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Sumário Psicanálise: ....................................................................................................................... 2 Tópicas: ............................................................................................................................ 2 Recalque; Repressão: ........................................................................................................ 2 Defesa do conteúdo recalcado: ......................................................................................... 2 Estímulos pulsionais ......................................................................................................... 3 Representações ................................................................................................................. 3 Pulsão ............................................................................................................................... 3 Pulsão ≠ instinto ............................................................................................................... 4 Pulsões do EU ou Pulsões de autoconservação ................................................................ 5 Pulsões sexuais ................................................................................................................. 6 Bissexualidade inata ......................................................................................................... 6 Ampliação da noção de sexualidade ................................................................................. 7 Princípio de prazer ............................................................................................................ 7 Experiências de desprazer na vida psíquica ..................................................................... 7 Princípio de realidade ....................................................................................................... 9 Pulsões de vida ................................................................................................................. 9 Repetição: ......................................................................................................................... 9 Pulsões de morte ............................................................................................................. 10 Princípio de Prazer e Princípio de Realidade ................................................................. 11 Sintoma ........................................................................................................................... 11 2º dualismo pulsional: Pulsões de Vida x Pulsões de Morte .......................................... 11 Queen Realce Queen Realce Psicanálise: Freud não constrói a psicanálise como uma promessa de que o conflito acabe, não há a possibilidade de conseguir uma paz total e Freud deixa muito claro em suas obras. Investigação -> conceito -> tratamento/intervenção Um tratamento sem investigação e sem teoria é uma errância. A falta do direcionamento à experiência não seria psicanálise. Tópicas: Pesquisar depois no youtube Recalque; Repressão: Quando se faz alguma coisa que o Eu não gosta, o Eu entra em conflito com o psíquico e daí pode surgir o recalcamento de um material psíquico que gera um grande incomodo ao Eu. Vale ressaltar que o conflito entre o Eu e o psíquico é próprio da constituição do sujeito. Segundo Freud, há ideias, que mesmo estando fora da consciência, são intensas e ele fala em representações hiperitensas, basicamente uma intensidade de ideias mesmo que você não esteja pensando nelas. Só damos importância ao conteúdo recalcado pelo retorno dele. O recalque existe para evitar um desprazer maior. O sistema mnêmico vai fazendo relações de vários tipos entre os traços mnêmicos. O recalcado não vai ficar lá estagnado, apenas existindo de forma pacífica, ele vai tentar voltar e voltará desfocado (sintoma) o Até mesmo o sintoma, que é desprazeroso, segue o princípio de prazer Freud diz que o recalque é prazeroso para o inconsciente e desprazeroso para o consciente, nem o recalque é capaz de eximir/fugir a/da pulsão. O recalque é a via mais econômica pro Eu Defesa do conteúdo recalcado: Duas formas de defesa que iremos abordar aqui é: comportamento obsessivo e histeria Afeto (pensamento obsessivo) Algo somático Outro pensamento Aqui vira histeria Aqui vira um pensamento obsessivo Conversão Deslocamento Queen Nota O recalque é ocasionado pelo conflito do Eu com o psíquico. Há ideias que mesmo fora da consciência são intensas: representações hiperitensas. O recalque existe para evitar um desprazer maior, é, na balança, o menor desprazer. Queen Realce Queen Realce Queen Realce Queen Realce Queen Realce Queen Realce Queen Lápis Para se defender de pensamentos que ferem o Eu, o sujeito adquire comportamentos obsessivos, há o deslocamento da quota de afeto em direção ao pensamento obsessivo ocasionando no comportamento obsessivo: • Quota de afeto -> pensamento obsessivo -> comportamento obsessivo E também para se defender de pensamentos que ferem o Eu, um outro caminho que pode acontecer é para a histeria, há a conversão de uma quota de afetos para a histeria. O sintoma é uma satisfação substitutiva. Estímulos pulsionais Pesquisar dps no youtube O que tenho anotado: • Os estímulos pulsionais Elementos diferentes dispostos em rede (trilhamento) São neurônios. Quando entra um estímulo, uma energia, ela tem que seguir pela rede até a descarga • A energia perfaz um caminho (trilhamento = facilitação) e quando ela faz o caminho o acesso fica facilitado e ela volta pelo mesmo caminho a Descarregar = princípio de prazer Tendência a descarregar energia pelas vias facilitadas de forma automática • Isso inclui o sintoma neurótico, o sintoma nada mais é do que a via facilitada o Fazer um caminho diferente dá mais trabalho • O trilhamento se torna patogênico quando traz a dor Representações Aparelho neuronal; Os neurônios vão pouco a pouco se tornando representações. Pulsão A pulsão se dá pelo fracasso do recalque e o fracasso se dá porque o recalque não elimina o conteúdo (e, caso haja casos que funcione, nós não temos notícia). Essa Queen Realce Queen Realce Queen Realce Queen Realce Queen Realce Queen Realce espécie de insistência do recalque em voltar para a consciência é o que leva Freud a conceituar a pulsão. O inconsciente e a pulsão são muito íntimos. A pulsão é um conceito de fronteira, conceito de limite entre o anímico e o somático. Há um estímulo que vem de fora e não há fuga dele arcoreflexo A pulsão se satisfaz, mas não de maneira completa, ou seja, ela se satisfaz, mas não some, Freud fala sobre uma satisfação parcial. A primeira experiência – geralmente a amamentação – deixa uma marca mnêmica, uma primeira marca nesse aparelho psíquico que vai marcá-lo, ouso dizer moldá-lo, dali em diante. Quando em outro momento o sujeito se lembra da primeira experiência, ele vai buscar sentir a mesma satisfação incessantemente, entretanto, – aqui usaremos como base a amamentação como primeira experiência para melhor entendimento – já na segunda experiência, na segunda mamada, já há uma perda, o sujeito encontra alguma satisfação, mas não toda. Entende-se, portanto, que toda satisfação a partir da primeira é parcial pois o que se encontra não é o que se procura, até mesmo quando o sujeito alcança algo que desejou, não encontra o que buscou. Como já dizia o filósofo Arthur Schopenhauer, não existe uma satisfação total, a plenitude não existe e faz parte do ser humano esse traço de desapontamento. A experiência primeira depende de um encontro comum outro, não dá para tê-la sem o outro, vale ressaltar, portanto, que, sobretudo, a maior fonte de mal-estar é a relação com o outro. E, para frisar, não há objeto que vai extinguir a pulsão. A pulsão é incompleta e não há pulsão que vise o progresso. Mais pra frente veremos Freud chamar a compulsão de pulsional, aí já indica como a pulsão, por natureza, já possui esse caráter. Pulsão ≠ instinto Pulsão como um desvio do instinto? Não! O instinto dá um sentido inadequado para a pulsão, portanto há a necessidade de divergi-los: Enquanto o instinto é uma pressão que vai dirigir o organismo de um ser vivo para um fim específico e particular, pela necessidade, a pulsão é uma força que vai tender o ser humano para um alvo específico, com uma direção e um representante. O instinto, portanto, é a força que inicia a NECESSIDADE de uma ação. Sem predeterminar qual ação em particular e qual é a força dessa ação. Já a pulsão, terá aspectos mentais, como um impulso, um desejo. A força da pulsão precisa ser dirigida para um representante para a energia se manifestar. Voltando ao exemplo das bolsas, ninguém compra bolsas por instinto. Mas também, voltando ao exemplo do leão, as pessoas não comem somente por instinto, como os animais. Um bebê, quando nasce, por exemplo, vai sentir um desconforto e chorar. Sua mãe, por meio de toda conexão que existe entre criança e mãe vai interpretar aquele desconforto como fome e vai oferecer seu seio para que a criança possa mamar. Enquanto ela amamenta, ela passa a mão na cabeça do filho, ela olha com ternura e afeto, ela canta, ela oferece seu colo, no sentido literal e figurado. O bebê chorou de fome, pela primeira Queen Realce Queen Realce relativo a ou próprio da alma. Queen Realce relativo a ou próprio do organismo considerado fisicamente; físico, corporal. Queen Realce Queen Realce Queen Realce Queen Realce Queen Realce Queen Realce vez, mesmo sem saber que aquilo era fome, por instinto. Da segunda vez em diante, ele vai chorar pelo desconforto, mas não vai ser somente o alimento que ele deseja: ele vai desejar também o colo da mãe. A pulsão, nesse caso, ficou sobre o instinto. Podemos pensar de forma resumida e compacta da seguinte forma: • Um instinto inicia a necessidade da ação, sem predeterminar qual ação e qual é a sua força. Ele só sabe que precisa fazer alguma coisa; • Uma pulsão tem a função de realizar um desejo, de causar prazer, por meio de um objeto representante (afeto ou ideia); • Instintos são puramente necessidades, pulsões tem aspectos mentais, o que comumente podemos denominar como desejos. Pulsões do EU ou Pulsões de autoconservação 1º dualismo pulsional Pulsões sexuais x pulsões do Eu (de autoconservação) Esse conflito dura um tempo Ao conflito do Eu, Freud traz a resposta na divisão das pulsões. Um órgão do corpo precisa servir a dois senhores: pulsões do Eu e pulsões sexuais. Ex.: a visão, que pode trazer um certo prazer e mesmo assim ainda lida com a autopreservação; a mesma visão que vê o perigo e diz para o corpo tomar cuidado é a mesma que tem um objeto de prazer. A pergunta principal feita por Sigmund Freud é: Como que um corpo pode servir a dois senhores? O conflito é inevitável e o sintoma é o preço pago. As pulsões do Eu são mais do que apenas a sobrevivência, a cultura, por exemplo, interferem na pulsão do Eu. Deixamos de realizar diversas coisas para sermos aceitos socialmente e esse ato de ceder, de deixar de fazer o que agrada o Eu, fere o Eu. “Fome e amor movem o mundo” Pouco tempo depois do artigo “Concepção psicanalítica do transtorno psicogênico da visão” – que é o que nos baseia nesse momento – Freud vai explicar o Eu na “introdução ao narcisismo”. Desde que o Eu se constitui ele é um investimento libidinal, o Eu desde o começo já tem a necessidade do outro: Comer, beber, dormir são coisas que ele faz pelo outro; o Aqui considera-se o não querer comer como uma rejeição do amor ao próximo; ▪ Na criança esses exemplos são mais perceptíveis. Ex.: morder um colega. Irá lhe dar prazer, mas irá deixar outros tristes e, com isso, ela vai em busca da menor perda. Se trata do amor no investimento com o outro. Reforçando: Freud já deixa claro que a pulsão do Eu necessita do outro e do investimento libidinal, portanto, sempre vivemos pelo outro. Queen Realce Queen Realce Queen Nota Freud explica que o conflito do Eu se dá pela divisão das pulsões Queen Realce Queen Sublinhado Queen Realce Queen Realce Queen Realce Queen Realce Queen Realce Queen Realce Pulsões sexuais 1º dualismo pulsional Pulsões sexuais x pulsões do Eu (de autoconservação) Esse conflito dura um tempo Temos os três ensaios sobre a teoria da sexualidade que abordam as pulsões sexuais. Os três ensaios foram um certo escândalo para a época pois tratava de assuntos que eram tabus (e alguns ainda são). Quando Freud começa a lidar com a neurose, ele percebe algo em comum: muitas delas tinham uma base sexual Freud fala que é de suma importância separar a sexualidade do Eu – por “Eu” entende- se cultura, sociedade. Ele primeiro mostra os desvios das normas, e depois que esses desvios das normas, que podemos caracterizar como perversão, formam a sexualidade. O primeiro traço do estudo de Freud é o “caráter perverso” ou “polimorfo da sexualidade” Perverso = o que desvia da forma Polimorfo = várias formas Um grande choque para a sociedade contemporânea à Freud, foi quando Freud colocou que os traços perversos se mostram mais forte na infância, a sociedade pensava a sexualidade como algo que vinha da puberdade. É na observação da infância que se destaca o polimorfismo no primeiro encontro com o seio e a questão que fica é: O que nos faria negar que isso é no nível sexual? Freud inclui o conceito de infantilismo na sexualidade. Os traços perversos se mostram mais forte na infância Bissexualidade inata “[Nota acrescentada em 1915:] A investigação psicanalítica se opõe decididamente à tentativa de separar os homossexuais das outras pessoas, como um grupo especial de seres humanos. Estudando outras excitações sexuais além daquelas manifestadas abertamente, ela sabe que todas as pessoas são capazes de uma escolha homossexual de objeto e que também a fizeram no inconsciente.” (FREUD, 2016, p.34) Freud afirma que não há homossexualidade, nem heterossexualidade, absoluta, há sempre uma gradação, uma bissexualidade. Há uma disposição constitutiva da sexualidade. Então há uma disposição para toda perversão – a tese da bissexualidade constitutiva no ser humano – e a cópula é algo possível dessa perversão. Queen Realce Queen Realce Queen Realce Queen Lápis Queen Realce Queen Realce Queen Realce Conclui-se, portanto, que para Freud o que é inato é uma bissexualidade, nem a homo nem a hetero sexualidade são inatas. A nossa escolha sexual vem de acordo com a experiência, o encontro com o outro, não podemos afirmar que certos meios vão levar a uma homossexualidade porque não podemos prever o ser humano, isto é, as atitudes dos sujeitos não são previsíveis. Ampliação da noção de sexualidade Há diversas formas possíveis de se atingir a satisfação. Ao pensar somente na satisfação sexual surge a questão: e os assexuais? Pois bem, aqui ampliaremos a nossa noção de sexualidade. O assexual usa de outras coisas para suprir a pulsão, por exemplo, a curiosidade intelectual, olhar para uma obra de arte pode ser uma forma de satisfação sexual, e até mesmo essa satisfação intelectual é explicada pela sexualidade. Para um sujeito o prazer de ver (ou qualquer outro prazer que não sexual) pode, durante toda a vida, sobressair sobre outro prazer. Outra noção de sexualidade é que a satisfação sexual também pode incluir o desprazer, há prazer no masoquismo. Asexualidade adulta carrega o infantilismo. Princípio de prazer Justamente a descarga de energia é o que Freud chama de princípio de prazer. Ele é estimulado por algo interno: as pulsões. O objetivo do princípio de prazer é reduzir a excitação a um mínimo possível. A descarga então é percebida como o prazer e o aumento das tensões é visto como desprazer. Salienta-se que nem sempre a descarga direta é prazerosa: Ex.: Elizabeth Von R. com seu cunhado. Desse modo, o recalque existe justamente para evitar um desprazer maior. O sistema mnêmico vai fazendo relações de vários tipos entre os traços mnêmicos. O recalcado não vai ficar lá estagnado, apenas existindo de forma pacífica, ele vai tentar voltar e voltará desfocado (sintoma) o Até mesmo o sintoma, que é desprazeroso, segue o princípio de prazer Freud diz que o recalque é prazeroso para o inconsciente e desprazeroso para o consciente, nem o recalque é capaz de eximir/fugir a/da pulsão. O princípio de prazer é mais poderoso que o princípio da realidade Pergunta: todo desprazer obedece ao princípio de prazer? Freud, ao ver que havia muito desprazer na clínica, fica difícil para ele explicar tudo por meio do princípio de prazer, e aí entra o “Além do princípio de prazer” Experiências de desprazer na vida psíquica Queen Realce Queen Realce Queen Realce Queen Realce Queen Realce Queen Realce Queen Realce Queen Realce Queen Realce Queen Realce Pergunta: todo desprazer obedece ao princípio de prazer? Freud, ao ver que havia muito desprazer na clínica, fica difícil para ele explicar tudo por meio do princípio de prazer, e aí entra o “Além do princípio de prazer” 1. Princípio de realidade o Suportar até mesmo o trabalho que vai dar para obter o prazer o Existe a possibilidade de o aparelho aguentar uma certa tensão até a descarga, mas isso não contraria o princípio de prazer. De qualquer forma haverá uma descarga que ocasiona um prazer. o Tem desprazer? Tem o Contradiz o princípio do prazer Não 2. Desprazer sintomático o Tem desprazer? Sim o Contradiz o princípio de prazer? Não 3. Sonhos traumáticos o Ficou mais evidente com a guerra, principalmente quando o soldado não tinha nenhum ferimento, nenhuma lesão o Quando ocorria alguma lesão parecia que o trauma se inscrevia com mais facilidade o Poe que raios o cara que já saiu da guerra, sobreviveu, não teve nenhuma lesão, continua sonhando com a guerra? 4. Jogos infantis o Repetição do desprazer o É comum que a criança viva uma cena de intenso desprazer e fique repetindo o Fort-da o Onde uma criança usava um brinquedo (como um carretel) e ela jogava esse brinquedo no berço e puxava de volta e no meio disso ela fazia um som, que se assimilava a “ir embora” o A criança repetia a vivência de algo que se afasta e volta e fica nesse ciclo o Aí Freud se perguntou: O que é isso que vem e vai embora de tamanha importância para a criança? A Mãe. Que vai embora e volta. o A criança repete a ação da mãe e com essa brincadeira, já pode-se observar a passagem da passividade para a dominância; A criança já tenta ter posse, ser quem comanda essa situação de tamanho desprazer. 5. Repetição na transferência o A forma como os neuróticos repetem com o analista uma situação de desprazer o Como a transferência é uma resistência, também vai de acordo com o princípio de prazer o Tem desprazer? Tem o Contradiz o princípio de prazer? Não 6. O destino fatal do ser humano o Como os seres humanos ainda repetem situações desagradáveis o Ex.: uma mulher que se casa 3x e fica viúva 3x o Destino fatal: como em alguns casos a repetição acontece Queen Realce Queen Realce Queen Realce Queen Realce Queen Realce Queen Realce Queen Realce Queen Realce o Compulsão à repetição -> “natureza conservadora da pulsão” (conservar um estado anterior) -> pulsão de morte o O princípio de morte parece estar em função do princípio de prazer o Ele diz que aqui encontra-se um problema na interpretação dos sonhos Princípio de realidade A partir do princípio de prazer pode se dar o princípio de realidade. Freud tira o princípio de realidade do resultado da tensão, existe uma tensão que foi aumentada (“o aumento das tensões é visto como desprazer”) e chega um momento que essa tensão tem que ser posta para fora, ex.: chorar. Então, super sucintamente, o princípio de realidade é suportar um desprazer para descarregar melhor depois. O princípio de realidade é a chance de responder de outro modo alguma coisa. O Eu e a consciência são regidos pelo princípio de realidade, o Eu tenta seguir o princípio de realidade e fracassa, pois quem rege o sintoma é o princípio de prazer. A dificuldade para o Eu é suportar uma tensão e fazer algo sobre ela A dificuldade de suportar a tensão de não saber o que o outro Pulsões de vida Pulsão de vida x pulsão de morte; em que a pulsão de morte prevalece, mas o ser humano não se entrega completamente a ela porque a pulsão de vida existe. Há uma fusão dessas duas pulsões que adiam o destino. Elas usualmente estão mescladas e quando ocorre a desunião dessas duas a pulsão de morte se sobressai, porém é difícil falar de uma pulsão de morte pura porque mesmo no sadomasoquismo há prazer. Repetição: Quando Freud se depara com a repetição de uma experiência desprazerosa, ele chega a conclusão de que há ali uma tentativa de controlar essa situação desprazerosa. A compulsão, a repetição, expressa uma tendência a retorno do estado anterior; é mais pulsional que o princípio de prazer. Há uma repetição do desprazer que está para além do princípio de prazer. o Repetição do desprazer o É comum que a criança viva uma cena de intenso desprazer e fique repetindo o Fort-da o Onde uma criança usava um brinquedo (como um carretel) e ela jogava esse brinquedo no berço e puxava de volta e no meio disso ela fazia um som, que se assimilava a “ir embora” o A criança repetia a vivência de algo que se afasta e volta e fica nesse ciclo o Aí Freud se perguntou: O que é isso que vem e vai embora de tamanha importância para a criança? A Mãe. Que vai embora e volta. Queen Realce Queen Realce Queen Realce Queen Realce Queen Realce Queen Realce Queen Realce Queen Realce o A criança repete a ação da mãe e com essa brincadeira, já pode-se observar a passagem da passividade para a dominância; A criança já tenta ter posse, ser quem comanda essa situação de tamanho desprazer. 7. Repetição na transferência o A forma como os neuróticos repetem com o analista uma situação de desprazer o Como a transferência é uma resistência, também vai de acordo com o princípio de prazer o Tem desprazer? Tem o Contradiz o princípio de prazer? Não 8. O destino fatal do ser humano o Como os seres humanos ainda repetem situações desagradáveis o Ex.: uma mulher que se casa 3x e fica viúva 3x o Destino fatal: como em alguns casos a repetição acontece o Compulsão à repetição -> “natureza conservadora da pulsão” (conservar um estado anterior) -> pulsão de morte o O princípio de morte parece estar em função do princípio de prazer o Ele diz que aqui encontra-se um problema na interpretação dos sonhos Pulsões de morte Outro dualismo pulsional Pulsão de vida x Pulsão de morte (EROS) (A pulsão sexual e a do Eu viram pulsão de vida) Em 1920 surge o conceito de pulsões de morte (para os curiosos: Freud tinha 64 anos). A compulsão a repetição leva Freud a ciar a pulsão de morte. Essa satisfação que, até então, não era a normal, era uma satisfação parcial, passa a ser um satisfação paradoxal, em vista que até o desprazer pode trazer prazer. A repetição do desprazer que está além do princípio de prazer, ele chega a essa conclusão após avaliar aquelas seis situações clínicas e constatar uma compulsão a repetição no aparelho psíquico. Essa compulsão tem por objetivo voltar ao anterior e Freud afirmaque a compulsão é mais pulsional do que o princípio de prazer Pulsão de vida x pulsão de morte; em que a pulsão de morte prevalece, mas o ser humano não se entrega completamente a ela porque a pulsão de vida existe. Há uma fusão dessas duas pulsões que adiam o destino. Elas usualmente estão mescladas e quando ocorre a desunião dessas duas a pulsão de morte se sobressai, porém é difícil falar de uma pulsão de morte pura porque mesmo no sadomasoquismo há prazer. Toda discussão a respeito da ação humana girava entorno de um bem, Freud diz que não há progresso e não há um bem devido a pulsão de morte. Queen Realce Queen Realce Queen Realce Queen Nota Um paradoxo é uma declaração aparentemente verdadeira que leva a uma contradição lógica, ou a uma situação que contradiz a intuição comum. Em termos simples, um paradoxo é "o oposto do que alguém pensa ser a verdade". Queen Realce Quando Freud chega ao conceito de pulsão de morte, ele não está descobrindo outro tipo de pulsão, mas desvendando a natureza última, a essência da pulsão que promove uma compulsão a repetição. Se a tendência é essa, a possibilidade de não repetir é sempre algo que está em aberto e não acontece espontaneamente, é preciso que ocorra alguma alteração para que isso aconteça porque a tendência é a repetição. Então, quando Freud fala, por exemplo, dessa oposição do princípio de prazer e de realidade é quando ele vislumbra a possibilidade de algo diferente, um funcionamento que adie o princípio de prazer Princípio de Prazer e Princípio de Realidade De alguma forma o aparelho psíquico não apenas descarrega instantaneamente a energia, da maneira mais rápida possível, ele também é capaz de suportar certo grau de tensão para que seja possível cooperar com alguma transformação da realidade. Lembrando que o princípio de realidade não destrói o princípio de prazer, porque mesmo quando o princípio de realidade consegue se estabelecer, ele também visa uma descarga final, ele aceita essa tensão para produzir uma descarga mais tarde. Então, na neurose, o sintoma é justamente esse momento que a vida é dominada pelo princípio de prazer. Então na neurose, o sintoma é justamente esse momento que a vida é dominada pelo princípio de prazer. Freud extrai da primeira experiência de satisfação, o princípio de prazer e de realidade O aparelho tenta buscar uma satisfação igual, então a resposta do aparelho a próxima urgência, podemos pensar no exemplo da fome, a primeira coisa que o aparelho vai fazer, ato mais espontâneo é alucinar o seio. Só que isso só dura um tempo, porque se ele ficar alucinando, de acordo com o p. de prazer, isso vai apaziguá-lo em algum momento, mas depois ele vai precisar cair na real e fazer algo a respeito, com essa tensão que a alucinação causou, seja isso chorar, espernear ou levantar e ir atrás Sintoma O sintoma funciona tal como uma espécie de alucinação – ainda que não seja uma alucinação – o funcionamento do sintoma funciona tal qual o da alucinação, odne se repete um tal modo do padecimento 2º dualismo pulsional: Pulsões de Vida x Pulsões de Morte Freud, em certo momento, diz que a pulsão não visa progresso e que a compulsão tem um caráter pulsional. Essa ideia de “progresso” fica em cheque quando Freud estabelece uma relação entre pulsão de vida e de morte, de modo que, nessa oposição, prevalece a pulsão de morte. Portanto entra o questionamento: Por que os seres falantes não se direcionam a morte? Justamente devido à atuação das pulsões de vida. • Em minhas palavras: há um conflito entre as pulsões de vida e as pulsões de morte, onde a pulsão de morte ganha, entretanto, todavia, a pulsão de vida não se extingue, ela continua ali existente. Então, em um exemplo bem Queen Realce Queen Realce Queen Realce Queen Realce Queen Realce Queen Realce Queen Realce Queen Realce horrível, sem nenhuma comprovação e muito menos referência teórica, temos que vai servir apenas para entendimento, a pulsão de morte tem uns 90%, mas a de vida segue lá com seus 10%, portanto ela ainda existe e ela que mantém o sujeito vivo. A singela atuação das pulsões de vida faz com o que sujeito não se direcione a morte. Freud põe que quando as pulsões estão mescladas, o aparelho estabelece rodeio, ou voltas maiores, para chegar a esse destino anterior, ou, pode se dizer, a um estado inanimado que seria a morte. Em suma, a fusão entre as pulsões de vida e de morte promovem o adiamento desse destino. Quando essa mescla se desfaz, quando acontece uma desfusão pulsional, a pulsão de morte se expressa de maneira mais forte, mais nítida, como, por exemplo, no caso dos sonhos traumáticos ou do masoquismo. Aí que Freud fala da dificuldade em achar uma pulsão de morte pura, pois mesmo no masoquismo, há prazer. Queen Realce Queen Realce
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