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Infecção do Trato Urinário (ITU)

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INFECÇÃO DO
TRATO URINÁRIO
(ITU)
Condição ocasionada pela proliferação
de bactérias patogênicas ao longo do
trato urinário.
Afeta mais de 10% das mulheres e,
aproximadamente, 50% delas
apresentam um episódio ao longo da
vida.
Pode ser classificada em 5 grupos:
cistite aguda nãocomplicada; ITU
complicada; bacteriúria
assintomática; ITU recorrente;
pielonefrite aguda não complicada.
As ITU nosocomiais são associadas às 
 internações e infecções por uso de
cateter, principalmente por bactérias
gram-negativas.
O uropatógeno mais comum é a E. coli,
presente na microbiota retal e ganhando
o TU após uma fase de colonização da
região periuretral.
Os uropatógenos também podem ser
advindos do pênis e vagina.
Os principais fatores que predispõem à
ITU complicada são: obstrução ou estase
do fluxo urinário; comprometimento do
sistema imunológico; nicho inacessível
ao tratamento.
O diabetes mellitus está associado à
ITU complicada.
Em casos de cálculos renais
coraliformes, pode haver presença de
Proteus, pois essas bactérias são urease
positivas, pondendo nutrir-se a partir da
amônia que está presente nesse tipo de
cálculo renal. 
1.CONCEITOS GERAIS
2. PATOGÊNESE
a)ITU não complicada:
b) ITU complicada:
Os principais sintomas associados são:
disúria inicial aguda, polaciúria,
urgência miccional, dor suprapúbica. 
Seu diagnóstico requer a presença de
bacteriúria significativa (>100.000
uropatógenos/ml de amostra). Na
maioria das vezes, a urocultura não é
indicada, pois o resultado demora a sair.
A E. coli é, frequentemente, resistente a
sulfonamidas e amoxicilina, sendo a
nitrofurantoína o medicamento mais
indicado.
Para o tratamento, tem-se o
tratamento empírico feito,
predominantemente com
Nitrofurantoína (100mg, de 6/6h; por 5
dias). Porém, ela é ineficaz contra
Proteus spp., Klebsiella spp., e
Enterobacter. 
Em casos de bactérias resistentes à
nitrofurantoína, usa-se a
Fosfomicina/Trometamol (3g, dose
única).
Não deve-se usar esses medicamentos
em gestantes com 38-42 semanas.
3.CISTITE AGUDA NÃO COMPLICADA:
Pode-se usar também:
Trimetoprim+Sulfametoxazol (8/8, por
7) dias; Cefuroxima (250mg, 12/12h, por
7 dias).
Não usa-se fluoroquinolona para
tratamento empírico para evitar
resistência bacteriana. 
A sua definição é: 2 episódios em 6
meses ou 4 ou mais episódios em 1
ano. 
Os sintomas são iguais aos da cistite
não complicada.
Para o diagnóstico, deve haver
urocultura positiva, sintomatologia e
episódios sintomáticos anteriores.
Na anamnese, deve-se indagar acerca
da quantidade de ITU confirmadas e
uso anterior de antibióticos (perguntar
quais para evitar resistência).
O uso de exames de imagem apenas é
indicado em pacientes com sintomas
atípicos, assim como naqueles com
falha na antibioticoterapia adequada
e que permaneçam febris por mais de
72h. 
Para o tratamento, usa-se os
medicamentos de primeira linha:
Trimetopim+sulfametoxazol;
nitrofurantoína; fosfomicina.
Existe ainda a profilaxia pós-coito
muito indicada para pessoas com vagina,
pois são as que mais apresentam esse
tipo de ITU. Ademais, o sexo é uma das
principais causas dessa apresentação de
ITU.
Nesses casos, usa-se dose única de
Nitrofurantoína 100mg.
4. ITU RECORRENTE NÃO
COMPLICADA:
Refere-se ao achado de bactérias
(>100.000/ml de amostra de urina) na
urina coletada de pacientes sem
sintomatologia de ITU. 
A pesquisa de bacteriúria assintomática
apenas deve ser solicitada para
gestantes, pacientes que passarão por
cirurgias urológicas e pacientes
transplantados renais recentes.
Em alguns casos, pode haver piúria,
sobretudo em idosos. 
 O tratamento apenas é indicado para
gestantes e pacientes submetidos a
cirurgias urológicas.
É caracterizada por febre > 38°C,
calafrios, dor em flancos, náuseas e
vômitos. Em alguns casos, pode haver
piúria. 
A urocultura é obrigatória.
Normalmente, não solicita-se exames de
imagens, mas a TC contrastada
apresenta diminuição da densidade do
parênquima.
Para o tratamento, as
fluoroquinolonas são eficazes, sendo
normalmente usadas oralmente. A
cefalexima é muito mais segura em
gestantes. 
O TMP+SMX é muito eficaz quando
sabe-se que a cepa infectante é sensível
a essa combinação. 
Caso haja suspeita de enterococos,
deve-se adicionar amoxicilina até o
resultado da urocultura. 
Também pode-se usar as
cefalosporinas de 2ª e 3ª geração.
Nitrofurantoína e fosfomicina não são
indicadas.
5. BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA:
6. PIELONEFRITE AGUDA NÃO
COMPLICADA:
Caso a infecção seja por gram-positivos,
pode-se usar a ceftriaxona. 
Os pacientes apresentam: sinais de
cistite, sinais de pielonefrite, fadiga,
irritabilidade, náuseas, cefaleias, dor
abdominal ou lombar; piúria. Os sinais
e sintomas podem estar presentes há
semanas. 
A urocultura é obrigatória.
Para o tratamento, as
fluoroquinolonas têm um espectro
mais amplo, sendo mais indicadas nas
terapias empíricas (exceto
moxifloxacino).
Há grandes chances do agente causador
ser o S. aureus. Logo, deve-se ter noção
de que ele pode ter resistência à
meticiclina (MRSA), havendo
necessidade de, em alguns casos, usar a
Vancomicina.
Em ambientes de internação, os
enterococos podem ser resistentes às
fluoroquinolonas. 
7. ITU COMPLICADA:
REFERÊNCIAS
FEBRASGO. Infecção do Trato Urinário. 2021. 
KASPER, Dennis L.. Medicina interna de Harrison. 19 1 v. Porto Alegre: AMGH
Editora, 2017,
GOLDMAN L, AUSIELLO D. Cecil Medicina Adaptado à Realidade Brasileira.
Tradução da 24º edição. Saunders Elsevier; 2014. 
Goodman & Gilman: As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 12ª edição. Rio de
Janeiro, McGraw-Hill, 2012,2112 p.

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