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PRÁTICA CLÍNICA Kacielly Rodrigues Pereira Lucena Silva PSICOLOGIA: PRÁTICA CLÍNICA • A clínica psicológica é herdeira do modelo médico, no qual, como já dissemos, cabe ao profissional observar e compreender para, posteriormente, intervir, isto é, remediar, tratar, curar. • Hipócrates pai da medicina já trazia uma investigação inicial com anamnese e exames para depois intervir. • É possível se constatar, ainda hoje, no cotidiano da prática clínica, que muitos procuram esse profissional com a disposição de apresentar o seu sofrimento, problema ou o que quer que seja que assim se apresente. PSICOLOGIA: PRÁTICA CLÍNICA • Até o século XX ainda não existia a prática de o cliente buscar auxilio psicológico por si; assim, Sigmund Freud, o pai da psicanálise, imprime, na História, algumas inovações. • A clínica freudiana, embora também se debruce sobre o cliente na busca diagnóstica, enfatiza mais a escuta do sofrimento do que a visão do mesmo, e propõe, como método de intervenção, a psicoterapia/análise. • Freud e a psicanálise, segundo Guerra (2002), forão responsáveis pelo deslocamento da prática fundamentada no olhar (sobre o fenômeno) para a prática fundamentada na escuta (do metafenomenal). PSICOLOGIA: PRÁTICA CLÍNICA • A prática clínica psicológica passa a vincular-se a uma demanda do sujeito, e não necessariamente a uma patologia, como no modelo médico. • Mas a vinculação da Psicologia ao individualismo não será superada por freudismo, pois a Psicologia, em sua origem, inclusive a Psicologia clínica, está atrelada a uma perspectiva individualista. PSICOLOGIA: PRÁTICA CLÍNICA • “… todos os seres humanos, por maior que seja seu comprometimento emocional ou mental, têm recursos de forma que, se ajudados possam vir a superar seus problemas”. (ADRADOS, 1980, p. 37). • Existe a necessidade de olhar o ser humano inserido num contexto, num sistema socializado, dando ênfase aos aspectos positivos de sua personalidade, observando o ego e sua força, vulnerabilidade, normalidade ou patologia. PSICOLOGIA: PRÁTICA CLÍNICA • Início – Sessão de criação de vínculo, acolhimento – Aliança terapêutica; inicia anamnese. • Avaliação do paciente – Anamnese. • Identificar os sintomas, problemas enfrentados, objetivos do paciente. • A manifestação do cliente se dá a partir da sua fala, onde são trazidas as suas vivências, a sua história, o seu corpo, a sua estranheza, o seu fazer-se. O diagnóstico apreende o indivíduo em sua realidade e esse processo é fruto da co-autoria entre cliente e psicoterapeuta AUGRAS (1981). PSICOLOGIA: PRÁTICA CLÍNICA • Psicodiagnóstico é diferente de diagnóstico psicológico, pois todo psicodiagnóstico pressupõe a utilização de testes, enquanto no diagnóstico psicológico esses instrumentos nem sempre são necessários ou pertinentes ARZENO (1995). • Psicodiagnóstico - uma avaliação psicológica, cujo objetivo é avaliar os sintomas, costumes e comportamento dos pacientes, aprofundar-se neles e estudá-los, a fim de encontrar um possível diagnóstico psicológico. PSICOLOGIA: PRÁTICA CLÍNICA • Confirmação das hipóteses iniciais através de testes psicológicos. - Observação comportamental; - Aplicação de questionários focais; - Entrevistas com o paciente e seus familiares; - Técnicas projetivas (desenhos); - Análise de criação artística do paciente; - Brincadeiras; - Dinâmicas. PSICOLOGIA: PRÁTICA CLÍNICA • Compreender como o indivíduo se desenvolve, de que maneira o seu funcionamento efetiva sua existência é diagnosticar, e parece ser condição necessária para o profissional auxiliar seu cliente no seu processo de conscientização, aprendizagem e mudança. • Prognóstico determina o curso provável do caso – é a evolução do estado do cliente, que determina o tratamento, as intervenções. O prognóstico vai mudando como resultado do tratamento psicoterápico.
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