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Curso- Pré Enem Profa. Especialista em Redação e Revisão de Textos - Laís Lago Leia o texto abaixo: OMarco Civil da Internet, criado em 2014, assegura o uso livre e democrático nas redes comunicativas. Porém, na realidade contemporânea, é evidente que o monitoramento das atividades dos usuários online por parte de empresas implica a perda da privacidade dos indivíduos que utilizam a internet. Com isso, a influência dos interesses empresariais, bem como o descaso governamental frente a tal problemática corroboram para a manutenção da mesma. Em primeiro plano, vale destacar que, com o avanço no compartilhamento de informações, o controle de dados se tornou essencial para a divulgação de propagandas direcionadas às preferências dos usuários das redes de comunicação. Nesse sentido, a manipulação dos anúncios se assemelha ao processo de dominação descrito pelo sociólogo Foucalt ao analisar o modelo panóptico, pois o monitoramento das ações dos indivíduos é de uma importância para a manutenção do poder de forma discreta. Nisso, observa-se como o controle do comportamento dos indivíduos restringe a privacidade deles. Paralelamente a essa dimensão empresarial, o descaso do Estado, principalmente na esfera legislativa, contribui para a permanência do uso não autorizado de informações pessoais para fins comerciais. Conforme o sociólogo alemão Dahrendorf, no livro "A lei e a ordem", a anomia é a condição social em que as normas reguladoras do comportamento das pessoas perdem sua validade. De forma análoga a esse pensamento, nota-se que as leis que regulamentam os atos na internet encontram-se em um estado de anomia, pelo fato de serem infringidas, por vezes, sem qualquer punição ao infrator. Portanto, é notório que a manipulação dos dados de pesquisa dos utentes se configura como um problema relativo à fragilidade das leis na rede. Logo, o Congresso Nacional deveria elaborar uma legislação que reforçasse os direitos e deveres dos usuários no ambiente virtual, por meio de reuniões com especialistas em segurança digital, com o fito de amenizar os crimes de roubo de dados por empresas. Assim, o Governo reverteria o estado de anomia na internet. (Tiago Henrique Rodrigues Pedrosa Gonçalves, 16 anos. Cursava o 2º ano do ensino médio e mora no município de Guarabira, no Brejo paraibano, alcançou a nota máxima na redação do Enem 2018, mil pontos. Disponível em: https://g1.globo.com/pb ● Exercitando: ● QUESTÃO 1: Após a leitura do texto, responda: https://g1.globo.com/pb Curso- Pré Enem Profa. Especialista em Redação e Revisão de Textos - Laís Lago A) Que gênero textual é esse? B) Qual a finalidade de textos como esse? C) Qual a temática tratada no texto? D) Qual estratégia o autor usou para apresentar o tema do seu texto? E) Qual é a tese que o autor expõe na introdução e a defende ao longo do texto? ● QUESTÃO 2: Sobre o segundo parágrafo do texto, explique: A) Explique o argumento utilizado pelo autor para defender a tese que ele formulou na introdução. B) Segundo o autor, qual a consequência gerada para os usuários o compartilhamento indiscriminado de suas informações? C) Que teórico o autor citou no texto e com qual finalidade? D) Que expressão coesiva o autor usa para relacionar o segundo parágrafo com a introdução de seu texto? ● QUESTÃO 3: Releia o segundo parágrafo do texto e responda: A) Que expressão coesiva o autor usa para relacionar o terceiro parágrafo com o segundo? A) Que teórico o autor citou nesse parágrafo e qual a sua formação? C) Explique o argumento utilizado pelo autor nesse parágrafo. D) Observe que o autor utilizou as palavras “Estado” com inicial maiúscula e depois “estado” com inicial minúscula. Explique o sentido dessas palavras em cada caso nesse parágrafo. ● QUESTÃO 4: Sobre o gênero dissertativo-argumentativo no ENEM é INCORRETO afirmar que: A) Esse gênero textual exige que se construa e defenda um ponto de vista. Deve propor uma tese inicial. B) O autor se vale de argumentos, de fatos, de dados, que servirão para ajudar a justificar as ideias que ele irá desenvolver. Curso- Pré Enem Profa. Especialista em Redação e Revisão de Textos - Laís Lago C) Na conclusão, o autor deve apresentar uma proposta de intervenção para o problema. D) Não é obrigatoriamente necessário os parágrafos terem relação entre si, pois cada parágrafo é uma nova ideia e não precisam ter nada a ver com o que foi dito antes. E) É escrito de forma impessoal, distanciando-se de subjetividades do autor. Temática: “Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil" (aplicação regular - Enem 2022) “O poeta modernista Oswald de Andrade relata, em "Erro de Português", que, sob um dia de chuva, o índio foi vestido pelo português - uma denúncia à aculturação sofrida pelos povos indígenas com a chegada dos europeus ao território brasileiro. Paralelamente, no Brasil atual, há a manutenção de práticas prejudiciais não só aos silvícolas, mas também aos demais povos e comunidades tradicionais, Curso- Pré Enem Profa. Especialista em Redação e Revisão de Textos - Laís Lago como os pescadores. Com efeito, atuam como desafios para a valorização desses grupos a educação deficiente acerca do tema e a ausência do desenvolvimento sustentável. Diante desse cenário, existe a falta da promoção de um ensino eficiente sobre as populações tradicionais. Sob esse viés, as escolas, ao abordarem tais povos por meio de um ponto de vista histórico eurocêntrico, enraízam no imaginário estudantil a imagem de aborígenes cujas vivências são marcadas pela defasagem tecnológica. A exemplo disso, há o senso comum de que os indígenas são selvagens, alheios aos benefícios do mundo moderno, o que, consequentemente, gera um preconceito, manifestado em indagações como “o índio tem ‘smartphone’ e está lutando pela demarcação de terras?” – ideia essa que deslegitima a luta dos silvícolas. Entretanto, de acordo com a Teoria do Indigenato, defendida pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, o direito dos povos tradicionais à terra é inato, sendo anterior, até, à criação do Estado brasileiro. Dessa forma, por não ensinarem tal visão, os colégios fometam a desvalorização das comunidades tradicionais, mediante o desenvolvimento de um pensamento discriminatório nos alunos. Além disso, outro desafio para o reconhecimento desses indivíduos é a carência do progresso sustentável. Nesse contexto, as entidades mercadológicas que atuam nas áreas ocupadas pelas populações tradicionais não necessariamente se preocupam com a sua preservação, comportamento no qual se valoriza o lucro em detrimento da harmonia entre a natureza e as comunidades em questão. À luz disso, há o exemplo do que ocorre aos pescadores, cujos rios são contaminados devido ao garimpo ilegal, extremamente comum na Região Amazônica. Por conseguinte, o povo que sobrevive a partir dessa atividade é prejudicado pelo que a Biologia chama de magnificação trófica, quando metais pesados acumulam-se nos animais de uma cadeia alimentar – provocando a morte de peixes e a infecção de humanos por mercúrio. Assim, as indústrias que usam os recursos naturais de forma irresponsável não promovem o desenvolvimento sustentável e agem de maneira nociva às sociedades tradicionais. Portanto, é essencial que o governo mitigue os desafios supracitados. Para isso, o Ministério da Educação – órgão responsável pelo estabelecimento da grade curricular das escolas – deve educar os alunos a respeito dos empecilhos à preservação dos indígenas, por meio da inserção da matéria “Estudos Indigenistas” no ensino básico, a fim de explicar o contexto dos silvícolas e desconstruir o preconceito. Ademais, o Ministério do Desenvolvimento – pasta instituidora da Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais – precisa fiscalizar as atividades econômicas danosas às sociedades vulneráveis, visando à valorização de tais pessoas, mediante canais de denúncias.” ● Temática:“Desafios para implementar a inclusão digital no Brasil” Temática que já apareceu no Enem: Curso- Pré Enem Profa. Especialista em Redação e Revisão de Textos - Laís Lago ● A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Desafios para implementar a inclusão digital no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos, Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista. 1 2 3 4 5 6 Os textos motivadores A tipologia textual Escrita formal da língua portuguesa A frase temática A proposta de intervenção Projeto de texto 1. O que eu quero dizer sob a temática? a. Por que penso assim? b. Por que acredito nisso? 2. Que contexto posso utilizar para iniciar a redação? 3. Quais as possíveis razões para a problemática apresentada? 4. Quais as causas e consequências dessa problemática? 5. Quais os possíveis argumentos para defender o seu posicionamento? 6. Quais estratégias argumentativas serão utilizadas? 7. Quais possíveis ações para intervir no problema? 8. Quais são os agentes que podem solucionar o problema? 9. O que pode ser feito para que a população lute contra a problemática? 10. Como a sociedade reage à temática? a. A sociedade está acomodada? b. Indiferente? Como? Por quê? Curso- Pré Enem Profa. Especialista em Redação e Revisão de Textos - Laís Lago Introdução: Primeiro parágrafo de desenvolvimento: Segundo parágrafo de desenvolvimento: Conclusão: Curso- Pré Enem Profa. Especialista em Redação e Revisão de Textos - Laís Lago
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