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História da América Atividade 1-Exercicio FCE

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História da América Atividade 1-Exercicio
1. No que tange ao estudo histórico da América colonial, existem várias correntes historiográficas. Como o estudo da História se transforma ao longo do tempo, sendo ele também histórico, é normal que diferentes abordagens e conclusões, não raramente opostas, sejam apresentadas pelos historiadores em períodos distintos. Especificamente em relação à história da América colonial, duas grandes tradições se consolidaram, sendo uma chamada de cientificista, e a outra, de lascasiana.
Levando em consideração que essas duas correntes maiores viriam a abrigar as principais tendências historiográficas sobre o período colonial das Américas, qual ponto pode ser apontado como o de maior diferença entre elas?
Você acertou!
E - A cientificista tende a considerar que os indígenas foram beneficiados pelo contato com a civilização europeia, e a lascasiana enfoca somente o sofrimento dos nativos a partir da violência colonial.
A corrente cientificista tem origem nos trabalhos de Ranke, que defendia a necessidade de o trabalho histórico ser um discurso científico. Com base em seus escritos, a história da conquista da América é a história do choque entre civilização (Europa) e barbárie (América). Por sua vez, Bartolmeu de Las Casas, frade espanhol que defendia os direitos dos índios, ao recortar a questão dando ênfase ao sofrimento indígena, influenciou a criação de correntes historiográficas que descartam a resistência indígena aos invasores. Portanto, embora ambas utilizem variadas fontes produzidas no período colonial, suas perpectivas diferem muito.
2. Bartolomeu de Las Casas foi um frade dominicano espanhol que conduziu projetos missionários logo no início do processo de colonização da América hispânica. Produziu muitos escritos que permitem conhecer com detalhes as relações entre o clero, os índios e os conquistadores espanhóis no século XVI. Reconhecido como um dos grandes defensores dos direitos dos índios, sua voz destoava dos colonizadores, que enxergavam os indígenas apenas como uma massa útil para o trabalho escravo ou servil.
É sabido que Las Casas, ao defender a integridade dos índios, argumentava a partir de perspectivas religiosas e humanitárias, mas qual era o pano de fundo que conectava essas duas questões?
Você acertou!
A. O frade tinha como objetivo transferir o controle da questão indígena das mãos do Estado espanhol para as da Igreja.
Os índios eram entendidos pela Igreja como potenciais fiéis que deveriam ser catequizados e submetidos ao controle eclesiástico. Bartolomeu de Las Casas, de fato, defendia os direitos indígenas, mas também disputava o poder com os colonizadores, embora fizesse parte da empreitada colônia. O que o incomodava era o fato de que os espanhóis tratavam os nativos com extrema violência, o que considerava um erro, não fazendo parte da vontade de Deus. Portanto, a ideia era de que os índios não fossem escravizados e fizessem parte dos fiéis católicos.
3. Em todo o período colonial foram escritos relatos por viajantes, missionários, conquistadores e colonos sobre o continente americano. Esses escritos são importantíssimos para o estudo da história da América colonial, já que se apresentam como fontes muito ricas que revelam detalhes e características do processo colonial. Esses relatos ficaram conhecidos como crônicas coloniais, herdeiras de um estilo literário tradicional na Espanha. Contudo, é possível afirmar que não houve a simples transposição desse formato da Espanha para as colônias, surgindo, no continente americano, novos objetos a serem descritos.
Levando isso em consideração, acerca da aparição de novas inspirações para os cronistas, quais foram os principais temas abordados por eles nessas crônicas coloniais?
Você acertou!
B. As crônicas abordaram, na maior parte das vezes, a natureza, a vida cotidiana, os povos indígenas e o processo de conquista e colonização em si.
É evidente que em um período de vários séculos e com todo tipo de autores, as crônicas colonias apresentavam para os leitores europeus uma gama enorme de temas. Contudo, é possível identificar alguns eixos principais que permeavam esses escritos: a fauna, a flora e a topografia do novo continente, altamente diferentes das encontradas na Europa, foram um tema recorrente; a vida cotidiana dos vilarejos e cidades também foi objeto dos escritores, bem como a descrição dos costumes indígenas e das suas relações com os colonos. Obviamente, o desenrolar do processo de colonização também esteve representado nessas páginas.
4. Em relação aos modelos de urbanização implementados durante o período colonial, é possível efetuar uma distinção entre aqueles encontrados na América hispânica e os vistos na América portuguesa. Portanto, está claro que determinações locais atuaram no sentido de promover esta ou aquela forma de construir cidades, vilarejos e obras arquitetônicas.
De que maneira a analogia criada pelo historiador Sérgio Buarque de Holanda sobre o semeador e o ladrilhador, usada para ressaltar a diferença do urbanismo português e hispânico nas Américas, colabora para a compreensão desse tema?
Você acertou!
C. A urbanização portuguesa ocorreu de forma assistemática, como um semeador que joga suas sementes, enquanto que a hispânica obedeceu a planos urbanísticos, como faz um ladrilhador ao assentar ladrilhos.
A metáfora cunhada por Holanda se refere aos diferentes modelos de urbanização colocados em prática nas Américas e que têm ligação direta com o tipo de local encontrado pelos colonizadores. Os portugueses se depararam com uma terra que oferecia diversos tipos de riqueza quase ao alcance das mãos, com um clima pouco hostil. Assim, houve a tendência de baixa urbanização, e quando esta era realizada, não havia um maior planejamento, funcionando como um semeador que apenas joga as sementes. Já na América hispânica, devido à topografia e ao clima mais hostil encontrados, os espanhóis transpuseram modelos urbanos utilizados em seu país, que requeriam planejamento e racionalidade na disposição dos espaços públicos.
5. A partir do século XVIII, com as reformas postas em prática pelo Marquês de Pombal, novas propostas urbanísticas foram desenvolvidas na América portuguesa. As chamadas “reformas pombalinas” tinham como um dos seus objetivos reforçar a autoridade dos portugueses sobre a sua maior colônia. Dessa forma, ao se constatar que os centros urbanos eram vitais em um empreendimento desse tipo, Pombal buscou realizar o que de mais moderno havia em termos urbanos e arquitetônicos, trazendo racionalidade para essa área no Brasil. Portanto, é evidente que resultados importantes decorreram desse movimento.
Refletindo a respeito desse processo de alteração urbanística, qual principal resultado prático das medidas adotadas nas cidades brasileiras naquele período pode ser apontado?
Você acertou!
D. Foram desenhados novos traçados urbanos, determinando claramente espaços destinados à Igreja, praça central, cadeia, prédios públicos e pelourinho.
O principal resultado foi uma maior racionalidade na organização das cidades, inicialmente no Nordeste do país. Novos traçados foram utilizados, organizando espacialmente os prédios das principais instituições coloniais. Contudo, não houve a mera transposição dos modelos portugueses e europeus para o Brasil, havendo a criação de novos modelos urbanos e arquitetônicos, embora inspirados nos modelos da Europa. As condições de higiene tenderam a melhorar, já que houve um cuidado com a abertura de vias mais largas e construções mais arejadas. No entanto, esses novos modelos ficaram restritos a poucas regiões, invariavelmente próximas ao litoral.

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