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Fisiologia Vegetal AP2 - Balanço Hídrico, Nutrição Mineral e Fito-Hormônios 1 🌳 Fisiologia Vegetal AP2 - Balanço Hídrico, Nutrição Mineral e Fito- Hormônios Balanço Hídrico A disponibilidade de água é o principal fator climático que limita a produtividade e distribuição de ecossistemas terrestres Em situações de ALTA DISPONIBILIDADE DE ÁGUA: Alta área foliar, Alta produtividade e Tecidos pouco resistentes ao estresse hídrico Em situações de BAIXA DISPONIBILIDADE DE ÁGUA: Baixa área foliar, Baixa produtividade e Tecidos xeromórficos resistentes ao estresse hídrico Fisiologia Vegetal AP2 - Balanço Hídrico, Nutrição Mineral e Fito-Hormônios 2 Controles da Transpiração: Condutância da camada limítrofe Tamanho da folha e velocidade do vento influenciam a condutância da camada limítrofe Alta densidade de tricomas aumenta a resistência (i.e. diminuem a condutância) da camada limítrofe Condutância estomática A abertura dos poros estomáticos é regulada por diversos estímulos ambientais e sinais internos Maior é a condutância estomática a medida que aumenta a Luz, Umidade atmosférica e Umidade do solo E diminui com o CO2 Luz azul • Mecanismo: Estímulo da abertura estomática através de fotorreceptores como a Zeaxantina Estímulo ambiental: Diminuição na umidade atmosférica Mecanismo: Fechamento estomático passivo devido ao fluxo de água entre célula-guarda e outras células epidérmica (ABA não é necessário). Estímulo ambiental: Diminuição umidade no solo Mecanismo: Fechamento estomático ativo Fisiologia Vegetal AP2 - Balanço Hídrico, Nutrição Mineral e Fito-Hormônios 3 Por que plantas fecham seus estômatos durante a seca? Economizar água e Evitar danos aos tecidos hidráulicos CONDUTÂNCIA HIDRÁULICA Elementos de vaso tendem a possuir maior capacidade de transporte de água (k) A água no xilema é transportada em um estado metaestável A integridade da coluna de água á mantida pelas propriedades coesivas da água Bolhas de ar reduzem a capacidade da coluna de água resistir a tensão (Cavitação) VULNERABILIDADE AO EMBOLISMO O Ψ necessário para causar a entrada de uma microbolha em um elemento de vaso depende do diâmetro da pontoação (Maior poro = menor Ψ) ESTRATÉGIAS DE REGULAÇÃO ESTOMÁTICA Plantas isohídricas: Impedem a queda excessiva de Ψ com o fechamento estomático Plantas anisohídricas: Ψ acompanha a disponibilidade hídrica do solo Fisiologia Vegetal AP2 - Balanço Hídrico, Nutrição Mineral e Fito-Hormônios 4 Fisiologia Vegetal AP2 - Balanço Hídrico, Nutrição Mineral e Fito-Hormônios 5 PRESSÃO DE RAIZ A endoderme possibilita a geração de uma pressão hidrostática positiva na raiz, que absorve os íons da solução diluída do solo e os concentra no xilema. PROFUNDIDADE RADICULAR Trade-off: Espécies com raízes profundas normalmente possuem tecidos menos resistentes ao embolismo. Contínuo Solo-Planta-Atmosfera (SPAC) No SPAC, a água se move passivamente do compartimento com potencial hídrico (Ψ) menos negativo (Solo) para o compartimento com potencial hídrico mais negativo (Atmosfera) Fisiologia Vegetal AP2 - Balanço Hídrico, Nutrição Mineral e Fito-Hormônios 6 (Escrever mais) A diferença de potencial hídrico e a condutância (hidráulica/difusiva) entre diferentes compartimentos do sistema soloplanta-atmosfera determinam a magnitude e direção do fluxo de água ao longo do SPAC Fisiologia Vegetal AP2 - Balanço Hídrico, Nutrição Mineral e Fito-Hormônios 7 Nutrição Mineral As plantas precisam de minerais por conta de enzimas, energia (ATP), informações genéticas, entre outros motivos. A quantidade que se é necessária varia de acordo com o nutriente, com o órgão da planta e entre ambientes. Lei do Mínimo: é limitada pelo nutriente que está em menor disponibilidade no solo, ainda que todos os outros elementos estejam disponíveis e na quantidade adequada. Disponibilidade de solos no Ambiente Fisiologia Vegetal AP2 - Balanço Hídrico, Nutrição Mineral e Fito-Hormônios 8 Capacidade de Troca Catiônica (CTC) A Capacidade de Troca Catiônica (CTC) é uma propriedade do solo que se refere à sua capacidade de reter e liberar íons positivos, conhecidos como cátions. A CTC é uma medida importante da fertilidade do solo, pois indica a sua capacidade de fornecer nutrientes essenciais para as plantas. Uma alta CTC indica que o solo tem uma capacidade maior de reter nutrientes e, portanto, é mais fértil. Isso significa que o solo é capaz de fornecer nutrientes para as plantas por um período mais longo, reduzindo a necessidade de adubação frequente. Por outro lado, solos com baixa CTC podem exigir aplicações regulares de fertilizantes para suprir os nutrientes necessários para o crescimento das plantas. Absorção de nutrientes do solo Movimento de nutrientes dissolvidos na solução do solo em direção as raízes: Interceptação Fluxo de massa Difusão INTERCEPTAÇÃO: Fisiologia Vegetal AP2 - Balanço Hídrico, Nutrição Mineral e Fito-Hormônios 9 Micorriza Relação simbiótica entre plantas e fungos (troca de C por nutrientes minerais) Expandem a área de exploração de nutrientes Existem vários tipos de micorrizas Custos e benefícios dependem das condições ambientais Bactérias Associação com bactérias diazotróficas: Transformam N 2 atmosférico em NH4, absorvível pelas plantas Formação de nódulos (principalmente) em leguminosas Bactérias endofíticas e/ou De vida livre A reação de fixação de N2 deve ocorrer em ambientes anaeróbicos (por isso forma nodulos) Estratégias de nutrição mineral Fisiologia Vegetal AP2 - Balanço Hídrico, Nutrição Mineral e Fito-Hormônios 10 TRIANGULO DE GRIME Esse modelo descreve as estratégias adaptativas de plantas em relação à sua tolerância ao estresse, competitividade e capacidade de colonizar habitats perturbados. Tolerantes ao estresse: São espécies que conseguem sobreviver e se reproduzir em ambientes com condições adversas, como baixa disponibilidade de nutrientes, alta salinidade, seca ou temperaturas extremas. Essas espécies são especializadas em lidar com condições estressantes e geralmente têm um crescimento lento, mas são capazes de sobreviver por longos períodos. Competidoras: São espécies que são capazes de se estabelecer em ambientes mais estáveis e competitivos, onde a disponibilidade de recursos é relativamente alta. Essas espécies possuem alta capacidade de crescimento e competição por recursos, como luz solar, nutrientes e água. Elas são adaptadas para aproveitar ao máximo os recursos disponíveis e tendem a dominar as comunidades vegetais. Ruderais: São espécies que têm uma estratégia adaptativa para colonizar e se estabelecer em habitats perturbados, como áreas recentemente queimadas, solos desnudos ou ambientes urbanos. Essas espécies são pioneiras e têm uma alta taxa de crescimento e reprodução. Elas são capazes de se aproveitar rapidamente de recursos disponíveis temporariamente antes que outras espécies possam estabelecer-se. Fisiologia Vegetal AP2 - Balanço Hídrico, Nutrição Mineral e Fito-Hormônios 11 Estratégias de nutrição RAPIDAS: Grande quantidade de raízes “baratas” Grande área de absorção Raízes com alta capacidade de absorção de nutrientes Estratégias de nutrição LENTA: Fisiologia Vegetal AP2 - Balanço Hídrico, Nutrição Mineral e Fito-Hormônios 12 Menor quantidade de raízes “caras” Especializações radiculares Produção de exsudatos (Fosfatases, ácidos orgânicos, etc.) Plantas Carnívoras Vantagem em ambientes iluminados, úmidos e pobres em nutrientes (Givnish et al 1984) Atração, captura e digestão (compostos voláteis, néctar; pêlos adesivos, armadilhas de sucção; proteases, peptidases) Sem acesso a recursos do solo Alta radiação e alta precipitação (mas baixa disponibilidade hídrica) HORMÔNIOS VEGETAIS Hormônio Onde é produzido Biossíntese Transporte Principal Função Outras Funções Auxina Meristemas Apicais, Folhas Jovens, Frutos e Sementes em desenvolvimento Rotas dependentes e independentes de TRIPTOFANOPOLAR (célula a celula, unidirecional - TRANSPORTE ATIVO EM Divisão e Expansão Celular (Para isso é necessário fototropismo e gravitropismo (Gravitropismo ocorre por redistribuição de Fisiologia Vegetal AP2 - Balanço Hídrico, Nutrição Mineral e Fito-Hormônios 13 DIREÇÃO A RAIZ) e APOLAR (Floema e Bidirecional - por FLUXO DE MASSA E SEM GASTO DE ENERGIA ) Pressão de Turgor e Afrouxamento da parede celular) proteínas PIN3; No caule o gravitropismo é negativo). Além de filotaxia, abscisão foliar, dominância apical, formação do primordio foliar, diferenciação do tecido vascular, produção de raízes laterais e desenvolvimento do fruto (Pode fazer alguns ficar sem semente). Citocinina Meristemas subapicais das raízes A atividade é dependente da AUXINA. Síntese pela Transferência do grupo isopentenil dimetilalil difosfato (DMAPP) para a adenosina O transporte de citocinina para a parte aérea da planta ocorre pelo fluxo transpiratório no xilema (O transporte de citocinina para a parte aérea da planta ocorre pelo fluxo transpiratório no xilema (As citocininas no xilema estão na forma conjugada - Déficit hídrico e a disponibilidade de nutrientes no solo controlam a concentração de citocinina no xilema) Controle da divisão celular Induz divisão celular (+AIA) – Promove a formação de gemas ou raízes, dependendo de sua concentração e razão molar com AIA – Retarda a senescência de folhas, Diferenciação dos cloroplastos, mobilização de nutrientes. Proliferação celular, Diferenciação de tecidos, Razão entre raiz e parte aérea e Relação fonte-dreno Giberelina Giberelinas são derivadas do ent-caureno. Auxina induz a produção de giberelina bioativa e a gierelina regula Estimula o alongamento celular e estimula a divisão celular GA substitui a exigência de fotoperíodo para o florescimento de plantas de dias longos, GA promove a mobilização do Fisiologia Vegetal AP2 - Balanço Hídrico, Nutrição Mineral e Fito-Hormônios 14 o próprio metabolismo amido no endosperma, Balanço entre GA e ABA controlam a quebra da dormência de sementes,GA pode induzir ou retardar o florescimento. Etileno Regiões meristemáticas, nós, tecidos senescentes e frutos em amadurecimento Difusão por espaços intercelulares, afetando outros órgãos e tecidos (e outras plantas). Resposta tríplice e amadurecimento de frutos Epinastia (folhas curvas). Etileno exógeno promove a abscisão foliar através da destruição da auxina e inibição de seu transporte, Estresse hidrico ( PQ?), Etileno e Ácido Jasmônico são responsáveis pela ativação de diversos genes de defesa Acido Abscisico A biossíntese e concentrações de ABA em tecidos varia bastante temporalmente: • sementes em desenvolvimento; • folhas de plantas sob estresse O ABA é sintetizado em quase todas as células vegetais que possuem cloroplastos (ou outros plastídios) transportado no sistema vascular Controla o início e a manutenção da dormência em sementes e gemas; Controla respostas a estresses ambientais, principalmente hidrico O ABA promove a tolerância do embrião à dessecação, ABA promove o fechamento estomático resposta ao déficit hídrico, O ABA promove o fechamento estomático através da ativação de canais de K+ que geram um efluxo de água e perda de turgor, O ABA promove o crescimento de raízes. Fisiologia Vegetal AP2 - Balanço Hídrico, Nutrição Mineral e Fito-Hormônios 15 🌱 Auxinas sintéticas podem ser utilizadas para enraizamento de estacas, herbicidas e frutos paternocarpos. Foi utilizado no AGENTE LARANJA 🌱 Os primeiros genes codificadores da enzima isopentenil transferase (IPT) (PRODUÇÃO DE CITOCININA) foram isolados em fungos e bactérias: Bactérias, fungos, insetos e nematódeos também secretam e/ou induzem as células vegetais a sintetizarem citocininas. Importante no processo de formação de micorrizas e nódulos radiculares. 🌱 Resposta Tríplice do ETILENO: 1. Inibição alongamento hipocótilo/raiz. 2. Intumescimento do hipocótilo/raiz. 3. Aumento da curvatura do gancho plumular Função:
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