direitos humanos (Decreto nº 7.037/2009, Parecer CNE/CP nº 8/2012 e Resolução CNE/CP nº 1/201221), educação das relações étnico-raciais e ensino de história e cultura afro-bra- sileira, africana e indígena (Leis nº 10.639/2003 e 11.645/2008, Pa- recer CNE/CP nº 3/2004 e Resolução CNE/CP nº 1/200422), bem como saúde, vida familiar e social, educação para o consumo, edu- cação financeira e fiscal, trabalho, ciência e tecnologia e diversida- de cultural (Parecer CNE/CEB nº 11/2010 e Resolução CNE/CEB nº 7/201023). Na BNCC, essas temáticas são contempladas em habi- lidades dos componentes curriculares, cabendo aos sistemas de ensino e escolas, de acordo com suas especificidades, tratá-las de forma contextualizada. BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E REGIME DE COLA- BORAÇÃO Legitimada pelo pacto interfederativo, nos termos da Lei nº 13.005/ 2014, que promulgou o PNE, a BNCC depende do adequa- do funcionamento do regime de colaboração para alcançar seus objetivos. Sua formulação, sob coordenação do MEC, contou com a participação dos Estados do Distrito Federal e dos Municípios, de- pois de ampla consulta à comunidade educacional e à sociedade, conforme consta da apresentação do presente documento. Com a homologação da BNCC, as redes de ensino e escolas particulares terão diante de si a tarefa de construir currículos, com base nas aprendizagens essenciais estabelecidas na BNCC, passan- do, assim, do plano normativo propositivo para o plano da ação e da gestão curricular que envolve todo o conjunto de decisões e ações definidoras do currículo e de sua dinâmica. Embora a implementação seja prerrogativa dos sistemas e das redes de ensino, a dimensão e a complexidade da tarefa vão exigir que União, Estados, Distrito Federal e Municípios somem esforços. Nesse regime de colaboração, as responsabilidades dos entes fede- rados serão diferentes e complementares, e a União continuará a exercer seu papel de coordenação do processo e de correção das desigualdades. A primeira tarefa de responsabilidade direta da União será a revisão da formação inicial e continuada dos professores para ali- nhá-las à BNCC. A ação nacional será crucial nessa iniciativa, já que se trata da esfera que responde pela regulação do ensino superior, nível no qual se prepara grande parte desses profissionais. Diante das evidências sobre a relevância dos professores e demais mem- bros da equipe escolar para o sucesso dos alunos, essa é uma ação fundamental para a implementação eficaz da BNCC. Compete ainda à União, como anteriormente anunciado, pro- mover e coordenar ações e políticas em âmbito federal, estadual e municipal, referentes à avaliação, à elaboração de materiais pe- dagógicos e aos critérios para a oferta de infraestrutura adequada para o pleno desenvolvimento da educação. Por se constituir em uma política nacional, a implementação da BNCC requer, ainda, o monitoramento pelo MEC em colaboração com os organismos nacionais da área – CNE, Consed e Undime. Em um país com a dimensão e a desigualdade do Brasil, a permanên- cia e a sustentabilidade de um projeto como a BNCC dependem da criação e do fortalecimento de instâncias técnico-pedagógicas nas redes de ensino, priorizando aqueles com menores recursos, tanto técnicos quanto financeiros. Essa função deverá ser exercida pelo MEC, em parceria com o Consed e a Undime, respeitada a autono- mia dos entes federados. A atuação do MEC, além do apoio técnico e financeiro, deve incluir também o fomento a inovações e a disseminação de casos de sucesso; o apoio a experiências curriculares inovadoras; a cria- ção de oportunidades de acesso a conhecimentos e experiências de outros países; e, ainda, o fomento de estudos e pesquisas sobre currículos e temas afins. PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS 47 a solução para o seu concurso! Editora O ENSINO FUNDAMENTAL NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO BÁ- SICA O Ensino Fundamental, com nove anos de duração, é a etapa mais longa da Educação Básica, atendendo estudantes entre 6 e 14 anos. Há, portanto, crianças e adolescentes que, ao longo desse pe- ríodo, passam por uma série de mudanças relacionadas a aspectos físicos, cognitivos, afetivos, sociais, emocionais, entre outros. Como já indicado nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fun- damental de Nove Anos (Resolução CNE/CEB nº 7/2010)28, essas mudanças impõem desafios à elaboração de currículos para essa etapa de escolarização, de modo a superar as rupturas que ocorrem na passagem não somente entre as etapas da Educação Básica, mas também entre as duas fases do Ensino Fundamental: Anos Iniciais e Anos Finais. A BNCC do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, ao valorizar as situações lúdicas de aprendizagem, aponta para a necessária arti- culação com as experiências vivenciadas na Educação Infantil. Tal articulação precisa prever tanto a progressiva sistematização des- sas experiências quanto o desenvolvimento, pelos alunos, de no- vas formas de relação com o mundo, novas possibilidades de ler e formular hipóteses sobre os fenômenos, de testá-las, de refutá-las, de elaborar conclusões, em uma atitude ativa na construção de co- nhecimentos. Nesse período da vida, as crianças estão vivendo mudanças importantes em seu processo de desenvolvimento que repercutem em suas relações consigo mesmas, com os outros e com o mundo. Como destacam as DCN, a maior desenvoltura e a maior autonomia nos movimentos e deslocamentos ampliam suas interações com o espaço; a relação com múltiplas linguagens, incluindo os usos so- ciais da escrita e da matemática, permite a participação no mundo letrado e a construção de novas aprendizagens, na escola e para além dela; a afirmação de sua identidade em relação ao coletivo no qual se inserem resulta em formas mais ativas de se relacionarem com esse coletivo e com as normas que regem as relações entre as pessoas dentro e fora da escola, pelo reconhecimento de suas po- tencialidades e pelo acolhimento e pela valorização das diferenças. Ampliam-se também as experiências para o desenvolvimento da oralidade e dos processos de percepção, compreensão e repre- sentação, elementos importantes para a apropriação do sistema de escrita alfabética e de outros sistemas de representação, como os signos matemáticos, os registros artísticos, midiáticos e científicos e as formas de representação do tempo e do espaço. Os alunos se deparam com uma variedade de situações que envolvem conceitos e fazeres científicos, desenvolvendo observações, análises, argu- mentações e potencializando descobertas. As experiências das crianças em seu contexto familiar, social e cultural, suas memórias, seu pertencimento a um grupo e sua in- teração com as mais diversas tecnologias de informação e comu- nicação são fontes que estimulam sua curiosidade e a formulação de perguntas. O estímulo ao pensamento criativo, lógico e crítico, por meio da construção e do fortalecimento da capacidade de fa- zer perguntas e de avaliar respostas, de argumentar, de interagir com diversas produções culturais, de fazer uso de tecnologias de informação e comunicação, possibilita aos alunos ampliar sua com- preensão de si mesmos, do mundo natural e social, das relações dos seres humanos entre si e com a natureza. As características dessa faixa etária demandam um trabalho no ambiente escolar que se organize em torno dos interesses manifes- tos pelas crianças, de suas vivências mais imediatas para que, com base nessas vivências, elas possam, progressivamente, ampliar essa compreensão, o que se dá pela mobilização de operações cogniti- vas cada vez mais complexas e pela sensibilidade para apreender o mundo, expressar-se sobre ele e nele atuar. Nos dois primeiros anos do Ensino Fundamental, a ação peda- gógica deve ter como foco a alfabetização, a fim de garantir amplas oportunidades para que os alunos se apropriem do sistema de escri- ta alfabética de modo articulado ao desenvolvimento de outras ha- bilidades de leitura e de escrita e ao seu envolvimento em práticas diversificadas de letramentos. Como aponta o Parecer CNE/CEB nº 11/201029, “os conteúdos dos diversos componentes curriculares [...], ao descortinarem às crianças o conhecimento do mundo por meio de novos olhares, lhes oferecem oportunidades de exercitar a leitura e a escrita de um modo mais significativo” (BRASIL, 2010). Ao longo do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, a progressão do conhecimento ocorre pela consolidação das aprendizagens ante- riores e pela ampliação das práticas de linguagem e da experiência estética e intercultural das crianças, considerando tanto seus inte- resses e suas expectativas quanto o que ainda precisam aprender. Ampliam-se a autonomia intelectual, a compreensão de normas e os interesses pela vida social, o que lhes possibilita lidar com siste- mas mais amplos, que dizem respeito às relações dos sujeitos entre si, com a natureza, com a história, com a cultura, com as tecnologias e com o ambiente. Além desses aspectos relativos à aprendizagem e ao desenvol- vimento, na elaboração dos currículos e das propostas pedagógicas devem ainda ser consideradas medidas para assegurar aos alunos um percurso contínuo de aprendizagens entre as duas fases do Ensino Fundamental, de modo a promover uma maior integração entre elas. Afinal, essa transição se caracteriza por mudanças pe- dagógicas na estrutura educacional, decorrentes principalmente da diferenciação dos componentes curriculares. Como bem destaca o Parecer CNE/CEB nº 11/2010, “os alunos, ao mudarem do professor generalista dos anos iniciais para os professores especialistas dos diferentes componentes curriculares, costumam se ressentir diante das muitas exigências que têm de atender, feitas pelo grande núme- ro de docentes dos anos finais” (BRASIL, 2010). Realizar as necessá- rias adaptações e articulações, tanto no 5º quanto no 6º ano, para apoiar os alunos nesse processo de transição, pode evitar ruptura no processo de aprendizagem, garantindo-lhes maiores condições de sucesso. Ao longo do Ensino Fundamental – Anos Finais, os estudantes se deparam com desafios de maior complexidade, sobretudo devi- do à necessidade de se apropriarem das diferentes lógicas de orga- nização dos conhecimentos relacionados às áreas. Tendo em vista essa maior especialização, é importante, nos vários componentes curriculares, retomar e ressignificar as aprendizagens do Ensino Fundamental – Anos Iniciais no contexto das diferentes áreas, vi- sando ao aprofundamento e à ampliação de repertórios dos estu- dantes. Nesse sentido, também é importante fortalecer a autonomia desses adolescentes, oferecendo-lhes condições e ferramentas para acessar e interagir criticamente com diferentes conhecimentos e fontes de informação. Os estudantes dessa fase inserem-se em uma faixa etária que corresponde à transição entre infância e adolescência, marcada por intensas mudanças decorrentes de transformações biológicas, psi- cológicas, sociais e emocionais. Nesse período de vida, como bem aponta o Parecer CNE/CEB nº 11/2010, ampliam-se os vínculos so- ciais e os laços afetivos, as possibilidades intelectuais e a capaci- dade de raciocínios mais abstratos. Os estudantes tornam-se mais PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS 4848 a solução para o seu concurso! Editora capazes de ver e avaliar os fatos pelo ponto de vista do outro, exer- cendo a capacidade de descentração, “importante na construção da autonomia e na aquisição de valores morais e éticos” (BRASIL, 2010). As mudanças próprias dessa fase da vida implicam a com- preensão do adolescente como sujeito em desenvolvimento, com singularidades e formações identitárias e culturais próprias, que de- mandam práticas escolares diferenciadas, capazes de contemplar suas necessidades e diferentes modos de inserção social. Conforme reconhecem as DCN, é frequente, nessa etapa, observar forte ade- são aos padrões de comportamento dos jovens da mesma idade, o que é evidenciado pela forma de se vestir e também pela lingua- gem utilizada por eles. Isso requer dos educadores maior disposição para entender e dialogar com as formas próprias de expressão das culturas juvenis, cujos traços são mais visíveis, sobretudo, nas áreas urbanas mais densamente povoadas (BRASIL, 2010). Há que se considerar, ainda, que a cultura digital tem promovi- do mudanças sociais significativas nas sociedades contemporâneas. Em decorrência do avanço e da multiplicação das tecnologias de informação e comunicação e do crescente acesso a elas pela maior disponibilidade de computadores, telefones celulares, tablets e afins, os estudantes estão dinamicamente inseridos nessa cultura, não somente como consumidores. Os jovens têm se engajado cada vez mais como protagonistas da cultura digital, envolvendo-se dire- tamente em novas formas de interação multimidiática e multimo- dal e de atuação social em rede, que se realizam de modo cada vez mais ágil. Por sua vez, essa cultura também apresenta forte apelo emocional e induz ao imediatismo de respostas e à efemeridade das informações, privilegiando análises superficiais e o uso de ima- gens e formas de expressão mais sintéticas, diferentes dos modos de dizer e argumentar característicos da vida escolar. Todo esse quadro impõe à escola desafios ao cumprimento do seu papel em relação à formação das novas gerações. É importante que a instituição escolar preserve seu compromisso de estimular a reflexão e a análise aprofundada e contribua para o desenvolvimen- to, no estudante, de uma atitude crítica em relação ao conteúdo e à multiplicidade de ofertas midiáticas e digitais. Contudo, também é imprescindível que a escola compreenda e incorpore mais as novas linguagens e seus modos de funcionamento, desvendando possibi- lidades de comunicação (e também de manipulação), e que eduque para usos mais democráticos das tecnologias e para uma partici- pação mais consciente na cultura digital. Ao aproveitar o potencial de comunicação do universo digital, a escola pode instituir novos modos de promover a aprendizagem, a interação e o compartilha- mento de significados entre professores e estudantes. Além disso, e tendo por base o compromisso da escola de propiciar uma formação integral, balizada pelos direitos humanos e princípios democráticos, é preciso considerar a necessidade de desnaturalizar qualquer forma de violência nas sociedades con- temporâneas, incluindo a violência simbólica de grupos sociais que impõem normas, valores e conhecimentos tidos como universais e que não estabelecem diálogo entre as diferentes culturas presentes na comunidade e na escola. Em todas as etapas de escolarização, mas de modo especial entre os estudantes dessa fase do Ensino Fundamental, esses fa- tores frequentemente dificultam a convivência cotidiana e a apren- dizagem, conduzindo ao desinteresse e à alienação e, não raro, à agressividade e ao fracasso escolar. Atenta a culturas distintas, não uniformes nem contínuas dos estudantes dessa etapa, é necessário que a escola dialogue com a diversidade de formação e vivências para enfrentar com sucesso os desafios de seus propósitos educa- tivos. A compreensão dos estudantes como sujeitos com histórias e saberes construídos nas interações com outras pessoas, tanto do entorno social mais próximo quanto do universo da cultura midiáti- ca e digital, fortalece o potencial da escola como espaço formador e orientador para a cidadania consciente, crítica e participativa. Nessa direção, no Ensino Fundamental – Anos Finais, a escola pode contribuir para o delineamento do projeto de vida dos estu- dantes, ao estabelecer uma articulação não somente com os an- seios desses jovens em relação ao seu futuro, como também com a continuidade dos estudos no Ensino Médio. Esse processo de refle- xão sobre o que cada jovem quer ser no futuro, e de planejamento de ações para construir esse futuro, pode representar mais uma possibilidade de desenvolvimento pessoal e social. A ÁREA DE LINGUAGENS As atividades humanas realizam-se nas práticas sociais, media- das por diferentes linguagens: verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e, contemporaneamen- te, digital. Por meio dessas práticas, as pessoas interagem consigo mesmas e com os outros, constituindo-se como sujeitos sociais. Nessas interações, estão imbricados conhecimentos, atitudes e va- lores culturais, morais e éticos. Na BNCC, a área de Linguagens é composta pelos seguintes componentes curriculares: Língua Portuguesa, Arte, Educação Física e, no Ensino Fundamental – Anos Finais, Língua Inglesa. A finalidade é possibilitar aos estudantes participar de práticas de linguagem di- versificadas, que lhes permitam ampliar suas capacidades expressi- vas em manifestações artísticas, corporais e linguísticas, como tam- bém seus conhecimentos sobre essas linguagens, em continuidade às experiências vividas na Educação Infantil. As linguagens, antes articuladas, passam a ter status próprios de objetos de conhecimento escolar. O importante, assim, é que os estudantes se apropriem das especificidades de cada linguagem, sem perder a visão do todo no qual elas estão inseridas. Mais do que isso, é relevante que compreendam que as linguagens são dinâ- micas, e que todos participam desse processo de constante trans- formação. No Ensino Fundamental – Anos Iniciais, os componentes cur- riculares tematizam diversas práticas, considerando especialmente aquelas relativas às culturas infantis tradicionais e contemporâneas. Nesse conjunto de práticas, nos dois primeiros anos desse segmen- to, o processo de alfabetização deve ser o foco da ação pedagógica. Afinal, aprender a ler e escrever oferece aos estudantes algo novo e surpreendente: amplia suas possibilidades de construir co- nhecimentos nos diferentes componentes, por sua inserção na cul- tura letrada, e de participar com maior autonomia e protagonismo na vida social. Por sua vez, no Ensino Fundamental – Anos Finais, as apren- dizagens, nos componentes curriculares dessa área, ampliam as práticas de linguagem conquistadas no Ensino Fundamental – Anos Iniciais, incluindo a aprendizagem de Língua Inglesa. Nesse seg- mento, a diversificação dos contextos permite o aprofundamento de práticas de linguagem artísticas, corporais e linguísticas que se constituem e constituem a vida social. É importante considerar, também, o aprofundamento da refle- xão crítica sobre os conhecimentos dos componentes da área, dada a maior capacidade de abstração dos estudantes. Essa dimensão analítica é proposta não como fim, mas como meio para a com- preensão dos modos de se expressar e de participar no mundo, PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS 49 a solução para o seu concurso! Editora constituindo práticas mais sistematizadas de formulação de ques- tionamentos, seleção, organização, análise e apresentação de des- cobertas e conclusões. Considerando esses pressupostos, e em articulação com as competências gerais da Educação Básica, a área de Linguagens deve garantir aos alunos o desenvolvimento de competências específi- cas. COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE LINGUAGENS PARA O ENSI- NO FUNDAMENTAL 1. Compreender as linguagens como construção humana, his- tórica, social e cultural, de natureza dinâmica, reconhecendo-as e valorizando-as como formas de significação da realidade e expres- são de subjetividades e identidades sociais e culturais. 2. Conhecer e explorar diversas práticas de linguagem (artís- ticas, corporais e linguísticas) em diferentes campos da atividade humana para continuar aprendendo, ampliar suas possibilidades de participação na vida social e colaborar para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva. 3. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimen- tos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao diálo- go, à resolução de conflitos e à cooperação. 4. Utilizar diferentes linguagens para defender pontos de vista que respeitem o outro e promovam os direitos humanos, a cons- ciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, atuando criticamente frente a questões do mun- do contemporâneo. 5. Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e res- peitar as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, inclusive aquelas pertencentes ao patrimônio cultural da humanidade, bem como participar de práticas diversificadas, indi- viduais e coletivas, da produção artístico-cultural, com respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas. 6. Compreender e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares), para se comunicar por meio das diferentes linguagens e mídias, produzir conhecimen- tos, resolver problemas e desenvolver projetos autorais e coletivos. LÍNGUA PORTUGUESA O componente Língua Portuguesa da BNCC dialoga com docu- mentos e orientações curriculares produzidos nas últimas décadas, buscando atualizá-los em relação às pesquisas recentes da área e às transformações das práticas de linguagem ocorridas neste século, devidas em grande parte ao desenvolvimento das tecnologias di- gitais da informação e comunicação (TDIC). Assume-se aqui a pers- pectiva enunciativo-discursiva de linguagem, já assumida em outros documentos, como os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), para os quais a linguagem é “uma forma de ação interindividual orientada para uma finalidade específica; um processo de interlo- cução que se realiza nas práticas sociais existentes numa sociedade, nos distintos momentos de sua história” (BRASIL, 1998, p. 20). Tal proposta assume a centralidade do texto como unidade de trabalho e as perspectivas enunciativo-discursivas na abordagem, de forma a sempre relacionar os textos a seus contextos de pro- dução e o desenvolvimento de habilidades ao uso significativo da linguagem em atividades de leitura, escuta e produção de textos em várias mídias e semioses. Ao mesmo tempo que se fundamenta em concepções e con- ceitos já disseminados em outros documentos e orientações cur- riculares e em contextos variados de formação de professores, já relativamente conhecidos no ambiente escolar – tais como práticas de linguagem, discurso e gêneros discursivos/gêneros textuais, es- feras/campos de circulação dos discursos –, considera as práticas contemporâneas de linguagem, sem o que a participação nas esfe- ras da vida pública, do trabalho e pessoal pode se dar de forma de- sigual. Na esteira do que foi proposto nos Parâmetros Curriculares Nacionais, o texto ganha centralidade na definição dos conteúdos, habilidades e objetivos, considerado a partir de seu pertencimento a um gênero discursivo que circula em diferentes esferas/campos sociais de atividade/comunicação/uso da linguagem. Os conheci- mentos sobre os gêneros, sobre os textos, sobre a língua, sobre a norma-padrão, sobre as diferentes linguagens (semioses) devem ser mobilizados em favor do desenvolvimento das capacidades de leitura, produção e tratamento das linguagens, que, por sua vez, de- vem estar a serviço da ampliação das possibilidades de participação em práticas de diferentes esferas/ campos de atividades humanas. Ao componente Língua Portuguesa cabe, então, proporcionar aos estudantes experiências que contribuam para a ampliação dos letramentos, de forma a possibilitar a participação significativa e crítica nas diversas práticas sociais permeadas/constituídas pela oralidade, pela escrita e por outras linguagens. As práticas de linguagem contemporâneas não só envolvem novos gêneros e textos cada vez mais multissemióticos e multimi- diáticos, como também novas formas de produzir, de configurar, de disponibilizar, de replicar e de interagir. As novas ferramentas de edição de textos, áudios, fotos, vídeos tornam acessíveis a qualquer um a produção e disponibilização de textos multissemióticos nas redes sociais e outros ambientes da Web. Não só é possível acessar conteúdos variados em diferentes mídias, como também produzir e publicar fotos, vídeos diversos, podcasts, infográficos, enciclopédias colaborativas, revistas e livros digitais etc. Depois de ler um livro de literatura ou assistir a um filme, pode-se postar comentários em re- des sociais específicas, seguir diretores, autores, escritores, acom- panhar de perto seu trabalho; podemos produzir playlists, vlogs, vídeos-minuto, escrever fanfics, produzir e-zines, nos tornar um booktuber, dentre outras muitas possibilidades. Em tese, a Web é democrática: todos podem acessá-la e alimentá-la continuamente. Mas se esse espaço é livre e bastante familiar para crianças, ado- lescentes e jovens de hoje, por que a escola teria que, de alguma forma, considerá-lo? Ser familiarizado e usar não significa necessariamente levar em conta as dimensões ética, estética e política desse uso, nem tampouco lidar de forma crítica com os conteúdos que circulam na Web. A contrapartida do fato de que todos podem postar qua- se tudo é que os critérios editoriais e seleção do que é adequado, bom, fidedigno não estão “garantidos” de início. Passamos a depen- der de curadores ou de uma curadoria própria, que supõe o desen- volvimento de diferentes habilidades. A viralização de conteúdos/publicações fomenta fenômenos como o da pós-verdade, em que as opiniões importam mais do que os fatos em si. Nesse contexto, torna-se menos importante checar/ verificar se algo aconteceu do que simplesmente acreditar que aconteceu (já que isso vai ao encontro da própria opinião ou pers- pectiva). As fronteiras entre o público e o privado estão sendo reco- locadas. Não se trata de querer impor a tradição a qualquer custo, mas de refletir sobre as redefinições desses limites e de desenvol- ver habilidades para esse trato, inclusive refletindo sobre questões PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS 5050 a solução para o seu concurso! Editora envolvendo o excesso de exposição nas redes sociais. Em nome da liberdade de expressão, não se pode dizer qualquer coisa em qual- quer situação. Se, potencialmente, a internet seria o lugar para a divergência e o diferente circularem, na prática, a maioria das in- terações se dá em diferentes bolhas, em que o outro é parecido e pensa de forma semelhante. Assim, compete à escola garantir o trato, cada vez mais necessário, com a diversidade, com a diferença. Eis, então, a demanda que se coloca para a escola: contemplar de forma crítica essas novas práticas de linguagem e produções, não só na perspectiva de atender às muitas demandas sociais que convergem para um uso qualificado e ético das TDIC – necessário para o mundo do trabalho, para estudar, para a vida cotidiana etc. –, mas de também fomentar o debate e outras demandas sociais que cercam essas práticas e usos. É preciso saber reconhecer os discur- sos de ódio, refletir sobre os limites entre liberdade de expressão e ataque a direitos, aprender a debater ideias, considerando posições e argumentos contrários. Não se trata de deixar de privilegiar o escrito/impresso nem de deixar de considerar gêneros e práticas consagrados pela escola30, tais como notícia, reportagem, entrevista, artigo de opinião, charge, tirinha, crônica, conto, verbete de enciclopédia, artigo de divulga- ção científica etc., próprios do letramento da letra e do impresso, mas de contemplar também os novos letramentos, essencialmente digitais. Como resultado de um trabalho de pesquisa sobre produções culturais, é possível, por exemplo, supor a produção de um ensaio e de um vídeo-minuto. No primeiro caso, um maior aprofundamento teórico-conceitual sobre o objeto parece necessário, e certas habili- dades analíticas estariam mais em evidência. No segundo caso, ain- da que um nível de análise possa/tenha que existir, as habilidades mobilizadas estariam mais ligadas à síntese e percepção das poten- cialidades e formas de construir sentido das diferentes linguagens. Ambas as habilidades são importantes. Compreender uma palestra é importante, assim como ser capaz de atribuir diferentes sentidos a um gif ou meme. Da mesma forma que fazer uma comunicação oral adequada e saber produzir gifs e memes significativos também podem sê-lo. Uma parte considerável das crianças e jovens que estão na escola hoje vai exercer profissões que ainda nem existem e se de- parar com problemas de diferentes ordens e que podem requerer diferentes habilidades, um repertório de experiências e práticas e o domínio de ferramentas que a vivência dessa diversificação pode favorecer. O que pode parecer um gênero menor (no sentido de ser menos valorizado, relacionado a situações tidas como pouco sérias, que envolvem paródias, chistes, remixes ou condensações e narra- tivas paralelas), na verdade, pode favorecer o domínio de modos de significação nas diferentes linguagens, o que a análise ou produção de uma foto convencional, por exemplo, pode não propiciar. Essa consideração dos novos e multiletramentos; e das práticas da cultura digital no currículo não contribui somente para que uma participação mais efetiva e crítica nas práticas contemporâneas de linguagem por parte dos estudantes possa ter lugar, mas permite também que se possa ter em mente mais do que um “usuário da língua/das linguagens”, na direção do que alguns autores vão deno- minar de designer: alguém que toma algo que já existe (inclusive textos escritos), mescla, remixa, transforma, redistribui, produzindo novos sentidos, processo que alguns autores associam à criativida- de. Parte do sentido de criatividade em circulação nos dias atuais (“economias criativas”, “cidades criativas” etc.) tem algum tipo de relação com esses fenômenos de reciclagem, mistura, apropriação e redistribuição. Dessa forma, a BNCC procura contemplar a cultura digital, dife- rentes linguagens e diferentes letramentos, desde aqueles basica- mente lineares, com baixo nível de hipertextualidade, até aqueles que envolvem a hipermídia. Da mesma maneira, imbricada à questão dos multiletramen- tos, essa proposta considera, como uma de suas premissas, a diver- sidade cultural. Sem aderir a um raciocínio classificatório reducio- nista, que desconsidera as hibridizações, apropriações e mesclas, é importante contemplar o cânone, o marginal, o culto, o popular, a cultura de massa, a cultura das mídias, a cultura digital, as culturas infantis e juvenis, de forma a garantir uma ampliação de repertório e uma interação e trato com o diferente. Ainda em relação à diversidade cultural, cabe dizer que se es- tima que mais de 250 línguas são faladas no país – indígenas, de imigração, de sinais, crioulas e afro-brasileiras, além do português e de suas variedades. Esse patrimônio cultural e linguístico é desco- nhecido por grande parte da população brasileira. No Brasil com a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, oficiali- zou-se também a Língua Brasileira de Sinais (Libras), tornando pos- sível, em âmbito nacional, realizar discussões relacionadas à neces- sidade do respeito às particularidades linguísticas da comunidade surda e do uso dessa língua nos ambientes escolares. Assim, é relevante no espaço escolar conhecer e valorizar as realidades nacionais e internacionais da diversidade linguística e analisar diferentes situações e atitudes humanas implicadas nos usos linguísticos, como o preconceito linguístico. Por outro lado, existem muitas línguas ameaçadas de extinção no país e no mundo, o que nos chama a atenção para a correlação entre repertórios cul- turais e linguísticos, pois o desaparecimento de uma língua impacta significativamente a cultura. Muitos representantes de comunidades de falantes de diferen- tes línguas, especialistas e pesquisadores vêm demandando o reco- nhecimento de direitos linguísticos31. Por isso, já temos municípios brasileiros que cooficializaram línguas indígenas – tukano, baniwa, nheengatu, akwe xerente, guarani, macuxi – e línguas de migração – talian, pomerano, hunsrickisch -, existem publicações e outras ações expressas nessas línguas (livros, jornais, filmes, peças de tea- tro, programas de radiodifusão) e programas de educação bilíngue. Considerando esse conjunto de princípios e pressupostos, os eixos de integração considerados na BNCC de Língua Portuguesa são aqueles já consagrados nos documentos curriculares da Área, correspondentes às práticas de linguagem: oralidade, leitura/escu- ta, produção (escrita e multissemiótica) e análise linguística/semió- tica (que envolve conhecimentos linguísticos – sobre o sistema de escrita, o sistema da língua e a norma-padrão –, textuais, discur- sivos e sobre os modos de organização e os elementos de outras semioses). Cabe ressaltar, reiterando o movimento metodológico de documentos curriculares anteriores, que estudos de natureza teórica e metalinguística – sobre a língua, sobre a literatura, sobre a norma padrão e outras variedades da língua – não devem nesse nível de ensino ser tomados como um fim em si mesmo, devendo estar envolvidos em práticas de reflexão que permitam aos estu- dantes ampliarem suas capacidades de uso da língua/linguagens (em leitura e em produção) em práticas situadas de linguagem. O Eixo Leitura compreende as práticas de linguagem que de- correm da interação ativa do leitor/ouvinte/espectador com os textos escritos, orais e multissemióticos e de sua interpretação, sendo exemplos as leituras para: fruição estética de textos e obras literárias; pesquisa e embasamento de trabalhos escolares e aca- PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS 51 a solução para o seu concurso! Editora dêmicos; realização de procedimentos; conhecimento, discussão e debate sobre temas sociais relevantes; sustentar a reivindicação de algo no contexto de atuação da vida pública; ter mais conhecimento que permita o desenvolvimento de projetos pessoais, dentre outras possibilidades. Leitura no contexto da BNCC é tomada em um sentido mais amplo, dizendo respeito não somente ao texto escrito, mas também a imagens estáticas (foto, pintura, desenho, esquema, gráfico, diagrama) ou em movimento (filmes, vídeos etc.) e ao som (música), que acompanha e cossignifica em muitos gêneros digitais. O tratamento das práticas leitoras compreende dimensões inter-relacionadas às práticas de uso e reflexão, tais como as apresentadas a seguir. PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS 5252 a solução para o seu concurso! Editora PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS 53 a solução para o seu concurso! Editora Como já ressaltado, na perspectiva da BNCC, as habilidades não são desenvolvidas de forma genérica e descontextualizada, mas por meio da leitura de textos pertencentes a gêneros que circulam nos diversos campos de atividade humana. Daí que, em cada campo que será apresentado adiante, serão destacadas as habilidades de leitura, oralidade e escrita, de forma contextualizada pelas práticas, gêneros e diferentes objetos do conhecimento em questão. A demanda cognitiva das atividades de leitura deve aumentar progressivamente desde os anos iniciais do Ensino Fundamental até o Ensino Médio. Esta complexidade se expressa pela articulação: • da diversidade dos gêneros textuais escolhidos e das práticas consideradas em cada campo; PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS 5454 a solução para o seu concurso! Editora • da complexidade textual que se concretiza pela temática, estruturação sintática, vocabulário, recursos estilísticos utilizados, orques- tração de vozes e linguagens presentes no texto; • do uso de habilidades de leitura que exigem processos mentais necessários e progressivamente mais demandantes, passando de processos de recuperação de informação (identificação, reconhecimento, organização) a processos de compreensão (comparação, dis- tinção, estabelecimento de relações e inferência) e de reflexão sobre o texto (justificação, análise, articulação, apreciação e valorações estéticas, éticas, políticas e ideológicas); • da consideração da cultura digital e das TDIC; • da consideração da diversidade cultural, de maneira a abranger produções e formas de expressão diversas, a literatura infantil e juvenil, o cânone, o culto, o popular, a cultura de massa, a cultura das mídias, as culturas juvenis etc., de forma a garantir ampliação de repertório, além de interação e trato com o diferente. A participação dos estudantes em atividades de leitura com demandas crescentes possibilita uma ampliação de repertório de ex- periências, práticas, gêneros e conhecimentos que podem ser acessados diante de novos textos, configurando-se como conhecimentos prévios em novas situações de leitura. Por conta dessa natureza repertorial, é possível tratar de gêneros do discurso sugeridos em outros anos que não os indicados. Embora preveja certa progressão, a indicação no ano visa antes garantir uma distribuição adequada em termos de diversidades. Assim, se fizer mais sentido que um gênero mencionado e/ou habilidades a ele relacionadas no 9º ano sejam trabalhados no 8º, isso não configura um problema, desde que ao final do nível a diversidade indicada tenha sido contemplada. Mesmo em relação à progressão das habilidades, seu desenvolvimento não se dá em curto espaço de tempo, podendo supor diferen- tes graus e ir se complexificando durante vários anos. Durante a leitura, as habilidades operam de forma articulada. Dado o desenvolvimento de uma autonomia de leitura em termos de fluência e progressão, é difícil discretizar um grau ou mesmo uma habilidade, não existindo muitos pré-requisitos (a não ser em termos de conhecimentos prévios), pois os caminhos para a construção dos sentidos são diversos. O interesse por um tema pode ser tão grande que mobiliza para leituras mais desafiadoras, que, por mais que possam não contar com uma compreensão mais fina do texto, podem, em função de relações estabelecidas com conhecimentos ou leituras anteriores, possibilitar entendimentos parciais que respondam aos interesses/objetivos em pauta. O grau de envolvimento com uma personagem ou um universo ficcional, em função da leitura de livros e HQs anteriores, da vivência com filmes e games relacionados, da participação em comunidades de fãs etc., pode ser tamanho que encoraje a leitura de trechos de maior extensão e complexidade lexical ou sintática dos que os em geral lidos. O Eixo da Produção de Textos compreende as práticas de linguagem relacionadas à interação e à autoria (individual ou coletiva) do texto escrito, oral e multissemiótico, com diferentes finalidades e projetos enunciativos como, por exemplo, construir um álbum de perso- nagens famosas, de heróis/heroínas ou de vilões ou vilãs; produzir um almanaque que retrate as práticas culturais da comunidade; narrar fatos cotidianos, de forma crítica, lírica ou bem-humorada em uma crônica; comentar e indicar diferentes produções culturais por meio de resenhas ou de playlists comentadas; descrever, avaliar e recomendar (ou não) um game em uma resenha, gameplay ou vlog; escrever verbetes de curiosidades científicas; sistematizar dados de um estudo em um relatório ou relato multimidiático de campo; divulgar conhe- cimentos específicos por meio de um verbete de enciclopédia digital colaborativa; relatar fatos relevantes para a comunidade em notícias; cobrir acontecimentos ou levantar dados relevantes para a comunidade em uma reportagem; expressar posição em uma carta de leitor ou artigo de opinião; denunciar situações de desrespeito aos direitos por meio de fotorreportagem, fotodenúncia, poema, lambe-lambe, microrroteiro, dentre outros. O tratamento das práticas de produção de textos compreende dimensões inter-relacionadas às práticas de uso e reflexão, tais como: PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS 55 a solução para o seu concurso! Editora PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS 5656 a solução para o seu concurso! Editora Da mesma forma que na leitura, não se deve conceber que as habilidades de produção sejam desenvolvidas de forma genérica e des- contextualizadas, mas por meio de situações efetivas de produção de textos pertencentes a gêneros que circulam nos diversos campos de atividade humana. Os mesmos princípios de organização e progressão curricular valem aqui, resguardadas a mudança de papel assumido frente às práticas discursivas em questão, com crescente aumento da informatividade e sustentação argumentativa, do uso de recursos estilísticos e coesivos e da autonomia para planejar, produzir e revisar/editar as produções realizadas. Aqui, também, a escrita de um texto argumentativo no 7º ano, em função da mobilização frente ao tema ou de outras circunstâncias, pode envolver análise e uso de diferentes tipos de argumentos e movimentos argumentativos, que podem estar previstos para o 9º ano. Da mesma forma, o manuseio de uma ferramenta ou a produção de um tipo de vídeo proposto para uma apresentação oral no 9º ano pode se dar no 6º ou 7º anos, em função de um interesse que possa ter mobilizado os alunos para tanto. Nesse sentido, o manuseio de diferentes ferramentas – de edição de texto, de vídeo, áudio etc. – requerido pela situação e proposto ao longo dos diferentes anos pode se dar a qualquer momento, mas é preciso garantir a diversidade sugerida ao longo dos anos. O Eixo da Oralidade compreende as práticas de linguagem que ocorrem em situação oral com ou sem contato face a face, como aula dialogada, webconferência, mensagem gravada, spot de campanha, jingle, seminário, debate, programa de rádio, entrevista, declamação de poemas (com ou sem efeitos sonoros), peça teatral, apresentação de cantigas e canções, playlist comentada de músicas, vlog de game, contação de histórias, diferentes tipos de podcasts e vídeos, dentre outras. Envolve também a oralização de textos em situações social- mente significativas e interações e discussões envolvendo temáticas e outras dimensões linguísticas do trabalho nos diferentes campos de atuação. O tratamento das práticas orais compreende: PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS 57 a solução para o seu concurso! Editora Se uma face do aprendizado da Língua Portuguesa decorre da efetiva atuação do estudante em práticas de linguagem que envolvem a leitura/escuta e a produção de textos orais, escritos e multissemióticos, situadas em campos de atuação específicos, a outra face provém da reflexão/análise sobre/da própria experiência de realização dessas práticas. Temos aí, portanto, o eixo da análise linguística/semiótica, que envolve o conhecimento sobre a língua, sobre a norma-padrão e sobre as outras semioses, que se desenvolve transversalmente aos dois eixos – leitura/escuta e produção oral, escrita e multissemiótica – e que envolve análise textual, gramatical, lexical, fonológica e das materialidades das outras semioses. O Eixo da Análise Linguística/Semiótica envolve os procedimentos e estratégias (meta)cognitivas de análise e avaliação consciente, durante os processos de leitura e de produção de textos (orais, escritos e multissemióticos), das materialidades dos textos, responsáveis por seus efeitos de sentido, seja no que se refere às formas de composição dos textos, determinadas pelos gêneros (orais, escritos e mul- tissemióticos) e pela situação de produção, seja no que se refere aos estilos adotados nos textos, com forte impacto nos efeitos de sentido. Assim, no que diz respeito à linguagem verbal oral e escrita, as formas de composição dos textos dizem respeito à coesão, coerência e organização da progressão temática dos textos, influenciadas pela organização típica (forma de composição) do gênero em questão. No caso de textos orais, essa análise envolverá também os elementos próprios da fala – como ritmo, altura, intensidade, clareza de articu- lação, variedade linguística adotada, estilização etc. –, assim como os elementos paralinguísticos e cinésicos – postura, expressão facial, gestualidade etc. No que tange ao estilo, serão levadas em conta as escolhas de léxico e de variedade linguística ou estilização e alguns mecanismos sintáticos e morfológicos, de acordo com a situação de produção, a forma e o estilo de gênero Já no que diz respeito aos textos multissemióticos, a análise levará em conta as formas de composição e estilo de cada uma das lin- guagens que os integram, tais como plano/ângulo/lado, figura/fundo, profundidade e foco, cor e intensidade nas imagens visuais estáticas, acrescendo, nas imagens dinâmicas e performances, as características de montagem, ritmo, tipo de movimento, duração, distribuição no espaço, sincronização com outras linguagens, complementaridade e interferência etc. ou tais como ritmo, andamento, melodia, harmonia, timbres, instrumentos, sampleamento, na música. Os conhecimentos grafofônicos, ortográficos, lexicais, morfológicos, sintáticos, textuais, discursivos, sociolinguísticos e semióticos que operam nas análises linguísticas e semióticas necessárias à compreensão e à produção de linguagens estarão, concomitantemente, sendo construídos durante o Ensino Fundamental. Assim, as práticas de leitura/escuta e de produção de textos orais, escritos e multissemióticos oportunizam situações de reflexão sobre a língua e as linguagens de uma forma geral, em que essas descrições, conceitos e regras operam e nas quais serão concomitantemente construídos: comparação entre definições que permitam observar diferenças de recortes e ênfases na formulação de conceitos e regras; comparação de diferentes formas de dizer “a mesma coisa” e análise dos efeitos de sentido que essas formas podem trazer/ suscitar; exploração dos modos de significar dos diferentes sistemas semióticos etc. Cabem também reflexões sobre os fenômenos da mudança linguística e da variação linguística, inerentes a qualquer sistema linguístico, e que podem ser observados em quaisquer níveis de análise. Em especial, as variedades linguísticas devem ser objeto de reflexão e o valor social atribuído às variedades de prestígio e às variedades estigmatizadas, que está relacionado a preconceitos sociais, deve ser tematizado. Esses conhecimentos linguísticos operam em todos os campos/esferas de atuação. Em função do privilégio social e cultural dado à escrita, tendemos a tratar as outras linguagens como tratamos o linguístico – buscando a narrativa/relato/exposição, a relação com o verbal –, os elementos presentes, suas formas de combinação, sem muitas vezes prestarmos atenção em outras características das outras semioses que produzem sentido, como variações de graus de tons, ritmos, intensidades, volumes, ocupação no espaço (presente também no escrito, mas tradicionalmente pouco explorado) etc. Por essa razão, em cada campo é destacado o que pode/deve ser trabalhado em termos de semioses/modalidades, de forma articulada com as práticas de leitura/ escuta e produção, já mencionadas nos quadros dessas práticas, para que a análise não se limite aos elementos dos diferentes sistemas e suas relações, mas seja relacionada a situações de uso. O que seria comum em todas essas manifestações de linguagem é que elas sempre expressam algum conteúdo ou emoção – narram, descrevem, subvertem, (re)criam, argumentam, produzem sensações etc. –, veiculam uma apreciação valorativa, organizando diferentes elementos e/ou graus/intensidades desses diferentes elementos, dentre outras possibilidades. A questão que se coloca é como articular essas dimensões na leitura e produção de textos, no que uma organização do tipo aqui proposto poderá ajudar. PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS 5858 a solução para o seu concurso! Editora A separação dessas práticas (de uso e de análise) se dá apenas para fins de organização curricular, já que em muitos casos (o que é comum e desejável), essas práticas se interpenetram e se retroalimentam (quando se lê algo no processo de produção de um texto ou quando alguém relê o próprio texto; quando, em uma apresentação oral, conta-se com apoio de slides que trazem imagens e texto escrito; em um programa de rádio, que embora seja veiculado oralmente, parte-se de um roteiro escrito; quando roteirizamos um podcast; ou quando, na leitura de um texto, pensa-se que a escolha daquele termo não foi gratuita; ou, ainda, na escrita de um texto, passa-se do uso da 1ª pessoa do plural para a 3ª pessoa, após se pensar que isso poderá ajudar a conferir maior objetividade ao texto). Assim, para fins de organização do quadro de habilidades do componente, foi considerada a prática principal (eixo), mas uma mesma habilidade incluída no eixo Leitura pode também dizer respeito ao eixo Produção de textos e vice-versa. O mesmo cabe às habilidades de análise linguística/semiótica, cuja maioria foi incluída de forma articulada às habilidades relativas às práticas de uso – leitura/escuta e produção de textos. São apresentados em quadro referente a todos os campos os conhecimentos linguís- ticos relacionados a ortografia, pontuação, conhecimentos gramaticais (morfológicos, sintáticos, semânticos), entre outros: PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS 59 a solução para o seu concurso! Editora Como já destacado, os eixos apresentados relacionam-se com práticas de linguagem situadas. Em função disso, outra categoria or- ganizadora do currículo que se articula com as práticas são os campos de atuação em que essas práticas se realizam. Assim, na BNCC, a organização das práticas de linguagem (leitura de textos, produção de textos, oralidade e análise linguística/semiótica) por campos de atuação aponta para a importância da contextualização do conhecimento escolar, para a ideia de que essas práticas derivam de situações da vida social e, ao mesmo tempo, precisam ser situadas em contextos significativos para os estudantes. São cinco os campos de atuação considerados: Campo da vida cotidiana (somente anos iniciais), Campo artístico-literário, Campo das práticas de estudo e pesquisa, Campo jornalístico-midiático e Campo de atuação na vida pública, sendo que esses dois últimos aparecem fundidos nos anos iniciais do Ensino Fundamental, com a denominação Campo da vida pública: A escolha por esses campos, de um conjunto maior, deu-se por se entender que eles contemplam dimensões formativas importantes de uso da linguagem na escola e fora dela e criam condições para uma formação para a atuação em atividades do dia a dia, no espaço familiar e escolar, uma formação que contempla a produção do conhecimento e a pesquisa; o exercício da cidadania, que envolve, por exemplo, a condição de se inteirar dos fatos do mundo e opinar sobre eles, de poder propor pautas de discussão e soluções de problemas, como forma de vislumbrar formas de atuação na vida pública; uma formação estética, vinculada à experiência de leitura e escrita do texto literário e à compreensão e produção de textos artísticos multissemióticos. Os campos de atuação considerados em cada segmento já contemplam um movimento de progressão que parte das práticas mais cotidianas em que a circulação de gêneros orais e menos institucionalizados é maior (Campo da vida cotidiana), em direção a práticas e gêneros mais institucionalizados, com predomínio da escrita e do oral público (demais campos). A seleção de gêneros, portadores e exem- plares textuais propostos também organizam a progressão, como será detalhado mais adiante. Os campos de atuação orientam a seleção de gêneros, práticas, atividades e procedimentos em cada um deles. Diferentes recortes são possíveis quando se pensa em campos. As fronteiras entre eles são tênues, ou seja, reconhece-se que alguns gêneros incluídos em um determinado campo estão também referenciados a outros, existindo trânsito entre esses campos. Práticas de leitura e produção escrita ou oral do campo jornalístico-midiático se conectam com as de atuação na vida pública. Uma reportagem científica transita tanto pelo campo jornalístico-midiático quanto pelo campo de divulgação científica; uma resenha crítica pode pertencer tanto ao campo jornalístico quanto ao literário ou de investigação. Enfim, os exemplos são muitos. É preciso considerar, então, que os campos se interseccionam de diferentes maneiras. Mas o mais importante a se ter em conta e que justifica sua presença como organizador do componente é que os campos de atuação permitem considerar as práticas de linguagem – leitura e produção de textos orais e escritos – que neles têm lugar em uma perspectiva situada, o que significa, nesse contexto, que o conhecimento metalinguístico e semiótico em jogo – conhecimento sobre os gêneros, as configurações textuais e os demais níveis de análise linguística e semiótica – deve poder ser revertido para situações significativas de uso e de análise para o uso. Compreende-se, então, que a divisão por campos de atuação tem também, no componente Língua Portuguesa, uma função didática de possibilitar a compreensão de que os textos circulam dinamicamente na prática escolar e na vida social, contribuindo para a necessária organização dos saberes sobre a língua e as outras linguagens, nos tempos e espaços escolares. A pesquisa, além de ser mais diretamente focada em um campo, perpassa todos os outros em ações de busca, seleção, validação, tra- tamento e organização de informação envolvidas na curadoria de informação, podendo/devendo também estar presente no tratamento metodológico dos conteúdos. A cultura digital perpassa todos os campos, fazendo surgir ou modificando gêneros e práticas. PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS 6060 a solução para o seu concurso! Editora Por essa razão, optou-se por um tratamento transversal da cul- tura digital, bem como das TDIC, articulado a outras dimensões nas práticas em que aparecem. De igual forma, procurou-se contemplar formas de expressão das culturas juvenis, que estão mais eviden- tes nos campos artístico-literário e jornalístico-midiático, e menos evidentes nos campos de atuação na vida pública e das práticas de estudo e pesquisa, ainda que possam, nesse campo, ser objeto de pesquisa e ainda que seja possível pensar em um vídeo-minu- to para apresentar resultados de pesquisa, slides de apresentação que simulem um game ou em formatos de apresentação dados por um número mínimo de imagens que condensam muitas ideias e relações, como acontece em muitas das formas de expressão das culturas juvenis. Os direitos humanos também perpassam todos os campos de diferentes formas: seja no debate de ideias e organização de for- mas de defesa dos direitos humanos (campo jornalístico-midiático e campo de atuação na vida pública), seja no exercício desses direitos – direito à literatura e à arte, direito à informação e aos conheci- mentos disponíveis. Para cada campo de atuação, os objetos de conhecimento e as habilidades estão organizados a partir das práticas de linguagem e distribuídos pelos nove anos em dois segmentos (Ensino Funda- mental – Anos Iniciais e Ensino Fundamental – Anos Finais), dadas as especificidades de cada segmento. As habilidades são apresentadas segundo a necessária conti- nuidade das aprendizagens ao longo dos anos, crescendo progres- sivamente em complexidade. Acrescente-se que, embora as habili- dades estejam agrupadas nas diferentes práticas, essas fronteiras são tênues, pois, no ensino, e também na vida social, estão intima- mente interligadas. Assim, as habilidades devem ser consideradas sob as perspec- tivas da continuidade das aprendizagens e da integração dos eixos organizadores e objetos de conhecimento ao longo dos anos de es- colarização. Por esses motivos, optou-se por apresentar os quadros de ha- bilidades em seis blocos (1º ao 5º ano; 1º e 2º anos; 3º ao 5º ano; 6º ao 9º ano; 6º e 7º anos; e 8º e 9º anos), sem que isso represente qualquer tipo de normatização de organização em ciclos. Cumpre destacar que os critérios de organização das habilida- des na BNCC (com a explicitação dos objetos de conhecimento aos quais se relacionam e do agrupamento desses objetos em práticas de linguagem e campos de atuação) expressam um arranjo possível (dentre outros). Portanto, os agrupamentos propostos não devem ser tomados como modelo obrigatório para o desenho dos currí- culos. Considerando esses pressupostos, e em articulação com as competências gerais da Educação Básica e com as competências específicas da área de Linguagens, o componente curricular de Lín- gua Portuguesa deve garantir aos estudantes o desenvolvimento de competências específicas. Vale ainda destacar que tais competên- cias perpassam todos os componentes curriculares do Ensino Fun- damental e são essenciais para a ampliação das possibilidades de participação dos estudantes em práticas de diferentes campos de atividades humanas e de pleno exercício da cidadania. COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL 1. Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso, re- conhecendo-a como meio de construção de identidades de seus usuários e da comunidade a que pertencem. 2. Apropriar-se da linguagem escrita, reconhecendo-a como forma de interação nos diferentes campos de atuação da vida so- cial e utilizando-a para ampliar suas possibilidades de participar da cultura letrada, de construir conhecimentos (inclusive escolares) e de se envolver com maior autonomia e protagonismo na vida social. 3. Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióti- cos que circulam em diferentes campos de atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e criticidade, de modo a se ex- pressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos, e continuar aprendendo. 4. Compreender o fenômeno da variação linguística, demons- trando atitude respeitosa diante de variedades linguísticas e rejei- tando preconceitos linguísticos. 5. Empregar, nas interações sociais, a variedade e o estilo de linguagem adequados à situação comunicativa, ao(s) interlocu- tor(es) e ao gênero do discurso/gênero textual. 6. Analisar informações, argumentos e opiniões manifestados em interações sociais e nos meios de comunicação, posicionando- -se ética e criticamente em relação a conteúdos discriminatórios que ferem direitos humanos e ambientais. 7. Reconhecer o texto como lugar de manifestação e negocia- ção de sentidos, valores e ideologias. 8. Selecionar textos e livros para leitura integral, de acordo com objetivos, interesses e projetos pessoais (estudo, formação pessoal, entretenimento, pesquisa, trabalho etc.). 9. Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o desenvolvimento do senso estético para fruição, valorizando a li- teratura e outras manifestações artístico-culturais como formas de acesso às dimensões lúdicas, de imaginário e encantamento, reco- nhecendo o potencial transformador e humanizador da experiência com a literatura. 10.Mobilizar práticas da cultura digital, diferentes linguagens, mídias e ferramentas digitais para expandir as formas de produzir sentidos (nos processos de compreensão e produção), aprender e refletir sobre o mundo e realizar diferentes projetos autorais. LÍNGUA PORTUGUESA NO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS: PRÁTICAS DE LINGUAGEM, OBJETOS DE CONHECIMENTO E HABILIDADES No Ensino Fundamental – Anos Iniciais, aprofundam-se as ex- periências com a língua oral e escrita já iniciadas na família e na Educação Infantil. Assim, no Ensino Fundamental – Anos Iniciais, no eixo Oralida- de, aprofundam-se o conhecimento e o uso da língua oral, as ca- racterísticas de interações discursivas e as estratégias de fala e es- cuta em intercâmbios orais; no eixo Análise Linguística/Semiótica, sistematiza-se a alfabetização, particularmente nos dois primeiros anos, e desenvolvem-se, ao longo dos três anos seguintes, a obser- vação das regularidades e a análise do funcionamento da língua e de outras linguagens e seus efeitos nos discursos; no eixo Leitura/ Escuta, amplia-se o letramento, por meio da progressiva incorpo- ração de estratégias de leitura em textos de nível de complexidade crescente, assim como no eixo Produção de Textos, pela progressi- va incorporação de estratégias de produção de textos de diferentes gêneros textuais. As diversas práticas letradas em que o aluno já se inseriu na sua vida social mais ampla, assim como na Educação Infantil, tais como cantar cantigas e recitar parlendas e quadrinhas, ouvir e recontar contos, seguir regras de jogos e receitas, jogar games, relatar ex- PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS 61 a solução para o seu concurso! Editora periências e experimentos, serão progressivamente intensificadas e complexificadas, na direção de gêneros secundários com textos mais complexos. Preserva-se, nesses eventos de letramento, mesmo em situa- ção escolar, sua inserção na vida, como práticas situadas em even- tos motivados, embora se preserve também a análise de aspectos desses enunciados orais e escritos que viabilizam a consciência e o aperfeiçoamento de práticas situadas. O processo de alfabetização Embora, desde que nasce e na Educação Infantil, a criança es- teja cercada e participe de diferentes práticas letradas, é nos anos iniciais (1º e 2º anos) do Ensino Fundamental que se espera que ela se alfabetize. Isso significa que a alfabetização deve ser o foco da ação pedagógica. Nesse processo, é preciso que os estudantes conheçam o alfa- beto e a mecânica da escrita/leitura – processos que visam a que alguém (se) torne alfabetizado, ou seja, consiga “codificar e deco- dificar” os sons da língua (fonemas) em material gráfico (grafemas ou letras), o que envolve o desenvolvimento de uma consciência fonológica (dos fonemas do português do Brasil e de sua organi- zação em segmentos sonoros maiores como sílabas e palavras) e o conhecimento do alfabeto do português do Brasil em seus vários formatos (letras imprensa e cursiva, maiúsculas e minúsculas), além do estabelecimento de relações grafofônicas entre esses dois siste- mas de materialização da língua. Dominar o sistema de escrita do português do Brasil não é uma tarefa tão simples: trata-se de um processo de construção de habi- lidades e capacidades de análise e de transcodificação linguística. Um dos fatos que frequentemente se esquece é que estamos tra- tando de uma nova forma ou modo (gráfico) de representar o por- tuguês do Brasil, ou seja, estamos tratando de uma língua com suas variedades de fala regionais, sociais, com seus alofones35, e não de fonemas neutralizados e despidos de sua vida na língua falada local. De certa maneira, é o alfabeto que neutraliza essas variações na escrita. Assim, alfabetizar é trabalhar com a apropriação pelo aluno da ortografia do português do Brasil escrito, compreendendo como se dá este processo (longo) de construção de um conjunto de conheci- mentos sobre o funcionamento fonológico da língua pelo estudan- te. Para isso, é preciso conhecer as relações fono-ortográficas, isto é, as relações entre sons (fonemas) do português oral do Brasil em suas variedades e as letras (grafemas) do português brasileiro escri- to. Dito de outro modo, conhecer a “mecânica” ou o funcionamen- to da escrita alfabética para ler e escrever significa, principalmente, perceber as relações bastante complexas que se estabelecem entre os sons da fala (fonemas) e as letras da escrita (grafemas), o que envolve consciência fonológica da linguagem: perceber seus sons, como se separam e se juntam em novas palavras etc. Ocorre que essas relações não são tão simples quanto as cartilhas ou livros de alfabetização fazem parecer. Não há uma regularidade nessas re- lações e elas são construídas por convenção. Não há, como diria Saussure, “motivação” nessas relações, ou seja, diferente dos dese- nhos, as letras da escrita não representam propriedades concretas desses sons. A humanidade levou milênios para estabelecer a relação en- tre um grafismo e um som. Durante esse período, a representação gráfica deixou de ser motivada pelos objetos e ocorreu um desloca- mento da representação do significado das palavras para a repre- sentação convencional de sons dessas palavras. No alfabeto ugarí- tico, por exemplo, as consoantes, mais salientes sonoramente e em maior número, foram isoladas primeiro. Pesquisas sobre a construção da língua escrita pela criança mostram que, nesse processo, é preciso: • diferenciar desenhos/grafismos (símbolos) de grafemas/le- tras (signos); • desenvolver a capacidade de reconhecimento global de pa- lavras (que chamamos de leitura “incidental”, como é o caso da lei- tura de logomarcas em rótulos), que será depois responsável pela fluência na leitura; • construir o conhecimento do alfabeto da língua em questão; • perceber quais sons se deve representar na escrita e como; • construir a relação fonema-grafema: a percepção de que as letras estão representando certos sons da fala em contextos preci- sos; • perceber a sílaba em sua variedade como contexto fonológi- co desta representação; • até, finalmente, compreender o modo de relação entre fone- mas e grafemas, em uma língua específica. Esse processo básico (alfabetização) de construção do conheci- mento das relações fonografêmicas em uma língua específica, que pode se dar em dois anos, é, no entanto, complementado por ou- tro, bem mais longo, que podemos chamar de ortografização, que complementará o conhecimento da ortografia do português do Bra- sil. Na construção desses conhecimentos, há três relações que são muito importantes: a) as relações entre a variedade de língua oral falada e a língua escrita (perspectiva sociolinguística); b) os tipos de relações fono-ortográficas do português do Bra- sil; e c) a estrutura da sílaba do português do Brasil (perspectiva fo- nológica). Mencionamos a primeira relação ao dizer que a criança está re- lacionando com as letras não propriamente os fonemas (entidades abstratas da língua), mas fones e alofones de sua variedade linguís- tica (entidades concretas da fala). O segundo tipo de relações – as relações fono-ortográficas do português do Brasil – é complexo, pois, diferente do finlandês e do alemão, por exemplo, há muito pouca regularidade de representa- ção entre fonemas e grafemas no português do Brasil. No portu- guês do Brasil, há uma letra para um som (regularidade biunívoca) apenas em poucos casos. Há, isso sim, várias letras para um som – /s/ s, c, ç, x, ss, sc, z, xc; /j/ g, j; /z/ x, s, z e assim por diante –; vários sons para uma letra: s - /s/ e /z/; z - /s/, /z/; x - /s/, /z/, /∫/, /ks/ e assim por diante; e até nenhum som para uma letra – h, além de vogais abertas, fechadas e nasalizadas (a/ã; e/é; o/ó/õ). Dos 26 grafemas de nosso alfabeto, apenas sete – p, b, t, d36, f, v, k – apresentam uma relação regular direta entre fonema e grafe- ma e essas são justamente as consoantes bilabiais, linguodentais e labiodentais surdas e sonoras. Essas são as regulares diretas. Há, ainda, outros tipos de regularidades de representação: as regulares contextuais e as regulares morfológico-gramaticais, para as quais o aluno, ao longo de seu aprendizado, pode ir construindo “regras”. As regulares contextuais têm uma escrita regular (regrada) pelo contexto fonológico da palavra; é o caso de: R/RR; S/SS; G+A,O,U/ GU+E,I; C+A,O,U/QU+E,I; M+P,B/N+outras, por exemplo. PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS 6262 a solução para o seu concurso! Editora As regulares morfológico-gramaticais, para serem construídas, dependem de que o aluno já tenha algum conhecimento de gramática, pois as regras a serem construídas dependem desse conhecimento, isto é, são definidas por aspectos ligados à categoria gramatical da palavra, envolvendo morfemas (derivação, composição), tais como: adjetivos de origem com S; substantivos derivados de adjetivos com Z; coletivos em /au/ com L; substantivos terminados com o sufixo /ise/ com C (chatice, mesmice); formas verbais da 3ª pessoa do singular do passado com U; formas verbais da 3ª pessoa do plural do futuro com ÃO e todas as outras com M; flexões do Imperfeito do Subjuntivo com SS; Infinitivo com R; derivações mantêm a letra do radical, dentre outras. Algumas dessas regularidades são apresentadas por livros didáticos nos 3º a 5º anos e depois. Todo o restante das relações é irregular. São definidas por aspectos históricos da evolução da ortografia e nada, a não ser a memória, assegura seu uso. Ou seja, dependem de memorização a cada nova palavra para serem construídas. É, pois, de se supor que o processo de construção dessas relações irregulares leve longo tempo, se não a vida toda. Por fim, temos a questão de como é muitas vezes erroneamente tratada a estrutura da sílaba do português do Brasil na alfabetização. Normalmente, depois de apresentadas as vogais, as famílias silábicas são apresentadas sempre com sílabas simples consoante/vogal (CV). Esse processo de apresentação dura cerca de um ano letivo e as sílabas não CV (somente V; CCV; CVC; CCVC; CVV) somente são apresen- tadas ao final do ano. As sílabas deveriam ser apresentadas como o que são, isto é, grupos de fonemas pronunciados em uma só emissão de voz, organiza- dos em torno de um núcleo vocálico obrigatório, mas com diversos arranjos consonantais/vocálicos em torno da vogal núcleo. Em resumo, podemos definir as capacidades/habilidades envolvidas na alfabetização/ como sendo capacidades de (de)codificação, que envolvem: • Compreender diferenças entre escrita e outras formas gráficas (outros sistemas de representação); • Dominar as convenções gráficas (letras maiúsculas e minúsculas, cursiva e script); • Conhecer o alfabeto; • Compreender a natureza alfabética do nosso sistema de escrita; • Dominar as relações entre grafemas e fonemas; • Saber decodificar palavras e textos escritos; • Saber ler, reconhecendo globalmente as palavras; • Ampliar a sacada do olhar para porções maiores de texto que meras palavras, desenvolvendo assim fluência e rapidez de leitura (fatiamento). É preciso também ter em mente que este processo de ortografização em sua completude pode tomar até mais do que os anos iniciais do Ensino Fundamental. Evidentemente, os processos de alfabetização e ortografização terão impacto nos textos em gêneros abordados nos anos iniciais. Em que pese a leitura e a produção compartilhadas com o docente e os colegas, ainda assim, os gêneros propostos para leitura/escuta e produção oral, escrita e multissemiótica, nos primeiros anos iniciais, serão mais simples, tais como listas (de chamada, de ingredientes, de compras), bilhetes, convites, fotolegenda, manchetes e lides, listas de regras da turma etc., pois favorecem um foco maior na grafia, com- plexificando-se conforme se avança nos anos iniciais. Nesse sentido, ganha destaque o campo da vida cotidiana, em que circulam gêneros mais familiares aos alunos, como as cantigas de roda, as receitas, as regras de jogo etc. Do mesmo modo, os conhecimentos e a análise linguística e multissemiótica avançarão em outros aspectos notacionais da escrita, como pontuação e acentuação e introdução das classes morfológicas de palavras a partir do 3º ano. LÍNGUA PORTUGUESA – 1º AO 5º ANO PRÁTICAS DE LINGUAGEM OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO Leitura/escuta (compartilhada e autônoma) Reconstrução das condições de produção e recepção de textos (EF15LP01) Identificar a função social de textos que circulam em campos da vida social dos quais participa cotidianamente (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias impressa, de massa e digital, reconhecendo para que foram produzidos, onde circulam, quem os produziu e a quem se destinam. Estratégia de leitura (EF15LP02) Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da forma e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições de produção e recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações e inferências realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.(EF15LP03) Localizar informações explícitas em textos. (EF15LP04) Identificar o efeito de sentido produzido pelo uso de recursos expressivos gráfico-visuais em textos multissemióticos. PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS 63 a solução para o seu concurso! Editora Produção de textos (escrita compartilhada e autônoma) Planejamento de texto (EF15LP05) Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a situação comunicativa, os interlocutores (quem escreve/ para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê); a circulação (onde o texto vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem, organização e forma do texto e seu tema, pesquisando em meios impressos ou digitais, sempre que for preciso, informações necessárias à produção do texto, organizando em tópicos os dados e as fontes pesquisadas. Revisão de textos (EF15LP06) Reler e revisar o texto produzido com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, para corrigi-lo e aprimorá-lo, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de ortografia e pontuação. Edição de textos (EF15LP07) Editar a versão final do texto, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, ilustrando, quando for o caso, em suporte adequado, manual ou digital. Utilização de tecnologia digital (EF15LP08) Utilizar software, inclusive programas de edição de texto, para editar e publicar os textos produzidos, explorando os recursos multissemióticos disponíveis. Oralidade Oralidade pública/ Intercâmbio conversacional em sala de aula (EF15LP09) Expressar-se em situações de intercâmbio oral com clareza, preocupando-se em ser compreendido pelo interlocutor e usando a palavra com tom de voz audível, boa articulação e ritmo adequado. Escuta atenta (EF15LP10) Escutar, com atenção, falas de professores e colegas, formulando perguntas pertinentes ao tema e solicitando esclarecimentos sempre que necessário. Características da conversação espontânea (EF15LP11) Reconhecer características da conversação espontânea presencial, respeitando os turnos de fala, selecionando e utilizando, durante a conversação, formas de tratamento adequadas, de acordo com a situação e a posição do interlocutor. Aspectos não linguísticos (paralinguísticos) no ato da fala (EF15LP12) Atribuir significado a aspectos não linguísticos (paralinguísticos) observados na fala, como direção do olhar, riso, gestos, movimentos da cabeça (de concordância ou discordância), expressão corporal, tom de voz. Relato oral/Registro formal e informal (EF15LP13) Identificar finalidades da interação oral em diferentes contextos comunicativos (solicitar informações, apresentar opiniões, informar, relatar experiências etc.). CAMPO DA VIDA COTIDIANA – Campo de atuação relativo à participação em situações de leitura, próprias de atividades vivenciadas cotidianamente por crianças, adolescentes, jovens e adultos, no espaço doméstico e familiar, escolar, cultural e profissional. Alguns gêneros textuais deste campo: agendas, listas, bilhetes, recados, avisos, convites, cartas, cardápios, diários, receitas, regras de jogos e brincadeiras. Leitura/escuta (compartilhada e autônoma) Leitura de imagens em narrativas visuais (EF15LP14) Construir o sentido de histórias em quadrinhos e tirinhas, relacionando imagens e palavras e interpretando recursos gráficos (tipos de balões, de letras, onomatopeias). CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO – Campo de atuação relativo à participação em situações de leitura, fruição e produção de textos literários e artísticos, representativos da diversidade cultural e linguística, que favoreçam experiências estéticas. Alguns gêneros deste campo: lendas, mitos, fábulas, contos, crônicas, canção, poemas, poemas visuais, cordéis, quadrinhos, tirinhas, charge/ cartum, dentre outros. PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS 6464 a solução para o seu concurso! Editora Leitura/escuta (compartilhada e autônoma) Formação do leitor literário (EF15LP15) Reconhecer que os textos literários fazem parte do mundo do imaginário e apresentam uma dimensão lúdica, de encantamento, valorizando-os, em sua diversidade cultural, como patrimônio artístico da humanidade. Leitura colaborativa e autônoma (EF15LP16) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor e, mais tarde, de maneira autônoma, textos narrativos de maior porte como contos (populares, de fadas, acumulativos, de assombração etc.) e crônicas. Apreciação estética/ Estilo (EF15LP17) Apreciar poemas visuais e concretos, observando efeitos de sentido criados pelo formato do texto na página, distribuição e diagramação das letras, pelas ilustrações e por outros efeitos visuais. Formação do leitor literário/Leitura multissemiótica (EF15LP18) Relacionar texto com ilustrações e outros recursos gráficos. Oralidade Contagem de histórias (EF15LP19) Recontar oralmente, com e sem apoio de imagem, textos literários lidos pelo professor. LÍNGUA PORTUGUESA – 1º E 2º ANOS PRÁTICAS DE LINGUAGEM OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES 1º ANO 2º ANO TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO Leitura/escuta (compartilhada e autônoma) Protocolos de leitura (EF01LP01) Reconhecer que textos são lidos e escritos da esquerda para a direita e de cima para baixo da página Decodificação/Fluência de leitura (EF12LP01) Ler palavras novas com precisão na decodificação, no caso de palavras de uso frequente, ler globalmente, por memorização Formação de leitor (EF12LP02) Buscar, selecionar e ler, com a mediação do professor (leitura compartilhada), textos que circulam em meios impressos ou digitais, de acordo com as necessidades e interesses Escrita (compartilhada e autônoma) Correspondência fonema- grafema (EF01LP02) Escrever, espontaneamente ou por ditado, palavras e frases de forma alfabética – usando letras/grafemas que representem fonemas. Construção do sistema alfabético/Convenções da escrita (EF01LP03) Observar escritas convencionais, comparando- as às suas produções escritas, percebendo semelhanças e diferenças. (EF02LP01) Utilizar, ao produzir o texto, grafia correta de palavras conhecidas ou com estruturas silábicas já dominadas, letras maiúsculas em início de frases e em substantivos próprios, segmentação entre as palavras, ponto final, ponto de interrogação e ponto de exclamação. Construção do sistema alfabético/Estabelecimento de relações anafóricas na referenciação e construção da coesão (EF12LP03) Copiar textos breves, mantendo suas características e voltando para o texto sempre que tiver dúvidas sobre sua distribuição gráfica, espaçamento entre as palavras, escrita das palavras e pontuação PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS 65 a solução para o seu concurso! Editora Análise linguística/ semiótica (Alfabetização) Conhecimento do alfabeto do português do Brasil (EF01LP04) Distinguir as letras do alfabeto de outros sinais gráficos. Construção do sistema alfabético (EF01LP05) Reconhecer o sistema de escrita alfabética como representação dos sons da fala. Construção do sistema alfabético e da ortografia (EF01LP06) Segmentar oralmente palavras em sílabas. (EF02LP02) Segmentar palavras em sílabas e remover e substituir sílabas iniciais, mediais ou finais para criar novas palavras. (EF01LP07) Identificar fonemas e sua representação por letras. (EF02LP03) Ler e escrever palavras com correspondências regulares diretas entre letras e fonemas (f, v, t, d, p, b) e correspondências regulares contextuais (c e q; e e o, em posição átona em final de palavra). (EF01LP08) Relacionar elementos sonoros (sílabas, fonemas, partes de palavras) com sua representação escrita. (EF02LP04) Ler e escrever corretamente palavras com sílabas CV, V, CVC, CCV, identificando que existem vogais em todas as sílabas. (EF01LP09) Comparar palavras, identificando semelhanças e diferenças entre sons de sílabas iniciais. (EF02LP05) Ler e escrever corretamente palavras com marcas de nasalidade (til, m, n). Conhecimento do alfabeto do português do Brasil (EF01LP10) Nomear as letras do alfabeto e recitá-lo na ordem das letras. (EF02LP06) Perceber o princípio acrofônico que opera nos nomes das letras do alfabeto. Conhecimento das diversas grafias do alfabeto/Acentuação (EF01LP11) Conhecer, diferenciar e relacionar letras em formato imprensa e cursiva, maiúsculas e minúsculas. (EF02LP07) Escrever palavras, frases, textos curtos nas formas imprensa e cursiva. Segmentação de palavras/ Classificação de palavras por número de sílabas (EF01LP12) Reconhecer a separação das palavras, na escrita, por espaços em branco. (EF02LP08) Segmentar corretamente as palavras ao escrever frases e textos. Construção do sistema alfabético (EF01LP13) Comparar palavras, identificando semelhanças e diferenças entre sons de sílabas mediais e finais. Pontuação (EF01LP14) Identificar outros sinais no texto além das letras, como pontos finais, de interrogação e exclamação e seus efeitos na entonação. (EF02LP09) Usar adequadamente ponto final, ponto de interrogação e ponto de exclamação. Sinonímia e antonímia/ Morfologia/Pontuação (EF01LP15) Agrupar palavras pelo critério de aproximação de significado (sinonímia) e separar palavras pelo critério de oposição de significado (antonímia). (EF02LP10) Identificar sinônimos de palavras de texto lido, determinando a diferença de sentido entre eles, e formar antônimos de palavras encontradas em texto lido pelo acréscimo do prefixo de negação in-/im-. Morfologia (EF02LP11) Formar o aumentativo e o diminutivo de palavras com os sufixos -ão e -inho/-zinho. CAMPO DA VIDA COTIDIANA – Campo de atuação relativo à participação em situações de leitura, próprias de atividades vivenciadas cotidianamente por crianças, adolescentes, jovens e adultos, no espaço doméstico e familiar, escolar, cultural e profissional. Alguns gêneros textuais deste campo: agendas, listas, bilhetes, recados, avisos, convites, cartas, cardápios, diários, receitas, regras de jogos e brincadeiras. PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS 6666 a solução para o seu concurso! Editora Leitura/escuta (compartilhada e autônoma) Compreensão em leitura (EF12LP04) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor ou já com certa autonomia, listas, agendas, calendários, avisos, convites, receitas, instruções de montagem (digitais ou impressos), dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto e relacionando sua forma de organização à sua finalidade. (EF01LP16) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, quadras, quadrinhas, parlendas, trava-línguas, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, considerando a situação comunicativa e o tema/ assunto do texto e relacionando sua forma de organização à sua finalidade. (EF02LP12) Ler e compreender com certa autonomia cantigas, letras de canção, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto e relacionando sua forma de organização à sua finalidade. Escrita (compartilhada e autônoma) Escrita autônoma e compartilhada (EF01LP17) Planejar e produzir, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, listas, agendas, calendários, avisos, convites, receitas, instruções de montagem e legendas para álbuns, fotos ou ilustrações (digitais ou impressos), dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, considerando a situação comunicativa e o tema/ assunto/finalidade do texto. (EF02LP13) Planejar e produzir bilhetes e cartas, em meio impresso e/ou digital, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto. (EF01LP18) Registrar, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, cantigas, quadras, quadrinhas, parlendas, trava-línguas, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, considerando a situação comunicativa e o tema/ assunto/finalidade do texto. (EF02LP14) Planejar e produzir pequenos relatos de observação de processos, de fatos, de experiências pessoais, mantendo as características do gênero, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto. Escrita compartilhada (EF12LP05) Planejar e produzir, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, (re)contagens de histórias, poemas e outros textos versificados (letras de canção, quadrinhas, cordel), poemas visuais, tiras e histórias em quadrinhos, dentre outros gêneros do campo artístico-literário, considerando a situação comunicativa e a finalidade do texto. Oralidade Produção de texto oral (EF12LP06) Planejar e produzir, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, recados, avisos, convites, receitas, instruções de montagem, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, que possam ser repassados oralmente por meio de ferramentas digitais, em áudio ou vídeo, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto (EF01LP19) Recitar parlendas, quadras, quadrinhas, trava- línguas, com entonação adequada e observando as rimas. (EF02LP15) Cantar cantigas e canções, obedecendo ao ritmo e à melodia. PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS 67 a solução para o seu concurso! Editora Análise linguística/ semiótica (Alfabetização) Forma de composição do texto (EF12LP07) Identificar e (re)produzir, em cantiga, quadras, quadrinhas, parlendas, trava-línguas e canções, rimas, aliterações, assonâncias, o ritmo de fala relacionado ao ritmo e à melodia das músicas e seus efeitos de sentido (EF01LP20) Identificar e reproduzir, em listas, agendas, calendários, regras, avisos, convites, receitas, instruções de montagem e legendas para álbuns, fotos ou ilustrações (digitais ou impressos), a formatação e diagramação específica de cada um desses gêneros. (EF02LP16) Identificar e reproduzir, em bilhetes, recados, avisos, cartas, e-mails, receitas (modo de fazer), relatos (digitais ou impressos), a formatação e diagramação específica de cada um desses gêneros. (EF02LP17) Identificar e reproduzir, em relatos de experiências pessoais, a sequência dos fatos, utilizando expressões que marquem a passagem do tempo (“antes”, “depois”, “ontem”, “hoje”, “amanhã”, “outro dia”, “antigamente”, “há muito tempo” etc.), e o nível de informatividade necessário. CAMPO DA VIDA PÚBLICA – Campo de atuação relativo à participação em situações de leitura e escrita, especialmente de textos das esferas jornalística, publicitária, política, jurídica e reivindicatória, contemplando temas que impactam a cidadania e o exercício de direitos. Alguns gêneros textuais deste campo: notas; álbuns noticiosos; notícias; reportagens; cartas do leitor (revista infantil); comentários em sites para criança; textos de campanhas de conscientização; Estatuto da Criança e do Adolescente; abaixo-assinados; cartas de reclamação, regras e regulamentos Leitura/escuta (compartilhada e autônoma) Compreensão em leitura (EF12LP08) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, fotolegendas em notícias, manchetes e lides em notícias, álbum de fotos digital noticioso e notícias curtas para público infantil, dentre outros gêneros do campo jornalístico, considerando a situação comunicativa e o tema/ assunto do texto (EF12LP09) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, slogans, anúncios publicitários e textos de campanhas de conscientização destinados ao público infantil, dentre outros gêneros do campo publicitário, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto (EF12LP10) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, cartazes, avisos, folhetos, regras e regulamentos que organizam a vida na comunidade escolar, dentre outros gêneros do campo da atuação cidadã, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS 6868 a solução para o seu concurso! Editora Escrita (compartilhada e autônoma) Escrita compartilhada (EF12LP11) Escrever, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, fotolegendas em notícias, manchetes e lides em notícias, álbum de fotos digital noticioso e notícias curtas para público infantil, digitais ou impressos, dentre outros gêneros do campo jornalístico, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto (EF12LP12) Escrever, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, slogans, anúncios publicitários e textos de campanhas de conscientização destinados ao público infantil, dentre outros gêneros do campo publicitário, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto (EF01LP21) Escrever, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, listas de regras e regulamentos que organizam a vida na comunidade escolar, dentre outros gêneros do campo da atuação cidadã, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto. (EF02LP18) Planejar e produzir cartazes e folhetos para divulgar eventos da escola ou da comunidade, utilizando linguagem persuasiva e elementos textuais e visuais (tamanho da letra, leiaute, imagens) adequados ao gênero, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto. Oralidade Produção de texto oral (EF02LP19) Planejar e produzir, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, notícias curtas para público infantil, para compor jornal falado que possa ser repassado oralmente ou em meio digital, em áudio ou vídeo, dentre outros gêneros do campo jornalístico, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto. (EF12LP13) Planejar, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, slogans e peça de campanha de conscientização destinada ao público infantil que possam ser repassados oralmente por meio de ferramentas digitais, em áudio ou vídeo, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto/ finalidade do texto Análise linguística/ semiótica (Alfabetização) Forma de composição do texto (EF12LP14) Identificar e reproduzir, em fotolegendas de notícias, álbum de fotos digital noticioso, cartas de leitor (revista infantil), digitais ou impressos, a formatação e diagramação específica de cada um desses gêneros, inclusive em suas versões orais. (EF12LP15) Identificar a forma de composição de slogans publicitários. (EF12LP16) Identificar e reproduzir, em anúncios publicitários e textos de campanhas de conscientização destinados ao público infantil (orais e escritos, digitais ou impressos), a formatação e diagramação específica de cada um desses gêneros, inclusive o uso de imagens CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA – Campo de atuação relativo à participação em situações de leitura/escrita que possibilitem conhecer os textos expositivos e argumentativos, a linguagem e as práticas relacionadas ao estudo, à pesquisa e à divulgação científica, favorecendo a aprendizagem dentro e fora da escola. Alguns gêneros deste campo em mídia impressa ou digital: enunciados de tarefas escolares; relatos de experimentos; quadros; gráficos; tabelas; infográficos; diagramas; entrevistas; notas de divulgação científica; verbetes de enciclopédia PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS 69 a solução para o seu concurso! Editora Leitura/escuta (compartilhada e autônoma) Compreensão em leitura (EF12LP17) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, enunciados de tarefas escolares, diagramas, curiosidades, pequenos relatos de experimentos, entrevistas, verbetes de enciclopédia infantil, entre outros gêneros do campo investigativo, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto Imagens analíticas em textos (EF02LP20) Reconhecer a função de textos utilizados para apresentar informações coletadas em atividades de pesquisa (enquetes, pequenas entrevistas, registros de experimentações). Pesquisa (EF02LP21) Explorar, com a mediação do professor, textos informativos de diferentes ambientes digitais de pesquisa, conhecendo suas possibilidades. Escrita (compartilhada e autônoma) Produção de textos (EF01LP22) Planejar e produzir, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, diagramas, entrevistas, curiosidades, dentre outros gêneros do campo investigativo, digitais ou impressos, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto/ finalidade do texto. (EF02LP22) Planejar e produzir, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, pequenos relatos de experimentos, entrevistas, verbetes de enciclopédia infantil, dentre outros gêneros do campo investigativo, digitais ou impressos, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto. Escrita autônoma (EF02LP23) Planejar e produzir, com certa autonomia, pequenos registros de observação de resultados de pesquisa, coerentes com um tema investigado. Oralidade Planejamento de texto oral Exposição oral (EF01LP23) Planejar e produzir, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, entrevistas, curiosidades, dentre outros gêneros do campo investigativo, que possam ser repassados oralmente por meio de ferramentas digitais, em áudio ou vídeo, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto/ finalidade do texto. (EF02LP24) Planejar e produzir, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, relatos de experimentos, registros de observação, entrevistas, dentre outros gêneros do campo investigativo, que possam ser repassados oralmente por meio de ferramentas digitais, em áudio ou vídeo, considerando a situação comunicativa e o tema/ assunto/finalidade do texto. Análise linguística/ semiótica (Alfabetização) Forma de composição dos textos/Adequação do texto às normas de escrita (EF01LP24) Identificar e reproduzir, em enunciados de tarefas escolares, diagramas, entrevistas, curiosidades, digitais ou impressos, a formatação e diagramação específica de cada um desses gêneros, inclusive em suas versões orais. (EF02LP25) Identificar e reproduzir, em relatos de experimentos, entrevistas, verbetes de enciclopédia infantil, digitais ou impressos, a formatação e diagramação específica de cada um desses gêneros, inclusive em suas versões orais. CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO – Campo de atuação relativo à participação em situações de leitura, fruição e produção de textos literários e artísticos, representativos da diversidade cultural e linguística, que favoreçam experiências estéticas. Alguns gêneros deste campo: lendas, mitos, fábulas, contos, crônicas, canção, poemas, poemas visuais, cordéis, quadrinhos, tirinhas, charge/cartum, dentre outros PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS 7070 a solução para o seu concurso! Editora Leitura/escuta (compartilhada e autônoma) Formação do leitor literário (EF02LP26) Ler e compreender, com certa autonomia, textos literários, de gêneros variados, desenvolvendo o gosto pela leitura. Apreciação estética/Estilo (EF12LP18) Apreciar poemas e outros textos versificados, observando rimas, sonoridades, jogos de palavras, reconhecendo seu pertencimento ao mundo imaginário e sua dimensão de encantamento, jogo e fruição Escrita (compartilhada e autônoma) Escrita autônoma e compartilhada (EF01LP25) Produzir, tendo o professor como escriba, recontagens de histórias lidas pelo professor, histórias imaginadas ou baseadas em livros de imagens, observando a forma de composição de textos narrativos (personagens, enredo, tempo e espaço). (EF02LP27) Reescrever textos narrativos literários lidos pelo professor. Análise linguística/ semiótica (Alfabetização) Formas de composição de narrativas (EF01LP26) Identificar elementos de uma narrativa lida ou escutada, incluindo personagens, enredo, tempo e espaço. (EF02LP28) Reconhecer o conflito gerador de uma narrativa ficcional e sua resolução, além de palavras, expressões e frases que caracterizam personagens e ambientes. Formas de composição de textos poéticos (EF12LP19) Reconhecer, em textos versificados, rimas, sonoridades, jogos de palavras, palavras, expressões, comparações, relacionando-as com sensações e associações Formas de composição de textos poéticos visuais (EF02LP29) Observar, em poemas visuais, o formato do texto na página, as ilustrações e outros efeitos visuais. LÍNGUA PORTUGUESA – 3º AO 5º ANO PRÁTICAS DE LINGUAGEM OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES 3º ANO 4º ANO 5º ANO TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO Leitura/escuta (compartilhada e autônoma) Decodificação/ Fluência de leitura (EF35LP01) Ler e compreender, silenciosamente e, em seguida, em voz alta, com autonomia e fluência, textos curtos com nível de textualidade adequado Formação de leitor (EF35LP02) Selecionar livros da biblioteca e/ou do cantinho de leitura da sala de aula e/ou disponíveis em meios digitais para leitura individual, justificando a escolha e compartilhando com os colegas sua opinião, após a leitura Compreensão (EF35LP03) Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global Estratégia de leitura (EF35LP04) Inferir informações implícitas nos textos lidos (EF35LP05) Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas em textos, com base no contexto da frase ou do texto (EF35LP06) Recuperar relações entre partes de um texto, identificando substituições lexicais (de substantivos por sinônimos) ou pronominais (uso de pronomes anafóricos – pessoais, possessivos, demonstrativos) que contribuem para a continuidade do texto PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS 71 a solução para o seu concurso! Editora Produção de textos (escrita compartilhada e autônoma) Construção do sistema alfabético/ Convenções da escrita (EF35LP07) Utilizar, ao produzir um texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais, tais como ortografia, regras básicas de concordância nominal e verbal, pontuação (ponto final, ponto de exclamação, ponto de interrogação, vírgulas em enumerações) e pontuação do discurso direto, quando for o caso Construção do sistema alfabético/ Estabelecimento de relações anafóricas na referenciação e construção da coesão (EF35LP08) Utilizar, ao produzir um texto, recursos de referenciação (por substituição lexical ou por pronomes pessoais, possessivos e demonstrativos), vocabulário apropriado ao gênero, recursos de coesão pronominal (pronomes anafóricos) e articuladores de relações de sentido (tempo, causa, oposição, conclusão, comparação), com nível suficiente de informatividade Planejamento de texto/Progressão temática e paragrafação (EF35LP09) Organizar o texto em unidades de sentido, dividindo-o em parágrafos segundo as normas gráficas e de acordo com as características do gênero textual Oralidade Forma de composição de gêneros orais (EF35LP10) Identificar gêneros do discurso oral, utilizados em diferentes situações e contextos comunicativos, e suas características linguístico-expressivas e composicionais (conversação espontânea, conversação telefônica, entrevistas pessoais, entrevistas no rádio ou na TV, debate, noticiário de rádio e TV, narração de jogos esportivos no rádio e TV, aula, debate etc.) Variação linguística (EF35LP11) Ouvir gravações, canções, textos falados em diferentes variedades linguísticas, identificando características regionais, urbanas e rurais da fala e respeitando as diversas variedades linguísticas como características do uso da língua por diferentes grupos regionais ou diferentes culturas locais, rejeitando preconceitos linguísticos Análise linguística/ semiótica (Ortografização) Construção do sistema alfabético e da ortografia (EF35LP12) Recorrer ao dicionário para esclarecer dúvida sobre a escrita de palavras, especialmente no caso de palavras com relações irregulares fonema-grafema. (EF03LP01) Ler e escrever palavras com correspondências regulares contextuais entre grafemas e fonemas – c/qu; g/gu; r/rr; s/ss; o (e não u) e e (e não i) em sílaba átona em final de palavra – e com marcas de nasalidade (til, m, n). (EF04LP01) Grafar palavras utilizando regras de correspondência fonema-grafema regulares diretas e contextuais. (EF05LP01) Grafar palavras utilizando regras de correspondência fonema- grafema regulares, contextuais e morfológicas e palavras de uso frequente com correspondências irregulares. (EF03LP02) Ler e escrever corretamente palavras com sílabas CV, V, CVC, CCV, VC, VV, CVV, identificando que existem vogais em todas as sílabas. (EF04LP02) Ler e escrever, corretamente, palavras com sílabas VV e CVV em casos nos quais a combinação VV (ditongo) é reduzida na língua oral (ai, ei, ou). (EF03LP03) Ler e escrever corretamente palavras com os dígrafos lh, nh, ch. (EF35LP13) Memorizar a grafia de palavras de uso frequente nas quais as relações fonema-grafema são irregulares e com h inicial que não representa fonema Conhecimento do alfabeto do português do Brasil/Ordem alfabética/Polissemia (EF04LP03) Localizar palavras no dicionário para esclarecer significados, reconhecendo o significado mais plausível para o contexto que deu origem à consulta. (EF05LP02) Identificar o caráter polissêmico das palavras (uma mesma palavra com diferentes significados, de acordo com o contexto de uso), comparando o significado de determinados termos utilizados nas áreas científicas com esses mesmos termos utilizados na linguagem usual. PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS 7272 a solução para o seu concurso! Editora Análise linguística/ semiótica (Ortografização) Conhecimento das diversas grafias do alfabeto/Acentuação (EF03LP04) Usar acento gráfico (agudo ou circunflexo) em monossílabos tônicos terminados em a, e, o e em palavras oxítonas terminadas em a, e, o, seguidas ou não de s. (EF04LP04) Usar acento gráfico (agudo ou circunflexo) em paroxítonas terminadas em -i(s), -l, -r, -ão(s). (EF05LP03) Acentuar corretamente palavras oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas. Segmentação de palavras/Classificação de palavras por número de sílabas (EF03LP05) Identificar o número de sílabas de palavras, classificando-as em monossílabas, dissílabas, trissílabas e polissílabas. Construção do sistema alfabético (EF03LP06) Identificar a sílaba tônica em palavras, classificando-as em oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas. Pontuação (EF03LP07) Identificar a função na leitura e usar na escrita ponto final, ponto de interrogação, ponto de exclamação e, em diálogos (discurso direto), dois- pontos e travessão. (EF04LP05) Identificar a função na leitura e usar, adequadamente, na escrita ponto final, de interrogação, de exclamação, dois- pontos e travessão em diálogos (discurso direto), vírgula em enumerações e em separação de vocativo e de aposto. (EF05LP04) Diferenciar, na leitura de textos, vírgula, ponto e vírgula, dois-pontos e reconhecer, na leitura de textos, o efeito de sentido que decorre do uso de reticências, aspas, parênteses. Morfologia/ Morfossintaxe (EF05LP05) Identificar a expressão de presente, passado e futuro em tempos verbais do modo indicativo. (EF03LP08) Identificar e diferenciar, em textos, substantivos e verbos e suas funções na oração: agente, ação, objeto da ação. (EF04LP06) Identificar em textos e usar na produção textual a concordância entre substantivo ou pronome pessoal e verbo (concordância verbal). (EF05LP06) Flexionar, adequadamente, na escrita e na oralidade, os verbos em concordância com pronomes pessoais/nomes sujeitos da oração. Morfossintaxe (EF03LP09) Identificar, em textos, adjetivos e sua função de atribuição de propriedades aos substantivos. (EF04LP07) Identificar em textos e usar na produção textual a concordância entre artigo, substantivo e adjetivo (concordância no grupo nominal). PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS 73 a solução para o seu concurso! Editora Análise linguística/ semiótica (Ortografização) Morfologia (EF35LP14) Identificar em textos e usar na produção textual pronomes pessoais, possessivos e demonstrativos, como recurso coesivo anafórico (EF05LP07) Identificar, em textos, o uso de conjunções e a relação que estabelecem entre partes do texto: adição, oposição, tempo, causa, condição, finalidade. (EF03LP10) Reconhecer prefixos e sufixos produtivos na formação de palavras derivadas de substantivos, de adjetivos e de verbos, utilizando-os para compreender palavras e para formar novas palavras. (EF04LP08) Reconhecer e grafar, corretamente, palavras derivadas com os sufixos -agem, -oso, -eza, -izar/-isar (regulares morfológicas). (EF05LP08) Diferenciar palavras primitivas, derivadas e compostas, e derivadas por adição de prefixo e de sufixo. CAMPO DA VIDA COTIDIANA – Campo de atuação relativo à participação em situações de leitura, próprias de atividades vivenciadas cotidianamente por crianças, adolescentes, jovens e adultos, no espaço doméstico e familiar, escolar, cultural e profissional. Alguns gêneros textuais deste campo: agendas, listas, bilhetes, recados, avisos, convites, cartas, cardápios, diários, receitas, regras de jogos e brincadeiras. Leitura/escuta (compartilhada e autônoma) Compreensão em leitura (EF03LP11) Ler e compreender, com autonomia, textos injuntivos instrucionais (receitas, instruções de montagem etc.), com a estrutura própria desses textos (verbos imperativos, indicação de passos a ser seguidos) e mesclando palavras, imagens e recursos gráficovisuais, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto (EF04LP09) Ler e compreender, com autonomia, boletos, faturas e carnês, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções do gênero (campos, itens elencados, medidas de consumo, código de barras) e considerando a situação comunicativa e a finalidade do texto. (EF05LP09) Ler e compreender, com autonomia, textos instrucional de regras de jogo, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções do gênero e considerando a situação comunicativa e a finalidade do texto. (EF03LP12) Ler e compreender, com autonomia, cartas pessoais e diários, com expressão de sentimentos e opiniões, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções do gênero carta e considerando a situação comunicativa e o tema/ assunto do texto. (EF04LP10) Ler e compreender, com autonomia, cartas pessoais de reclamação, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções do gênero carta e considerando a situação comunicativa e o tema/ assunto/finalidade do texto. (EF05LP10) Ler e compreender, com autonomia, anedotas, piadas e cartuns, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções do gênero e considerando a situação comunicativa e a finalidade do texto. PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS 7474 a solução para o seu concurso! Editora Produção de textos (escrita compartilhada e autônoma) Escrita colaborativa (EF03LP13) Planejar e produzir cartas pessoais e diários, com expressão de sentimentos e opiniões, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções dos gêneros carta e diário e considerando a situação comunicativa e o tema/ assunto do texto. (EF04LP11) Planejar e produzir, com autonomia, cartas pessoais de reclamação, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções do gênero carta e com a estrutura própria desses textos (problema, opinião, argumentos), considerando a situação comunicativa e o tema/ assunto/finalidade do texto. (EF05LP11) Registrar, com autonomia, anedotas, piadas e cartuns, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções do gênero e considerando a situação comunicativa e a finalidade do texto. Escrita (compartilhada e autônoma) Escrita colaborativa (EF03LP14) Planejar e produzir textos injuntivos instrucionais, com a estrutura própria desses textos (verbos imperativos, indicação de passos a ser seguidos) e mesclando palavras, imagens e recursos gráfico-visuais, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto (EF05LP12) Planejar e produzir, com autonomia, textos instrucionais de regras de jogo, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções do gênero e considerando a situação comunicativa e a finalidade do texto. Oralidade Produção de texto oral (EF03LP15) Assistir, em vídeo digital, a programa de culinária infantil e, a partir dele, planejar e produzir receitas em áudio ou vídeo. (EF04LP12) Assistir, em vídeo digital, a programa infantil com instruções de montagem, de jogos e brincadeiras e, a partir dele, planejar e produzir tutoriais em áudio ou vídeo. (EF05LP13) Assistir, em vídeo digital, a postagem de vlog infantil de críticas de brinquedos e livros de literatura infantil e, a partir dele, planejar e produzir resenhas digitais em áudio ou vídeo. Análise linguística/ semiótica (Ortografização) Forma de composição do texto (EF03LP16) Identificar e reproduzir, em textos injuntivos instrucionais (receitas, instruções de montagem, digitais ou impressos), a formatação própria desses textos (verbos imperativos, indicação de passos a ser seguidos) e a diagramação específica dos textos desses gêneros (lista de ingredientes ou materiais e instruções de execução – “modo de fazer”) (EF04LP13) Identificar e reproduzir, em textos injuntivos instrucionais (instruções de jogos digitais ou impressos), a formatação própria desses textos (verbos imperativos, indicação de passos a ser seguidos) e formato específico dos textos orais ou escritos desses gêneros (lista/ apresentação de materiais e instruções/ passos de jogo). (EF05LP14) Identificar e reproduzir, em textos de resenha crítica de brinquedos ou livros de literatura infantil, a formatação própria desses textos (apresentação e avaliação do produto). (EF03LP17) Identificar e reproduzir, em gêneros epistolares e diários, a formatação própria desses textos (relatos de acontecimentos, expressão de vivências, emoções, opiniões ou críticas) e a diagramação específica dos textos desses gêneros (data, saudação, corpo do texto, despedida, assinatura). CAMPO DA VIDA PÚBLICA – Campo de atuação relativo à participação em situações de leitura e escrita, especialmente de textos das esferas jornalística, publicitária, política, jurídica e reivindicatória, contemplando temas que impactam a cidadania e o exercício de direitos. Alguns gêneros textuais deste campo: notas; álbuns noticiosos; notícias; reportagens; cartas do leitor (revista infantil); comentários em sites para criança; textos de campanhas de conscientização; Estatuto da Criança e do Adolescente; abaixo-assinados; cartas de reclamação, regras e regulamentos. PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS 75 a solução para o seu concurso! Editora Leitura/escuta (compartilhada e autônoma) Compreensão em leitura (EF03LP18) Ler e compreender, com autonomia, cartas dirigidas a veículos da mídia impressa ou digital (cartas de leitor e de reclamação a jornais, revistas) e notícias, dentre outros gêneros do campo jornalístico, de acordo com as convenções do gênero carta e considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto. (EF04LP14) Identificar, em notícias, fatos, participantes, local e momento/tempo da ocorrência do fato noticiado. (EF05LP15) Ler/assistir e compreender, com autonomia, notícias, reportagens, vídeos em vlogs argumentativos, dentre outros gêneros do campo político-cidadão, de acordo com as convenções dos gêneros e considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto. (EF03LP19) Identificar e discutir o propósito do uso de recursos de persuasão (cores, imagens, escolha de palavras, jogo de palavras, tamanho de letras) em textos publicitários e de propaganda, como elementos de convencimento. (EF04LP15) Distinguir fatos de opiniões/sugestões em textos (informativos, jornalísticos, publicitários etc.). (EF05LP16) Comparar informações sobre um mesmo fato veiculadas em diferentes mídias e concluir sobre qual é mais confiável e por quê. Produção de textos (escrita compartilhada e autônoma) Escrita colaborativa (EF03LP20) Produzir cartas dirigidas a veículos da mídia impressa ou digital (cartas do leitor ou de reclamação a jornais ou revistas), dentre outros gêneros do campo político-cidadão, com opiniões e críticas, de acordo com as convenções do gênero carta e considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto. (EF04LP16) Produzir notícias sobre fatos ocorridos no universo escolar, digitais ou impressas, para o jornal da escola, noticiando os fatos e seus atores e comentando decorrências, de acordo com as convenções do gênero notícia e considerando a situação comunicativa e o tema/ assunto do texto. (EF05LP17) Produzir roteiro para edição de uma reportagem digital sobre temas de interesse da turma, a partir de buscas de informações, imagens, áudios e vídeos na internet, de acordo com as convenções do gênero e considerando a situação comunicativa e o tema/ assunto do texto. (EF03LP21) Produzir anúncios publicitários, textos de campanhas de conscientização destinados ao público infantil, observando os recursos de persuasão utilizados nos textos publicitários e de propaganda (cores, imagens, slogan, escolha de palavras, jogo de palavras, tamanho e tipo de letras, diagramação). (EF35LP15) Opinar e defender ponto de vista sobre tema polêmico relacionado a situações vivenciadas na escola e/ou na comunidade, utilizando registro formal e estrutura adequada à argumentação, considerando a situação comunicativa e o tema/ assunto do texto PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS 7676 a solução para o seu concurso! Editora Oralidade Planejamento e produção de texto (EF03LP22) Planejar e produzir, em colaboração com os colegas, telejornal para público infantil com algumas notícias e textos de campanhas que possam ser repassados oralmente ou em meio digital, em áudio ou vídeo, considerando a situação comunicativa, a organização específica da fala nesses gêneros e o tema/assunto/finalidade dos textos. (EF04LP17) Produzir jornais radiofônicos ou televisivos e entrevistas veiculadas em rádio, TV e na internet, orientando-se por roteiro ou texto e demonstrando conhecimento dos gêneros jornal falado/televisivo e entrevista. (EF05LP18) Roteirizar, produzir e editar vídeo para vlogs argumentativos sobre produtos de mídia para público infantil (filmes, desenhos animados, HQs, games etc.), com base em conhecimentos sobre os mesmos, de acordo com as convenções do gênero e considerando a situação comunicativa e o tema/ assunto/finalidade do texto. Produção de texto (EF05LP19) Argumentar oralmente sobre acontecimentos de interesse social, com base em conhecimentos sobre fatos divulgados em TV, rádio, mídia impressa e digital, respeitando pontos de vista diferentes. Análise linguística/ semiótica (Ortografização) Forma de composição dos textos (EF35LP16) Identificar e reproduzir, em notícias, manchetes, lides e corpo de notícias simples para público infantil e cartas de reclamação (revista infantil), digitais ou impressos, a formatação e diagramação específica de cada um desses gêneros, inclusive em suas versões orais (EF03LP23) Analisar o uso de adjetivos em cartas dirigidas a veículos da mídia impressa ou digital (cartas do leitor ou de reclamação a jornais ou revistas), digitais ou impressas. (EF05LP20) Analisar a validade e força de argumentos em argumentações sobre produtos de mídia para público infantil (filmes, desenhos animados, HQs, games etc.), com base em conhecimentos sobre os mesmos. (EF04LP18) Analisar o padrão entonacional e a expressão facial e corporal de âncoras de jornais radiofônicos ou televisivos e de entrevistadores/ entrevistados. (EF05LP21) Analisar o padrão entonacional, a expressão facial e corporal e as escolhas de variedade e registro linguísticos de vloggers de vlogs opinativos ou argumentativos. CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA – Campo de atuação relativo à participação em situações de leitura/escrita que possibilitem conhecer os textos expositivos e argumentativos, a linguagem e as práticas relacionadas ao estudo, à pesquisa e à divulgação científica, favorecendo a aprendizagem dentro e fora da escola. Alguns gêneros deste campo em mídia impressa ou digital: enunciados de tarefas escolares; relatos de experimentos; quadros; gráficos; tabelas; infográficos; diagramas; entrevistas; notas de divulgação científica; verbetes de enciclopédia PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS 77 a solução para o seu concurso! Editora Leitura/escuta (compartilhada e autônoma) Compreensão em leitura (EF03LP24) Ler/ouvir e compreender, com autonomia, relatos de observações e de pesquisas em fontes de informações, considerando a situação comunicativa e o tema/ assunto do texto. (EF04LP19) Ler e compreender textos expositivos de divulgação científica para crianças, considerando a situação comunicativa e o tema/ assunto do texto. (EF05LP22) Ler e compreender verbetes de dicionário, identificando a estrutura, as informações gramaticais (significado de abreviaturas) e as informações semânticas. Imagens analíticas em textos (EF04LP20) Reconhecer a função de gráficos, diagramas e tabelas em textos, como forma de apresentação de dados e informações. (EF05LP23) Comparar informações apresentadas em gráficos ou tabelas. Pesquisa (EF35LP17) Buscar e selecionar, com o apoio do professor, informações de interesse sobre fenômenos sociais e naturais, em textos que circulam em meios impressos ou digitais Produção de textos (escrita compartilhada e autônoma) Produção de textos (EF03LP25) Planejar e produzir textos para apresentar resultados de observações e de pesquisas em fontes de informações, incluindo, quando pertinente, imagens, diagramas e gráficos ou tabelas simples, considerando a situação comunicativa e o tema/ assunto do texto. (EF04LP21) Planejar e produzir textos sobre temas de interesse, com base em resultados de observações e pesquisas em fontes de informações impressas ou eletrônicas, incluindo, quando pertinente, imagens e gráficos ou tabelas simples, considerando a situação comunicativa e o tema/ assunto do texto. (EF05LP24) Planejar e produzir texto sobre tema de interesse, organizando resultados de pesquisa em fontes de informação impressas ou digitais, incluindo imagens e gráficos ou tabelas, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto. Escrita autônoma (EF04LP22) Planejar e produzir, com certa autonomia, verbetes de enciclopédia infantil, digitais ou impressos, considerando a situação comunicativa e o tema/ assunto/finalidade do texto. (EF05LP25) Planejar e produzir, com certa autonomia, verbetes de dicionário, digitais ou impressos, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto. Oralidade Escuta de textos orais (EF35LP18) Escutar, com atenção, apresentações de trabalhos realizadas por colegas, formulando perguntas pertinentes ao tema e solicitando esclarecimentos sempre que necessário Compreensão de textos orais (EF35LP19) Recuperar as ideias principais em situações formais de escuta de exposições, apresentações e palestras Planejamento de texto oral Exposição oral (EF35LP20) Expor trabalhos ou pesquisas escolares, em sala de aula, com apoio de recursos multissemióticos (imagens, diagrama, tabelas etc.), orientando-se por roteiro escrito, planejando o tempo de fala e adequando a linguagem à situação comunicativa PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS 7878 a solução para o seu concurso! Editora Análise linguística/ semiótica (Ortografização) Forma de composição dos textos Adequação do texto às normas de escrita (EF03LP26) Identificar e reproduzir, em relatórios de observação e pesquisa, a formatação e diagramação específica desses gêneros (passos ou listas de itens, tabelas, ilustrações, gráficos, resumo dos resultados), inclusive em suas versões orais. (EF05LP26) Utilizar, ao produzir o texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais: regras sintáticas de concordância nominal e verbal, convenções de escrita de citações, pontuação (ponto final, dois-pontos, vírgulas em enumerações) e regras ortográficas. Análise linguística/ semiótica (Ortografização) Forma de composição dos textos Coesão e articuladores (EF04LP23) Identificar e reproduzir, em verbetes de enciclopédia infantil, digitais ou impressos, a formatação e diagramação específica desse gênero (título do verbete, definição, detalhamento, curiosidades), considerando a situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto. (EF05LP27) Utilizar, ao produzir o texto, recursos de coesão pronominal (pronomes anafóricos) e articuladores de relações de sentido (tempo, causa, oposição, conclusão, comparação), com nível adequado de informatividade. Forma de composição dos textos Adequação do texto às normas de escrita (EF04LP24) Identificar e reproduzir, em seu formato, tabelas, diagramas e gráficos em relatórios de observação e pesquisa, como forma de apresentação de dados e informações. CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO – Campo de atuação relativo à participação em situações de leitura, fruição e produção de textos literários e artísticos, representativos da diversidade cultural e linguística, que favoreçam experiências estéticas. Alguns gêneros deste campo: lendas, mitos, fábulas, contos, crônicas, canção, poemas, poemas visuais, cordéis, quadrinhos, tirinhas, charge/cartum, dentre outros. Leitura/escuta (compartilhada e autônoma) Formação do leitor literário (EF35LP21) Ler e compreender, de forma autônoma, textos literários de diferentes gêneros e extensões, inclusive aqueles sem ilustrações, estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores Formação do leitor literário/Leitura multissemiótica (EF35LP22) Perceber diálogos em textos narrativos, observando o efeito de sentido de verbos de enunciação e, se for o caso, o uso de variedades linguísticas no discurso direto. Apreciação estética/ Estilo (EF35LP23) Apreciar poemas e outros textos versificados, observando rimas, aliterações e diferentes modos de divisão dos versos, estrofes e refrões e seu efeito de sentido. Textos dramáticos (EF35LP24) Identificar funções do texto dramático (escrito para ser encenado) e sua organização por meio de diálogos entre personagens e marcadores das falas das personagens e de cena PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS 79 a solução para o seu concurso! Editora Produção de textos (escrita compartilhada e autônoma) Escrita autônoma e compartilhada (EF35LP25) Criar narrativas ficcionais, com certa autonomia, utilizando detalhes descritivos, sequências de eventos e imagens apropriadas para sustentar o sentido do texto, e marcadores de tempo, espaço e de fala de personagens (EF35LP26) Ler e compreender, com certa autonomia, narrativas ficcionais que apresentem cenários e personagens, observando os elementos da estrutura narrativa: enredo, tempo, espaço, personagens, narrador e a construção do discurso indireto e discurso direto Escrita autônoma (EF35LP27) Ler e compreender, com certa autonomia, textos em versos, explorando rimas, sons e jogos de palavras, imagens poéticas (sentidos figurados) e recursos visuais e sonoros Oralidade Declamação (EF35LP28) Declamar poemas, com entonação, postura e interpretação adequadas Performances orais (EF03LP27) Recitar cordel e cantar repentes e emboladas, observando as rimas e obedecendo ao ritmo e à melodia (EF04LP25) Representar cenas de textos dramáticos, reproduzindo as falas das personagens, de acordo com as rubricas de interpretação e movimento indicadas pelo autor. Análise linguística/ semiótica (Ortografização) Formas de composição de narrativas (EF35LP29) Identificar, em narrativas, cenário, personagem central, conflito gerador, resolução e o ponto de vista com base no qual histórias são narradas, diferenciando narrativas em primeira e terceira pessoas Discurso direto e indireto (EF35LP30) Diferenciar discurso indireto e discurso direto, determinando o efeito de sentido de verbos de enunciação e explicando o uso de variedades linguísticas no discurso direto, quando for o caso Forma de composição de textos poéticos (EF35LP31) Identificar, em textos versificados, efeitos de sentido decorrentes do uso de recursos rítmicos e sonoros e de metáforas. Forma de composição de textos poéticos visuais (EF04LP26) Observar, em poemas concretos, o formato, a distribuição e a diagramação das letras do texto na página. (EF05LP28) Observar, em ciberpoemas e minicontos infantis em mídia digital, os recursos multissemióticos presentes nesses textos digitais. Forma de composição de textos dramáticos (EF04LP25) Representar cenas de textos dramáticos, reproduzindo as falas das personagens, de acordo com as rubricas de interpretação e movimento indicadas pelo autor. LÍNGUA PORTUGUESA NO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS: PRÁTICAS DE LINGUAGEM, OBJETOS DE CONHECIMENTO E HA- BILIDADES Nos Anos Finais do Ensino Fundamental, o adolescente/jovem participa com maior criticidade de situações comunicativas diversifi- cadas, interagindo com um número de interlocutores cada vez mais amplo, inclusive no contexto escolar, no qual se amplia o número de professores responsáveis por cada um dos componentes curriculares. Essa mudança em relação aos anos iniciais favorece não só o apro- fundamento de conhecimentos relativos às áreas, como também o surgimento do desafio de aproximar esses múltiplos conhecimentos. A continuidade da formação para a autonomia se fortalece nessa etapa, na qual os jovens assumem maior protagonismo em práticas de linguagem realizadas dentro e fora da escola. No componente Língua Portuguesa, amplia-se o contato dos estudantes com gêneros textuais relacionados a vários campos de atua- ção e a várias disciplinas, partindo-se de práticas de linguagem já vivenciadas pelos jovens para a ampliação dessas práticas, em direção a novas experiências. Como consequência do trabalho realizado em etapas anteriores de escolarização, os adolescentes e jovens já conhecem e fazem uso de gêneros que circulam nos campos das práticas artístico-literárias, de estudo e pesquisa, jornalístico-midiático, de atuação na vida públi- ca e campo da vida pessoal, cidadãs, investigativas. PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS 8080 a solução para o seu concurso! Editora Aprofunda-se, nessa etapa, o tratamento dos gêneros que circulam na esfera pública, nos campos jornalístico-midiático e de atuação na vida pública. No primeiro campo, os gêneros jornalísti- cos – informativos e opinativos – e os publicitários são privilegiados, com foco em estratégias linguístico-discursivas e semióticas volta- das para a argumentação e persuasão. Para além dos gêneros, são consideradas práticas contemporâneas de curtir, comentar, redis- tribuir, publicar notícias, curar etc. e tematizadas questões polêmi- cas envolvendo as dinâmicas das redes sociais e os interesses que movem a esfera jornalística-midiática. A questão da confiabilidade da informação, da proliferação de fake news, da manipulação de fatos e opiniões tem destaque e muitas das habilidades se relacio- nam com a comparação e análise de notícias em diferentes fontes e mídias, com análise de sites e serviços checadores de notícias e com o exercício da curadoria, estando previsto o uso de ferramen- tas digitais de curadoria. A proliferação do discurso de ódio tam- bém é tematizada em todos os anos e habilidades relativas ao trato e respeito com o diferente e com a participação ética e respeito- sa em discussões e debates de ideias são consideradas. Além das habilidades de leitura e produção de textos já consagradas para o impresso são contempladas habilidades para o trato com o hiper- texto e também com ferramentas de edição de textos, áudio e ví- deo e produções que podem prever postagem de novos conteúdos locais que possam ser significativos para a escola ou comunidade ou apreciações e réplicas a publicações feitas por outros. Trata-se de promover uma formação que faça frente a fenômenos como o da pós-verdade, o efeito bolha e proliferação de discursos de ódio, que possa promover uma sensibilidade para com os fatos que afe- tam drasticamente a vida de pessoas e prever um trato ético com o debate de ideias. Como já destacado, além dos gêneros jornalísticos, também são considerados nesse campo os publicitários, estando previsto o tratamento de diferentes peças publicitárias, envolvidas em campa- nhas, para além do anúncio publicitário e a propaganda impressa, o que supõe habilidades para lidar com a multissemiose dos textos e com as várias mídias. Análise dos mecanismos e persuasão ganham destaque, o que também pode ajudar a promover um consumo consciente. No campo de atuação da vida pública ganham destaque os gêneros legais e normativos – abrindo-se espaço para aqueles que regulam a convivência em sociedade, como regimentos (da escola, da sala de aula) e estatutos e códigos (Estatuto da Criança e do Ado- lescente e Código de Defesa do Consumidor, Código Nacional de Trânsito etc.), até os de ordem mais geral, como a Constituição e a Declaração dos Direitos Humanos, sempre tomados a partir de seus contextos de produção, o que contextualiza e confere significado a seus preceitos. Trata-se de promover uma consciência dos direitos, uma valorização dos direitos humanos e a formação de uma ética da responsabilidade (o outro tem direito a uma vida digna tanto quanto eu tenho). Ainda nesse campo, estão presentes gêneros reivindicatórios e propositivos e habilidades ligadas a seu trato. A exploração de canais de participação, inclusive digitais, também é prevista. Aqui também a discussão e o debate de ideias e propostas assume um lugar de destaque. Assim, não se trata de promover o silenciamen- to de vozes dissonantes, mas antes de explicitá-las, de convocá-las para o debate, analisá-las, confrontá- las, de forma a propiciar uma autonomia de pensamento, pautada pela ética, como convém a Es- tados democráticos. Nesse sentido, também são propostas análises linguísticas e semióticas de textos vinculados a formas políticas não institucionalizadas, movimentos de várias naturezas, coletivos, pro- duções artísticas, intervenções urbanas etc. No campo das práticas investigativas, há uma ênfase nos gê- neros didático-expositivos, impressos ou digitais, do 6º ao 9º ano, sendo a progressão dos conhecimentos marcada pela indicação do que se operacionaliza na leitura, escrita, oralidade. Nesse processo, procedimentos e gêneros de apoio à compreensão são propostos em todos os anos. Esses textos servirão de base para a reelaboração de conhecimentos, a partir da elaboração de textos-síntese, como quadro-sinópticos, esquemas, gráficos, infográficos, tabelas, resu- mos, entre outros, que permitem o processamento e a organização de conhecimentos em práticas de estudo e de dados levantados em diferentes fontes de pesquisa. Será dada ênfase especial a procedi- mentos de busca, tratamento e análise de dados e informações e a formas variadas de registro e socialização de estudos e pesquisas, que envolvem não só os gêneros já consagrados, como apresenta- ção oral e ensaio escolar, como também outros gêneros da cultura digital – relatos multimidiáticos, verbetes de enciclopédias colabo- rativas, vídeos-minuto etc. Trata-se de fomentar uma formação que possibilite o trato crítico e criterioso das informações e dados. No âmbito do Campo artístico-literário, trata-se de possibilitar o contato com as manifestações artísticas em geral, e, de forma par- ticular e especial, com a arte literária e de oferecer as condições para que se possa reconhecer, valorizar e fruir essas manifestações. Está em jogo a continuidade da formação do leitor literário, com es- pecial destaque para o desenvolvimento da fruição, de modo a evi- denciar a condição estética desse tipo de leitura e de escrita. Para que a função utilitária da literatura – e da arte em geral – possa dar lugar à sua dimensão humanizadora, transformadora e mobili- zadora, é preciso supor – e, portanto, garantir a formação de – um leitor-fruidor, ou seja, de um sujeito que seja capaz de se implicar na leitura dos textos, de “desvendar” suas múltiplas camadas de sentido, de responder às suas demandas e de firmar pactos de lei- tura. Para tanto, as habilidades, no que tange à formação literária, envolvem conhecimentos de gêneros narrativos e poéticos que po- dem ser desenvolvidos em função dessa apreciação e que dizem respeito, no caso da narrativa literária, a seus elementos (espaço, tempo, personagens); às escolhas que constituem o estilo nos tex- tos, na configuração do tempo e do espaço e na construção dos personagens; aos diferentes modos de se contar uma história (em primeira ou terceira pessoa, por meio de um narrador personagem, com pleno ou parcial domínio dos acontecimentos); à polifonia pró- pria das narrativas, que oferecem níveis de complexidade a serem explorados em cada ano da escolaridade; ao fôlego dos textos. No caso da poesia, destacam-se, inicialmente, os efeitos de sentido produzidos por recursos de diferentes naturezas, para depois se al- cançar a dimensão imagética, constituída de processos metafóricos e metonímicos muito presentes na linguagem poética. Ressalta-se, ainda, a proposição de objetivos de aprendizagem e desenvolvimento que concorrem para a capacidade dos estudan- tes de relacionarem textos, percebendo os efeitos de sentidos de- correntes da intertextualidade temática e da polifonia resultante da inserção – explícita ou não – de diferentes vozes nos textos. A relação entre textos e vozes se expressa, também, nas práticas de compartilhamento que promovem a escuta e a produção de textos, de diferentes gêneros e em diferentes mídias, que se prestam à ex- pressão das preferências e das apreciações do que foi lido/ouvido/ assistido. PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS 81 a solução para o seu concurso! Editora Por fim, destaque-se a relevância desse campo para o exercício da empatia e do diálogo, tendo em vista a potência da arte e da litera- tura como expedientes que permitem o contato com diversificados valores, comportamentos, crenças, desejos e conflitos, o que contribui para reconhecer e compreender modos distintos de ser e estar no mundo e, pelo reconhecimento do que é diverso, compreender a si mesmo e desenvolver uma atitude de respeito e valorização do que é diferente. Outros gêneros, além daqueles cuja abordagem é sugerida na BNCC, podem e devem ser incorporados aos currículos das escolas e, assim como já salientado, os gêneros podem ser contemplados em anos diferentes dos indicados. Também, como já mencionado, nos Anos Finais do Ensino Fundamental, os conhecimentos sobre a língua, sobre as demais semioses e sobre a norma-padrão se articulam aos demais eixos em que se organizam os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento de Língua Portuguesa. Dessa forma, as abordagens linguística, metalinguística e reflexiva ocorrem sempre a favor da prática de linguagem que está em evidência nos eixos de leitura, escrita ou oralidade. Os conhecimentos sobre a língua, as demais semioses e a norma-padrão não devem ser tomados como uma lista de conteúdos disso- ciados das práticas de linguagem, mas como propiciadores de reflexão a respeito do funcionamento da língua no contexto dessas práticas. A seleção de habilidades na BNCC está relacionada com aqueles conhecimentos fundamentais para que o estudante possa apropriar-se do sistema linguístico que organiza o português brasileiro. Alguns desses objetivos, sobretudo aqueles que dizem respeito à norma, são transversais a toda a base de Língua Portuguesa. O conhecimento da ortografia, da pontuação, da acentuação, por exemplo, deve estar presente ao longo de toda escolaridade, abordados conforme o ano da escolaridade. Assume-se, na BNCC de Língua Portuguesa, uma perspectiva de progressão de conhecimentos que vai das regularidades às irregularidades e dos usos mais frequentes e simples aos menos habituais e mais complexos. LÍNGUA PORTUGUESA – 6º AO 9º ANO PRÁTICAS DE LINGUAGEM OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES CAMPO JORNALÍSTICO-MIDIÁTICO – Trata-se, em relação a este Campo, de ampliar e qualificar a participação das crianças, adolescentes e jovens nas práticas relativas ao trato com a informação e opinião, que estão no centro da esfera jornalística/midiática. Para além de construir conhecimentos e desenvolver habilidades envolvidas na escuta, leitura e produção de textos que circulam no campo, o que se pretende é propiciar experiências que permitam desenvolver nos adolescentes e jovens a sensibilidade para que se interessem pelos fatos que acontecem na sua comunidade, na sua cidade e no mundo e afetam as vidas das pessoas, incorporem em suas vidas a prática de escuta, leitura e produção de textos pertencentes a gêneros da esfera jornalística em diferentes fontes, veículos e mídias, e desenvolvam autonomia e pensamento crítico para se situar em relação a interesses e posicionamentos diversos e possam produzir textos noticiosos e opinativos e participar de discussões e debates de forma ética e respeitosa. Vários são os gêneros possíveis de serem contemplados em atividades de leitura e produção de textos para além dos já trabalhados nos anos iniciais do ensino fundamental (notícia, álbum noticioso, carta de leitor, entrevista etc.): reportagem, reportagem multimidiática, fotorreportagem, foto-denúncia, artigo de opinião, editorial, resenha crítica, crônica, comentário, debate, vlog noticioso, vlog cultural, meme, charge, charge digital, political remix, anúncio publicitário, propaganda, jingle, spot, dentre outros. A referência geral é que, em cada ano, contemplem-se gêneros que lidem com informação, opinião e apreciação, gêneros mais típicos dos letramentos da letra e do impresso e gêneros multissemióticos e hipermidiáticos, próprios da cultura digital e das culturas juvenis. Diversos também são os processos, ações e atividades que podem ser contemplados em atividades de uso e reflexão: curar, seguir/ser seguido, curtir, comentar, compartilhar, remixar etc. Ainda com relação a esse campo, trata-se também de compreender as formas de persuasão do discurso publicitário, o apelo ao consumo, as diferenças entre vender um produto e “vender” uma ideia, entre anúncio publicitário e propaganda. PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS 8282 a solução para o seu concurso! Editora Leitura Apreciação e réplica Relação entre gêneros e mídias (EF69LP01) Diferenciar liberdade de expressão de discursos de ódio, posicionando-se contrariamente a esse tipo de discurso e vislumbrando possibilidades de denúncia quando for o caso. (EF69LP02) Analisar e comparar peças publicitárias variadas (cartazes, folhetos, outdoor, anúncios e propagandas em diferentes mídias, spots, jingle, vídeos etc.), de forma a perceber a articulação entre elas em campanhas, as especificidades das várias semioses e mídias, a adequação dessas peças ao público-alvo, aos objetivos do anunciante e/ou da campanha e à construção composicional e estilo dos gêneros em questão, como forma de ampliar suas possibilidades de compreensão (e produção) de textos pertencentes a esses gêneros. Estratégia de leitura: apreender os sentidos globais do texto (EF69LP03) Identificar, em notícias, o fato central, suas principais circunstâncias e eventuais decorrências; em reportagens e fotorreportagens o fato ou a temática retratada e a perspectiva de abordagem, em entrevistas os principais temas/subtemas abordados, explicações dadas ou teses defendidas em relação a esses subtemas; em tirinhas, memes, charge, a crítica, ironia ou humor presente. Efeitos de sentido (EF69LP04) Identificar e analisar os efeitos de sentido que fortalecem a persuasão nos textos publicitários, relacionando as estratégias de persuasão e apelo ao consumo com os recursos linguístico-discursivos utilizados, como imagens, tempo verbal, jogos de palavras, figuras de linguagem etc., com vistas a fomentar práticas de consumo conscientes. (EF69LP05) Inferir e justificar, em textos multissemióticos – tirinhas, charges, memes, gifs etc. –, o efeito de humor, ironia e/ou crítica pelo uso ambíguo de palavras, expressões ou imagens ambíguas, de clichês, de recursos iconográficos, de pontuação etc. Produção de textos Relação do texto com o contexto de produção e experimentação de papéis sociais (EF69LP06) Produzir e publicar notícias, fotodenúncias, fotorreportagens, reportagens, reportagens multimidiáticas, infográficos, podcasts noticiosos, entrevistas, cartas de leitor, comentários, artigos de opinião de interesse local ou global, textos de apresentação e apreciação de produção cultural – resenhas e outros próprios das formas de expressão das culturas juvenis, tais como vlogs e podcasts culturais, gameplay, detonado etc.– e cartazes, anúncios, propagandas, spots, jingles de campanhas sociais, dentre outros em várias mídias, vivenciando de forma significativa o papel de repórter, de comentador, de analista, de crítico, de editor ou articulista, de booktuber, de vlogger (vlogueiro) etc., como forma de compreender as condições de produção que envolvem a circulação desses textos e poder participar e vislumbrar possibilidades de participação nas práticas de linguagem do campo jornalístico e do campo midiático de forma ética e responsável, levando-se em consideração o contexto da Web 2.0, que amplia a possibilidade de circulação desses textos e “funde” os papéis de leitor e autor, de consumidor e produtor. Textualização (EF69LP07) Produzir textos em diferentes gêneros, considerando sua adequação ao contexto produção e circulação – os enunciadores envolvidos, os objetivos, o gênero, o suporte, a circulação -, ao modo (escrito ou oral; imagem estática ou em movimento etc.), à variedade linguística e/ou semiótica apropriada a esse contexto, à construção da textualidade relacionada às propriedades textuais e do gênero), utilizando estratégias de planejamento, elaboração, revisão, edição, reescrita/redesign e avaliação de textos, para, com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, corrigir e aprimorar as produções realizadas, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de concordância, ortografia, pontuação em textos e editando imagens, arquivos sonoros, fazendo cortes, acréscimos, ajustes, acrescentando/ alterando efeitos, ordenamentos etc. Revisão/edição de texto informativo e opinativo (EF69LP08) Revisar/editar o texto produzido – notícia, reportagem, resenha, artigo de opinião, dentre outros –, tendo em vista sua adequação ao contexto de produção, a mídia em questão, características do gênero, aspectos relativos à textualidade, a relação entre as diferentes semioses, a formatação e uso adequado das ferramentas de edição (de texto, foto, áudio e vídeo, dependendo do caso) e adequação à norma culta Planejamento de textos de peças publicitárias de campanhas sociais (EF69LP09) Planejar uma campanha publicitária sobre questões/problemas, temas, causas significativas para a escola e/ou comunidade, a partir de um levantamento de material sobre o tema ou evento, da definição do público-alvo, do texto ou peça a ser produzido – cartaz, banner, folheto, panfleto, anúncio impresso e para internet, spot, propaganda de rádio, TV etc. –, da ferramenta de edição de texto, áudio ou vídeo que será utilizada, do recorte e enfoque a ser dado, das estratégias de persuasão que serão utilizadas etc PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS 83 a solução para o seu concurso! Editora Oralidade *Considerar todas as habilidades dos eixos leitura e produção que se referem a textos ou produções orais, em áudio ou vídeo Produção de textos jornalísticos orais (EF69LP10) Produzir notícias para rádios, TV ou vídeos, podcasts noticiosos e de opinião, entrevistas, comentários, vlogs, jornais radiofônicos e televisivos, dentre outros possíveis, relativos a fato e temas de interesse pessoal, local ou global e textos orais de apreciação e opinião – podcasts e vlogs noticiosos, culturais e de opinião, orientando-se por roteiro ou texto, considerando o contexto de produção e demonstrando domínio dos gêneros. (EF69LP11) Identificar e analisar posicionamentos defendidos e refutados na escuta de interações polêmicas em entrevistas, discussões e debates (televisivo, em sala de aula, em redes sociais etc.), entre outros, e se posicionar frente a eles. Planejamento e produção de textos jornalísticos orais (EF69LP12) Desenvolver estratégias de planejamento, elaboração, revisão, edição, reescrita/redesign (esses três últimos quando não for situação ao vivo) e avaliação de textos orais, áudio e/ou vídeo, considerando sua adequação aos contextos em que foram produzidos, à forma composicional e estilo de gêneros, a clareza, progressão temática e variedade linguística empregada, os elementos relacionados à fala, tais como modulação de voz, entonação, ritmo, altura e intensidade, respiração etc., os elementos cinésicos, tais como postura corporal, movimentos e gestualidade significativa, expressão facial, contato de olho com plateia etc. Oralidade Participação em discussões orais de temas controversos de interesse da turma e/ou de relevância social (EF69LP13) Engajar-se e contribuir com a busca de conclusões comuns relativas a problemas, temas ou questões polêmicas de interesse da turma e/ou de relevância social. (EF69LP14) Formular perguntas e decompor, com a ajuda dos colegas e dos professores, tema/questão polêmica, explicações e ou argumentos relativos ao objeto de discussão para análise mais minuciosa e buscar em fontes diversas informações ou dados que permitam analisar partes da questão e compartilhá-los com a turma. (EF69LP15) Apresentar argumentos e contra-argumentos coerentes, respeitando os turnos de fala, na participação em discussões sobre temas controversos e/ou polêmicos. Análise linguística/ semiótica Construção composicional (EF69LP16) Analisar e utilizar as formas de composição dos gêneros jornalísticos da ordem do relatar, tais como notícias (pirâmide invertida no impresso X blocos noticiosos hipertextuais e hipermidiáticos no digital, que também pode contar com imagens de vários tipos, vídeos, gravações de áudio etc.), da ordem do argumentar, tais como artigos de opinião e editorial (contextualização, defesa de tese/opinião e uso de argumentos) e das entrevistas: apresentação e contextualização do entrevistado e do tema, estrutura pergunta e resposta etc. Estilo (EF69LP17) Perceber e analisar os recursos estilísticos e semióticos dos gêneros jornalísticos e publicitários, os aspectos relativos ao tratamento da informação em notícias, como a ordenação dos eventos, as escolhas lexicais, o efeito de imparcialidade do relato, a morfologia do verbo, em textos noticiosos e argumentativos, reconhecendo marcas de pessoa, número, tempo, modo, a distribuição dos verbos nos gêneros textuais (por exemplo, as formas de pretérito em relatos; as formas de presente e futuro em gêneros argumentativos; as formas de imperativo em gêneros publicitários), o uso de recursos persuasivos em textos argumentativos diversos (como a elaboração do título, escolhas lexicais, construções metafóricas, a explicitação ou a ocultação de fontes de informação) e as estratégias de persuasão e apelo ao consumo com os recursos linguístico-discursivos utilizados (tempo verbal, jogos de palavras, metáforas, imagens). (EF69LP18) Utilizar, na escrita/reescrita de textos argumentativos, recursos linguísticos que marquem as relações de sentido entre parágrafos e enunciados do texto e operadores de conexão adequados aos tipos de argumento e à forma de composição de textos argumentativos, de maneira a garantir a coesão, a coerência e a progressão temática nesses textos (“primeiramente, mas, no entanto, em primeiro/segundo/ terceiro lugar, finalmente, em conclusão” etc.) Efeito de sentido (EF69LP19) Analisar, em gêneros orais que envolvam argumentação, os efeitos de sentido de elementos típicos da modalidade falada, como a pausa, a entonação, o ritmo, a gestualidade e expressão facial, as hesitações etc. PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS 8484 a solução para o seu concurso! Editora CAMPO DE ATUAÇÃO NA VIDA PÚBLICA – Trata-se, neste Campo, de ampliar e qualificar a participação dos jovens nas práticas relativas ao debate de ideias e à atuação política e social, por meio do(a): - compreensão dos interesses que movem a esfera política em seus diferentes níveis e instâncias, das formas e canais de participação institucionalizados, incluindo os digitais, e das formas de participação não institucionalizadas, incluindo aqui manifestações artísticas e intervenções urbanas; - reconhecimento da importância de se envolver com questões de interesse público e coletivo e compreensão do contexto de promulgação dos direitos humanos, das políticas afirmativas, e das leis de uma forma geral em um estado democrático, como forma de propiciar a vivência democrática em várias instâncias e uma atuação pautada pela ética da responsabilidade (o outro tem direito a uma vida digna tanto quanto eu tenho); - desenvolvimento de habilidades e aprendizagem de procedimentos envolvidos na leitura/escuta e produção de textos pertencentes a gêneros relacionados à discussão e implementação de propostas, à defesa de direitos e a projetos culturais e de interesse público de diferentes naturezas. Envolvem o domínio de gêneros legais e o conhecimento dos canais competentes para questionamentos, reclamação de direitos e denúncias de desrespeitos a legislações e regulamentações e a direitos; de discussão de propostas e programas de interesse público no contexto de agremiações, coletivos, movimentos e outras instâncias e fóruns de discussão da escola, da comunidade e da cidade. Trata-se também de possibilitar vivências significativas, na articulação com todas as áreas do currículo e com os interesses e escolhas pessoais dos adolescentes e jovens, que envolvam a proposição, desenvolvimento e avaliação de ações e projetos culturais, de forma a fomentar o protagonismo juvenil de forma contextualizada. Essas habilidades mais gerais envolvem o domínio contextualizado de gêneros já considerados em outras esferas – como discussão oral, debate, palestra, apresentação oral, notícia, reportagem, artigo de opinião, cartaz, spot, propaganda (de campanhas variadas, nesse campo inclusive de campanhas políticas) – e de outros, como estatuto, regimento, projeto cultural, carta aberta, carta de solicitação, carta de reclamação, abaixo-assinado, petição on-line, requerimento, turno de fala em assembleia, tomada de turno em reuniões, edital, proposta, ata, parecer, enquete, relatório etc., os quais supõem o reconhecimento de sua função social, a análise da forma como se organizam e dos recursos e elementos linguísticos e das demais semioses envolvidos na tessitura de textos pertencentes a esses gêneros. Em especial, vale destacar que o trabalho com discussão oral, debate, propaganda, campanha e apresentação oral podem/devem se relacionar também com questões, temáticas e práticas próprias do campo de atuação na vida pública. Assim, as mesmas habilidades relativas a esses gêneros e práticas propostas para o Campo jornalístico- midiático e para o Campo das práticas de ensino e pesquisa devem ser aqui consideradas: discussão, debate e apresentação oral de propostas políticas ou de solução para problemas que envolvem a escola ou a comunidade e propaganda política. Da mesma forma, as habilidades relacionadas à argumentação e à distinção entre fato e opinião também devem ser consideradas nesse campo. Leitura Reconstrução das condições de produção e circulação e adequação do texto à construção composicional e ao estilo de gênero (Lei, código, estatuto, código, regimento etc.) (EF69LP20) Identificar, tendo em vista o contexto de produção, a forma de organização dos textos normativos e legais, a lógica de hierarquização de seus itens e subitens e suas partes: parte inicial (título – nome e data – e ementa), blocos de artigos (parte, livro, capítulo, seção, subseção), artigos (caput e parágrafos e incisos) e parte final (disposições pertinentes à sua implementação) e analisar efeitos de sentido causados pelo uso de vocabulário técnico, pelo uso do imperativo, de palavras e expressões que indicam circunstâncias, como advérbios e locuções adverbiais, de palavras que indicam generalidade, como alguns pronomes indefinidos, de forma a poder compreender o caráter imperativo, coercitivo e generalista das leis e de outras formas de regulamentação Apreciação e réplica (EF69LP21) Posicionar-se em relação a conteúdos veiculados em práticas não institucionalizadas de participação social, sobretudo àquelas vinculadas a manifestações artísticas, produções culturais, intervenções urbanas e práticas próprias das culturas juvenis que pretendam denunciar, expor uma problemática ou “convocar” para uma reflexão/ação, relacionando esse texto/produção com seu contexto de produção e relacionando as partes e semioses presentes para a construção de sentidos. PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS 85 a solução para o seu concurso! Editora Produção de textos Textualização, revisão e edição (EF69LP23) Contribuir com a escrita de textos normativos, quando houver esse tipo de demanda na escola – regimentos e estatutos de organizações da sociedade civil do âmbito da atuação das crianças e jovens (grêmio livre, clubes de leitura, associações culturais etc.) – e de regras e regulamentos nos vários âmbitos da escola – campeonatos, festivais, regras de convivência etc., levando em conta o contexto de produção e as características dos gêneros em questão. Oralidade Discussão oral (EF69LP24) Discutir casos, reais ou simulações, submetidos a juízo, que envolvam (supostos) desrespeitos a artigos, do ECA, do Código de Defesa do Consumidor, do Código Nacional de Trânsito, de regulamentações do mercado publicitário etc., como forma de criar familiaridade com textos legais – seu vocabulário, formas de organização, marcas de estilo etc. -, de maneira a facilitar a compreensão de leis, fortalecer a defesa de direitos, fomentar a escrita de textos normativos (se e quando isso for necessário) e possibilitar a compreensão do caráter interpretativo das leis e as várias perspectivas que podem estar em jogo. (EF69LP25) Posicionar-se de forma consistente e sustentada em uma discussão, assembleia, reuniões de colegiados da escola, de agremiações e outras situações de apresentação de propostas e defesas de opiniões, respeitando as opiniões contrárias e propostas alternativas e fundamentando seus posicionamentos, no tempo de fala previsto, valendo-se de sínteses e propostas claras e justificadas. Registro (EF69LP26) Tomar nota em discussões, debates, palestras, apresentação de propostas, reuniões, como forma de documentar o evento e apoiar a própria fala (que pode se dar no momento do evento ou posteriormente, quando, por exemplo, for necessária a retomada dos assuntos tratados em outros contextos públicos, como diante dos representados). Análise linguística/ semiótica Análise de textos legais/ normativos, propositivos e reivindicatórios (EF69LP27) Analisar a forma composicional de textos pertencentes a gêneros normativos/ jurídicos e a gêneros da esfera política, tais como propostas, programas políticos (posicionamento quanto a diferentes ações a serem propostas, objetivos, ações previstas etc.), propaganda política (propostas e sua sustentação, posicionamento quanto a temas em discussão) e textos reivindicatórios: cartas de reclamação, petição (proposta, suas justificativas e ações a serem adotadas) e suas marcas linguísticas, de forma a incrementar a compreensão de textos pertencentes a esses gêneros e a possibilitar a produção de textos mais adequados e/ou fundamentados quando isso for requerido Modalização (EF69LP28) Observar os mecanismos de modalização adequados aos textos jurídicos, as modalidades deônticas, que se referem ao eixo da conduta (obrigatoriedade/ permissibilidade) como, por exemplo: Proibição: “Não se deve fumar em recintos fechados.”; Obrigatoriedade: “A vida tem que valer a pena.”; Possibilidade: “É permitido a entrada de menores acompanhados de adultos responsáveis”, e os mecanismos de modalização adequados aos textos políticos e propositivos, as modalidades apreciativas, em que o locutor exprime um juízo de valor (positivo ou negativo) acerca do que enuncia. Por exemplo: “Que belo discurso!”, “Discordo das escolhas de Antônio.” “Felizmente, o buraco ainda não causou acidentes mais graves.” PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS 8686 a solução para o seu concurso! Editora CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA – Trata-se de ampliar e qualificar a participação dos jovens nas práticas relativas ao estudo e à pesquisa, por meio de: - compreensão dos interesses, atividades e procedimentos que movem as esferas científica, de divulgação científica e escolar; - reconhecimento da importância do domínio dessas práticas para a compreensão do mundo físico e da realidade social, para o prosseguimento dos estudos e para formação para o trabalho; e - desenvolvimento de habilidades e aprendizagens de procedimentos envolvidos na leitura/escuta e produção de textos pertencentes a gêneros relacionados ao estudo, à pesquisa e à divulgação científica. Essas habilidades mais gerais envolvem o domínio contextualizado de gêneros como apresentação oral, palestra, mesa-redonda, debate, artigo de divulgação científica, artigo científico, artigo de opinião, ensaio, reportagem