TICS 10 DEPRESSÃO PD

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FAHESP - Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí.
IESVAP - Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba LTDA. 
Curso de Medicina
TIC’S
NOME
PARNAÍBA-PI 2023
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MARIA CRISTINA NUNES MADEIRA REIS
TIC’S
Atividade referente a matéria de Tecnologia da Informação e Comunicação.
Orientador	(a): NOME DO PROFESSOR
PARNAÍBA-PI 2023
Quais os neurotransmissores possivelmente relacionados aos transtornos depressivos?
Quais os critérios necessários para o diagnóstico?
Os transtornos depressivos estão associados a uma disfunção na comunicação entre neurônios e os neurotransmissores têm um papel importante nesse processo. Dentre os neurotransmissores mais estudados em relação à depressão, destacam-se a serotonina, a dopamina e a noradrenalina.
A serotonina é um neurotransmissor que tem um papel importante na regulação do humor, do sono e do apetite. Estudos sugerem que a deficiência na neurotransmissão de serotonina pode estar relacionada aos sintomas depressivos (Wong et al., 2016).
A dopamina, por sua vez, está relacionada à motivação e ao prazer. Alguns estudos apontam que a diminuição da atividade dopaminérgica pode estar envolvida na etiologia da depressão (Dunlop e Nemeroff, 2007).
Por fim, a noradrenalina, que tem uma ação estimulante no sistema nervoso central, pode estar envolvida na regulação do humor e do comportamento emocional. Estudos sugerem que a diminuição dos níveis de noradrenalina pode estar associada aos sintomas depressivos (Ordway et al., 2019).
Esses neurotransmissores são alvos de diversos medicamentos utilizados no tratamento da depressão, como os inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS) e os inibidores seletivos de recaptação de noradrenalina (ISRN), que agem aumentando a disponibilidade desses neurotransmissores na fenda sináptica (Stahl, 2013).
No DSM-5, os critérios diagnósticos para o Transtorno Depressivo Maior incluem a presença de pelo menos cinco dos seguintes sintomas durante um período de duas semanas, incluindo pelo menos um dos dois primeiros sintomas:
· Humor deprimido ou perda de interesse ou prazer nas atividades;
· Diminuição acentuada do interesse ou prazer em quase todas as atividades;
· Perda ou ganho significativo de peso sem estar em dieta;
· Insônia ou hipersonia quase todos os dias;
· Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias;
· Fadiga ou perda de energia quase todos os dias;
· Sentimento de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada quase todos os dias;
· Diminuição da capacidade de pensar ou se concentrar, ou indecisão quase todos os dias;
· Pensamentos recorrentes de morte ou ideação suicida, ou tentativas de suicídio.
Além disso, os sintomas devem causar sofrimento significativo ou prejuízo nas atividades diárias e não podem ser explicados por outra condição médica ou pelo uso de substâncias.
Referências:
1. American Psychiatric Association. (2013). Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (5ª ed.). Artmed.
2. Dunlop, B.W. & Nemeroff, C.B. (2007). The role of dopamine in the pathophysiology of depression. Archives of General Psychiatry, 64(3), 327-337.
3. Ordway, G.A. et al. (2019). Neurotransmitter receptor and transporter binding profile of antidepressants and their metabolites. Journal of Pharmacology and Experimental Therapeutics, 368(3), 447-460.
4. Organização Mundial da Saúde. (2019). Classificação Internacional de Doenças (11ª ed.). Ministério da Saúde.
5. Stahl, S.M. (2013). Stahl's essential psychopharmacology: neuroscientific basis and practical applications. Cambridge University Press.
6. Wong, M.L. et al. (2016). Serotonin: a mediator of the gut-brain axis in multiple sclerosis. Multiple Sclerosis Journal, 22(9), 1114-1120.