<html><head> <style> @import url(https://fonts.googleapis.com/css?family=Source+Sans+Pro:300,400,600,700&display=swap); </style> </head><body><div class="ql-snow"><div class="pd-html-content"><div class="ql-editor"><h1 class="ql-align-center">TEORIA DA PENA </h1><ul><li class="ql-align-justify">A Teoria da Pena é equivalente à Teoria da Sanção Penal.</li></ul><p class="ql-align-justify"><strong style="color: rgb(102, 185, 102);">OBS: </strong><span style="color: rgb(102, 185, 102);">O tipo penal apresenta um preceito primário (a descrição da conduta) e um preceito secundário (a sanção penal imposta).</span></p><ul><li class="ql-align-justify">Sanção penal = Resposta do Estado frente à prática de infrações penais. É o resultado do jus puniendi estatal (direito do Estado de punir);</li><li class="ql-align-justify">As espécies de sanção penal são: </li></ul><p class="ql-align-justify">1. <strong>Penas:</strong> destinadas aos imputáveis ou semi-imputáveis <u>que não apresentem periculosidade</u> (a culpabilidade é analisada, só se aplica pena ao agente culpável).</p><p class="ql-align-justify">2. <strong>Medidas de segurança:</strong> são destinadas aos inimputáveis e semi-imputáveis <u>que apresentem periculosidade</u> (a periculosidade é analisada).</p><p class="ql-align-justify"><strong style="color: rgb(102, 185, 102);">OBS</strong><span style="color: rgb(102, 185, 102);">: Para a Teoria Tripartida do Crime: crime é o fato típico, ilícito e culpável; Para a Teoria Bipartida do Crime: o crime é o fato típico e ilícito, enquanto que a culpabilidade é um pressuposto de aplicação da pena. </span></p><p class="ql-align-justify"><strong style="color: rgb(102, 185, 102);">OBS:</strong><span style="color: rgb(102, 185, 102);"> O semi-imputável é um agente culpável.</span></p><p class="ql-align-justify"><strong style="color: rgb(102, 185, 102);">OBS:</strong><span style="color: rgb(102, 185, 102);"> Alguns doutrinadores apresentam uma terceira via do Direito Penal, baseada na Lei n. 9.099/95, estabelecendo que nem a pena e nem a medida de segurança serão aplicadas caso autor e vítima cheguem a um acordo: </span></p><blockquote class="ql-align-justify"><em>Lei n. 9.099/95, art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no juízo civil competente. Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação penal pública condicionada à representação, o acordo homologado acarreta a renúncia ao direito de queixa ou representação. </em></blockquote><p class="ql-align-justify"><br></p><ul><li class="ql-align-justify"><strong>PENA</strong></li></ul><p class="ql-align-justify">As teorias e finalidades da pena são: </p><p class="ql-align-justify">a) <strong>Teoria Absoluta e Finalidade Retributiva:</strong> a pena seria uma retribuição do Estado ao injusto provocado pelo agente. O propósito da punição seria retribuir o mal causado;</p><p class="ql-align-justify">b) <strong>Teoria Relativa e Finalidade Preventiva (ou Utilitárias):</strong> a pena existe para prevenir a prática de novas infrações. O propósito da punição é evitar que outras pessoas cometam crimes;</p><p class="ql-align-justify">c) <strong>Teoria Mista ou Unificadora e Dupla Finalidade (ou Ecléticas):</strong> a pena possui um caráter de retribuição e de prevenção. É a teoria adota pelo Código Penal Brasileiro (ADOTADA e MAIS COBRADA EM CONCURSOS).</p><p class="ql-align-justify">Ainda pode-se falar em: </p><p class="ql-align-justify">d) <strong>Finalidade Preventiva Geral Negativa:</strong> a pena serve para intimidar e gerar um medo a prática de crimes pela coletividade, busca impedir que a coletividade pratique crimes. Dá-se em relação à sociedade.;</p><p class="ql-align-justify">e) <strong>Finalidade Preventiva Geral Positiva:</strong> a pena serve para incentivar e conscientizar a coletividade a não praticar crimes. Dá-se em relação à sociedade;</p><p class="ql-align-justify">f) <strong>Finalidade Preventiva Especial Negativa:</strong> busca impedir a reincidência do indivíduo, mediante a intimidação com a apresentação dos efeitos negativos da reincidência (penas maiores). Dá-se em relação ao indivíduo que praticou o delito;</p><p class="ql-align-justify">g) <strong>Finalidade Preventiva Especial Positiva: </strong>busca estimular a reintegração do agente que praticou algum crime. Dá-se em relação ao indivíduo que praticou o delito.</p><blockquote class="ql-align-justify"><em>CP, Art. 59. O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime.</em></blockquote><p class="ql-align-justify"><br></p><ul><li class="ql-align-justify"><strong>Teoria das Janelas Quebradas</strong></li></ul><blockquote class="ql-align-justify">Experimento realizado em um bairro pobre e em um bairro rico dos EUA. Um veículo foi deixado em cada um dos locais. No bairro pobre, em poucos dias depredaram o veículo e subtraíram tudo que estava dentro. No bairro rico, o veículo permaneceu intacto. Todavia, um dos realizadores do experimento quebrou uma janela desse veículo que ficou intacto. Posteriormente se constatou que as pessoas do bairro rico passaram a agir da mesma forma que as pessoas do bairro pobre, subtraindo tudo que havia dentro do carro. Tal depredação aconteceu no bairro pobre, pois não havia senso de punibilidade, e só começou a acontecer no bairro rico quando esse senso foi estabelecido com a janela quebrada.</blockquote><p class="ql-align-justify"><br></p><ul><li class="ql-align-justify"><strong>Escolas e doutrinas alternativas à pena (Segundo o professor Érico Palazzo)</strong></li></ul><p class="ql-align-justify">a) <strong>Abolicionismo Penal:</strong> "parte do pressuposto que as penas são aplicadas já há bastante tempo, e isso nunca impediu ninguém de continuar praticando delitos. Por isso, as penas deveriam ser abolidas. Essa tese é bastante utópica e impraticável na realidade. Todavia, existem graus do abolicionismo penal que já vêm acontecendo em determinadas situações".</p><p class="ql-align-justify">Ex: muitos defendem o abolicionismo penal em relação ao porte para uso de drogas).</p><p class="ql-align-justify">b) <strong>Justiça Restaurativa:</strong> "estimula medidas despenalizadoras por meio da reparação do mal causado à vítima. A Justiça Restaurativa é bastante presente na Lei n. 9.099/95, em que há composição civil dos danos, tramitação penal e medidas alternativas à pena".</p><p class="ql-align-justify">c) <strong>Justiça Penal Negociada:</strong> "já existia por meio da colaboração premiada, prevista na Lei n. 12.850/13, que consiste em um acordo entre o autor (mediante confissão) e o instituto do órgão acusador, o Ministério Público. Essa tese ganhou mais forças com o Pacote Anticrime e está presente no CPP, na figura do acordo de não persecução penal.</p><blockquote class="ql-align-justify"><em>CPP, art. 28-A. Não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado confessado formal e circunstancialmente a prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e com pena mínima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério Público poderá propor acordo de não persecução penal, desde que necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime, mediante as seguintes condições ajustadas cumulativa e alternativamente: (...).</em></blockquote><p class="ql-align-justify"><br></p><ul><li class="ql-align-justify"><strong>Penas proibidas </strong></li></ul><blockquote class="ql-align-justify"><em>CF, art. 5º, XLVII - não haverá penas: </em></blockquote><blockquote class="ql-align-justify"><em>a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; </em></blockquote><p class="ql-align-justify"><strong style="color: rgb(102, 185, 102);">OBS:</strong><span style="color: rgb(102, 185, 102);"> O Código Penal Militar também prevê as hipóteses em que a pena de morte é possível, e que, quando é possível, acontece mediante fuzilamento.</span></p><blockquote class="ql-align-justify"><em>b) de caráter perpétuo; </em></blockquote><p class="ql-align-justify"><strong style="color: rgb(102, 185, 102);">OBS:</strong><span style="color: rgb(102, 185, 102);"> O tempo máximo da pena era de 30 anos, mas com o Pacote Anticrime passou a ser de 40 anos.</span></p><blockquote class="ql-align-justify"><em>c) de trabalhos forçados; </em></blockquote><p class="ql-align-justify"><strong style="color: rgb(102, 185, 102);">OBS:</strong><span style="color: rgb(102, 185, 102);"> O trabalho é obrigatório para os presos, mas não o trabalho forçado (que submete alguém a um regime de trabalho análogo à escravidão).</span></p><blockquote class="ql-align-justify"><em>d) de banimento; </em></blockquote><blockquote class="ql-align-justify"><em>e) cruéis.</em></blockquote><p class="ql-align-center"><br></p></div><div name="pdEndOfFile"></div></div></div></body></html>