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CUIDADOS PALIATIVOS Prof.: Rafael da Costa Santos Introdução ◦ No período das Cruzadas, havia hospedarias que abrigavam peregrinos e viajantes enfermos a caminho da Terra Santa. ◦ circunstâncias da época; ◦ Doentes faleciam; ◦ Os monges ofereciam maior conforto. ◦ Assim surgiram o hospice e o conceito de um local e um serviço que oferecessem conforto e melhor qualidade de vida aos enfermos que tiveram suas possibilidades terapêuticas curativas esgotadas. Medicina Paliativa ◦ O conceito atual de medicina paliativa estabeleceu-se mais firmemente no início dos anos 1950. ◦ Nos EUA, o primeiro programa de hospice foi iniciado em 1974. ◦ No Brasil, a conscientização da necessidade desse serviço ainda está começando. ◦ Longe de suprir as necessidades da população. ◦ Ainda falta a conscientização de que, para atender o paciente em fase avançada de doença de qualquer faixa etária, é fundamentalmente importante o estímulo para a criação de programas de hospice em todo país cujo modelo de atendimento difere em muito do oferecido em um hospital pacientes em fase avançada de geral. “Cuidados Paliativos não é sobre morrer, é sobre como viver até lá”. – Ana Michelle Soares Paciente em fase avançada da doença ◦ A expressão “paciente terminal” não costuma ser mais utilizada em nosso meio, preferindo-se “paciente em fase avançada de doença”. ◦ Dificuldade de definir o paciente como em fase avançada da doença; ◦ Muitos acreditam que apenas pacientes oncológicos sejam classificados desse modo, porém estatísticas mostram que uma parcela dos pacientes encaminhados para o hospice não apresentam neoplasias. ◦ Portadores de doenças crônico-degenerativas sem possibilidades terapêuticas; ◦ Portadores de sequelas graves de AVE; ◦ Insuficiência cardíaca irredutível; ◦ DPOC; ◦ Demência avançada; ◦ AIDS; ◦ Entre outros, para os quais se esgotaram as tentativas de utilização de tratamento curativo. Manutenção da esperança ◦ Isto dependerá das necessidades e personalidade de cada um, porém podemos citar alguns itens, como: ◦ esperança de ser tratado como ser humano até o momento de sua morte; ◦ esperança de receber carinho e atenção por parte de seus entes queridos; ◦ esperança de não sentir dor; ◦ de ter seu sofrimento aliviado; ◦ esperança de melhorar. Esperança do quê? Cuidados paliativos X Idoso ◦ Os idosos, por serem portadores de alterações estruturais e funcionais próprias do envelhecimento em diversos órgãos e que se associam a afecções prevalentes nessa faixa etária, correm mais risco do que outros grupos etários de evoluir para o estágio terminal de doenças. Assim, entendemos que os idosos podem ser considerados os maiores beneficiários dessa modalidade de assistência. Direitos do paciente terminal ◦ Tenho direito de ser tratado como ser humano até que eu morra; ◦ Tenho direito de ter esperanças, não importa que mudanças possam ocorrer ; ◦ Tenho direito de ser cuidado por pessoas que mantêm o sentido de esperança, mesmo que ocorram mudanças; ◦ Tenho direito de expressar, à minha maneira, sentimentos e emoções pouco antes da morte; ◦ Tenho direito de participar das decisões referentes aos meus cuidados e tratamentos; ◦ Tenho direito de receber cuidados médicos e de enfermagem, mesmo que os objetivos “de cura” mudem para objetivos “de conforto”; ◦ Tenho direito de não morrer sozinho; ◦ Tenho direito de ser aliviado na dor e no desconforto; ◦ Tenho direito que minhas questões sejam respondidas honestamente; ◦ Tenho direito de não ser enganado; ◦ Tenho direito, ao aceitar minha morte, de receber ajuda de meus familiares, e que eles também sejam ajudados; ◦ Tenho direito de morrer em paz e com dignidade; ◦ Tenho direito de conservar minha individualidade e não ser julgado por decisões que possam ser contrárias às crenças dos demais; ◦ Tenho direito de discutir e aprofundar minha religião e/ou experiências religiosas, seja qual for o seu significado para os demais; ◦ Tenho direito de esperar que meu corpo seja respeitado; ◦ Tenho direito de ser cuidado por pessoas sensíveis, humanas e competentes que procurarão compreender e responder às minhas necessidades e que me ajudem a enfrentar a morte e garantir minha privacidade. Conclusão ◦ Cuidar de paciente em fase avançada de doença, sendo idoso ou não, não é fácil, pois ao atendê-lo nos defrontamos com a nossa fragilidade. Muitas vezes, confrontamos nossos medos da perda, do sofrimento e da morte. Como integrantes da cultura ocidental, não estamos habituados a refletir sobre o assunto, somando-se o fato que, como profissionais da saúde, estamos habituados a lutar pela vida, sendo que, quando isto não é possível, muitas vezes nos sentimos frustrados ou fracassados. ASSISTAM O DOCUMENTÁRIO SOBRE CUIDADOS PALIATIVOS
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