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INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO Olá! Seja bem-vindo(a) à disciplina Introdução à Administração. Esta é uma oportunidade única de adentrar ao universo desta Ciência, responsável por estudar a sistemática das organizações. Esta disciplina tem o objetivo de demonstrar o processo evolutivo das Teorias da Administração, abordando as principais contribuições que serviram de base para a formação da Ciência da Administração. Bons estudos! AULA 1 – BASES HISTÓRICAS DA ADMINISTRAÇÃO Nesta aula, você vai conferir os contextos conceituais da psicologia entenderá como ela alcançou o seu estatuto de cientificidade. Além disso, terá a oportunidade de conhecer as três grandes doutrinas da psicologia, behaviorismo, psicanálise e Gestalt, e as áreas de atuação do psicólogo. Compreender o conceito de psicologia Identificar as diferentes áreas de atuação da psicologia Conhecer as áreas de atuação do psicólogo. Ao término desta aula, você estará preparado para exercitar as seguintes ideias: Bases históricas da administração; Teorias gerais; Reconhecer a importância do surgimento da administração. 1 BASES HISTÓRICAS DA ADMINISTRAÇÃO Nesta aula, observaremos que nos primórdios, quando o capitalismo começou a ganhar força, foram encontradas na produção diversas práticas de gestão que visavam tratar a gestão como uma ciência. Inicialmente, a forma de gestão era baseada no sucesso, ignorando os erros, pois as atividades eram focadas no sistema da planta. Posteriormente, ao longo do tempo, a gestão é adotada dentro da organização com avanços e conquistas. No entanto, até o início do século XX, o ritmo era lento devido ao domínio de pequenas organizações. Após esse período, podemos dizer que a história da administração foi composta por estudiosos juntamente com a Revolução Industrial, enfim, levando em consideração o progresso tecnológico que impulsionou a transição da produção manual para a industrial. A teoria geral da gestão administrativa é brevemente apresentada a seguir. 1.1 Teoria Clássica (1916) O engenheiro francês Henri Fayol (1841-1925) buscava na mesma época a divisão do trabalho organizacional, não na base inferior da organização, como fazia Taylor, mas em seu topo. A empresa deveria ser dividida em seis funções básicas: produção, finanças, contabilidade, vendas, pessoal e segurança. Para Fayol, administrar é prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. Isso envolve, respectivamente, a previsão das atividades futuras, a organização dos recursos da empresa para permitir a implementação dos planos, a coordenação e o comando da mão de obra na direção dessa implementação, e controle pela comparação entre os objetivos planejados e os resultados obtidos. Fayol adotava princípios gerais e universais de Administração e enfatizava que todas as organizações deveriam ser organizadas de uma única e melhor maneira para alcançar eficiência. Fayol apregoava a adoção de princípios gerais de Administração, por meio dos quais os gerentes tomassem suas decisões sobre como alcançar a máxima eficiência possível. Seguidores de Fayol, como Gulick e Urwick, elaboraram seus princípios gerais e universais de Administração para a homogeneização das tarefas, abrindo o caminho da departamentalização na estrutura organizacional. A partir daí a maioria das grandes empresas passou a ser segmentada de maneira funcional, em departamentos de manufatura, vendas, finanças, entre outros. A grande virada aconteceu na General Motors, em 1921, quando o novo presidente, Alfred Sloan Jr., contrariando os princípios clássicos, impôs um programa de descentralização da empresa e de profissionalização de seus executivos. A ideia de Sloan era descentralizar operações e centralizar controles. Em poucos anos, Sloan tornou a GM a maior empresa do mundo (CHIAVENATO, 2021). Na esteira do trabalho de Fayol, o norte-americano James Mooney (1884-1957) criou também seus próprios princípios de Administração: 1. Princípio da coordenação: para destacar a importância de se organizar as tarefas e a função de uma empresa em uma totalidade coordenada. Coordenação é a ordenação sistemática do esforço do grupo para garantir unidade de ação na realização de uma missão comum. 2. Princípio escalar: para identificar a importância das cadeias escalares ou hierárquicas de superiores e subordinados como meio para integrar o trabalho de diferentes funcionários. 3. Princípio funcional: para acentuar a importância de divisões funcionais, como produção, finanças, contabilidade e comercialização. Como o trabalho em cada área funcional difere e, simultaneamente, articulado ao trabalho de outras áreas, o sucesso da empresa requer coordenação e laços hierárquicos entre suas diferentes áreas funcionais. O Quadro 1 mostra as contribuições da Teoria Clássica. A Teoria Clássica da Administração foi o segundo passo para a formação da Teoria Administrativa atual. Ela se caracteriza pelo aspecto prescritivo e normativo, ênfase em princípios e em regras para administrar, e pelo modelo de sistema fechado que a empresa é visualizada apenas internamente, sem nenhuma preocupação com seu contexto externo. Quadro 1 – Contribuições da Teoria Clássica ao CO Fonte: Adaptado de Chiavenato (2021). 1.2 Teoria da Burocracia (1909) Com o mundo em gradativa mudança, as organizações bem-sucedidas passaram a apresentar um crescimento de tal envergadura que os princípios clássicos já não conseguiam acompanhar. A divulgação dos escritos de Max Weber (1863- 1920)17 em língua inglesa, em meados da década de 1940, trouxe como consequência imediata um movimento que culminou com o aparecimento da Teoria da Burocracia como uma resposta teórica ao problema das organizações grandes e complexas. Weber descreveu minuciosamente o modelo burocrático de organização que, na sua época, estava se consolidando fortemente no mundo todo. Weber mostrava as principais características das grandes corporações. Dava-lhes o nome de burocracia: o governo do funcionário (CHIAVENATO, 2021). Weber notou que, a partir de certo tamanho e complexidade, as grandes organizações governamentais e multinacionais passaram a adotar a estrutura burocrática como forma de organização interna, que passou a predominar ao longo de todo o século. O modelo burocrático tem como foco tanto a diferenciação, divisão do trabalho e especialização das tarefas, quanto a integração por meio da hierarquia de autoridade e da utilização de regras e regulamentos escritos necessárias para uma organização funcionar adequadamente. À medida que as organizações crescem, fatalmente passam a adotar o modelo burocrático, na falta de outra alternativa melhor para integrar seus recursos, efetivar suas operações e ordenar seu funcionamento. Embora a burocracia tenha sérias limitações e restrições em consequência de sua rigidez e inflexibilidade, ela ainda constitui, segundo muitos autores, a forma de organizar os grandes negócios. Para Weber, as principais características do modelo burocrático são as seguintes: 1. Divisão do trabalho: a tarefa organizacional é dividida e fragmentada em cargos especializados. 2. Hierarquia: as relações de autoridade e responsabilidade são claramente definidas. Prevalece o princípio da unidade de comando, isto é, cada chefe tem total autoridade sobre seus subordinados. 3. Regras e regulamentos: a organização define critérios e regras para o comportamento das pessoas em suas tarefas. 4. Formalização das comunicações: todas as comunicações devem ser feitas por escrito e devidamente documentadas. 5. Competência técnica: as pessoas são selecionadas e promovidas deacordo com seu mérito profissional, seja por meio dos testes e dos concursos de seleção, seja por meio da avaliação de seu desempenho. 6. Procedimentos técnicos: a organização se baseia em cargos, e não em pessoas. Os cargos são desempenhados por meio de rotinas e procedimentos técnicos previamente estabelecidos. Percebeu-se, posteriormente, que essas seis características podiam ser encontradas em maior ou menor grau nas organizações complexas, determinando diferentes graus de burocratização. Essas características são denominadas dimensões da burocracia. Com essas dimensões, o modelo burocrático procurou impor a ordem, a disciplina e a padronização para lidar com seus membros individuais que trouxeram imprevistos e desvios pelas suas diferenças individuais e conseguir a previsibilidade do comportamento da organização. Essas dimensões se assentam na racionalidade do modelo, o alcance da máxima eficiência possível. a ausência ou escassez das dimensões traz desordem e confusão, desperdício e caos, enquanto o excesso das dimensões conduz à rigidez e ao mecanicismo do comportamento organizacional. Todavia, a burocracia está sujeita a certas anomalias de comportamento que comprometem a eficiência da organização. São as chamadas disfunções da burocracia. A necessidade de controlar as pessoas e o funcionamento da organização pode provocar tanto as consequências previstas por Weber, as dimensões da burocracia, consequências não previstas e as disfunções da burocracia. As disfunções são distorções doentias ou anomalias de comportamento que conduzem à ineficiência tão comum em muitas empresas burocratizadas: os meios transformam- se em fins, os participantes enfatizam cada uma das dimensões e se esquecem dos resultados e, principalmente, do objetivo maior da organização, o cliente que está fora dela. No Quadro 2, são elencadas as contribuições da Teoria da Burocracia ao CO. Quadro 2 – Contribuições da Teoria da Burocracia ao CO Fonte: Adaptado de Chiavenato (2021). 1.3 Teoria Neoclássica (1954) De acordo com Robbins (2005) A teoria neoclássica surgiu paralelamente aos princípios da administração clássica com propostas de resgatar e modernizar a mente de seus autores. No entanto, para satisfazer a cena como centro, destaque sua racionalidade. A administração neoclássica acredita que as ações devem ser planejadas, organizadas, controladas e dirigidas, formando um ciclo PODC. A teoria resgata alguns dos princípios do novo processo metodológico já presentes na gestão. Como principais características podemos citar: Prática Administrativa: A combinação de prática e teoria faz sentido. Hipótese Clássica: Teoria Clássica e Teoria Comportamental. Princípios Gerais de Governança: buscando soluções mais pragmáticas. Perseguir metas e resultados: tornar-se eficiente para a empresa. A Teoria Neoclássica aborda o processo administrativo sob dois aspectos principais: enfoque funcional e enfoque processual. Foco Funcional: Os processos são vistos e estudados individualmente, considerando que cada parte deve ser tratada individualmente. Enfoque processual: os processos são visualizados na totalidade. Podemos citar três principais características dentro do processo administrativo: Continuidade (contínuo); Dinamicidade (pode se alterar/ flexível); Iteratividade (segue o itinerário). A Teoria Neoclássica mostra como a Administração pode se equilibrar, utilizando características das demais teorias e revelando-se, portanto, eclética. Trouxe também a chamada Administração por Objetivos (APO). A ideia era enfatizar não os meios ou métodos, mas os objetivos a serem alcançados pela organização. A APO significou uma revolução dentro das empresas: a ênfase nos fins e nos objetivos, e não mais nos meios e nos métodos de trabalho. 1.4 Teoria das Relações Humanas (1932) A Teoria das Relações Humanas surgiu nos Estados Unidos e constituiu-se num movimento de reação e oposição à Teoria Clássica da Administração. Sua origem está fundamentada, sobretudo, nos seguintes fatos (CHIAVENATO, 2009): Necessidade de humanizar e democratizar a Administração – baseada nos princípios presentes na sociedade americana de então, havia as ideias da democratização dos conceitos administrativos. Havia claro desejo de substituição dos conceitos rígidos e mecanicistas presentes na Teoria Clássica; O desenvolvimento das Ciências Humanas – tal ramo das Ciências buscava demonstrar a inadequação dos princípios da Teoria Clássica. Ou seja, esta teoria foi feita em oposição à Teoria Clássica, que havia colocado a tecnologia e o método de trabalho como as principais preocupações da administração. Dentre essas ciências, destaca-se a forte influência da Psicologia; As ideias da filosofia pragmática de John Dewey e da Psicologia Dinâmica de Kurt Lewin (fundador da Psicologia Social) – tais ideias foram fundamentais para o humanismo na Administração, servindo de base para a construção dos pilares dessa abordagem; As conclusões da experiência de Hawthorne – essa experiência realizada na fábrica de Hawthorne da Western Eletric Company, situada em Chicago, foi decisiva para a criação dos fundamentos dessa abordagem. A pesquisa de Hawthorne começou em 1924 na fábrica da Western Electric, em Hawthorne, próximo de Chicago, Illinois. Foi uma das primeiras tentativas de utilizar técnicas científicas para examinar o comportamento humano no trabalho. A pesquisa foi desenvolvida em três etapas e avaliou os efeitos de várias condições físicas e práticas gerenciais sobre a eficiência no local de trabalho. O Quadro 3 dá uma ideia geral das três etapas da experiência de Hawthorne. Quadro 3 – Resultados da experiência de Hawthorne Experiência Mudanças efetuadas Resultados alcançados Estudo de iluminação Condições de iluminação do local de trabalho. Aumento da produtividade em quase todos os níveis de luminosidade. 1° teste de montagem de relês Simplificação do trabalho, horário de trabalho mais curto, pausas para descanso, supervisão amistosa, pagamento de incentivos salariais. Aumento da produtividade em 30%. 2° teste de montagem de relês Novo pagamento de incentivos, horário de trabalho mais curto, mais pausas para descanso, supervisão mais amistosa. Aumento da produtividade em 12% e novo aumento da produtividade em 15%. Programa de entrevistas Entrevistas com todos os funcionários para conhecer suas expectativas. Descoberta da presença de normas informais de produtividade. Fonte: Adaptado de Chiavenato (2021). Contudo, a Teoria das Relações Humanas, embora mais democrática e participativa, ainda permanecia basicamente prescritiva e normativa, e, até certo ponto, parcialista e tendenciosa: como liderar e motivar as pessoas para alcançar os objetivos organizacionais. 1.5 Teoria Comportamental (1937) A teoria comportamental ou teoria do comportamento gerencial continua a focar nas pessoas, mas passa a contar com métodos científicos e objetivos para estudar o comportamento organizacional. Parece ser uma redefinição abrangente do conceito de gestão, criticando teorias anteriores, modificando métodos, expandindo seu conteúdo e diversificando sua natureza (MAXIMIANO, 2017). De acordo com Chiavenato (2000) para explicar o comportamento organizacional, a teoria do comportamento fundamenta-se no comportamento individual das pessoas, e relaciona-se ao estudo da motivação das pessoas. Por isso, a motivação humana é um dos temas indispensáveis da teoria. Para especialistas comportamentais, os gestores devem usar a motivação humana como ferramenta para melhorar o clima organizacional e manter a empresa funcionando. Entre as teorias de motivação mais importantes que surgiram juntamente com as teorias comportamentais, podemos destacar:Hierarquia da Teoria das Necessidades: A mais famosa teoria da motivação de Maslow afirma que as necessidades humanas são organizadas em uma hierarquia, como uma pirâmide, e quando as necessidades de um nível são atendidas, outro nível se torna dominante. Portanto, é importante entender onde uma pessoa está na hierarquia para identificar corretamente seus motivos. Figura 1 – A Pirâmide de Maslow Fonte: https://bit.ly/3FvZuVA Uma organização como um sistema de tomada de decisão em que todos, de todas as áreas da organização, conscientemente participam, escolhem e tomam decisões individuais sobre escolhas de comportamento mais ou menos racionais. A teoria da decisão nasceu com Herbert Simon e deu origem ao conceito de agentes administrativos que buscam soluções satisfatórias sob as restrições racionais da escassez de informações (MAXIMIANO, 2017). Outro tema frequentemente analisado pelos behavioristas é o conflito entre metas organizacionais e individuais. À medida que as organizações se esforçam para atingir seus objetivos, elas roubam dos indivíduos o cumprimento de seus objetivos pessoais e vice-versa. A interdependência entre as necessidades dos indivíduos e das organizações é enorme porque as vidas e os objetivos de ambos são inseparáveis. É responsabilidade do governo permitir que ambas as partes contribuam juntas para alcançar seus respectivos objetivos (CHIAVENATO, 2000). Essa relação recíproca entre indivíduos e organizações, e sua troca, leva a um dos tópicos favoritos dos behavioristas, o comportamento organizacional. Uma crítica da teoria comportamental. Embora tenha dado uma contribuição inegável ao TGA, dando novos rumos e dimensões e enriquecendo seu conteúdo, a principal crítica à teoria do comportamento é que ela se concentra mais em explicar e caracterizar o comportamento do que em construir modelos e princípios reais de aplicação. Essa é a relativa dificuldade de aplicação dessa teoria. 1.6 Teoria da Contingência (1972) Na teoria da contingência, nada é certo e tudo é relativo. Nessa teoria, as pessoas também olham de dentro da organização. Em geral, acaso refere-se a algo que é incerto ou eventual, podendo ou não acontecer. É a probabilidade de algo acontecer ou não. Um fato incontrolável que não pode ser previsto ou ocorre por acaso. Significa que a verdade ou falsidade de uma proposição só pode ser julgada pela experiência e evidência, não pelo raciocínio. Em geral, acaso refere-se a algo que é incerto ou eventual, podendo ou não acontecer. É a possibilidade de algo acontecer ou não acontecer. Um fato incontrolável que não pode ser previsto ou ocorre por acaso. Significa que a verdade ou falsidade de uma proposição só pode ser julgada pela experiência e evidência, não pelo raciocínio. As organizações complexas levaram a uma nova teoria em que a estrutura de uma organização e suas funções são amplamente determinadas por sua interface com o ambiente externo. Hoje, é impossível encontrar uma única teoria que possa fornecer respostas e servir a todos os tipos de organizações; assim, o surgimento da teoria da contingência sugere que diferentes ambientes requerem diferentes relacionamentos organizacionais para um efeito ótimo (FARIA, 2002). Cada situação requer um modelo adequado. Diferentes tecnologias levam a diferentes designs organizacionais. Mudanças na tecnologia e no ambiente levam a mudanças na estrutura organizacional. A origem da teoria está nos estudos que demonstram que as influências ambientais afetam diretamente a estrutura e o funcionamento organizacional. Chiavenato (2000) afirma que a abordagem contingencial enfatiza que a eficácia organizacional não é alcançada seguindo um modelo organizacional único e exclusivo, ou seja, não existe uma única maneira melhor de se organizar para atingir os objetivos altamente diversos das organizações envolvidas. O ambiente de trabalho também é variado. Pense um momento sobre a afirmação de Warlich (1986): “continua não existindo uma teoria administrativa aplicável a todos os casos e a todas as circunstâncias”. Pela análise da Figura 2, pode-se entender que a teoria da contingência utiliza o conhecimento e as contribuições de várias teorias. No entanto, a abordagem da contingência, mesmo analisando outras escolas de pensamento, como a teoria clássica ou a teoria dos sistemas, aceita suas premissas básicas, mas as adapta em outros termos, pois nada é absoluto ou universalmente aplicável. Tudo é feito de variáveis, sejam elas situacionais, ambientais, ambientais, tecnológicas, econômicas; e no final variam em vários graus de variação. Como em todas as teorias de gestão administrativa, a abordagem contingencial enfoca a organização de dentro para fora, usando o ambiente como um fator importante na estrutura e comportamento organizacional. Por um lado, o ambiente oferece oportunidades e recursos e, por outro lado, representa ameaças à organização. Figura 2 – Teoria da Contingência Fonte: Chiavenato (2000). Para ilustrar essa situação, lembre-se, por exemplo, de como eram as organizações antes e depois da Internet. Um bom exemplo é a educação, a forma como as escolas funcionavam antes e depois do advento da internet. O exemplo da educação a distância é muito importante, e as escolas que se adaptam às necessidades do mercado (ambiente externo) devem se renovar e oferecer novos modelos de ensino inclusive a distância para atender às novas necessidades dos consumidores (CHIAVENATO, 2000). Embora toda organização tenha uma estrutura operacional específica, o ambiente interfere na estrutura organizacional. A teoria da contingência afirma que tudo é relativo e que quando essas rupturas ocorrerem novamente, a organização deve ser capaz e/ou ter um plano para agir. Um dos pressupostos da organização é que não existe uma forma única de organização, pois esta é determinada por condições externas (circunstâncias externas). As emergências podem ser vistas como oportunidades de mudanças ou ameaças que afetam o ambiente interno de uma organização. A teoria da contingência decorre da necessidade de as organizações se adaptarem ao ambiente externo e influenciarem o ambiente interno. Existem quatro tipos de ambientes: Homogêneo: Adesivo, entre outros elementos. Heterogêneo: composto por diferentes elementos. Estável: imutável, firme, seguro. Instável: Sem estabilidade, mudança. A teoria da contingência enfatiza o mais recente estudo abrangente da teoria da administração; sem dúvida, a mais eclética de todas as teorias de gestão administrativa, pois busca conciliar princípios fundamentais da gestão administrativa como: tarefas, estruturas, pessoal, tecnologia e meio ambiente (MAXIMIANO, 2000). Os teóricos da contingência removem grande parte da responsabilidade pela evolução e desenvolvimento corporativo, colocando maior responsabilidade nas características ambientais e tecnologias, dizendo que determinam as características organizacionais. A teoria da contingência tem uma visão diferente, baseada na premissa de que as organizações são sistemas abertos, cujo funcionamento depende de variáveis situacionais. Embora as variáveis provavelmente afetem a estrutura e o funcionamento de uma organização, as variáveis mais importantes são as seguintes: Incerteza ambiental: decorre da capacidade de entender e controlar o comportamento, seja interno ou externo à organização. Este último inclui consumidores e fornecedores. A previsão é uma tarefa muito arriscada devido à incerteza; Tecnologia: As organizações utilizam diferentes tecnologias para fornecer diferentes produtos e serviços, que podem variar dos mais simples aos mais complexos. As novas tecnologias não apenas mudam drasticamente a interação entre humanos e máquinas, mas também revolucionam o funcionamento das organizaçõesnas áreas de relações humanas, comunicação, organização do trabalho, estrutura e design organizacional; e Tamanho organizacional: De acordo com a teoria da contingência, o tamanho organizacional determina a eficiência das estruturas e práticas. Portanto, formas de controle centralizadas e personalizadas são mais adequadas para pequenas organizações, enquanto formas descentralizadas e impessoais de controle são mais adequadas para grandes organizações. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CHIAVENATO, Idalberto. Teoria geral da administração. São Paulo: McGraw-Hill, 2000. CHIAVENATO, Idalberto. Os novos paradigmas: como as mudanças estão mexendo com as empresas. Barueri: Manole, 2009. CHIAVENATO, Idalberto. Comportamento Organizacional - A Dinâmica do Sucesso das Organizações. (4ª edição), 2021. FARIA, José Carlos. Administração: teorias & aplicações. São Paulo: Pioneira Thomson, 2002. MAXIMIANO, Antônio César Amaru. Introdução à Administração. São Paulo: Atlas, 2000. MAXIMIANO, A. C. A. Teoria geral da administração: da revolução urbana à revolução digital. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2017. ROBBINS, Stephen P. Administração: mudanças e perspectivas. São Paulo: Saraiva, 2005.
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