Buscar

Geologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 193 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 193 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 193 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Indaial – 2022
GeoloGia 
Prof. Luis Urbano Durlo Tambara Junior
1a Edição
Elaboração:
Prof. Luis Urbano Durlo Tambara Junior
Copyright © UNIASSELVI 2022
Revisão, Diagramação e Produção:
Equipe Desenvolvimento de Conteúdos EdTech
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI 
Ficha catalográfica elaborada pela equipe Conteúdos EdTech UNIASSELVI
Impresso por:
T154g
Tambara Junior, Luis Urbano Durlo
 Geologia. / Luis Urbano Durlo Tambara Junior – Indaial: 
UNIASSELVI, 2022.
 184 p.; il.
 ISBN 978-65-5663-793-8
 ISBN Digital 978-65-5663-788-4
 1. Estudo da Terra. - Brasil. II. Centro Universitário Leonardo da Vinci.
CDD 550
Imagine que você está caminhando sobre uma costa rochosa. Dela é possível 
observar a batida das ondas, o movimento das pequenas pedras e da areia com as 
ondas e sentir o sopro do vento no seu rosto. Apesar de não sentirmos, o chão em que 
estamos pisando também está em movimento, pois o planeta é dinâmico, com cerca de 
4,6 bilhões de anos.
Os continentes se movem lentamente de posição, as montanhas sobem e 
depois desaparecem. Esses movimentos escapam a nossa observação e geralmente são 
lentos, embora todos os anos vermos notícias sobre eventos como erupções vulcânicas 
e terremotos que nos alertam sobre as mudanças geológicas rápidas.
Geologia é o estudo da Terra, incluindo os materiais de que é feita, as mudanças 
físicas e químicas que ocorrem em sua superfície e em seu interior, e a história do 
planeta e suas formas de vida. Através dela podemos entender os fenômenos que 
ocorrem na formação de minerais e rochas, origem dos desastres naturais, como 
vulcões, maremotos e terremotos; e outros fenômenos que ocorrem, como formação 
de fósseis, montanhas, transportes e deposições de sedimento etc.
Na Unidade 1, abordaremos de maneira introdutória os conceitos abordados 
pela geologia, a tectônica de placas que fornece a base para se entender a distribuição 
e origem de fontes minerais e energéticas no espaço e no tempo e veremos sobre as 
características dos minerais e rochas encontrados na crosta terrestre. 
Em seguida, na Unidade 2, estudaremos sobre pedologia e tempo geológico, 
na qual serão vistos os fundamentos da pedologia, os principais fatores e processos de 
formação do solo e suas características morfológicas. Com relação ao tempo, geológico 
veremos a origem do conceito, as estimativas da idade da terra através de modelos 
termodinâmicos e de datação relativas e absolutas e veremos sobre a formação de 
depósitos minerais.
Por fim, na Unidade 3, aprenderemos sobre os aspectos geológicos brasileiros, 
qual a constituição e evolução geológica ocorreu no Brasil e os principais intervalos do 
tempo geológico. Veremos sobre a evolução da rede hidrográfica do brasil e a geologia 
da crosta brasileira. Finalizaremos com a origem e o desenvolvimento do conhecimento 
geológico brasileiro, através dos recursos naturais hídricos, minerais, petrolíferos e 
geotermais no país. Bons estudos!
Prof. Luis Urbano Durlo Tambara Junior
APRESENTAÇÃO
Olá, acadêmico! Para melhorar a qualidade dos materiais ofertados a você – e 
dinamizar, ainda mais, os seus estudos –, nós disponibilizamos uma diversidade de QR Codes 
completamente gratuitos e que nunca expiram. O QR Code é um código que permite que você 
acesse um conteúdo interativo relacionado ao tema que você está estudando. Para utilizar 
essa ferramenta, acesse as lojas de aplicativos e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só 
aproveitar essa facilidade para aprimorar os seus estudos.
GIO
Olá, eu sou a Gio!
No livro didático, você encontrará blocos com informações 
adicionais – muitas vezes essenciais para o seu entendimento 
acadêmico como um todo. Eu ajudarei você a entender 
melhor o que são essas informações adicionais e por que você 
poderá se beneficiar ao fazer a leitura dessas informações 
durante o estudo do livro. Ela trará informações adicionais 
e outras fontes de conhecimento que complementam o 
assunto estudado em questão.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos 
os acadêmicos desde 2005, é o material-base da disciplina. 
A partir de 2021, além de nossos livros estarem com um 
novo visual – com um formato mais prático, que cabe na 
bolsa e facilita a leitura –, prepare-se para uma jornada 
também digital, em que você pode acompanhar os recursos 
adicionais disponibilizados através dos QR Codes ao longo 
deste livro. O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura 
interna foi aperfeiçoada com uma nova diagramação no 
texto, aproveitando ao máximo o espaço da página – o que 
também contribui para diminuir a extração de árvores para 
produção de folhas de papel, por exemplo.
Preocupados com o impacto de ações sobre o meio ambiente, 
apresentamos também este livro no formato digital. Portanto, 
acadêmico, agora você tem a possibilidade de estudar com 
versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador.
Preparamos também um novo layout. Diante disso, você 
verá frequentemente o novo visual adquirido. Todos esses 
ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos 
nas pesquisas institucionais sobre os materiais impressos, 
para que você, nossa maior prioridade, possa continuar os 
seus estudos com um material atualizado e de qualidade.
QR CODE
ENADE
LEMBRETE
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma 
disciplina e com ela um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conheci-
mento, construímos, além do livro que está em 
suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, 
por meio dela você terá contato com o vídeo 
da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complementa-
res, entre outros, todos pensados e construídos na intenção de 
auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que 
preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
Acadêmico, você sabe o que é o ENADE? O Enade é um 
dos meios avaliativos dos cursos superiores no sistema federal de 
educação superior. Todos os estudantes estão habilitados a participar 
do ENADE (ingressantes e concluintes das áreas e cursos a serem 
avaliados). Diante disso, preparamos um conteúdo simples e objetivo 
para complementar a sua compreensão acerca do ENADE. Confi ra, 
acessando o QR Code a seguir. Boa leitura!
SUMÁRIO
UNIDADE 1 - INTRODUÇÃO A GEOLOGIA .............................................................................. 1
TÓPICO 1 - CONCEITOS DA GEOLOGIA .................................................................................3
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................3
2 EFEITO DA GEOLOGIA NO COTIDIANO ...............................................................................3
3 ORIGEM DA TERRA .............................................................................................................8
3.1 CICLO DAS ROCHAS ........................................................................................................................... 10
3.2 TEMPO GEOLÓGICO E UNIFORMITARISMO .................................................................................... 11
4 BENEFÍCIOS DA GEOLOGIA ..............................................................................................14
RESUMO DO TÓPICO 1 ......................................................................................................... 15
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................. 16
TÓPICO 2 - TECTÔNICA DE PLACAS ................................................................................... 19
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 19
2 DERIVADA CONTINENTAL ................................................................................................ 19
3 TEORIA DA TECTÔNICA DE PLACAS ...............................................................................22
4 LIMITES DE PLACAS ........................................................................................................ 24
4.1 LIMITES DIVERGENTES .....................................................................................................................24
4.2 LIMITES CONVERGENTES................................................................................................................. 27
4.3 LIMITES TRANSFORMANTES ..........................................................................................................28
5 MOVIMENTO DAS PLACAS E MODO DE DESLOCAMENTO ............................................. 28
5.1 DESLOCAMENTO RELATIVO E VELOCIDADE MÉDIA ...................................................................29
5.2 DESLOCAMENTO ABSOLUTO ..........................................................................................................29
6 RECURSOS NATURAIS .................................................................................................... 30
RESUMO DO TÓPICO 2 ........................................................................................................ 32
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................. 33
TÓPICO 3 - MINERAIS E ROCHAS ...................................................................................... 35
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 35
2 TIPOS DE LIGAÇÕES ........................................................................................................ 35
3 MINERAIS ......................................................................................................................... 38
3.1 MINERAIS CRISTALINOS ....................................................................................................................39
3.2 COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS MINERAIS ........................................................................................39
3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS DOS MINERAIS .................................................................................... 40
3.4 GRUPOS MINERALÓGICOS ...............................................................................................................42
3.5 IDENTIFICAÇÃO DOS MINERAIS .....................................................................................................44
4 ROCHAS ............................................................................................................................ 45
4.1 ROCHAS ÍGNEAS E SUAS CARACTERÍSTICAS .............................................................................45
4.2 ROCHAS SEDIMENTARES E SUAS CARACTERÍSTICAS ............................................................ 48
4.3 ROCHAS METAMÓRFICAS E SUAS CARACTERÍSTICAS ..............................................................52
LEITURA COMPLEMENTAR ................................................................................................ 53
RESUMO DO TÓPICO 3 .........................................................................................................57
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................. 58
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 60
UNIDADE 2 — PEDOLOGIA E TEMPO GEOLÓGICO .............................................................. 61
TÓPICO 1 — FUNDAMENTOS DE PEDOLOGIA .................................................................... 63
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 63
2 DINÂMICA INTERNA E EXTERNA DA TERRA .................................................................. 63
3 FATORES E PROCESSOS DE FORMAÇÃO DO SOLO ........................................................67
3.1 FATORES DE FORMAÇÃO DE SOLOS .............................................................................................68
3.2 PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE SOLOS .......................................................................................69
4 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DO SOLO .............................................................74
5 CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS .......................................................................................... 77
RESUMO DO TÓPICO 1 ........................................................................................................ 80
AUTOATIVIDADE ..................................................................................................................81
TÓPICO 2 - TEMPO GEOLÓGICO ......................................................................................... 83
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 83
2 ORIGEM DO CONCEITO DE TEMPO GEOLÓGICO ............................................................ 84
3 ESTIMATIVAS DA IDADE DA TERRA ................................................................................ 84
3.1 MODELO TERMODINÂMICO ..............................................................................................................85
4 MÉTODOS DE DATAÇÃO RELATIVAS E ABSOLUTAS ..................................................... 86
4.1 MÉTODOS ESTRATIGRÁFICOS ..........................................................................................................87
4.2 MÉTODOS PALEONTOLÓGICOS ...................................................................................................... 88
4.3 MÉTODOS GEOCRONOLÓGICOS .....................................................................................................89
4.4 MÉTODOS DE ISÓTOPOS RADIOATIVOS ........................................................................................ 91
5 ESCALA DO TEMPO GEOLÓGICO .................................................................................... 93
RESUMO DO TÓPICO 2 .........................................................................................................97
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................. 98
TÓPICO 3 - DEPÓSITOS MINERAIS ................................................................................... 101
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 101
2 FORMAÇÃO DE DEPÓSITOS MINERAIS ......................................................................... 101
3 MINERAIS E MINÉRIOS ...................................................................................................102
4 CLASSIFICAÇÃO DOS DEPÓSITOS MINERAIS ..............................................................103
5 EXTRAÇÃO DE MINÉRIOS ...............................................................................................105
5.1 TIPOS DE MINAS ................................................................................................................................ 107
5.2 PROCESSOS DA MINERAÇÃO ........................................................................................................109
5.3 IMPACTOS DA MINERAÇÃO .............................................................................................................110
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................... 112
RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................... 119
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................120
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................122
UNIDADE3 — ASPECTOS GEOLÓGICOS BRASILEIROS...................................................123
TÓPICO 1 — CONSTITUIÇÃO E EVOLUÇÃO GEOLÓGICA DO BRASIL ...............................125
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................125
2 PRINCIPAIS INTERVALOS DO TEMPO GEOLÓGICO ......................................................125
3 COMPARTIMENTAÇÃO GEOLÓGICA DO BRASIL ...........................................................129
4 ESTÁGIOS EVOLUTIVOS DO BRASIL .............................................................................130
4.1 PLATAFORMA SUL-AMERICANA ....................................................................................................131
4.2 EVOLUÇÃO TECTÔNICA DURANTE FANEROZOICO .................................................................. 133
RESUMO DO TÓPICO 1 .......................................................................................................138
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................139
TÓPICO 2 - RELEVO E GEODIVERSIDADE BRASILEIRA .................................................. 141
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 141
2 EVOLUÇÃO DA REDE HIDROGRAFICA DO BRASIL ....................................................... 141
3 CARSTES E CAVERNAS NO BRASIL ...............................................................................145
4 GEOLOGIA DA CROSTA BRASILEIRA ............................................................................. 151
5 PALEONTOLOGIA E TAFONOMIA BRASILEIRA ..............................................................155
RESUMO DO TÓPICO 2 .......................................................................................................158
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................159
TÓPICO 3 - RECURSOS NATURAIS DO BRASIL ................................................................ 161
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 161
2 ORIGEM E DESENVOLVIMENTO DO CONHECIMENTO GEOLÓGICO BRASILEIRO.......... 161
3 RECURSOS HÍDRICOS SUBTERRÂNEOS .......................................................................162
3.1 AQUÍFERO DO NORDESTE BRASILEIRO .......................................................................................164
3.2 AQUÍFERO GUARANI ........................................................................................................................ 165
4 RECURSOS MINERAIS ....................................................................................................165
5 RECURSOS PETROLÍFEROS ........................................................................................... 167
6 RECURSOS GEOTERMAIS ..............................................................................................169
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................... 173
RESUMO DO TÓPICO 3 .......................................................................................................180
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................ 181
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................183
1
UNIDADE 1 -
INTRODUÇÃO A GEOLOGIA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• obter noções e compreensões básicas do entendimento de Geologia;
• identifi car que a teoria da tectônica de placas revolucionou a Geologia;
• distinguir minerais e rochas, em que a maioria das rochas são compostas por minerais;
• identifi car a diferença entre os tipos de rochas ígneas, sedimentares e metamórfi cas.
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer dela, você encontrará 
autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – CONCEITOS DA GEOLOGIA
TÓPICO 2 – TECTÔNICA DE PLACAS
TÓPICO 3 – MINERAIS E ROCHAS
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure 
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
CHAMADA
2
CONFIRA 
A TRILHA DA 
UNIDADE 1!
Acesse o 
QR Code abaixo:
3
CONCEITOS DA GEOLOGIA
1 INTRODUÇÃO
Para facilitar a compreensão do planeta em que vivemos, podemos examiná-
lo como um sistema de produção, com processos de entradas (inputs) que são 
transformados em saídas (outputs), funcionando de maneira organizada com diversas 
“peças” que interagem entre si. Um exemplo desse tipo de organização está no ciclo das 
rochas, que acabam se transformando em diferentes tipos, de acordo com o processo 
de modificação em que são submetidas.
Podemos dizer que a Terra é um planeta de muita sorte, pois entre todos os 
planetas presentes no nosso sistema solar temos uma combinação de fatores que 
proporciona a existência de diferentes formas de vida, presença de oceanos e rios, e 
uma diferente composição de atmosferas e crosta terrestres. 
Todas essas características ocorrem devido a uma presença privilegiada que 
está com o sol, que favorece a formação de elementos indispensáveis à sustentação dos 
diversos biomas, presença de água em estado líquido e desenvolvimento de seres vivos. 
A Terra não é estática, pelo contrário, é dinâmica e está em constante movimentação; 
a prova disso é o afastamento que acontece entre os continentes Americano e Africano, 
que a cada ano se distanciam em aproximadamente quatro centímetros. 
Além disso, o seu interior é repleto de energia e, quando há uma concentração, 
elas podem atingir a superfície terrestre. Esses acontecimentos podem ser percebidos 
através de fenômenos naturais, como a erupção de vulcões ou ocorrência de terremotos. 
São processos que contribuem para a formação de ilhas, cadeias de montanhas e 
formação de minérios indispensáveis ao homem em suas atividades.
Acadêmico, no Tópico 1, abordaremos sobre a importância da geologia no 
cotidiano do planeta. Veremos sobre a teoria de origem da terra mais aceita atualmente, 
que é baseada em métodos científicos. Por fim, discutiremos quais os benefícios do 
estudo de geologia à sociedade.
2 EFEITO DA GEOLOGIA NO COTIDIANO
A Terra é composta por diversos subsistemas, sendo eles: atmosfera, hidrosfera, 
biosfera e litosfera, além do manto e núcleo. 
TÓPICO 1 - UNIDADE 1
4
A combinação entre esses diferentes subsistemas resulta no que chamamos de 
corpo dinâmico, capaz de modificar matéria e energia em diferentes formas. Todas as 
quatro esferas devem trabalhar em harmonia para permitir que o equilíbrio da vida seja 
bem-sucedido na Terra. Qualquer ameaça a uma esfera terá efeitos drásticos nas outras 
(WICANDER; MONROE, 2009).
A atmosfera, hidrosfera e litosfera são abióticos, o que significa que não são 
coisas vivas; enquanto na biosfera contém todas as criaturas e organismos bióticos ou 
vivos, como animais, plantas, fungos, seres do reino protista e monera. Por consequência, 
os seres humanos estão incluídos na biosfera e apresentam a maior capacidade de 
modificação e gerar efeitos de grande amplitude no planeta.
Por esse motivo, é muito importante obtermos o entendimento da geologia, 
pois devemos entender como funcionam os diversos sistemas da Terra e como eles 
se relacionam entre si para garantir a sobrevivência humana. Além disso, devemos 
entender como nossas ações podem afetar o equilíbrio entre os subsistemas do planeta.
A atmosfera da Terra, que geralmente chamamos apenas de "ar", é na verdade 
composta de uma mistura de gases e vapores. A atmosfera forma uma barreira em 
torno do planeta que é mantida lá pela força da gravidade. Isso impedeque os vapores 
da atmosfera escapem para o espaço sideral. É também a atmosfera que torna a terra 
habitável. A combinação de substâncias químicas no ar, bem como a forma como a 
atmosfera cria uma barreira entre a Terra e os raios nocivos do sol, cria um ambiente no 
qual animais, plantas e vida humana podem prosperar.
A atmosfera pode ser separada e identificada em várias camadas, que são dividia 
em cinco: troposfera, estratosfera, mesosfera, termosfera e exosfera. A troposfera é a 
camada que contém a maior parte da atmosfera e está mais próxima da superfície da 
Terra. Esta é também a área em que vive a maior parte da vida orgânica na Terra. 
As outras camadas se estendem para fora da superfície e são englobadas pela 
última camada, a Exosfera, antes que nossa atmosfera se dissolva completamente no 
Espaço Exterior. 
A Figura 1 apresenta as camadas da atmosfera, com algumas localizações de 
fenômenos e equipamentos desenvolvidos pelos humanos.
5
FIGURA 1 – A ESTRUTURA DA ATMOSFERA DA TERRA
FONTE: Adaptada de <https://bit.ly/3qC4wbI> Acesso em: 7 jan. 2022.
A atmosfera da Terra é, na verdade, basicamente feita de nitrogênio, com 
uma composição de aproximadamente 78%. O segundo gás mais comum em nossa 
atmosfera é o oxigênio, que representa 21% e é o mais importante para a vida humana 
e animal. O terceiro gás mais proeminente é o argônio, que tem apenas 0,9%. Isso deixa 
os 1% restantes, que são classificados como "outros", pois nenhum gás é dominante o 
suficiente para ser significativo. Neste 1% temos incluídos vapor de água, néon, dióxido 
de carbono e metano.
A litosfera é a porção terrestre da Terra. Refere-se mais especificamente à 
superfície rochosa externa da crosta terrestre e à porção superior do manto. A própria 
Terra está dividida em várias camadas: a crosta, o manto superior e principal, o núcleo 
externo e o núcleo interno, como apresentado na Figura 2. Embora tudo isso seja a Terra, 
é apenas a parte superior mais sólida que está incluída na litosfera. Isso significa que é 
a parte geralmente sólida e minimamente viscosa, em oposição às camadas inferiores 
fundidas mais líquidas. A litosfera é a terra na qual existe vida biológica - ou seja, a 
biosfera (DODD, 2021).
6
FIGURA 2 – LITOSFERA TERRESTRE, MANTO E NÚCLEO
FONTE: Adaptada de: <https://www.worldatlas.com/r/w960-q80/upload/71/ca/9e/lithosphere.png>. 
Acesso em: 7 jan. 2022.
 A hidrosfera é a esfera de água da Terra. Isso inclui a quantidade total de 
água que pode ser encontrada em todo o planeta, desde a superfície – como em lagos, 
oceanos, rios etc., bem como a água subterrânea e no ar. Como inclui toda a água, isso 
também significa que inclui a água encontrada na forma líquida, vapor ou sólida (ou seja, 
gelo), conforme representado no esquema da Figura 3.
FIGURA 3 – CICLO DA ÁGUA NA HIDROSFERA
FONTE: <https://bit.ly/31jRR2Q> Acesso em: 7 jan. 2022.
7
A biosfera é a esfera da terra que inclui toda a vida orgânica e viva, esteja esta 
vida na superfície da Terra, na atmosfera ou abaixo do solo. Dessa forma, a biosfera se 
funde com as outras três esferas da Terra. O alcance da biosfera é estimado em cerca 
de 20 quilômetros de seu ponto mais alto ao mais profundo. De modo geral, porém, a 
maior parte da vida na Terra está muito mais perto da superfície e pode ser encontrada 
a cerca de 500 metros abaixo do nível do mar e seis quilômetros acima da superfície do 
oceano (THOMPSON; TURK, 1997).
Da montanha mais alta ao oceano mais profundo, toda a vida orgânica faz parte 
da biosfera. Isso inclui todos os tipos de vida. Essa vida é então dividida em uma série de 
classifi cações: reinos, fi los, classes, ordens, famílias, gêneros e espécies. Existem cinco 
reinos diferentes, conhecidos como: animal, vegetal, fungo, protista e monera; e todos 
eles abrangem a totalidade da biosfera. A grande biosfera é então dividida em biomas e 
ecossistemas, que são sistemas de trabalho mais específi cos de animais e plantas em 
qualquer área. Juntos, eles formam uma intrincada teia de vida que, quando mantida 
em equilíbrio, permite que nossa Terra funcione em harmonia.
A atuação no mercado do trabalho de geólogos é muito variada: pode ser 
desde a localização de recursos minerais e energéticos; usar de sua especialização 
para resolver problemas ambientais ou na busca de água subterrânea e localização 
para realização de barragens para atender a demanda de comunidades e indústrias; 
ou monitorar a poluição da água da superfície ou lençol freático. Além disso, também é 
atuação dos geólogos trabalhar na defesa civil e fazer previsões de curto e longo prazo 
de terremotos e erupções vulcânicas (WICANDER; MONROE, 2009).
Agora que você já conheceu os sistemas terrestres, podemos traças as relações 
da geologia com os aspectos do nosso cotidiano. A geologia está intimamente conectada 
a nossa vida profi ssional e pessoal, observe a seguir (KELLER, 2007):
• Fenômenos naturais: conhecer os fenômenos desde os de menor gravidade, 
como chuvas e secas, até os mais catastrófi cos, como terremotos, tsunamis e 
erupções vulcânicas. Eles são de extrema importância para controlar os impactos 
na comunidade em que estamos incluídos, pois embora não possamos modifi car 
esses fenômenos, é possível obter soluções antes de que eles ocorram.
A geologia vem do grege geo e logos, que é defi nido como o estudo da terra. 
Em geral, é dividida em duas grandes áreas: geologia física, que estuda os 
materiais do planeta, como minerais e rochas, além dos processos que operam 
no interior e na superfície da Terra; e geologia histórica, que examina a 
origem e a evolução da Terra, seus continentes, oceanos, atmosfera e a vida. 
NOTA
8
• Economia e política: até hoje vemos movimentações políticas e econômicas 
devido à localização de recursos naturais, seja devido às guerras armamentistas 
com principal interesse em petróleo ou até mesmo sanções políticas referentes à 
preservação ambiental. 
• Tomada de decisões individuais: caso alguém seja proprietário de um terreno e 
queira explorar os recursos minerais da propriedade, ele não será legalmente capaz 
sem adequado conhecimento geológico da área. É necessário que haja estudos de 
impacto ambiental sobre a exploração dos recursos no local.
• Consumo energético: o relatório de carvão da IEA – World Energy Balances (YEAR-
ON-YEAR, 2021) mostrou um crescimento recorde mundial no uso de fontes de 
carvão entre 2016 e 2018, atingindo 10.000 TWh. Em 2019, houve uma ligeira queda 
de 3% na geração de energia a carvão. Embora em 2020 o consumo de carvão 
tenha diminuído ligeiramente em países como China e Índia, ainda representa o 
maior percentual da produção global de energia (36,7% em 2019). Esse consumo 
provém de fontes não renováveis, como queima de carvão, petróleo e gás natural. 
São os geólogos que identificam esses recursos e permitem sua exploração.
• Construção civil: para construções de estruturas, sejam elas rodoviárias ou de 
edifícios, é necessário a utilização de recursos naturais, como agregados, calcário e 
petróleo, para produção de ligas asfálticas. A exploração desses materiais depende 
do processamento de recursos geológicos e impacta no meio ambiente.
• Desenvolvimento sustentável: esse conceito relativamente novo, surgiu após 
a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento e o Meio Ambiente 
(BRASIL, 1992), que ocorreu no Brasil, em 1992. Para que ocorra um desenvolvimento 
sustentável é necessário o atendimento da necessidade básica dos humanos com 
cuidado ao meio ambiente e assegurando o desenvolvimento econômico dos 
países. O geólogo deve assegurar a proteção ao meio ambiente para benefício das 
futuras gerações.
3 ORIGEM DA TERRA 
Cientistas que estudam as estrelas e a origem do universo acreditam que 
cerca de 12 bilhões de anos atrás houve uma explosão gigante conhecida como o 
Big Bang. Essa explosão produziu as partículas atômicas que mais tarde formaram 
galáxias, estrelas e planetas. Acredita-se que cerca de sete bilhões de anos atrásuma 
das primeiras gerações de estrelas gigantes experimentou uma tremenda explosão 
conhecida como supernova (KELLER, 2007).
Isso liberou enormes quantidades de energia, produzindo uma nebulosa solar, 
que se acredita ser uma nuvem giratória de poeira e gás. A nebulosa solar se condensou 
como resultado de processos gravitacionais, e nosso Sol se formou no centro. Assim, a 
história primitiva do planeta Terra, bem como de outros planetas do nosso sistema solar, 
foi caracterizada por intenso bombardeio de meteoritos. Esse bombardeio foi associado a 
9
processos de acréscimo - ou seja, a amálgama de partículas de vários tamanhos, de poeira 
a meteoritos, asteroides pedregosos e cometas ricos em gelo com muitos quilômetros de 
diâmetro - que resultaram na formação da Terra há cerca de 4,6 bilhões de anos.
Os cientistas acreditam que no início do surgimento da Terra, também chamada 
de Terra primitiva, sua temperatura era extremamente fria e sua composição e densidade 
eram homogêneas, contendo principalmente compostos de ferro, silício, magnésio, 
oxigênio, alumínio e pequenas quantidades dos demais elementos químicos. Com o 
passar do tempo, a Terra passou por aumento de temperatura, em que sua composição 
deixou de ser homogênea e foi substituída por uma série de camadas concêntricas 
de composições e densidades diferentes, resultando em um planeta internamente 
diferenciado, sendo esta a mais significativa característica que resultou na formação da 
crosta e dos continentes do planeta (WINCADER; MONROE, 2009). 
A origem da atmosfera de da água na Terra primitiva tem como teoria a vinda de 
água de cometas congelados e liberação de gases, ou a liberação de gases como dióxido 
de carbono e vapor de água, de vulcões e outros processos. Cerca de 3,5 bilhões de anos 
atrás, as primeiras formas de vida primitiva apareceram na Terra em um ambiente com 
deficiência de oxigênio. Alguns desses organismos primitivos começaram a produzir 
oxigênio por meio da fotossíntese, o que afetou profundamente a atmosfera da Terra. 
A vida primitiva e produtora de oxigênio provavelmente vivia no oceano, protegida da 
radiação ultravioleta do sol (KELLER, 2007).
No entanto, conforme a atmosfera evoluiu e o oxigênio aumentou, uma camada 
de ozônio foi produzida na atmosfera que protegeu a Terra da radiação prejudicial. 
Evoluíram plantas que colonizaram a superfície da terra, produzindo florestas, prados, 
campos e outros ambientes que tornaram possível a evolução da vida animal.
As fronteiras entre eras, períodos e épocas baseiam-se tanto no estudo do que 
vivia naquela época específica quanto em eventos geológicos globais importantes na 
história da Terra. As idades relativas das rochas são baseadas na reunião de fósseis – 
isto é, evidências de vidas passadas, como conchas, ossos, dentes, folhas, sementes 
– que são encontrados em rochas ou sedimentos. Um princípio geral da geologia, 
conhecido como a lei das assembleias faunísticas, afirma que as rochas com fósseis 
semelhantes são provavelmente de uma idade geológica semelhante. 
Se encontrarmos ossos de dinossauros em uma rocha, sabemos que as 
rochas têm idade mesozoica. Os fósseis fornecem idades relativas das 
rochas; datas numéricas ou absolutas dependem de uma variedade de 
sofisticadas técnicas químicas de datação. Essas técnicas de datação 
por idade permitem que os geólogos muitas vezes identifiquem a idade 
geológica das rochas contendo fósseis em alguns milhões de anos ou mais.
INTERESSANTE
10
3.1 CICLO DAS ROCHAS
Keller (2007) afirma que uma rocha é um agregado de um ou mais minerais, isto 
é, algumas rochas são formadas a partir de um único mineral e outras são compostas por 
diversos minerais. Embora as rochas variem muito em sua composição e propriedade, 
elas podem ser classificadas em três tipos gerais, de acordo com sua mineralogia – ou 
composição mineral, composição química e textura (tamanho, forma e arranjo dos 
grãos) e como eles foram formados durante o ciclo das rochas (Figura 4). 
Podemos considerar este ciclo um sistema mundial de reciclagem de rochas 
que liga os processos subterrâneos impulsionados pelo calor interno da Terra, que 
derrete ou muda as rochas no ciclo tectônico, aos processos superficiais impulsionados 
pela energia solar.
FIGURA 4 – CICLO DAS ROCHAS
FONTE: <https://bit.ly/3rqBPi0>. Acesso em: 7 jan. 2022.
O ciclo das rochas produz três famílias gerais de rochas: rochas magmáticas 
ou ígneas, rochas sedimentares e rochas metamórficas. Alguns processos ocorrem 
no ciclo das rochas, conforme descrito por Kellner (2007):
• A cristalização de rocha derretida produz rochas magmática tanto abaixo como na 
superfície da Terra. 
11
• Rochas na superfície ou próximas a ela se quebram química e fisicamente pelo 
intemperismo, formando sedimentos que são transportados pelo vento, água e gelo 
para as bacias deposicionais, como o oceano. 
• As camadas de sedimento acumuladas acabam por sofrer alterações químicas e 
físicas, formando rochas sedimentares. 
• Rochas sedimentares profundamente enterradas podem ser metamorfoseadas ou 
alteradas na forma pelo calor, pressão ou fluidos quimicamente ativos, para produzir 
rochas metamórficas. 
• Rochas metamórficas podem ser enterradas ainda mais profundamente e derreter, 
reiniciando o ciclo. 
Algumas variações dessa sequência idealizada são mostradas na Figura 4. Por 
exemplo, uma rocha magmática ou metamórfica pode ser alterada em uma nova rocha 
metamórfica sem sofrer intemperismo ou erosão. Para resumir, o tipo de rocha formada 
no ciclo das rochas depende do ambiente da rocha.
3.2 TEMPO GEOLÓGICO E UNIFORMITARISMO
O processo evolutivo, conforme deduzido do registro fóssil, não foi suave e 
contínuo, mas pontuado por explosões de novas espécies em alguns momentos e pela 
extinção de muitas espécies em outros. 
A evolução e a extinção de espécies são processos naturais, mas para aqueles 
momentos em que muitas espécies se extinguiram aproximadamente ao mesmo tempo, 
usamos o termo extinção em massa.
Os geólogos dividiram a história da Terra em unidades exibidas na escala de 
tempo geológico (Quadro 1). 
A escala do tempo geológico resulta do trabalho de muitos geólogos do século 
XIX, que reuniram informações fragmentadas de diversas exposições de rochas e 
construíram uma cronologia sequencial baseada nas mudanças da biota da Terra 
através do tempo. 
Para isso, foram utilizadas diversas técnicas de radiometria de datação, para 
atribuir as idades absolutas na escala do tempo geológico (WICANDER; MONROE, 2009). 
As unidades são denominadas de éons, eras, períodos e épocas, e são 
identificadas pelos tipos de vida que existiam nas várias épocas. 
12
QUADRO 1 – ESCALA DO TEMPO GEOLÓGICO DA TERRA
Éon Era Período Época Distinção de plantas e animais
É
on
 f
an
er
oz
oi
co
C
en
oz
oi
co
Q
u
at
er
n
ár
io
Recente ou Holoceno 
E
ra
 d
os
 m
am
ífe
ro
s
Humanos
Pleistoceno (2)
Extinção dos dinossauros e outras 
espécies, desenvolvimento de 
mamíferos predominante
Plioceno (5)
Mioceno (24)
Oligoceno (37)
Eoceno (58)
Paleonceno (66)
M
es
oz
oi
co
Cretáceo (144)
E
ra
 d
os
 r
ép
te
is Florescimento de plantes e maior 
desenvolvimento de dinossauros
Jurássico (208)
Primeiros pássaros e mamíferos, 
abundantes dinossauros
Triássico (245) Primeiros dinossauros
P
al
eo
zo
ic
o
Permiano (286)
E
ra
 d
os
 
an
fí
bi
os
Extinção das trilobitas e outros 
animais marinhos
Carbonífero (360)
Grandes florestas primitivas, 
abundância de insetos e répteis
Devoniano (408)
E
ra
 d
os
 
pe
ix
es Primeiros anfíbios
Siluriano (438) Primeira planta terrestre
Ordoviciano (505)
E
ra
 d
os
 
in
ve
rt
e-
br
ad
os Primeiro peixe
Cambriano (538) Primeiro organismo com conchas
Proterozoico (2500) Primeiro organismo multicelular
Arqueano (3800) Primeiro organismo unicelular
Hadeano (4600) Origem da Terra
* Tempo em parênteses dado em milhões de anos.
FONTE: Thompson e Turk (1997, p. 6).
Para a realização do tempo geológico,a geologia necessitou se basear no 
princípio do uniformitarismo. Essa premissa parte de que os processos atuais 
têm operado através do tempo geológico. Portanto, o uniformitarismo significa 
que, embora as velocidades e as intensidades dos processos geológicos tenham 
variado no passado, as leis físicas e químicas da natureza têm permanecido as 
mesmas. Embora a Terra esteja em um estado dinâmico de mudança, e tenha se 
mantido assim desde sua formação, os processos que a moldaram no passado 
são os mesmos que operam hoje em dia (WICANDER; MONROE, 2009).
IMPORTANTE
13
Os dois primeiros éons, o Hadeano e o Arqueano, cobrem os primeiros 2,5 bilhões 
de anos da história da Terra. A vida se originou durante o tempo arqueano. Os organismos 
vivos então evoluíram e proliferaram durante o Eon Proterozoico (protero vem de uma 
palavra grega que significa “anterior” ou “antes” e zoon é da palavra grega que significa 
“vida”). No entanto, a maioria dos organismos Proterozoicos não tinha partes duras, como 
conchas e ossos, mas era unicelular, embora alguns organismos multicelulares existissem. 
O Eon Proterozoico terminou cerca de 538 milhões de anos atrás. Então, em um tempo 
surpreendentemente curto muitas novas espécies evoluíram. Esses organismos eram 
biologicamente mais complexos do que seus ancestrais Proterozoicos, e muitos tinham 
conchas e esqueletos. Os mais recentes tempos geológicos, de 538 milhões de anos 
atrás até o presente, são chamados de Eon Fanerozoico (faneros significa “evidente” em 
grego). O Eon Fanerozoico é subdividido em Era Paleozoica ("vida antiga"), Era Mesozoica 
("vida média") e Era Cenozoica ("vida recente"). 
A história de nosso sistema solar e da Terra, resumida aqui, é uma história 
incrível de evolução planetária e biológica, mas o que o futuro trará? Não sabemos, mas 
certamente será pontuado por uma mudança e, à medida que os processos evolutivos 
continuarem, nós também evoluiremos, talvez para uma nova espécie. 
Por meio dos processos de poluição, agricultura, urbanização, industrialização e 
desmatamento da floresta tropical, os humanos parecem estar causando uma aceleração da 
taxa de extinção de espécies vegetais e animais. Essas atividades humanas estão reduzindo 
significativamente a biodiversidade da Terra – o número e a variabilidade das espécies ao 
longo do tempo e do espaço (área) – e são consideradas um grande problema ambiental, 
porque muitos seres vivos, incluindo humanos, na Terra, dependem do meio ambiente com 
sua diversidade de formas de vida para sua existência (THOMPSON; TURK, 1997).
Os dinossauros foram extintos há aproximadamente 65 milhões de anos. Alguns 
geólogos acreditam que essa extinção em massa resultou de mudanças climáticas e 
ambientais que ocorreram naturalmente na Terra; outros acreditam que o planeta foi 
atingido por uma "estrela da morte", um asteroide com cerca de 10 km de diâmetro, 
que se chocou com o que hoje é a Península de Yucatán, no México. Acredita-se 
que outro impacto desse tipo produziria tempestades de fogo e enormes nuvens 
de poeira que circundariam a Terra na atmosfera por um período prolongado, 
bloqueando a luz do sol, reduzindo significativamente ou interrompendo a 
fotossíntese e, eventualmente, levando à extinção em massa de ambas as espécies 
que comem plantas e os predadores que se alimentam dos comedores de plantas. 
Especula-se que os asteroides do tamanho que podem ter causado a extinção dos 
dinossauros não são únicos, e esses impactos catastróficos ocorreram em outras 
épocas durante a história da Terra. Tal evento é o perigo geológico final, cujos 
efeitos podem resultar em outra extinção em massa. Felizmente, a probabilidade 
de tal ocorrência é muito pequena durante os próximos milhares de anos. Além 
disso, estamos desenvolvendo a tecnologia para identificar e possivelmente desviar 
asteroides antes que eles alcancem a Terra.
INTERESSANTE
14
4 BENEFÍCIOS DA GEOLOGIA
Através da geologia aprendemos que a Terra é um planeta extremamente 
complexo, com interações entre vários subsistemas há mais de 4,6 bilhões de anos. 
Para que asseguremos a sobrevivência humana, devemos entender como funcionam 
os subsistemas e entender como nossas ações podem afetar o equilíbrio entre esses 
sistemas (WICANDER; MONROE, 2009).
Estudar a geologia vai além de falar sobre o que aconteceu com a Terra, mas 
também a que vivemos atualmente e a que queremos para as nossas futuras gerações. 
Para isso, devemos repensar nosso consumo de recursos naturais e todas as interações 
que temos com o meio ambiente, conforme discutimos anteriormente. 
Portanto, precisamos repensar os impactos da extração e processamento de 
minerais; o uso de produtos não renováveis, como o petróleo; o grande impacto de 
geração de energia com grande emissão de resíduos e poluição, como no caso de energia 
termoelétrica, entre outras situações em que estamos agredindo o meio ambiente. 
Precisamos de consciência para mudar nosso comportamento 
exagerado de consumidores de produtos poluentes e começarmos a 
pensar no coletivo.
GIO
15
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• A Terra é composta por diversos subsistemas, sendo eles: atmosfera, hidrosfera, 
biosfera e litosfera, além do manto e núcleo, sendo o único sistema biótico à biosfera, 
em que os seres humanos estão presentes.
• O uniformitarismo foi utilizado para determinar o tempo geológico da Terra, e 
considera que embora as velocidades e as intensidades dos processos geológicos 
tenham variado no passado, as leis físicas e químicas da natureza tem permanecido 
as mesmas.
• O ciclo das rochas é um processo contínuo de reciclagem dos diferentes tipos de 
rocha. São produzidas neste ciclo três famílias gerais de rochas: rochas magmáticas 
ou ígneas, rochas sedimentares e rochas metamórficas. 
• A escala do tempo geológico foi um resultado de cientistas e geólogos que reuniram 
informações fragmentadas de diversas exposições de rochas e construíram uma 
cronologia sequencial baseada nas mudanças da biota da Terra através do tempo.
RESUMO DO TÓPICO 1
16
1 O planeta Terra tem cerca de 4,5 bilhões de anos. Para efeito de estudos, todo este 
período é dividido em eons, eras e períodos. O eon fanerozoico é subdividido nas 
eras paleozoica, mesozoica e cenozoica. Sobre a era da história do planeta Terra e a 
evolução da vida que o ser humano surgiu, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Na Era Cenozoica.
b) ( ) Na Era Holoceno.
c) ( ) Na Era Paleozoica.
d) ( ) Na Era Fanerozoica.
2 A sustentabilidade é formada por um conjunto de ideias, estratégias e demais atitudes 
ecologicamente corretas, economicamente viáveis, socialmente justas e culturalmente 
diversas. Para se desenvolver de forma sustentável, é necessário atuar de forma que 
os três pilares da sustentabilidade coexistam e interajam entre si de forma plenamente 
harmoniosa. Sobre pilares da sustentabilidade, analise as sentenças a seguir:
I- A Terra atualmente encontra-se na época Era Holocena.
II- A formação da Terra iniciou-se há 500 milhões de anos.
III- Na Era Paleozoica ocorreu o desenvolvimento dos peixes e da vegetação.
IV- O Quaternário e o Terciário são períodos da Era Mesozoica que definem a última 
grande mudança climática (glaciação) e o desaparecimento dos dinossauros.
Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) As sentenças I e IV estão corretas.
b) ( ) As sentenças II e III estão corretas.
c) ( ) As sentenças I e III estão corretas.
d) ( ) As sentenças II e IV estão corretas.
3 O planeta Terra passou por diversos processos de transformação e evolução e nem 
sempre teve uma composição como identificamos atualmente, composta por crosta, 
manto e núcleo. Sobre as considerações de transformação através das eras geológicas 
do planeta Terra, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
( ) Durante a Terra primitiva, a Terra apresentou temperaturas muito frias e tinha 
composição homogênea.
( ) O homem apareceu na superfície da Terra na EraCenozoca, no Quaternário, em um 
período interglacial. 
( ) Antes do aparecimento do homem, a Terra não apresentava mudanças climáticas 
naturais.
AUTOATIVIDADE
17
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V – F – V.
b) ( ) V – V – F.
c) ( ) F – V – F.
d) ( ) F – F – V.
4 A escala do tempo geológico resulta do trabalho de muitos geólogos, que reuniram 
informações fragmentadas de diversas exposições de rochas e construíram uma 
cronologia sequencial baseada nas mudanças da biota da Terra através do tempo por 
meio de ferramentas e técnicas capazes de identificar o tempo absoluto de fósseis 
e rochas. Nesse contexto, disserte sobre a importância do uniformitarismo para a 
realização do tempo geológico.
5 A geologia, em geral, é dividida em duas grandes áreas: geologia física, que estudo 
os materiais do planeta, como minerais e rochas, além dos processos que operam no 
interior e na superfície da Terra; e geologia histórica, que examina a origem e a evolução 
da Terra, seus continentes, oceanos, atmosfera e a vida. Neste contexto, disserte sobre 
pelo menos dois aspectos em que a geologia está relacionada com os seres humanos.
18
19
TECTÔNICA DE PLACAS
1 INTRODUÇÃO
Cerca de 1 milhão de terremotos ocorrem na Terra por ano. No entanto, a maioria 
é tão fraca que não os sentimos, mas os mais fortes demolem cidades e matam milhares 
de pessoas. 
A maioria de nós já assistiu a alguma notícia de erupções vulcânicas lançando 
rochas derretidas e cinzas no céu, destruindo cidades e ameaçando a vida humana. Com o 
passar do tempo geológico, as cadeias de montanhas aumentam e depois desaparecem, 
os continentes migram ao redor do globo e as bacias oceânicas abrem e fecham.
Antes de 1960, nenhuma teoria explicava todas essas manifestações da Terra 
ativa. No início da década de 1960, os geólogos desenvolveram a teoria das placas 
tectônicas, que fornece uma estrutura única e unificadora, que explica terremotos, 
erupções vulcânicas, construção de montanhas, movimentação de continentes e 
muitos outros eventos geológicos. Também permite que os geólogos identifiquem 
muitos perigos geológicos antes que afetem os humanos.
Acadêmico, no Tópico 2, veremos como a teoria das placas tectônicas é 
importante para a geologia moderna, pois ela fornece uma base para muitos estudos 
geológicos. Neste tópico explicaremos os aspectos básicos da teoria, seus limites de 
placas e os movimentos e modo de deslocamento na Terra.
2 DERIVADA CONTINENTAL
A ideia inicial sobre a derivada continental surgiu com um meteorologista 
alemão, chamado Alfred Wegener, que desenvolveu sua teoria no livro The origin of 
continents and oceans (A origem dos continentes e dos oceanos). 
No livro, o autor propôs que todas as massas da Terra estavam originalmente 
unidas em um único supercontinente, chamando-o de Pangeia, que significa “toda terra” 
em grego (Figura 5) e que ao longo do tempo houve movimentação de vários continentes, 
chegando na estrutura em que vemos atualmente (WICANDER; MONROE, 2009).
UNIDADE 1 TÓPICO 2 - 
20
FIGURA 5 – REPRESENTAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO DO SUPERCONTINENTE PANGEIA
FONTE: <http://alternathistory.com/wp-content/uploads/2021/01/00-16.jpg> Acesso em: 7 jan. 2022.
O meteorologista trouxe evidências geológicas, paleontológicas e climatológicas 
para sustentar a teoria da derivada continental. Ele mapeou a localização de fósseis de várias 
espécies de animais e plantas que não sabiam nadar bem nem voar. Fósseis da mesma 
espécie são agora encontrados na Antártica, África, Austrália, América do Sul e Índia. 
Na Figura 5 podemos ver como as costas da África e América do Sul aparecem 
encaixar como peças de um quebra-cabeça; além disso, em várias áreas são localizados 
os mesmos tipos de depósitos minerais, principalmente hidrocarbonetos, entre ambos 
os continentes quando ligados.
Por que a mesma espécie seria encontrada em continentes separados por 
milhares de quilômetros de oceano? Quando Wegener plotou as mesmas localidades 
fósseis em seu mapa da Pangeia, ele descobriu que todas elas se encontravam na 
mesma região nela. 
Wegener então sugeriu que cada espécie evoluiu e se espalhou sobre aquela 
parte da Pangeia ao invés de misteriosamente migrar por milhares de quilômetros de 
áreas abertas de oceano (THOMPSON; TURK, 1997).
21
O conceito de Wegener de um único supercontinente que se separou para 
formar os continentes modernos é chamado a teoria da deriva continental. A 
teoria da deriva continental foi tão revolucionária que cientistas céticos exigiram uma 
explicação de como os continentes podiam se mover. Eles queriam uma explicação do 
mecanismo de deriva continental. 
Wegener havia se concentrado no desenvolvimento de evidências de que os 
continentes haviam se distanciado, não como eles se moviam. 
Finalmente, talvez por exasperação e como uma refl exão tardia sobre o que 
considerava a parte importante de sua teoria, Wegener sugeriu duas possibilidades 
alternativas: primeiro, que os continentes abram caminho através da crosta oceânica, 
empurrando-a para o lado como um navio atravessa a água; ou segundo, que a crosta 
continental desliza sobre a crosta oceânica. Essas sugestões acabaram sendo mal 
consideradas. 
Físicos provaram que ambos os mecanismos de Wegener eram impossíveis. A 
crosta oceânica é forte demais para que os continentes a atravessem. 
A teoria seria como tentar empurrar um barco feito de palito de fósforo em um 
lago de piche. Além disso, a resistência ao atrito é muito grande para os continentes 
deslizarem sobre a crosta oceânica. 
Essas conclusões foram rapidamente adotadas pela maioria dos cientistas como 
prova de que a teoria de Wegener sobre a deriva continental estava errada (WICANDER; 
MONROE, 2009).
Durante 30 anos, entre 1930 e 1960, alguns geólogos apoiaram a teoria 
da deriva continental, mas a maioria a ignorou. Grande parte da teoria da 
deriva continental é semelhante à teoria das placas tectônicas. Evidências 
modernas indicam que os continentes estavam juntos tanto quanto 
Wegener retratou-os em seu mapa da Pangeia. Hoje, a maioria geólogos 
reconhecem a importância da contribuição de Wegener.
IMPORTANTE
22
Se uma hipótese explica novas observações e não é substantivamente contradita, ela se 
torna uma teoria elevada, que são teorias diferem na sua forma e conteúdo, mas que 
obedecem a quatro princípios fundamentais de critério:
• Uma teoria deve ser baseada em uma série de observações ou resultados experimentais.
• Uma teoria deve explicar todas as observações relevantes ou resultados experimentais.
• Uma teoria não deve contradizer quaisquer observações relevantes ou outros princípios 
científi cos.
• Uma teoria deve ser internamente consistente. Assim deve ser construída de maneira 
lógica para que as conclusões não contradigam nenhuma premissa original.
Por exemplo, a teoria dos estados das placas tectônicas, que veremos no próximo 
tópico, afi rma que a camada externa da Terra é dividida em várias placas que se movem 
horizontalmente umas em relação às outras. Esta teoria é apoiada por muitas observações 
e parece não ter principais inconsistências. 
Muitas teorias nunca podem ser provadas de forma absoluta. Por exemplo, embora os 
cientistas estejam quase certos de que sua imagem da estrutura atômica está correta, 
nunca se observou um elétron individual viajar em sua órbita. Portanto, nossa interpretação 
da estrutura atômica é chamada de teoria atômica.
No entanto, em alguns casos, uma teoria é elevada a uma lei científi ca. 
Uma lei é uma declaração de como os eventos sempre ocorrem sob 
determinadas condições. É considerado para ser factual e correto. Uma lei 
é a mais certa de declarações científi cas. Por exemplo, a lei da gravidade 
afi rma que todos os objetos são atraídos uns pelos outros em proporção 
direta com suas massas. Não podemos conceber de qualquer contradição 
a este princípio, e ninguém observou a gravidade. Portanto, o princípio é 
chamado de lei (THOMPSON; TURK,1997).
ATENÇÃO
3 TEORIA DA TECTÔNICA DE PLACAS
A teoria da tectônica das placas é baseada em um modelo simples da Terra. O 
termo tectônica se refere aos processos geológicos em grande escala que deformam 
a litosfera terrestre, produzindo formas de relevo como bacias oceânicas, continentes 
e montanhas. Os processos tectônicos são impulsionados por forças dentro da Terra. 
Esses processos fazem parte do sistema tectônico, um importante subsistema do 
sistema terrestre (THOMPSON; TURK, 1997).
A litosfera é quebrada em grandes pedaços chamados placas litosféricas que 
se movem em relação umas às outras (Figura 6). Os processos associados à criação, 
movimento e destruição dessas placas são conhecidos coletivamente como placas 
tectônicas.
23
FIGURA 6 – MAPA DAS PLACAS TECTÔNICAS E PRESENÇA DE VULCÕES E TEREMOTOS
FONTE: Keller (2007, p. 43)
Locais de terremotos e vulcões definem limites de placas. Uma placa litosférica 
pode incluir um continente e parte de uma bacia oceânica ou apenas uma região 
oceânica. Algumas placas são muito grandes e outras relativamente pequenas, embora 
sejam significativas em uma escala regional. Por exemplo, a placa Juan de Fuca na 
costa noroeste do Pacífico dos Estados Unidos, que é relativamente pequena, é 
responsável por muitos dos terremotos no norte da Califórnia. Os limites entre as placas 
litosféricas são áreas geologicamente ativas. A maioria dos terremotos e muitos vulcões 
estão associados a esses limites (KELLER, 2007). Na verdade, os limites das placas 
são definidos pelas áreas em que ocorrem a atividade sísmica concentrada, conforme 
vemos na Figura 6 nos pontos de vulcões e terremotos presentes na Terra.
24
A teoria das placas tectônicas afirma que no final da Era Paleozoica, todos os 
continentes estavam juntos, formando a Pangeia. Logo em seguida, o supercontinente 
começou a formar o conhecido mundo em que vivemos. É considerado que o processo 
de formação de supercontinente é cíclico, ocorrendo em um período de cerca de 500 
milhões de anos, esta ideia vem da hipótese do ciclo do supercontinente e é mais um 
exemplo de como os vários sistemas e subsistemas da Terra são inter-relacionados e 
integrados (WICANDER; MONROE, 2009).
4 LIMITES DE PLACAS
Aparentemente as placas tectônicas têm operada desde o Éon Proterozoico, 
há mais de 2500 milhões de anos. Portanto, é fundamental compreendermos como o 
movimento vem afetando a história geológica e biológica da Terra.
São reconhecidos três importantes tipos de limites de placas: as placas 
divergentes, as placas convergentes e as transformantes. A seguir são apresentadas as 
propriedades de cada um destes tipos de placas.
4.1 LIMITES DIVERGENTES 
Os limites divergentes de placas, também conhecidos como cadeias em 
expansão, ocorrem no lugar em que as placas estão se separando e uma mova litosfera 
oceânica se forma. 
Limites divergente são lugares em que a crosta estendida, afinada e fraturada 
se eleva para a superfície junto com o magma derivado da fusão parcial do manto, 
como vemos na Figura 7 (WICANDER; MONROE, 2009). A grande maioria das fronteiras 
divergentes são encontradas no oceano, no qual não foram mapeadas ou compreendidas 
até meados do século XX.
Podemos classificar as margens continentais de acordo com sua margem 
com placas tectônicas. Margens passivas são margens continentais que 
não coincidem com um limite de placas tectónicas, pelo que não apresentam 
grande atividade sísmica ou vulcânica. Por oposição, as margens ativas são 
aquelas que coincidem com limites tectónicos, pelo que a atividade sísmica 
e vulcânica pode ser bastante expressiva.
NOTA
25
FIGURA 7 – LIMITE DIVERGENTE DE PLACAS
FONTE: <https://bit.ly/3B3T4cs> Acesso em: 7 jan. 2022.
O magma presente nesse tipo de limite é praticamente basáltico, sendo uma 
parte expelida como fluxos de lava. Esse tipo de movimentação resulta com que cadeias 
oceânicas apresentem uma topografia acidentada, com altos relevos que resultam do 
deslocamento de rocha ao longo das grandes fraturas, terremotos e fluxos de lavas 
(KELLER, 2007).
Em zonas divergentes, as placas são puxadas, e não afastadas. A principal força 
motriz desse movimento da placa (embora existam outras forças menores) é a "tração 
da placa" que surge quando as placas afundam no manto sob seu próprio peso nas 
zonas de subducção.
A divergência também acontece no cenário continental - é assim que novos 
oceanos se formam. As razões exatas pelas quais isso acontece, onde acontece e como 
acontece ainda vêm sendo estudadas. 
O melhor exemplo na Terra hoje é o estreito Mar Vermelho, em que a placa da 
Arábia se afastou da placa da Núbia. Como a Arábia atingiu o sul da Ásia enquanto a 
África permanece estável, o Mar Vermelho não se transformará em um oceano vermelho 
tão cedo (MITCHELL, 2020).
26
Em setembro de 2021 ocorreu um fenômeno eruptivo na ilha de La Palma, no arquipélago 
das Canárias (Figura 7). Em 11 de setembro, teve início uma série de sismos concentrados 
na zona sudoeste da ilha de La Palma. Os cientistas a vincularam com a possibilidade de que 
existisse magma empurrando a superfície, o que poderia acabar provocando uma erupção. 
Esse enxame sísmico, como é chamada esta concentração temporária de pequenos 
terremotos em uma só área, foi se localizando cada vez mais perto da superfície. Os abalos, 
antes registrados a 20 quilômetros de profundidade, passaram a ser percebidos a cerca de 
100 metros nos dois últimos dias. Com esse comportamento do fenômeno, suspeitava-se 
que era o magma gerando rupturas em seu caminho rumo ao exterior. Além disso, a ilha 
havia inchado em até 15 centímetros (SALAS, 2021).
A ilha de La Palma é muito jovem em termos geológicos, com apenas cerca de dois milhões 
de anos - embora tenha começado a se formar sob o mar há quatro milhões de anos. 
Contudo, a ilha possui duas partes claramente diferenciadas: a do Norte, mais antiga e 
sólida; e a do Sul, mais jovem e ainda em formação. O magma continua ampliando a ilha 
na parte sul. De fato, todos os vulcões surgidos nos últimos séculos ocorreram nessa zona, 
como o San Juan, em 1949, e o Teneguía (SALAS, 2021).
Este tipo de vulcanismo surge muitas vezes associado a limites divergentes, dando-se a 
formação de fundo oceânico. As erupções nas Canárias costumam ser de fi ssuras, isto 
é, irrompem como uma fenda com diferentes pontos pelos quais emanam lavas, gases e 
outros materiais. 
Uma erupção fi ssural ou fi ssura vulcânica é uma erupção vulcânica que 
ocorre ao longo de uma fi ssura mais ou menos linear na crusta, em geral 
com poucos metros de largura, mas com centenas ou mesmo milhares de 
metros de comprimento. A lava é expelida pela fi ssura, geralmente sem 
atividade explosiva, sendo normalmente atividade efusiva, escorrendo 
sobre a superfície em função da topografi a pré-existente.
FONTE: <https://brasil.elpais.com/ciencia/2021-09-19/pontos-chave-do-vulcao-
cumbre-vieja-por-que-essa-erupcao-ocorreu-na-espanha-quanto-pode-durar.html>. 
Acesso em: 7 jan, 2022.
INTERESSANTE
FIGURA 8 – ERUPÇÃO DE VULCÃO EM LA PALMA
FONTE: <https://bit.ly/3GGq5NY> Acesso em: 29 out. 2021.
27
4.2 LIMITES CONVERGENTES
Enquanto há formação de novas crostas nas regiões de limites divergentes 
de placas, também podem ocorrer destruição de crostas envelhecidas, nas quais 
são recicladas. Esta destruição de crosta terrestre ocorre nas placas em limites 
convergentes, conforme podemos ver ilustrado na Figura 9.
FIGURA 9 – LIMITE CONVERGENTE DE PLACAS
FONTE: Adaptada de <https://bit.ly/34fTNev> Acesso em7 jan. 2022.
Segundo Wicander e Monroe (2009), os limites são convergentes quando as placas 
colidem, com a mais densa mergulhando sobre a outra, ocorrendo uma fusão parcial da 
crosta que mergulhou (a área da placa diminui). Os limites convergentes podem:
• Limite de convergência oceânico-oceânico: ocorre quando duas placas 
envolvidas são oceânicas, uma desce abaixo da outra em um processo conhecido 
como subducção. A litosfera oceânica da placa que estáem subducção afunda 
na astenosfera e é por fim reciclada pelo sistema de convecção do manto. Este 
processo produz um limite de placas marcado por uma cadeia de vulcões, conhecido 
como “círculo de fogo” ou “arco de ilhas”. A maioria dos arcos de ilha vulcânica está 
atualmente na bacia do oceano Pacífico e inclui as ilhas japonesas e Filipinas. 
Também temos as ilhas caribenhas que estão na bacia do oceano Atlântico.
• Limite de convergência oceânico-continentes: ocorre quando uma placa tem 
uma borda continental. Sempre ela consome a placa oceânica, porque a crosta 
continental é mais leve e subduz mais facilmente que a crosta oceânica. A borda 
continental fica enrugada e soergue num cinturão de montanhas, paralela à fossa 
de mar profundo. As enormes forças de colisão e subducção produzem grandes 
terremotos ao longo desse limite. A costa oeste da América do Sul, na qual a Placa 
Sul-Americana colide com a Placa de Nazca (oceânica), é uma zona de subducção 
desse tipo. A cordilheira dos Andes eleva-se no lado continental do limite, com 
vulcões ativos, e terremotos de grande escala.
• Limite de convergência continental-continental: ocorre quando duas placas 
continentais colidem. Nesse limite, ocorrem terremotos violentos na crosta que 
está sofrendo enrugamento. O melhor exemplo para este tipo de convergência é 
a colisão das placas Indiana e Eurasiática. A Placa Eurasiática consome a Placa 
28
Indiana, mas a Índia e a Ásia mantêm-se flutuantes, criando uma espessura dupla 
da crosta e formando a cordilheira de montanhas mais alta do mundo, o Himalaia e 
o Planalto do Tibete.
4.3 LIMITES TRANSFORMANTES 
O terceiro tipo de limite de placa é o limite transformante de placa. Nesse 
sistema ocorrem fraturas no assoalho oceânico, chamadas de falhas transformantes. 
Nesse processo as placas deslizam lateralmente, passando uma ao lado da outra, quase 
que em paralelo à direção de movimento das placas, conforme ilustrada na Figura 10. 
Neste processo não há criação nem destruição de camada da litosfera (KELLER, 2007).
FIGURA 10 – LIMITE TRANSFORMANTE DE PLACA
FONTE: Adaptada de <https://bit.ly/3IZ85yS> Acesso em7 jan. 2022.
Os limites de falhas transformantes são tipicamente encontrados ao longo 
de dorsais mesoceânicas, no lugar em que o limite divergente tem sua continuidade 
quebrada, sendo deslocado num padrão semelhante a um escalonamento. Um exemplo 
de uma falha transformante em continente é a Falha de Santo André, na Califórnia, na 
qual a Placa Pacífica desliza em relação à Placa Norte-Americana. Grandes terremotos 
podem ocorrer nesses limites (WICANDER; MONROE, 2009).
5 MOVIMENTO DAS PLACAS E MODO DE DESLOCAMENTO
Além do conhecimento dos locais de ocorrência da movimentação das placas 
tectônicas, é necessário saber qual a direção destas placas e sua velocidade. Para a realização 
dos cálculos da movimentação das placas é possível utilizar de diferentes métodos.
Dentre os métodos de cálculos de movimentação de placas, temos: o método de 
deslocamento relativo e velocidade média e o método de deslocamento absoluto. 
Ambos os métodos serão discutidos nos subtópicos a seguir (WICANDER; MONROE, 2009).
29
5.1 DESLOCAMENTO RELATIVO E VELOCIDADE MÉDIA
O método de deslocamento relativo e velocidade média é o método menos preciso, 
pois leva em consideração a determinação da idade dos sedimentos imediatamente 
acima de qualquer porção da crosta oceânica e depois divide esta idade pela distância da 
extensão da cadeia. 
No entanto, é possível obter métodos mais precisos para determinar a média do 
movimento quanto ao deslocamento relativo, realizando o seguinte procedimento: datar 
as anomalias magnéticas na crosta do assoalho oceânico. A distância entre um eixo da 
cadeia oceânica e qualquer anomalia magnética indica a largura de um novo assoalho 
oceânico que se formou durante aquele intervalo de tempo. A partir daí, quanto maior 
a faixa do assoalho oceânico, mais rapidamente a placa se moveu. Assim, é possível 
determinar a média da velocidade quanto à mobilidade relativa atual e à velocidade média 
do movimento durante o passado, dividindo a distância entre as anomalias pelo tempo 
decorrido entre elas.
Outra técnica de calcular a velocidade média do movimento e os deslocamentos 
relativos está na utilização de laser-satélite. Nele, feixes de raio laser de uma estação 
localizada em uma placa são movidos para baixo e para cima a partir de um satélite em 
órbita. Quando as placas se afastam uma da outra, o feixe de raio laser leva mais tempo 
para ir à estação emissora para o satélite fixo. Essa diferença no tempo decorrido é usada 
para calcular a velocidade do movimente e o deslocamento elativo entre as pacas. 
5.2 DESLOCAMENTO ABSOLUTO
As técnicas anteriormente descritas somente apresentam dados de deslocamento 
de placas relativos e velocidade média. Para determinar o deslocamento absoluto é 
necessário ter uma referência fixa por meio da qual a velocidade e a direção do movimento 
da placa podem ser determinadas.
Esses pontos são chamados de hot-spots, que são locais nos quais as colunas 
estacionárias de magma, originados no interior do manto, lentamente se elevam para a 
superfície, formando os vulcões. 
Um exemplo de cadeias assísmicas e hot-spots é a cadeia submarina do Imperador, 
o arquipélago das ilhas havaianas. Essa cadeia de ilhas e montes submarinos estendem-
se do Havaí para a fossa das Aleutas, situado ao largo do Alasca, por uma distância de 
aproximadamente seis mil quilômetros, e consiste em mais de 80 estruturas vulcânicas. 
30
As idades das ilhas havaianas aumentam à noroeste, sendo a mais antiga 
Kauai, com cerca de seis milhões de anos. Observe na Figura 11 que a linha dos montes 
submarinos faz uma curva acentuada na junção das Cadeias do Havaí e do Imperador. 
A idade das rochas vulcânicas na curva é de cerca de 43 milhões de anos, e a curva é 
interpretada como uma época em que os movimentos das placas mudaram.
FIGURA 11 – HOT-SPOT HAVAIANO E PRESENÇA DE VULÇÕES
FONTE: Keller (2007, p. 56)
Se assumirmos que os pontos quentes são fixados nas profundezas do manto, 
então as cadeias de ilhas vulcânicas e vulcões submarinos ao longo do fundo do Oceano 
Pacífico que envelhecem mais longe do ponto quente fornecem evidências adicionais 
para apoiar o movimento da placa do Pacífico. Em outras palavras, a idade das ilhas 
vulcânicas e dos vulcões submarinos pode mudar sistematicamente, como ocorre 
apenas se a placa estiver se movendo sobre o ponto quente (KELLER, 2007).
6 RECURSOS NATURAIS
Os recursos geológicos compreendem os bens naturais de natureza geológica 
com valor econômico inerente. Eles são utilizados em diversas atividades realizadas 
na sociedade, sendo fundamentais para as demandas do ser humano. Estes recursos 
podem ser utilizados na produção de matérias-primas, na geração de energia ou em 
outras práticas comuns.
31
Existem classificações dos recursos naturais, pois são diversas as suas 
naturezas e complexidade de elementos. A classificação dos recursos pode ser feita de 
acordo com sua fonte ou quanto seu aspecto de sustentabilidade. Com relação à fonte 
de recursos naturais, estes podem ser divididos em recursos biológicos, hídricos, 
minerais e energéticos (THOMPSON e TURK, 1997). 
 
Os recursos biológicos correspondem a recursos naturais obtidos pelo meio 
de componentes bióticos do ecossistema, ou seja, materiais vegetais e dos seres vivos. 
Dentre estes recursos, os mais presentes na vida dos seres humanos são os recursos 
provenientes das atividades de agricultura, pecuária, pesca e caça, além da extração de 
madeira de florestas. 
Os recursos hídricos se referem à parcela de água doce acessível aos seres 
humanos, podendo ser classificadas como águas superficiais e águas subterrâneas. 
Além de estar presente para abastecimento doméstico, a água é necessária para 
atividades industriais, comerciais e de irrigação. 
Os recursos minerais são descritos como materiais inorgânicos presentes na 
crosta terrestre.Dentre os principais minerais temos os metálicos, como cobre, ouro, 
chumbo, prata, estanho e zinco, relacionados à atividade ígnea e atividade hidrotermal. 
Esses minerais são utilizados desde maneira cosmética; elaboração de joias; elaboração 
de bens, como automóveis; até para o desenvolvimento de comunidades, como na 
utilização em diversos tipos de obras de construção civil, como edifícios e estradas. 
 
Por fim, os recursos energéticos são aqueles recursos naturais capazes de 
fornecer energia, tais como a energia nuclear, e combustíveis fósseis, como petróleo, 
gás natural e carvão. Para estes recursos também é possível realizar um outro tipo de 
classificação, de acordo com sua pegada sustentável, em que são divididos em recursos 
renováveis ou não renováveis.
Os recursos renováveis são aqueles que conseguem se recompor e podem ser 
inesgotáveis. Dentre os exemplos de recursos naturais renováveis inesgotáveis estão a 
fonte solar e a eólica, as quais não se esgotam, estando sempre disponíveis na natureza. 
Os recursos naturais não renováveis, como o próprio nome nos diz, não 
são capazes de se renovar. Quando têm essa capacidade, demoram muito tempo para 
realizá-la, podendo levar milhares de anos. Dentro desse campo observamos o petróleo 
que, apesar de se formar durante um longo período geológico, é rapidamente extraído. 
Outros exemplos de recursos não renováveis são os minérios.
Com relação ao uso de petróleo, suas maiores concentrações são vistas em 
reservas comprovadas presentes na região do Golfo Pérsico. Esta enorme porcentagem 
ocorre devido à paleogeografia e ao movimento de placas localizadas nessa região 
durante as eras Mesozoica e Cenozoica. Em grande parte do planeta, a presença de 
petróleo está associada à presença de placas tectônicas (WICANDER; MONROE, 2009).
32
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• A teoria da derivada continental foi o primeiro conceito sobre a formação inicial de um 
único supercontinente que se separa ao longo do tempo. Mais adiante foi amplamente 
aceita pelos cientistas a teoria de ciclo do supercontinente, uma hipótese que 
considera que a cada 500 milhões de anos ocorre a formação de um supercontiente.
• A teoria da tectônica das placas é amplamente aceita; segundo ela, a litosfera é 
quebrada em grandes pedaços chamados placas litosféricas que se movem em 
relação umas às outras.
• A movimentação das placas pode ocorrer de três formas: através de limites divergentes, 
em que há criação de uma nova crosta litosférica; limites convergentes, em que crostas 
antigas são deterioradas; e limites transformados, em que há uma movimentação 
paralela das placas.
33
1 As placas tectônicas ou placas litosféricas são enormes blocos que fazem parte da 
camada sólida externa do planeta Terra, a crosta terrestre. Estas placas atingem toda a 
camada exterior da Terra, conhecida como litosfera. Segundo a teoria da tectônica de 
placas, as placas tectônicas são criadas nas zonas de divergência, ou "zonas de rifte", e 
são consumidas em zonas de subducção. Sobre o movimento ocasionado pelo choque 
entre as Placas Tectônicas de Nazca e Sul-Americana, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Ocasionou o surgimento do continente sul-americano.
b) ( ) Ocasionou o surgimento do Grand Canyon
c) ( ) Ocasionou o surgimento da Cordilheira dos Andes.
d) ( ) Ocasionou o surgimento das cadeias de montanhas do México.
2 A configuração atual dos continentes é produto de uma série de processos geológicos 
que atuaram ao longo de milhões de anos. Dentre estes processos está a migração 
das placas continentais, abordadas pela Teoria da Tectônica de Placas. Com relação 
à configuração atual do Brasil, analise as sentenças a seguir:
I- A margem continental brasileira é considerada ativa, em função dos processos 
sedimentares atuantes.
II- O Brasil está inteiramente situado na Placa Meso Atlântica.
III- A ocorrência recente de terremotos na área oceânica frontal ao Estado de São Paulo 
deve-se ao fato de esta área estar situada em uma região de margem continental 
ativa, ao contrário das demais áreas costeiras do Brasil, consideradas passivas.
IV- Em função da origem geológica comum, há na costa brasileira depósitos minerais 
(principalmente hidrocarbonetos) análogos e correspondentes aos da costa oeste 
africana.
Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Somente a sentença IV está correta.
b) ( ) Somente a sentença II está correta.
c) ( ) As sentenças I e III estão corretas.
d) ( ) Somente a sentença III está correta.
3 A Teoria da Tectônica de Placas afirma que a crosta terrestre, mais precisamente a 
litosfera, está fracionada em um determinado número de placas tectônicas rígidas, 
que se deslocam com movimentos horizontais. Sobre os aspectos referentes às 
placas tectônicas, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
AUTOATIVIDADE
34
( ) O Brasil não apresenta eventos sísmicos de grande escala, como terremotos de 
elevada magnitude, assim como vulcões ativos. Isto é resultado da localização do 
território brasileiro no interior de uma placa tectônica.
( ) Na América do Norte, mais precisamente nos Estados Unidos, está localizada a 
falha de San Andreas. Essa falha é produzida por meio da movimentação entre a 
Placa Norte-Americana e a placa Eurasiática.
( ) A movimentação das placas tectônicas, em especial devido à pressão sofrida por elas, 
provoca rupturas nos blocos rochosos que formam a litosfera. Essa ruptura gera as 
chamadas falhas geológicas, como a falha de San Andreas, localizada na Califórnia
( ) Em faixas de contato que ocorrem choques entre as placas tectônicas, uma placa 
submerge outra placa. Esse fenômeno, conhecido como subducção, ocorre em 
bordas divergente, devido à erupção vulcânica que colabora com a deformação e 
ruptura das placas tectônicas. 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V – F – V – F.
b) ( ) V – F – V – V.
c) ( ) F – V – F – F.
d) ( ) F – V – F – V.
4 É fundamental compreendermos como o movimento de placas tectônicas vem 
afetando a história geológica e biológica da Terra. São reconhecidos três importantes 
tipos de limites de placas: as placas divergentes, as placas convergentes e as 
transformantes. Disserte sobre os limites de placas divergentes.
5 Os recursos geológicos compreendem os bens naturais de natureza geológica com 
valor econômico inerente. Eles são utilizados em diversas atividades realizadas na 
sociedade, sendo fundamentais para as demandas do ser humano. Estes recursos 
podem ser utilizados na produção de matérias primas, na geração de energia ou em 
outras práticas comuns. A classificação dos recursos pode ser feita de acordo com 
sua fonte ou quanto seu aspecto de sustentabilidade. Disserte sobre a classificação 
quanto à fonte dos recursos naturais.
35
TÓPICO 3 - 
MINERAIS E ROCHAS
1 INTRODUÇÃO
Quando observamos cuidadosamente uma pedra, podemos perceber na sua 
superfície diferentes aspectos de manchas coloridas e texturas. Cada uma destas 
manchas é um mineral. Portanto, rochas são compostas por diferentes tipos de minerais. 
Na natureza é possível observar rochas feitas somente com um mineral, no entanto, é 
mais abundante rochas contendo de dois a cinco minerais e pequenas quantidades de 
outros compostos.
Para a geologia, os minerais são sólidos cristalinos inorgânicos que ocorrem na 
natureza. A palavra cristalino significa que os minerais apresentam um arranjo interno 
ordenado de átomos. Além disso, os minerais apresentam composições químicas bem 
definidas e propriedades físicas características, como coloração, dureza e densidade. 
Acadêmico, no Tópico 3, abordaremos sobre os recursos sólidos presentes na 
crosta terrestre, os minerais e as rochas. De maneira introdutória, recordaremos sobre os 
tipos de ligações atômicas existentes, uma vez que minerais são matérias constituídas 
de átomos. Em seguida, no tópico de minerais, veremos suas composições químicas

Outros materiais