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MAPA_EM_3 Ano_Linguagens

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1 
 
 
2 
 
 
 SUMÁRIO 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA ......................................................................................... pág 01 
Planejamento 1: Conexão sintática, semântica e discursiva: articuladores 
e operadores argumentativos .................................................................. pág 01 
Planejamento 2: A Literatura Brasileira e outras Manifestações Culturais .... pág 10 
Planejamento 3: Texto dissertativo-argumentativo ................................... pág 20 
 
LÍNGUA INGLESA .................................................................................. pág 36 
Planejamento 1: Minas Gerais Then and Now. .......................................... pág 36 
Planejamento 2: State Soccer League of Minas Gerais - Campeonato 
Estadual de Futebol de Minas Gerais. ....................................................... pág 43 
 
ARTE ...................................................................................................... pág 53 
Planejamento 1: A produção de obras de Artes visuais contemporâneas 
e seus discursos ..................................................................................... pág 53 
Planejamento 2: Artes Visuais contemporânea e identidade ...................... pág 58 
Planejamento 3: Muralismo contemporâneo ............................................. pág 62 
Planejamento 3: Estudo da obra de Artes visuais contemporânea .............. pág 67 
 
EDUCAÇÃO FÍSICA ................................................................................ pág 71 
Planejamento 1: Danças contemporâneas e mídia .................................... pág 71 
Planejamento 2: Principais diferenças entre o anabolizante 
e o suplemento ...................................................................................... pág 76 
Planejamento 3: Diferenças entre futsal e futebol, elementos técnicos 
e sistemas táticos de ambos esportes ...................................................... pág 81 
 
 
1 
 
 
3º ano 
REFERÊNCIA 
Ensino Médio 
 
 
2023 
 
 
 MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS – MAPA 
 
 
 
 
EIXO TEMÁTICO: 
A Literatura Brasileira e outras manifestações culturais. 
OBJETO(S) DE 
CONHECIMENTO: 
HABILIDADE(S): 
Conexão sintática, se-
mântica e discursiva: 
articuladores e opera-
dores argumentativos. 
Conjunções e locuções 
conjuntivas. 
Preposições e locuções 
prepositivas. 
Advérbios e locuções 
adverbiais. 
Reconhecer e usar mecanismos de conexão textual e frasal, produtiva e 
autonomamente. 
Reconhecer princípios sintáticos de estruturação e encadeamento de sequências 
textuais (frase, parte de frase, conjunto de frases, etc.) por subordinação, 
coordenação e correlação. 
Reconhecer efeitos de sentidos do uso de operadores argumentativos em um 
texto ou sequência textual. 
Reconhecer o papel sintático, semântico e discursivo de articuladores em um 
texto ou sequência textual. 
Identificar, em um texto ou sequência textual, efeitos de sentido de construções 
aditivas, adversativas, alternativas, explicativas e conclusivas. 
 PLANEJAMENTO 
TEMA DE ESTUDO: Conexão sintática, semântica e discursiva: articuladores e operadores argumentativos. 
DURAÇÃO: 4 aulas. 
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA: 
Os conectivos permitem a articulação das ideias no texto; a construção da sequência discursiva; a coesão e 
coerência textual; a estruturação do texto em introdução, desenvolvimento e conclusão; e a melhor 
transmissão e compreensão da mensagem que se está querendo passar. Essas palavras são as preposições, 
conjunções, pronomes, advérbios e suas locuções correspondentes que ligam palavras, orações e parágrafos 
de um texto, promovendo a coesão textual. 
 
B) DESENVOLVIMENTO: 
AULA 1: SENSIBILIZAÇÃO 
Professor(a), a aula iniciará com uma dinâmica que tem como objetivo levar os estudantes a refletirem sobre 
os elementos que promovem a clareza, a coerência e coesão textual. Será distribuído um texto (ou exibido 
em projetor multimídia) para leitura coletiva e o mesmo estará sem os conectivos. Os estudantes serão 
convidados a reescreverem o mesmo, usando palavras que façam a ligação adequada nas sentenças. Em 
seguida, lerão o texto novamente. É importante que percebam as alterações sintáticas e semânticas que 
foram estabelecidas após o uso dos conectivos. 
 
 
Língua Portuguesa 
 
 
Linguagens 
 
2 
 
Sugestão de texto: 
 
 
Sugestão de Vídeo: 
→ O texto argumentativo dissertativo. 
Disponível em: https://drive.google.com/file/d/18z03OBimJnUtbC6AyvHWjxMqGbD6RnrF/view. 
 
AULA 2 E 3: CONCEITUALIZAÇÃO 
Após a atividade do texto, é hora de entender a ideia de conexão. Para isso, apresente aos estudantes 
uma ilustração de um tipo de conexão (a sua preferência). 
Explore a ideia do que é estar conectado e transfira esse conceito para as palavras em um texto, de 
forma que o estudante entenda que as palavras também precisam estar ligadas umas às outras. Em 
seguida, apresente os seguintes vídeos a eles. 
 
Sugestões de vídeos que apresentam o uso dos conectivos em textos diversos: 
→ 3º ANO EM - CONECTIVOS | PORTUGUÊS (SE LIGA NA EDUCAÇÃO). 
Disponível em: HTTPS://YOUTU.BE/C0ODGPHAZKU. 
→ Coesão e Coerência textual: aula, exemplos e exercícios. 
Disponível em: HTTPS://YOUTU.BE/QYGQATBBEAU. 
Para deixar a exibição dos vídeos mais dinâmica, use alguma estratégia para prender a atenção dos 
estudantes em relação aos vídeos. Sugestões: 
Assista aos vídeos com antecedência, elabore algumas perguntas sobre as informações expostas por 
eles e faça um jogo de perguntas e respostas com os estudantes. 
− Organize os estudantes em quatro grupos, atribua um vídeo para cada grupo e cada grupo 
deverá elaborar três perguntas sobre o vídeo atribuído, por fim, faça rodadas de perguntas e 
respostas. Um grupo fará uma pergunta para cada um dos três grupos. O grupo que acertar a 
resposta ganha um ponto. O grupo que errar não marca ponto e o grupo que realizou a 
pergunta recebe o ponto e assim por diante. O grupo que não souber responder pode passá-la 
para o próximo grupo. O grupo que marcar mais pontos ganha o jogo. 
− Peça aos estudantes que elaborem mapas mentais sobre os vídeos. 
 
AULA 4: PRODUÇÃO TEXTUAL 
Agora é o momento de apresentar aos estudantes uma proposta de redação, com base nas exigências 
dos textos para o ENEM. Pode ser um tema que já tenha sido alvo de discussões anteriores, isso 
facilitará a produção do mesmo pelos estudantes. Cada um deve produzir seu próprio texto, que pode 
ser lido em sala para os demais colegas e avaliado coletivamente. 
https://drive.google.com/file/d/18z03OBimJnUtbC6AyvHWjxMqGbD6RnrF/view
 
3 
 
RECURSOS: 
Caderno, caneta, lousa, pincel, projetor multimídia e/ou cópias de atividades com o texto. 
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO: 
Interação e envolvimento do estudante nas dinâmicas e reflexões. Detectar se o estudante consegue 
reconhecer os elementos coesivos no texto e sua relação semântica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 ATIVIDADES 
Leia a tira abaixo. 
 
(Fonte: ERA uma vez, 2008.) 
1 – Relacione as partes verbal e não verbal da história e deduza: 
a) Quem é o narrador cuja voz é representada pelo texto da parte superior dos cinco primeiros 
quadrinhos? 
b) Por que as cores, o fundo e a moldura dos cinco primeiros quadrinhos são diferentes dos 
utilizados no último quadrinho? 
c) Quem são “ele” e “ela” mencionados nos dois primeiros quadrinhos, em relação a esse 
narrador? 
d) Por que o “povo” não entendeu bem a união dos dois, conforme relata o 4º. quadrinho? 
 
2 – O desenvolvimento da narrativa da história em quadrinhos lida é construída com base no emprego 
de diversos conectivos. 
a) Identifique, no texto, os conectivos que estabeleça as seguintes relações entre as orações que 
conectam: 
relação de oposição: _____________relação temporal: _______________ 
relação de conclusão: ____________ 
relação de adição: _______________ 
relação de finalidade: ____________ 
b) Qual é a função das palavras listadas na questão anterior, em relação ao texto em estudo? 
 
 
 
 
5 
 
3 – Releia o último quadrinho. 
a) Identifique o elemento articulador empregado e indique o seu sentido. 
b) Quais outros elementos articuladores poderiam ser empregados com o mesmo sentido? 
c) Explique a relação do sentido desse termo com a história contada. 
 
4 – (Enem 2015) 
Da Timidez 
Ser um tímido notório é uma contradição. O tímido tem horror a ser notado, quanto mais a 
ser notório. Se ficou notório por ser tímido, então tem que se explicar. Afinal, que 
retumbante timidez é essa, que atrai tanta atenção? Se ficou notório apesar de tímido, 
talvez estivesse se enganando junto com os outros e sua timidez seja apenas um 
estratagema para ser notado. Tão secreto que nem ele sabe. É como no paradoxo 
psicanalítico, só alguém que se acha muito superior procura o analista para tratar um 
complexo de inferioridade, porque só ele acha que se sentir inferior é doença. 
[...] O tímido tenta se convencer de que só tem problemas com multidões, mas isto não é 
vantagem. Para o tímido, duas pessoas são uma multidão. Quando não consegue escapar e 
se vê diante de uma plateia, o tímido não pensa nos membros da plateia como indivíduos. 
Multiplica-os por quatro, pois cada indivíduo tem dois olhos e dois ouvidos. Quatro vias, 
portanto, para receber suas gafes. Não adianta pedir para a plateia fechar os olhos, ou 
tapar um olho e um ouvido para cortar o desconforto do tímido pela metade. Nada adianta. 
O tímido, em suma, é uma pessoa convencida de que é o centro do Universo, e que seu 
vexame ainda será lembrado quando as estrelas virarem pó. 
VERÍSSIMO, L. F. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. 
 
Entre as estratégias de progressão textual presentes nesse trecho, identifica-se o emprego de 
elementos conectores. Os elementos que evidenciam noções semelhantes estão destacados em: 
a) "Se ficou notório por ser tímido" e "[...] então tem que se explicar." 
b) "Então tem que se explicar" e "[...] quando as estrelas virarem pó." 
c) [...] ficou notório apesar de ser tímido [...] e "[...] mas isto não é vantagem [...]." 
d) [...] um estratagema para ser notado [...] e "Tão secreto que ele nem sabe". 
e) [...] como num paradoxo psicanalítico [...] e "[...] porque só ele acha [...]." 
 
5 – (ENEM 2016) 
O senso comum é que só os seres humanos são capazes de rir. Isso não é verdade? Não. 
O riso básico – o da brincadeira, da diversão, da expressão física do riso, do movimento da 
face e da vocalização – nós compartilhamos com diversos animais. Em ratos, já foram 
observadas vocalizações ultrassônicas – que nós não somos capazes de perceber – e que 
eles emitem quando estão brincando de “rolar no chão”. 
Acontecendo de o cientista provocar um dano em um local específico no cérebro, o rato 
deixa de fazer essa vocalização e a brincadeira vira briga séria. Sem o riso, o outro pensa 
que está sendo atacado. O que nos diferencia dos animais é que não temos apenas esse 
mecanismo básico. Temos um outro mais evoluído. Os animais têm o senso de brincadeira, 
como nós, mas não têm senso de humor. O córtex, a parte superficial do cérebro deles, 
não é tão evoluído como o nosso. Temos mecanismos corticais que nos permitem, por 
exemplo, interpretar uma piada. 
Disponível em: https://descomplica.com.br/gabarito-enem/questoes/2016/segundo-dia/o-senso-comum-e-que-
so-os-seres-humanos-sao-capazes-de-rir-isso-nao-e-verdade/ Texto adaptado (Acesso em 09/05/23) 
 
https://descomplica.com.br/gabarito-enem/questoes/2016/segundo-dia/o-senso-comum-e-que-so-os-seres-humanos-sao-capazes-de-rir-isso-nao-e-verdade/
https://descomplica.com.br/gabarito-enem/questoes/2016/segundo-dia/o-senso-comum-e-que-so-os-seres-humanos-sao-capazes-de-rir-isso-nao-e-verdade/
 
6 
 
A coesão textual é responsável por estabelecer relações entre as partes do texto. Analisando o trecho 
“Acontecendo de o cientista provocar um dano em um local específico no cérebro”, verifica-se que ele 
estabelece com a oração seguinte uma relação de 
a) finalidade, porque os danos causados ao cérebro têm por finalidade provocar a falta de 
vocalização dos ratos. 
b) oposição, visto que o dano causado em um local específico no cérebro é contrário à vocalização 
dos ratos. 
c) condição, pois é preciso que se tenha lesão específica no cérebro para que não haja vocalização 
dos ratos. 
d) consequência, uma vez que o motivo de não haver mais vocalização dos ratos é o dano 
causado no cérebro. 
e) proporção, já que à medida que se lesiona o cérebro não é mais possível que haja vocalização 
dos ratos. 
 
6 – (ENEM 1999) 
SONETO DE FIDELIDADE 
De tudo ao meu amor serei atento 
Antes e com tal zelo, e sempre, e tanto 
Que mesmo em face do maior encanto 
Dele se encante mais meu pensamento. 
Quero vivê-lo em cada vão momento 
E em seu louvor hei de espalhar meu canto 
E rir meu riso e derramar meu pranto 
Ao seu pesar ou ao seu contentamento. 
E assim, quando mais tarde me procure 
Quem sabe a morte, angústia de quem vive 
Quem sabe a solidão, fim de quem ama. 
Eu possa me dizer do amor (que tive): 
Que não seja imortal, posto que é chama 
Mas que seja infinito enquanto dure. 
(MORAES, Vinícius de. Antologia poética. São Paulo: Cia das Letras, 1992) 
 
A palavra mesmo pode assumir diferentes significados, de acordo com a sua função na frase. O sentido 
de mesmo equivale ao que se verifica no 3º. verso da 1ª. estrofe do poema de Vinícius de Moraes nos 
seguintes versos: 
a) “Pai, para onde fores, / irei também trilhando as mesmas ruas...” (Augusto dos Anjos) 
b) “Agora, como outrora, há aqui o mesmo contraste da vida interior, que é modesta, com a 
exterior, que é ruidosa.” (Machado de Assis) 
c) “Havia o mal, profundo e persistente, para o qual o remédio não surtiu efeito, mesmo em doses 
variáveis.” 
d) (Raimundo Faoro) 
e) “Mas, olhe cá, Mana Glória, há mesmo necessidade de fazê-lo padre?” (Machado de Assis) 
f) “Vamos de qualquer maneira, mas vamos mesmo.” (Aurélio) 
 
7 – (FUVEST) 
Uma flor, o Quincas Borba. Nunca em minha infância, nunca em toda a minha vida, achei um menino 
mais gracioso, inventivo e travesso. Era a flor, e não já da escola, senão de toda a cidade. 
(Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas) 
 
 
7 
 
A palavra assinalada pode ser substituída, sem que haja alteração de sentido, por 
a) mas sim. 
b) de outro modo. 
c) exceto. 
d) portanto. 
e) ou. 
 
8 – (ENEM MEC/2020/2ª Aplicação) 
Como ocorrem os eclipses solares? 
Quando a Lua passa exatamente entre a Terra e o Sol, o astro que ilumina nosso planeta 
some por alguns minutos. O espetáculo só ocorre durante a lua nova e apenas nas 
ocasiões em que a sombra projetada pelo satélite atinge algum ponto da superfície do 
planeta. Aliás, é o tamanho dessa sombra que vai determinar se o desaparecimento do 
astro será total, parcial ou anular. Geralmente, ocorrem ao menos dois eclipses solares por 
ano. Um eclipse solar é uma excelente oportunidade para estudar melhor o Sol. 
Disponível em: https://mundoestranho.abril.com.br. Acesso em: 21 ago. 2017 (adaptado). 
 
Nesse texto, a palavra “aliás” cumpre a função de 
 
a) indicar uma mudança de assunto e de foco no tema desenvolvido. 
b) conectar a informação da frase anterior com a da posterior. 
c) salientar a negação expressa na frase posterior. 
d) promover uma conclusão de ideias valendo-se das informações da frase anterior. 
e) conferir um caráter mais coloquial à reportagem. 
 
9 – (ENEM MEC/2013/2ª Aplicação) 
Brasil é o maior desmatador, mostra estudo da ONU 
O Brasil reduziu sua taxa de desmatamento em vinte anos, mas continua líder entre os 
países que mais desmatam, segundo a FAO (órgão da ONU para a agricultura). 
A entidadeapresentou ontem estudo sobre a cobertura florestal no mundo e o resultado é 
preocupante: em apenas dez anos, uma área de floresta do tamanho de dois estados de 
São Paulo desapareceu do país. De forma geral, a queda no ritmo da perda de cobertura 
florestal foi de 37% em dez anos. Entre 1990 e 1999, 16 milhões de hectares por ano 
sumiram. Entre 2000 e 2009, esse número caiu para 13 milhões de hectares. 
Mas o número é considerado alto. A América do Sul é apontada como a maior responsável 
pela perda de florestas do mundo, com cortes anuais de 4 milhões de hectares. A África 
vem em seguida, com 3,4 milhões de hectares/ano. 
O Estado de São Paulo, 26 mar. 2010. 
 
Na notícia lida, o conectivo “mas” (terceiro parágrafo) estabelece uma relação de oposição entre as 
sentenças: “Entre 2000 e 2009, esse número caiu para 13 milhões de hectares” e “o número é 
considerado alto”. Uma das formas de se reescreverem esses enunciados, sem que lhes altere o 
sentido inicial, é: 
 
a) Visto que, entre 2000 e 2009, esse número caiu para 13 milhões de hectares, o número é 
considerado alto. 
b) Embora, entre 2000 e 2009, esse número tenha caído para 13 milhões de hectares, o número é 
considerado alto. 
 
8 
 
c) Entre 2000 e 2009, esse número caiu para 13 milhões de hectares, uma vez que o número é 
considerado alto. 
d) Entre 2000 e 2009, esse número caiu para 13 milhões de hectares, por isso o número é 
considerado alto. 
e) Porque, entre 2000 e 2009, esse número caiu para 13 milhões de hectares, o número é 
considerado alto. 
 
10 – (Enem 2018) 
Certa vez minha mãe surrou-me com uma corda nodosa que me pintou as costas de 
manchas sangrentas. Moído, virando a cabeça com dificuldade, eu distinguia nas costelas 
grandes lanhos vermelhos. Deitaram-me, enrolaram-me em panos molhados com água de 
sal – e houve uma discussão na família. Minha avó, que nos visitava, condenou o 
procedimento da filha e esta afligiu-se. Irritada, ferira-me à toa, sem querer. Não guardei 
ódio da minha mãe: o culpado era o nó. 
RAMOS, G. Infância. Rio de Janeiro: Record, 1998. 
Num texto narrativo, a sequência dos fatos contribui para a progressão temática. No fragmento, esse 
processo é indicado pela: 
a) Alternância das pessoas do discurso que determinam o foco narrativo. 
b) Utilização de formas verbais que marcam tempos narrativos variados. 
c) Indeterminação dos sujeitos de ações que caracterizam os eventos narrados. 
d) Justaposição de frases que relacionam semanticamente os acontecimentos narrados. 
e) Recorrência de expressões adverbiais que organizam temporalmente a narrativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 REFERÊNCIAS 
CEREJA, William. Gramática: Texto, reflexão e uso: volume único/ William Cereja, Carolina Dias 
Vianna. – 6. ed. – São Paulo: Atual Editora, 2020. 
COESÃO Textual. Blog do ENEM. [s. l], [2023]. Disponível em: https://blogdoenem.com.br/exercicios-
sobre-coesao-textual/. Acesso em: 9 mai. 2023. 
ERA uma vez, Bichinhos de Jardim. [s. l.], 24 mai. 2008. Disponível 
em: http://farm4.static.flickr.com/3070/2519126224_76ac1f0e1a_o.jpg. Acesso em: 8 mai. 2023. 
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino 
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 
2023. Disponível em: 
https://acervodenoticias.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%A
Ancia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 09 mai. 2023. 
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: Ensino Médio. Escola de 
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2023 Disponível em: 
https://drive.google.com/file/d/1AW0hZMb98aE_A82FKr7H2_EqIGNkcqs6/view. Acesso em: 09 mai. 
2023. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://blogdoenem.com.br/exercicios-sobre-coesao-textual/
https://blogdoenem.com.br/exercicios-sobre-coesao-textual/
http://farm4.static.flickr.com/3070/2519126224_76ac1f0e1a_o.jpg
https://acervodenoticias.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf
https://acervodenoticias.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf
https://drive.google.com/file/d/1AW0hZMb98aE_A82FKr7H2_EqIGNkcqs6/view
 
10 
 
EIXO TEMÁTICO: 
A Literatura Brasileira e outras Manifestações Culturais. 
OBJETO(S) DE 
CONHECIMENTO: 
HABILIDADE(S): 
Escola literária Moder-
nismo. 
Discussão acerca das 
diversas outras mani-
festações artísticas do 
Modernismo, além da 
Literatura e a relação 
desse período com a 
redação e as questões 
do ENEM. 
Localizar, numa linha de tempo, as principais tendências da poesia 
(primitivismo, antropofagia, nacionalismo, universalismo, intimismo, 
experimentalismo) e da prosa de ficção (neorrealismo, intimismo, 
experimentalismo) do Modernismo brasileiro. 
Reconhecer as propostas das diferentes correntes modernistas, 
especialmente a primitivista, a nacionalista, a regionalista e a universalista. 
Reconhecer a importância do Modernismo brasileiro para a formação da 
consciência nacional e a consolidação da literatura brasileira. 
Identificar, em textos literários do Modernismo, marcas discursivas e 
ideológicas das principais tendências da poesia e da prosa de ficção desse 
estilo de época e seus efeitos de sentido. 
Relacionar características discursivas e ideológicas de obras do Modernismo 
brasileiro ao contexto histórico de sua produção, circulação e recepção. 
Reconhecer e caracterizar a contribuição dos principais autores do 
Modernismo brasileiro para a literatura nacional. 
Estabelecer relações intertextuais entre textos literários do Modernismo e 
outras manifestações literárias e culturais de épocas diferentes. 
Identificar efeitos de sentido da metalinguagem e da intertextualidade em 
textos literários do Modernismo brasileiro. 
Posicionar-se, como pessoa e como cidadão, frente aos valores, às 
ideologias e às propostas estéticas representadas em obras literárias do 
Modernismo brasileiro. 
 PLANEJAMENTO 
TEMA DE ESTUDO: A Literatura Brasileira e outras Manifestações Culturais. 
DURAÇÃO: 5 aulas. 
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA: 
Este planejamento pretende dar ao estudante a oportunidade de conhecer o Movimento Modernista 
Brasileiro, com base nas obras de alguns de seus representantes por meio de pesquisas sobre os 
artistas, suas obras e a valorização da ideologia modernista como forma de progresso artístico e 
literário, além de mostrar outras manifestações modernistas dentro de outras artes. 
 
B) DESENVOLVIMENTO: 
AULA 1: CONTEXTUALIZAÇÃO 
Comece a aula projetando a obra de arte O Abaporu (projetor multimídia ou material fotocopiado), de 
Tarsila do Amaral. Pergunte se alguém conhece a obra e o que sabem sobre ela. Incentive os 
estudantes a escutarem respeitosamente os colegas, sem interrompê-los. Ouça as respostas e 
complemente as informações dadas. 
Diga que Tarsila do Amaral foi uma grande artista brasileira, representante do Movimento 
Antropofágico brasileiro. Esse movimento propunha “deglutir” as influências culturais estrangeiras, 
como em um ritual canibal, em que se devora o inimigo com a crença de que se possa absorver as 
qualidades dele. 
 
11 
 
Tarsila do Amaral foi desenhista, pintora e tradutora brasileira. Participou do Movimento Modernista 
brasileiro ao lado de grandes nomes da literatura e da arte brasileiras, como Anita Malfatti, Mário de 
Andrade, Oswald de Andrade, Manuel Bandeira, Heitor Villa-Lobos, Menotti del Picchia dentre outros. 
Informe ainda que, em 1928, Tarsila do Amaral presenteou seu então marido, o escritor Oswald de 
Andrade, com uma de suas criações. Ambos resolveram batizá-lo com as palavras indígenas “Aba” 
(homem) e “poru” (aquele que come carne humana). Abaporu,portanto, significa antropófago. Logo 
depois desse episódio, Oswald deu início ao Movimento Antropofágico, inspirado na obra. O Abaporu é 
o quadro mais importante da arte brasileira. Em 1995, o quadro foi adquirido pelo colecionador 
argentino Eduardo Constantini por 1,4 milhão de dólares. Atualmente, a obra pertence ao Museu de 
Arte Latina de Buenos Aires, o Malba. 
Pode ser que alguns estudantes nunca tenham ouvido falar de Tarsila do Amaral, visto que ainda 
possuem pouco repertório cultural. Daí a importância desses esclarecimentos. 
Por fim, pergunte aos estudantes o que mais chama a atenção na obra, que associação podem fazer 
ao observar as cores que a artista usou, que comparação podem estabelecer considerando as 
extremidades da figura humana representada, que sensação a obra desperta etc. Não se esqueça de 
que a leitura das obras de arte é muito subjetiva; portanto, não existe certo ou errado em um primeiro 
momento de observação. 
Após essa apresentação, se possível, projete algumas outras obras do Modernismo brasileiro, incluindo 
textos e outras obras plásticas. Sugestões: A boba, O homem amarelo, O farol, de Anita Malfatti. 
Sugerimos também poemas de Manuel Bandeira e Oswald de Andrade. 
 
AULA 2: PREPARANDO A ATIVIDADE 
Nesta aula, os estudantes serão divididos em grupos de quatro ou cinco integrantes e cada grupo 
receberá um tema que será objeto de uma pesquisa a ser feita, se possível, na biblioteca do colégio ou 
no laboratório de informática, utilizando plataformas virtuais. Caso não seja possível nenhuma dessas 
opções, a pesquisa deverá ser feita em casa, com os recursos acessíveis ao estudante. 
Os temas a serem pesquisados serão os seguintes: 
Grupo 1 – Semana de Arte Moderna de São Paulo. 
Grupo 2 – Mário de Andrade, Oswald de Andrade e suas obras. 
Grupo 3 – Manuel Bandeira, Di Cavalcanti e suas obras. 
Grupo 4 – Correntes de Vanguarda, características e principais representantes no Brasil. 
Grupo 5 – Anita Malfatti, Tarsila do Amaral e suas obras. 
Se a turma for muito numerosa, sugerimos que os itens de pesquisa sejam fragmentados e divididos 
em mais partes. Posteriormente, os estudantes apresentarão a pesquisa oralmente para a classe, com 
a participação de todos em círculo. Motive-os a apresentar imagens, se possível. É importante que o(a) 
professor(a) reitere aos estudantes que, durante todo o desenvolvimento das pesquisas, eles devem 
levar em consideração o momento histórico em que as produções artísticas e literárias se deram. 
Essa atividade propiciará o enriquecimento do repertório artístico dos mesmos e tem o objetivo de 
prepará-los para a próxima etapa desta sequência. 
 
AULA 3: ESTENDENDO O CONCEITO 
Ainda em grupos, os estudantes deverão criar uma entrevista fictícia com os artistas que pesquisaram. 
Nessa entrevista, deverão abordar questões pessoais e também questões que desenvolvam as ideias 
desse personagem em relação à sua atuação no Modernismo brasileiro. 
É curioso saber, por exemplo, que Tarsila do Amaral casou-se com Oswald de Andrade e eles 
compartilharam a mesma ideologia tanto na vida pessoal quanto na profissional. Também é 
 
12 
 
interessante saber que Manuel Bandeira teve tuberculose quando ainda era jovem e toda sua obra foi 
influenciada pela doença e a ameaça da morte iminente. Muitas outras curiosidades deverão ser 
veiculadas nessas entrevistas elaboradas pelos estudantes. 
Oriente-os para que coloquem apenas fatos verídicos nessas entrevistas. Para isso, é importante que 
busquem informações em fontes confiáveis. O objetivo é conhecer de perto a vida desses homens e 
mulheres que modificaram a maneira de os brasileiros conceberem as artes literária e plástica. 
O grupo que pesquisar o Tema 1, que não se refere a nenhum personagem específico, deverá fazer 
uma reportagem sobre a Semana de Arte Moderna de 1922, mostrando a sua importância para o 
conceito de arte no Brasil. Essa reportagem pode ser encenada como um programa jornalístico 
televisivo, por exemplo. 
Quanto às entrevistas, os estudantes devem apresentá-las da forma mais real possível, ou seja, um 
dos estudantes desempenha o papel do entrevistado e os demais, dos entrevistadores. Porém, é 
importante que escolham a linguagem correta para as entrevistas, considerando o momento em que as 
personalidades viveram e o contexto histórico em que estavam inseridas. Auxilie-os para que esses 
parâmetros sejam respeitados. 
Encerre a atividade propondo aos estudantes que reflitam sobre tudo o que pesquisaram e 
aprenderam e de que forma esse conhecimento adquirido enriqueceu o que sabem sobre a cultura 
brasileira. Motive-os a compartilhar suas opiniões e seus pontos de vista. 
 
AULA 5: AMPLIANDO O CONCEITO PARA ALÉM DA LITERATURA 
Apresente para os estudantes as demais áreas artísticas que tiveram manifestações modernistas, como 
por exemplo a música que foi uma das mais importantes manifestações artísticas da Semana de Arte 
Moderna cujo representante foi Heitor Villa-Lobos. Pode-se demonstrar, também, o Movimento Pau-
Brasil explicitando as relações entre Villa-Lobos, Tarsila do Amaral e Oswald de Andrade em Paris entre 
1923 e 24. 
Vale a pena assistir o documentário sobre a música na semana de Arte Moderna, feito e divulgado pelo 
canal Curta, onde é exibida a entrevista com a jornalista e pesquisadora Camila Fresca sobre a música 
na Semana de Arte Moderna de 1922. 
Sugestão do vídeo acima citado: 
→ A MÚSICA NA SEMANA DE 22. 
Disponível em: https://youtu.be/SOqLwvIGG-w. 
→ Semana de Arte Moderna - Toda Matéria. 
Disponível em: https://youtu.be/Zg3kd6tlB20. 
 
RECURSOS: 
Caderno, caneta, lousa, pincel, cartolina, projetor multimídia e folhas de atividades. 
 
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO: 
A avaliação deverá ser contínua, em todas as etapas do desenvolvimento da sequência. Podem ser 
avaliados o envolvimento e a participação dos envolvidos, a capacidade de trabalhar em grupo, a 
organização e a criatividade durante as atividades. 
Durante o desenvolvimento das atividades, observe se cada estudante: 
− participou da pesquisa em grupo e da organização da apresentação dos resultados; 
− participou da elaboração das pesquisas e das entrevistas apresentadas; 
− demonstrou interesse na realização das atividades; 
− soube opinar e escutar a opinião dos colegas; 
https://youtu.be/SOqLwvIGG-w
 
13 
 
− participou da apresentação da entrevista e da reportagem, conforme a escolha do grupo. 
Além das observações anteriores, seguem algumas questões relativas aos temas tratados nesse 
planejamento. 
1. Quais são as principais características do Modernismo brasileiro? Qual é a sua função na 
literatura? 
2. O que foi o Movimento Antropofágico do Modernismo brasileiro? 
3. Que elementos são importantes para se elaborar uma boa entrevista e uma boa reportagem? 
 
Sugestões de vídeo para auxiliar nessas atividades: 
→ LITERATURA – 1ª Geração do Modernismo – Manifestos ENEM. 
Disponível em: https://youtu.be/mGSzr7zJ7cI. 
→ Enem - Língua Portuguesa: Gerações do Modernismo no Brasil - 21/08/2020. 
Disponível em: https://youtu.be/MTfz-5Tgpnk. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 ATIVIDADES 
1 – (UDESC 2010) As proposições abaixo se referem ao Modernismo e aos seus Manifestos. Assinale a 
alternativa incorreta. 
a) O Manifesto Verde-Amarelo, formado por um grupo de escritores jovens, surgiu logo depois do 
Movimento Pau-Brasil e tinha como objetivo dar continuidade ao Romantismo, que focava o 
homem português como herói nacional. 
b) Na “Grande Noite” da Semana da Arte Moderna, Menott del Picchia fora vaiado ao apresentar o 
seu discurso, ilustrado com alguns poemas e excertos. 
c) O Manifesto Pau-Brasil (1924) propunha uma literatura autenticamente nacionalista com base 
nas características do povo brasileiro e combatia a influência estrangeira na literatura. 
d) A ideia do Manifesto Antropofágicosurgiu quando Tarsila do Amaral presenteou seu marido, 
Oswald de Andrade, com a sua obra – a tela Abaporu. 
e) O Movimento da Escola da Anta, que fazia parte do Manifesto Verde-Amarelo, representava a 
proposta do nacionalismo primitivo, elegendo como símbolo nacional a anta, além de valorizar a 
língua indígena “tupi”. 
 
2 – (Enem 2017) 
 
VALENTIM, R. Emblema 78. Acrílico sobre tela. 73 x 100 cm. 1978. Disponível em: www.espacoarte.com.br. 
 Acesso em: 2 ago. 2012. 
 
A obra de Rubem Valentim apresenta emblemas que, baseando-se em signos de religiões afro-
brasileiras, se transformam em produção artística. A obra Emblema 78 relaciona-se com o Modernismo 
em virtude da: 
a) Simplificação de formas da paisagem brasileira. 
b) Valorização de símbolos do processo de urbanização. 
c) Fusão de elementos da cultura brasileira com a arte europeia. 
d) Alusão aos símbolos cívicos presentes na bandeira nacional. 
e) Composição simétrica de elementos relativos à miscigenação racial. 
 
 
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3 – (Enem 2016 PPL) 
Poema tirado de uma notícia de jornal 
João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem número. 
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro 
Bebeu 
Cantou 
Dançou 
Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado. 
(BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira: poesias reunidas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1980) 
 
No poema de Manuel Bandeira, há uma ressignificação de elementos da função referencial da 
linguagem pela: 
 
a) Atribuição de título ao texto com base em uma notícia veiculada em jornal. 
b) Utilização de frases curtas, características de textos do gênero jornalístico. 
c) Indicação de nomes de lugares como garantia da veracidade da cena narrada. 
d) Enumeração de ações, com foco nos eventos acontecidos à personagem do texto. 
e) Apresentação de elementos próprios da notícia, tais como quem, onde, quando e o quê. 
 
4 – (Enem 2013) 
 
O poema de Oswald de Andrade remonta à ideia de que a brasilidade está relacionada ao futebol. 
Quanto à questão da identidade nacional, as anotações em torno dos versos constituem: 
a) Direcionamentos possíveis para uma leitura crítica de dados histórico-culturais. 
b) Forma clássica da construção poética brasileira. 
c) Rejeição à ideia do Brasil como o país do futebol. 
d) Intervenções de um leitor estrangeiro no exercício de leitura poética 
e) Lembretes de palavras tipicamente brasileiras substitutivas das originais. 
 
16 
 
5 – (ENEM 2018) 
 
 
A imagem integra uma adaptação em quadrinhos da obra Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa. 
Na representação gráfica, a inter-relação de diferentes linguagens caracteriza-se por 
 
a) romper com a linearidade das ações da narrativa literária. 
b) ilustrar de modo fidedigno passagens representativas da história. 
c) articular a tensão do romance à desproporcionalidade das formas. 
d) potencializar a dramaticidade do episódio com recursos das artes visuais. 
e) desconstruir a diagramação do texto literário pelo desequilíbrio da composição. 
 
 
 
 
 
 
17 
 
6 – (ENEM 2019) 
 
HELOÍSA: Faz versos? 
PINOTE: Sendo preciso… Quadrinhas… Acrósticos… Sonetos… Reclames. 
HELOÍSA: Futuristas? 
PINOTE: Não senhora! Eu já fui futurista. Cheguei a acreditar na independência… Mas foi uma 
tragédia! 
Começaram a me tratar de maluco. A me olhar de esguelha. A não me receber mais. As crianças 
choravam em casa. 
Tenho três filhos. No jornal também não pagavam, devido à crise. Precisei viver de bicos. Ah! Reneguei 
tudo. 
Arranjei aquele instrumento (Mostra a faca) e fiquei passadista. 
ANDRADE, O. O rei da vela. São Paulo: Globo, 2003. 
 
O fragmento da peça teatral de Oswald de Andrade ironiza a reação da sociedade brasileira dos anos 
1930 diante de determinada vanguarda europeia. Nessa visão, atribui-se ao público leitor uma postura 
a) Preconceituosa, ao evitar formas poéticas simplificadas. 
b) Conservadora, ao optar por modelos consagrados. 
c) Preciosista, ao preferir modelos literários eruditos. 
d) Nacionalista, ao negar modelos estrangeiros. 
 
7 – (ENEM 2006) 
NAMORADOS 
 
O rapaz chegou-se para junto da moça e disse: 
-Antônia, ainda não me acostumei com o seu corpo, com 
sua cara. 
A moça olhou de lado e esperou. 
-Você não sabe quando a gente é criança e de repente vê 
uma lagarta listrada? 
A moça se lembrava: 
-A gente fica olhando… 
A meninice brincou de novo nos olhos dela. 
O rapaz prosseguiu com muita doçura: 
-Antônia, você parece uma lagarta listrada. 
A moça arregalou os olhos, fez exclamações. 
O rapaz concluiu: 
-Antônia, você é engraçada! Você parece louca. 
Manuel Bandeira. Poesia completa 8. prosa. Rio de Janeiro: 
Nova Aguilar, 1985. 
 
No poema de Bandeira, importante representante da poesia modernista, destaca-se como 
característica da escola literária dessa época 
a) reiteração de palavras como recurso de construção de rimas ricas. 
b) utilização expressiva da linguagem falada em situações do cotidiano. 
c) criativa simetria de versos para reproduzir o ritmo do tema abordado. 
d) escolha do tema do amor romântico, caracterizador do estilo literário dessa época. 
e) recurso ao diálogo, gênero discursivo típico do Realismo. 
 
18 
 
8 – Sobre a Semana de Arte Moderna, o intuito desses artistas era chocar o público e trazer à tona 
outras maneiras de sentir, ver e fruir a arte. Tendo isso em vista, dentre outras, as características 
desse momento foram, EXCETO: 
a) Ausência de formalismo. 
b) Ruptura com academicismo e tradicionalismo. 
c) Crítica ao modelo parnasiano. 
d) Influência das vanguardas artísticas europeias (futurismo, cubismo, dadaísmo, surrealismo, 
expressionismo). 
e) Valorização da cultura estrangeira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 REFERÊNCIAS 
CURTA, Canal. A MÚSICA na semana de 22 [S. l.: s. n.], 14 fev. 2022. 1 vídeo (3:53). Publicado pelo 
Canal Curta. Disponível em: https://youtu.be/SOqLwvIGG-w. Acesso em: 10 mai. 2023. 
DIAS Fabiana, Modernismo no Brasil. Educa+ Brasil. [s. l.], 30 nov. 2018. Disponível em: 
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/artes/modernismo-no-brasil. Acesso em: 09 mai. 2023. 
EDUCAÇÃO, Se Liga na. Enem - Língua Portuguesa: Gerações do Modernismo no Brasil. [s. l.], 21 ago. 
2020. Canal Se Liga na Educação. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=MTfz-
5Tgpnk&feature=youtu.be. Acesso em: 11 mai. 2023. 
LITERATURA – 1ª Geração do Modernismo – Manifestos ENEM. [S. l.: s. n.] 13 maio 2020. 1 vídeo 
(5min). Publicado pelo canal Educa Mais Brasil. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=mGSzr7zJ7cI. Acessado em 11 mai. 2023. 
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: Ensino 
Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 
2023. Disponível em: 
https://acervodenoticias.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%A
Ancia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf. Acesso em: 08 mar. 2023. 
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: Ensino Médio. Escola de 
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2023. Disponível em: 
https://drive.google.com/file/d/1AW0hZMb98aE_A82FKr7H2_EqIGNkcqs6/view. Acesso em: 09 mar. 
2023. 
NILA, Maria. 12 Questões sobre o Modernismo. Foco no Enem. [s. l.], [2023]. Disponível em: 
https://foconoenem.com/questoes-sobre-modernismo-no-enem/. Acesso em: 11 mai. 2023. 
SANTANA Esther, BRASIL. Obras de Tarsila do Amaral. Educa+. Brasil. [s. l.], 24 fev. 2021. 
Disponível em: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/artes/obras-de-tarsila-do-amaral. Acesso 
em 10 mai. 2023. 
SEMANA de Arte Moderna - Toda Matéria. [s. l.: s. n.] 10 dez. 2020. 1 vídeo (11:47). Publicado pelo 
canal Toda a Matéria. Disponível em: https://youtu.be/Zg3kd6tlB20. Acessadoem 11 mai. 2023. 
SEQUÊNCIA didática sobre o Modernismo brasileiro. Moderna. [s. l.], [2023]. Disponível em: 
https://pnld.moderna.com.br/wp-content/uploads/2019/07/PDF_AI8_MD_4bim_SD1_G20.docx. Acesso 
em: 12 jun. 2023. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://youtu.be/SOqLwvIGG-w
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/artes/modernismo-no-brasil
https://www.youtube.com/watch?v=MTfz-5Tgpnk&feature=youtu.be
https://www.youtube.com/watch?v=MTfz-5Tgpnk&feature=youtu.be
https://acervodenoticias.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf
https://acervodenoticias.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf
https://drive.google.com/file/d/1AW0hZMb98aE_A82FKr7H2_EqIGNkcqs6/view
https://foconoenem.com/questoes-sobre-modernismo-no-enem/
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/artes/obras-de-tarsila-do-amaral
https://youtu.be/Zg3kd6tlB20
https://pnld.moderna.com.br/wp-content/uploads/2019/07/PDF_AI8_MD_4bim_SD1_G20.docx
 
20 
 
EIXO TEMÁTICO: 
Linguagem e língua. 
Compreensão e produção de textos. 
OBJETO(S) DE 
CONHECIMENTO: 
HABILIDADE(S): 
Texto dissertativo-argu-
mentativo padrão ENEM. 
Discussão sobre temas 
atuais da sociedade. 
Problematização e pers-
pectivas de soluções 
para temas atuais da 
sociedade. 
Reconhecer e usar, produtiva e autonomamente, estratégias de 
textualização do discurso argumentativo, na compreensão e na produção 
de textos. 
Reconhecer e usar as fases ou etapas da argumentação em um texto ou 
sequência argumentativa. 
Reconhecer e usar estratégias de organização da argumentação em um 
texto ou sequência argumentativa. 
Reconhecer e usar mecanismos de coesão verbal em um texto ou 
sequência argumentativa. 
Reconhecer e usar marcas linguísticas e gráficas de conexão textual em 
um texto ou sequência argumentativa. 
Reconhecer e usar mecanismos de textualização de discursos citados ou 
relatados dentro de um texto ou sequência argumentativa. 
 PLANEJAMENTO 
TEMA DE ESTUDO: Texto dissertativo-argumentativo. 
DURAÇÃO: 5 aulas. 
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA: 
Essa sequência didática se baseará na estrutura e nas competências exigidas para a redação do ENEM, 
por ser o texto dissertativo-argumentativo de produção mais próxima da realidade dos estudantes de 
3º E.M., e na estruturação de sequência didática proposta por Dolz, Noverraz e Schneuwly. No 
entanto, essa sequência didática propõe um olhar abrangente ao gênero trabalhado compreendendo “a 
importância da produção textual como forma de domínio cultural” (VARISO, MORETTO, p. 5, 2020). 
 
B) DESENVOLVIMENTO: 
AULA 1: PRIMEIRO CONTATO COM O GÊNERO 
Primeiro contato com o gênero. O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), desde seu início, tem 
como proposta de produção textual um texto dissertativo-argumentativo a partir de textos motivadores 
com tema de cunho social. O material abaixo se refere ao tema da redação do ENEM no ano de 2015, 
intitulado A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira, e uma redação que 
recebeu nota 1000. Leia-os com atenção para a resolução de questionário. 
 
TEXTO I 
“Debora Piccirillo e Giane Silvestre, pesquisadoras do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade 
de São Paulo (NEV/USP), publicaram nessa quarta-feira, 8 de março, Dia Internacional das Mulheres, o 
artigo “Aumento dos feminicídios no Brasil mostra que mulheres ainda não conquistaram o direito à 
vida” na plataforma do Monitor da Violência, projeto resultante de uma parceria entre o NEV/USP, o 
Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e o Portal G1. 
O texto ressalta a chegada de mais um dia comemorativo que traz consigo poucos avanços na 
equidade de direitos femininos e, para Piccirillo e Silvestre, torna-se ainda mais importante a 
 
21 
 
compreensão dessa data como um dia de luta e resistência das mulheres por garantias mínimas e por 
suas vidas. Entre os anos de 2021 e 2022, foi constatado um aumento de 5,5% nos casos de 
feminicídios no País, principalmente em estados como São Paulo (43,4%), Rio de Janeiro (25,40%), 
Bahia (15,1%) e Minas Gerais (9,7%).” 
 
FONTE: NEV na mídia | Monitor da Violência – G1, Aumento dos feminicídios no Brasil mostra que mulheres ainda não 
conquistaram o direito à vida. Disponível em: https://nev.prp.usp.br/noticias/8-3-23-nev-na-midia-monitor-da-violencia-g1-
aumento-dos-feminicidios-no-brasil-mostra-que-mulheres-ainda-nao-conquistaram-o-direito-a-vida/. 
TEXTO II 
 
Feminicídios em relação ao total de assassinato de 
mulheres — Foto: Luisa Rivas/g1 
TEXTO III 
 
http://www.defensoria.pi.def.br/campanha-contra-o-
feminicidio/ 
 
22 
 
TEXTO IV 
 
Imagem: Reprodução Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2021 
 
TEXTO V: 
Parte desfavorecida, de Anna Beatriz Alvares Simões Wreden 
De acordo com o sociólogo Émile Durkheim, a sociedade pode ser comparada a um “corpo biológico” 
por ser, assim como esse, composta por partes que interagem entre si. Desse modo, para que esse 
organismo seja igualitário e coeso, é necessário que todos os direitos dos cidadãos sejam garantidos. 
Contudo, no Brasil, isso não ocorre, pois em pleno século XXI as mulheres ainda são alvos de violência. 
Esse quadro de persistência de maus tratos com esse setor é fruto, principalmente, de uma cultura de 
valorização do sexo masculino e de punições lentas e pouco eficientes por parte do Governo. 
Ao longo da formação do território brasileiro, o patriarcalismo sempre esteve presente, como por 
exemplo na posição do “Senhor do Engenho”, consequentemente foi criada uma noção de inferioridade 
da mulher em relação ao homem. Dessa forma, muitas pessoas julgam ser correto tratar o sexo 
feminino de maneira diferenciada e até desrespeitosa. Logo, há muitos casos de violência contra esse 
grupo, em que a agressão física é a mais relatada, correspondendo a 51,68% dos casos. Nesse 
sentido, percebe-se que as mulheres têm suas imagens difamadas e seus direitos negligenciados por 
causa de uma cultura geral preconceituosa. Sendo assim, esse pensamento é passado de geração em 
geração, o que favorece o continuísmo dos abusos. 
Além dessa visão segregacionista, a lentidão e a burocracia do sistema punitivo colaboram com a 
permanência das inúmeras formas de agressão. No país, os processos são demorados e as medidas 
coercitivas acabam não sendo tomadas no devido momento. Isso ocorre também com a Lei Maria da 
Penha, que entre 2006 e 2011 teve apenas 33,4% dos casos julgados. Nessa perspectiva, muitos 
indivíduos ao verem essa ineficiência continuam violentando as mulheres e não são punidos. Assim, 
essas são alvos de torturas psicológicas e abusos sexuais em diversos locais, como em casa e no 
trabalho. 
A violência contra esse setor, portanto, ainda é uma realidade brasileira, pois há uma diminuição do 
valor das mulheres, além do Estado agir de forma lenta. Para que o Brasil seja mais articulado como 
um “corpo biológico” cabe ao Governo fazer parceria com as ONGs, em que elas possam encaminhar, 
mais rapidamente, os casos de agressões às Delegacias da Mulher e o Estado fiscalizar severamente o 
andamento dos processos. Passa a ser a função também das instituições de educação promoverem 
aulas de Sociologia, História e Biologia, que enfatizem a igualdade de gênero, por meio de palestras, 
 
23 
 
materiais históricos e produções culturais, com o intuito de amenizar e, futuramente, acabar com o 
patriarcalismo. Outras medidas devem ser tomadas, mas, como disse Oscar Wilde: “O primeiro passo é 
o mais importante na evolução de um homem ou nação.” (Redação nota 1000) 
 
AULA 2: SENSIBILIZAÇÃO 
Após leitura dos textos motivadores do ENEM 2015 e a redação nota 1000, responda às seguintes 
questões, com base em seus conhecimentos prévios sobre o gênero texto dissertativo-argumentativo: 
1. Você sabe o que é um texto dissertativo-argumentativo?Com base nos seus conhecimentos, 
escreva como você definiria esse gênero. 
2. É possível reconhecer uma estrutura específica a partir deste material? Justifique sua resposta. 
3. Como as informações dos textos motivadores I, II, III e IV são articulados no texto V? 
4. Qual(is) é(são) a(s) proposta(s) de intervenção no texto V? 
5. Se você fosse redigir uma redação com esse tema, que ideias e argumentos gostaria de 
apresentar? 
6. O tema “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira” foi proposto pelo 
ENEM de 2015. Com base nos textos motivadores, notícias atuais e os seus conhecimentos, 
você acredita que alguma mudança aconteceu nestes últimos 5 anos? 
 
AULA 3: TESE E ARGUMENTOS 
A partir da literatura naturalista e realista, você conheceu mais sobre a construção da argumentação a 
partir da análise da tese. 
Com os textos que você viu anteriormente, com o estudo sobre os articuladores e conectivos e a 
formulação de tese e argumentos, você deve ser capaz de unir tudo o que foi estudado em um texto 
dissertativo-argumentativo. 
Para o INEP, o texto dissertativo-argumentativo é aquele que se organiza na defesa de um ponto de 
vista sobre determinado assunto. É fundamentado com argumentos, a fim de influenciar a opinião do 
leitor, tentando convencê-lo de que a ideia defendida está correta. É preciso, portanto, expor e explicar 
ideias. É argumentativo porque defende uma tese, uma opinião, e é dissertativo porque utiliza 
explicações para justificá-la. 
O objetivo desse texto é, em última análise, convencer o leitor de que o ponto de vista em relação à 
tese apresentada é acertado e relevante. Para tanto, mobiliza informações, fatos e opiniões, à luz de 
um raciocínio coerente e consistente. 
CURIOSIDADE: O que é INEP? INEP é o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais 
vinculado ao Ministério da Educação e promove estudos, pesquisas e avaliações periódicas sobre 
o sistema educacional brasileiro e é o órgão responsável pelas avaliações e exames, pelas 
estatísticas e indicadores, e pela gestão do conhecimento e estudos educacionais. 
Fonte: Inep, 2023. 
 
 
 
24 
 
AULA 4: TRABALHANDO A DIFERENÇA ENTRE FATO E OPINIÃO 
Aprender a separar o discutível do indiscutível, os acontecimentos das ideias pessoais são de extrema 
importância na hora de se produzir um texto para o ENEM. 
 
 
ATIVIDADE 
Leia e resolva as questões que seguem o texto: 
 
REDAÇÃO NOTA 1000 – ENEM 2021 
 
Giovana Dias (PE) – (Segundo parágrafo retirado) 
 
 Em sua obra “Os Retirantes”, o artista expressionista Cândido Portinari faz uma denúncia à 
condição de desigualdade compartilhada por milhões de brasileiros, os quais, vulneráveis 
socioeconomicamente, são invisibilizados enquanto cidadãos. A crítica de Portinari continua válida 
nos dias atuais, mesmo décadas após a pintura ter sido feita, como se pode notar a partir do alto 
índice de brasileiros que não possuem registro civil de nascimento, fator que os invisibiliza. Com 
base nesse viés, é fundamental discutir a principal razão para a posse do documento promover a 
cidadania, bem como o principal entrave que impede que tantas pessoas não se registrem. 
[...] 
 Ademais, percebe-se que o principal entrave que impede que tantas pessoas no Brasil não se 
registrem é o perfil da educação brasileira, a qual tem como objetivo formar a população apenas 
como mão de obra. Isso acontece, porque, assim como teorizado pelo economista José Murilo de 
Carvalho, observa-se a formação de uma “cidadania operária”, na qual a população mais 
vulnerável socioeconomicamente não é estimulada a desenvolver um pensamento crítico e é 
idealizada para ser explorada. 
 
25 
 
 Nota-se, então, que, devido a essa disfunção no sistema educacional, essas pessoas não 
conhecem seus direitos como cidadãos, como o direito de possuir um documento de registro civil. 
Assim, a partir dessa educação falha, forme-se um ciclo de desigualdade, observada no fato de o 
país ocupar o 9º lugar entre os países mais desiguais do mundo, segundo o IBGE, já que, assim 
como afirmado pelo sociólogo Florestan Fernandes, uma nação com acesso a uma educação de 
qualidade não sujeitaria seu povo a condições de precária cidadania, como a observada a partir 
do alto número de pessoas sem registro no país. 
 Portanto, observa-se que a questão do alto índice de pessoas no Brasil sem certidão de 
nascimento deve ser resolvida. Para isso, é necessário que o Ministério da Educação reforce 
políticas de instrução da população acerca dos seus direitos. Tal ação deve ocorrer por meio da 
criação de um Projeto Nacional de Acesso à Certidão, a qual irá promover, nas escolas públicas 
de todos os 5570 municípios brasileiros, debates acerca da importância do documento de registro 
civil para a preservação da cidadania, os quais irão acontecer tanto extracurricularmente quanto 
nas aulas de sociologia. Isso deve ocorrer, a fim de formar brasileiros que, cientes dos seus 
direitos, podem mudar o atual cenário de precária cidadania e desigualdade. 
 
1 – (Saeb D7) Para escrever um texto dissertativo-argumentativo é preciso, antes de tudo, ter uma 
tese muito clara para defender diante de uma questão polêmica. Uma parte da tese defendida pela 
autora pode ser identificada em: 
a) “... os quais, vulneráveis socioeconomicamente, são invisibilizados enquanto cidadãos.” 
b) “... como se pode notar a partir do alto índice de brasileiros que não possuem registro civil...” 
c) “... é fundamental discutir a principal razão para a posse do documento promover a 
cidadania...” 
d) “... a qual tem como objetivo formar a população apenas como mão de obra.” 
e) “... essas pessoas não conhecem seus direitos como cidadãos, como o direito...” 
 
2 – (Saeb D8) Há um argumento de autoridade utilizado pela escritora Giovana Dias em: 
a) “... segundo o IBGE, já que, assim como afirmado pelo sociólogo Florestan Fernandes, uma 
nação com acesso a uma educação de qualidade não sujeitaria seu povo a condições de 
precária cidadania...” 
b) “... é necessário que o Ministério da Educação reforce políticas de instrução da população 
acerca dos seus direitos. Tal ação deve ocorrer por meio da criação de um Projeto Nacional de 
Acesso à Certidão...” 
c) “... percebe-se que o principal entrave que impede que tantas pessoas no Brasil não se 
registrem é o perfil da educação brasileira, a qual tem como objetivo formar a população 
apenas como mão de obra.” 
d) “Nota-se, então, que, devido a essa disfunção no sistema educacional, essas pessoas não 
conhecem seus direitos como cidadãos, como o direito de possuir um documento de registro 
civil.” 
e) “Isso deve ocorrer, a fim de formar brasileiros que, cientes dos seus direitos, podem mudar o 
atual cenário de precária cidadania e desigualdade.” 
 
3 – (Saeb D2) No último parágrafo, em: “os quais irão acontecer tanto extracurricularmente”, a 
expressão grifada se refere 
a) aos 5570 municípios. 
b) às aulas de sociologia. 
c) aos documentos civis. 
d) aos brasileiros. 
e) aos debates. 
 
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4 – (Saeb D14) O trecho cuja palavra grifada expressa uma opinião é: 
a) “precária cidadania”. 
b) “preservação da cidadania”. 
c) “educação brasileira”. 
d) “cidadania operária”. 
e) “atual cenário”. 
 
AULA 4: A CIRCULAÇÃO DO TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO 
Leia o artigo Apenas a guerra de classes pode frear a crise climática e a hipocrisia do 
“capitalismo verde”, escrito pelo escritor Paris Marx para o blog da Jacobin Brasil, em 15 de 
dezembro de 2020. 
Apenas a guerra de classes pode frear a crise climática e a hipocrisia do “capitalismo verde” Um novo 
relatório mostra que o 1% mais rico do mundo é responsável pelo dobro das emissões de carbono de 
toda a metade inferior, mais pobre, da população mundial. A mensagem é clara: para combater as 
mudanças climáticas, temos que lutar contra a classe dominante. 
Enquanto os incêndios aumentamna Califórnia, o permafrost (solo congelado) derrete na Sibéria, as 
ondas de calor atingem a Europa e os furacões e tufões ficam cada vez mais fortes, há uma 
necessidade urgente de uma ação climática ambiciosa. A questão é como será e quem arcará com o 
custo da transição para um mundo mais sustentável. 
Por várias décadas, a mensagem ambiental dominante diz respeito à ação individual. Dizem que, para 
resolver a crise climática, é preciso trocar as lâmpadas, adotar eletrodomésticos eficientes, comprar 
veículos híbridos ou elétricos, isolar melhor as casas, parar de usar sacolas plásticas e alterar o 
consumo pessoal de outras maneiras. 
Essas coisas são, sem dúvida, mudanças positivas, mas não são suficientes para enfrentar a escala da 
crise que há, e podem levar a más conclusões sobre onde realmente está a culpa pela crise climática. 
Há um argumento crescente de que uma das forças motrizes da crise climática é a população global. 
Esse argumento diz que o mundo está superpovoado, e é por isso que as emissões são tão altas. Essa 
visão é mais comumente expressa por ecofascistas, que acreditam na necessidade de um genocídio 
para reduzir a população humana. Mas a superpopulação também é citada por importantes figuras 
liberais, como a primatologista Jane Goodall e o naturalista Sir David Attenborough, e isso ajuda a 
formular conclusões enganosas e preocupantes sobre o que alimenta a mudança climática. 
Embora o foco no consumo pessoal coloque a responsabilidade igualmente sobre todas as pessoas, o 
foco no crescimento populacional transfere a culpa para os países da África e da Ásia, onde as 
populações continuam crescendo. Na verdade, são pessoas que têm uma das pegadas de carbono 
mais baixas do mundo, e quando se olha quais regiões emitiram os gases de efeito estufa que 
aquecem o planeta, a resposta é definitiva: os EUA e a Europa. 
Mas mesmo culpar totalmente os estadunidenses e europeus é não entender o quadro geral. Um novo 
relatório da Oxfam concluiu que apenas 1% das pessoas mais ricas é responsável pelo dobro das 
emissões dos 50% mais pobres da população mundial. 
Isso significa que mesmo que a classe trabalhadora do Norte Global tomasse todas as ações individuais 
recomendadas ou se os pobres do Sul Global fossem obrigados a parar de ter filhos, isso ainda não 
resolveria o problema. 
A luta pela redução de carbono está sendo sacrificada para que a elite global possa manter seu estilo 
de vida luxuoso, com seus jatos particulares que os levam para conferências sobre o clima onde 
possam dar a impressão de que se importam. O fundador da Virgin, Richard Branson, tem sido um 
líder nesta bilionária greenwashing (lavagem verde), fazendo promessas climáticas que não cumprirá, 
enquanto expande seu negócio de aviação. Da mesma forma, Elon Musk que, entre outras atividades, 
 
27 
 
dirige a Tesla Motors, afirma se preocupar com o clima para vender mais automóveis, enquanto critica 
o transporte público e tenta impedir projetos de ferrovias de alta velocidade. 
Mas talvez o mais proeminente desses bilionários que esverdearam suas atividades insustentáveis seja 
Jeff Bezos, executivo da Amazon. No início deste ano ele foi elogiado na imprensa por seu Fundo Bezos 
Earth de US$ 10 bilhões – ele até comprou os direitos para renomear um estádio de Seattle após sua 
promessa climática! Mas nenhum subsídio ainda foi emitido pelo fundo, enquanto a Amazon continua a 
ajudar as empresas de petróleo e gás a extrair combustíveis fósseis de forma mais eficiente. 
Esses bilionários dizem que o capitalismo pode resolver a crise climática e que seus investimentos 
ajudam a criar uma nova forma de “capitalismo verde” que promete reduzir as emissões e inaugurar 
um futuro sustentável. Os governos se rendem a esse mito e o colocam no centro de seus planos de 
recuperação da pandemia. Em julho, o governo britânico anunciou um plano de recuperação de 350 
milhões de libras para colocar o país na vanguarda da “inovação verde” – uma gota no oceano do 
investimento necessário. Previsivelmente, esse plano não inclui nenhuma sugestão de diminuir as 
emissões dos ricos reduzindo sua riqueza, banindo jatos particulares ou fechando as indústrias 
poluentes com as quais lucram. 
Enquanto isso, nos EUA, o presidente Donald Trump não tem um plano climático, enquanto Joe Biden 
se concentra em energias renováveis e carros elétricos, e promete novas rodovias com estações de 
recarga, mas se recusa a proibir o “fracking” [técnica usada para extrair o gás de rochas]. Ao Norte, o 
discurso recente do primeiro-ministro canadense Justin Trudeau prometeu fazer da ação climática uma 
“pedra angular” da recuperação da pandemia no Canadá e, ao mesmo tempo que se concentrava nos 
veículos elétricos, minerava mais componentes para eles e investia mais em energia hidrelétrica. Ele 
não mencionou os impactos ambientais dessas iniciativas. 
O capitalismo verde nunca facilitará a escala de ação necessária para manter o aquecimento abaixo de 
1,5ºC ou mesmo 2ºC, porque se recusa, em primeiro lugar, a enfrentar os poderosos e as indústrias 
que alimentam a crise climática. Ele continua a garantir que os benefícios fluam para o topo enquanto 
esvazia a classe média e produz narrativas climáticas que transferem a responsabilidade para aqueles 
que têm menos para fazer as mudanças necessárias: o público, se não os pobres do mundo. 
O tipo da ação climática necessária requer o enfrentamento dos ricos e a organização em torno de 
uma visão para um tipo diferente de sociedade. Isso significa não apenas fazer os ricos pagarem 
impostos mais altos, mas ativamente desmantelar as estruturas econômicas que facilitam seu acúmulo 
de riqueza, tratam o planeta como uma abundância ilimitada de matérias-primas gratuitas e geram 
todas as emissões que aquecem o planeta. Ou enfrentamos o capitalismo, ou seremos incapazes de 
deter a mudança climática descontrolada, ajudar os refugiados do clima que ela criará ou parar o mito 
ecofascista da superpopulação que surgirá como resultado. A escolha é entre socialismo ou barbárie, 
como disse Rosa Luxemburgo. O capitalismo verde não salvará o mundo. 
Fonte: MARX, Paris. Apenas a guerra de classes pode frear a crise climática e a hipocrisia do “capitalismo verde”. 
Tradução de José Carlos Ruy. Brasil, 2020. Disponível em: 
https: /jacobin.com.br/2020/10/apenas-a-guerra-de-classes-pode-frear-a-crise-climatica-e-a-hipocrisiado-capitalismo-verde/. 
Acesso em 15 de dezembro de 2020. 
 
Responda as questões seguintes: 
• Como já apresentado anteriormente, todo texto argumentativo possui uma tese. Localize a tese 
do texto lido e transcreva-a. 
• Quais são os argumentos utilizados pelo autor para embasar sua tese? Escolha alguns e 
classifique-os de acordo com as explicações anteriores. 
• Retome o texto “Parte desfavorecida”. Relembre sua estrutura argumentativa, a tese e a 
proposta de intervenção. Você reconhece semelhanças e diferenças entre este texto e "Apenas 
a guerra de classes pode frear a crise climática e a hipocrisia do “capitalismo verde””? Cite-os. 
• A qual conclusão o autor pretende que o leitor chegue ao utilizar o conectivo “embora” no 
trecho “Embora o foco no consumo pessoal coloque a responsabilidade igualmente sobre todas 
 
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as pessoas, o foco no crescimento populacional transfere a culpa para os países da África e da 
Ásia, onde as populações continuam crescendo. Na verdade, são pessoas que têm uma das 
pegadas de carbono mais baixas do mundo, e quando se olha quais regiões emitiram os gases 
de efeito estufa que aquecem o planeta, a resposta é definitiva: os EUA e a Europa.”? Qual é o 
efeito de sentido desse enunciado iniciado por um conectivo? 
• O autor utiliza o termo “ecofascista”. Retome a leitura do quarto parágrafo e explique esse 
termo e como o autor articula essa denominação com os argumentos apresentados. 
 
AULA 5: O TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO E A MODALIZAÇÃOA modalização é um mecanismo discursivo com função de manifestar o posicionamento do enunciador 
em relação àquilo que é dito. Um modalizador é um elemento gramatical ou lexical – palavra ou 
expressão – por meio do qual o enunciador revela alguma atitude sobre o conteúdo enunciado. Assim, 
o enunciador deixa seus posicionamentos subentendidos ou sugeridos. 
Esses elementos podem ser: 
− advérbios: talvez, sem dúvidas, a meu ver, ao nosso ver, etc. que expressam que o conteúdo 
do enunciado foi ou não foi completamente assumido pelo autor; 
“Mas talvez o mais proeminente desses bilionários que esverdearam suas atividades 
insustentáveis seja Jeff Bezos, executivo da Amazon. No início deste ano ele foi elogiado na 
imprensa por seu Fundo Bezos Earth de US$ 10 bilhões (...) enquanto a Amazon continua a 
ajudar as empresas de petróleo e gás a extrair combustíveis fósseis de forma mais eficiente.” 
− modo verbal: indicativo e/ou subjuntivo que indicam se o enunciado expressa um desejo ou um 
fato; 
− verbo auxiliar no modal que indica necessidade ou possibilidade e; 
− oração principal cujo verbo expressa modalidade. 
 
Através da escolha do verbo, a modalização pode ser: 
− constatação 
“Dizem que, para resolver a crise climática, é preciso trocar as lâmpadas, adotar 
eletrodomésticos eficientes, comprar veículos híbridos ou elétricos, isolar melhor as casas, parar 
de usar sacolas plásticas e alterar o consumo pessoal de outras maneiras.” Paris Marx nota que 
essa concepção de capitalismo não prevê uma solução eficiente para o problema ecológico. 
− saber 
Sabe-se que a herança patriarcal contribui para a inferiorização das mulheres na sociedade 
brasileira. Eu sei que a sociedade brasileira é machista devido sua construção com bases 
patriarcais. 
− certeza (em uma escala entre mais forte e mais fraco) 
Creem que o problema do mundo atual são os falsos discursos de salvação promovidos pelas 
instituições capitalistas. 
Creio na parceria de ONGs com o Governo federal para o efetivo encaminhamento de casos de 
agressão contra mulheres para as delegacias. 
− pressentimento ou suposição 
Supõem-se que o “capitalismo-verde” é a solução para os problemas ecológicos do planeta. 
Anna Beatriz desconfia que a manutenção da violência contra mulher está ligada à lentidão e 
burocracia do sistema punitivo. 
− possibilidade 
É possível que no futuro se discuta um novo modelo de sistema social e econômico. 
 
29 
 
− desejo 
Deseja-se que os ricos reconheçam sua maior contribuição na emissão de gases tóxicos na 
atmosfera. Eu desejo que os homens reconheçam sua culpa na desigualdade da sociedade. 
− confirmação 
Os dados confirmam que instituições capitalistas são responsáveis pelas maiores taxas de 
emissão de gases tóxicos. 
 
Para relembrar: 
Como analisado na ação de narradores em primeira pessoa em comparação com os narradores de 
terceira pessoa, o enunciador em um texto dissertativo-argumentativo também se altera pela pessoa 
que enuncia. 
Enunciador em 1ª pessoa: subjetivo, falta de confiabilidade no dito. O enunciador em 1ª 
pessoa assume as informações ditas. 
Enunciador em 3ª pessoa: objetivo, distanciamento do que se enuncia. O enunciador em 3ª 
pessoa enuncia a informação sem apresentar opiniões. 
Atenção: 
Mas será que um texto em 3ª pessoa realmente não apresenta marcas de seu enunciador e não 
demonstra opiniões? É importante ressaltar que apesar da 3ª pessoa visar objetividade e neutralidade, 
todas as escolhas textuais são feitas por um sujeito que se posiciona e demonstra suas crenças e 
valores a partir do texto. 
Praticando: 
Agora, leia o texto Não existe hierarquia de opressão, da escritora caribenha Audre Lorde, que 
compõe a coletânea “Pensamento feminista” (ed. Bazar do Tempo, 2019). 
 
Não existe hierarquia de opressão 
Eu nasci negra, e mulher. Esforço-me para ser a pessoa mais forte que conseguir para viver a vida que 
me deram e para promover algum tipo de mudança que leve a um futuro decente para esta terra e 
para os meus filhos. Sendo uma pessoa negra, lésbica, feminista, socialista, poeta, mãe de duas 
crianças — uma delas, um garoto — e parte de um casal interracial, eu me lembro a todo momento de 
que sou parte daquilo que a maioria chama de desviante, difícil, inferior ou um escancarado “errado”. 
Por estar em todos esses grupos, aprendi que a opressão e a intolerância com o diferente existem em 
diversas formas, tamanhos, cores e sexualidades; e que, dentre aqueles de nós que têm o mesmo 
objetivo de libertação e de um futuro possível para as nossas crianças, não pode existir uma hierarquia 
de opressão. Eu aprendi que sexismo (a crença na superioridade inerente de um sexo sobre todos os 
outros e, assim, seu direito de dominar) e heterossexismo (a crença na superioridade inerente de uma 
forma de amar sobre todas as outras e, assim, seu direito de dominar) vêm, os dois, do mesmo lugar 
que o racismo - a crença na superioridade inerente de uma raça sobre todas as outras e, assim, seu 
direito de dominar. 
(...) É inconcebível, para mim, que certa parte de minha identidade possa se beneficiar com a opressão 
de outra. Eu sei que meu povo não vai se beneficiar com a opressão de qualquer outro grupo que 
esteja também na busca de direito de existir em paz. (...) Crianças que precisam aprender que elas 
não têm de ser todas iguais para trabalhar umas com as outras, por um futuro que elas vão dividir. 
Os ataques cada vez mais frequentes a lésbicas e homens gays são só o estopim para ataques cada 
vez mais frequentes a todas as pessoas negras, pois onde quer que formas de opressão se manifestem 
neste país, pessoas negras são vítimas em potencial. E encorajar membros de grupos oprimidos a se 
lançarem uns contra os outros é um procedimento-padrão da direita cínica. Enquanto estivermos 
 
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divididos por causa de nossas identidades particulares, não teremos como estar juntos em ações 
políticas efetivas. 
Entre as mulheres lésbicas, eu sou negra; e entre as pessoas negras, eu sou lésbica. Qualquer ataque 
contra as pessoas negras é um problema para lésbicas e gays, porque eu e milhares de outras 
mulheres negras somos parte da comunidade lésbica. (...) Não existe hierarquia de opressão. Não é 
uma coincidência que a Lei de Proteção da Família, que é violentamente antimulher e antinegra, 
também seja antigay. Sendo uma pessoa negra, sei quem são meus inimigos. E quando a Ku Klux Klan 
move uma ação judicial em Detroit para fazer o comitê de educação da cidade tirar das escolas livros 
que ela acredita “fazerem apologia à homossexualidade”, sei que não posso me dar ao luxo de lutar 
contra uma única forma de opressão. Não tenho como achar que estar livre da intolerância é direito de 
apenas um grupo específico. E não tenho como escolher em que frente vou lutar contra essas forças 
discriminatórias, independente de que lado elas estejam vindo me derrubar. E quando eles aparecerem 
para me derrubar, não irá demorar a que apareçam para derrubar você. 
Fonte: LORDE, Audre. Não existe hierarquia de opressão. In: Pensamento feminista, organização:Heloisa Buarque de 
Holanda. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019. p. 239 - 240. 
1. Quais são os argumentos da autora Audre Lorde para explicar que não há hierarquia de 
opressão? 
2. Sabemos que a utilização, ou não, da pontuação é capaz de produzir efeitos de sentido diversos 
dentro de um texto. Dessa forma, qual efeito de sentido produzido pela autora no trecho “Eu 
nasci negra, e mulher” pela utilização da vírgula? 
3. Há alguma frase no texto que apresenta oração subordinada substantiva? Se sim, transcreva-o 
e explique qual é o sentido da modalização em questão. Essa explicação estará baseada na 
escolha do verbo utilizado pela autora. 
4. Como seria o trecho “É inconcebível, para mim, que certa parte de minha identidade possa se 
beneficiar com a opressão de outra. Eu sei que meu povo não vai se beneficiar coma opressão 
de qualquer outro grupo que esteja também na busca de direito de existir em paz”, a partir de 
um enunciador em 3ª pessoa? 
5. E para você, existe hierarquia de opressão? Explique utilizando como base o texto apresentado, 
algum outro texto de seu conhecimento ou a sua experiência de vida. 
 
RECURSOS: 
Caderno, caneta, lousa, pincel, projetor multimídia e folhas de atividades. 
 
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO: 
Avalie se o estudante consegue diferenciar tema de tese, construir uma tese apontando problemas em 
relação a um tema, reconhecer estratégias argumentativas para compreender um texto e usar e 
interpretar elementos coesivos, além de diferenciar Fato de Opinião, na construção textual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 ATIVIDADES 
De acordo com os textos apresentados, é possível observar o apontamento ao sistema capitalista como 
maior responsável pela grande desigualdade vivenciada na atualidade, bem como um forte mecanismo 
de opressão de minorias. A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos 
construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade 
escrita formal da língua portuguesa em até 30 linhas sobre o tema: As desigualdades vivenciadas pelas 
mulheres e potencializadas pela pandemia, apresentando proposta de intervenção que respeite os 
direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para 
defesa de seu ponto de vista. 
 
TEXTO I 
Em meio à pandemia, com empresas fechando postos de trabalho, escolas operando a distância e 
idosos precisando de cuidados extras, a participação das mulheres no mercado de trabalho alcançou o 
patamar mais baixo dos últimos 30 anos. Os hábitos e a cultura da sociedade têm impedido muitas 
mulheres não só de trabalhar, mas até de procurar emprego. E, dentro de casa, elas ficaram ainda 
mais sobrecarregadas. Em função da sobrecarga nas tarefas domésticas e nos cuidados com crianças e 
idosos, parcela do total de mulheres que estão ocupadas ou em busca de um trabalho chegou a 46,3% 
no segundo trimestre; desde 1991 esse número não ficava abaixo de 50%, e, desde 1990, não atingia 
valor tão baixo - quando ficou em 44,2%, segundo dados do IBGE. Entre as mulheres que têm criança 
de até 10 anos em casa, a queda na participação no mercado de trabalho foi de 7,7 pontos 
porcentuais entre o segundo trimestre de 2019 e o mesmo período deste ano. Já entre as mulheres em 
geral, a redução foi de 7,1 pontos percentuais e, entre os homens, de 6,3 pontos porcentuais. 
Fonte: DYNIEWICZ, Luciana. Participação das mulheres no mercado de trabalho é a menor em 30 
anos. Disponível em: https://www.estadao.com.br/infograficos/economia,com-pandemia-participacaodas-
mulheres-no-mercado-de-trabalho-e-a-menor-em-30-anos,1130056. Acesso em 22 dez. 2020. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TEXTO II 
 
FONTE: Amazônia Real et. al. Uma mulher é morta a cada 9 horas durante a pandemia no Brasil. Revista 
Azminas. Disponível em: https://azmina.com.br/reportagens/um-virus-e-duas-guerras-umamulher-e-morta-a-
cada-nove-horas-durante-a-pandemia-no-brasil/. Acesso em 22 dez. 2020. 
 
TEXTO III 
Brasil registrou 140 assassinatos de pessoas trans em 2021 
São Paulo foi o estados com maior número de ocorrências 
Publicado em 29/01/2022 - 08:01 Por Jonas Valente - Repórter da Agência Brasil - Brasília 
 
Em 2021, foram registrados 140 assassinatos de pessoas trans no Brasil. Deste total, 135 tiveram 
como vítimas travestis e mulheres transexuais e cinco vitimaram homens trans e pessoas 
transmasculinas. 
O número foi menor do que o do ano anterior, quando foram registrados 175 assassinatos de pessoas 
trans. Mas foi superior ao de 2019, no período pré-pandemia, quando foram contabilizados 124 óbitos. 
O número de 2021 está acima da média desde 2008, de 123,8 homicídios anuais de pessoas 
pertencentes a esse segmento. 
 
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Os dados estão no Dossiê Assassinatos e Violências Contra Travestis e Transexuais Brasileiras em 
2021. O estudo foi realizado pela da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) com apoio 
de universidades como a Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Federal de São Paulo (Unifesp) e Federal 
de Minas Gerais (UFMG). 
O Brasil foi, pelo 13º ano consecutivo, o país onde mais pessoas trans foram assassinadas. Em relação 
à distribuição geográfica, São Paulo foi o estado com mais homicídios (25), seguido por Bahia (13), Rio 
de Janeiro (12) e Ceará e Pernambuco (11). Além dos casos no Brasil, foram identificados dois 
assassinatos de brasileiras trans em outros países, um na França e outro em Portugal. 
Os perfis das vítimas não puderam ser completamente traçados. Dos assassinatos com informações 
sobre a idade - 100 casos -, 53% tinham entre 18 e 29 anos; 28% entre 30 e 39 anos; 10% entre 40 e 
49 anos; 5% entre 13 e 17 anos e 3% entre 50 e 59 anos. Quanto à raça, 81% das vítimas se 
identificavam como pretas ou pardas, enquanto 19% eram brancas. 
 
Em 2021 ocorreram 140 assassinatos de pessoas trans no Brasil. - Dossiê Assassinatos e Violências Contra 
Travestis e Transexuais Brasileiras em 2021 
 
As principais vítimas foram as profissionais do sexo - 78% das pessoas mortas identificadas na 
pesquisa. Segundo a autora, esse perfil majoritário das vítimas indica pessoas “empurradas para a 
prostituição compulsoriamente pela falta de oportunidades, onde muitas se encontram em alta 
vulnerabilidade social e expostas aos maiores índices de violência, a toda a sorte de agressões físicas e 
psicológicas.” 
O texto informa que as pessoas trans também sofreram intensamente os efeitos da crise sanitária, 
econômica e social da pandemia da covid-19, com dificuldade de acesso a auxílios governamentais e 
de obtenção de empregos em empresas. 
A pesquisa chama a atenção para a dificuldade de obtenção de dados. Isso ocorre pela ausência de um 
recorte que contemple as pessoas trans nas estatísticas de secretarias de segurança e de instituições 
de direitos humanos que recebem denúncias de violações, como no caso do Disque 100. 
“Nos casos de assassinatos, muitas vezes esses dados se perdem nos próprios registros de ocorrência. 
Da mesma forma, nos laudos dos Institutos Médicos Legais, ignora-se a identidade de gênero da 
pessoa, se destoante do padrão sexual binário”, pontua a autora do estudo, Bruna Benevides. 
A autora destaca que há um crescimento de iniciativas com repercussões na ampliação da violência 
contra pessoas trans e que esse segmento é o que sofre mais violações de direitos humanos entre a 
comunidade LGBTQIA+. 
 
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“Temos assistido a um levante contra as discussões sobre linguagem inclusiva de gênero para pessoas 
não-binárias, projetos de lei antitrans e o discurso que incluiu o ódio religioso contra direitos 
LGBTQIA+ tem ganhado mais espaço, trazendo impactos significativos no dia a dia”, observa. [...] 
FONTE: VALENTE, Jonas. Brasil registrou 140 assassinatos de pessoas trans em 2021, diz estudo realizado pela Associação 
Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) com apoio da UFRJ, UFMG e Unifesp. Publicado pela Agência Brasil, 29/01/2022 - 
08:01. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2022-01/brasil-registrou-140-assassinatos-
de-pessoas-trans-em-2021. Acesso em 16 mai. 2023. 
 
LEMBRE-SE: 
ESTRATÉGIAS ARGUMENTATIVAS – São recursos utilizados para desenvolver os argumentos, de 
modo a convencer o leitor: exemplos; dados estatísticos; pesquisas; fatos comprováveis; citações ou 
depoimentos de pessoas especializadas no assunto; pequenas narrativas ilustrativas; alusões históricas 
e comparações entre fatos, situações, épocas ou lugares distintos. 
 
CUIDADO: 
Não tangenciar o tema, ou seja, não deixar em segundo plano a discussão em torno do eixo temático 
objetivamente proposto. 
Ao elaborar sua proposta, procure

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