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Apreciação e Redução de Risco-MR02

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Apreciação e Redução de Risco 
 
 
 
Redução Adequada do Risco – Valores de Probabilidade 
 
Para reduzir o risco teremos que fazer a estimativa deste risco, seu efeito e que 
medida teremos de utilizar na máquina para reduzir esse efeito do dano. 
Podemos ter um risco alto ou um risco baixo. 
O risco sempre deverá começar a ser medido, conforme a estimativa de riscos, 
antes de instalar alguma medida de proteção ou alguma medida de redução de 
riscos. Geralmente, nós vamos medir esse risco em uma probabilidade, em uma 
possibilidade por ano, uma possibilidade por dia, ou uma possibilidade por hora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Geralmente, como vemos no esquema acima, a probabilidade de morte natural 
de uma pessoa está a cerca de uma em mil pessoas por ano. Depende também, 
um pouco, de onde nos encontramos. A probabilidade de sofrer a morte devido a 
um desastre natural está a cerca de uma em um milhão de pessoas por ano. 
 Apreciação e Redução de Risco 
 
Isso significa que, quando estamos fabricando uma máquina em que podemos 
definir a tecnologia, devemos projetá-la sempre com maior segurança possível, ou 
seja, com uma probabilidade maior de sofrer uma morte natural. 
É muito lógico pensar que a segurança da máquina tem que ser melhor ao ponto 
de ter uma probabilidade maior de sofrer uma morte devido a um desastre 
natural. Assim devemos testar num limite inferior a uma morte por milhão de 
pessoas por ano. 
Vamos, portanto, através do processo de redução de risco, reduzir o risco ao 
ponto de chegar no risco aceitável. O nível que deve ter este risco aceitável 
depende um pouco de cada país, de cada região e da situação social no momento. 
Existem diferentes, leis em cada país, e, dependendo dessa lei, o nível de risco 
aceitável ou não aceitável pode ser diferente. No momento em que a nossa 
redução de riscos chega a esse risco aceitável pela legislação nacional, então 
teremos alcançado a meta e teremos alcançado o fim necessário. 
 
Apreciação de Risco – Processo Interativo 
 
Essa apreciação de riscos é um 
processo iterativo. Começa com 
as funções da máquina, ou seja, 
definindo os limites da máquina. 
E uma vez definidos os limites da 
máquina, identificamos os 
perigos, estimamos os riscos que 
estão unidos, ligados a cada 
perigo, e avaliamos esses riscos. 
Agora, a partir desse momento, 
em que avaliarmos os riscos, 
teremos que decidir se 
necessitamos reduzir esses 
riscos ou não. 
Quando não é necessário, damos como finalizado o processo, mas em muitos 
casos, será necessário começar com um processo novo, que é o processo de 
redução dos riscos. 
Esse processo de redução de riscos pode, às vezes, introduzir novos perigos que, 
por sua vez, devem ser identificados. 
 Apreciação e Redução de Risco 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apreciação de Risco – ABNT NBR 12100 – Informações necessárias 
 
DESCRIÇÃO DA 
MÁQUINA 
Especificações para o usuario e fases do ciclo de vida 
Desenhos estruturais e fontes de energía necessárias 
Informações de uso segundo disponibilidade 
REGULAMENTAÇÕES 
E NORMAS 
Regulamentações aplicáveis 
Normas relevantes 
Especificações técnicas relevantes 
Fichas de dados de segurança 
EXPERIÊNCIA DE USO 
Acidentes, incidentes ou histórico de falhas no 
funcionamento 
Máquinas em análise ou similares 
PRINCÍPIOS 
ERGONÔMICOS 
Princípios ergonômicos relevantes 
 
 
Para realizar uma apreciação de riscos, é necessário ter uma informação 
preliminar. Por exemplo, uma descrição da máquina com a especificação para o 
usuário, das fases do ciclo de vida, alguns desenhos, alguns esboços, alguns 
esquemas elétricos, pneumáticos, descrição das fontes necessárias de energia e 
informação de seu uso, caso ela já esteja disponível. 
É muito lógico que, entre muitos fabricantes de máquinas, a informação para o 
uso da máquina seja redigida ao final do processo de desenho, do processo de 
projeto. Essa não é uma boa ideia. É muito mais fácil e muito menos custoso 
começar a redigir a informação de uso da máquina durante o processo de projeto 
e do processo de desenho da mesma. 
A ausência de um histórico de 
acidentes, um número pequeno 
de acidentes ou uma menor 
gravidade nos acidentes não 
devem conduzir a presunção de 
um baixo risco. 
 
 Apreciação e Redução de Risco 
 
 
Como segunda fonte de informação, podemos utilizar 
regulamentos e normas. 
Regulamentos aplicáveis, como, por exemplo, a NR-12, normas 
relevantes, como as normas ABNT NBR, especificações técnicas 
relevantes quando as normas nacionais não existem, e listas com 
informações de segurança, que os fabricantes de componentes, e 
de elementos podem deixar à nossa disposição. 
Outra fonte muito importante de informação é a experiência de uso. Temos que 
levar em conta acidentes, incidentes ou o histórico de falhas de funcionamento 
de máquinas e similares. Como últimos aspectos teremos de levar em conta os 
princípios ergonômicos relevantes. 
Sabemos por larga experiência que uma boa observação dos princípios 
ergonômicos sempre leva a uma melhor máquina, a uma máquina mais produtiva 
e a uma máquina mais segura. 
 
O que é muito importante é saber que a ausência de um histórico de acidentes, 
de um número muito baixo de acidentes, ou acidentes com pouquíssima 
gravidade, não podem ser tomados como presunção de que a máquina tem um 
risco reduzido, tem um risco baixo. Não é possível. Só significa, em muitos casos, 
que, até o momento, nós tivemos muita sorte operando esse tipo de máquina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Apreciação e Redução de Risco 
 
Funções de uma Máquina – definição de limites 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As funções de uma máquina são o que nos dá a definição de seus limites. Há limites 
que pertencem à própria máquina e limites que estão ligados à interação da 
máquina com as pessoas. 
O espaço, ou seja, o tipo de movimento que uma máquina pode ter, o espaço que 
é necessário para realizar uma manutenção, etc. 
No ambiente, que temperatura, que umidade, que ruído, qual é a localização da 
máquina, que vibrações pode haver. Se montamos uma máquina sobre um 
caminhão, por exemplo, um guindaste, ele vai estar sujeito a vibrações muito 
fortes durante o seu transporte em carreta. Porém, quando esse guindaste está 
montado fixamente em uma área de construção, ele não vai ter esses problemas, 
com o qual, não teremos de levar em conta essa situação. 
O tempo é importante, enquanto em que sempre há partes da máquina que 
podem envelhecer, que se desgastam, então temos que levar em conta a 
manutenção, o desgaste de ferramentas, a alteração de fluídos, etc. 
Tem que levar em conta o uso que é previsto pela máquina, assim como o uso 
indevido previsível. 
Os índices de produção, os tempos de ciclo, a pressão de manutenção da 
produção, etc. 
Os limites das pessoas são as suas habilidades físicas, a instrução ou a formação 
que elas recebem, o equipamento de proteção individual que usam, etc. 
Outro limite é aquele que define como se pode usar essa máquina e que perigos 
aparecem. 
 Apreciação e Redução de Risco 
 
 
Identificação de Tarefas – Exemplo: prensa de vulcanização de pneus 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aqui vemos um pequeno esquema de uma típica prensa de vulcanização de 
pneus, e vamos utilizar esse esquema para o segundo passo, que é a identificação 
das tarefas. 
Nesta máquina, o que ocorre é que o usuário da máquina, o operador, vai carregar 
os pneus de borracha, que ainda estão úmidos, que ainda não estão curados e 
colocá-los dentro da máquina, que é uma autoclave, e então ao se fechar a 
mesma, se iniciará o processo de vulcanização, usando vapor quente e pressão. 
Logo a máquina descarrega o pneu, que já está curado, digamos que está quase 
em sua forma final, e é posto sobre um sistema de transporte. E vemos que é 
muito claro que teremos uma zona de carga e de descarga, que é o posto de 
trabalho do operador. É aí que o operador vai estar continuamente. 
Logo teremosvárias áreas de serviço, nas quais, às vezes, dependendo muito da 
qualidade da borracha, de algumas temperaturas e de situações aleatórias, será 
necessário realizar pequenas intervenções para manter a produção. 
Então, teremos a área onde funciona o fluxo de materiais, que é uma área em que 
também pode, de vez em quando, haver uma intervenção humana quando há, 
digamos, muito material que tenha se acumulado, quando há problemas com a 
logística, etc. Então nós vemos que, ao identificar tarefas, podemos já ir 
reconhecendo as zonas em que alguns perigos vão aparecer.

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