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Página 1 1 FOCO POLICIAL Português Aluno: _________________________________ Morfologia A Morfologia é o estudo a respeito da estrutura, formação e classificação das palavras. Classes Gramaticais • Classes de palavras variáveis: substantivo, artigo, adjetivo, pronome, numeral e verbo. • Classes de palavras invariáveis: advérbio, preposição, conjunção e interjeição. Nesse sentido, as classes gramaticais variáveis são aquelas que admitem flexão de gênero e número, enquanto as invariáveis, por sua vez, não admitem. Classes gramaticais: Artigo O artigo é um vocábulo que se antepõe aos substantivos para designar seres determinados ou indeterminados. Assim, o artigo sempre se refere a um substantivo. • Artigos Definidos: indicam conhecimento prévio, por parte dos interlocutores, do ser ou do objeto mencionado (o, a, os, as). Ex.: Comprei o livro. Adorei a sala. O saber nos faz diferentes da maioria. • Artigos Indefinidos: denotam desconhecimento, por parte de um dos interlocutores, do ser ou do objeto (um, uma, uns, umas). Ex.: Comprei um livro. Joana tem um andar muito determinado. Uma chance é o que preciso. DICA 1: atenção às contrações. Perceba o seguinte exemplo: “Eu preciso do livro”. Nesse caso, “do” é a contração da preposição “de” com o artigo definido “o”. O mesmo vale para o caso das crases. Ex.: “Maria foi à feira”. Nesse caso, “à” é resultado da preposição “a” com o artigo definido “a”. DICA 2: não confunda o artigo com o pronome oblíquo. Perceba que, na frase “comprei o livro”, “o” é artigo definido, porque está se referindo ao substantivo “livro”. Por outro lado, quando se fala “comprei-o”, este “o”, na verdade, corresponde a “ele”. Desse modo, é um pronome pessoal oblíquo. DICA 3: não confunda o artigo “a” com a preposição “a”. Na frase “comprei a blusa”, a palavra “blusa” é substantivo e “a” é um artigo definido que se refere a esse substantivo. Por outro lado, na frase “fui a Portugal”, “a” é uma preposição. Note que ele exercerá essa função quando estiver ligando termos ou orações. DICA 4: os vocábulos “o”, “a”, “os” e “as”, quando estiverem antes de “que” e “de”, geralmente, serão pronomes demonstrativos. Na sentença “quero o que você comprou”, é possível perceber que o “o” pode ser trocado por “aquilo”. Logo, ele não é artigo, mas sim pronome demonstrativo. Classes gramaticais: Substantivo Pertencem a essa classe todas as palavras que designam os seres em geral, as entidades reais ou imagináveis. Exemplos: mesa, lua, luz, fada, centauro, ilusão, tristeza. O substantivo dificilmente aparecerá sozinho na frase, pois ele possui várias palavras que orbitam a seu redor. São os chamados satélites do substantivo: artigos, pronomes, numerais, adjetivos. Classificação dos Substantivos Simples x Composto O substantivo simples é formado por apenas um radical (pedra, plano, guarda, água, etc.), ao passo que o substantivo composto é formado por mais de um radical (petróleo = pedra + óleo; planalto = plano + alto; guarda-chuva = guarda + chuva; aguardente = água + ardente). Primitivos x Derivados O primitivo dá origem ao derivado. O primeiro não possui afixos (pedra), ao passo que o segundo sim (pedreiro). Comum x Próprio x Coletivo O substantivo comum designa uma classe de seres. O próprio designa um ser específico da classe. E o coletivo designa uma coleção de seres da mesma espécie. O substantivo “aluno” é Página 2 2 FOCO POLICIAL comum, pois designa uma classe de seres; “Paulo” é um substantivo próprio, pois designa um ser específico da classe de seres; já “turma” é um coletivo, pois reúne “um monte” de seres da mesma classe. Concreto x Abstrato Os concretos são aqueles que existem por si sós, no mundo real ou fictício, ou seja, não dependem de outros seres. Já os abstratos não possuem uma existência autônoma, pois dependem de outros seres para continuar existindo. São substantivos concretos todas as coisas naturais e materiais, os fenômenos, os personagens e os eventos. Por esse critério, “Deus” é concreto! É assim também com os personagens dos quadrinhos, os superheróis, etc. Já os substantivos abstratos são os sentimentos, os atributos e as ações. Para que o “estudo” exista, é necessário que alguém estude. Portanto, “estudo” é abstrato. Para que a “beleza” exista, é necessário que alguém detenha esse atributo. Portanto, “beleza” é abstrato. Plural dos substantivos compostos Como regra geral, devemos passar para o plural aqueles que possuem plural e “deixar quieto” aqueles que não têm essa flexão. Sendo mais detalhista, variam substantivos, adjetivos, numerais e pronomes e não variam verbos, advérbios, preposições, conjunções e interjeições. Vejamos: 1- O plural de guarda-noturno é guardas – noturnos. Note que “guarda” é substantivo e “noturno”, adjetivo. Como ambos são variáveis, variam os dois. 2- Já o plural de guarda-roupa é guarda – roupas. Note que “guarda” é flexão do verbo “guardar” e “roupa”, substantivo. Somente o substantivo varia. 3- O plural de meio-fio é meios – fios. Note que “meio” é numeral e “fio”, substantivo. Como ambos são variáveis, variam os dois. 4- Já o plural de beija-flor é beija – flores. Note que “beija” é flexão do verbo “beijar” e “flor”, substantivo. Somente o substantivo varia. 5- O plural de cartão-resposta é cartões – respostas. Note que “cartão” e “resposta” são substantivos. Como ambos são variáveis, variam os dois. 6- Já o plural de abaixo-assinado é abaixo – assinados. Note que “abaixo” é advérbio e “assinado”, particípio com função adjetiva. Somente o particípio varia. 7- Quando o substantivo composto é formado por dois substantivos e o segundo delimita o primeiro, conferindo a ele uma ideia de tipo, finalidade ou semelhança, ADMITE-SE a flexão apenas do primeiro substantivo. O plural de pombo-correio pode ser pombos – correios ou pombos – correio. Note que “pombo” e “correio” são substantivos e o segundo delimita o primeiro. Dessa forma, admite- se a flexão somente do primeiro substantivo. O plural de palavra-chave pode ser palavras – chaves ou palavras – chave. Note que “palavra” e “chave” são substantivos e o segundo delimita o primeiro. Dessa forma, admite-se a flexão somente do primeiro substantivo. 8- Quando o substantivo composto é formado por palavras repetidas ou onomatopeias (imitação de sons), flexionase apenas o último elemento. É o caso de corre-corres, pula-pulas, bem-te-vis, pingue-pongues, tique-taques. 9- Quando o substantivo composto é formado por substantivo + preposição + substantivo, flexiona-se apenas o primeiro elemento. É o caso de pores do sol, fins de semana, pés de moleque, mulas sem cabeça, etc. Classes gramaticais: Adjetivo Adjetivo é palavra modificadora do substantivo que denota qualidade, defeito, estado, condição, característica, etc. Trata-se de classe variável e, nesse sentido, o adjetivo sempre acompanha a flexão do substantivo a que se refere. Exemplos de adjetivos: homem bom, criança alegre, livro verde. Classes gramaticais: Numeral O numeral é uma classe de palavras que exprime quantidade exata, ordem, múltiplos ou frações dos números. No estudo desse assunto, é interessante você saber os tipos de numerais e se atentar às dicas. Vejamos os quatro tipos: a) Cardinais: um, dois, mil, milhão, etc. b) Ordinais: primeiro, segundo, milésimo, milionésimo, etc. c) Fracionários: três quartos, meio, etc. d) Multiplicativos: dobro, triplo, etc. Página 3 3 FOCO POLICIAL DICA 5: o “um” só será numeral se houver, na frase, alguma ideia de quantificação. Assim, na frase “comprei um sorvete”, o “um” é artigo indefinido. Por outro lado, na frase “comprei somente um sorvete”, considerando a presença da palavra “somente”, verificamos que o “um” é numeral. DICA 6: o “um” só será pronome indefinido se estiver nafrase em paralelismo com outro pronome indefinido. Veja o seguinte exemplo: “Um gosta de futebol; outro, de vôlei”. • PREPOSIÇÃO: a preposição liga as palavras ou as orações. Exemplos de preposições: a, ante, até, após, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás. “Gosto de pão com manteiga”, “Ele chegou para resolver”. Locução prepositiva: conjunto de palavras que termina em preposição. Ex.: abaixo de, de acordo com, apesar de, junto a, etc. • INTERJEIÇÃO: trata de vocábulo que indica nossos estados de emoção. Exemplos: “oba!”, “puxa!”, “nossa!”, “tomara!”, “pelo amor de Deus!”. • PRONOME: saiba que o pronome se trata de palavra que substitui ou acompanha o substantivo, indicando a pessoa do discurso. Os pronomes são tradicionalmente divididos em seis classes: pessoais, demonstrativos, possessivos, interrogativos, relativos e indefinidos. Pronomes pessoais Pronomes de Tratamento Os pronomes de tratamento são usados principalmente para situações formais, no momento de chamar pessoas de poder social ou que indicam algum tipo de autoridade, tais como: Vossa Senhoria gostaria de anotar o número; O senhor aceita um pedaço de bolo? Vossa reverendíssima é muito inspiradora. Pronomes Demonstrativos Os pronomes demonstrativos são usados para indicar alguma coisa que já foi dita anteriormente em uma situação. Também pode ser usado para representar a posição de um objeto ou alguém num cenário. 1ª pessoa → isto, este, esta, estes, estas. 2ª pessoa → isso, esse, essa, esses, essas. 3ª pessoa → aquilo, aquele, aquela, aqueles, aquelas. Veja nos exemplos: Esta casa é muito bonita; Aqueles cachorros são muito velozes; Este é o casaco de qual lhe falei; Perdi aqueles brincos que você me deu. Pronomes Relativos Os pronomes relativos, em síntese, são aqueles que se referem a um substantivo já dito anteriormente na oração. Ou seja, são termos específicos, usados para que o texto não fique tão repetitivo e mais direto. Desse modo, eles retomam substantivos, fazendo sua substituição esporádica na oração seguinte. Eles são usados constantemente, em todos os textos que você lê e escreve. São eles: Página 4 4 FOCO POLICIAL Variáveis: o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quanta, quantos, quantas; Invariáveis: quem, que, onde. Exemplos: O remédio que preciso custa caro. Esta é a menina de quem te falei. A casa onde ela mora é muito pequena. Pronomes Possessivos Os pronomes possessivos, afinal, são aqueles usados para indicar posse. Assim, são usados para falar de alguma coisa que você ou outros possuem. Desse modo, pode ser um objeto, um sentimento, uma relação, um espaço entre outros. Veja a relação de cada pessoa do discurso de acordo com os pronomes possessivos: Eu → meu, minha, meus, minhas. Tu → teu, tua, teus, tuas. Ele → seu, seus sua, suas. Nós → nosso, nossos, nossa, nossas. Vós → vossa, vosso, vossos, vossas. Eles → seu, sua, seus, suas. Pronomes Interrogativos Os pronomes interrogativos, afinal, são palavras variáveis e invariáveis, usadas para formular perguntas diretas e indiretas. Sendo assim, temos: Variáveis: qual, quais, quanto, quantos, quanta, quantas; Invariáveis: quem, que. Exemplos: Quanto custa a entrada? Quais colares você vai levar? Quem estava com Mariana na festa? Pronomes Indefinidos Os pronomes indefinidos, a propósito, são empregados na 3ª pessoa do discurso. E, como o próprio nome já sugerem, são palavras que substituem ou acompanham o substantivo de maneira indefinida, vaga, ou imprecisa. Ou seja, são usadas para se referir a algo ou alguém sem dizer de forma direta quem ou o que é. Portanto, também podem ser variáveis e invariáveis: Variáveis: algum, nenhum, todo, outro, muito, pouco, certo, vários, tanto, quanto, qualquer, demais; Invariáveis: quem, alguém, ninguém, tudo, nada, outrem, algo, cada. Exemplos: Certas pessoas só dão valor depois da perda; Algumas meninas veem defeito em tudo, menos nelas mesmas; Tantos comentários ruins na Internet; É cada pessoa querendo aparecer… Além disso, os pronomes indefinidos também podem aparecer na forma de locuções (cada um, cada qual, qualquer um, seja qual for, seja quem for, todo aquele que, etc). Verbos Os verbos servem para indicar ação, fenômenos naturais, estado, acontecimentos ou desejos. Estrutura do Verbo O verbo é formado por três elementos: 1. Radical O radical é a base. Nele está expresso o significado do verbo. Exemplos: DISSERT- (dissert-ar), ESCLAREC- (esclarec-er), CONTRIBU- (contribu-ir). 2. Vogal Temática A vogal temática se une ao radical para receber as desinências e, assim, conjugar os verbos. O resultado dessa união chama-se tema. Assim, tema = radical + vogal temática. Exemplos: DISSERTA- (disserta-r), ESCLARECE- (esclarece-r), CONTRIBUI- (contribui-r). A vogal temática indica a qual conjugação o verbo pertence: 1.ª conjugação abrange os verbos cuja vogal temática é A: argumentar, dançar, sambar. 2.ª conjugação abrange os verbos cuja vogal temática é E e O: escrever, ter, supor. 3.ª conjugação abrange os verbos cuja vogal temática é I: emitir, evoluir, ir. 3. Desinências As desinências são os elementos que junto com o radical promovem as conjugações. Elas podem ser: Desinências modo-temporais quando indicam os modos e os tempos. Página 5 5 FOCO POLICIAL Desinências número-pessoais quando indicam as pessoas. Exemplos: Dissertávamos (va- desinência de tempo pretérito do modo indicativo), (mos- desinência de 1.ª pessoa do plural) Esclarecerei (re- desinência de tempo futuro do modo indicativo), (i- desinência de 1.ª pessoa do singular) Contribuamos (a- desinência de modo presente do modo subjuntivo), (mos- desinência de 1.ª pessoa do plural) Flexões Para conjugarmos os verbos temos de ter em conta as flexões a seguir. Pessoa: 1.ª (eu, nós); 2.ª (tu, vós) e 3.ª (ele, eles). Número: Singular (eu, tu, ele) e Plural (nós, vós, eles). Tempo: Presente, Pretérito e Futuro. Modo: Indicativo, Subjuntivo e Imperativo. Voz: Voz Ativa, Voz Passiva e Voz Reflexiva. Formas Nominais As formas nominais são: Infinitivo, Particípio e Gerúndio: Infinitivo Pessoal e Impessoal O infinitivo não tem valor temporal ou modal. Ele é pessoal quando tem sujeito e é impessoal quando, por sua vez, não tem sujeito. Exemplos: O gerente da loja disse para irem embora. (infinitivo pessoal) Cantar é uma delícia! (infinitivo impessoal) Particípio O particípio é empregado como indicador de ação finalizada, na formação de tempos compostos ou como adjetivo. Exemplos: Feito o trabalho, vamos descansar! A Ana já tinha falado sobre esse tema. Calados, os filhos ouviram o sermão dos pais. Gerúndio O gerúndio é empregado como adjetivo ou como advérbio. Exemplos: Encontrei João correndo. Cantando, terminaremos depressa. Advérbio Os advérbios são palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou outro advérbio. São flexionados em grau (comparativo e superlativo) e divididos em: advérbios de modo, intensidade, lugar, tempo, negação, afirmação, dúvida. Classificação dos Advérbios De acordo com as circunstâncias que os advérbios exprimem nas frases, eles podem ser: Advérbio de Modo Bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, depressa, devagar, acinte, debalde e grande parte das palavras que terminam em "-mente": cuidadosamente, calmamente, tristemente, dentre outros. Exemplos: Fui bem na prova. Estava andando depressa por causa da chuva. Advérbio de Intensidade Muito, demais, pouco, tão, quão, demasiado, bastante, imenso, mais, menos, quanto, quase, tanto, assaz, tudo, nada, todo. Exemplos: Comeu demasiado naquele almoço. Ela gosta bastante dele. Advérbio de Lugar Aí, aqui, acolá, cá, lá, ali, adiante, abaixo, embaixo, acima, adentro, dentro, afora, fora, defronte, atrás, detrás,atrás, além, aquém, antes, algures, nenhures, alhures, aonde, longe, perto. Exemplos: Minha casa é ali. O livro está embaixo da mesa. Advérbio de Tempo Hoje, já, afinal, logo, agora, amanhã, amiúde, antes, ontem, tarde, breve, cedo, depois, enfim, entrementes, ainda, jamais, nunca, sempre, doravante, outrora, primeiramente, imediatamente, antigamente, provisoriamente, sucessivamente, constantemente. Página 6 6 FOCO POLICIAL Exemplos: Ontem estivemos numa reunião de trabalho. Sempre estamos juntos. Advérbio de Negação Não, nem, tampouco, nunca, jamais. Exemplos: Jamais reatarei meu namoro com ele. Não saiu de casa naquela tarde. Advérbio de Afirmação Sim, deveras, indubitavelmente, decididamente, certamente, realmente, decerto, certo, efetivamente. Exemplos: Certamente passearemos nesse domingo. Ele gostou deveras do presente de aniversário. Advérbio de Dúvida Possivelmente, provavelmente, acaso, porventura, quiçá, será, talvez, casualmente. Exemplos: Provavelmente irei ao banco. Quiçá chova hoje. Flexão dos Advérbios Os advérbios são considerados palavras invariáveis, pois não sofrem flexão de número (singular e plural) e gênero (masculino, feminino). No entanto, os advérbios são flexionados nos graus comparativo e superlativo. Grau Comparativo No Grau Comparativo, o advérbio pode caracterizar relações de igualdade, inferioridade ou superioridade. 1. Igualdade: formado por "tão + advérbio + quanto" (como), por exemplo: Joaquim fala tão baixo quanto Pedro. 2. Inferioridade: formado por "menos + advérbio + que" (do que), por exemplo: Minha casa é menos perto que a casa de Sílvia. 3. Superioridade: formado por "mais + advérbio + que" (do que), por exemplo: Ana anda mais depressa que Carolina. Grau Superlativo No Grau Superlativo, o advérbio pode ser: 1. Analítico: quando acompanhado de outro advérbio, por exemplo: Isabel fala muito baixo. 2. Sintético: quando é formado pelo sufixo - íssimo, por exemplo: Isabel fala baixíssimo. Locução Adverbial Locução adverbial é uma expressão formada por uma ou mais palavras que, juntas, têm a função de advérbio. É dessa forma que alteram o sentido de um verbo, de um adjetivo ou mesmo de um advérbio. As preposições iniciam a maior parte das locuções adverbiais, que também podem ser formadas pela união a um substantivo, adjetivo ou advérbio. Classificação As locuções adverbiais podem ser classificadas em: Locução adverbial de lugar: a distância, à distância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à esquerda, ao lado, em volta, por aqui. Locução adverbial de tempo: às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, às vezes, de vez em quando, de quando em quando, a qualquer momento, de tempos em tempos, hoje em dia. Locução adverbial de modo: de cor, em vão, em geral, de soslaio, frente a frente, de viva voz. Locução adverbial de quantidade: em excesso, de todo, de muito, por completo. Locução adverbial de afirmação: sem dúvida, de fato, por certo, com certeza. Locução adverbial de negação: de modo algum, de forma alguma, de jeito nenhum, de forma nenhuma. Locução adverbial de intensidade: de muito, de pouco, de todo, em excesso. Locução adverbial de dúvida: com certeza, quem sabe, por certo. Locução adverbial de inclusão: além disso. Conjunção Conjunção é um termo que liga duas orações ou duas palavras de mesmo valor gramatical, estabelecendo uma relação entre eles. Exemplos: Ele joga futebol e basquete. (dois termos semelhantes) https://www.todamateria.com.br/adverbio/ https://www.todamateria.com.br/adjetivos/ https://www.todamateria.com.br/preposicao/ https://www.todamateria.com.br/substantivos/ Página 7 7 FOCO POLICIAL Eu iria ao jogo, mas estou sem companhia. (duas orações) Classificação das Conjunções As conjunções são classificas em dois grupos: coordenativas e subordinativas. Conjunções Coordenativas As conjunções coordenativas são aquelas que ligam duas orações independentes. São divididas em cinco tipos: 1. Conjunções Aditivas Essas conjunções exprimem soma, adição de pensamentos: e, nem, não só...mas também, não só...como também. Exemplo: Ana não fala nem ouve. 2. Conjunções Adversativas Exprimem oposição, contraste, compensação de pensamentos: mas, porém, contudo, entretanto, no entanto, todavia. Exemplo: Não fomos campeões, todavia exibimos o melhor futebol. 3. Conjunções Alternativas Exprimem escolha de pensamentos: ou...ou, já...já, ora...ora, quer...quer, seja...seja. Exemplo: Ou você vem conosco ou você não vai. 4. Conjunções Conclusivas Exprimem conclusão de pensamento: logo, por isso, pois (quando vem depois do verbo), portanto, por conseguinte, assim. Exemplo: Chove bastante, portanto a colheita está garantida. 5. Conjunções Explicativas Exprimem razão, motivo: que, porque, assim, pois (quando vem antes do verbo), porquanto, por conseguinte. Exemplo: Não choveu, porque nada está molhado. Conjunções Subordinativas As conjunções subordinativas servem para ligar orações dependentes uma da outra e são divididas em dez tipos: 1. Conjunções Integrantes Introduzem orações subordinadas com função substantiva: que, se. Exemplo: Quero que você volte já. Não sei se devo voltar lá. 2. Conjunções Causais Introduzem orações subordinadas que dão ideia de causa: que, porque, como, pois, visto que, já que, uma vez que. Exemplo: Não fui à aula porque choveu. Como fiquei doente não pude ir à aula. 3. Conjunções Comparativas Introduzem orações subordinadas que dão ideia de comparação: que, do que, como. Exemplo: Meu professor é mais inteligente do que o seu. 4. Conjunções Concessivas Iniciam orações subordinadas que exprimem um fato contrário ao da oração principal: embora, ainda que, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que, por mais que, por melhor que. Exemplo: Vou à praia, embora esteja chovendo. 5. Conjunções Condicionais Iniciam orações subordinadas que exprimem hipótese ou condição para que o fato da oração principal se realize ou não: se, caso, contanto que, salvo se, desde que, a não ser que. Exemplo: Se não chover, irei à praia. 6. Conjunções Conformativas Iniciam orações subordinadas que exprimem acordo, concordância de um fato com outro: segundo, como, conforme. Exemplo: Cada um colhe conforme semeia. 7. Conjunções Consecutivas Iniciam orações subordinadas que exprimem a consequência ou o efeito do que se declara na oração principal: (tamanho, tanto, tal) + que, de forma que, de modo que, de maneira que. Exemplo: Foi tamanho o susto que ela desmaiou. 8. Conjunções Temporais Iniciam orações subordinadas que dão ideia de tempo: logo que, antes que, quando, assim que, sempre que. Exemplo: Quando as férias chegarem, viajaremos. 9. Conjunções Finais Iniciam orações subordinadas que exprimem uma finalidade: a fim de que, para que. Exemplo: Estamos aqui para que ele fique tranquilo. 10. Conjunções Proporcionais Iniciam orações subordinadas que exprimem concomitância, simultaneidade: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais, quanto menos, quanto menor, quanto melhor. Exemplo: Quanto mais trabalho, menos recebo. https://www.todamateria.com.br/conjuncoes-coordenativas/ https://www.todamateria.com.br/conjuncoes-coordenativas/ https://www.todamateria.com.br/conjuncoes-subordinativas/ Página 8 8 FOCO POLICIAL Vamos praticar!!!! O vocábulo milhão flexiona-se no plural da mesma forma que: a) mão: mãos. b) capitão: capitães. c) cidadão: cidadãos. d) leão: leões. No trecho, " E ficava, de LONGE , sonhando com esse relacionamento que eu queria para mim ", a palavra destacada pertence a seguinte classe gramatical: A Substantivo. B Adjetivo. C Advérbio. D Pronome. Releia este trecho. “[...] está alinhado com a Lei Pelé em seu Art. 3º IV, a qual caracteriza o desporto de formação [...]” Em relação à palavradestacada, analise as afirmativas a seguir. I. Trata-se pronome relativo. II. Pode ser substituído pelo pronome “que”. III. Sempre deve vir precedido de artigo que concorda com o elemento anterior, assim como no trecho. Estão corretas as afirmativas A I e II, apenas. B I e III, apenas. C II e III, apenas. D I, II e III. Assinale a alternativa que NÃO apresenta uma conjunção conclusiva: A por conseguinte. B então. C porquanto. D portanto. E assim. Observe as orações abaixo: I. “Uma chuva me surpreendeu.” II. “Sendo tartaruga me libertei da areia” III. “Pensei em me ver no espelho” IV. “Só que meu lado racional me mostrou os riscos.” As palavras destacadas são, respectivamente: A Pronome oblíquo – preposição – substantivo – artigo definido; B Pronome pessoal reto – preposição – adjetivo – artigo definido; C Pronome oblíquo – conjunção – verbo – artigo definido; D Pronome possessivo – preposição – substantivo – artigo indefinido. “Com as mãos David agitou a funda que matou Golias;”. Morfologicamente, a palavra destacada, empregada nessa oração, é um(a): A Pronome relativo; B Conjunção coordenativa; C Conjunção integrante; D Conjunção explicativa. Considere o seguinte trecho do primeiro parágrafo para responder à questão. • Para isso, lança mão da linguagem jornalística e busca popularidade nas redes sociais. O termo Para, em destaque, expressa a noção de A finalidade. B oposição. C direção. D posse. E causa. Leia com atenção o fragmento do texto. ATITUDES E CONDUTAS PROFISSIONAIS NECESSÁRIAS AO AGENTE PENITENCIÁRIO APTIDÃO: que tenha disposição inata, um dom natural de lidar com pessoas; HONESTIDADE: que seja íntegro. Precisa ser parte exemplar da instituição a que pertença e conduta inatacável; RESPONSABILIDADE: que tenha capacidade de entendimento ético e uma determinação moral; Página 9 9 FOCO POLICIAL LEALDADE: que não seja apenas sincero e franco, mas principalmente fiel aos seus compromissos e honesto com seus pares; Analisando morfologicamente as palavras destacadas, podemos classificar: I. Todas as palavras destacadas apresentam a mesma classificação morfológica. II. As palavras destacadas apresentam distintas classificações. III. As palavras destacadas são substantivos femininos. IV. A palavra aptidão é a única com classificação diferenciada. V. As palavras honestidade e responsabilidade fazem parte de uma classificação diferente das palavras aptidão e lealdade. Assinale a alternativa correta A II, apenas. B IV, apenas. C I e III, apenas. D II e V, apenas. E II e IV, apenas. Assinale a alternativa em que a ausência do acento muda a classe gramatical. Exemplo: imaginária (adjetivo), imaginaria (verbo): A fenômeno B cérebro. C atrás. D hábito. “Não vamos satisfazer nossa sede de liberdade bebendo da xícara da amargura e do ódio.” (2º§) Sobre o emprego da conjunção “e” no trecho destacado, é correto afirmar que: A Conecta orações independentes sintaticamente. B Integra e liga orações coordenadas assindéticas. C Constitui coordenação entre ideias articuladas e excludentes. D Conecta expressões que exercem função sintática semelhante. A palavra destaca no trecho "Porém, começou a perceber QUE as pessoas somente a observavam de longe", no contexto em que foi empregada, é classificada gramaticalmente como: A Pronome Interrogativo. B Conjunção Coordenativa. C Conjunção Integrante. D Pronome Relativo. Na frase “Outra possibilidade é que vocalizaçõ es (...)”, o termo sublinhado é classificado gram aticalmente como: A Advérbio. B Pronome. C Substantivo. D Adjetivo. E Preposição. Em “[...] poxa vida, ainda sou bem mulher!”, o item em destaque A indica o antônimo de “mal”. B poderia ser substituído pelo termo “boa” sem prejuízo semântico à frase. C atua como intensificador. D é um adjetivo que caracteriza o substantivo “mulher”. E é restrito à variedade padrão da língua. Como é sabido, os adjetivos e advérbios podem receber graus comparativo ou superlativo; a frase abaixo em que ocorre a gradação de um advérbio é: A Ela canta bem alto quando toma banho; B Ele agora está muito forte; C Que extraordinariamente amável é sua secretária; D Caminhou bastante tempo até a fábrica; E Não saiu daqui muito convencido. O valor básico da conjunção E é o de adição e, por isso, os termos unidos por ela, nesse caso, podem ser trocados de posição na frase, sem que se altere o sentido. A frase abaixo que mostra modificação no sentido, em caso de troca da posição dos termos, é: A Comprei cravos vermelhos e rosas amarelas; B Vesti a camisa e pus a gravata; Página 10 10 FOCO POLICIAL C Comprei canetas esferográficas e folhas pautadas; D Comprei móveis novos e aluguei um carro; E Pus os óculos e levantei da cadeira. No texto 25A1-I, as palavras “isto” (l.5), “mas” (l.9), “alpercatas” (l.13), “muito” (l.16), “corra” (l.18) e “mimosa” (l.19) pertencem, respectivamente, às classes de palavras A pronome, preposição, substantivo, adjetivo, verbo e adjetivo. B preposição, conjunção, advérbio, adjetivo, verbo e substantivo. C conjunção, preposição, substantivo, advérbio de intensidade, verbo e adjetivo. D pronome, conjunção, substantivo, advérbio, verbo e adjetivo. E preposição, conjunção, advérbio de modo, adjetivo, verbo e substantivo. No trecho “Não gosto muito de programas infantis...”, assinale a alternativa correta, em relação às palavras sublinhadas: A A palavra “programa” é um substantivo (nome), e a palavra “infantis” é uma qualidade do nome. B A palavra “programa” é uma qualidade do nome, e a palavra “infantis” é um substantivo (nome). C As duas palavras são verbos (ações). D As duas palavras são qualidades de um nome. A vogal “a”, quando inserida em orações e textos, assume funções e classificações distintas. Analise o seu uso no enunciado a seguir: “E o seu parente fidalgo veio/ De longe a me a tirar,” [...] Assinale a alternativa que apresenta correta e respectivamente a classificação dos termos em destaque. a) A primeira vogal “a” é um artigo regido pelo verbo “vir” e a segunda é um pronome pessoal reto. b) A primeira vogal “a” é uma preposição regida pelo verbo “vir” e a segunda é um pronome pessoal oblíquo. c) A primeira vogal “a” é uma conjunção regida pelo verbo “vir” e a segunda é um artigo definido. d) A primeira vogal “a” é um advérbio regido pelo verbo “vir” e a segunda é um pronome indefinido. De acordo com a morfologia, assinale a alternativa que indica, correta e respectivamente, a classe de palavras dos termos destacados no trecho a seguir “A habilidade narrativa determina quem tem voz”. A substantivo / pronome pessoal / substantivo. B adjetivo / pronome relativo / substantivo. C substantivo / pronome interrogativo / adjetivo. D adjetivo / pronome pessoal / adjetivo. “olho o foco” Página 1 1 FOCO POLICIAL Aluno: _________________________________ Acentuação gráfica Regras Gerais Proparoxítonas TODOS os vocábulos proparoxítonos são acentuados. Exemplos: ÁRvore, metaFÍsica, LÂMpada, PÊSsego, quiSÉSsemos, África, ÂNgela. Oxítonas São acentuados os vocábulos terminados em: a(s), e(s), o(s): maracuJÁ, caFÉ, voCÊ, domiNÓ, paleTÓS, voVÔ, ParaNÁ. em/ens: armazÉM, vintÉM, armaZÉNS, reFÉM, aMÉM. Paroxítonas aqui nós temos o maior número de palavras. Consequentemente, teremos o maior número de regras. São acentuados os vocábulos paroxítonos terminados em: i(s), us: júri, júris, lápis, tênis, vírus, bônus, ônus, biquíni, etc. um/uns: álbum, álbuns, fórum, fóruns, etc. Para assimilar essa regra, é só pensar que as oxítonas ficaram com “em”, “ens” e as paroxítonas, com “um”, “uns”. - r, -n, -x, - l: caráter, mártir, revólver, tórax, ônix, látex, hífen, pólen, mícron, próton, fácil, amável,indelével, etc. ditongos seguidos ou não de “s”: Itália, Áustria, memória, cárie, róseo, Ásia, Cássia, fáceis, imóveis, fósseis, jérsei. tritongos: deságuem, deságuam, enxáguem, enxáguam, delínquem, etc. ão(s), ã (s): órgão(s), sótão(s), órfão(s), bênção(s), órfã(s), ímã(s). on/ons: próton, prótons, cátion, ânion, fóton, etc. É só lembrar da Química, para assimilar essa regra! ;) ps: bíceps, tríceps, quadríceps, fórceps, etc. Regra do Hiato Coloca-se acento nas vogais i e u, tônicas, que formam hiato com a VOGAL ANTERIOR. Detalhe: essas vogais precisam estar isoladas na sílaba ou acompanhadas de “s”. sa-í-da, sa-ís-te, sa-ú-de, ba-la-ús-tre, ba-ú, ra-í-zes, ju-í-zes, Lu-ís, pa-ís, He-lo-í-sa, Ja-ú. Regra dos Ditongos Abertos Acentuam-se os ditongos de pronúncia aberta éu, éi, ói APENAS em palavras oxítonas ou monossilábicas: chapéu, céu, anéis, pastéis, coronéis, herói, etc. Não se acentuam os ditongos abertos de palavras paroxítonas: jiboia, plateia, estreia, paranoia, heroico, ideia, etc Acento Diferencial Os verbos derivados de ter e vir levam acento agudo na 3ª pessoa do singular e acento circunflexo na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo: ele retém/eles retêm; ele intervém/eles intervêm. Recebem acento diferencial as seguintes palavras: pôr (verbo), para diferenciar de por (preposição); pôde (3ª pessoa do singular do pretérito perfeito), para diferenciar de pode (3ª pessoa do singular do presente do indicativo) não há mais acento no EE e OO, presente em palavras como voo, sobrevoo, enjoo, veem, leem, creem. Monossílabos Tônicos acentuam-se os monossílabos terminados em a(s), e(s) e o(s). É o caso de “má”, “lá”, “pés”, “pó”, ... Noções de Fonologia Estudo dos fonemas Regra Geral: O número de letras é igual ao de fonemas. MATO (são 4 letras e 4 fonemas); POSTE (são 5 letras e 5 fonemas) Hoje? Hora? Amanhã Chuva? Dígrafos DÍGRAFO ocorre quando 2(DUAS) LETRAS equivalem a apenas 1(UM) FONEMA. Dígrafos consonantais É o encontro de duas letras que formam um único som consonantal. Exemplos: lh, ch, nh, rr, ss, qu, gu, sc, sç, xc, xs. “olho o foco” Página 2 2 FOCO POLICIAL • CH: chuva, chaveiro, choro, churros • LH: lhama, telha, alho, calha, milho, agulha • SS: massagem, assumir, pássaro, pêssego • RR: cachorro, carro, torre, morro, carreto • NH: dinheiro, sonho, sobrinho • GU: guirlanda, guitarra, dengue, guerra • QU: questão, máquina, querosene, aquele • SC: descida, crescer, descendência, piscina • SÇ: cresça, desça, nasço • XC: exceto, exceção, excelente • XS: exsudativo, exsurgir Dígrafos vocálicos É o encontro de duas letras que formam um único som vocálico. Quando as vogais vêm seguidas das consoantes M e N, representando fonemas vocálicos nasalizados. Exemplos: am, em, im, om, um, an, en, in, on, un. • AM: amparo, ambulância, campeão, ambição, ampla • EM: empecilho, lembrança, sempre • IM: símbolo, cachimbo, limpo • OM: ombro, sombra, tombo • UM: cumprimento, chumbo, umbigo • AN: anta, sangue, tanque, antítese • EN: pente, mentira, entrada • IN: tinta, introdução, lindo, cinto • ON: onça, ponte, fonte • UN: mundo, sunga, denúncia Obs: QU e GU, pois dependendo da forma como a palavra é pronunciada, pode ser ou não um dígrafo. Para entendermos melhor abaixo, dois grupos de palavras que ilustram a situação: Eloquência –a vogal u é pronunciada, portanto não apresenta dígrafo. Questão – a vogal u não é pronunciada, portanto possui o dígrafo QU. Linguiça - a vogal u é pronunciada, portanto não apresenta dígrafo. Gueixa – a vogal u não é pronunciada, portanto possui o dígrafo GU. Vamos praticar!!!! https://www.infoescola.com/linguistica/antitese/ “olho o foco” Página 3 3 FOCO POLICIAL O vocábulo, presente na tirinha, “grávida” é acentuado pela regra ortográfica descrita em: Alternativas A proparoxítona a ser sempre acentuada. B paroxítona a ser sempre acentuada. C oxítona a ser sempre acentuada. D paroxítona terminada em vogal ‘a’ deve ser sempre acentuada. E oxítona terminada em vogal ‘a’ deve ser sempre acentuada. Assinale a alternativa que possua vocábulo acentuado pela mesma justificativa empregada em terapêutico: A saúde. B benefícios. C esquizofrênico. D até E responsável. Devem ser acentuadas todas as palavras da opção: A ritmo - boia – lapis. B trofeu - juri – gas. C chines - ruim – Piaui. D uriti - gratis – atras. E feiura – deem – pera. Com o advento do sistema ortográfico alterado há cerca de dez anos, certas palavras ainda provocam dúvida quanto ao emprego do acento. A alternativa a seguir que apresenta todas as palavras na forma correta em ortografia e acentuação está em: A eleitor – voto – próximos – vigilantes. B eitor – vaga – idéia – unidos. C eleitor- úrna – capazes – informados. D eleitoral – comicio – vaga – políticos. E comite – câmara – conscientes – fieis. Das alternativas a seguir, uma contém termo que sofreu alteração com o Acordo Ortográfico atual. Temos esse termo em: A estoico. B desarmônico. C convênio. D proteção. E homônimo. A opção em que todas as alternativas apresentam dígrafo é: A assim – magro – espelho. B estante – manhã – pierrô. C carroça – perdido – achado. D coalhada – nascimento – grude. E mudança – ninho- bicicleta. “olho o foco” Página 4 4 FOCO POLICIAL ara trabalhar com sua turma a noção de dígrafo - encontro de duas letras que representam apenas um som, um fonema – uma professora do quinto ano distribuiu cartões com palavras do texto, a serem analisados pelos grupos. O cartão que contém três palavras com dígrafo é o que traz as palavras: A CHUVA, SOL, ANEL. B AQUILO, ISTO, DINHEIRO. C CHUVA, DINHEIRO, TRANQUILO. D CHUVA, AQUILO, ESCOLHENDO. E TRANQUILO, SOL, DINHEIRO. Todas as alternativas abaixo apresentam par de palavras com dígrafos, EXCETO em: A vizinha – pássaro. B filhote – águia. C terra – enquanto. D extensão – que. E nascente – grasnou. Observe o verbo destacado no fragmento: “Os deslocamentos humanos ou processos migratórios ambientais têm ganhado uma atenção especial.” Assinale a alternativa que indica o mesmo parâmetro utilizado para acentuação. A A caixa contém material frágil, por isso cuidado! B Os alunos vêm de bairros diferentes C Ele não pôde chegar cedo na semana passada D Manuais de instrução têem letras pequenas E Não lê antes de assinar, assim faz o comprador apressado Em “... alguns tipos de pacientes e alguns quadros clínicos têm um resultado já atestado...”, o verbo em destaque está: A incorretamente empregado, pois não deveria ter acento. B incorretamente empregado, pois não deveria ter acento após a Reforma Ortográfica. C corretamente empregado, pois deveria ter acento após a Reforma Ortográfica. D corretamente empregado, pois o acento é obrigatório por concordar com “alguns tipos de pacientes” e “alguns quadros clínicos”. E corretamente empregado, pois o acento se justifica por flexão no singular. FOCO POLICIAL CONCURSOS Página 1 1 FOCO PC/PP Português Aluno: _________________________________ AULA 02 - ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS Existem dois processos básicos pelos quais se formam as palavras: a derivação e a composição. A diferença entre ambos consiste basicamente em que, no processo de derivação, partimos sempre de um único radical, enquanto no processo de composição sempre haverá mais de um radical. Derivação é o processo pelo qual se obtém uma palavra nova, chamada derivada, a partir de outra já existente, chamada primitiva. Pode ser: Prefixal prefixo + palavra primitiva. Sufixal palavra primitiva + sufixo. 3. Prefixal e sufixal prefixo+ palavra primitiva + sufixo. des (prefixo) + leal (palavra primitiva) + dade (sufixo) = deslealdade in (prefixo) + feliz (palavra primitiva) + mente (sufixo) = infelizmente 4. Parassintética - prefixo + palavra primitiva + sufixo. e (prefixo) + mudo (palavra primitiva) + ecer (sufixo) = emudecer des (prefixo) + alma (palavra primitiva) + ado (sufixo) = desalmado Outros exemplos de derivação parassintética: “aclarar”, “ensurdecer”, “empobrecer”, “enobrecer”, “entardecer”. Faça o teste de tirar o prefixo ou o sufixo e veja se a palavra resultante “funciona”. Regressiva- palavra formada a partir da redução de uma outra. Derivação Imprópria (Conversão) Pronto, chegamos ao último tipo de derivação, chamada de imprópria (também chamada de conversão). Nela, verificamos a formação de palavras por meio da mudança da categoria gramatical sem a modificação da forma (ou seja, sem a adição ou redução de afixos). Vamos ver o caso do advérbio de negação não. O uso dessa forma está associado a verbos, correto? Por exemplo: Ele não dorme bem há meses. No entanto, essa forma adverbial pode ser usada como um substantivo, em função sintática de sujeito: O não é uma forma adverbial que denota negação. O mesmo pode acontecer com verbos, que passam a substantivos: Sempre vejo aquele pássaro cantar em minha varanda. (forma verbal) O cantar daquele pássaro é muito bonito. (forma substantiva) Percebeu que houve uma mudança de classe, mas não houve mudança de forma? Nesse caso, como estamos vendo, estamos diante de uma derivação imprópria (ou conversão). Composição Vimos que tanto na flexão quanto na derivação, um afixo é somado a um radical. Encontramos algo diferente com a composição. Nela, há a soma de dois radicais: Justaposição – ocorre quando os elementos da combinação não sofrem alteração fonética ou gráfica. São exemplos: Bem-me-quer Pontapé Pé-de-moleque FOCO POLICIAL CONCURSOS Página 2 2 FOCO PC/PP Roda-viva Girassol... Aglutinação – ocorre quando um dos elementos da combinação sofre alteração fonética ou gráfica. Vejamos, pois, os exemplos: Pernalta Planalto Aguardente Embora Vinagre= Vinho+Acre Outros Processos de Formação de Palavras Abreviação A abreviação é a representação escrita de uma palavra grafando-se apenas algumas de suas sílabas ou letras. A abreviatura é a representação reduzida de uma palavra, por meio da letra inicial, das letras ou sílabas iniciais ou de letras iniciais, médias ou finais. Como características, a abreviatura leva ponto abreviativo, tem geralmente a inicial em minúscula, mantém a flexão (de gênero e número) e a acentuação. lég. (légua); légs. (léguas). A sigla é o conjunto de iniciais dos nomes próprios, principalmente de locuções substantivas próprias. Como característica, a sigla é formada com inicial maiúscula e não leva ponto abreviativo. Quando pluralizada, pode-se acrescentar um s minúsculo ao final ou se pode duplicar as letras que compõem a sigla. APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais); APAES (Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais); EE UU (Estados Unidos). O símbolo, por fim, é a letra ou sinal representativo de uma palavra ou expressão. Caracteriza-se por não levar ponto final abreviativo e por não ser pluralizado. m (metro/metros); h (hora/horas). Hibridismo, Neologismo e Estrangeirismo Para se caracterizar um hibridismo, é preciso analisar a origem etimológica dos morfemas. Assim, uma palavra como sambódromo é um hibridismo porque tem morfemas de línguas distintas: samba (grupo linguístico banto) + dromo (língua grega). Autoclave – Auto (grego) + clave (latim) Bicicleta – Bi (latim) + ciclo (grego) + eta (-ette, francês) Burocracia – Buro (francês) + cracia (grego) Endovenoso – Endo (grego) + venoso (latim) Hiperacidez–Hiper (grego) + acidez (português) Monocultura – Mono (grego) + Cultura (latim) Psicomotor – Psico (grego) + motor (latim) Romanista – Romano (latim) + -ista (grego) Sociologia – Socio (latim) + -logia (grego) Um neologismo, por sua vez, é o emprego de novas palavras, derivadas ou formadas de outras já existentes (incluindo morfemas), na mesma língua ou não (ou seja, podem ocorrer com elementos de outras línguas). Um exemplo de neologismo recorrente é o nome de comércios. Já leu ou ouviu falar sobre “açaiteria”, “temakeria”, “esmalteria”? Pois então, todos esses nomes são neologismos. Você sabe que existe, por exemplo, a palavra (dicionarizada) sorveteria, na qual o sufixo -eria significa “local em que...”. Esse mesmo morfema é agora anexado a “açaí”, formando “o local em que se vende açaí” – açaiteria. Por fim, o estrangeirismo é a incorporação de um termo estrangeiro incorporado a uma língua receptora. Nessa incorporação, há duas possibilidades: • (i) manter a autonomia sonora da língua estrangeira; ou • (ii) adaptar-se à fonologia/grafia da língua receptora. No primeiro caso, temos palavras como “know-how” (termo em inglês que significa “saber fazer”). No segundo caso, temos termos como “abajur” (termo do francês “abat-jour”, que originalmente significa “espécie de janela que permite graduar a entrada de luz”). • futebol (do inglês football) • basquetebol (do inglês basketball) • abajur (do francês abat-jour) • sutiã (do francês sutien) • batom (do francês bâton) • bege (do francês beige) • bife (do inglês beef) FOCO POLICIAL CONCURSOS Página 3 3 FOCO PC/PP • esporte (do inglês sport) Vamos praticar!! (IADES/AUXILIAR ADMINISTRATIVO/CRC-MG/2015) A palavra “incapacidade” é formada por derivação: a) prefixal. b) parassintética. c) sufixal. d) imprópria. e) prefixal e sufixal. (IADES/ADVOGADO/CRC-MG/2015) A respeito do processo de formação de palavras, é correto afirmar que o vocábulo “castigos” é formado por: a) composição por justaposição b) derivação imprópria c) derivação regressiva d) derivação parassintética e) composição por aglutinação (IADES/LEITURISTA/ELETROBRAS/2015) Quanto à formação da palavra “impossível”, assinale a alternativa correta. a) derivação prefixal. b) composição por justaposição. c) parassíntese. d) derivação imprópria. e) derivação regressiva. (IADES/NÍVEL MÉDIO/CAU-RJ/2014) Com relação ao processo de formação de palavras, é correto afirmar que o vocábulo “sustentabilidade” é formado por derivação: a) imprópria. b) prefixal. c) sufixal. d) regressiva. e) parassintética. (FCC/AGENTE TÉCNICO LEGISLATIVO/AL-SP/2010) Formaram-se pelo processo de derivação sufixal as palavras: a) realidade e temporal. b) representativos e espaço. c) visão e momento. d) cronologia e análoga. e) relógios e tempo. (CETREDE/PROFESSOR/PREFEITURA DE SÃO BENEDITO- CE/2015) Marque a opção em que a palavra foi formada por aglutinação. a) Girassol. b) Desconforto. c) Refazer. d) Vinagre. e) Amanhecer (CETREDE/GUARDA/PREFEITURA DE ARQUIRAZ- CE/2017) Marque a opção CORRETA em relação ao processo de formação das palavras. a) Vinagre – composição por justaposição. b) Passatempo – derivação. c) Burocracia – hibridismo. d) Compor – derivação sufixal. e) Infelizmente – parassíntese. (INSTITUTO SELECON/TÉCNICO/SECITEC-MT/2018) Ficar grudado no smartphone é antissocial ou hipersocial? Muitos estudiosos têm chamado atenção para as consequências do uso excessivo dos smartphones... No título, o elemento que evidencia a polêmica em torno do assunto abordado é: a) estrangeirismo - “smartphone”. b) informalidade - “grudado”. c) conectivo - “ou”. c) prefixo - “hiper”.0 (IDECAN/AGENTE/COREN-MA/2013) “O gasto com celular já havia aumentado...” Quanto ao processo de formação de palavras, a palavra “gasto” constitui exemplo de derivação: a) sufixal. b) prefixal. c) imprópria. d) regressiva. e) parassintética.FOCO POLICIAL CONCURSOS Página 4 4 FOCO PC/PP No que se refere à estrutura e aos processos de formação de palavras retiradas do texto, avalie as afirmações que seguem: I. Os vocábulos ‘profundamente’ e ‘resolvermos’ são formados por sufixação. II. Em ‘ilimitado’ ocorrem prefixo e sufixo. III. A palavra ‘automóveis’ é exemplo de hibridismo, nome dado à formação de palavras com elementos de idiomas diferentes. Quais estão corretas? A Apenas I. B Apenas II. C Apenas III. D Apenas I e II. E Apenas II e III. A questão refere-se ao seguinte texto: “O uso de biomassa como fonte de energia tem recebido muita atenção por se tratar de uma fonte de energia renovável, que reduz os danos ao ambiente quando produzida de forma sustentável. As fibras de biomassa mais utilizadas atualmente, no Brasil, para produção de biocombustíveis são a cana-de-açúcar e os óleos vegetais. O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Energia e Ambiente mantém diversas linhas de pesquisa sobre aspectos da produção de combustíveis a partir de materiais vegetais e animais e de seu emprego nos veículos que circulam no país, contribuindo com os avanços científicos e tecnológicos necessários para tornar a `energia verde' cada vez mais competitiva e valorizada.” (Fonte: GUARIEIRO, Lílian L. N.; TORRES, Ednildo A.; ANDRADE, Jailson B. de. Energia verde. Ciência hoje, n 285, v. 48, p. 37, set. 2011. Grifos nossos) Esta questão avalia conhecimentos sobre diferentes itens do conteúdo previsto para a prova. Assinale a alternativa correta. A O pronome “seu” (3º período) retoma “materiais vegetais e animais”. B Na palavra “cana-de-açúcar” (2º período), usou-se indevidamente o hífen. C A palavra “biocombustíveis é formada por derivação parassintética. D Os substantivos “emprego” e “avanço” são formados por derivação regressiva. E As palavras “mais” (nas duas ocorrências) e “uso” foram empregadas, respectivamente, como pronome indefinido e verbo. Em relação ao processo de formação de palavras, assinalar a alternativa que apresenta uma palavra f ormada por derivação parassintética: A Infelizmente. B Desigualdade. C Infielmente. D Entardecer. E Pedreira. O vocábulo “intrínsecos”, empregado no último período do terceiro parágrafo, é formado por derivação prefixal, mediante o acréscimo do prefixo de negação – in. A palavra “decorrência” (segundo parágrafo) é formada pelo processo de derivação sufixal, a partir do verbo decorrer e do sufixo –ência. A palavra “dessalgado” (l.6) é composta por prefixação. O radical grego das palavras taquígrafo, taquicárdico e tacógrafo significa rápido. As palavras “conspiração”, “sutilmente” e “terríveis” são formadas pelo processo morfológico de formação de palavras denominado sufixação. As palavras “guarda-chuva” e “sobrecarga” são formadas pelo processo de aglutinação. FOCO POLICIAL CONCURSOS Página 1 1 FOCO PC/PP Português Aluno: _________________________________ Tempos Verbais Tomando-se como referência o momento em que se fala, a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos tempos. Veja: 1. Tempos do Indicativo O verbo expressa uma ação que provavelmente acontecerá, uma certeza, trabalhando com reais possibilidades de concretização da ação verbal ou com a certeza comprovada da realização daquela ação. Presente - Expressa um fato atual. Por exemplo: Eu estudo neste colégio. Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual, mas que não foi completamente terminado. Por exemplo: Ele estudava as lições quando foi interrompido. Pretérito Perfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado. Por exemplo: Ele estudou as lições ontem à noite. Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato que teve início no passado e que pode se prolongar até o momento atual. Por exemplo: Tenho estudado muito para os exames. Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado. Por exemplo: Ele já tinha estudado as lições quando os amigos chegaram. (forma composta) Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram. (forma simples) Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que deve ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento atual. Por exemplo: Ele estudará as lições amanhã. Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato que deve ocorrer posteriormente a um momento atual, mas já terminado antes de outro fato futuro. Por exemplo: FOCO POLICIAL CONCURSOS Página 2 2 FOCO PC/PP Antes de bater o sinal, os alunos já terão terminado o teste. Futuro do Pretérito (simples) - Enuncia um fato que pode ocorrer posteriormente a um determinado fato passado. Indica uma ação hipotética. Por exemplo: Se eu tivesse dinheiro, viajaria nas férias. Futuro do Pretérito (composto) - Enuncia um fato que poderia ter ocorrido posteriormente a um determinado fato passado. Por exemplo: Se eu tivesse ganhado esse dinheiro, teria viajado nas férias. Os tempos do subjuntivo O modo subjuntivo é utilizado para indicar um fato incerto, exprime condição, incerteza e dúvida. Presente do subjuntivo: Uma ação duvidosa, incerta, que poderá ser realizada ou não: Quem sabe ela venha à reunião? Um desejo, uma vontade: Então, que você seja muito feliz no seu novo colégio. Pretérito imperfeito do subjuntivo: O pretérito imperfeito do subjuntivo se refere a um fato que pode ter ocorrido ou não e é expresso pelas desinências – sse, -sses, -ssemos, -sseis, -ssem. Frequentemente, ele remete aos desejos, vontades, imaginação ou sentimentos do falante. Dona Maria esperava que o neto chegasse em casa com segurança. Nenhum dos filhos tinha segredos que não contassem à mãe. Se chovesse, o incêndio que assola a região há semanas cessaria. Se tivesses feito a aposta, terias ganhado o prêmio. Futuro do subjuntivo: indica fatos possíveis, mas ainda não concretizados no momento em que se fala ou escreve: Quando comprovar sua situação, será inscrito. Quem obtiver o primeiro prêmio receberá bolsa integral. Se ela for a Siena, não quererá mais sair de lá. O MODO IMPERATIVO O imperativo é o modo verbal que expressa conversa diretamente com o interlocutor e transmite ordem, conselho, pedido ou solicitação. FOCO POLICIAL CONCURSOS Página 3 3 FOCO PC/PP Vamos praticar!!! FOCO POLICIAL CONCURSOS Página 4 4 FOCO PC/PP “A quarentena surpreendeu a todos. Havíamos recém entrado em março (...)”. O tempo verbal de “Havíamos” no pretérito imperfeito do subjuntivo é: A haveremos. B houvéssemos. C houvemos. D havemos. E houvermos. FOCO POLICIAL CONCURSOS “A vaga é minha” Página 1 1 FOCO POLICIAL PORTUGUÊS AULA 04 Aluno: _________________________________ VOZES VERBAIS Vozes do verbo: voz ativa, passiva e reflexiva Voz ativa Ocorre quando o sujeito pratica a ação verbal, sendo o agente da oração. Exemplos: • Eu comi macarrão. • Os alunos leram os livros. Voz passiva analítica e sintética É quando o sujeito sofre a ação verbal, ou seja, é o paciente da oração. Voz passiva analítica Possui a seguinte estrutura: sujeito paciente + verbo auxiliar (SER) + verbo no particípio (terminação -ado ou -ido) + preposição + agente da passiva. Exemplos: O macarrão foi comido por mim. Os livros foram lidos pelos alunos. Voz passiva sintética Tem como estrutura: verbo transitivo + pronome “se” + artigo + sujeito paciente. Exemplos:Comeu-se o macarrão. Leram-se os livros. Voz reflexiva Usamos a voz reflexiva quando o sujeito pratica e sofre a ação ao mesmo tempo. Exemplos: Ela se machucou com o alicate. Eles se olharam. Eu me alimento de forma saudável. Classificação dos verbos Verbos regulares São aqueles cuja flexão não provocam nenhuma modificação nos radicais, ou seja, a conjugação se encaixa nos modelos fixos de conjugação e não altera os radicais ou as terminações. Por exemplo (verbo amar): amar, amei, amarei, amava, amasse. Verbos irregulares São os verbos que, quando conjugados, sofrem alterações tanto nos radicais quanto nas terminações. Eles não seguem os modelos fixos da conjugação que integram. Exemplo (verbo fazer): faço, fazia, fiz, fizera, fizesse, farei, faria. Verbos anômalos Dentro da classificação dos verbos, os anômalos são aqueles que passam por grandes alterações nos radicais no momento que são conjugados. É o caso dos verbos ser e ir. Verbo ser: sou, foste, era, fôramos, sereis, seriam, seja. Verbo ir: vou, fui, irei, ia, ireis, iriam. Verbos defectivos Em virtude de fatores morfológicos, fonéticos ou semânticos, os defectivos não apresentam todas as formas verbais, pois não podem ser conjugados em determinados tempos, modos ou pessoas. Eles são identificados como: Impessoais – são os verbos que não têm sujeito e geralmente são conjugados apenas na terceira pessoa do singular. Os principais desse tipo são o verbo haver (no sentido de existir) e o verbo fazer (no sentido de tempo decorrido). Exemplos: Havia muitas crianças no parque hoje. Houve uma manifestação no centro da cidade pela manhã. Faz uma hora que espero o ônibus passar. Faz dois anos que não viajo. Além desses, todos os verbos que apontam fenômenos naturais são também impessoais. Ventar, Amanhecer, Anoitecer, Chover, Chuviscar, Escurecer, Esquentar, Estiar, Garoar, Nevar, Relampejar, Saraivar, Trovejar Os verbos que remetem aos fenômenos podem ser conjugados apenas no sentido figurado, em contexto literário. Exemplo: Amanheci com ótimo humor. Unipessoais – mesmo apresentando um sujeito, são verbos cuja conjugação é realizada somente na terceira FOCO POLICIAL CONCURSOS “A vaga é minha” Página 2 2 FOCO POLICIAL pessoa do singular e na terceira do plural. Servem para representar as vozes ou ações de animais, e indicar uma necessidade ou sensação em orações subordinadas substantivas. Exemplos: Os cachorros latiram durante toda a noite. Meu gato mia loucamente quando está com fome. É importante você chegar mais cedo. Custa ir trabalhar na segunda-feira. Assim como os impessoais, a conjugação apenas é possível quando a frase é em sentido figurado. Exemplo: Ela sempre rosnava diversos xingamentos quando ficava nervosa. Pessoais – também têm sujeito, mas não possuem algumas flexões por razões morfológicas e eufônicas. O verbo falir, por exemplo, quando conjugado no presente do indicativo (falo, fales, fale), apresenta formas idênticas ao verbo falar – o que pode gerar certa confusão na hora da interpretação. Já o verbo computar no presente do indicativo (computo, computas, computa), possui uma sonoridade considerada “desagradável” por alguns gramáticos, sendo normalmente substituído por sinônimos durante a formação das frases. Exemplo: Eu calculei todas as despesas da casa este mês. (O verbo calcular pode ser usado no lugar do computar: Eu computei todas as despesas da casa este mês.) Verbos abundantes De acordo com a classificação dos verbos, os chamados abundantes têm duas formas aceitas pela gramática normativa. Ou seja, podem ser encontrados tanto no particípio regular como irregular. Exemplos: Infinitivo: eleger, entregar, enxugar, expulsar, inserir, pagar, matar. Particípio regular: elegido, entregado, enxugado, expulsado, inserido, pagado, matado. Particípio irregular: eleito, entregue, enxuto, expulso, inserto, pago, morto. Verbos pronominais Os pronominais se unem aos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, nos, vos, se) no momento que são conjugados. Esses pronomes estão sempre relacionados ao pronome reto ou à mesma pessoa do sujeito, estabelecendo as seguintes conjugações: Pronominal reflexiva: a ação remete ao próprio sujeito. Ex: Ele penteia-se ou ele se penteia. Pronominal recíproca: a ação remete a cada um dos sujeitos, que devem estar no plural. Ex: Eles abraçaram- se ou eles se abraçaram. Os verbos pronominais ainda são classificados em essenciais – verbos que são usados apenas nas formas pronominais (arrepender-se, suicidar-se, zangar- se, queixar-se, abster-se, dignar-se) – e acidentais, que podem ser utilizados tanto na forma pronominal como na simples (lembrar/lembrar-se/ sentar/sentar-se, enganar/enganar-se). Verbos auxiliares Entre a classificação dos verbos, os auxiliares são os que acompanham as formas nominais do verbo principal, apontando o tempo, modo, número ou pessoa da ação. São aplicados nos tempos compostos, locuções verbais e voz passiva. Exemplos: ser, estar, ter, haver, ir, ficar. Verbos principais Como a categoria já sugere, os principais são aqueles que não precisam de outros verbos para expressar a totalidade da ação verbal. Exemplos: correr, brincar, estudar, saltar, dançar, sorrir. Verbos de ligação Também chamados de copulativos, os verbos de ligação indicam um estado ao ligar uma característica ao sujeito. Eles não relacionam uma ação efetuada e também não são os núcleos dos predicados. Exemplos: Permanecer, Ficar, Ser, Estar, Continuar, Andar, Parecer e Tornar-se. Eu sou ansiosa. Juliana parece animada. Verbos significativos Conforme a classificação dos verbos, os significativos mostram uma ação. Como funcionam como núcleos dos predicados verbais, podem ser intransitivos ou transitivos (transitivo direto, transitivo indireto ou transitivo direto e indireto). Verbos intransitivos: não precisam de objeto direto ou indireto para dar sentido as orações. Exemplos: morrer, nascer, andar, viver, voltar, chegar. Verbos transitivos: necessitam de um complemento verbal para ter sentido. Exemplos: Verbo transitivo direto: quebrar, querer, ler, fazer, ter, causar. Verbo transitivo indireto: acreditar, saber, obedecer, necessitar, lembrar, concordar, Verbo transitivo direto e indireto: comunicar, agradecer, pagar, emprestar, perdoar, dar. https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/lingua-portuguesa/verbos-de-ligacao https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/lingua-portuguesa/verbos-de-ligacao https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/lingua-portuguesa/verbos-intransitivos https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/lingua-portuguesa/verbo-transitivo-direto FOCO POLICIAL CONCURSOS “A vaga é minha” Página 3 3 FOCO POLICIAL Vamos praticar!!! Em “Consertou-se o computador do laboratório.”, o verbo está na voz: A ativa. B reflexiva. C reflexiva recíproca. D passiva analítica. E passiva sintética. Assinale a alternativa que está na Voz Passiva. A A médica fez a cirurgia. B Ele guardou os documentos. C A cirurgia foi realizada por mim. D Ele anotou todas as perguntas. E Ela se cortou com o bisturi. Se a frase “Um pouco mais adiante, junto às geladeiras de laticínios, são guardados os ovos.” for passada para a voz passiva sintética, o verbo deverá assumir a forma: A guardavam-se B guardam-se C guardou-se D guardar-se-ão E guardaram-se A frase “A ficha de admissão deveria ser preenchida pelos trabalhadores.”, se transformada para a voz ativa, o verbo assumiria a seguinte forma: A será preenchida. B deveriam preencher. C seriam preenchidas. D deveria preencher. E seria preenchida. Em “O menino machucou-se ao sair da cadeira do dentista.”, o verbo destacado apresenta-se na mesma voz do verbo da opção: A A mãe queixou-se ao dentista. B Precisa-se de atendentes dentários. C Olhou-se no espelho antesde sair do consultório. D Crianças devem ser levadas ao dentista. E Os clientes cumprimentaram-se na antessala. A voz verbal indica se o sujeito gramatical é agente ou paciente da ação expressa pelo verbo. Existem três vozes do verbo ou vozes verbais no português. São elas: A relativa, subordinada e predominante. B predominante, relativa e reflexiva. C ativa, predominante e relativa. D subordinada, predominante e reflexiva. E ativa, passiva e reflexiva À forma de voz passiva analítica destacada em: “... imagine que a lógica irrefutável desses argumentos SEJA APRESENTADA a uma criança de 10 anos...” corresponde, na passiva sintética a: A se apresenta. B apresentou-se. C apresentava-se. D se apresente. E apresentar-se-ia. O verbo da oração “FUI SURPREENDIDA por uma andorinha solitária” encontra-se na voz passiva analítica. Ao ser passado para a voz ativa, deve assumir a forma: A surpreendia-me. B surpreendeu-me. C surpreende-me. D surpreenda-me. E surpreendera-me. A ação verbal destacada na frase “O mendigo QUEIMOU-SE ao esquentar sua comida.”, está na mesma voz verbal que em: A Alugam-se casas para temporada de verão. B Vive-se muito bem no campo sulino. C A criança machucou-se ao brincar com a faca. D Consertam-se bicicletas no centro da cidade. E Pai e filho queriam-se muito bem antes da briga. Se redigido na voz ativa, o verbo da frase O RELATÓRIO DEVERIA SER PREENCHIDO PELOS FUNCIONÁRIOS DA LIMPEZA deve assumir a seguinte forma: A será preenchido. B seria preenchido. C deveria preencher. FOCO POLICIAL CONCURSOS “A vaga é minha” Página 4 4 FOCO POLICIAL D seriam preenchidos. E deveriam preencher. Se a frase “esses profissionais serão valorizados pela população.” for passada para a voz ativa, o verbo deverá assumira forma: A valorizam. B valorizou. C valorizará. D valorizem. E valorizariam. Na transposição da frase “Lá dentro viu dependurados compridos casacos de peles.” para a voz passiva analítica, a forma verbal VIU mudará para: A serão vistos. B foram vistos. C eram vistos. D fossem vistos. E seriam vistos. Se a frase: “É recebido por uma revoada rasante de pombos...” for passada para a voz ativa, o verbo deverá assumir a forma: A recebe. B recebeu. C recebería. D tinha recebido. E tinha sido recebida No parágrafo: “Muitos especialistas em saúde pública calculam que os índices de mortalidade infantil poderiam diminuir significativamente, se houvesse prevenção da gravidez na adolescência, no Brasil.”, o verbo HAVER classifica-se como: A auxiliar, pois ajuda no entendimento do substantivo “prevenção”. B principal, pois ajuda no entendimento do substantivo “prevenção”. C auxiliar, pois modifica a forma “significativamente”. D principal, pois modifica a forma “significativamente”. E impessoal, pois substitui o verbo ‘existir’. “Um minuto depois, percebeu que estava num bosque, à noite, e que havia neve sob os seus pés, enquanto outros flocos tombavam do ar.” A respeito do trecho acima, quanto aos aspectos gramatical, sintático e semântico, analise as afirmativas a seguir. I. A expressão UM MINUTO DEPOIS possui valor temporal. II. A forma verbal HAVIA é impessoal. III. DO AR é uma locução adjetiva. Está correto apenas o que se afirma em: Alternativas A I. B II. C I e II. D I e III. E II e III. No segmento “Deixavam-se os instrumentos cirúrgicos bem protegidos dentro do laboratório.”, o verbo em destaque está na voz: (A) Reflexiva recíproca. (B) Passiva analítica. (C) Passiva sintética. (D) Reflexiva. (E) Ativa. Em “O modo rápido como se espalham...” (L 11/12), o verbo encontrado é do tipo: (A) irregular. (B) reflexivo. (C) pronominal. (D) abundante. (E) defectivo. Em “O uso da máscara é individual”, encontra-se: (A) um predicativo do sujeito e um verbo de ligação. (B) não há predicativo do sujeito. (C) somente o verbo de ligação. (D) não há verbo de ligação. (E) somente o predicativo do sujeito. Prof. Lázaro FOCO POLICIAL CONCURSOS Página 1 1 FOCO PC/PP Português Aluno: _________________________________ Regência Verbal e Nominal: Conceitos Básicos A regência verbal e nominal têm relação com a transitividade, isto é, tratam da exigência ou não de uma preposição por um verbo ou nome. Em outras palavras, regência verbal e nominal é uma relação de complementação que se estabelece entre termos de uma oração. Regência Verbal A regência verbal identifica o verbo que exige ou não complemento. O verbo que exige complemento é chamado de transitivo e o que não a exige é chamado de intransitivo. Verbo Transitivo Direto O verbo transitivo direto é aquele que exige complemento SEM preposição, como os exemplos abaixo: O candidato realizou a prova. Ele estudou a matéria. Note que os termos “a prova” e “a matéria” são complementos diretos do verbo e são chamados de objetos diretos. Normalmente, indica-se o reconhecimento do objeto direto com a pergunta “o quê?” ao verbo: O candidato realizou o quê? (resposta: a prova) Ele estudou o quê? (resposta: a matéria) Verbo Transitivo Indireto Os verbos transitivos indiretos exigem complemento verbal COM preposição. Veja os exemplos: O candidato duvidou do gabarito da prova. Ele gosta de Matemática. Note que os termos “do gabarito da prova” e “de Matemática” são complementos indiretos do verbo e são chamados de objetos indiretos. Normalmente, indica-se o reconhecimento do objeto indireto com a pergunta “de/com/em/a quê?” ao verbo: O candidato duvidou de quê? (resposta: do gabarito da prova) Ele gosta de quê? (resposta: de Matemática) Verbo Intransitivo Os verbos intransitivos não exigem complementos verbais (objetos direto ou indireto), mas podem exigir circunstâncias adverbiais, como de lugar, modo, tempo etc: Os problemas ocorreram. Os problemas ocorreram naquela época na empresa. Viajei para São Paulo. Vim da Bahia ontem. Na oração “Os problemas ocorreram.“, há o sujeito “Os problemas” e o verbo intransitivo “ocorreram”. Na oração “Os problemas ocorreram naquela época na empresa.“, há o sujeito “Os problemas”, o verbo intransitivo “ocorreram”, o adjunto adverbial de tempo “naquela época” e o adjunto adverbial de lugar “na empresa”. Na oração “Viajei para São Paulo“, há o verbo intransitivo “Viajei” e “para São Paulo” é o adjunto adverbial de lugar . Por fim, na oração “Vim da Bahia ontem.“, o verbo “Vim” é intransitivo, “da Bahia” é o adjunto adverbial de lugar e “ontem” é o adjunto adverbial de tempo. Transitividade e Contexto É preciso também entender que a transitividade de um verbo sempre dependerá do contexto. Devido a isso não podemos estudar regência decorando simplesmente a transitividade, mas o emprego do verbo no contexto. Vejamos o verbo “estudar”! Tal verbo normalmente é transitivo direto, isto é, exige complemento verbal direto. Veja os exemplos abaixo: Estudo Matemática todos os dias. Eu estudo todos os dias Note que, na primeira oração, “Estudo” exige o complemento direto “Matemática”, o qual tem o nome sintático de objeto direto. Além disso, é seguido do adjunto adverbial de tempo “todos os dias”. Mas, na oração “Eu estudo todos os dias“, o autor entendeu não ser necessário nenhum complemento, isto é, não é necessário demonstrar o que é estudado, mas quando é estudado. Prof. Lázaro FOCO POLICIAL CONCURSOS Página 2 2 FOCO PC/PP Assim, nesta última oração (“Estudo todos os dias“), o verbo é apenas intransitivo. Regência Nominal A regência nominal ocorre quando um nome (substantivo abstrato, adjetivo ou advérbio) é transitivo e, por conseguinte, exige um complemento. Vejamos os exemplos abaixo: O acesso ao estudo é a chave do desenvolvimento do país. A sociedade é obedienteàs leis. Moro longe de você. Na primeira oração, note que o substantivo “acesso” exigiu o complemento nominal “ao estudo”. Na segunda oração, o adjetivo “obediente” exigiu o complemento nominal “às leis” . Na terceira oração, o advérbio “longe” exigiu o complemento nominal “de você”. Assim, podemos dizer que os nomes “acesso”, “obediente” e “longe” são nomes transitivos, os quais exigem o termo complemento nominal. Lista de Regência Nominal A regência nominal é bem variável, pois os nomes admitem muitas preposições, mas segue abaixo uma lista dos principais: acostumado a, com curioso de afável com, para desgostoso com, de afeiçoado a, por desprezo a, de, por aflito com, por devoção a, por, para, com alheio a, de devoto a, de ambicioso de dúvida em, sobre, acerca de amizade a, por, com empenho de, em, por amor a, por falta a, com, para ansioso de, para, por imbuído de, em apaixonado de, por imune a, de apto a, para inclinação a, para, por atencioso com, para incompatível com aversão a, por junto a, de ávido de, por preferível a conforme a propenso a, para constante de, em próximo a, de constituído com, de, por respeito a, com, de, por, para contemporâneo a, de situado a, em, entre contente com, de, em, por último a, de, em cruel com, para único a, em, entre, sobre Lista de Regência Verbal A transitividade é muito ampla e não se esgota naqueles verbos listados nas gramáticas tampouco aqui neste artigo, mas vemos que os concursos se baseiam nestes verbos mais comuns, os quais são listados a seguir. a) Agradar: transitivo direto, com o sentido de “fazer agrado”, “fazer carinho”. Ela agradou o filho. Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “ser agradável”. O assunto não agradou ao homem. b) Ajudar, satisfazer, presidir, preceder: transitivos diretos ou indiretos, com a preposição a. Satisfiz as exigências. ou Satisfiz às exigências. c) Amar, estimar, abençoar, louvar, parabenizar, detestar, odiar, adorar, visitar: transitivos diretos. Estimo o colega. Adoro meu filho. d) Aspirar: transitivo direto quando significa “sorver”, “inspirar”, “levar o ar aos pulmões”: Aspiramos o ar frio da manhã. Transitivo indireto, com a preposição a, quando significa “desejar”, “almejar”: Ele aspira ao cargo. e) Assistir: é transitivo direto no sentido de “dar assistência”, “amparar”. O médico assistiu o paciente. Mas também é aceito como transitivo indireto, com a preposição a, neste mesmo sentido: O médico assistiu ao paciente. Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “ver”, “presenciar”. Meu filho assistiu ao jogo. Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “caber”, “competir”. Esse direito assiste ao réu. Intransitivo, com a preposição em, com o sentido de “morar”. Prof. Lázaro FOCO POLICIAL CONCURSOS Página 3 3 FOCO PC/PP Seu tio assistia em um sítio. (o termo “em um sítio” é o adjunto adverbial de lugar) Neste sentido, admite o pronome relativo “onde”: Este é o local onde assisto (onde moro). f) Avisar, informar, prevenir, certificar, cientificar: São normalmente transitivos diretos e indiretos, admitindo duas construções. Avisei o gerente do problema. Avisei-o do problema. Avisei ao gerente o problema. Avisei-lhe o problema. Avisei o gerente de que havia um problema. Avisei ao gerente que havia um problema. Cuidado! Veja que tanto o objeto direto quanto o indireto podem ser expressos também por pronomes oblíquos átonos ou orações subordinadas substantivas. g) Atender: é transitivo direto, podendo ser também transitivo indireto no sentido de dar atenção a, receber alguém, seguir, acatar: Não costuma atender os meus conselhos. O ministro atendeu os funcionários que o aguardavam. Não atendeu à observação que lhe fizeram. Transitivo indireto no sentido de responder, prestar auxílio a: Os bombeiros atenderam a muitos chamados. O médico atendeu aos afogados na praia. h) Chegar: É intransitivo, no sentido de movimento a um destino, exigindo a preposição “a”. Com ideia de movimento de um lugar origem, usa-se a preposição “de”. Deve-se evitar a preposição “em”, muito usada na linguagem coloquial, mas não é admitida na norma culta. Cheguei a Fortaleza. Cheguei de Fortaleza. Esse verbo admite o advérbio “aonde” ou a locução “para onde”, não admitindo apenas “onde”. Note que, nas orações anteriores, os termos “a Fortaleza” e “de Fortaleza” são adjuntos adverbiais de lugar. Transitivo indireto, quando transmite valor de limite: Seu estudo chegou ao extremo do entendimento. i) Chamar: é transitivo direto com o sentido de “convocar”. Chamei-o aqui. Transitivo direto ou indireto, indiferentemente, com o sentido de “qualificar”, “apelidar”; nesse caso, terá um predicativo do objeto (direto ou indireto), introduzido ou não pela preposição de. Chamei-o louco. Chamei-o de louco. Chamei-lhe louco. Chamei-lhe de louco. A palavra louco, nos dois primeiros exemplos, é predicativo do objeto direto; nos dois últimos, predicativo do objeto indireto. j) Custar: é intransitivo, quando indica preço, valor. Os óculos custaram oitocentos reais. Obs.: adjunto adverbial de preço ou valor: oitocentos reais. Transitivo indireto, com a preposição a, significando “ser custoso”, “ser difícil”; com esse sentido, normalmente estará seguido de um infinitivo: Custou ao aluno entender a explicação do professor. Obs: A expressão “entender a explicação do professor” é sujeito oracional e “ao aluno” é o objeto indireto. (Isso custou ao aluno) k) Esquecer, lembrar, recordar: são transitivos diretos, sem os pronomes oblíquos átonos (me, te, se, nos, vos): Ele esqueceu o livro. Lembrou a situação. Recordou o fato. Transitivos indiretos com pronomes oblíquos átonos, exigindo preposição de. Ele se esqueceu do livro. Lembrou-se da situação. Recordou-se do fato. Prof. Lázaro FOCO POLICIAL CONCURSOS Página 4 4 FOCO PC/PP No sentido figurado, há ainda a possibilidade de o sujeito do verbo “esquecer” não ser uma pessoa, mas uma coisa: Esqueceram-me as palavras de elogio. Esqueceu-se verificar o número da placa. Essa mesma regência vale para “lembrar”, isto é, há na língua o registro de frases como “Não me lembrou esperá-la”, em que “lembrar” significa “vir à lembrança”. O sujeito de “lembrou” é “esperá-la”, ou seja, esse fato (o ato de esperá-la) não me veio à lembrança. Os verbos Lembrar e recordar também podem ser transitivos diretos e indiretos: Lembrei ao aluno o dia do teste. l) Implicar: é transitivo direto quando significa “pressupor”, “acarretar”. Seu estudo implicará aprovação. Transitivo direto e indireto, com a preposição em, quando significa “envolver”. Implicaram o servidor no processo. Transitivo indireto, com a preposição com, quando significa “demonstrar antipatia”, “perturbar”. Sempre implicava com o vizinho. m) Morar, residir, situar-se, estabelecer- se pedem adjuntos adverbiais com a preposição em, e não a: Morava na Rua Onofre da Silva. Cabe aqui observar que o vocábulo “onde” não pode receber preposição com este verbo. A estrutura “aonde moro” está errada gramaticalmente, o correto é: onde moro. n) Namorar: transitivo direto: Ela namorou aquele artista. o) Obedecer e desobedecer: transitivos indiretos, com a preposição a. Obedeço ao comando. Não desobedeçamos
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