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cerâmicas amazônicas - Para compreender algumas questões ligadas aos habitantes ribeirinhos amazônicas, tais como, seus modos de vida, sociabilidade e trabalho das mulheres ceramistas, trazemos em evidência as personagens desse estudo, cujos dados e informações sobre a organização social serão fundamentais, levando em suas bagagens saberes, ensinamentos, práticas, fatos e artefatos, seus projetos e histórias de vida – individual e coletiva. Numa classificação socioambiental da ocupação humana da Amazônia, em termos de uso que exercem sobre o ambiente, relacionados ao modo como ocupam, exploram e concebem sua relação com a natureza
Cerâmicas tapajônicas
· Há uma potencialidade arqueológica no município de Santarém-Pará conhecida pelos pesquisadores desde o séc. XIX com a intensificação do povoamento da cidade onde fica os materiais arqueológicos.
· Pesquisadores foram até a região pra entender quem eram os Tapajós e como viviam.
· Foi encontrada a cerâmica tapajônica, que é uma das mais antigas expressões da arte e da cultura amazônica.
· é reconhecida como patrimônio histórico e cultural do Pará, é desenvolvida pelos índios que habitam as margens do rio Tapajós, supostamente são descendentes dos maias e dos incas.
· Pesquisadores encontraram cerâmicas de diferentes formatos e figuras, em forma de animais, forma de aves, ocas, maciças, ocas e maciças
· suas peças zoomorfas possuem detalhes que lembram o estilo barrosos e a arte antiga chinesa
· cerâmica tapajônica é a peça artesanal mais antiga dos tapajóses 
· Outro artesanato também encontrado foram os muiraquitãs, são sapinhos de barro ou formados por diversos minerais, há uma lenda que diz que os muiraquitãs eram formados só pelas índias guerreiras amazônicas, que iam em uma noite de lua cheia até fundo do lago sagrado pra buscar o talismã, que era o muiraquitã, daí quando ela chegava na superfície, esse sapinho de argila endurecia. 
Mulheres Suruí de Rondônia
· o povo indígena paiter suruí está em Rondônia
· Como na organização social desse povo as mulheres ficam mais nas terras indígenas e cuidam da vida doméstica, elas acabam conservando não só a língua, mas também as tradições desse povo, entre as tradições está presente a produção das cerâmicas
· A arte cerâmica dos suruí é envolvida por crenças, superstições, mitos e rituais 
· há todo um ritual entre as mulheres ceramistas ante, durante, e depois da obtenção do barro, existe um comportamento e uma relação entre a fabricação da cerâmica e os seres invisíveis da cosmologia indígena. 
· as mulheres Suruí tem um modo próprio de preparo e organização para desenvolver a atividade ceramista, para os Suruí a produção cerâmica é um trabalho exclusivamente feminino. E só na hora de moldar as cerâmicas é que as crianças podem participar do processo e brincarem, é nesse momento que as meninas aprendem como fazer os utensílios
· há restrições no processo de fabricação porque se algum passo não for seguido corretamente, pode interferir no processo
· No caminho de volta da extração do barro, elas se sentam para descansar com as pernas esticadas pra frente e com as costas eretas, fazendo um L, todas, e é interessante porque essa simetria que elas seguem é justamente refletida na forma das vasilhas
· Na aldeia, as mulheres confeccionam só cerâmicas utilitárias, tem umas que servem pra cozinhar alimentos, outras pra servir alimentos, outra que é utilizada pra armazenas a tinta que eles pintam o corpo, não há indícios na literatura de cerâmicas decorativas
A cerâmica Macuxi
· O interessante aqui é que a produção das cerâmicas macuxi em foi impulsionada por um projeto do governo do estado de Roraima para aumentar a renda familiar através da valorização da identidade local, daí elas também passaram a comercializar as cerâmicas
· Antes disso elas eram fabricadas apenas pelas senhoras mais velhas e em pequena escala para uso próprio e as vezes vendiam nas feiras de artesanato de boa vista, pq tinham chegado na região as panelas de alumínio 
· Por conta do projeto as mulheres se motivaram a produzir e as mais velhas passaram a ensinar as mais novas, elas contavam os segredos das panelas, os saberes que envolviam o barro e suas proibições
· O interessante aqui é a forma como elas tratam o barro, esse barro que dá origem as panelas n é qualquer um, é um barro especial chamado de vovó barro 
· Havia proibições na antiga produção das panelas, os homens eram proibidos até de olhar a produção, assim como as crianças e as mulheres mais jovens tbm 
· Era uma atividade perigoso que só quem conhecia a vovó do barro podiam realizar 
· Tanto na produção e manuseio das cerâmicas há restrições, elas inclusive ofereciam oferendas como peie, tabaco pra agradar a vovó do barro
· Tbm n podia fazer barulho pq a vovó do barro podia n gostar e quebrar 
· Para elas era algo realmente poderosos, mulheres gravida n podiam participar pq o bebê podia ficar paralitico, assim elas diziam
· interessante é que antes da modelagem o barro precisa descansar pra ser modelado, pq pra elas a terra é um ser vivo que merece ser respeitado e ter seu devido tempo de descanso antes de virar um artefato
· é importante dizer que o contato com os não-índios mudou tanto o processo de fabricação quando ao próprio objeto, pq elas estavam fabricando conforme a necessidade das pessoas que compravam, tipo, ah quero uma com tampa pegadores, faz uma jarra, faz um potinho de frutas, frigideira
· Com o projeto, as mulheres mudaram esse modo de fazer a cerâmica, inclusive utilizavam um trator para retirar o barro, pq a vovó pra elas já tinha se acostumado com o barulho e n quebrava mais por isso
· 
· Aqui outra coisa é que no texto ela diz que uma mulher até informou que essa diversificação n pode ser brincadeira pq pode deixar a vovó barro zangada
· Como as cerâmicas estavam fazendo sucesso, o governo do estado acabou tentado introduzir o torno, que é aquele instrumento que as pessoas usam pra moldar as cerâmicas e etc., mas como a autora diz, aparentemente a vovó do barro n achou legal pq as cerâmicas passaram a quebrar, quase como se recusasse a ceder ao capitalismo e produção em massa kkkkk
· Mas mesmo assim as panelas fizeram sucesso e são usadas em diversas coisas por lá, em restaurantes, decorações de lugares públicos e etc.
· As panelas de macuxi hoje são produtos do artesanato regional reconhecidos pelo governo do estado de Roraima
Nhamundá no Baixo Amazonas
· Nesse município do Am, foram encontradas cerâmicas arqueologias pertencentes a tradição incisa e ponteada konduri 
· As cerâmicas eram bem aprimoradas, tinham uma decoração modelada em motivos antropomorfos e zoomorfos e os vasos dessa região eram maiores que os vasos tapajônicas
· O interessante é que elas são temperadas com rocha triturada, coco moído, areia, carvão e mais alguns ingredientes, e formavam vasos, tigelas, pratos, grelhas
· O processo de fabricação das peças de cerâmica são os mesmos dessa região amazônica
· Durante esse processo, hj em dia, continua sendo proibido na tradição ter mulheres menstruadas ou gravidas irem até o barreiro, que é onde se retira o barro. 
· Tbm n pode levar crianças pq tem que ser feito em completo silencio pra não irritar a mãe do barro 
As ceramistas de Maruanum- Amapá
· As ceramistas de maruanum também preservam vários rituais durante a retirada do barro para fazerem as cerâmicas e acreditam que esses rituais preservam a natureza
· O interessante aqui é que as louças possuem um traço, uma marca iconográfica, as peças são únicas, e então pode-se identificar quem criou a peça
· O processo de produção é guiado pelo meio do saber tradicional que é passado de geração pra geração, de mãe para dauther e é realizada no âmbito das comunidades, grupos e indivíduos, e há uma intensa convivência com o meio ambiente
· Esse grupo se identifica pelos saberes da criação, pq há a transmissão do agir, do saber e do fazer que gera um sentimento de coletividade e pertencimento importante para manter as tradições vivas
· As ceramistas utilizam o barro de forma sustentável,a consciência ecológica é concretizada no saber dessas mulheres
· O fazer das ceramistas aqui obedece a função socioambiental da propriedade na medida em que a produção da cerâmica é baseada no cooperativismo pq a área de onde é retirada a argila beneficia as ceramistas por garantir uma geração de renda pra família
As ticuna no Amazonas
· As ticuna detêm um saber milenar do processo de fabricação da cerâmica pq ela é um símbolo feminino e da feminilidade
· A cerâmica aqui pra essas pessoas estão relacionadas com a sensibilidade e habilidade de cada artesã e está relacionada com a criação do belo
· são um Trabalho solidário pois se realiza em grupo e voltado para as necessidades da coletividade e também do indivíduo da aldeia
· é realizada por mulheres que podem fazer isso em grupo ou sozinhas, elas são as artesãs da aldeia, tecem a rede de dormir, modelam o fogão e outras coisas tbm 
· A produção da cerâmica com o passar do tempo foi influenciada talvez pela inovação tecnológica, daí ela passa a ser feita com mais habilidade e criatividade, com peças mais elaboradas, mais bonitas e de melhor qualidade
· Esse melhoramento na fabricação das cerâmicas acaba agregando valor às peças e contribuindo ali para a renda das pessoas que se beneficiam da venda das cerâmicas. cij54rg
Conclusão de fala FAZER RESUMO
· Partindo do pressuposto teórico de que a arte indígena, diferente da arte ocidental, busca representar em seus artefatos a ordem natural e sobrenatural de sua visão de mundo, por meio de um levantamento de dados históricos e etnográficos, pôde ser notado que determinados dados se repetiam, como foi o exemplo do mito da “Mãe da louça” ou “Mãe do barro”, ser sobrenatural existente na mitologia de grupos indígenas de famílias linguísticas distintas, de culturas diferentes, que habitavam e habitam áreas da bacia amazônica ou próximas a ela. Mesmo havendo alguma variabilidade nos mitos e tradições orais indígenas e caboclos, há nestes mitos núcleos (mitemas) que se correlacionam com os motivos e ícones localizados nas cerâmicas
· 
CONCLUSAO O que eu entendi?
Blábláblá e fazer a citação 
· Observando o lado ceramista, mãe, mulher e lavradora destas artesãs. Com elas aprende-se que ser artista é mais que criar, é também inserir a arte na sua rotina e no tempo dedicado aos filhos. E dividi-la com a família e a comunidade. O ato de criar para estas mulheres, não é um ato individual, introspectivo e sim um ato participativo, de inclusão elas não querem crescer sozinhas, mas querem que toda a comunidade se beneficie de sua produção. Seu trabalho une e alimenta uma comunidade. Sua arte não é egoísta, ela promove esperança. (DALGLISH, 2006, p.18).
· uma cerâmica pintada é um veículo simbólico portador de informações sociais, que perpetua essas informações, preservando os padrões e temas que fazem parte da tradição do grupo. 
· É também abordada a cultura ceramista amazônica, com uma análise das cerâmicas Marajoaras e Tapajônicas e dos saberes das mulheres Macuxi, Ticuna, das Paiter Suruí de Rondônia, das ceramistas de Maruanum no Amapá e Nhamundá no Baixo Amazonas. Em razão do levantamento de dados históricos e etnográficos feitos, pode-se afirmar que, mesmo com diferenças nas localidades, na família linguística e na cultura, há semelhanças nos dados conferidos, é o caso do mito chamado algumas vezes de “Mãe do barro” ou “Vovó do barro”, entidade que existe na mitologia dos diversos grupos indígenas abordados. Além das semelhanças nas relações de fabricação das cerâmicas, entende-se que para estas mulheres, o ato de criar não é um ato particular que apenas as beneficia, mas sim um ato de participação inclusiva da família e da comunidade, porque, através das suas criações, pretendem que toda a comunidade seja beneficiada.
· 
Para se ter acesso à plena compreensão dos objetos e de sua arte deve ser levado em conta todas as relações que envolvem tal objeto. O objeto deve ser contextualizado dentro de seu próprio sistema cultural, considerando os seus significados e funções em cada situação em que ele é empregado, pois tais relações explicam muito sobre as concepções de mundo da sociedade em que o objeto está inserido 
na bacia amazônica ou próximas a ela,

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