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Apreciação e Redução de Risco Redução Adequada do Risco – Valores de Probabilidade Para reduzir o risco teremos que fazer a estimativa deste risco, seu efeito e que medida teremos de utilizar na máquina para reduzir esse efeito do dano. Podemos ter um risco alto ou um risco baixo. O risco sempre deverá começar a ser medido, conforme a estimativa de riscos, antes de instalar alguma medida de proteção ou alguma medida de redução de riscos. Geralmente, nós vamos medir esse risco em uma probabilidade, em uma possibilidade por ano, uma possibilidade por dia, ou uma possibilidade por hora. Geralmente, como vemos no esquema acima, a probabilidade de morte natural de uma pessoa está a cerca de uma em mil pessoas por ano. Depende também, um pouco, de onde nos encontramos. A probabilidade de sofrer a morte devido a um desastre natural está a cerca de uma em um milhão de pessoas por ano. Apreciação e Redução de Risco Isso significa que, quando estamos fabricando uma máquina em que podemos definir a tecnologia, devemos projetá-la sempre com maior segurança possível, ou seja, com uma probabilidade maior de sofrer uma morte natural. É muito lógico pensar que a segurança da máquina tem que ser melhor ao ponto de ter uma probabilidade maior de sofrer uma morte devido a um desastre natural. Assim devemos testar num limite inferior a uma morte por milhão de pessoas por ano. Vamos, portanto, através do processo de redução de risco, reduzir o risco ao ponto de chegar no risco aceitável. O nível que deve ter este risco aceitável depende um pouco de cada país, de cada região e da situação social no momento. Existem diferentes, leis em cada país, e, dependendo dessa lei, o nível de risco aceitável ou não aceitável pode ser diferente. No momento em que a nossa redução de riscos chega a esse risco aceitável pela legislação nacional, então teremos alcançado a meta e teremos alcançado o fim necessário. Apreciação de Risco – Processo Interativo Essa apreciação de riscos é um processo iterativo. Começa com as funções da máquina, ou seja, definindo os limites da máquina. E uma vez definidos os limites da máquina, identificamos os perigos, estimamos os riscos que estão unidos, ligados a cada perigo, e avaliamos esses riscos. Agora, a partir desse momento, em que avaliarmos os riscos, teremos que decidir se necessitamos reduzir esses riscos ou não. Quando não é necessário, damos como finalizado o processo, mas em muitos casos, será necessário começar com um processo novo, que é o processo de redução dos riscos. Esse processo de redução de riscos pode, às vezes, introduzir novos perigos que, por sua vez, devem ser identificados. Apreciação e Redução de Risco Apreciação de Risco – ABNT NBR 12100 – Informações necessárias DESCRIÇÃO DA MÁQUINA Especificações para o usuario e fases do ciclo de vida Desenhos estruturais e fontes de energía necessárias Informações de uso segundo disponibilidade REGULAMENTAÇÕES E NORMAS Regulamentações aplicáveis Normas relevantes Especificações técnicas relevantes Fichas de dados de segurança EXPERIÊNCIA DE USO Acidentes, incidentes ou histórico de falhas no funcionamento Máquinas em análise ou similares PRINCÍPIOS ERGONÔMICOS Princípios ergonômicos relevantes Para realizar uma apreciação de riscos, é necessário ter uma informação preliminar. Por exemplo, uma descrição da máquina com a especificação para o usuário, das fases do ciclo de vida, alguns desenhos, alguns esboços, alguns esquemas elétricos, pneumáticos, descrição das fontes necessárias de energia e informação de seu uso, caso ela já esteja disponível. É muito lógico que, entre muitos fabricantes de máquinas, a informação para o uso da máquina seja redigida ao final do processo de desenho, do processo de projeto. Essa não é uma boa ideia. É muito mais fácil e muito menos custoso começar a redigir a informação de uso da máquina durante o processo de projeto e do processo de desenho da mesma. A ausência de um histórico de acidentes, um número pequeno de acidentes ou uma menor gravidade nos acidentes não devem conduzir a presunção de um baixo risco. Apreciação e Redução de Risco Como segunda fonte de informação, podemos utilizar regulamentos e normas. Regulamentos aplicáveis, como, por exemplo, a NR-12, normas relevantes, como as normas ABNT NBR, especificações técnicas relevantes quando as normas nacionais não existem, e listas com informações de segurança, que os fabricantes de componentes, e de elementos podem deixar à nossa disposição. Outra fonte muito importante de informação é a experiência de uso. Temos que levar em conta acidentes, incidentes ou o histórico de falhas de funcionamento de máquinas e similares. Como últimos aspectos teremos de levar em conta os princípios ergonômicos relevantes. Sabemos por larga experiência que uma boa observação dos princípios ergonômicos sempre leva a uma melhor máquina, a uma máquina mais produtiva e a uma máquina mais segura. O que é muito importante é saber que a ausência de um histórico de acidentes, de um número muito baixo de acidentes, ou acidentes com pouquíssima gravidade, não podem ser tomados como presunção de que a máquina tem um risco reduzido, tem um risco baixo. Não é possível. Só significa, em muitos casos, que, até o momento, nós tivemos muita sorte operando esse tipo de máquina. Apreciação e Redução de Risco Funções de uma Máquina – definição de limites As funções de uma máquina são o que nos dá a definição de seus limites. Há limites que pertencem à própria máquina e limites que estão ligados à interação da máquina com as pessoas. O espaço, ou seja, o tipo de movimento que uma máquina pode ter, o espaço que é necessário para realizar uma manutenção, etc. No ambiente, que temperatura, que umidade, que ruído, qual é a localização da máquina, que vibrações pode haver. Se montamos uma máquina sobre um caminhão, por exemplo, um guindaste, ele vai estar sujeito a vibrações muito fortes durante o seu transporte em carreta. Porém, quando esse guindaste está montado fixamente em uma área de construção, ele não vai ter esses problemas, com o qual, não teremos de levar em conta essa situação. O tempo é importante, enquanto em que sempre há partes da máquina que podem envelhecer, que se desgastam, então temos que levar em conta a manutenção, o desgaste de ferramentas, a alteração de fluídos, etc. Tem que levar em conta o uso que é previsto pela máquina, assim como o uso indevido previsível. Os índices de produção, os tempos de ciclo, a pressão de manutenção da produção, etc. Os limites das pessoas são as suas habilidades físicas, a instrução ou a formação que elas recebem, o equipamento de proteção individual que usam, etc. Outro limite é aquele que define como se pode usar essa máquina e que perigos aparecem. Apreciação e Redução de Risco Identificação de Tarefas – Exemplo: prensa de vulcanização de pneus Aqui vemos um pequeno esquema de uma típica prensa de vulcanização de pneus, e vamos utilizar esse esquema para o segundo passo, que é a identificação das tarefas. Nesta máquina, o que ocorre é que o usuário da máquina, o operador, vai carregar os pneus de borracha, que ainda estão úmidos, que ainda não estão curados e colocá-los dentro da máquina, que é uma autoclave, e então ao se fechar a mesma, se iniciará o processo de vulcanização, usando vapor quente e pressão. Logo a máquina descarrega o pneu, que já está curado, digamos que está quase em sua forma final, e é posto sobre um sistema de transporte. E vemos que é muito claro que teremos uma zona de carga e de descarga, que é o posto de trabalho do operador. É aí que o operador vai estar continuamente. Logo teremosvárias áreas de serviço, nas quais, às vezes, dependendo muito da qualidade da borracha, de algumas temperaturas e de situações aleatórias, será necessário realizar pequenas intervenções para manter a produção. Então, teremos a área onde funciona o fluxo de materiais, que é uma área em que também pode, de vez em quando, haver uma intervenção humana quando há, digamos, muito material que tenha se acumulado, quando há problemas com a logística, etc. Então nós vemos que, ao identificar tarefas, podemos já ir reconhecendo as zonas em que alguns perigos vão aparecer.
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