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Organizadoras Profª. Drª. Tatiana Renata Gomes Simões Profª. Drª. Camila Silveira da Silva Autoras Mª. Ketlyn Wolfart Borth Mª. Rayssa de Moura Vieira dos Anjos Mª. Letícia Cristina da Silva Ana Julia Molinos Leite da Silva Ilustradora Carolina Silva Kinopf 3 DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP) UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SISTEMA DE BIBLIOTECAS – BIBLIOTECA CIÊNCIA E TECNOLOGIA C569 As cientistas superpoderosas [Recurso eletrônico] /Organizadores: Tatiana Renata Gomes Simões; Camila Silveira da Silva. – Curitiba: Ed. UFPR, 2022. 29 p. : il. color. Publicação do Projeto de Extensão Universitária “Ciência & Criança” vinculado à Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UFPR. ISBN 978-65-5458-159-2 (PDF) 1. Ciência - Literatura infantojuvenil. 2. Mulheres cientistas - Biografia. 3. Educação. I. Simões, Tatiana Renata Gomes. II. Silva, Camila Silveira da. III. Universidade Federal do Paraná. Pró-Reitoria de Extensão e Cultura. IV. Título. CDD. 372.35 Bibliotecária: Roseny Rivelini Morciani CRB-9/1585 Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Prefácio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Denise Alves Fungaro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Maria Laura Mouzinho Leite Lopes . . . . . . . . . Marcia Cristina Bernardes Barbosa . . . . . . . . . Sobre as cientistas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04 05 06 12 19 25 26 Índice Esta publicação é uma ação do Projeto de Extensão Universitária “Ciência & Criança”, em colaboração com o Projeto de Extensão “Mulheres e Meninas nas Ciências”, ambos vinculados à Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Universidade Federal do Paraná. Esse material tem como objetivo promover a Educação para o Desenvolvimento Sustentável, conforme estabelecido pela Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas, por meio dos Objetivos de Aprendizagem relacionados aos ODS 4, 5, 10 e 16. Esta obra foi elaborada para a 19ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, uma iniciativa do CNPq e do MCTI com recursos oriundos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - FNDCT. Apresentação 4 Prefácio Este livro foi elaborado por mulheres que amam e trabalham pela ciência; pesquisadoras em diferentes etapas da carreira, que sonham por um mundo em que as meninas tenham a mesma liberdade para escolher, construir e permanecer em carreiras que até hoje são vistas como “masculinas”. Contamos aqui histórias de meninas que cresceram e deixaram sua marca nas Ciências Exatas. Dedicamos este livro a todas as meninas que, independentemente da idade, sonham em conquistar o mundo! 5 Esta é Denise Alves Fungaro, uma mulher negra que enfrentou dificuldades na escola e na procura de emprego. Atualmente, ela é pesquisadora e já foi premiada dez vezes pelo seu trabalho! Você consegue adivinhar o que ela estuda? Denise Alves Fungaro 6 No ano de 1959, na cidade de São Paulo, nasceu uma linda bebezinha chamada Denise Alves Fungaro. Com o passar dos anos, Denise se tornou uma garotinha fascinada por brincar com potinhos com água colorida que fazia esmagando os batons de sua mãe. Ela era muito estudiosa e, durante a escola, descobriu que gostava de estudar Ciências. 7 Denise teve dificuldade para aprender algumas matérias na escola, mas seus pais trabalharam duro para conseguirem pagar aulas particulares para ela. As aulas particulares ajudaram Denise a aprender as matérias; no entanto, ela teve que lidar com seus colegas de turma implicando com sua aparência. Denise, uma garota negra de cabelo crespo e curto, ouviu os colegas chamando-a de “homenzinho”. 8 Mas isso não a desanimou, pelo contrário, continuou se esforçando. Aos 18 anos, Denise iniciou seus estudos no curso de Química na Universidade de São Paulo (USP), uma instituição gratuita e de qualidade, sendo a única aluna negra da sala. Ela concluiu seu curso com sucesso, mas, por ser mulher, encontrou obstáculos para conseguir um emprego. 9 Então, ela decidiu se tornar uma cientista! Fez mestrado e doutorado também na USP, que são etapas que pessoas que querem se tornar cientistas (ou pesquisadores) precisam passar. 10 Hoje, Denise é uma cientista que estuda a reutilização de materiais que geralmente vão para o lixo, como cinzas de carvão e de bagaço de cana- de-açúcar. Essas cinzas, por exemplo, podem ser misturadas na fabricação de tijolos, contribuindo para a preservação do meio ambiente. Até o momento, Denise já foi premiada dez vezes por seu trabalho, tornando-se uma cientista reconhecida. 11 Esta é a Maria Laura Mouzinho Leite Lopes, uma brasileira que durante a ditadura militar foi expulsa do Brasil, mas ao retornar ao nosso país tornou-se muito conhecida pelo seu trabalho. Você consegue adivinhar o que ela estudava? Maria Laura Mouzinho Leite Lopes 12 13 Maria Laura nasceu em 1919 numa cidade de Pernambuco chamada Timbaúba. Sua mãe era professora de educação primária e o seu pai era um comerciante local. Maria era a primogênita de oito filhos e, apesar da simplicidade de sua família, seus pais sempre a ensinaram a importância da educação e da cultura. 14 A matemática é uma matéria que assusta muita gente e isso não foi diferente para a Maria Laura. Na escola, a matemática não era seu forte, porém, ao conhecer seu professor Luiz de Freire, que contava histórias sobre matemática na biblioteca, ela conseguiu superar suas dificuldades. Assim, a menina começou a sonhar em fazer faculdade de ciências, o que causou espanto em seus colegas, pois antigamente as mulheres eram criadas para serem donas de casa e não cientistas. 15 Já na cidade do Rio de Janeiro, Maria Laura foi aprovada para cursar Matemática na Faculdade Nacional de Filosofia (FNFi), que anos mais tarde seria parte da UFRJ. Ela se formou em Matemática e decidiu seguir a carreira de cientista. 16 Nem todo cientista trabalha em laboratório, como Maria Laura, que estudou e pesquisou sobre o ensino e a aprendizagem da Matemática. Ela estudou maneiras de preparar professores para ajudar alunos que tinham dificuldade com esta matéria. Em 1949, recebeu o título de Doutora em Ciência Matemática, sendo a primeira mulher doutora em matemática no Brasil. 17 Maria Laura se tornou professora universitária, porém em 1969, durante a ditadura militar, ela foi exilada do Brasil, mas continuou sua pesquisa na França. Assim que a ditadura militar acabou, ela retornou ao Brasil e contribuiu muito para o desenvolvimento da Ciência brasileira. Maria Laura morreu no dia 20 de junho de 2013, mas ela ainda continua a inspirar muitas cientistas ao redor do mundo. 18 Esta é a Marcia Cristina Bernardes Barbosa, uma mulher brasileira de cabelos escuros que gosta de usar minissaia. Ela é um destaque na sua profissão! Vocês conseguem adivinhar qual a profissão dela? Marcia Cristina Bernardes Barbosa 19 20 Marcia nasceu no Rio de Janeiro, em 14 de janeiro de 1960. Desde criança, ela era muito curiosa e gostava de fazer perguntas. Seu pai, um militar eletricista, possuía uma oficina em casa, e ela adorava vê-lo trabalhar consertando as coisas. Na escola, alguns professores convidaram Marcia para ajudá-los a montar um laboratório de ciências. Foi através dos desafios e experimentos desse laboratório que ela descobriu que a física era um campo de aventuras e descobertas! Nessa época, Marcia teve certeza da profissão que queria seguir: ser cientista! 21 Foi então que ingressou no curso de Física na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Em uma turma com 40 pessoas, havia 4 mulheres, e apenas ela se formou. Muitos de seus colegas a menosprezavam porque achavam que “ciência não eracoisa de menina”. Por isso, Marcia se sentia sozinha e estranha, como se fosse um passarinho fora do ninho, mas isso não a fez desistir. 22 Hoje, Marcia é doutora em física, pesquisadora, professora universitária e membro da Academia Brasileira de Ciências e da Academia Mundial de Ciências. Sua pesquisa é sobre o líquido mais abundante e essencial do planeta: a água! Seus estudos contribuíram para o desenvolvimento de novas tecnologias para ajudar a solucionar o problema da falta de água limpa no mundo. 23 Márcia também luta contra preconceitos e discriminações enfrentados por mulheres e meninas interessadas nas ciências exatas, como a Física. Ela encoraja jovens e mulheres a serem o que quiserem e não quer que nenhuma garota acredite que a ciência não é um lugar para ela. 24 Denise Alves Denise Alves FungaroFungaro Doutora em Química pela Universidade de São Paulo, Denise atua como pesquisadora no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares. Sua pesquisa tem como temas o desenvolvimento de materiais de valor agregado a partir de resíduos, a otimização de telhados verdes e adição de resíduos em matrizes cimentícias. Maria Laura Maria Laura Mouzinho Mouzinho Leite LopesLeite Lopes Doutora em Matemática pela Universidade do Brasil, Maria atuava como professora titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro e pesquisadora titular da Fundação Universitária José Bonifácio. Sua pesquisa tinha como ênfase o ensino- aprendizagem de matemática. Marcia Cristina Marcia Cristina Bernardes Bernardes BarbosaBarbosa Doutora em Física pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Marcia atua como professora e pesquisadora titular na mesma instituição. Sua pesquisa tem como tema a água e o uso de suas anomalias em processos físicos e biológicos, além de seu envolvimento nas questões de gênero. 25 Denise Alves Fungaro CNEN. Pesquisadora do IPEN ganha Prêmio Kurt Politzer de Tecnologia 2016. Disponível em: http://antigo.cnen.gov.br/ ultimas-noticias/290-pesquisadora-do-ipen-ganha-premio-kurt- politzer-de-tecnologia-2016. Acesso em: 10 ago. 2022. CNPQ. Currículo do sistema de Currículos Lattes. Informações sobre Denise Alevs Fungaro. Disponível em: http://lattes.cnpq. br/8846838825034067. Acesso em: 10 ago. 2022. COREZA, J. de A., BASTOS, L. de O., FARIA, M. dos S. Denise Alves Fungaro: vida, desafios e a Química como lugar de representatividade negra. Portal Gelédes, 2010. Disponível em: https://www.geledes.org.br/denise-alves-fungaro-vida-desafios- e-a-quimica-como-lugar-de-representatividade-negra/. Acesso em: 10 ago. 2022. FAUSTINO, G. A. A. Denise Alves Fungaro: Uma Grande Inspiração na Química. Revista da ABPN, v. 12, n. 3, jun/ago 2020, p. 679- 683. IPEN. Premiação e reconhecimento pela constância na qualidade das pesquisas realizadas. São Paulo, 2017. Disponível em: https://www.ipen.br/portal_por/portal/interna.php?secao_ id=38&campo=9081. Acesso em: 10 ago. 2022. Referências 26 Maria Laura Mouzinho Leite Lopes ANDRADE, M. H. de., OLIVEIRA, R. R. de. Maria Laura Mouzinho Leite Lopes: uma matemática feminina brasileira na História da Matemática. In: Seminário Nacional de História da Ciência e da Tecnologia, 17, 2020. Anais... Rio de Janeiro: UNIRIO, 2020. CNPQ. Currículo do sistema de Currículos Lattes. Informações sobre Maria Laura Mouzinho Leite Lopes. Disponível em: http:// lattes.cnpq.br/2544978491354533. Acesso em: 10 ago. 2022. FERNANDEZ, C. de S. A vida de Maria Laura Mouzinho Leite Lopes. Mulheres na Matemática – UFF. Disponível em: http:// mulheresnamatematica.sites.uff.br/maria-laura-mouzinho-leite- lopes/. Acesso em 22 nov. 2021. PEREIRA, P. C. A Educadora Maria Laura: contribuições para a constituição da Educação Matemática no Brasil. 2010, 239 f, Tese (Doutorado em Educação Matemática) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2010. 27 Marcia Cristina Bernardes Barbosa ABC. Marcia Cristina Bernardes Barbosa. Disponível em: http:// www.abc.org.br/membro/marcia-barbosa/. Acesso em: 10 ago. 2022. CNPQ. Currículo do sistema de Currículos Lattes. Informações sobre Marcia Cristina Bernardes Barbosa. Disponível em: http:// lattes.cnpq.br/7216344229807186. Acesso em: 10 ago. 2022. MARKO, K., REINHOLZ, F. Marcia Barbosa: “mulher é ainda vista como coadjuvante”. Porto Alegre, 2020. 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