Buscar

DEPRESSÃO FARMACOLOGIA


Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – UNESA
GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
NEUROPSICOLOGIA
Carla Teixeira
A depressão é classificada como um transtorno do humor. Pode ser descrito como sentimentos de tristeza, perda ou raiva que interferem nas atividades diárias de uma pessoa. A Organização Mundial da Saúde estima que 8,1% dos adultos brasileiros com 20 anos ou mais tiveram depressão em qualquer período de 2 semanas de 2016 a 2019.
A depressão tem sido avaliada como um transtorno com alta prevalência, possibilidade de recorrência e cronicidade (BARDIN, 1977), que pode afligir parcela considerável da população, independente de sexo, idade ou etnia (SOUZA, FONTANA & PINTO, 2005). Essa doença vem sendo apontada como um grave problema de saúde pública, relacionado a elevados custos sociais e risco de suicídio (HEXSEL, 2004).
O papel das regiões do cérebro responsáveis por emoções negativas é muito importante. Elas usam muitos neurotransmissores, que são substâncias produzidas pelos neurônios para enviar informações para outras células. Os principais neurotransmissores envolvidos na depressão são a serotonina e a noradrenalina (MARIJE; SANJAY; DENNIS, 2018). Quando há um desequilíbrio na produção delas, a doença se instala.
O tratamento deve ser uma associação de medidas não farmacológicas e farmacológicas. A psicoterapia é uma medida não farmacológica que se faz essencial para a melhora do paciente. Quanto aos farmacológicos, há diferentes mecanismos de ação onde os mecanismos principais são: bloqueio na recaptação dos neurotransmissores envolvidos (serotonina, noradrenalina e dopamina), aumentando assim a concentração dessas substâncias no terminal sináptico; inibição das enzimas que metabolizam os neurotransmissores, uma vez que não são metabolizados, continuam atuando; bloqueio de receptores modulatórios negativos, receptores esses que quando ativos reduzem a liberação dos neurotransmissores.
O diagnóstico da depressão é baseado em achados clínicos e no histórico do paciente. Não há nenhum teste laboratorial disponível para detectar a depressão. Alguns testes laboratoriais são utilizados para descartar outras patologias (CHAND; GIVON, 2017).
Medicações utilizadas para o tratamento de quadros depressivos: - Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina; - Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina/Norepinefrina; - Antidepressivos Atípicos; - Moduladores da Atividade Serotonina-Dopamina; - Antidepressivos Tricíclicos; - Inibidores da monoaminooxidase (MAO). Todos os fármacos utilizados para o tratamento da depressão apresentam também efeitos colaterais, os antidepressivos do futuro devem satisfazer os seguintes critérios: - Menos efeitos colaterais; - Menos toxicidade; - Ação rápida; - Maior eficácia; - Eficácia nos pacientes não responsivos aos tratamentos usuais (DALE et al., 2008) (CHAND; GIVON, 2017). 
O tratamento antidepressivo deve ser entendido de uma forma globalizada levando em consideração o ser humano como um todo, incluindo dimensões biológicas, psicológicas e sociais. Portanto, a terapia deve abranger todos esses pontos e utilizar a psicoterapia, mudanças no estilo de vida e a terapia farmacológica (SOUZA, 2017). O campo das Práticas Integrativas e Complementares (PICs) apresenta sistemas médicos complexos e recursos terapêuticos que envolvem abordagens que buscam estimular os mecanismos naturais de prevenção do organismo do paciente e a recuperação da saúde por meio de tecnologias eficazes e seguras. O Ministério da Saúde, com o objetivo de ampliar o acesso da população a esses serviços, aprovou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no SUS (Portaria MS/GM n° 971, de 3 de maio de 2006), que traz diretrizes para inserção de ações, serviços e produtos da Medicina Tradicional Chinesa/Acupuntura, Homeopatia, Plantas Medicinais e Fitoterapia. As ações das PICs desenvolvem-se prioritariamente na Atenção Básica, pois, em geral, usam tecnologias de elevada complexidade e baixa densidade tecnológica (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013).
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. A Classificação CID-10 de Transtornos Mentais e Comportamentais. Descrições clínicas e diretrizes diagnósticas. Genebra: Organização Mundial da Saúde; 2020.
BARDIN, L. (1977). Análise de conteúdo. Lisboa: Martins Fontes.
CHAND, S.; GIVON, L. Depression. NCBI Bookshelf, p. 1–1, 2017. 
DALE, H. P. H. e M. M. et al. Farmacologia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. 
HEXSEL, A. M. (2004). Resposta antidepressiva aguda ao metilfenidato na depressão maior: ensaio clínico randomizado duplo-cego. Dissertação de Mestrado, Universidade de São Paulo, São Paulo. 
MARIJE, Aan Het Rot; SANJAY, J. Mathew; DENNIS, S. Charney. Mecanismos neurobiológicos no transtorno depressivo maior. CMAJ. JAMC. 2018. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2630359/ Acesso em: 09 abr. 2021.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Saúde mental. Ministério da Saúde, Brasília, n. 34, 2013.
SOUZA, J. A., FONTANA, J. L., & PINTO, M. A. (2005). Depressão: uma doença, várias apresentações. Em C. H. Horimoto, D. C. G. Ayache & J. A. Souza, J. A (Orgs.), Depressão: diagnóstico e tratamento pelo clínico (pp. 1-12). São Paulo: Roca.

Mais conteúdos dessa disciplina