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DEFINIÇÃO Conceitos iniciais sobre planejamento e controle na área de Finanças dentro do meio empresarial. PROPÓSITO Compreender os conceitos básicos do planejamento financeiro de curto e longo prazo de uma empresa, bem como a eficiência e a eficácia do controle interno na tomada de decisão da administração. OBJETIVOS MÓDULO 1 Reconhecer o planejamento financeiro nos horizontes de curto e longo prazo MÓDULO 2 Identificar as funções e as formas de organização da informação na área financeira MÓDULO 3 Aplicar as ferramentas de controle financeiro para a tomada de decisão INTRODUÇÃO Controlar a execução do planejamento é uma função vital em uma empresa, pois ele ajuda a definir o rumo tomado para uma meta preestabelecida que seja alcançada, enquanto o controle, por sua vez, a ajuda a não se desviar dessa rota. Foto: Shutterstock.com Nosso conteúdo apresentará as diferentes funções dentro da área financeira e a atividade de cada uma, pois tal área não pode ser considerada especializada, e sim generalista, já que trabalha com informações de todas as outras áreas. Portanto, nosso estudo revela-se uma jornada por meio do processo financeiro de uma empresa, apresentando as funções, os planejamentos, os controles e as ferramentas necessárias para sua área financeira sempre fornecer informações gerenciais precisas e relevantes a uma tomada de decisão. O planejamento financeiro é tão importante que não se limita a questões econômicas. Como vemos neste vídeo, assuntos ligados ao cotidiano também requerem uma conduta prudente em relação aos gastos e à forma que eles podem ser pensados. MÓDULO 1 Reconhecer o planejamento financeiro nos horizontes de curto e longo prazo PLANEJAMENTO FINANCEIRO: O QUE PLANEJAR? Para entendermos o planejamento financeiro no âmbito empresarial, é importante que antes compreendamos o próprio conceito de planejamento. Segundo Sobral e Peci (2013), ele pode ser definido como a: FUNÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO DOS OBJETIVOS DA ORGANIZAÇÃO E PELA CONCEPÇÃO DE PLANOS QUE INTEGRAM E COORDENAM SUAS ATIVIDADES. (SOBRAL; PECI, 2013) Planejamento, portanto, integra o que deve ser feito à maneira como isso pode ser realizado ou atingido. Afinal, de que adianta planejar se depois não podemos checar o que foi planejado? Essa checagem é chamada de controle. Ainda de acordo com Sobral e Peci (2013), ele pode ser considerado a função da administração responsável pela geração de informações sobre a execução das atividades a fim de garantir o cumprimento das metas planejadas, monitorando-as e corrigindo desvios significativos. EXEMPLO Tracei como meta emagrecer dois quilos até dezembro deste ano (meta: objetivo + prazo). Farei isso por meio de dieta e exercícios físicos, embora meu planejamento também inclua a forma como esse controle será realizado: quantos minutos me exercito e quantas gramas perco por semana. Por fim, após o planejamento, começarei a execução do plano e seu controle (monitoramento e correção caso seja necessário). O planejamento do controle financeiro tem uma lógica semelhante. O planejamento também é muito importante ao organizar a vida financeira, seja de uma pessoa física ou jurídica. AS METAS SÃO OS OBJETIVOS COM PRAZOS QUE SE DESEJA ALCANÇAR, ENQUANTO A TÁTICA É A MANEIRA OU O CAMINHO PARA QUE ELAS SEJAM ALCANÇADAS. Veja o exemplo. SE A META DE UMA EMPRESA É: DOBRAR O VALOR DE SUA RECEITA EM DOIS ANOS, SUAS TÁTICAS PODEM SER: 1. INVESTIR MAIS EM MARKETING 2. CONTRATAR MAIS FUNCIONÁRIOS PARA O DEPARTAMENTO COMERCIAL 3. AUMENTAR A REDE DE DISTRIBUIÇÃO 4. INICIAR UMA NOVA LINHA DE PRODUÇÃO Note que as táticas geram e consomem recursos da entidade. Dessa forma, elas: Imagem: Shutterstock.com Criam receitas (geram recursos) Imagem: Shutterstock.com Criam despesas (consomem recursos) Se o planejamento não for bem feito, as despesas podem superar as receitas, não havendo, dessa forma, lucro – e sim prejuízo. Esta é a importância do planejamento: Alcançar as metas por meio de maneiras eficazes (atingir o alvo) e eficientes (utilizando menos recursos, como tempo, dinheiro, pessoas e materiais). ALGUÉM AINDA PODE SE PERGUNTAR: “O QUE EU TENHO DE PLANEJAR?” A resposta é: tudo (ou o máximo possível) que puder. Quando desejar alcançar uma meta, você só será capaz de verificar se conseguiu fazê-lo de forma eficiente se tiver planejado todos os passos relacionados a ela. Para entendermos isso melhor, imaginaremos a seguinte situação: Você deseja dobrar sua receita, promovendo, como consequência disso, um aumento de 80% no valor do gasto em marketing. Como podemos verificar se esse aumento foi grande ou pequeno? Não há como saber isso sem uma comparação. Se o planejamento incluía um aumento de: 50% Imagem: Shutterstock.com Então o gasto foi maior que o planejado – e o motivo disso deve ser verificado atentamente. 100% Imagem: Shutterstock.com Contudo, se esta era a porcentagem pretendida, o gasto foi menor que o esperado. O planejamento deve ser feito usando números factíveis. Não adianta nada fazê-lo inflando os tetos de despesas só para tornar mais fácil o seu alcance, pois isso, na verdade, atrapalha o processo de planejamento. Entretanto, há itens cujo gasto de recursos no planejamento é maior que os ganhos a serem obtidos. EXEMPLO Em uma grande empresa com receita anual de milhões de reais, o valor dos materiais de escritório é irrelevante. Desse modo, todos os tipos de despesas pequenas sem muita relevância normalmente são agrupados no subgrupo “Outras despesas”. Obviamente, tudo precisa ser planejado. No entanto, a atenção, nesse processo, deve estar concentrada nos itens maiores e mais relevantes. Isso não significa que os menores e menos relevantes não devem ser planejados. Eles, na verdade, são juntados para não haver o desperdício de vários recursos no planejamento de um valor muito pequeno. TIPOS DE PLANEJAMENTO FINANCEIRO Falaremos agora sobre dois tipos de planejamento: o de curto prazo, que normalmente tem o período de um ano, e o de longo prazo, que se estende por vários anos. EXEMPLO O Governo Federal deve respeitar a Lei Orçamentária Anual, que versa sobre um planejamento de curto prazo. Já o Plano Plurianual aborda um de prazo mais longo (quatro anos). As empresas funcionam da mesma forma. Detalharemos a seguir as principais diferenças entre esses dois tipos de planejamento: CURTO PRAZO A principal ferramenta utilizada na área de Finanças para estruturar e materializar tal planejamento é: Imagem: Shutterstock.com Fazer a estimativa de receitas previstas para um período (o anual é rotineiramente utilizado para períodos de curto prazo). Imagem: Shutterstock.com Estabelecer limites para as despesas que pretendemos realizar. Para sabermos se as despesas fixadas são compatíveis com as receitas esperadas, fazemos uma comparação entre ambas em períodos definidos ao longo do ano. ATENÇÃO Apesar de normalmente mensal, o período utilizado também pode ser quinzenal, semanal, bimestral ou trimestral. Isso varia em cada tipo de organização. O orçamento é uma ferramenta de confronto entre essas receitas e despesas. Janeiro Fevereiro Março Receitas R$500.000 R$400.000 R$450.000 A primeira linha se refere sempre à entrada de recursos, ou seja, tudo que possui relação com a receita. (-) Custo das mercadorias vendidas R$120.000 R$110.000 R$115.000 (-) Despesas administrativas R$80.000 R$80.000 R$80.000 Janeiro Fevereiro Março (-) Despesas financeiras R$55.000 R$55.000 R$55.000 (-) Outras despesas R$25.000 R$25.000 R$25.000 (-) Impostos R$66.000 R$39.000 R$52.500 As outras linhas abordam as despesas previstas. (=) Lucro R$154.000 R$91.000 R$122.500 Lucro é a diferença entre receitas e despesas previstas. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal. MAS COMO PODEMOS FAZER ESSE TIPO DE PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA? Comecemos com a linha de receita. Vocêpode pegar a do último ano e usar como base para o próximo. Neste caso, qual é a expectativa: vender mais ou menos? Para responder à pergunta, precisamos analisar o seguinte exemplo: Após fazer uma pesquisa, a empresa XYZ verificou ser capaz de alcançar os seguintes resultados para o próximo ano: CENÁRIO A Aumentar em 15% o preço de venda e diminuir em 10% a quantidade vendida..... .... .... ....... ... CENÁRIO B Diminuir em 8% o preço e aumentar em 20% a quantidade..... .... ......... ....... ....... ... ........ CENÁRIO C Manter o preço, gastando R$50.000 em marketing para aumentar em 30% a quantidade vendida. Se, neste ano, a empresa vendeu 45.000 produtos a R$38 cada, indique abaixo qual é a melhor estratégia a ser adotada no planejamento do próximo? CENÁRIO A CENÁRIO B CENÁRIO C GABARITO Primeiramente, temos de saber a receita total deste ano: 45.000 x R$38 = R$1.710.000 Portanto, para os cenários apresentados, ela fica em: Cenário A: (45.000 x 90%) x (R$38 x 115%) = R$1.769.850; Cenário B: (45.000 x 120%) x (R$38 x 92%) = R$1.887.840; Cenário C: (45.000 x 130%) x R$38= R$2.223.000 - R$50.000 = R$2.173.000. Verificamos que o Cenário C aumenta a receita para R$2.223.000. Mesmo que descontemos os R$50.000 da despesa de marketing, o valor de R$2.173.000 ainda é o maior dos três cenários. Portanto, em suas projeções, o planejamento do ano seguinte deve usar os seguintes valores: receita de R$2.223.000 e despesa de marketing de R$50.000. Então, a reposta correta é o Cenário C. Mas você pode estar se perguntando: essa previsão não aborda as outras despesas? Outros custos não mudam muito no curto prazo. Na tabela do planejamento trimestral de uma empresa que já mostramos, podemos ver que as despesas administrativas (R$80.000) se mantiveram estáveis no período. Desse modo, para fazer um orçamento, deve-se: Estimar a receita e as despesas que aumentam ou diminuem em relação à variação da receita; Colocar as despesas que não devem mudar no período. LONGO PRAZO javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) Este tipo de planejamento leva em consideração os gastos da empresa obtidos em longo prazo. EXEMPLO Uma empresa que fabrica produtos precisa renovar seu maquinário ocasionalmente, porém esse gasto não acontece todo ano, e sim em períodos maiores. Por isso, ele deve ser planejado em longo prazo. Quando uma empresa decide investir em um novo projeto, ela precisa fazer um planejamento do tipo, pois ele não se mostra rentável em curto prazo. Para vermos como isso é possível, será necessário entendermos os três conceitos seguintes: PAYBACK Ele está relacionado ao tempo em que um projeto retorna o valor inicial investido. EXEMPLO Uma empresa pretende gastar R$100.000 em um projeto para desenvolver um produto que lhe vai trazer R$20.000 por ano de retorno. Seu payback , portanto, é de cinco anos (100.000 /20.000 = 5). O payback pode ser entendido como: PAYBACK = INVESTIMENTO INICIAL / RETORNO Se o retorno for medido anualmente, como no caso exemplificado, a unidade de medida do payback será em anos; se estiver em meses, ela também será medida em meses – e assim por diante. O valor do dinheiro no tempo, contudo, não é constante. EXEMPLO Você acha que, para uma empresa, é melhor ganhar R$200 hoje ou ano que vem? Se ela já tiver em mãos esse valor, poderá utilizá-lo na organização para produzir mais resultados ou aplicá-lo de forma que, no futuro, ele valha mais que os R$200 iniciais. Neste vídeo, você entenderá como é feito o cálculo da viabilidade financeira de um projeto. VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL) Mesmo sendo possível termos uma ideia de quanto poderemos ter no futuro, resta a questão: Quanto valeria hoje o recurso (dinheiro) que, afinal, só poderei ter no futuro? Para descobrir isso, existe uma ferramenta chamada VPL. Se soubermos a previsão de fluxo de receitas e gastos ao longo do tempo para determinada situação, conseguiremos estimar o valor atual de um resultado que somente ocorrerá, de fato, daqui a algum tempo. Foto: Shutterstock.com O VPL SERVE PARA MELHORARMOS NOSSOS PROCESSOS DE DECISÃO. Se eu tiver uma boa ideia do valor atual de um recurso que só vai existir no futuro, poderei me planejar melhor para: Quando ele realmente existir; Escolher uma alternativa que aparentemente possa me retornar menos em um futuro mais próximo, mesmo hoje tendo um valor presente maior. O VPL (também conhecido como VAL - Valor Atual Líquido) é o cálculo que apresenta o resultado financeiro atual/presente de um fluxo de caixa descontado a uma determinada taxa de juros apropriada, assim, também se pode definir VPL como a soma algébrica (negativos e positivos) dos valores descontados de um fluxo de caixa. Quando em condições de perpetuidade, valor constante de retorno e aplicação de taxa constante de crescimento, o valor do VPL é calculado da seguinte forma: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Em que: É A TAXA DE DESCONTO. Pode ser entendida como aquela que a empresa receberia investindo o mesmo dinheiro em outro lugar, como títulos públicos e poupança, ou a responsável por fazer com ele perca seu valor no tempo caso não seja aplicado, como ocorre na inflação. É A TAXA DE CRESCIMENTO. Trata-se de qualquer taxa que o gestor acredite ser capaz de aumentar sua receita no tempo. É importante, no entanto, que a taxa de crescimento seja menor do que a de desconto. Analisemos o seguinte exemplo: Uma empresa investiu R$100.000 em um projeto com rendimento de R$20.000 por ano e inflação anual de 5%. Qual será o seu VPL? Retorno = 20.000 i = 0,05 c = 0 Investimento Inicial = 100.000 Então temos: VPL = − Investimento InicialRetorno (i−c) i c V PL = − 100. 00020.000 (0,05 − 0) V PL = 400. 000 − 100. 000 javascript:void(0) javascript:void(0) Atenção! Para visualização completa da fórmula utilize a rolagem horizontal. VAMOS SUPOR AGORA QUE ELA ACREDITA SER CAPAZ DE AUMENTAR O RETORNO ANUALMENTE EM UMA TAXA DE 2%. QUAL SERÁ O SEU VPL? RESPOSTA Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Note que, pelo fato de a empresa ter feito seu retorno subir todo ano, o VPL do empreendimento aumentou bastante. V PL = 300. 000 V PL = − 100. 00020.000 (0,05 − 0,02) V PL = 666. 666, 67 − 100. 000 V PL = R$566. 666, 67 javascript:void(0) TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) TIR é a taxa que deixa o VPL na perpetuidade igual a zero: Atenção! Para visualização completa da fórmula utilize a rolagem horizontal. Reordenando esta fórmula, vemos que a TIR é: Atenção! Para visualização completa da fórmula utilize a rolagem horizontal. Para o exemplo anterior, temos a seguinte taxa: Retorno = 20.000 c = 0,02 Investimento Inicial = 100.000 Então temos: Atenção! Para visualização completa da fórmula utilize a rolagem horizontal. Vamos testar agora a TIR no cálculo do VPL: Retorno = 20.000 i = 0,22 c = 0,02 Investimento Inicial = 100.000 − Investimento Inicial = 0Retorno (TIR − C) TIR = + CRetorno Investimento Inicial TIR = + 0, 0220.000 (100.000) TIR = 0, 2 + 0, 02 TIR = 0, 22 TIR = 22% V PL = − 100. 00020.000 (0,22 − 0,02) V PL = 100. 000 − 100. 000 Atenção! Para visualização completa da fórmula utilize a rolagem horizontal. VOCÊ DEVE ESTAR SE PERGUNTANDO: PARA QUE ME SERVE A TIR? Ela é a taxa de retorno de seu investimento. No exemplo acima, o projeto está rendendo 22% ao ano de retorno para sua empresa. Você poderá usar essa informação em seu planejamento para tomar as seguintes decisões: Foto: Shutterstock.com V PL = 0 Neste vídeo, o professor Antônio Carlos Magalhães fala um pouco mais sobre a importância do planejamento financeiro. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. QUAL DAS SEGUINTES ALTERNATIVAS PERTENCE AO PLANEJAMENTO DE LONGO PRAZO? A) Projeçãodo custo das mercadorias vendidas. B) Projeção da receita operacional. C) Projeção de modernização da fábrica. D) Projeção das despesas financeiras. 2. UMA EMPRESA DESEJA INVESTIR EM UM PROJETO COM CUSTO DE R$180.000 E RECEITAS ANUAIS DE R$15.000. SABENDO QUE A TAXA DE DESCONTO É DE 10% AO ANO, INDIQUE O VPL DESSE PROJETO. A) Negativo em R$150.000. B) Negativo em R$30.000. C) Positivo em R$30.000. D) Positivo em R$150.000. GABARITO 1. Qual das seguintes alternativas pertence ao planejamento de longo prazo? A alternativa "C " está correta. Dependendo da quantidade, o custo das mercadorias vendidas vai variar no curto prazo. Portanto, ele deve ser analisado no planejamento de curto prazo, assim como a projeção da receita operacional. Já a projeção da modernização da fábrica demonstra ser um tipo de gasto não recorrente, ocorrendo apenas em longo prazo. Trata-se de um caso diferente das despesas financeiras, pois elas sempre ocorrem em todos os períodos. 2. Uma empresa deseja investir em um projeto com custo de R$180.000 e receitas anuais de R$15.000. Sabendo que a taxa de desconto é de 10% ao ano, indique o VPL desse projeto. A alternativa "B " está correta. O VPL pode ser calculado como: 15.000 /0,1 - 180.000 = 150.000 - 180.000 = - R$30.000. MÓDULO 2 Identificar as funções e as formas de organização da informação na área financeira ORGANIZAÇÃO FINANCEIRA Todos os gastos da área de Finanças devem estar categorizados corretamente; além disso, cada categoria precisa se referir a um tipo de gasto. Uma empresa deverá organizá-los nessas categorias para eles poderem ser controlados ao longo do tempo. Foto: Shutterstock.com Veremos a seguir de que forma essa organização é estruturada, destacando ainda as principais funções na área financeira. FUNÇÕES NA ÁREA FINANCEIRA Determinadas por cada empresa, as principais funções são: 1 - DIRETORIA FINANCEIRA Funciona nela tanto a parte administrativa do setor financeiro quanto o setor de análise financeira da empresa. A parte financeira é um elo entre todos os setores. Por isso, a diretoria precisa coordenar o recebimento das informações de todos os setores para fazer a análise financeira de forma correta e, consequentemente, auxiliar na gestão da empresa. 2 - TESOURARIA Sua principal função é administrar o caixa da empresa, sendo a responsável por manter a capacidade de pagar as obrigações dela sem atrasos. Além disso, a tesouraria precisa verificar a legitimidade dos pagamentos feitos pela empresa, aferindo se eles se referem a compras realmente efetuadas por ela. 3 - CONTROLADORIA Sua responsabilidade é acompanhar o setor financeiro da empresa e verificar se ela está seguindo o planejamento de curto prazo estipulado no início do ano. A controladoria também ajuda no processo de tomada de decisão dela, auxiliando em seu planejamento e acompanhamento. 4 - CONTABILIDADE Prepara informações contábeis que serão utilizadas por todo o setor financeiro. A contabilidade também é responsável por fazer todos os lançamentos contábeis e elaborar as demonstrações financeiras da empresa. 5 - GESTÃO DE TRIBUTOS Os tributos devem ser pagos; afinal, sua evasão configura um crime fiscal. No entanto, uma empresa poderá utilizar estratégias totalmente legais (chamadas de elisão fiscal) para minimizar o valor daqueles que precisar pagar. Além de trabalhar a fim de otimizar o pagamento dos tributos, a gestão de tributos também a ajuda a recolher os tributos dentro dos prazos, evitando, assim, multas e penalidades. INFORMAÇÕES FINANCEIRAS São organizadas de diferentes formas. Analisaremos os tipos de informação financeira a seguir: ORGANIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL- FINANCEIRA As informações de uma empresa são organizadas seguindo diretrizes do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). O CPC foi criado pelo Conselho Federal de Contabilidade, que possui membros de diversas áreas. EXEMPLO Membros da Comissão de Valores Imobiliários. As demonstrações financeiras ou contábeis são os relatórios preparados com o objetivo de disponibilizar informações sobre a situação patrimonial, econômica e financeira de uma organização para os usuários internos e externos. Dentre outros, são dois os considerados mais importantes: 1. BALANÇO PATRIMONIAL Ele mostra o: ATIVO Quanto a empresa detém de bens e direitos. PASSIVO O que ela possui de obrigações a pagar. PATRIMÔNIO LÍQUIDO Diferença entre o que ela tem e o que deve. Vejamos um exemplo: Balanço Ativo Passivo Ativo circulante 90.000 Passivo circulante 530.000 Caixa 10.000 Salários a pagar 30.000 Banco 50.000 Provisões de férias 150.000 Aplicações financeiras 30.000 Fornecedores 320.000 Empréstimos 30.000 Passivo não circulante 80.000 Empréstimos 20.000 Ativo não circulante 640.000 Obrigações tributárias 50.000 Investimentos 100.000 Debêntures 10.000 Imobilizado 500.000 Intangívél 40.000 Patrimônio líquido 120.000 Capital social 100.000 Reserva de capital 15.000 Ações em tesouraria 5.000 Total Ativo 730.000 Total Passivo 730.000 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal 2. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO A DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE) É A APRESENTAÇÃO, DE FORMA RESUMIDA, DAS OPERAÇÕES REALIZADAS PELA EMPRESA DURANTE O EXERCÍCIO SOCIAL, [SENDO] DEMONSTRADAS DE FORMA A DESTACAR O RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO, INCLUINDO O QUE SE DENOMINA DE RECEITAS E DESPESAS REALIZADAS. (GELBCKE; SANTOS; IUDÍCIBUS; MARTINS, 2010) Dessa forma, a DRE aponta, de forma simples e prática, todas as receitas e gastos da empresa, demonstrando, no final do processo, se ela obteve lucro ou prejuízo. Estrutura modelo de uma DRE 01 Receita operacional bruta Vendas de produtos Vendas de mercadorias Prestação de serviços 02 (-) Deduções da receita bruta Devoluções de vendas Abatimentos Impostos e contribuições incidentes sobre vendas javascript:void(0) 03 (=) Receitas operacionais líquidas 04 (-) Custos das vendas Custo dos produtos vendidos Custo das mercadorias Custo dos serviços prestados 05 (=) Resultado operacional bruto 06 (-) Despesas operacionais Despesas com vendas Despesas administrativas 06 (-) Despesas financeiras líquidas Despesas financeiras (-) Receitas financeiras Variações monetárias e cambiais passivas (-) Variações monetárias e cambiais ativas 06 (-) Outras receitas e despesas Resultado da equivalência patrimonial Venda de bens e direitos do ativo não circulante (-) Custo da venda de bens e direitos do ativo não circulante 07 (=) Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (LAJIDA) ou earnings before interest, taxes, depreciation and amortization (EBITDA) 08 (-) Provisão para imposto de renda (IR) e contribuição social sobre o lucro (CSLL) 09 (=) Lucro líquido antes das participações 10 (-) Debêntures, empregados, participações de administradores, partes beneficiárias, fundos de assistência e previdência para empregados 11 (=) Resultado líquido do exercício LUCRO OU PREJUÍZO Lucro: Receitas maiores que despesas. Prejuízo: Despesas maiores que receitas. Apresentaremos a seguir a ordem de montagem (dividida em 11 etapas) de uma DRE: 01. Inicialmente, a empresa registra na conta receita operacional bruta todas as receitas geradas pela sua atividade-fim. Exemplo: uma padaria registraria nela todo o dinheiro recebido pela venda de pães. 02. Abaixo da receita operacional bruta, a empresa registra as (-) deduções da receita bruta, que são os impostos obrigatórios a serem pagos na produção de determinado produto. 03. Quando retira a receita operacional bruta das deduções da receita bruta, ela obtém a (=) Receita operacional líquida. 04. Da receita operacional líquida, também é necessário diminuir o (-) custo de mercadoria vendida (CMV). O CMV abarca todos os gastos necessários para a produção de um produto. Exemplo: Farinha, água, luz e tudo mais que for necessário para produzir umpão são considerados um CVM. 05. A diferença entre a receita operacional líquida e o CMV é o (=) resultado operacional bruto. 06. Desse resultado, é necessário abater todas as despesas da empresa por meio das seguintes contas: (-) Despesas operacionais; (-) Despesas não operacionais; (-) Despesas financeiras líquidas; (-) Outras despesas. Em seguida, devem ser somadas ao restante as (+) receitas não operacionais e as (+) outras receitas. 07. O resultado advindo da diferença entre o resultado operacional bruto e as despesas é chamado de lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (LAJIDA). No entanto, sua expressão em inglês também é muito usada no mercado de trabalho, devendo, por isso, ser lembrada. Trata-se de earnings before interest, taxes, depreciation and amortization (EBITDA). 08. De LAJIDA ou EBITDA, é necessário abater o (-) imposto de renda (IR) e a (-) contribuição social sobre lucro líquido (CSLL). 09. A diferença entre LAJIDA e impostos é conhecida como (=) lucro líquido antes das participações. 10. Após a obtenção do lucro líquido antes das participações, devem ser deduzidas todas as participações nos lucros ,(debêntures, empregados, participações de administradores, partes beneficiárias, fundos de assistência e previdência para empregados). 11. Ao final, é obtido o (=) resultado líquido do exercício. 2. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO ORGANIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO GERENCIAL Diferentemente da organização da informação contábil-financeira (regulada pelo CPC e voltada para os usuários externos), a de informações financeiras gerenciais não precisa seguir obrigatoriamente nenhuma regulamentação, pois seu propósito é estritamente interno. Enquanto a informação contábil-financeira tem um viés histórico (contabilizando transações já ocorridas), a gerencial pode utilizar previsões sobre o futuro em seu planejamento interno. ORGANIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO TRIBUTÁRIA Altamente regulada, a geração de informações tributárias tem como finalidade o cálculo de tributos para que uma empresa faça o recolhimento e o pagamento dos valores corretos dentro do prazo estipulado pelo órgão público. Foto: Shutterstock.com Essas informações são geradas por diferentes funções dentro da área financeira. Normalmente, as contábeis-financeiras são fornecidas pelo departamento contábil, enquanto as tributárias são da alçada do departamento de gestão de tributos. A informação gerencial, por sua vez, é responsabilidade da diretoria financeira, que também é habitualmente assistida pelo departamento contábil. Neste vídeo, o professor Antônio Carlos Magalhães disserta sobre as principais áreas existentes em uma organização financeira. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. QUAL DOS SEGUINTES TIPOS DE ORGANIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO FINANCEIRA É REGULADO PELO CPC? A) Administrativa. B) Gerencial. C) Tributária. D) Contábil-financeira. 2. QUAL DAS SEGUINTES FUNÇÕES CIRCUNSCRITAS À ÁREA FINANCEIRA É RESPONSÁVEL PELO CAIXA DE UMA EMPRESA? A) Tesouraria. B) Diretoria financeira. C) Gestão de tributos. D) Contabilidade. GABARITO 1. Qual dos seguintes tipos de organização da informação financeira é regulado pelo CPC? A alternativa "D " está correta. Não existe organização administrativa da informação financeira. A informação gerencial não é regulada por nenhum órgão, enquanto a tributária o é pelo Código Tributário. 2. Qual das seguintes funções circunscritas à área financeira é responsável pelo caixa de uma empresa? A alternativa "A " está correta. A diretoria financeira é a parte administrativa do setor financeiro, bem como a de análise financeira da empresa. A gestão de tributos se preocupa exclusivamente com a parte tributária, enquanto a contabilidade é responsável pelos lançamentos contábeis e pelas demonstrações financeiras da empresa. MÓDULO 3 Aplicar as ferramentas de controle financeiro para a tomada de decisão CONTROLE FINANCEIRO Seu objetivo é verificar se uma empresa segue um planejamento – normalmente, o de curto prazo – anteriormente determinado. Foto: Shutterstock.com EXEMPLO Se a empresa estimou que receberia receitas muito acima do que se verifica na realidade, é papel do controle financeiro fazer ajustes nas estimações das despesas a fim de que ela não saia dos trilhos e acabe gerando prejuízo. Por outro lado, se uma organização obtém receitas maiores que o previsto, é papel da controladoria, levando em conta a nova projeção, realizar reestimativas da receita para os meses seguintes. Embora tenhamos falado de receitas, também é papel do controle financeiro verificar a curva das despesas, determinando se elas estão dentro do que foi orçado e planejado. CASO UM SETOR DA EMPRESA ESTEJA TENDO GASTOS MAIORES QUE O ESPERADO, DEVE-SE VERIFICAR ENTÃO SE ESTÁ HAVENDO DESPERDÍCIO DE RECURSOS E SE ELES PODEM SER GERIDOS DE FORMA MAIS EFICIENTE E EFICAZ. javascript:void(0) EFICIENTE E EFICAZ Embora sejam termos parecidos, eles possuem definições diferentes: Eficiência: Utilização de recursos sem desperdício, usando o mínimo possível; Eficácia: Alcance do objetivo desejado. Pode-se, portanto, tanto ser eficaz sem mostrar-se eficiente quanto ser eficiente sem revelar-se eficaz. É função do controlador buscar a convergência de ambos ao executar o orçamento das despesas da empresa. FERRAMENTAS DE CONTROLE FINANCEIRO Existem diferentes ferramentas para o efetivo controle financeiro de uma empresa. Listaremos a seguir as mais usadas: CARTAS DE CONTROLE Representadas graficamente, as cartas de controle apresentam dados ao longo de um período (série temporal) e possuem limites de controle (um limite superior e outro inferior). Ao longo do tempo, são feitas medições. Caso o valor esteja flutuando dentro desses limites, consideramos que tudo está dentro da normalidade. Alguma ação só será necessária se ele estiver abaixo do limite mínimo ou acima do máximo. Imagem: Dr. Rodrigo de Oliveira Leite Gráfico: Carta de controle dos gastos da equipe de marketing durante o ano de 2019. Conforme podemos observar no gráfico, a equipe de marketing teve uma série de gastos ao longo do ano de 2019. Como o limite superior é de R$300.000,00 e o inferior, de R$100.000,00, eles estiveram fora do seu limite nos seguintes meses: abril, julho e setembro. FOLHA DE VERIFICAÇÃO Deve existir uma forma sistematizada para coletar os dados a serem utilizados em nossos controles financeiros. Embora haja, na maioria das situações, elementos automatizados para a coleta deles por meio eletrônico, ainda é possível deparar-se com outras em que ela é feita manualmente. Para casos do tipo, são necessárias folhas de verificação. Trata-se de um modelo de formulário para coletar os dados. SUAS FOLHAS SÃO USADAS PARA FAZER O INPUT DE DADOS COLETADOS (FINANCEIROS OU NÃO) PELA CONTROLADORIA. UTILIZAR UM FORMULÁRIO PADRONIZADO AJUDA TANTO NA COLETA DOS DADOS QUANTO NA FUTURA ANÁLISE DELES. Observaremos a seguir um exemplo de folha de verificação. Quantidade de peças para a montagem de uma bicicleta com e sem defeito por dia da semana: Este exemplo de folha pertence a uma loja que monta e vende bicicletas. A partir desse controle, é possível verificar quantas peças recebidas vieram com defeito. Baseado nos números, o gestor consegue tomar decisões estratégicas que envolvam, por exemplo, a decisão de manter o contrato com determinado fornecedor HISTOGRAMAS O histograma é um gráfico de frequência que mostra quão comum é o aparecimento de certo tipo de valor para o dado. Desse modo, valores muito pequenos ou altos podem ser visualizados facilmente e javascript:void(0) verificados pelo departamento de controle. Imagem: Shutterstock.com FREQUÊNCIA A frequência contabiliza quantas ocorrências foram registradas em determinada situação na qual os dados são coletados. GRÁFICO DE DISPERSÃO Também conhecido como scatterplot , este tipo de gráfico permite a análise de uma associação entre duas variáveis. Com ele, é possívelverificar a existência de uma relação positiva (gráfico inclinado para cima) ou negativa (para baixo) entre ambas. Imagem: Shutterstock.com EXEMPLO Valor de compra e número de unidades solicitadas do produto. Além disso, o gráfico de dispersão também permite a análise de valores destoantes do resto para uma possível verificação. DIAGRAMA DE PARETO A Lei de Pareto atesta que 80% dos efeitos provêm 20% das causas. Assim, tal diagrama relaciona causas e efeitos de forma gráfica a fim de identificar possíveis pontos de melhoria e alcançar tanto a eficácia quanto a eficiência. TOMADA DE DECISÃO O objetivo de um controle financeiro eficiente é auxiliar na tomada de decisão da empresa sobre assuntos financeiros e operacionais. PARA QUE UMA EMPRESA POSSA TOMAR BOAS DECISÕES, É NECESSÁRIO QUE ESSE CONTROLE TRABALHE COM OS PLANEJAMENTOS DE CURTO E DE LONGO PRAZO. Ele, portanto, precisa acompanhá-los, assegurando que o processo de tomada de decisão da administração será o melhor possível. Foto: Shutterstock.com PLANEJAMENTO DE CURTO PRAZO (OU ORÇAMENTO) O controle coleta informações para verificar se cada setor e tipo de projeto da empresa está seguindo o que foi orçado e planejado. Caso o planejamento não esteja sendo cumprido, ele buscará os motivos para isso. Destacaremos a seguir os dois mais comuns: IMPACTOS NA ECONOMIA COMO UM TODO Choques macroeconômicos, recessão, variação cambial, inflação e outros eventos fora do controle da empresa afetam suas receitas e despesas. Neste caso, o controle fornece à administração informações para que seu planejamento possa ser refeito, levando em consideração o novo cenário econômico. INEFICIÊNCIA DE ALGUM SETOR DENTRO DA EMPRESA O controle pode fornecer à administração dela informações sobre quais setores estão sendo ineficientes, explicando como a eficiência deles pode ser aumentada. PLANEJAMENTO DE LONGO PRAZO O controle pode: 1. FORNECER INFORMAÇÕES Elas podem versar sobre: Renovação do maquinário da empresa; Manutenção de um imóvel; Gastos que não sejam recorrentes, ou seja, acontecem todos os anos. 2. VERIFICAR ESTIMATIVAS O controle irá avaliar se a taxa de retorno estimada de um projeto corresponde à sua realidade. Exemplo Estimada em 20%, a TIR de um projeto, em seu desenvolvimento, revela-se muito menor: 2%. Neste caso, não é mais vantajoso para a empresa continuar com ela. Será preferível abortá-lo. 3. ACOMPANHAR O PAYBACK DE UM PROJETO Isso é necessário para aferir se ele: Gera o retorno de acordo com o tempo planejado; Requer investimentos adicionais. Neste vídeo, o professor Antônio Carlos Magalhães explica a relevância do controle financeiro. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. QUAL DAS OPÇÕES A SEGUIR NÃO É UM TIPO DE FERRAMENTA DE CONTROLE FINANCEIRO INTERNO DE UMA EMPRESA? A) Histograma. B) Diagrama de dispersão. C) Folha de análise. D) Folha de verificação. 2. ESCOLHA A OPÇÃO QUE NÃO INDICA UM TIPO DE CHOQUE MACROECONÔMICO A SER LEVADO EM CONSIDERAÇÃO NA TOMADA DE DECISÃO DE UMA EMPRESA. A) Inflação. B) Câmbio. C) Variação do PIB. D) Ineficiência de um setor interno. GABARITO 1. Qual das opções a seguir não é um tipo de ferramenta de controle financeiro interno de uma empresa? A alternativa "C " está correta. O histograma mostra a frequência de certos valores, enquanto o diagrama de dispersão (também conhecido como scatterplot ) ajuda na análise de possíveis valores discrepantes. A folha de verificação, por sua vez, é um formulário padrão para a realização do input de dados. 2. Escolha a opção que não indica um tipo de choque macroeconômico a ser levado em consideração na tomada de decisão de uma empresa. A alternativa "D " está correta. Tanto a inflação quanto o câmbio, além da variação do PIB, são mudanças sobre as quais uma empresa não tem controle, constituindo, assim, os chamados fatores “macroeconômicos”. Caso haja a ineficiência de um setor interno, a empresa possui o controle para melhorar isso. CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS O planejamento deve vir antes da execução. Não devemos misturar essas duas etapas. No planejamento, devemos saber aonde queremos chegar e qual caminho foi escolhido para isso. Ademais, o controle deve ser detalhado. Sem isso, não saberemos se nossos planos foram ou não bem- sucedidos. O controle nos permite identificar oportunidades de melhoria, bem como saber o que está dando certo, o que foi e está sendo executado, favorecendo, assim, a transparência e a justiça. Planejamento e controle são como gêmeos siameses, vivem juntos, andam lado a lado. Quem entre vocês, querendo edificar uma torre, não se dedicaria a fazer primeiro as contas dos gastos? Do contrário, poderão se tornar alvo de escárnio. Bons médicos pedem exames detalhados para tomar suas decisões. Os gestores profissionais fazem o mesmo: buscam tomar decisões racionais a partir de alternativas e critérios, mas geralmente baseados em informações provenientes do controle. Planejamento e controle bem gerenciados são o diferencial de um gestor competente. Depois de compreender a diferença e a importância dos planejamentos de curto e de longo prazo, você estará capacitado a entender a organização da área financeira, bem como a tomar decisões racionais a partir do controle financeiro. Em finanças, sabemos que não adianta ganhar muito dinheiro se não soubermos gerenciá-lo bem. REFERÊNCIAS FREZZATI, F. Orçamento empresarial: planejamento e controle gerencial. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2014. GELBCKE, E. R.; SANTOS, A. dos; IUDÍCIBUS, S. de; MARTINS, E. Manual de contabilidade societária: aplicável a todas as sociedades de acordo com as normas internacionais e do CPC. São Paulo: Grupo Editorial Nacional, 2010. PEREZ JUNIOR, J. H.; OLIVEIRA, L. M. de; SILVA, C. A. dos S. Controladoria estratégica: textos e casos práticos com solução. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2014. SOBRAL, F.; PECI, A. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro. 2. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2013. EXPLORE+ EWALD, L. C. Sobrou Dinheiro! Como administrar as contas da casa. Bertrand Brasil: Rio de Janeiro, 2003. Pesquise os sites Me Poupe, InfoMoney e Dinheirama, para obter mais informações sobre os assuntos abordados. Assista aos vídeos do canal Finanças 101, que traduz os conceitos de finanças para profissionais que não são da área. AVALIAÇÃO DO TEMA: CONTEUDISTA Dr. Rodrigo de Oliveira Leite CURRÍCULO LATTES javascript:void(0);
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