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1201) Língua Portuguesa para Agente de Pesquisas e Mapeamento (IBGE) 2023 https://www.tecconcursos.com.br/s/Q2oaW3 Ordenação: Por Matéria www.tecconcursos.com.br/questoes/2059387 IBFC - Tec (EBSERH UNIFAP)/EBSERH HU-UNIFAP/Segurança do Trabalho/2022 Língua Portuguesa (Português) - Tipologia e Gênero Textual Texto I O conto do vigário (Joseli Dias) Um conto de réis. Foi esta quantia, enorme para a época, que o velho pároco de Cantanzal perdeu para Pedro Lulu, boa vida cuja única ocupação, além de levar à perdição as mocinhas do lugar, era tocar viola para garantir, de uma casa em outra, o almoço de todos os dias. Nenhum vendeiro, por maior esforço de memória que fizesse, lembraria o dia em que Pedro Lulu tirou do bolso uma nota qualquer para comprar alguma coisa. Sempre vinha com uma conversa maneira, uma lábia enroladora e no final terminava por comprar o que queria, deixando fiado e desaparecendo por vários meses, até achar que o dono do boteco tinha esquecido a dívida, para fazer uma nova por cima. A vida de Pedro Lulu era relativamente boa. Tocava nas festas, ganhava roupas usadas dos amigos e juras de amor de moças solteironas de Cantanzal. A vida mansa, no entanto, terminou quando o Padre Bastião chegou por ali. Homem sisudo, pregava o trabalho como meio único para progredir na vida. Ele mesmo dava exemplo, pegando no batente de manhã cedo, preparando massa de cimento e assentando tijolos da igreja em construção. Quando deu com Pedro Lulu, que só queria sombra e água fresca, iniciou uma verdadeira campanha contra ele. Nos sermões, pregava o trabalho árduo. Pedro Lulu era o exemplo mais formidável que dava aos fiéis. “Não tem família, não tem dinheiro, veste o que lhe dão, vive a cantar e a mendigar comida na mesa alheia”, pregava o padre, diante do rebanho. Aos poucos Pedro Lulu foi perdendo amizades valiosas, os almoços oferecidos foram escasseando e até mesmo nas rodas de cantoria era olhado de lado por alguns. “Isso tem que acabar”, disse consigo. Naquele dia foi até a igreja e prostou-se diante do confessionário. Fingindo ser outra pessoa, pediu ao padre o mais absoluto segredo do que iria contar, porque havia prometido a um amigo que não faria o mesmo diante das maiores dificuldades, mas que vê-lo em tamanha necessidade, tinha resolvido confessar-se passando o segredo adiante. O Padre, cujo único defeito era interessar-se pela vida alheia, ficou todo ouvidos. E foi assim que a misteriosa figura contou que Pedro Lulu era, na verdade, riquíssimo, mas que por uma aposta que fez, não podia usufruir de seus bens na capital, que somavam milhares de contos de réis. [...] A leitura atenta do texto permite-nos classificá-lo como pertencente à tipologia narrativa. A respeito dos elementos que o caracterizam, é correto afirmar que: a) a apresentação idealizada atribuída ao personagem Pedro Lulu reforça a indiferença dos demais personagens por ele. b) a ausência de uma delimitação do espaço em que se passa a história permite, ao leitor, situá-la em qualquer região do país. c) a longa descrição apresentada pelo narrador acerca do personagem Pedro Lulu revela a posição isenta do foco narrativo selecionado. https://www.tecconcursos.com.br/s/Q2oaW3 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2059387 1202) 1203) d) o texto concentra-se na caracterização dos traços físicos do personagem Pedro Lulu em detrimento de suas atitudes. e) a situação apresentada logo no início do texto revela um recorte temporal da história que ainda será explicado posteriormente. www.tecconcursos.com.br/questoes/2063205 IBFC - Adm (DETRAN AM)/DETRAN AM/2022 Língua Portuguesa (Português) - Tipologia e Gênero Textual Depois de caminhar por alguns metros, Edgar Wilson percebe ao longe a carcaça de um animal. Segue pela estrada de terra batida, que fica deserta a maior parte do tempo e é usada como atalho pelos motoristas que conhecem bem as imediações. Edgard fora atraído para esse trecho por causa de uma revoada de abutres. Assim como a podridão os atrai, os que se alimentam dela atraem Edgard. Tanto as aves carniceiras quanto ele se valem dos próprios sentidos para encontrar os mortos, e ambas as espécies sobrevivem desses restos não reclamados. Todo nascimento é também um pouco de morte. Edgar já viu algumas criaturas nascerem mortas, outras, morrerem horas depois. Sua consciência sobre o fim de todas as coisas tornou-se aguçada desde que abatia o gado e principalmente agora, ao recolher todas as espécies em qualquer parte. Assim como não teme o pôr do sol, Edgar Wilson entende que não deve temer a morte. Ambos ocorrem involuntariamente num fluxo contínuo. De certa forma, o inevitável lhe agrada. Sentir-se passível de morrer fortalece suas decisões. Não importa o que faça, seja o bem, seja o mal, ele deixará de existir. Distrai-se dos voos dos abutres e caminha mais alguns metros em outra direção, para a caveira de uma vaca atirada no meio da estrada. Nota que não foi atropelada. Os ossos estão intactos, nenhum sinal de fratura. O couro foi levemente oxidado, consumido pela exposição climática. Não há sinal de vermes necrófagos ou pequenos insetos a devorá-la. Edgar Wilson inclina ainda mais o corpo ao perceber uma colmeia presa às costelas da vaca. Apanha um galho de árvore caído no chão e cutuca a colmeia, mesmo sabendo que é perigoso. Nada acontece. Cutuca-a com mais força e a colmeia se parte. Não há abelhas. Percebe algo pastoso e brilhante. Leva a mão até a colmeia e arranca um favo de mel. Cheira-o. Toca a ponta da língua. Diferente do que imaginou, não está podre. Come um pouco do mel. Agradam-lhe as pequenas explosões do favo rompendo em sua boca, algumas lascas muito finas que se prendem entre os molares superiores. Lambe o excesso de mel nos dedos e os limpa no macacão. (MAIA, Ana Paula. Enterre seus mortos. São Paulo: Companhia das Letras, 2018, p. 71-72) O texto ilustra a tipologia narrativa e sobre ele pode-se afirmar que: a) Edgar Wilson é o narrador personagem que conduz o leitor no percurso apresentado. b) há um privilégio da perspectiva de Edgar Wilson em razão da alternância de foco narrativo. c) Edgar Wilson apresenta-se ao leitor, exclusivamente, por meio de atributos físicos. d) um narrador observador apresenta ao leitor pensamentos e ações de Edgar Wilson. www.tecconcursos.com.br/questoes/2236533 IBFC - Of (PM RN)/PM RN/2022 Língua Portuguesa (Português) - Tipologia e Gênero Textual O copo de café quente do McDonald's. Por que um processo é considerado frívolo? Um exemplo é o caso ocorrido, por conta de um acidente entre a rede McDonald's e Stella Liebeck, o qual originou um processo. Quase todos parecem saber disso. E há uma boa chance de tudo o que se acredita estar errado. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2063205 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2236533 1204) Em 1992, Stella Liebeck, de 79 anos, comprou uma xícara de café para viagem em um drive-thru do McDonald's, em Albuquerque, e o derramou em seu colo. Conjecturou-se: O café não deveria estar quente? O McDonald's não derramou o café nela? Ela derramou o café em si mesma? Ela estava dirigindo o carro? Ela não prestou atenção no café? Fatos: Stella Liebeck não estava dirigindo quando derramou o café, nem o carro estava em movimento. Ela era a passageira de um veículo que estava parado no estacionamento do McDonald's, no qual, ela havia comprado o café. Ela estava com o copo entre os joelhos, enquanto removia a tampa para adicionar o creme e o açúcar, quando o copo tombou e derramou todo o conteúdo em seu colo. A mensagem do júri: o café não estava apenas quente, mas perigosamente quente. A política corporativa do McDonald's era servi-lo a uma temperatura que pudesse causar queimaduras graves em segundos. Os ferimentos de Liebeck estavam longe de ser frívolos. Ela estava vestindo uma calça de moletom que absorveu o café e o manteve contra a pele. Ela sofreu queimaduras de terceiro grau (o tipo mais sensível) e precisou de enxertos de pele na parte interna das coxas e em outros lugares.O júri teve acesso a processos similares durante o julgamento: o caso de Liebeck estava longe de ser um evento isolado. O McDonald's recebeu mais de 700 relatórios prévios de danos causados por seu café, incluindo relatos de queimaduras de terceiro grau, e pagou indenizações em alguns casos. Liebeck propôs receber US$ 20.000 para cobrir suas despesas médicas e perda de renda, mas o McDonald's nunca ofereceu mais de US$ 800, então o caso foi a julgamento. O júri considerou Liebeck parcialmente culpada por seus ferimentos, reduzindo a compensação no acordo. Mas o prêmio de indenização punitiva do júri ganhou as manchetes. Apesar de centenas de pessoas terem sofrido ferimentos similares. Ciente da procrastinação do McDonald's, o júri concedeu à Liebeck o equivalente a dois dias de receita de vendas de café. Isso não foi, no entanto, o fim de tudo. A indenização original por danos punitivos foi finalmente reduzida em mais de 80% pelo juiz e, para evitar o que provavelmente seriam anos e anos de apelações, Liebeck e o McDonald’s chegaram a um acordo sigiloso. Pode-se afirmar que os gêneros textuais são tipos relativamente estáveis de enunciados, eles, geralmente, exercem uma função social específica e apresentam intenções comunicativas bem características. Retorne ao texto “O copo de café quente do McDonald's” e assinale a alternativa que caracteriza o gênero textual PREDOMINANTE. a) Artigo. b) Biografia. c) Decreto. d) Editorial. e) Entrevista. www.tecconcursos.com.br/questoes/2236538 IBFC - Of (PM RN)/PM RN/2022 Língua Portuguesa (Português) - Tipologia e Gênero Textual O copo de café quente do McDonald's. Por que um processo é considerado frívolo? Um exemplo é o caso ocorrido, por conta de um acidente entre a rede McDonald's e Stella Liebeck, o qual originou um processo. Quase todos parecem saber disso. E há uma boa chance de tudo o que se acredita estar errado. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2236538 Em 1992, Stella Liebeck, de 79 anos, comprou uma xícara de café para viagem em um drive-thru do McDonald's, em Albuquerque, e o derramou em seu colo. Conjecturou-se: O café não deveria estar quente? O McDonald's não derramou o café nela? Ela derramou o café em si mesma? Ela estava dirigindo o carro? Ela não prestou atenção no café? Fatos: Stella Liebeck não estava dirigindo quando derramou o café, nem o carro estava em movimento. Ela era a passageira de um veículo que estava parado no estacionamento do McDonald's, no qual, ela havia comprado o café. Ela estava com o copo entre os joelhos, enquanto removia a tampa para adicionar o creme e o açúcar, quando o copo tombou e derramou todo o conteúdo em seu colo. A mensagem do júri: o café não estava apenas quente, mas perigosamente quente. A política corporativa do McDonald's era servi-lo a uma temperatura que pudesse causar queimaduras graves em segundos. Os ferimentos de Liebeck estavam longe de ser frívolos. Ela estava vestindo uma calça de moletom que absorveu o café e o manteve contra a pele. Ela sofreu queimaduras de terceiro grau (o tipo mais sensível) e precisou de enxertos de pele na parte interna das coxas e em outros lugares. O júri teve acesso a processos similares durante o julgamento: o caso de Liebeck estava longe de ser um evento isolado. O McDonald's recebeu mais de 700 relatórios prévios de danos causados por seu café, incluindo relatos de queimaduras de terceiro grau, e pagou indenizações em alguns casos. Liebeck propôs receber US$ 20.000 para cobrir suas despesas médicas e perda de renda, mas o McDonald's nunca ofereceu mais de US$ 800, então o caso foi a julgamento. O júri considerou Liebeck parcialmente culpada por seus ferimentos, reduzindo a compensação no acordo. Mas o prêmio de indenização punitiva do júri ganhou as manchetes. Apesar de centenas de pessoas terem sofrido ferimentos similares. Ciente da procrastinação do McDonald's, o júri concedeu à Liebeck o equivalente a dois dias de receita de vendas de café. Isso não foi, no entanto, o fim de tudo. A indenização original por danos punitivos foi finalmente reduzida em mais de 80% pelo juiz e, para evitar o que provavelmente seriam anos e anos de apelações, Liebeck e o McDonald’s chegaram a um acordo sigiloso. Ainda segundo o texto: “O copo de café quente do McDonald's”, pode-se afirmar que a tipologia textual perpassa pela estrutura do texto, sabe-se também que um texto, não precisa estar restrito a apenas uma tipologia textual, por exemplo, a tipologia descritiva está sempre associada a uma outra tipologia. Analise as afirmativas abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F). ( ) O texto é PREDOMINANTEMENTE expositivo, enquadra-se na categoria de notícias, artigos, reportagens, etc. ( ) O texto é PREDOMINANTEMENTE narrativo, adapta-se na categoria de romances, contos, fábulas, etc. ( ) O texto é PREDOMINANTEMENTE descritivo, adequa-se na categoria de diários, folhetos, anúncios, etc. ( ) O texto é PREDOMINANTEMENTE argumentativo, corresponde à categoria de manifestos, sermões , teses, etc. ( ) O texto é PREDOMINANTEMENTE injuntivo, condiz com a categoria de manuais de instruções, guias rodoviários, bulas de remédio, etc. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo. a) V - F - F - F - F b) F - V - F - F - F 1205) c) F - F - V - F - F d) F - F - F - V - F e) F - F - F - F - V www.tecconcursos.com.br/questoes/2241640 IBFC - TAT (DETRAN DF)/DETRAN DF/2022 Língua Portuguesa (Português) - Tipologia e Gênero Textual Texto Meu reino por um pente (Paulo Mendes Campos) Filhos – diz o poeta – melhor não tê-los. Já o Professor Anibal Machado me confiou gravemente que a vida pode ter muito sofrimento, o mundo pode não ter explicação alguma, mas, filhos, era melhor tê-los. A conclusão parece simples, mas não era; Anibal tinha ido às raízes da vida, e de lá arrancara a certeza imperativa de que a procriação é uma verdade animal, uma coisa que não se discute, fora do alcance do radar filosófico. “Eu não sei por que, Paulo, mas fazer filhos é o que há de mais importante.” Engraçado é que, depois dessa conversa, fui descobrindo devagar a melancólica impostura daquelas palavras corrosivas do final de Memórias Póstumas1: “não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria”. Filhos, melhor tê-los, aliás, o mesmo poeta corrige antiteticamente o pessimismo daquele verso, quando pergunta: mas, se não os temos, como sabê-lo? Resumindo: filhos, melhor não tê-los, mas é de todo indispensável tê-los para sabê-lo; logo, melhor tê-los. Você vai se rir de mim ao saber que comecei a crônica desse jeito depois de procurar em vão meu bloco de papel. Pois se ria a valer: o desaparecimento de certos objetos tem o dom de conclamar, por um rápido edital, todas as brigadas neuróticas alojadas nas províncias de meu corpo. Sobretudo instrumentos de trabalho. Vai-se-me por água a baixo o comedimento quando não acho minha caneta, meu lápis-tinta, meu papel, minha cola... Quando isso acontece (sempre) até taquicardia costumo ter; vem-me a tentação de demitir-me do emprego, de ir para uma praia deserta, de voltar para Minas Gerais, renunciar... Ridículo? Sim, ridículo, mas nada posso fazer. Creio que seria capaz (talvez seja presunção) de aguentar com relativa indiferença uma hecatombe2 que destruísse de vez todos os meus pertences. O que não suporto é a repetição indefinida do desaparecimento desses objetos sem nenhum valor, mas sem os quais, a gente não pode seguir adiante, tem de parar, tem de resolver primeiro. [...] 1 Refere-se ao romance Memórias Póstumas de Brás Cubas, publicado em 1881. 2 desastre, catástrofe A crônica é um gênero textual que faz uso de estratégias que buscam a aproximação com o leitor. A interlocução é uma delas. Nesse sentido, assinale a passagem em que essa estratégia não é observada. a) “Você vai se rir de mim ao saber” (5º§) b) “Pois se ria a valer” (5º§) c) “Quando isso acontece (sempre)” (6º§) https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2241640 1206) d) “Ridículo?Sim, ridículo” (7º§) www.tecconcursos.com.br/questoes/2241648 IBFC - TAT (DETRAN DF)/DETRAN DF/2022 Língua Portuguesa (Português) - Tipologia e Gênero Textual Texto Um esqueleto de tiranossauro rex foi exposto em Singapura nesta sexta-feira (28) antes de seu leilão no próximo mês, um negócio que especialistas dizem ser "prejudicial à ciência". O esqueleto de 1.400 quilos, composto de cerca de 80 ossos, será o primeiro do tipo a ser leiloado na Ásia, disse a casa de leilões Christie's. Apelidado de Shen, que significa divindade, ficará em exibição por três dias antes de ser enviado para Hong Kong. Será vendido em novembro. "Nenhum dos 20 tiranossauros rex existentes no mundo pertence a uma instituição asiática ou a um colecionador asiático", comentou Francis Belin, presidente da Christie's Ásia-Pacífico. Acredita-se que o dinossauro, um adulto de 4,6 metros de altura e 12 metros de comprimento e que viveu há cerca de 67 milhões de anos, seja do sexo masculino. Foi desenterrado em 2020 em terras privadas na formação Hell Creek, em Montana, Estados Unidos. Nos últimos anos, vários dinossauros foram leiloados, uma tendência que preocupa vários especialistas. "É triste que os dinossauros estejam se tornando brinquedos colecionáveis para a classe oligárquica", afirmou Steve Brusatte, paleontólogo da Universidade de Edimburgo, acrescentando que os restos fósseis deveriam estar em museus. Thomas Carr, um paleontólogo americano, afirmou que essas vendas são "inquestionavelmente prejudiciais à ciência", pois não há garantia de que um fóssil privado possa ser estudado novamente. Belin espera "que o novo proprietário, seja uma instituição ou um indivíduo, garanta que o público o veja". (Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2022/10/esqueleto-do-t-rex-shen-e-exposto-antes-de-leilao- visto-como-prejudicial-a-ciencia.shtml. Acesso em: 28/10/2022) O texto acima é uma notícia, gênero textual que se destaca por seu caráter informativo. Embora apresente várias informações, entende-se que sua ideia central consiste: a) no impacto causado nos pesquisadores ao se depararem com fósseis de 4,6 metros de altura e 12 metros de comprimento. b) na necessidade de expor que o fóssil foi desenterrado, em 2020, em terras privadas na formação Hell Creek, em Montana, Estados Unidos. c) na insatisfação de mostrar que nenhum dos 20 tiranossauros rex existentes no mundo pertencem a uma instituição ou colecionador da Ásia. d) na preocupação dos cientistas em relação a leilões que tornam privadas descobertas como fósseis de dinossauros. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2241648 1207) 1208) www.tecconcursos.com.br/questoes/2242890 IBFC - AAT (DETRAN DF)/DETRAN DF/2022 Língua Portuguesa (Português) - Tipologia e Gênero Textual Texto Eu deveria cantar. Rolar de rir ou chorar, eu deveria, mas tinha desaprendido essas coisas. Talvez então pudesse acender uma vela, correr até a igreja da Consolação, rezar um Pai Nosso, uma Ave Maria e uma Glória ao Pai, tudo que eu lembrava, depois enfiar algum trocado, se tivesse, e nos últimos meses nunca, na caixa de metal “Para as Almas do Purgatório”. Agradecer, pedir luz, como nos tempos em que tinha fé. Bons tempos aqueles, pensei. Acendi um cigarro. E não tomei nenhuma dessas atitudes, dramáticas como se em algum canto houvesse sempre uma câmera cinematográfica à minha espreita. Ou Deus. Sem juiz nem plateia, sem close nem zoom, fiquei ali parado no começo da tarde escaldante de fevereiro, olhando o telefone que acabara de desligar. Nem sequer fiz o sinal da cruz ou levantei os olhos para o céu. O mínimo, suponho, que um sujeito tem a obrigação de fazer nesses casos, mesmo sem nenhuma fé, como se reagisse a uma espécie de reflexo condicionado místico. Acontecera um milagre. Um milagre à toa, mas básico para quem, como eu, não tinha pais ricos, dinheiro aplicado, imóveis, nem herança e apenas tentava viver sozinho numa cidade infernal como aquela que trepidava lá fora, além da janela ainda fechada do apartamento. Nada muito sensacional, tipo recuperar de súbito a visão ou erguer-se da cadeira de rodas com o semblante beatificado e a leveza de quem pisa sobre as águas. Embora a miopia ficasse cada vez mais aguda e os joelhos tremessem com frequência, não sabia se fome crônica ou pura tristeza, meus olhos e pernas ainda funcionavam razoavelmente. Outros órgãos, verdade, bem menos. Toquei o pescoço. E o cérebro, por exemplo. Já chega, disse para mim mesmo, parado nu no meio da penumbra gosmenta do meio-dia. Pense nesse milagre, homem. Singelo, quase insignificante na sua simplicidade, o pequeno milagre capaz de trazer alguma paz àquela série de solavancos sem rumo nem ritmo que eu, com certa complacência e nenhuma originalidade, estava habituado a chamar de minha vida, tinha um nome. Chamava-se – um emprego. (ABREU, Caio Fernando. Onde andará Dulce Veiga? São Paulo: Planeta De Agostini, 2003, p.11-12). O texto pertence à tipologia narrativa e, pelo modo com que é estruturado, oferece ao leitor: a) uma abordagem da condição física e emocional do personagem com base em uma delimitação subjetiva. b) problematizações que correspondem apenas à relação do personagem com sua condição religiosa. c) uma caracterização restrita a uma sequência de ações do personagem que revela mais sobre os outros do que sobre si. d) informações técnicas e objetivas acerca dos problemas de saúde que acometem o personagem. www.tecconcursos.com.br/questoes/2242894 IBFC - AAT (DETRAN DF)/DETRAN DF/2022 Língua Portuguesa (Português) - Tipologia e Gênero Textual Texto https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2242890 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2242894 1209) Eu deveria cantar. Rolar de rir ou chorar, eu deveria, mas tinha desaprendido essas coisas. Talvez então pudesse acender uma vela, correr até a igreja da Consolação, rezar um Pai Nosso, uma Ave Maria e uma Glória ao Pai, tudo que eu lembrava, depois enfiar algum trocado, se tivesse, e nos últimos meses nunca, na caixa de metal “Para as Almas do Purgatório”. Agradecer, pedir luz, como nos tempos em que tinha fé. Bons tempos aqueles, pensei. Acendi um cigarro. E não tomei nenhuma dessas atitudes, dramáticas como se em algum canto houvesse sempre uma câmera cinematográfica à minha espreita. Ou Deus. Sem juiz nem plateia, sem close nem zoom, fiquei ali parado no começo da tarde escaldante de fevereiro, olhando o telefone que acabara de desligar. Nem sequer fiz o sinal da cruz ou levantei os olhos para o céu. O mínimo, suponho, que um sujeito tem a obrigação de fazer nesses casos, mesmo sem nenhuma fé, como se reagisse a uma espécie de reflexo condicionado místico. Acontecera um milagre. Um milagre à toa, mas básico para quem, como eu, não tinha pais ricos, dinheiro aplicado, imóveis, nem herança e apenas tentava viver sozinho numa cidade infernal como aquela que trepidava lá fora, além da janela ainda fechada do apartamento. Nada muito sensacional, tipo recuperar de súbito a visão ou erguer-se da cadeira de rodas com o semblante beatificado e a leveza de quem pisa sobre as águas. Embora a miopia ficasse cada vez mais aguda e os joelhos tremessem com frequência, não sabia se fome crônica ou pura tristeza, meus olhos e pernas ainda funcionavam razoavelmente. Outros órgãos, verdade, bem menos. Toquei o pescoço. E o cérebro, por exemplo. Já chega, disse para mim mesmo, parado nu no meio da penumbra gosmenta do meio-dia. Pense nesse milagre, homem. Singelo, quase insignificante na sua simplicidade, o pequeno milagre capaz de trazer alguma paz àquela série de solavancos sem rumo nem ritmo que eu, com certa complacência e nenhuma originalidade, estava habituado a chamar de minha vida, tinha um nome. Chamava-se – um emprego. (ABREU, Caio Fernando. Onde andará Dulce Veiga? São Paulo: Planeta De Agostini, 2003, p.11-12). No texto, ocorrem marcações discursivas como as que se destacam em “Bons tempos aqueles, pensei.” e “O mínimo, suponho, que um sujeito tem”. Tais marcações cumprem o seguinteefeito expressivo: a) aproximam o enunciador de reações provocadas, pelo texto, no leitor. b) retificam as afirmações apresentadas anteriormente pelo enunciador. c) revelam traços linguísticos de interlocução por parte do enunciador. d) reforçam, para o leitor, o caráter situado das impressões do enunciador. www.tecconcursos.com.br/questoes/2242899 IBFC - AAT (DETRAN DF)/DETRAN DF/2022 Língua Portuguesa (Português) - Tipologia e Gênero Textual Texto Os ombros suportam o mundo (Carlos Drummond de Andrade) Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus. Tempo de absoluta depuração. Tempo em que não se diz mais: meu amor. Porque o amor resultou inútil. E os olhos não choram. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2242899 1210) 1211) E as mãos tecem apenas o rude trabalho. E o coração está seco. Em vão mulheres batem à porta, não abrirás. Ficaste sozinho, a luz apagou-se, mas na sombra teus olhos resplandecem enormes. És todo certeza, já não sabes sofrer. E nada esperas de teus amigos. Pouco importa venha a velhice, que é a velhice? Teus ombros suportam o mundo e ele não pesa mais que a mão de uma criança. As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios provam apenas que a vida prossegue e nem todos se libertaram ainda. Alguns, achando bárbaro o espetáculo preferiram (os delicados) morrer. Chegou um tempo em que não adianta morrer. Chegou um tempo em que a vida é uma ordem. A vida apenas, sem mistificação. Em linguagem simbólica, o texto apresenta uma percepção acerca do mundo. Considerando-se que se trata de um poema, percebe-se que, em sua construção, predomina a seguinte tipologia: a) Dissertativa. b) Narrativa. c) Descritiva. d) Injuntiva. www.tecconcursos.com.br/questoes/2246431 IBFC - Mon (MGS)/MGS/Educacional/2022 Língua Portuguesa (Português) - Tipologia e Gênero Textual Muitos estudantes de Língua Portuguesa acabam por confundir “tipos textuais” com “gêneros textuais”. Os tipos textuais também denominados tipos de textos, caracterizam-se pelo seu conteúdo e pelo seu layout (formato). Já os gêneros textuais são tipos relativamente estáveis de enunciados, os quais apresentam uma função comunicativa baseada nas relações socioculturais e comunicativas. Sabendo-se que há apenas cinco tipos textuais, assinale a alternativa que não pode ser denominada de tipo textual. a) Texto narrativo. b) Texto descritivo. c) Texto dramático. d) Texto dissertativo. www.tecconcursos.com.br/questoes/2247253 IBFC - AFEDAF (INDEA MT)/INDEA MT/2022 Língua Portuguesa (Português) - Tipologia e Gênero Textual Texto Faroeste https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2246431 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2247253 Naquele tempo o mocinho era bom. Puro do cavalo branco até o chapelão imaculado. A camisa limpa, com estrela de xerife. Luvas de couro, tímido e olho baixo. Namorando a mocinha, cisca nas pedras e espirra estrelinha com a espora da botina. Nunca despenteia o cabelo nas brigas. Defende órfão e viúva. Com os brutos, implacável porém justo. Frequenta o boteco pra chatear os bandidos. Bebe um trago e disfarça a careta. Atira só em legítima defesa. O mocinho é sempre mocinho, nunca brinca de bandido. Ah, o vilão todo de preto, duas pistolas no cinto prateado e um punhal (escondido) na bota – o segundo mais rápido do oeste. Bigodinho fino, risadinha cínica. Bebe, trapaceia no jogo. Cospe no chão. Mata pelas costas. Covarde, patético, chora na cadeia. E morre, bem feito!, na forca. Qual dos dois é o vilão hoje? Se um quer roubar o ouro da mina do pai da mocinha, o outro também. Sem piscar, um troca a mocinha pelo cavalo do outro. Os punhos nus eram a arma do galã. Hoje briga sujo. Inimigo vencido, a cara no pó? Chuta de letra o nariz até esguichar sangue. Costeleta e bigodinho ele também. Sem modos, entra de chapelão na casa do juiz. Corteja a heroína, já viu, aparando as unhas? Pífio jogador de pôquer, o toque na orelha esquerda significa trinca de sete. A cada estalido na sombra já tem o dedo no gatilho – seu lema é atire primeiro e pergunte depois. Você por acaso fecha o olho do bandido que matou? Nem ele. E a mocinha, de cachinho loiro e tudo, que vergonha! Começa que moça direita nunca foi. Cantora fuleira de cabaré, gira a valsa do amor nos braços de um e de outro. Por interesse, casa com o chefão do bando. Casa com o pai do mocinho. Até com o mocinho ela casa. Deixa estar, guri não é trouxa. Torce pelo bandido. (TREVISAN, Dalton. O beijo na nuca. Rio de Janeiro: Record, 2014. P.66-67) Em “Você por acaso fecha o olho do bandido que matou?”, o pronome destacado refere-se: a) ironicamente, a um leitor genérico aproximando-o do texto. b) objetivamente, a um interlocutor que é personagem do texto. c) genericamente, apenas às pessoas que já mataram alguém. d) figurativamente, a um destinatário ficcional que dialoga no texto. 1212) 1213) www.tecconcursos.com.br/questoes/2247307 IBFC - FEDAF (INDEA MT)/INDEA MT/Engenheiro Agrônomo/2022 Língua Portuguesa (Português) - Tipologia e Gênero Textual Texto Saímos de Manaus numa lancha pequena, e no meio da manhã navegamos no coração do arquipélago das Anavilhanas. A ânsia de encontrar Dinaura me deixou desnorteado. A ânsia e as lembranças da Boa Vida. A visão do rio Negro derrotou meu desejo de esquecer o Uaicurapá. E a paisagem da infância reacendeu minha memória, tanto tempo depois. Costelas de areia branca e estriões de praia em contraste com a água escura; lagos cercados por uma vegetação densa; poças enormes, formadas pela vazante, e ilhas que pareciam continente. Seria possível encontrar uma mulher naquela natureza tão grandiosa? No fim da manhã alcançamos o Paraná do Anum e avistamos a ilha do Eldorado. O prático amarrou os cabos da lancha no tronco de uma árvore; depois procuramos o varadouro indicado no mapa. A caminhada de mais de duas horas na floresta foi penosa, difícil. No fim do atalho, vimos o lago do Eldorado. A água preta, quase azulada. E a superfície lisa e quieta como um espelho deitado na noite. Não havia beleza igual. Poucas casas de madeira entre a margem e a floresta. Nenhuma voz. Nenhuma criança, que a gente sempre vê nos povoados mais isolados do Amazonas. O som dos pássaros só aumentava o silêncio. Numa casa com teto de palha pensei ter visto um rosto. Bati à porta, e nada. Entrei e vasculhei os dois cômodos separados por um tabique1 da minha altura. Um volume escuro tremia num canto. Fui até lá, me agachei e vi um ninho de baratas-cascudas. Senti um abafamento, o cheiro e o asco dos insetos me deram um suadouro. Lá fora, a imensidão do lago e da floresta. E silêncio. Aquele lugar tão bonito, o Eldorado, era habitado pela solidão. No fim do povoado encontramos uma casa de farinha. Escutamos uns latidos; o prático apontou uma casa na sombra da floresta. Era a única coberta de telhas, com uma varanda protegida por treliça de madeira e uma lata com bromélias ao lado da escadinha. Um ruído no lugar. Na porta vi o rosto de uma moça e fui sozinho ao encontro dela. Escondeu o corpo e eu perguntei se morava ali. (HATOUM, Milton. Órfãos do Eldorado. São Paulo: Companhia das Letras, 2008, p.101-102)1 divisória, tapume O texto é uma narrativa apresentada ao leitor por meio de uma perspectiva: a) crítica, marcada pelo distanciamento de um narrador observador. b) futurista, revelando uma sequência de fatos que ainda irão ocorrer. c) subjetiva, explicitada pela presença de um narrador personagem. d) afetiva, pautada nas experiências de um personagem secundário. www.tecconcursos.com.br/questoes/2247316 IBFC - FEDAF (INDEA MT)/INDEA MT/Engenheiro Agrônomo/2022 Língua Portuguesa (Português) - Tipologia e Gênero Textual Texto Saímos de Manaus numa lancha pequena, e no meio da manhã navegamos no coração do arquipélago das Anavilhanas. A ânsia de encontrar Dinaura me deixou desnorteado. A ânsia e as lembranças da Boa https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2247307 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/22473161214) Vida. A visão do rio Negro derrotou meu desejo de esquecer o Uaicurapá. E a paisagem da infância reacendeu minha memória, tanto tempo depois. Costelas de areia branca e estriões de praia em contraste com a água escura; lagos cercados por uma vegetação densa; poças enormes, formadas pela vazante, e ilhas que pareciam continente. Seria possível encontrar uma mulher naquela natureza tão grandiosa? No fim da manhã alcançamos o Paraná do Anum e avistamos a ilha do Eldorado. O prático amarrou os cabos da lancha no tronco de uma árvore; depois procuramos o varadouro indicado no mapa. A caminhada de mais de duas horas na floresta foi penosa, difícil. No fim do atalho, vimos o lago do Eldorado. A água preta, quase azulada. E a superfície lisa e quieta como um espelho deitado na noite. Não havia beleza igual. Poucas casas de madeira entre a margem e a floresta. Nenhuma voz. Nenhuma criança, que a gente sempre vê nos povoados mais isolados do Amazonas. O som dos pássaros só aumentava o silêncio. Numa casa com teto de palha pensei ter visto um rosto. Bati à porta, e nada. Entrei e vasculhei os dois cômodos separados por um tabique1 da minha altura. Um volume escuro tremia num canto. Fui até lá, me agachei e vi um ninho de baratas-cascudas. Senti um abafamento, o cheiro e o asco dos insetos me deram um suadouro. Lá fora, a imensidão do lago e da floresta. E silêncio. Aquele lugar tão bonito, o Eldorado, era habitado pela solidão. No fim do povoado encontramos uma casa de farinha. Escutamos uns latidos; o prático apontou uma casa na sombra da floresta. Era a única coberta de telhas, com uma varanda protegida por treliça de madeira e uma lata com bromélias ao lado da escadinha. Um ruído no lugar. Na porta vi o rosto de uma moça e fui sozinho ao encontro dela. Escondeu o corpo e eu perguntei se morava ali. (HATOUM, Milton. Órfãos do Eldorado. São Paulo: Companhia das Letras, 2008, p.101-102)1 divisória, tapume O texto é organizado em um único parágrafo, uma espécie de bloco narrativo que possui uma coerência interna e representa, na estrutura: a) um reflexo da realidade do leitor. b) as sensações internas do narrador. c) o ordenamento de um espaço inexistente. d) as emoções da personagem Dinaura. www.tecconcursos.com.br/questoes/2247946 IBFC - Adv(CM Itatiba)/CM Itatiba/2022 Língua Portuguesa (Português) - Tipologia e Gênero Textual Considere o texto abaixo para responder a questão. “Você é um envelhescente? (Mário Prata) Se você tem entre 55 e 70 anos, preste bastante atenção no que se segue. Se você for mais novo, preste também, porque um dia vai chegar lá. E, se já passou, confira. Sempre me disseram que a vida do homem se dividia em quatro partes: infância, adolescência, maturidade e velhice. Quase correto. Esqueceram de nos dizer que entre a maturidade e a velhice (entre os 55 e os 70), existe a envelhescência. A envelhescência nada mais é que uma preparação para entrar na velhice, assim com a adolescência é uma preparação para a maturidade. Engana-se quem acha que o homem maduro fica velho de repente, https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2247946 1215) assim da noite para o dia. Não. Antes, a envelhescência. E, se você está em plena envelhescência, já notou como ela é parecida com a adolescência? Coloque os óculos e veja como este nosso estágio é maravilhoso: (...)” https://marioprata.net/cronicas/voce-e-um-envelhescente/- Acesso em: 11/05/2022 O trecho citado acima pertence a um tipo textual específico, que pode ser identificado a partir de suas características estruturais e, também, de sua organização temática. A partir dessa leitura, é possível caracterizar o texto como: a) Crônica, pois é organizado em estrutura de parágrafos e traz uma crítica social. b) Poesia, já que se organiza em estrofes, trazendo uma crítica social. c) Poema, pois apresenta o destaque para a emoção do narrador. d) Crônica, pois apresenta uma experiência científica, com destaque para o tempo presente. www.tecconcursos.com.br/questoes/2248021 IBFC - Ag Seg (CM Itatiba)/CM Itatiba/2022 Língua Portuguesa (Português) - Tipologia e Gênero Textual Considere o texto abaixo para responder a questão. “A salada ficou salgada: preços da cenoura, tomate e alface dispararam; veja maiores altas de preços em 12 meses. Gasolina exerceu maior influência de alta sobre a inflação de abril, mas preços de alguns alimentos lideram ranking dos itens que mais subiram nos últimos 12 meses. A cenoura ficou 178% mais cara. O tomate, 103%. Até o preço da alface disparou, com alta de 45% nos 12 meses até abril. E a saladinha do brasileiro ficou salgada – e pesada para o bolso. A gasolina foi o item que mais contribuiu, sozinho, para a inflação de abril, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (11) pelo IBGE. Mas foram os alimentos que lideraram o ranking das maiores altas em 12 meses.” https://g1.globo.com/economia/noticia/2022/05/11/a-salada-ficou-salgada-precos-da-cenoura-tomate-e-alface- dispararam-veja-maiores-altas-de-precos-em-12-meses.ghtml - Acesso em 12/05/2022 O trecho acima mencionado pertence a um tipo textual específico, que pode ser identificado a partir de suas características estruturais e, também, de sua organização temática. A partir dessa leitura é possível caracterizar o texto como: a) se trata de uma crônica, pois anuncia com ironia as informações apresentadas. b) este trecho é de uma reportagem, pois apresenta informações de dados reais para os leitores. c) por ser um texto narrado em forma de parágrafos se aproxima de um conto. d) é um texto organizado em estrofes, o que o enquadra em um poema. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2248021 1216) www.tecconcursos.com.br/questoes/2265072 IBFC - Farma (MGS)/MGS/2022 Língua Portuguesa (Português) - Tipologia e Gênero Textual O texto abaixo foi escrito pela escritora brasileira Elvira Vigna, com base na obra “Auf der Galerie”, do alemão Franz Kafka. na arquibancada Já fica esquisito alguém visitar deuses. Porque, digamos, tem uma diferença, certo? Os caras são deuses, você não. E esse personagem de Kafka está visitando deuses. Digamos que seja você, lá. Então você está lá, meio de bobeira, sem participar de nada. Qualquer gesto que pense em fazer e já dá até vergonha. Os caras fazem muito melhor. Mas então tá. Para passar o tempo, vocês vão ao circo. A mocinha faz acrobacia em cima do cavalo. Você imagina: e se ela for uma coitadinha? Se ela fosse uma coitadinha, taí, você podia ajudar! Explorada pelo dono do circo, fraquinha, com tuberculose. Obrigada a ficar dando volta e mais volta no picadeiro. O dono do circo sendo um monstro, não deixa ela parar. Coitada da mocinha, quase morre de exaustão. Se fosse assim, você poderia... Sim, você correria pela arquibancada berrando: “Pare!” Orquestra é uma coisa muito obediente. Só gritar “Pare!” que ela para. E aí, mesmo sendo só um visitante, você salvaria a mocinha. Mas a situação real não te ajuda. Atrás das cortinas, o dono do circo ajeita a mocinha no cavalo. Ele adora ela. É a netinha que ele nunca teve. E ela vai, toda lindinha, dar o salto mortal. Todo mundo bate palma. Ela está muito feliz. O dono do circo está muito feliz. Você fica sem nada para fazer, está tudo tão bem. Maior frustração, você até chora um pouquinho. Você é completamente inútil. Visitante de deuses, aliás, é título que merece ser atualizado. Super-herói. Um cara sem tantos poderes, mas com alguns. E aí fica esse incômodo: Super-herói tem aquela vontade doida de salvar o universo. A civilização ocidental ou pelo menos a mocinha. (Os três são meio que sinônimos.) Então, para um super-herói existir, precisa haver algo ruim. Alguém completamente não-gostável por exemplo. O super-herói tem de criar um vilão para se justificar. É uma tristeza quando tudo está bem. Ele meio que não tem razão de existir. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2265072 1217) (VIGNA, Elvira. Kafkianas. São Paulo: Todavia, 2018, p.22-23) O texto apresenta uma estrutura visual fluida queremete ao poema. No entanto, quanto à tipologia, destacam-se traços narrativos na apresentação da mocinha acrobata por exemplo. Dentre os elementos abaixo, assinale o único que NÃO ilustra esse tipo textual. a) A sequência de ações que sugerem a passagem do tempo. b) A presença de personagens como a mocinha e o dono do circo. c) A caracterização do circo como o espaço em que as ocorrem ações. d) A tese do articulista que aponta a fragilidade do herói. www.tecconcursos.com.br/questoes/2265076 IBFC - Farma (MGS)/MGS/2022 Língua Portuguesa (Português) - Tipologia e Gênero Textual O texto abaixo foi escrito pela escritora brasileira Elvira Vigna, com base na obra “Auf der Galerie”, do alemão Franz Kafka. na arquibancada Já fica esquisito alguém visitar deuses. Porque, digamos, tem uma diferença, certo? Os caras são deuses, você não. E esse personagem de Kafka está visitando deuses. Digamos que seja você, lá. Então você está lá, meio de bobeira, sem participar de nada. Qualquer gesto que pense em fazer e já dá até vergonha. Os caras fazem muito melhor. Mas então tá. Para passar o tempo, vocês vão ao circo. A mocinha faz acrobacia em cima do cavalo. Você imagina: e se ela for uma coitadinha? Se ela fosse uma coitadinha, taí, você podia ajudar! Explorada pelo dono do circo, fraquinha, com tuberculose. Obrigada a ficar dando volta e mais volta no picadeiro. O dono do circo sendo um monstro, não deixa ela parar. Coitada da mocinha, quase morre de exaustão. Se fosse assim, você poderia... Sim, você correria pela arquibancada berrando: “Pare!” Orquestra é uma coisa muito obediente. Só gritar “Pare!” que ela para. E aí, mesmo sendo só um visitante, você salvaria a mocinha. Mas a situação real não te ajuda. Atrás das cortinas, o dono do circo ajeita a mocinha no cavalo. Ele adora ela. É a netinha que ele nunca teve. E ela vai, toda lindinha, dar o salto mortal. Todo mundo bate palma. Ela está muito feliz. O dono do circo está muito feliz. Você fica sem nada para fazer, está tudo tão bem. Maior frustração, você até chora um pouquinho. Você é completamente inútil. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2265076 1218) Visitante de deuses, aliás, é título que merece ser atualizado. Super-herói. Um cara sem tantos poderes, mas com alguns. E aí fica esse incômodo: Super-herói tem aquela vontade doida de salvar o universo. A civilização ocidental ou pelo menos a mocinha. (Os três são meio que sinônimos.) Então, para um super-herói existir, precisa haver algo ruim. Alguém completamente não-gostável por exemplo. O super-herói tem de criar um vilão para se justificar. É uma tristeza quando tudo está bem. Ele meio que não tem razão de existir. (VIGNA, Elvira. Kafkianas. São Paulo: Todavia, 2018, p.22-23) No início do texto, a autora faz uso recorrente expressivo do pronome “você”. Tal uso contribui para o seguinte efeito: a) direcionamento do texto a apenas um grupo de leitores que conhece Kafka. b) convocação de um leitor genérico a fim de que se aproxime do que é contado. c) distanciamento circunstancial, visando à objetividade, entre o enunciador e o leitor. d) especificação precisa do interlocutor com quem a autora conversava no ato da escrita. www.tecconcursos.com.br/questoes/2265913 IBFC - Op (MGS)/MGS/Máquinas Pesadas/2022 Língua Portuguesa (Português) - Tipologia e Gênero Textual O texto abaixo é fragmento de um romance do escritor brasileiro Carlos Heitor Cony. III Foi uma noite difícil. Nunca dormíramos separados, uma ou outra chateação dela ou minha não chegava ao ponto banal de ir dormir no sofá ou no quarto ao lado. Sabíamos que uma noite juntos punha fim a qualquer aborrecimento. Eu não a podia sentir perto de mim, logo a abraçava, não para protegêla, mas para proteger-me, ter certeza de que ela estava ali e era minha. E ela tinha um jeito de só dormir segurando a minha mão. Sem necessidade de palavras e muito menos de explicações ou desculpas, terminávamos começando tudo de novo – e quanto maior e mais fundo tinha sido o aborrecimento, mais funda e prolongada era a posse. Apesar de tudo, havia constrangimento agora. Ela soubera, pelo pior caminho, do caso com Teresa. Afinal, era um problema anterior, que acabara com o meu casamento, Sônia soubera daquele filho de maneira mais digna, eu próprio lhe revelara não apenas a infidelidade mas sua consequência. Em nenhum momento achei necessário comentar o mesmo episódio com Mona. Bastava que ela soubesse por alto do meu passado, os pontos mais importantes, afinal, eu lhe prometera contar a história do mundo e não exatamente a minha história. (CONY, Carlos Heitor. A casa do poeta trágico. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005, p.126) Na frase “Foi uma noite difícil.”(1º§), o adjetivo destacado revela uma opinião. Podemos concluir que se trata da percepção: a) da ex-mulher, Sônia. b) do leitor. c) da companheira, Mona. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2265913 1219) d) do narrador. www.tecconcursos.com.br/questoes/2266250 IBFC - Teled (MGS)/MGS/2022 Língua Portuguesa (Português) - Tipologia e Gênero Textual Recordação “Hoje a gente ia fazer vinte e cinco anos de casado”, ele disse, me olhando pelo retrovisor. Fiquei sem reação: tinha pegado o táxi na Nove de Julho, o trânsito estava ruim, levamos meia hora pra percorrer a Faria Lima e chegar à rua dos Pinheiros, tudo no mais asséptico silêncio. Aí, então, ele me encara pelo espelhinho e, como se fosse a continuação de uma longa conversa, solta essa: “Hoje a gente ia fazer vinte e cinco anos de casado”. Meu espanto não durou muito, pois ele logo emendou: “Nunca vou esquecer: 1o de junho de 1988. A gente se conheceu num barzinho lá em Santos e dali pra frente nunca ficou um dia sem se falar! Até que cinco anos atrás… Fazer o quê, né? Se Deus quis assim…”. Houve um breve silêncio, enquanto ultrapassávamos um caminhão de lixo, e consegui encaixar um “Sinto muito”. “Brigado. No começo foi complicado, agora tô me acostumando. Mas sabe que que é mais difícil? Não ter foto dela.” “Cê não tem nenhuma?” “Não, tenho foto, sim, eu até fiz um álbum, mas não tem foto dela fazendo as coisas dela, entendeu? Tipo: tem ela no casamento da nossa mais velha, toda arrumada. Mas ela não era daquele jeito, com penteado, com vestido. Sabe o jeito que eu mais lembro dela? De avental. Só que toda vez que tinha almoço lá em casa, festa e alguém aparecia com uma câmera na cozinha, ela tirava correndo o avental, ia arrumar o cabelo, até ficar de um jeito que não era ela. Tenho pensado muito nisso aí, das fotos, falo com os passageiros e tal e descobri que é assim, é do ser humano mesmo. A pessoa, olha só, a pessoa trabalha todo dia numa firma, vamos dizer, todo dia ela vai lá e nunca tira uma foto da portaria, do bebedor, do banheiro, desses lugares que ela fica o tempo inteiro. Aí, num fim de semana ela vai pra uma praia qualquer, leva a câmera, o celular e tchuf, tchuf, tchuf. Não faz sentido, pra que que a pessoa quer gravar as coisas que não são da vida dela e as coisas que são, não? Tá acompanhando? Não tenho uma foto da minha esposa no sofá, assistindo novela, mas tem uma dela no jet ski do meu cunhado, lá na represa de Guarapiranga. Entro aqui na Joaquim?” “Isso.” “Ano passado me deu uma agonia, uma saudade, peguei o álbum, só tinha aqueles retratos de casório, de viagem, do jet ski, sabe o que eu fiz? Fui pra Santos. Sei lá, quis voltar naquele bar onde a gente se conheceu.” “E aí?!” “Aí que o bar tinha fechado em 94, mas o proprietário, um senhor de idade, ainda morava no imóvel. Eu expliquei a minha história, ele falou: ‘Entra’. Foi lá num armário, trouxe uma caixa de sapatos e disse: ‘É tudo foto do bar, pode escolher uma, leva de recordação’.” Paramos num farol. Ele tirou a carteira do bolso, pegou a foto e me deu: umas cinquenta pessoas pelas mesas, mais umas tantas no balcão. “Olha a data aí no cantinho, embaixo.” “Primeiro de junho de 1988?” “Pois é. Quando eu peguei essa foto e vi a data, nem acreditei, corri o olho pelas mesas, vendo se achava nós aí no meio,mas não. Todo dia eu olho essa foto e fico danado, pensando: será que a gente ainda vai chegar ou será que a gente já foi embora? Vou morrer com essa dúvida. De qualquer forma, taí o testemunho: foi nesse lugar, nesse dia, tá fazendo vinte e cinco anos hoje, hoje, rapaz. Ali do lado da banca, tá bom pra você?” (PRATA, Antonio. Trinta e poucos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 12) Na passagem “Sei lá, quis voltar naquele bar onde a gente se conheceu.”(4º§), o distanciamento espacial do enunciador em relação ao local lembrado fica evidenciado por meio do seguinte recurso da linguagem: a) o uso do pronome relativo referenciando uma ideia de lugar. b) a especificação do encontro por meio da expressão “se conheceu”. c) o emprego de um pronome demonstrativo de terceira pessoa. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2266250 1220) d) a noção de indefinição propiciada pela expressão “Sei lá”. www.tecconcursos.com.br/questoes/2275557 IBFC - Tec (MGS)/MGS/Edificações/2022 Língua Portuguesa (Português) - Tipologia e Gênero Textual Texto Dia das Mães: pouca reivindicação e muito consumismo. A data perdeu sua origem reivindicativa para se tornar um negócio com grande carga sentimental. (David Bernal) Um colar feito com macarrões coloridos, uma moldura enfeitada com pregadores de roupa ou um cinzeiro com migalhas de pão. Quando éramos pequenos fazer o presente do Dia das Mães era todo um acontecimento. O importante não era o valor material, mas o amor e o entusiasmo com que fazíamos na escola. Depois, quando crescemos, puxamos o cartão de crédito, enviamos flores, ligamos com um “amo você” ou – se a distância permite – um almoço com um aperto de mão. Ao contrário do Dia dos Pais ou do Dia dos Namorados, datas um pouco controversas, todo mundo comemora o Dia das Mães. O que poucos sabem é o porquê de ele ser comemorado, já que sobre essa data existem algumas falsas crenças. O primeiro erro que as pessoas cometem é pensar que o planeta inteiro comemora no mesmo dia. Países tão diversos quanto Espanha, Romênia, Lituânia, África do Sul e Hungria comemoram no primeiro domingo de maio. Mas outros, como Estados Unidos, China, Cuba, Nova Zelândia e Brasil, no segundo. Do outro lado estão a Argentina e a Bielorrússia, que só homenageiam as mães em outubro. O segundo mito é a crença de que se trata de uma celebração religiosa. A Igreja comemora em 8 de dezembro, coincidindo com a festa da Imaculada Conceição. E na Espanha, por exemplo, foi assim até que em 1965 houve mudança. Os primeiros sinais desta festa são encontrados na Antiguidade. No Egito todos os anos era celebrada a deusa Ísis, mãe de todos os faraós, e na Grécia clássica o mesmo era feito com Rea, mãe dos deuses Júpiter, Netuno e Plutão. Os romanos herdaram essa tradição e na primavera reverenciavam por três dias a deusa Cibele em um festival chamado Hilária. Mas para encontrar sua verdadeira origem, devemos voltar ao século XVII na Inglaterra, onde um evento chamado Domingo das Mães que começou com a oferta de flores das crianças para suas mães na saída da Missa, acabou como um dia de folga no trabalho. Em 1870, nos EUA, a poeta e ativista Julia Ward Howe escreveu a Proclamação do Dia das Mães. “Levantem-se, mulheres de hoje!”, exclamou. Embora a verdadeira mãe dessa festa, como a conhecemos hoje, foi Anna Reeves Jarvis, uma dona de casa que em 12 de maio de 1907 organizou um Dia das Mães para comemorar a morte da sua, ocorrida dois anos antes, e reconhecer seu inestimável trabalho. Mas não só isso: começou uma campanha para que o resto do país também comemorasse. E funcionou, pois, em 1914, o presidente Woodrow Wilson definiu a data no segundo domingo de maio. A ideia se espalhou para o resto do mundo. Até hoje. Com esta origem tão difusa e dispersa não é de estranhar que seu caráter reivindicativo tenha se perdido ao longo do caminho para se tornar uma (outra) desculpa para que os comércios vendam. [Texto adaptado de BERNAL, David. Jornal El País (Brasil). Disponível em https://brasil.elpais.com/brasil/2016/05/01/estilo/1462053874_986350.htm] https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2275557 1221) 1222) Sabe-se que as tipologias textuais são construções orais ou escritas, nas quais os textos são formados por estrutura fixa e objetivos definidos para veicular a mensagem. Em relação ao texto, analise as afirmativas abaixo sobre a tipologia textual utilizada. I. Predominantemente narrativa. II. Predominantemente descritiva. III. Predominantemente injuntiva. Estão corretas as afirmativas: a) I apenas. b) II apenas. c) III apenas. d) II e III apenas. www.tecconcursos.com.br/questoes/2285225 IBFC - Tec (SESACRE)/SESACRE/Enfermagem/2022 Língua Portuguesa (Português) - Tipologia e Gênero Textual Texto I A gente nunca dormiu tão mal – nem tão pouco. Segundo uma pesquisa feita pelo Instituto do Sono de São Paulo, os brasileiros estão dormindo 1h30 a menos, em média, do que na década de 1990: são só 6h30 por noite, em média. Mais de 70 milhões de brasileiros têm algum grau de insônia – muitos dormem só 4 horas por noite. Por essas, as vendas de remédios pra dormir explodiram nos últimos anos. Só um deles, o zolpidem, cresceu 560% na última década – e hoje vende mais de 11 milhões de caixas por ano no Brasil. Mas o que pode estar causando essa epidemia de insônia? É seguro tomar remédios para dormir? Qual é a relação entre doenças mentais, como ansiedade e depressão, e a dificuldade para pegar no sono? E o que você pode fazer para dormir melhor? [...] Disponível em: https://super.abril.com.br/saude/podcast- terapia-6-sono-por-que-nunca-dormimos-tao-mal/. Acesso em: 16/07/2022 Entendendo o aspecto informativo que se pode atribuir ao texto, é correto afirmar que a série de perguntas que se encontra no último parágrafo possui um caráter: a) crítico, voltando-se, especificamente, para a prática indiscriminada da automedicação. b) retórico, convocando os leitores a refletirem sobre o tema e a buscarem o restante da notícia. c) relativista, contribuindo para a fragilização das ideias apresentadas anteriormente no texto. d) imperativo, buscando provocar uma alteração significativa no comportamento dos leitores e em seu sono. www.tecconcursos.com.br/questoes/2289540 IBFC - Med (SESACRE)/SESACRE/Terapia Intensiva/2022 Língua Portuguesa (Português) - Tipologia e Gênero Textual Leia o fragmento abaixo do conto “Felicidade Clandestina”, de Clarice Lispector. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2285225 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2289540 Texto I Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme, enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria. Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás escrevia com letra bordadíssima palavras como “data natalícia” e “saudade”. Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia. Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía “As reinações de Narizinho’’, de Monteiro Lobato. Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela suacasa no dia seguinte e que ela o emprestaria. Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança da alegria: eu não vivia, eu nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam. No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez. Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono de livraria era tranquilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do “dia seguinte” com ela ia se repetir com meu coração batendo. E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel não escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra. Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. Às vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina. E eu, que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob os meus olhos espantados. [...] (LISPECTOR, Clarice. Felicidade Clandestina. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1987) Um texto narrativo é marcado por uma sequência de ações que constituem o enredo. Geralmente, parte- se de uma situação de normalidade até que essa é “quebrada” para que se instaure um conflito. No conto de Clarice, esse conflito é introduzido pela passagem: 1223) 1224) a) “Como se não bastasse enchia os dois bolsos da blusa” (1º§) b) “Pouco aproveitava. E nós menos ainda:” (2º§) c) “Até que veio para ela o magno dia de começar” (4º§) d) “Era um livro grosso, meu Deus, era um livro” (5º§) www.tecconcursos.com.br/questoes/2368320 IBFC - AJ (TJ MG)/TJ MG/Revisor Judiciário/2022 Língua Portuguesa (Português) - Tipologia e Gênero Textual O texto abaixo é a transcrição de um fragmento da parte intitulada “Mérito” de uma sentença trabalhista. Considere-o para responder à questão. Texto I Trata-se de reclamatória trabalhista em que a autora alega que foi dispensada por justa causa, requerendo a anulação do ato de demissão. A reclamada aponta de a dispensa ser regular e ter resultado do fato de a obreira ter se habilitado e recebido auxílio emergencial durante afastamento por licença de interesse particular. Sendo a justa causa a pena capital na relação de trabalho, deve ser cabalmente provada pela empresa, sobretudo diante do princípio da continuidade da relação de emprego, que gera a presunção favorável ao empregado, nos termos da Súmula 212 do TST. Assim, é da reclamada o ônus de provar a ocorrência da falta grave, fato extintivo do direito do autor, nos termos dos arts. 818 da CLT c/c art. 373, II, do CPC/2015. A prova do motivo da aplicação da penalidade máxima deve ser apresentada de forma robusta. Neste sentido, é a jurisprudência dos Tribunais Trabalhistas, inclusive do E. TRT da 11ª Região. (Disponível em: https://portal.trt11.jus.br/images/Senten%C3%A7a.pdf. Acesso em 02/09/2022. Adaptado) Embora trate de um assunto cotidiano, nota-se que o modo pelo qual é estruturado e “a pertinência e relevância do texto quanto ao contexto em que ocorre” (VAL, 2006, p.12) destacam o seguinte fator de textualidade: a) intencionalidade b) informatividade c) aceitabilidade d) situacionalidade e) intertextualidade www.tecconcursos.com.br/questoes/2368342 IBFC - AJ (TJ MG)/TJ MG/Revisor Judiciário/2022 Língua Portuguesa (Português) - Tipologia e Gênero Textual Texto III "Da documentação coligida aos autos, consta que a autora era incapaz quando da pactuação dos contratos de empréstimos... " https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2368320 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2368342 1225) "De rigor, portanto, o reconhecimento da nulidade dos contratos, nos moldes do artigo 166, inciso I, do Código Civil que dispõe ser ‘nulo o negócio jurídico quando celebrado por pessoa absolutamente incapaz’." "Nesse jaez, impõe-se a anulação dos contratos, com devolução dos valores pagos, corrigidos nos termos disposto na r. sentença." (Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/processos/247791873/peca-peticao-inicial-tjsp-acao-com-essa-prova- foi-lhe-deferido-os-beneficios-da-assistencia-judiciaria-fls-133-do-doc-02-1459216340. Acesso em:02/09/2022. Adaptado) Ao considerar que, no texto acima, cada parágrafo ou citação corresponde a uma informação para a formação de uma argumentação. Na ordem em que se apresentam, sugerem uma estrutura: a) indutiva b) dialética c) dedutiva d) analítica e) classificatória www.tecconcursos.com.br/questoes/2368445 IBFC - Of Jud (TJ MG)/TJ MG/Assistente Técnico de Controle Financeiro/2022 Língua Portuguesa (Português) - Tipologia e Gênero Textual Texto I Sobre coisas que acontecem (Martha Medeiros) Quando abri os olhos pela manhã, não podia imaginar que seria o dia que mudaria a minha vida. Que seria o dia que conheceria o homem que me fez cometer um crime. O dia que eu me enxergaria no espelho pela última vez. O dia que descobriria que estava grávida. O dia que encontraria um envelope lacrado, com uma carta remetida a mim 20 anos antes. (Que dia foi esse? Quem está falando?) É apenas um exercício de criação. Iniciei a crônica com uma frase fictícia e demonstrei os desdobramentos que ela poderia ter. Uma vez escolhido o caminho a seguir, uma história começa a ser contada, que pode ser longa ou curta, verdadeira ou fantasiosa. Bem-vindo ao mundo encantado da escrita. Convém que a primeira frase seja cintilante. A partir dela, o leitor será fisgado ou não. Exemplo clássico: “Todas as famílias felizes se parecem; cada família infeliz é infeliz à sua maneira”, início do romance Anna Karenina, de Tolstói. Arrebatador. Uma vez aberta a janela do pensamento, a mágica acontece: o leitor é puxado para um local em que nunca esteve, é deslocado para um universo que poderá até ser hostil, mas certamente fascinante, pois novo. Talvez não se identifique com nada, mas será desafiado a enfrentar sua repulsa ou entusiasmo. Não estará mais em estado neutro. A neutralidade é um desperdício de vida, uma sonolência contínua. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2368445 1226) A crônica tem o mesmo dever: o de jogar uma isca para o leitor e atraí-lo para o texto. Gênero híbrido (literário/jornalístico), encontrou no Brasil a sua pátria. Somos a terra de Rubem Braga e Antônio Maria, para citar apenas dois gênios entre tantos que fizeram da leitura de jornal um hábito não só informativo, mas prazeroso e provocador. Se eu fosse citar todos os colegas que admiro, teria que me estender por meia dúzia de páginas, mas só tenho essa. A crônica é um gênero livre por excelência. Pode ser nostálgica, confessional, lunática, poética. Pode dar dicas, polemizar, elogiar, criticar. Pode ser partidária ou sentimental, divertida ou perturbadora, à toa ou filosofal – é caleidoscópica, tal qual nosso cotidiano. Ao abrirmos os olhos pela manhã, nem imaginamos que uma miudeza qualquer poderá nos salvar da mesmice, nos oferecer um outro olhar, mas assim é. Todos nós vivemos, por escrito ou não, uma crônica diária. Hoje, antes de adormecer, você já estará um pouco transformado.(Revista ELA, O Globo, 24/07/2022) Ao fazer uso da comparação e afirmar que a crônica “é caleidoscópica, tal qual nosso cotidiano” (7º§), entende-se que a autora atribui aos dois elementos da comparação a seguinte característica: a) incoerência. b) simplicidade. c) fragilidade. d) dificuldade. e) variabilidade. www.tecconcursos.com.br/questoes/2368453 IBFC - Of Jud (TJ MG)/TJ MG/Assistente Técnico de Controle Financeiro/2022 Língua Portuguesa (Português) - Tipologia e Gênero Textual Texto I Sobre coisas que acontecem (Martha Medeiros) Quando abri os olhos pela manhã, não podia imaginar que seria o dia que mudaria a minha vida. Que seria o dia que conheceria o homem que me fez cometer um crime. O dia que eu me enxergaria no espelho pela última vez. O dia que descobriria que estava grávida. O dia que encontraria um envelope lacrado, com uma carta remetida a mim 20 anos antes. (Que dia foi esse? Quem está falando?) É apenas um exercício de criação. Iniciei a crônica com uma frase fictícia e demonstrei os desdobramentos que ela poderia ter. Uma vez escolhido o caminho a seguir, uma história começa a ser contada, que pode ser longa ou curta, verdadeira ou fantasiosa. Bem-vindo ao mundo encantado da escrita. Convém que a primeira frase seja cintilante. A partir dela, o leitor será fisgado ou não. Exemplo clássico: “Todas as famílias felizes se parecem; cada família infeliz é infeliz à sua maneira”, início do romance Anna Karenina, de Tolstói. Arrebatador. Uma vez aberta a janela do pensamento, a mágica acontece: o leitor é puxado para um local em que nunca esteve, é deslocado para um universo que poderá até ser hostil, mas certamente fascinante, pois novo. Talvez não se identifique com nada, mas será desafiado a https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2368453 1227) enfrentar sua repulsa ou entusiasmo. Não estará mais em estado neutro. A neutralidade é um desperdício de vida, uma sonolência contínua. A crônica tem o mesmo dever: o de jogar uma isca para o leitor e atraí-lo para o texto. Gênero híbrido (literário/jornalístico), encontrou no Brasil a sua pátria. Somos a terra de Rubem Braga e Antônio Maria, para citar apenas dois gênios entre tantos que fizeram da leitura de jornal um hábito não só informativo, mas prazeroso e provocador. Se eu fosse citar todos os colegas que admiro, teria que me estender por meia dúzia de páginas, mas só tenho essa. A crônica é um gênero livre por excelência. Pode ser nostálgica, confessional, lunática, poética. Pode dar dicas, polemizar, elogiar, criticar. Pode ser partidária ou sentimental, divertida ou perturbadora, à toa ou filosofal – é caleidoscópica, tal qual nosso cotidiano. Ao abrirmos os olhos pela manhã, nem imaginamos que uma miudeza qualquer poderá nos salvar da mesmice, nos oferecer um outro olhar, mas assim é. Todos nós vivemos, por escrito ou não, uma crônica diária. Hoje, antes de adormecer, você já estará um pouco transformado. (Revista ELA, O Globo, 24/07/2022) No último parágrafo, para ratificar a afirmação contida em “A crônica é um gênero livre por excelência.”, a autora constrói uma sequência de frases estruturadas pela seguinte ferramenta linguística: a) a enumeração de características necessariamente excludentes entre si. b) o uso reiterado de um verbo auxiliar modal e lista de vários predicativos. c) o emprego de tom imperativo na apresentação das características da crônica. d) a disposição arbitrária de atributos exclusivos do gênero textual crônica. e) o registro de várias expressões adverbiais que exprimem juízo de valor. www.tecconcursos.com.br/questoes/2410755 IBFC - Ana (MGS)/MGS/Suporte/2022 Língua Portuguesa (Português) - Tipologia e Gênero Textual Pão de queijo mineiro (Texto adaptado de https://comidinhasdochef.com/pao-de-queijo-mineiro/) O pão de queijo é um alimento típico na casa de muita gente, congelado ou feito na hora, possui um sabor irresistível que agrada aos (os – aos) mais diversos paladares. No entanto, não há. (a – à – há) nada melhor do que saborear um pão de queijo mineiro, digno do estado que criou a receita! Com preparos que levam queijo minas, canastra ou, até mesmo, parmesão, é possível encontrar a receita ideal para o seu paladar. Viaje a Minas Gerais sem sair da cozinha com esta deliciosa receita de pão de queijo mineiro! Passo 1 - Em uma panela, coloque o óleo, o leite e a água e leve ao fogo médio; Passo 2 - Quando começar a levantar fervura e subir, desligue o fogo; Passo 3 - Em uma tigela grande, coloque o polvilho, o sal e misture bem, em seguida adicione à mistura que estava fervendo; Passo 4 - Vá adicionando aos poucos e vá misturando bem com uma colher, para escaldar o polvilho; Passo 5 - Vá misturando a massa com as mãos até formar uma farofa; https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2410755 1228) 1229) Passo 6 - Em seguida adicione os ovos, um a um e vá mexendo a massa, amassando e misturando; Passo 7 - Amasse a massa até que ela fique bem lisa e homogênea... Passo 18 - Leve para assar em forno preaquecido, 200ºC, por cerca de 35 minutos ou até dourar”. Ao ler o texto, podemos afirmar que ele é formado por duas tipologias textuais, uma é a descritiva e a outra é . Essa tipologia tem como característica fornecer instruções para a realização de uma ação desejada, assim sendo, o texto com essa tipologia leva o leitor a realizar algo. Assinale a alternativa que preencha corretamente a lacuna. a) injuntiva. b) narrativa. c) dissertativa. d) recíproca. www.tecconcursos.com.br/questoes/641674 IBFC - PAAFEF (Divinópolis)/Pref Divinópolis/Linguistica e Letras/Língua Portuguesa/2018 Língua Portuguesa (Português) - Paralelismo Texto “Saber gramática”, ou mesmo “saber português”, é geralmente considerado privilégio de poucos. Raras pessoas se atrevem a dizer que conhecem a língua. Tendemos a achar, em vez, que falamos “de qualquer jeito”, sem regras definidas. Dois fatores principais contribuem para essa convicção tão generalizada: primeiro o fato de que falamos com uma facilidade muito grande, de certo modo sem pensar (pelo menos, sem pensar na forma do que vamos dizer), e estamos acostumados a associar conhecimento a uma reflexão consciente, laboriosa e por vezes dolorosa. Segundo, o ensino escolar nos inculcou, durante longos anos, a ideia de que não conhecemos a nossa língua; repetidos fracassos em redações, exercícios e provas não fizeram nada para diminuir esse complexo.” (PERINI, Mário A. Sofrendo a Gramática. 3. ed. São Paulo: Ed. Ática, 2003, p. 11) Assinale a opção em que se faz um comentário CORRETO sobre a estrutura sintática do fragmento “repetidos fracassos em redações, exercícios e provas não fizeram nada para diminuir esse complexo”. a) O sujeito do verbo “fizeram” é composto. b) A segunda oração é subordinada substantiva. c) O adjetivo “repetidos” é predicativo do sujeito. d) Ocorrem termos em paralelismo sintático. www.tecconcursos.com.br/questoes/540874 IBFC - Of Just (TJ PE)/TJ PE/2017 Língua Portuguesa (Português) - Paralelismo Texto https://www.tecconcursos.com.br/questoes/641674 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/540874 Os outros Você não acha estranho que existam os outros? Eu também não achava, até que anteontem, quando tive o que, por falta de nome melhor, chamei de SCA – Súbita Consciência da Alteridade. Estava no carro, esperando o farol abrir, e comecei a observar um pedestre, vindo pela calçada. Foi então que, do nada, senti o espasmo filosófico, a fisgada ontológica. Simplesmente entendi, naquele instante, que o pedestre era um outro: via o mundo por seus próprios olhos, sentia um gosto em sua boca, um peso sobre seus ombros, tinha antepassados, medo da morte e achava que as unhas dos pés dele eram absolutamente normais – estranhas eram as minhas e as suas, caro leitor, pois somos os outros da vida dele. O farol abriu, o pedestre ficou pra trás, mas eu não conseguia parar de pensar que ele agora estava no quarteirão de cima, aprisionadoem seus pensamentos, embalado por sua pele, tão centro do Cosmos e da Criação quanto eu, você e sua tia-avó. Sei que o que eu estou dizendo é de uma obviedade tacanha, mas não são essas verdades as mais difíceis de enxergar? A morte, por exemplo. Você sabe, racionalmente, que um dia vai morrer. Mas, cá entre nós: você acredita mesmo que isso seja possível? Claro que não! Afinal, você é você! Se você acabar, acaba tudo e, convenhamos, isso não faz o menor sentido. As formigas não são assim. Elas não sabem que existem. E, se alguma consciência elas têm, é de que não são o centro nem do próprio formigueiro. Vi um documentário ontem de noite. Diante de um riacho, as saúvas africanas se metiam na água e formavam uma ponte, com seus próprios corpos, para que as outras passassem. Morriam afogadas, para que o formigueiro sobrevivesse. Não, nenhuma compaixão cristã brotou em mim naquele momento, nenhuma solidariedade pela formiga desconhecida. (Deus me livre, ser saúva africana!). O que senti foi uma imensa curiosidade de saber o que o pedestre estava fazendo naquela hora. Estaria vendo o mesmo documentário? Dormindo? Desejando a mulher do próximo? Afinal, ele estava existindo, e continua existindo agora, assim como eu, você, o Bill Clinton, o Moraes Moreira. São sete bilhões de narradores em primeira pessoa soltos por aí, crentes que, se Deus existe, é conosco que virá puxar papo, qualquer dia desses. Sete bilhões de mundinhos. Sete bilhões de chulés. Sete bilhões de irritações, sistemas digestivos, músicas chicletentas que não desgrudam da cabeça e a esperança quase tangível de que, mês que vem, ganharemos na loteria. Até a rainha da Inglaterra, agorinha mesmo, tá lá, minhocando as coisas dela, em inglês, por debaixo da coroa. Não é estranhíssimo? (PRATA, Antônio. Os outros. In: Meio intelectual, meio de esquerda. São Paulo: Editora 34, 2010. p17-18) Considere o período abaixo e as afirmativas feitas a respeito das orações e termos que o constituem. “Sete bilhões de irritações, sistemas digestivos, músicas chicletentas que não desgrudam da cabeça e a esperança quase tangível de que, mês que vem, ganharemos na loteria.” (6º§) I. A oração “que não desgrudam da cabeça”, por seu caráter acessório, pode ser deslocada para outras posições no período sem prejuízo ao sentido inicial. II. Todos os verbos do período possuem o mesmo sujeito. III. O trecho “Sete bilhões de irritações, sistemas digestivos, músicas chicletenta” ilustra um exemplo de paralelismo sintático, apesar de se notar a omissão da preposição “de” em parte dele. Estão corretas as afirmativas: a) I, II e III. 1230) 1231) b) apenas I. c) apenas II. d) apenas III. e) apenas I e II. www.tecconcursos.com.br/questoes/571929 IBFC - PEB (SEDUC MT)/SEDUC MT/Língua Portuguesa/2017 Língua Portuguesa (Português) - Paralelismo Alguns recursos linguísticos são extremamente relevantes para a construção e composição textual. O paralelismo sintático e semântico é um destes recursos. Construir um texto com clareza, coesão e coerência não é uma tarefa tão simples a ser executada. A respeito dos recursos acima, considere: I. O termo paralelismo corresponde a uma relação de equivalência, por semelhança ou contraste, entre dois ou mais elementos. É um recurso responsável por uma boa progressão textual. II. Os conectivos são importantes marcadores textuais para ajudar a identificar as estruturas que devem permanecer em relação de equivalência. III. No enunciado ‘Durante as quartas de final, o time do Brasil vai enfrentar a seleção da Holanda.’ não há quebra de paralelismo. IV. O enunciado ‘Se eles comparecessem à reunião, ficaremos muito agradecidos.’ tem um problema de paralelismo verbal. V. “não só... mas (como) também” são conectivos que auxiliam no estabelecimento do paralelismo. Assinale a alternativa que apresenta a afirmativa incorreta: a) V b) III c) I d) IV e) II www.tecconcursos.com.br/questoes/2344982 IBFC - Prof (SEC BA)/SEC BA/Educação Básica/Língua Portuguesa/2023 Língua Portuguesa (Português) - Reescrita de Frases. Substituição de palavras ou trechos de texto. Texto 2 A infração que mais incomoda o motorista é a mesma que cresce anualmente em SP (Texto modificado especificamente para este concurso. Texto original de Maurício Oliveira, no jornal O Estado de S. Paulo, 29-09-22- Economia e Negócios – B7) 1º § O uso do celular é um problema para o trânsito nacional. A infração gravíssima aumenta o risco de acidentes em até 400%, atrapalha o tráfego e ______ (tem - têm) crescido anualmente. Ao mesmo tempo, é apontada como a atitude que mais incomoda outros condutores. 2º § Levantamento divulgado pela concessionária CCR na última semana indica que para 31% dos motoristas o que mais irrita no trânsito é ver outra pessoa ao telefone enquanto ______ (dirige - dirije). O estudo foi realizado em 11 praças de pedágio no Estado de São Paulo e ouviu 8.979 pessoas. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/571929 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2344982 1232) 3º § Se incomoda ver o outro ao celular, ______ (porque - por que) grande parte da população não deixa de cometer essa infração gravíssima? O número de multas no Estado de São Paulo pelo uso do telefone ao volante quase dobrou, saltando de 6,9% no primeiro semestre de 2021 para 12,5% no mesmo período de 2022. Nada menos que 77,7% dessas multas foram registradas na capital, na qual 600 motoristas são flagrados por dia cometendo a irregularidade. 4º § Apesar do nível semelhante de risco, o ato de usar celular ao volante ainda não sofre a mesma pressão social que dirigir alcoolizado e a prerrogativa legal é mais branda”, avalia Mauro Voltarelli, gerente de Educação Para o Trânsito do Detran-SP. 5º § Essa infração gera sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e multa de R$ 293,47. A autuação pode ser combinada com outro tipo de infração, a condução de veículo sem as duas mãos ao volante, com valor de R$ 130,16 e mais cinco pontos na carteira. 6º § Voltarelli informa que, para quem está dirigindo, é proibido não apenas segurar o celular, mas também mexer no aparelho mesmo quando ele está no suporte instalado no painel. Outro ponto importante é que estar parado no semáforo ou em ritmo lento durante um congestionamento não são situações que liberam o uso do celular. Estudo 7º § Qualquer distração acrescenta ao ato de dirigir uma série de variáveis que fogem do controle do motorista — e o celular se tornou a mais comum e perigosa das distrações. Conduzir um veículo é tarefa que exige atenção plena. “Infelizmente, muita gente ainda resiste a esse entendimento básico”, observa o médico Antônio Meira Jr., presidente da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet) (...). Leia o título do texto 2 e assinale a alternativa que apresenta o termo correto para substituição da palavra ‘mesma’ sem perda de sentido. a) motorista. b) cresce. c) atualmente. d) infração. e) incomoda. www.tecconcursos.com.br/questoes/2344994 IBFC - Prof (SEC BA)/SEC BA/Educação Básica/Língua Portuguesa/2023 Língua Portuguesa (Português) - Reescrita de Frases. Substituição de palavras ou trechos de texto. Texto 2 A infração que mais incomoda o motorista é a mesma que cresce anualmente em SP (Texto modificado especificamente para este concurso. Texto original de Maurício Oliveira, no jornal O Estado de S. Paulo, 29-09-22- Economia e Negócios – B7) 1º § O uso do celular é um problema para o trânsito nacional. A infração gravíssima aumenta o risco de acidentes em até 400%, atrapalha o tráfego e tem crescido anualmente. Ao mesmo tempo, é apontada como a atitude que mais incomoda outros condutores. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2344994 1233) 2º § Levantamento divulgado pela concessionária CCR na última semana indica que para 31% dos motoristas o que mais irrita no trânsito é ver outra pessoa ao telefone enquanto dirige. O estudo foi realizado em 11 praças de pedágio no Estado de São Paulo e ouviu 8.979 pessoas.
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