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Nome: Sandy Maria Aparecida Ximenes Barros Estudo Dirigido – Insuficiência Cardíaca (IC) A insuficiência cardíaca é a incapacidade do coração em bombear ou congênita devido a uma disfunção sistólica, diastólica ou ambas de um ou dos dois ventrículos. Havendo uma queda do débito cardíaco, o coração pode manter o débito, mas às custas de aumentar a pressão de enchimento, e isso pode ocorrer aos esforços ou ainda em repouso. IC sistólica: Cardiopatia Isquêmica e IC diastólica: Cardiopatia hipertensiva. Dentre as principais causas da insuficiência cardíaca: Cardiopatia isquêmica Hipertensão arterial sistêmica. Valvopatias. Cardiomiopatias. Obesidade. Doença de chagas. Tabagismo, entre outras. A IC pode ser classificada de 3 formas, sendo elas: fração de ejeção, estágio da doença ou sintomas do paciente. IC por Fração da Ejeção: FE =>50 é considerado insuficiência cardíaca com fração de ejeção normal. FE entre 40-49% é considerado insuficiência cardíaca com fração de ejeção intermediária. FE =< 40% é considerado insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida. IC por Sintomas: Classe 1: O paciente não cansa. Classe 2: O paciente cansa um pouco. Classe 3: O paciente cansa muito. Casse 4: O paciente cansa sempre, até em repouso. Principais Sintomas: Inchaço que afeta os pés e as pernas. Abdômen aumentado. Perda de apetite. Dilatação do coração e palpitações. Sudorese fria. Palidez cutânea. Associados a falência do VD: Edema de MMII bilateral. Derrame pleural. Hepatomegalia. FISIOPATOLOGIA DA DOENÇA: Mecanismo de Frank-Starling: As fibras musculares do coração, assim como um objeto elástico possuem um limite de até aonde elas podem se distender, desta forma podem ter um ponto ótimo onde conseguem fazer a maior contração, entregando o maior débito possível. Porém, no mecanismo de frank-starling ocorre o estiramento exagerado das fibras para acomodar grande volume de sangue. Sem uma boa contração o débito cardíaco cai. Sistema Neuro-Hormonais: Neste caso o principal aspecto é a resposta hormonal que o organismo da após a percepção de que o débito cardíaco caiu. Quando isso ocorre, há uma compensação aumentando o tônus adrenérgico, e elevando a frequência cardíaca e a liberação de renina. Com baixo débito os rins ficam com pouco sangue perfundindo-os, ativando assim o sistema renina-angiotensina-aldosterona que retém sódio e água. Se isso ocorre repetidas vezes e por muito tempo, há riscos de haver a deposição de colágeno no tecido cardíaco que culmina com a fibrose e perda de função. Remodelamento Cardíaco: Podem causar o remodelamento cardíaco, a perda de miócitos por apoptose, hipertrofia dos miócitos remanescentes, proliferação dos fibroblastos e fibrose. Fisiopatologia da IC com fração de Ejeção Normal: Ela ocorre quando há um aumento da carga pressórica sobre o ventrículo esquerdo, fazendo com que ele fique hipertrófico e aumente a pressão de enchimento. Com a hipertrofia do VE o átrio esquerdo também se sobrecarrega prejudicando o enchimento do VE. Como consequência, eleva a pressão do sistema veno-capilar pulmonar, podendo causar edema intersticial no órgão, resultando no sintoma de dispneia. Qualquer mudança em pressão ou frequência cardíaca nessa fase pode causar um edema agudo de pulmão. Com o passar dos anos a hipertrofia que começa concêntrica pode se tornar excêntrica, e neste caso a espessura da parte é normal, mas massa do VE é aumentada. Fisiopatologia da IC Direita: O ventrículo direito possui baixa capacidade de lidar com altas pressões, porém boa capacidade para lidar com volumes variáveis. A maior parte dos casos de IC Direita esta relacionada com o aumento da pós-carga direita, por origem da circulação esquerda ou por condições pulmonares. Quando a causa base é pulmonar, se da o nome de Cor Pulmonale. A IC Direita pode ocorrer de maneira aguda, fazendo com que haja uma grande dilatação do ventrículo direito que pelo deslocamento do septo acaba também prejudicando o funcionamento do VE. TRATAMENTO MÉDICO: Atualmente nenhum tratamento mostrou a redução da morbidade ou mortalidade da doença. Diante disso, os tratamentos baseiam-se no alivio dos sintomas que o paciente sente. Medicamentos: betabloqueadores, antagonistas do sistema renina-angiostesina-aldosterona, antagonistas mineralcorticoides e combinações entre antagonista de angiotensina e inibidor da neprilisina. Em alguns casos é indicado procedimentos cirúrgicos como a implantação de marcapasso biventricular e o cardiodesfribilador implantável. Em outros casos também pode ser feita a correção de cardiopatias congênitas, revascularização miocárdica e trocas valvares. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO: A fisioterapia pode dar uma contribuição relevante na minimização do desconforto respiratório do paciente com IC, visando a melhoria da relação ventilação/perfusão e no caso de pacientes no leito, a prevenção das alterações decorrentes do imobilismo. Pode ser indicado: Ventilação Mecânica Não Invasiva. Treinamento Muscular Respiratório (TMR). Exercícios metabólicos/circulatórios deverem ser otimizados como estratégia de prevenção de fenômenos tromboembólicos. Deambulação, auxilia na prevenção das alterações decorrentes do imobilismo. Bibliografia: https://www.scielo.br/j/abc/a/7Z3RQ7YgjLLwsM7HfYjpZcf/?lang=pt https://www.saudedireta.com.br/docsupload/1340407810protocolo_ic_fisioterapia.pdf https://www.scielo.br/j/abc/a/7Z3RQ7YgjLLwsM7HfYjpZcf/?lang=pt https://www.saudedireta.com.br/docsupload/1340407810protocolo_ic_fisioterapia.pdf