INTRODUÇÃO À PROFISSÃO

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INTRODUÇÃO À 
PROFISSÃO - 
ENFERMAGEM
Catalogação na publicação: Ana Paula M. Magnus – CRB 10/2052
Revisão técnica:
Márcia Otero
Especialista em Administração dos Serviços de Enfermagem
Mestre em Enfermagem
Doutora em Enfermagem
H368i Haubert, Márcio
 Introdução à profissão : enfermagem / Márcio Haubert, 
 Kamile Pavani ; [revisão técnica: Márcia Otero]. – Porto 
 Alegre : SAGAH, 2017.
 138 p. : il. ; 22,5 cm.
 ISBN 978-85-9502-262-1
 1. Enfermagem. 2. Enfermagem – Profissão. I. Pavani, 
 Kamile. II. Título. 
CDU 616-083
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Níveis e áreas de atuação
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 Conhecer as diferentes categorias pro� ssionais de enfermagem no
Brasil.
 Descrever as áreas de atuação da enfermagem no Brasil.
 Conhecer as possibilidades de especialização em enfermagem.
Introdução
A enfermagem é uma das profissões da área da saúde e se faz presente 
em todas as instituições de saúde, tanto que, em algum momento do 
atendimento, o paciente será cuidado por algum profissional da equipe 
de enfermagem. Por isso, é muito importante que os pacientes conheçam 
todos os profissionais dessa equipe, uma vez que podem ser responsáveis 
pelo seu cuidado. Atualmente, no Brasil, existem três categorias profissio-
nais de enfermagem com atribuições distintas. No cotidiano, é comum 
haver falta de informação dos clientes em relação a cada uma dessas 
categorias, de modo que os pacientes podem não saber exatamente 
qual a função de cada profissional e chamar todos de enfermeiros.
Neste capítulo, você conhecerá as categorias profissionais da enfer-
magem, identificará as funções de cada profissional e também conhecerá 
as áreas em que o enfermeiro pode atuar e as principais especialidades 
ofertadas para esse profissional.
Categorias profissionais da enfermagem no 
Brasil
Em qualquer instituição de saúde, você poderá notar que a maior parte dos 
funcionários é da área de enfermagem. A função básica da enfermagem pode se 
resumir a uma única expressão: o cuidado. O cuidado com aquela pessoa que, 
no momento, encontra-se doente, debilitada e fragilizada, não só pela doença, 
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mas também pelo constrangimento que a maioria dos espaços de recuperação 
da saúde oferece. Para atender a essas demandas tão especiais e específi cas de 
cada paciente, é necessário haver um suporte de recursos humanos treinado 
e capacitado para garantir o melhor cuidado que cada ser humano merece.
Trabalhar na área de saúde é o sonho de muitas pessoas e as opções de 
carreira são mais variadas do que se imagina. A própria área de enfermagem 
é diversificada e composta por três categorias: enfermeiro, técnico e auxiliar 
de enfermagem. Cada uma tem competências e características distintas e, se 
você deseja trabalhar com assistência a pacientes, deve conhecer cada uma 
dessas categorias.
De acordo com a Lei Federal Nº 7.498 (BRASIL, 1986), que trata sobre a 
regulamentação do exercício profissional da enfermagem, existem definidas 
diferenças entre cada nível profissional e elas vão além das formações aca-
dêmicas, pois têm atuações distintas dentro de instituições de saúde, sendo o 
enfermeiro o profissional que tem as competências mais abrangentes e com-
plexas, seguido pelo técnico de enfermagem e pelo auxiliar de enfermagem, 
que é quem realiza funções de menor complexidade.
Essas categorias têm competências distintas, mas todas estão voltadas para 
o cuidado em enfermagem. 
De uma maneira geral e abrangente, você pode entender o enfermeiro como o pro-
fissional que trabalha com maior complexidade, que, além de planejar e liderar o 
trabalho do técnico e do auxiliar, pode também executar suas funções, enquanto o 
técnico cuida de pacientes graves, e os auxiliares cuidam daqueles que não apresentam 
muita gravidade.
Entenda cada categoria:
  Enfermeiro: para se formar enfermeiro, é preciso curso superior, com 
duração mínima de cinco anos. Esse profissional é o mais preparado e 
tem o campo de atuação mais completo da profissão. Ele poder assistir a 
todos os níveis de pacientes e é também o responsável pelo planejamento 
de assistência de enfermagem, como treinamentos e capacitações, além 
de ter liderança e supervisão das equipes de saúde.
47Níveis e áreas de atuação
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  Técnico de enfermagem: para se tornar técnico de enfermagem, o 
candidato precisa ter ensino médio completo. A sua formação varia de 
18 a 24 meses e o profissional vai executar as ações planejadas pelo 
enfermeiro. Ele será habilitado a lidar com pacientes de média e alta 
complexidade, atuando em todos os setores das unidades de saúde.
  Auxiliar de enfermagem: a formação para esse curso já está extinta, 
somente os já formados e admitidos no referido cargo podem continuar 
a exercê-lo. Sua duração era de cerca de 15 meses. Esse profissional 
tem competências mais simples e pode atuar em setores ambulatoriais. 
Assim como o técnico de enfermagem, o auxiliar pode administrar 
medicamentos, aplicar vacinas, fazer curativos simples, realizar higiene 
de pacientes e também trabalhar com esterilização de material. No 
entanto, todas as atividades serão realizadas em setores e com pacientes 
sem complexidade.
Decreto N° 94.406/87
Os limites das atividades dos profi ssionais de enfermagem (auxiliar, técnico e 
enfermeiro) estão defi nidos no Decreto Nº 94.406/87, que regulamenta a Lei 
Nº 7.498/86 sobre o exercício profi ssional da enfermagem (BRASIL, 1987). 
As atividades exclusivas do enfermeiro são as seguintes:
  direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura básica da 
instituição de saúde, pública ou privada, e chefia de serviço e de unidade 
de enfermagem;
  organização e direção dos serviços de enfermagem e de suas atividades 
técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços;
  planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos 
serviços da assistência de enfermagem;
  consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de enfermagem;
  consulta de enfermagem;
  prescrição da assistência de enfermagem;
  cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com risco de vida;
  cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica que exijam 
conhecimentos científicos adequados e capacidade de tomar decisões 
imediatas.
 Níveis e áreas de atuação 48
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Ao enfermeiro, como integrante da equipe de saúde, cabe:
  participar do planejamento, da execução e da avaliação da programação 
de saúde;
  participar da elaboração, da execução e da avaliação dos planos assis-
tenciais de saúde;
  prescrever medicamentos previamente estabelecidos em programas de 
saúde pública e em rotinas aprovadas pela instituição de saúde;
  participar de projetos de construção ou de reforma de unidades de 
internação;
  prevenir e ter controle sistemático da infecção hospitalar, inclusive 
como membro das respectivas comissões;
  participar da elaboração de medidas preventivas e de controle sistemático 
de danos que possam ser causados aos pacientes durante a assistência 
de enfermagem;
  participar da prevenção e do controle das doenças transmissíveis, em 
geral, e dos programas de vigilância epidemiológica;
  prestar assistência de enfermagem à gestante, à parturiente, à puérpera 
e ao recém-nascido;
  participar dos programas e das atividades de assistência integral à 
saúde individual e de grupos específicos, particularmente daqueles 
prioritários e de alto risco;
  acompanhar a evolução e o trabalho de parto;
  executar e dar assistência obstétrica em situação de emergência e exe-
cução do parto sem distocia;
  participar de programas e de atividades de educação sanitária, visando 
à melhoria de saúde do indivíduo, da famíliae da população em geral;
  participar dos programas de treinamento e aprimoramento de pessoal 
de saúde, particularmente dos programas de educação continuada;
  participar dos programas de higiene e segurança do trabalho e de pre-
venção de acidentes e doenças profissionais e do trabalho;
  participar da elaboração e da operacionalização do sistema de referência 
e contra-referência do paciente nos diferentes níveis de atenção à saúde;
  participar do desenvolvimento de tecnologia apropriada à assistência 
de saúde;
  participar de bancas examinadoras, em matérias específicas de enfer-
magem, e dos concursos para provimento de cargo ou de contratação 
de enfermeiro, técnico ou auxiliar de enfermagem.
49Níveis e áreas de atuação
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Aos profissionais titulares de diploma ou de certificados de obstetriz ou 
de enfermeira(o) obstétrica(o), além das atividades agora pouco citadas, ainda 
cabe:
  prestar assistência à gestante e ao parto normal;
  identificar as distócias obstétricas (dificuldades encontradas na evolução 
de um trabalho de parto, tornando-o em uma função difícil, impossível 
ou perigosa para a mãe e para o feto) e tomada de providências até a 
chegada do médico;
  realizar episiotomia (corte do períneo para facilitar o nascimento do 
recém nascido) e episiorrafia (sutura da episiotomia) com aplicação de 
anestesia local, quando for necessária.
No que cabe aos profissionais técnicos de enfermagem, temos:
  exercer atividades auxiliares, de nível médio técnico, atribuídas à equipe 
de enfermagem;
  assistir ao enfermeiro no planejamento, na programação, na orientação 
e na supervisão das atividades de assistência de enfermagem;
  realizar a prestação de cuidados diretos de enfermagem a pacientes 
em estado grave;
  atuar na prevenção e no controle das doenças transmissíveis em geral 
em programas de vigilância epidemiológica;
  trabalhar na prevenção e no controle sistemático da infecção hospitalar;
  auxiliar na prevenção e no controle sistemático de danos físicos que 
possam ser causados a pacientes durante a assistência de saúde;
  executar atividades de assistência de enfermagem, exceto as privativas 
do enfermeiro;
  executar qualquer atividade relacionada aos auxiliares de enfermagem;
  integrar a equipe de saúde.
O auxiliar de enfermagem executa as atividades auxiliares, de nível médio, 
atribuídas à equipe de enfermagem, cabendo-lhe:
  preparar o paciente para consultas, exames e tratamentos;
  observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas, ao nível de sua 
qualificação;
 Níveis e áreas de atuação 50
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  executar tratamentos especificamente prescritos, ou de rotina, além 
de outras atividades de enfermagem, como ministrar medicamentos 
por via oral e parenteral, realizar controle hídrico, fazer curativos, etc.;
  aplicar oxigenoterapia, nebulização, enema e calor ou frio;
  executar tarefas referentes à conservação e aplicação de vacinas;
  efetuar o controle de pacientes e de comunicantes em doenças 
transmissíveis;
  realizar testes e proceder à sua leitura para subsídio de diagnóstico;
  colher material para exames laboratoriais;
  prestar cuidados pré e pós-operatórios de enfermagem;
  circular em sala de cirurgia e, se necessário, instrumentar;
  executar atividades de desinfecção e esterilização;
  prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente e zelar por sua se-
gurança (alimentação, higiene corporal, limpeza e ordem dos materiais 
e/ou equipamentos);
  Integrar a equipe de saúde;
  participar de atividades de educação em saúde, inclusive da orientação 
dos pacientes na pós-consulta, quanto ao cumprimento das prescrições 
médicas e de enfermagem;
  executar os trabalhos de rotina vinculados à alta de pacientes;
  participar dos procedimentos pós-morte.
Cabe ressaltar que qualquer atividade exercida pelos técnicos ou auxilia-
res de enfermagem só poderão acontecer mediante supervisão direta de um 
enfermeiro.
Leia o Decreto Nº 94.406/87 no link ou código a seguir.
https://goo.gl/5NxXky
51Níveis e áreas de atuação
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Áreas de atuação do enfermeiro
Engana-se quem pensa que a vida do enfermeiro está restrita ao papel de 
auxiliar os médicos e os pacientes dentro dos mais diversos serviços de saúde. 
Houve um salto evolutivo nas áreas de atuação da enfermagem, sendo que, 
atualmente, estas foram ampliadas e o(a) enfermeiro(a) estará apto(a) a exercer 
funções nos campos de consultoria, auditoria, pesquisa, ensino e gestão.
A região Sudeste do Brasil concentra o maior número de formados, porém, 
no Nordeste, devido à baixa concentração, as oportunidades no mercado de 
trabalho dessa região são maiores. Aproximadamente 60% dos profissionais 
atuam no setor público, conforme estudo realizado pela Fundação Oswaldo 
Cruz (Fiocruz) em 2015.
As áreas de atuação profissional proporcionam um mercado de trabalho 
muito melhor, tanto em possibilidades, quanto em remuneração. Aqui você 
poderá acompanhar os principais campos de trabalho do enfermeiro e como 
atua o profissional desse segmento.
Atuação hospitalar
A maioria das pessoas conhece muito bem essa área de atuação da enfermagem, 
mas o que muitos não sabem é que a realidade desse profi ssional dentro dos 
hospitais mudou bastante. Atualmente, os enfermeiros integram uma equipe 
multidisciplinar que age de forma sincronizada com os médicos, estando estes 
abertos ao diálogo e à troca de experiência com os enfermeiros, modifi cando 
e reconstruindo o modelo de relação médico centrado que permeou a enfer-
magem por muitos anos.
Muitos profissionais da enfermagem cooperam dentro dos locais em que 
trabalham com autonomia e poder de decisão e isso vem promovendo melhorias 
nos resultados dos hospitais e contribuindo para a valorização do enfermeiro 
no mercado de trabalho.
Atuação em saúde da família
Graças à Estratégia de Saúde da Família, que muda o modelo de atenção do 
cuidado, alterando a forma hospitalocêntrica do cuidar para uma forma extra-
-hospitalar, a saúde da família é uma das áreas de atuação do enfermeiro que 
está em plena expansão. Nesse programa, o governo federal conta, obrigatoria-
mente, com enfermeiro em cada equipe de saúde da família que poderá atender 
aproximadamente 3.500 pessoas, além de técnicos de enfermagem, agentes 
 Níveis e áreas de atuação 52
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comunitários de saúde e médicos. Todos esses profi ssionais responsáveis pela 
atenção à saúde básica da família desenvolvem o trabalho em comunidades. A 
equipe da ESF (Estratégia de Saúde da Família) atua com ações de prevenção, 
promoção e recuperação da saúde da família de forma integral e contínua. 
Resultados excelentes já foram alcançados com isso, portanto, o Ministério 
da Saúde tem estimulado a ampliação de equipes em todo Brasil, o que gera 
impacto positivo para o crescimento do mercado de trabalho do enfermeiro.
Redes de atenção básica à saúde
Essa rede é a porta de entrada para o Sistema Único de Saúde (SUS) e tem 
como parâmetro de organização a divisão geográfi ca, conforme as necessidades 
de seus usuários. Elas foram criadas para garantir acesso aos serviços e às 
ações de saúde e para atender de forma integral toda população do país. Ao 
optar por essa área de atuação da enfermagem, o profi ssional deverá utilizar 
tecnologias para a promoção e a prevenção de riscos com o objetivo de garantir 
o funcionamento com qualidade de serviços, tanto públicos, quanto privados. A 
rede básica de saúde necessita de uma equipe multidisciplinar para exercer suas 
funções, portanto, existem muitas possibilidades de emprego no setor público.
Ensino e pesquisa
O enfermeiro está sendo cada dia mais procurado para ingressar na área 
acadêmica. O profi ssional poderá desempenhar funçõescomo: ser docente em 
escolas técnicas e universidades, ministrando aulas práticas ou teóricas; orientar 
projetos de pesquisa; desenvolver estudos científi cos ou ainda participar da 
equipe editorial de revistas, livros, impressos, etc. Com a crescente oferta de 
cursos de graduação, pós-graduação e especializações, e com a participação 
desses profi ssionais nas indústrias para desenvolverem projetos de pesquisa, 
a busca por enfermeiros vem crescendo de forma intensa.
Enfermagem do trabalho 
A preocupação crescente de empresas e indústrias em relação à saúde e ao 
bem-estar de seus funcionários oportunizou para os enfermeiros a chance de 
trabalhar dentro de grandes empresas, além do setor público. 
Nessas áreas de atuação do enfermeiro do trabalho, ele prestará atendi-
mento ambulatorial, acompanhará programas de prevenção e manutenção da 
saúde e desenvolverá trabalhos voltados para grupos de riscos específicos 
53Níveis e áreas de atuação
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que envolvam trabalhadores, a fim de promover a melhoria da qualidade de 
vida. Ele também estará inserido no grupo de profissionais responsáveis pela 
medicina do trabalho, desenvolvendo projetos específicos para cada risco 
laboral existente.
No mercado de trabalho, a demanda por esses profissionais vem ganhando 
força, uma vez que as empresas têm dedicado maior atenção à saúde e ao 
cuidado de suas equipes.
Auditoria e gestão
O campo da gestão está cada vez mais aberto aos profi ssionais da enferma-
gem, pois aumenta suas possibilidades de trabalho nesse nicho. Com isso, o 
enfermeiro poderá exercer atividades dentro ou fora de hospitais e demais 
instituições de saúde. As funções estão ligadas a controlar projetos, imple-
mentar novos protocolos, controlar o uso de materiais e medicamentos, além 
de preparar instituições para receber certifi cados de qualidade nacionais e 
internacionais. 
Portanto, as oportunidades no mercado de trabalho têm exigido um pro-
fissional mais completo e que reúne alguns diferenciais, tais como: conheci-
mento qualificado, boa liderança administrativa, habilidades para gerenciar 
e autonomia para atingir as metas com qualidade e bons indicadores. Em 
geral, essas qualidades são desenvolvidas ao longo da graduação, porém, para 
muitos existe a necessidade de buscar qualificações em cursos de extensão 
ou especialização.
Cuidados domiciliares (home care)
Este é um serviço que vem ganhando cada vez mais destaque nas áreas de 
atuação da enfermagem. Os profi ssionais que atuam nesse campo têm como 
principal atividade dar assistência aos pacientes em suas residências, com a 
mesma atenção e cuidado que receberiam dentro dos hospitais e clínicas. A 
procura maior se dá no cuidado com idosos, que podem muitas vezes substituir 
a hospitalização pelo home care, dependendo das suas necessidades. 
É um serviço muito comum nos Estados Unidos e tem se expandido no 
Brasil, ganhando cada vez mais força. Com isso, o mercado de trabalho tem 
muitas oportunidades nessa área para os futuros enfermeiros. 
O home care deve ser compreendido como uma modalidade contínua de 
serviços na área de saúde, em que as suas atividades são dedicadas aos pa-
cientes e a seus familiares em um ambiente extra-hospitalar. O propósito dele 
 Níveis e áreas de atuação 54
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é promover, manter e restaurar a saúde, ampliando o nível de independência 
do paciente, enquanto diminui os efeitos debilitantes das várias doenças e das 
condições a que ele estaria exposto dentro de um hospital. 
Esse tipo de serviço é direcionado aos pacientes e de forma diferenciada 
aos seus familiares em qualquer fase de suas vidas. Serve para aqueles que 
aguardam o restabelecimento e retorno às suas atividades normais, ou para 
os que necessitam de cuidados constantes de suas atividades, como também 
para pacientes que necessitam de acompanhamento em sua fase terminal. 
No gerenciamento desses serviços, devem ser usados critérios e decisões 
embasados no melhor nível de evidência clínica possível para cada procedi-
mento. Essa prática é necessária em função da complexidade do meio ambiente 
do paciente, dos tipos de cuidados médicos exigidos, dos recursos, das condi-
ções psicofísicas do paciente e das doenças a serem gerenciadas.
Com todas essas áreas apresentadas para a sua atuação, é importante você 
entender que as transformações ocorridas ao longo dos anos nessa profissão 
têm mostrado que o mercado de trabalho necessita de pessoas cada vez mais 
preparadas, atualizadas, que estudaram e têm habilidades múltiplas para 
promover a saúde em várias frentes de trabalho, como hospitais, clínicas, 
empresas e setores da saúde pública. 
Leia mais sobre as áreas de atuação da enfermagem 
no Guia de Profissões:
https://goo.gl/3fVqSW
Áreas de especialização em enfermagem
O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) publicou a Resolução Nº 
0581/2018 que atualiza os procedimentos para registro de títulos de 
pós--graduação lato e stricto sensu e lista as 48 especialidades em 
enfermagem reconhecidas por ele.
55Níveis e áreas de atuação
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Segundo a Resolução, os registros devem obedecer aos critérios estabeleci-
dos nessa portaria e os títulos serão chancelados de acordo com a denominação 
constante no diploma ou no certificado apresentado. Os diplomas de doutor, 
de mestre ou de especialista que foram obtidos no exterior serão registrados 
após a revalidação em instituição de ensino superior brasileira, atendidas as 
exigências do Conselho Nacional de Educação (CNE). 
Para tanto, a Resolução Nº 0581/2018 fixou as especialidades 
reconhecidas pelo COFEN e as suas áreas de abrangência. Segundo o 
Conselho Federal, as especialidades não contempladas na relação listada 
abaixo ou criadas após o presente ato, tornam-se objetos de norma própria, 
com deliberação do COFEN.
Confira agora quais são as 48 especialidades reconhecidas e suas áreas 
de abrangênci
1. Enfermagem aeroespacial
2. Enfermagem Aquaviária
3. Enfermagem em Acesso Vascular e Terapia 
Infusional
4. Assistência de Enfermagem em Anestesiologia
5. Enfermagem em Assistência Domiciliária
a. Home Care
6. Enfermagem em Captação, Doação e Transplante 
de Órgãos e Tecidos
7. Enfermagem em Cardiologia
a. Hemodinâmica
b. Perfusionista
8. Enfermagem em Central de Material e 
Esterilização
9. Enfermagem em Centro Cirúrgico
a. Recuperação Pós-anestésica
10. Enfermagem em Cuidados Paliativos
11. Enfermagem Dermatológica
a. Feridas
b. Queimados
c. Podiatria
12. Enfermagem em Diagnóstico por Imagens
a. Endoscopia digestiva
b. Radiologia e lmaginologia
13. Enfermagem em Doenças Infecciosas e parasitárias
a. Doenças tropicais
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ÁREA I - Saúde Coletiva; Saúde da Criança e do adolescente; Saúde do 
Adulto (Saúde do homem e Saúde da Mulher; Saúde do Idoso; Urgências 
e Emergências)
14. Enfermagem em Endocrinologia
15. Enfermagem em Estética
16. Enfermagem em Estomaterapia
17. Enfermagem em Farmacologia
18. Enfermagem Forense
19. Enfermagem em Genética e Genômica
 a. Reprodução Humana Assistida
20. Enfermagem em Hematologia
21. Enfermagem em Hemoterapia
22. Enfermagem Hiperbárica
23. Enfermagem no Manejo da Dor
24. Enfermagem em Nefrologia
25. Enfermagem em Neurologia e Neurocirurgia
26. Enfermagem Offshore
27. Enfermagem em Oftalmologia
28. Enfermagem em Oncologia
 a. Oncologia Pediátrica 
29. Enfermagem em Otorrinolaringologia
30. Enfermagem em Práticas Integrativas e 
Complementares
 a. Fitoterapia
 b. Homeopatia
 c. Ortomolecular
 d. Terapia Floral
 e. Reflexologia Podal
 f. Reiki
 g. Yoga
 h. Toque Terapêutico
 i. Musicoterapia
 j. Cromoterapia
 l. Hipnose
 m. Acupuntura
31. Enfermagem em Prevenção e Controle de Infecçãohospitalar
32. Enfermagem em Saúde da Criança e Adolescente
 a. Aleitamento Materno
 b. Neonatologia
 c. Pediatria
 d. Hebiatria
 e. Saúde escolar
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33. Enfermagem em Saúde Coletiva
 a. Saúde da Família e Comunidade
 b. Saúde Pública
 c. Saúde Ambiental
 d. Pneumologia Sanitária
34. Enfermagem em Saúde da Mulher
 a. Ginecologia
 b. Obstetrícia
35. Enfermagem em Saúde do Adulto
 a. Clínica Médica
 b. Clínica Cirúrgica
36. Enfermagem em Saúde do Homem
37. Enfermagem em Saúde do Idoso
 a. Geriatria
 b. Gerontologia
38. Enfermagem em Saúde do Trabalhador a. Saúde 
Ocupacional
39. Enfermagem em Saúde Indígena
40. Enfermagem em Saúde Mental
 a. Enfermagem psiquiátrica
41. Enfermagem em Sexologia Humana
42. Enfermagem em Sistematização da Assistência da 
Enfermagem-SAE
43. Enfermagem em Terapia Intensiva
 a. Adulto
 b. Cardiológica
 c. Neurológica
 d. Pediátrica
 e. Neonatologia
44. Enfermagem em Terapia Nutricional e Nutrição 
Clínica
 a. Alimentação e Nutrição na Atenção Básica
 b. Nutrição Enteral e Parenteral
45. Enfermagem em Traumato-ortopedia
46. Enfermagem em Urgência e Emergência
 a. Atendimento Pré-hospitalar
 b. Suporte Básico de Vida
 c. Suporte Avançado de Vida
47. Enfermagem em Urologia
48. Enfermagem em Vigilância
 a. Sanitária
 b. Epidemiológica
 c. Ambiental
 Níveis e áreas de atuação 58
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ÁREA II - Gestão
1. Direito Sanitário
2. Economia da Saúde
 a. Gestão de Projetos de Investimentos
3. Enfermagem em Auditoria
4. Enfermagem em Gerenciamento 1 Gestão
 a. Administração hospitalar
 b. Gestão de saúde
 c. Gestão de enfermagem
 d. Gestão em Home Care
 e. Gestão da Estratégia de Saúde da Família
 f. Gestão Empresarial
 g. Gerenciamento de Serviços de Saúde
 h. Gestão da Qualidade em Saúde
 i. Gestão de Redes de Atenção à Saúde
 j. Gestão da Atenção Básica
 k. Gestão de Urgências e Emergências
 l. Gestão do Resíduos de Serviços de Saúde
 m. Gestão em Hotelaria Hospitalar
 n. Gestão da Política Nacional de Alimentação e 
Nutrição
 o. Gestão de Avaliação e Controle em Saúde
 p. Acreditação Hospitalar
5. Enfermagem em Informática em Saúde
 a. Sistema de Informação
6. Políticas Públicas
ÁREA III - Ensino e pesquisa
1. Bioética
2. Educação em Enfermagem
 a. Metodologia do Ensino Superior
 b. Metodologia da Pesquisa Científica
 c. Docência do Ensino Superior
 d. Projetos Assistenciais de Enfermagem
 e. Docência para Educação Profissional
 f. Docência em Ciências da Saúde
3. Educação Permanente e Continuada em Saúde
4. Enfermagem
5. Enfermagem em Pesquisa Clínica
6. Ética
BRASIL. Conselho Federal de Enfermagem. Decreto n°94.406/87. Regulamenta a Lei 
nº 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre o exercício da Enfermagem, e 
dá outras providências. Brasília, DF, 1987. Disponível em: <http://www.cofen.gov.br/
decreto-n-9440687_4173.html>. Acesso em: 11 set. 2017.
BRASIL. Lei n° 7.498, de 25 de junho de 1986. Dispõe sobre a regulamentação do exercício 
da enfermagem, e dá outras providências. Brasília, DF, 1986. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7498.htm>. Acesso em: 11 set. 2017. 
BRASIL. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução COFEN n°0581/2018. Atualiza, 
no âmbito do Sistema Cofen /Conselhos Regionais de Enfermagem, os 
procedimentos para registro de título de pós-graduação lato e stricto sensu 
concedido a enfermeiros e lista as especialidades. Brasília, DF, 2018. Disponível em: 
<http://www.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2018/07/Resolu%C3%A7%
C3%A3o-581-2018-ANEXO-ATUALIZA-PROCEDIMENTOS-PARA-REGISTRO-DE-P
%C3%93S-GRADUA%C3%87%C3%83O.pdf
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