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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
BOVINOCULTURA DE CORTE E 
LEITE 
AULA 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof.ª Amanda Louise Bruzamolin Oliveira 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
A bovinocultura é uma atividade econômica de grande importância no 
mundo inteiro, e no Brasil não é diferente. A produção de carne e leite é um 
segmento que contribui significativamente para a economia nacional e mundial, 
além de ser fundamental para a segurança alimentar das populações. 
Ao longo de nossos estudos, vamos trabalhar todas as faces da 
bovinocultura, desde sua função socioeconômica até questões de manejo, 
fisiologia reprodutiva, melhoramento genético, bem-estar, característica 
zootécnicas, formas de criação, entre outros. 
Nesta etapa, discutiremos a bovinocultura em suas diversas perspectivas, 
sua importância socioeconômica, vantagens e desafios enfrentados pelo setor 
no Brasil, apresentação das principais raças de gado de corte e de leite, incluindo 
suas características morfológicas e produtivas. 
TEMA 1 – BOVINOCULTURA 
A bovinocultura é a criação de bovinos, e quando pensamos nesse tipo 
de criação, as duas primeiras coisas que vêm a nossa mente são a produção de 
carne e de leite. No entanto, além desses dois produtos e de seus derivados, 
por exemplo, iogurte, manteiga e queijo (derivados do leite), temos também 
outros produtos muito importantes que são obtidos desse animal (Figura 1): 
• Couro – obtido da pele dos bovinos, utilizado para fabricar diversos tipos 
de produtos, como sapatos, cintos, bolsas, estofados, entre outros; 
• lã – obtida do pelo dos bovinos, utilizada para fabricar diversos tipos de 
tecidos, como casacos, edredons, meias, entre outros; 
• Fígado – utilizado na produção de medicamentos e suplementos 
alimentares; 
• osso – utilizado para fabricar farinha de osso, que é usada na alimentação 
animal e na produção de fertilizantes; 
• gordura – usada para produzir sabão, velas, óleos lubrificantes e outros 
produtos. 
 
 
3 
Figura 1 – Produtos originários da bovinocultura 
 
Crédito: Daniela Barreto/Shutterstock. 
Como podemos observar, a bovinocultura nos fornece inúmeras 
possibilidades e, para compreendê-la, precisamos nos aprofundar no 
protagonista dessa criação, os bovinos. 
 Os bovinos são mamíferos ruminantes de grande porte que pertencem à 
família dos Bovídeos. De acordo com Chaves et al. (2017, p. 295): 
A família Bovidae (bovídeos), é constituída pelos mamíferos 
ruminantes, a qual pertencem: animais domésticos como as ovelhas, 
as cabras e os bois; e selvagens como os antílopes e bisontes. Na 
subfamília Bovinae estão os bois, os búfalos e os antílopes de chifres 
espirais. Na tribo Bovineo gênero Bos divide as espécies bovinas mais 
exploradas pelo ser humano, em: Bostaurus, denominados bovinos 
taurinos, e Bosindicus, denominados bovinos zebuínos. 
Existem diversas raças de bovinos, que podem ser diferenciadas entre 
raças mais adequadas à produção de carne, bem como raças mais adequadas 
à produção de leite. A seguir, apresentamos uma lista de algumas das principais 
raças de bovinos. 
• Holandês: é uma das raças leiteiras mais populares no mundo, conhecida 
por sua alta produção de leite. 
• Jersey: é uma das raças leiteiras mais antigas, conhecida por sua 
produção de leite rico em gordura e proteína. 
• Guzerá: também é uma das raças leiteiras mais antigas do mundo, 
famosa por sua alta produção de leite e adaptabilidade a diferentes 
condições climáticas. 
• Girolando: raça híbrida, resultado da mistura de raças leiteiras e de corte, 
conhecida por alta produção de leite e carne de boa qualidade. 
• Nelore: raça brasileira, é uma das raças de corte mais populares do 
mundo, famosa pela rusticidade, resistência e adaptabilidade a diferentes 
condições climáticas (Figura 2). 
https://www.shutterstock.com/g/Daniela+Barreto
 
 
4 
Figura 2 – Rebanho de gado Nelore 
 
Crédito: Alf Ribeiro/Shutterstock. 
• Angus: também é uma das raças de corte mais populares no mundo, 
conhecida por sua carne de boa qualidade e marmoreio. 
• Charolês: raça de corte, conhecida por sua carne de boa qualidade, 
marmoreio e tamanho dos animais. 
• Hereford: raça de corte conhecida por sua rusticidade, adaptabilidade e 
carne de boa qualidade. 
Além dessas, existem diversas outras raças espalhadas pelo mundo, 
cada uma com suas próprias características e utilidades principais. 
A exploração de bovinos acompanha a humanidade desde a remota 
Antiguidade, principalmente para a obtenção de alimentos para o ser 
humano, como o leite e a carne. Como passar dos anos, juntamente 
com o aumento da população mundial, houve um grande aumento, 
principalmente na demanda por carne, sendo necessário a 
intensificação da produtividade dos animais. (Chaves et al., 2017, p. 
294) 
A bovinocultura se divide em: bovinocultura de corte, que é a criação de 
animais para abate e produção de carne e derivados (couro, ossos, gordura); e 
bovinocultura de leite, que é a criação de animais para produção de leite. 
De acordo com Chaves et al. (2017), foi em meados do século XVIII, com 
a Revolução Industrial, que as raças bovinas começaram a ser selecionadas 
 
 
5 
pelos seres humanos de maneira empírica, na intenção de subdividir os animais 
para especificar suas finalidades, com vistas a gerar animais com maior 
eficiência de produção. 
A escolha da raça e da finalidade da criação dependerá do objetivo do 
criador, seja para produção de carne, leite ou ambos. Além disso, é importante 
considerar a adaptação dos animais ao clima e ao solo do local em que a criação 
será realizada. 
A bovinocultura é uma das principais atividades agropecuárias do mundo, 
sendo responsável tanto pela produção de carne quanto pela produção de leite 
em escala global. Além de ser fonte importante de proteína e de outros nutrientes 
para a dieta humana, é também responsável pela geração e manutenção de 
empregos e renda em diversas comunidades rurais. 
Como atividade econômica, a bovinocultura é de grande importância para 
muitos países, principalmente para aqueles, como o Brasil, que têm grandes 
extensões de pastagens. Essa atividade pode ser desenvolvida de diversas 
formas, desde a criação de animais em pequenas propriedades familiares até 
grandes fazendas comerciais. 
A bovinocultura gera empregos em diferentes etapas da cadeia produtiva: 
da produção até o abate, beneficiamento e comercialização dos produtos (Figura 
3). Ela é uma importante fonte de renda para as comunidades rurais, 
especialmente em países em desenvolvimento, nos quais a agricultura pode ser 
limitada pela falta de recursos e infraestrutura. 
 
 
6 
Figura 3 – Bovinocultura responsável pela geração de empregos 
 
Crédito: BearFotos/Shutterstock. 
Além de ser fonte de alimento e renda, a bovinocultura contribui com a 
conservação dos recursos naturais, como pastagens e florestas, e é também 
importante para a economia local, por conta da criação de empregos e da 
geração de renda para as comunidades rurais. 
TEMA 2 – IMPORTÂNCIA SOCIOECONÔMICA DA BOVINOCULTURA NO 
BRASIL E NO MUNDO 
A bovinocultura é uma atividade econômica de grande importância tanto 
no Brasil quanto no mundo. Ela é responsável por fornecer carne e leite de boa 
qualidade, além de ser importante fonte de renda para muitas famílias rurais. No 
Brasil, a bovinocultura é uma das principais atividades agropecuárias, 
contribuindo significativamente para a economia do país e para a segurança 
alimentar da população. No mundo, a bovinocultura também é importante, sendo 
uma das principais fontes de proteína e outros nutrientes na dieta humana, além 
de ser responsável por empregos e renda em muitas comunidades rurais. A 
importância socioeconômica da bovinocultura está relacionada à sua capacidade 
de gerar empregos, renda e alimentos de qualidade para a população. 
https://www.shutterstock.com/g/jackf
 
 
7 
A bovinocultura brasileira nos posiciona entreos mais importantes 
produtores de bovinos mundiais, resultado de muitos anos de investimentos em 
tecnologia e pesquisas que ano a ano vêm gerando tanto crescimento 
quantitativo quanto qualitativo do rebanho nacional. 
Para compreender a complexidade e dimensão da bovinocultura no Brasil, 
vamos começar analisando alguns dados relacionados ao agronegócio da 
pecuária de corte. 
Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne 
(Abiec, 2022), o rebanho bovino brasileiro apresenta uma tendência de 
crescimento ano a ano. Em 2001, o rebanho brasileiro era de 167,534 milhões 
de cabeças; em 2011, era de 181,507 milhões de cabeças e, já em 2021: 
[…] o rebanho brasileiro ficou estimado em 196,47 milhões de cabeças, 
com um abate de 39,14 milhões de cabeças. O volume de carne 
produzida foi de 9,71 milhões de toneladas carcaça equivalente (TEC). 
Desse total, 25,51% ou 2,48 milhões TEC foram exportadas, enquanto 
7,24 milhões TEC, o equivalente a 74,49%, ficaram no mercado interno 
(Abiec, 2022, p. 19) 
Dos 2,48 milhões de toneladas carcaça equivalente (TEC) que foram 
exportados, 81,7% foram in natura para 124 países, 11,2% foram exportado 
industrializado para 115 países, e os outros 6,5% foram exportados em 
miúdos/outros para 106 países. Com relação ao consumo de mercado interno, o 
consumo brasileiro de carne per capita em 2021 foi de 34,3 kg/ano (Abiec, 2022). 
Com relação à participação do rebanho por estado no total do Brasil o 
estado com maior participação no rebanho é o Mato Grosso, que representa 
14,15%, seguido de Minas Gerais, com 11,33%, e Mato Grosso do Sul, com 
11,21% (Abiec, 2022). 
Sobre o movimento financeiro relativo ao agronegócio da pecuária de 
corte, o relatório da Abiec (2022) aponta que: 
O movimento do agronegócio da pecuária de corte em 2021 foi de 
R$ 913,14 bilhões. Esse volume inclui todos os negócios e 
movimentações relacionados à cadeia, incluindo desde valores dos 
insumos utilizados na pecuária, passando por investimentos em 
genética, sanidade animal, nutrição, exportações e vendas no mercado 
interno (Abiec, 2022, p. 1) 
Dos R$ 913,14 bilhões que movimentaram o agronegócio da pecuária de 
corte em 2021, R$ 127,08 bilhões foram apenas em insumos e serviços para 
produção pecuária, que inclui desde nutrição, sanidade animal, protocolos 
reprodutivos até os combustíveis, lubrificantes e energia elétrica, entre diversos 
 
 
8 
outros setores. Ainda sobre os R$ 913,14 bilhões, destes, R$ 243,18 bilhões foi 
o faturamento total na pecuária; R$ 57,51 bilhões foram em insumos e serviços 
da indústria (por exemplo, embalagens, energia elétrica, fretes, funcionários); R$ 
220,12 bilhões foi o faturamento dos frigoríficos; R$ 21,7 bilhões em insumos e 
serviços do varejo; e R$ 241,73 bilhões em receitas do varejo total. 
Analisando esse cenário, é possível compreender o enorme movimento 
financeiro gerado pelo agronegócio da pecuária de corte em nosso país. Com 
isso, podemos compreender também quantos empregos são gerados e mantidos 
apenas na cadeia produtiva da carne bovina. Para compreender melhor, vamos 
analisar a Figura 4 a seguir, que apresenta em detalhes as principais etapas 
dessa cadeia produtiva na propriedade rural e na agroindústria até chegar ao 
consumidor. 
Figura 4 – Principais etapas da cadeia produtiva da carne bovina 
 
Fonte: Embrapa, 2023. 
Com relação à participação da cadeia produtiva da carne bovina no 
Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, a Embrapa gado de corte destaca que “em 
2020 o PIB do Brasil foi de R$ 7,4 trilhões, uma queda de 4,1% em relação ao 
ano anterior. Apesar dessa queda, o PIB da Pecuária no mesmo período 
aumentou sua representatividade no PIB total, passando de 8,4% para 10%, 
evidenciando a força do setor na economia brasileira” (Malafaia et al., 2021, p. 7). 
 
 
9 
Sabemos que o agronegócio compõe importante parcela do PIB brasileiro, 
e que a pecuária bovina representa em torno de 33% do PIB gerado pelo 
agronegócio (Abiec, 2018), o que reflete as articulações entre os vários elos da 
cadeia produtiva, que, como vimos, não geram renda apenas por meio da 
empregabilidade no setor, mas também por meio do desenvolvimento e 
consumo de insumos e da comercialização dos produtos finais (Abiec, 2018). 
Os números registrados nos últimos anos não deixam dúvidas e 
demonstram a importância que o setor proporciona para o Brasil, um 
dos principais atores na produção e comercialização mundial de carne. 
O país possui o maior rebanho comercial do mundo, com mais de 244 
milhões de cabeças. Produz 16,57% das 60.572 milhões de toneladas 
equivalente carcaça produzidas no mundo, o que o faz o segundo 
maior produtor de carne, superado apenas pelos Estados Unidos. É 
detentor de 30,3% do comércio mundial, gerando receita anual que 
ultrapassa US$ 7,4 bilhões em vendas e ainda destina 
aproximadamente 74% de sua produção para abastecer o mercado 
interno. (Abiec, 2020 citado por Malafaia, 2021, p. 7) 
Leitura complementar 
Sobre a produção da carne bovina, sugerimos a leitura do Boletim 
CiCarne: Projeções para o mercado mundial de carne bovina 2020-2029, 
elaborado pelos pesquisadores da Embrapa. Disponível em: <https://www. 
cicarne.com.br/wp-content/uploads/2020/07/Boletim-CiCarne-15.pdf>. Acesso 
em: 23 fev. 2023. 
Com relação à cadeia produtiva do leite, de acordo com Rocha, 
Carvalho e Resende (2020), é uma das principais atividades econômicas 
brasileiras, tendo forte efeito tanto na geração de emprego quanto de renda. 
A produção de leite está presente em quase todos os municípios 
brasileiros, o que envolve mais de um milhão de produtores no campo e gera 
outros milhões de empregos nos demais segmentos da cadeia. 
Conforme Rocha, Carvalho e Resende (2020, p. 2): 
Em 2019, o valor bruto da produção primária de leite atingiu quase 
R$ 35 bilhões, o sétimo maior dentre os produtos agropecuários 
nacionais (Brasil, 2020). Já na indústria de alimentos, esse valor mais 
do que duplica, com o faturamento líquido dos laticínios atingindo 
R$ 70,9 bilhões, atrás apenas dos setores de derivados de carne e 
beneficiados de café, chá e cereais. (Abia, 20201) 
 
1 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE ALIMENTAÇÃO – ABIA. Faturamento 
2019. Disponível em: <https://www.abia.org.br/vsn/anexos/faturamento2019.pdf>. Acesso em: 
15 jun. 2020. 
 
 
10 
Figura 5 – Produtor rural ordenham vaca no campo 
 
Crédito: Kitreel/Shutterstock. 
Segundo dados anuais do Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística (IBGE, 2023), o Brasil tem uma produção de leite em 
grande escala, com mais de 11 milhões de vacas ordenhadas e produção anual 
superior a 25 bilhões de litros. Isso gera ativos significativos na economia, o que 
inclui a compra de insumos, investimentos em genética, saúde animal, nutrição 
e pesquisas, bem como vendas de leite no mercado interno e produção de 
derivados lácteos. 
Esses números, bastante expressivos, nos confirmam a relevância de um 
setor que ao longo das duas últimas décadas vem passando por grandes 
transformações. “Nesse período, a produção de leite aumentou quase 80% 
utilizando praticamente o mesmo número de vacas ordenhadas, graças à 
elevação da produtividade do rebanho” (Rocha; Carvalho; Resende, 2020, p. 2). 
Nos últimos vinte anos, o setor de bovinocultura leiteira passou por 
significativas transformações na sua estrutura de produção, o que inclui uma 
redução no número de produtores e uma intensificação dos sistemas de 
produção. A adoção de novas tecnologias possibilitou um aumento considerável 
da produtividade dos animais, da terra e da mão de obra, o que resultou em uma 
maior escala de produção nas fazendas. Como resultado, o Brasil tornou-se o 
terceiro maior produtor de leite do mundo, porém, ainda existe um grande 
potencial a ser explorado, principalmente no que diz respeito a ganhos de 
https://www.shutterstock.com/g/Futurframes
 
 
11 
produtividade,com o objetivo de se tornar um dos principais players no mercado 
global de leite e derivados (Rocha; Carvalho; Resende, 2020). 
Figura 6 – Sistema de ordenha automática/robótica para laticínios 
 
Crédito: Mark Brandon/Shutterstock. 
Ao analisarmos tais dados, podemos concluir que tanto a pecuária de 
corte quanto a de leite estão em constante evolução, assim como a coesão entre 
elas é a maior responsável pelo fortalecimento da cadeia produtiva e pela 
geração de renda de nosso país. 
TEMA 3 – BOVINOCULTURA NO BRASIL: INÍCIO, EVOLUÇÃO E CADEIA 
PRODUTIVA 
De acordo com estudos, os bovinos domésticos foram introduzidos no 
Brasil pelos colonizadores portugueses no século XVI, o que iniciou, assim, a 
criação de bovinos no Nordeste, principalmente nas regiões mais interioranas da 
Bahia e Pernambuco. Os animais eram utilizados principalmente para a tração 
nas culturas de cana-de-açúcar, além de fornecer carne, leite e couro (Lemos, 
2013). 
Com o tempo, houve uma redução da produção de cana e um aumento 
da extração de minerais, o que diminuiu a necessidade de bovinos para tração 
no Nordeste. Como resultado, no final do século XVII e início do século XVIII, o 
estado de Minas Gerais se tornou um importante centro de criação de bovinos 
em vista de suas condições climáticas e de solo favoráveis. Com o passar do 
 
 
12 
tempo, a criação de bovinos expandiu-se para outras regiões do país, como 
Goiás e Mato Grosso, em que a pecuária ainda é forte e consolidada até hoje. 
Apesar disso, de acordo com Schlesinger (2010), a pecuária de corte no 
Nordeste ascendeu significativamente até o fim do século XVIII. 
Já nos estados do sul do país, segundo Lemos (2013), a criação de 
bovinos foi introduzida apenas no século XVII, pelas missões jesuíticas. Na 
época, a produção bovina não contava com muita tecnologia, mas foi favorecida 
pelas condições climáticas, do solo e vegetação da região. 
Até o século XX, conforme Schlesinger (2010) e Lemos (2013), a criação 
de bovinos no Brasil não contava com investimentos em tecnologia e 
infraestrutura. Isso mudou a partir da década de 1930, com o avanço tecnológico 
em áreas como forragicultura, nutrição e genética. A conjunção do crescimento 
do café impulsionou o desenvolvimento da pecuária no país. A partir da década 
de 1960, a indústria de abate e processamento de carne no Brasil se consolidou 
e as exportações de carne de bovino também começaram. 
Toda essa história do início e evolução da bovinocultura no Brasil é 
relativamente recente, bem como consegue nos mostrar de forma clara como a 
modernização da pecuária de corte no Brasil tem sido revolucionária, apesar de, 
ao longo da cadeia de produção, ainda encontrarmos algumas discrepâncias, 
por exemplo: apesar de existirem pecuaristas de altíssima produtividade, 
existem também pecuaristas de baixa produtividade espalhados em todo o 
território brasileiro; com relação aos abatedouros e leiterias, de um lado existem 
os extremamente tecnológicos, mas, de outro, muitos que não cumprem nem os 
requisitos mínimos exigidos pela legislação para a produção de carne e leite. 
A fim de entendermos melhor a sistematização dos setores da cadeia 
produtiva da pecuária de corte, devemos compreender os cinco subsistemas que 
a compõem, bem como suas características, que, de acordo com Batalha e 
Buainain (2007), são: 
• apoio – encarregado de fornecer os insumos e o transporte necessários à 
produção, incluindo fabricantes de alimentos e medicamentos para 
animais, maquinários e equipamentos, combustíveis, lubrificantes e 
energia elétrica, fertilizantes, inseticidas, entre outros insumos utilizados 
na produção animal; 
• produção de matéria-prima – inclui a produção animal propriamente dita, 
independentemente do tipo de propriedade e do ciclo realizado, como as 
 
 
13 
fases de cria, recria ou engorda, isoladamente ou ciclo completo, quando 
se realiza cria, recria e engorda dos bovinos; 
• industrialização – é o processo de abate dos animais para obtenção de 
carne in natura e também as indústrias de transformação da carne em 
diferentes tipos de produtos, como produtos cárneos bovinos desossados, 
com osso ou industrializados; 
• comercialização – refere-se às empresas e estabelecimentos que 
realizam a comercialização, seja por meio de atacadistas, exportadores, 
varejistas e também empresas de alimentação coletiva como hospitais, 
escolas, restaurantes, hotéis, entre outros; 
• consumo – inclui o consumidor final, o setor responsável pela demanda e 
exigências de todos os setores mencionados anteriormente. 
Figura 7 – Representação esquemática da setorização da cadeia produtiva da 
carne 
 
Crédito: Inspiring/Shutterstock. 
Já para compreendermos a cadeia produtiva do leite, podemos extrapolar 
os sistemas da cadeia produtiva da carne, pois, de acordo com Brum, Kelm e 
Albornoz (2014), existem grandes similaridades, tanto nas estruturas 
econômicas quanto nas estruturas tecnológicas das fases de produção, 
https://www.shutterstock.com/g/Inspiring
 
 
14 
industrialização, comercialização e consumo de leite e de seus produtos 
derivados (Figura 8). 
Figura 8 – Representação esquemática da setorização da cadeia produtiva do leite 
 
Crédito: Paul Lesser/Shutterstock. 
Ambos os sistemas, tanto de corte quanto de leite, constantemente estão 
evoluindo, e a união entre eles é a maior responsável pelo fortalecimento da 
cadeia produtiva e também pela geração de renda no país. 
Com relação ao cenário nacional, sabemos que o agronegócio no Brasil 
está constantemente em expansão, principalmente os setores de produção de 
carne e soja, que são fortes geradoras de emprego. De acordo com Cabral et al. 
(2011), entre os fatores que colaboram com a expansão da bovinocultura 
nacional, destacam-se: boas condições climáticas em diversas regiões do país; 
disponibilidade de áreas e de alimentos a baixo custo; e produção animal a 
pasto. 
https://www.shutterstock.com/g/paulmalyugin
 
 
15 
Outro fator importante a ser considerado, segundo Cabral et al. (2011), é 
que o Brasil é um dos países-membros da Organização Internacional de 
Epizootias (OIE), o que apresenta risco negligenciável para a encefalopatia 
espongiforme bovina, bem como é reconhecido como país livre de febre aftosa, 
com vacinação desde 2018. 
Porém, para que possamos continuar crescendo e fortalecendo a 
pecuária nacional, precisamos ainda enfrentar alguns desafios, como baixos 
índices zootécnicos, degradação de pastagens, desmatamento, falta de 
organização na cadeia produtiva e a qualidade da carne ainda ser dubitável por 
alguns países (Cabral et al., 2011). 
Ao avaliar tais características da pecuária no país, é possível refletir sobre 
ações para melhorar tanto a qualidade quanto a quantidade de nossa produção 
animal. Isso pode ser alcançado por meio da compreensão das vantagens que 
são consideradas como pontos fortes da bovinocultura de corte para a economia 
nacional, bem como das desvantagens, que representam desafios a serem 
superados pelo sistema produtivo de bovinos no Brasil. 
Figura 9 – Rebanho de gado Angus em pasto 
 
Crédito: Gestalt Imagery/Shutterstock. 
 
 
16 
Figura 10 – Rebanho de gado Angus em confinamento 
 
Crédito: Andrea Cirillo Lopes/Shutterstock. 
Quanto à concentração de bovinos no Brasil, a distribuição média, como 
já vimos, é maior no Mato Grosso, que representa 14,15%, seguido de Minas 
Gerais, com 11,33%, e Mato Grosso do Sul, com 11,21%. É importante ressaltar, 
que, segundo dados da Athenagro/IBGE (citado por Abiec, 2022, p. 42), apenas 
17,19% dos animais abatidos no país são oriundos de criação em confinamento; 
a maior parte desse rebanho é criado a pasto. Em média, os bovinos ocupam 
163,1 milhões de hectares de pasto, sendo a taxa de ocupação de 
1,2 cabeças/hectare e lotação de 0,9 UA/ha (Abiec, 2022). 
Com relação a pecuária de leite, também encontramos heterogeneidadenos sistemas produtivos, sendo possível encontrar grandes discrepância entre 
estabelecimentos de alta tecnificação e outras propriedades as quais exercem 
basicamente a atividade de extrativismo para subsistência. 
Uma confirmação de tal heterogeneidade é o fato de que a maior parte da 
captação de leite atual ocorre nos grandes laticínios brasileiros, os quais são 
responsáveis por aproximadamente 80% do volume de leite cru captado 
anualmente (IBGE, 2023). 
 
 
17 
TEMA 4 – GADO DE CORTE: PRINCIPAIS RAÇAS, MORFOLOGIA E 
CARACTERÍSTICAS PRODUTIVAS 
A exploração de bovinos pelo ser humano remonta à Antiguidade, 
principalmente para obtenção de alimentos como leite e carne. Com o aumento 
da população mundial, houve também um grande aumento na demanda por 
carne, o que exigiu uma intensificação da produtividade dos animais. Ao analisar 
a taxonomia dos bovinos, as espécies Bos taurus e Bos indicus são as principais 
exploradas para essa finalidade. Em razão das diferenças morfológicas e 
fisiológicas entre as espécies, é possível observar variações na produção e na 
qualidade dos produtos (Chaves et al., 2017). 
Raças específicas para produção de carne são denominadas as raças 
de corte, e identificá-las é muito essencial em um planejamento, uma 
vez que, trata-se de um importante fator que pode influenciar na 
qualidade da carne, sendo possível observar alterações nas suas 
características, como maciez e suculência, além de diferenças no 
rendimento de carcaça, no grau e local de deposição de gordura, e na 
precocidade, que pode ser definida como a velocidade que o animal 
atinge a puberdade, ou seja, momento em que o crescimento ósseo é 
cessado, a taxa de crescimento muscular sofre uma queda e há uma 
intensificação do enchimento dos adipócitos, ocasionando a deposição 
de gordura na carcaça; entre outras. (Chaves et al., 2017, p. 296) 
Para melhorarmos nossa compreensão com relação às diferenças entre 
as espécies taurus e indicus, precisamos entender que a espécie Bos taurus, 
que comumente chamamos de “espécies taurinas”, compreende as raças 
europeias, por exemplo, as raças Holandesa, a Pardo-Suíço e a Jersey. Já a 
espécie Bos taurus indicus compreende as raças zebuínas, por exemplo, o gado 
Gir, a Guzerá e Sindi. 
Além dessa divisão, podemos também agrupar as raças por origem, 
dividindo-as em taurinas continentais, taurinas britânicas, zebuínas e crioulas, 
além das raças sintéticas que resultam do cruzamento entre taurinos e zebuínos. 
A seguir, conheceremos as características principais das raças que 
compõem cada um desses grupos. 
4.1 Raças taurinas britânicas 
Aberdeen Angus, Red Angus, Red Poll, Hereford, Devon e Shorthorn são 
algumas das principais raças taurinas britânicas, que são raças originárias da 
Inglaterra e da Escócia. Vamos analisar rapidamente cada uma delas. 
 
 
18 
A raça Aberdeen Angus é originária da Escócia, mais especificamente, 
do condado de Aberdeen (daí o nome) e está presente em todo o mundo. Os 
animais são mochos (sem chifre), de porte grande, apresentam pelagem preta e 
são conhecidos por sua precocidade sexual, habilidade materna, rapidez de 
engorda e alto rendimento de carcaça, sendo, por isso, uma raça muito utilizada 
para cruzamentos. As fêmeas podem chegar a pesar entre 600 kg a 700 kg, e 
os machos entre 800 kg a 900 kg. Os bezerros nascem com peso médio entre 
26 kg (fêmea) e 28 kg (macho), sendo considerados pequenos comparados com 
outras raças britânicas, mas crescem rapidamente e são abatidos com peso 
entre 420 e 450 kg (Associação Brasileira de Angus, 2023). Além disso, essa 
raça é famosa pela qualidade marmorizada da carne, o que confere sabor, 
maciez e suculência. 
Quanto à morfologia geral, os animais dessa raça (Figura11) apresentam: 
cabeça de tamanho médio, pouco alongada, com perfil de côncavo a reto; olhos 
grandes e separados; orelhas médias; pescoço médio musculoso; corpo 
comprido, de profundidade média, com dorso e lombo amplos e compridos, 
quartos muito amplos, pernas amplas, grossas e cheias; pele fina à média, com 
pelos finos, curtos e densos (Tilburg, 2023). 
Figura 11 – Exemplar da raça Aberdeen Angus 
 
Crédito: Dick Kenny/Shutterstock. 
 
 
19 
Os animais da raça Red Angus são a variedade vermelha de Aberdeen 
Angus, por isso apresentam as mesmas características zootécnicas 
supracitadas, porém, com o diferencial da pelagem avermelhada (Figura 12). 
Figura 12– Exemplar da raça Red Angus 
 
Crédito: EcoPrint/Shutterstock. 
A raça Red Poll, por sua vez, é resultado do cruzamento da raça Norfolk, 
cuja característica é voltada a produção de carne, com a raça Suffolk Dun, que 
tem aptidão leiteira; ambas são originárias da Inglaterra. Trata-se de animais de 
boa rusticidade, prolificidade e, por conta do cruzamento, com dupla aptidão 
(carne/leite). As fêmeas pesam em média 525 kg, e os touros 750 kg. A pelagem 
deles é vermelha uniforme, sendo que alguns exemplares apresentam 
extremidades brancas, possíveis no padrão racial. São naturalmente mochos 
(sem chifres) e se adaptam bem a sistemas de manejo com baixo investimento, 
pois são eficientes na conversão de forragem, requerendo pouco ou nenhum 
alimento adicional. Seus exemplares são dóceis e apresentam excelente 
habilidade materna; os touros e novilhos jovens finalizam bem e produzem carne 
de qualidade excepcional (Figura 13). 
Com relação à morfologia, as vacas dessa raça devem ter cabeça e 
pescoço finos, suas costas devem ser niveladas, com a cauda longa e fina e 
posicionada em nível com ela, seu lombo deve ser largo, bem como suas ancas 
https://www.shutterstock.com/g/ecoprint
 
 
20 
arredondadas e não muito proeminentes, seu corpo deve ser profundo, com as 
costelas bem arqueadas. Já os touros são muito parecidos com as vacas, exceto 
pela formação da cabeça e pescoço, que devem ser fortes e bastante masculinos 
(Red Poll Cattle Society, 2023). 
Figura 13 – Exemplar da raça Red Poll 
 
Crédito: Maximillian cabinet/Shutterstock. 
A raça Hereford (Figura 14), originária da Inglaterra, é caracterizada por 
pelos vermelhos, mas com a fronte, a cara, o ventre, a vassoura da cauda e as 
partes inferiores das patas na cor branca. Suas principais características 
produtivas são a excelente produção de carne, com boa eficiência alimentar, alto 
rendimento de carcaça, capacidade de adaptação, docilidade, longevidade e alta 
fertilidade. As fêmeas pesam em média 540 kg; já os machos atingem 850 kg. 
Os animais podem ser abatidos aos 450 kg entre 18 e 24 meses de vida 
(Associação Brasileira de Hereford e Bradford, 2023). 
Quanto à morfologia, apresentam cabeça com chanfro de comprimento 
médio, plano a côncavo, com orelhas médias, providas de pelos internos, chifres 
 
 
21 
simétricos curvados para a frente e para baixo, corpo largo, profundo, alongado 
e cilíndrico (Tilburg, 2023). 
Figura 14 – Exemplar da raça Hereford 
 
Crédito: visuall2/Shutterstock. 
Os animais da raça Devon (Figura 15), também originários da Inglaterra, 
são animais de aptidão tripla: carne, leite e trabalho de tração, mas atualmente 
são essencialmente produtores de carne. É um gado rústico, forte e manso, 
muito apto à engorda, com um alto rendimento de carcaça (até 70%). Sua carne 
é excelente, apresentando bastante marmoreio. As fêmeas adultas pesam em 
média 500 kg e os machos vão de 600 kg a 800 kg. São animais de pelagem 
avermelhada e chifres cor de cera com pontos escuros (Tilburg, 2023). 
 
 
22 
Figura 15 – Exemplares da raça Devon 
 
Crédito: Dick Kenny/Shutterstock. 
A raça inglesa Shorthorn (Figura 16), por sua vez, é um gado 
essencialmente de corte, que apresenta engorda rápida e precocidade 
excelente. Porém, a qualidade de sua carne é pouco apreciada por conta da má 
distribuição de gordura. Por apresentar baixa rusticidade, não teve bom 
aproveitamento no Brasil, por conta do clima tropical e também por não se 
adaptar a pastos secundários.Sua pelagem pode ser: vermelha, branca e 
rosilha, mas alguns criadores incluem também o padrão vermelho e branco. 
Quando gordos, apresentam rendimento elevado. As vacas atingem peso vivo 
entre 500 kg e 600 kg, já os machos atingem de 800 kg a 900 kg (Tilburg, 2023). 
https://www.shutterstock.com/g/Dick+Kenny
 
 
23 
Figura 16 – Exemplar da raça Shorthorn (bezerro) 
 
Crédito: Beatrice Foord-St-Laurent/Shutterstock. 
4.2 Raças taurinas continentais 
Charolês, Marchigiana, Blonde d’Aquitane, Piemontês, Limousin, Belgian 
Blue, Simental e Pardo-Suíço são algumas das raças taurinas continentais, as 
quais advêm de países da Europa continental, como Bélgica, França, Itália e 
Suíça. 
A raça Charolês (Figura 17) tem origem na França, com características 
de tripla aptidão (carne, leite e trabalho), mas se destaca na produção de carne, 
sendo utilizado no Brasil para a formação do gado Canchim. Tem boa 
adaptabilidade aos diferentes climas e é um excelente ganhador de peso em 
confinamento, com rendimento de carcaça chegando a 65 e 70%. Na idade 
adulta, as vacas chegam de 600 a 800 kg, e os machos vão de 800 a 1.100 kg. 
Produzem carne excelente, com pouca gordura superficial e bom marmoreio. 
Quanto à morfologia, apresentam pelos curtos, brilhantes e de cor branca 
ou creme. Cabeça ampla, nuca reta, orelhas em forma de palmatória, olhos 
grandes, focinho largo e destacado, narinas bem separadas, boca ampla. Seu 
pescoço é longilíneo e musculoso, seus chifres são medianos, curvados para a 
frente e de cor branca ou marfim, sendo que na variedade mocha pode 
 
 
24 
apresentar rudimentos soltos. Seu corpo é amplo e cilíndrico, com lombo reto, 
largo e musculoso (Tilburg, 2023). 
Figura 17 – Exemplar da raça Charolês 
 
Crédito: Liga Gabrane/Shutterstock. 
A raça Blonde d’Aquitaine (Figura 18) é uma jovem raça francesa, que 
se estabeleceu apenas em 1962. Ela se origina de uma região de terrenos 
pedregosos e de pastagens muito pobres, o que lhe confere boa rusticidade. Os 
exemplares dessa raça suportam frio e calor intenso. Além da rusticidade, eles 
também apresentam habilidade materna, elevada fertilidade, docilidade e boa 
precocidade. As vacas adultas pesam entre 650 e 900 kg, e os touros pesam 
entre 1.000 e 1.500 kg. Sua pelagem é cor de trigo, podendo variar de claro a 
escuro, apresentando auréolas mais claras ao redor dos olhos. Apresentam boa 
conversão alimentar, com elevado rendimento de carcaça (Tilburg, 2023). 
https://www.shutterstock.com/g/liga
 
 
25 
Figura 18 – Exemplar da raça Blonde d’Aquitaine 
 
Crédito: g.ozenne/Shutterstock. 
A raça Piemontês (Figura 19) é originária da Itália (região de Piemonte), 
sendo de dupla aptidão (carne e leite). Porém, ela se destaca na produção de 
carne, pois tem o melhor rendimento de carcaça e melhor porcentagem de cortes 
de todas as raças. Sua carne é muito magra, não apresentando marmoreio, mas 
a diferente composição das fibras garante uma grande maciez. A principal 
característica da raça é o seu rendimento de carcaça e de desossa, uma vez que 
é o melhor exemplo da característica de dupla musculatura, com ossos e pele 
fina. Em média, seus exemplares pesam de 550 a 600 kg. Seus destaques, além 
da dupla musculatura, são: precocidade, habilidade materna, boa conversão 
alimentar. São de porte médio, com excelente comprimento e largura de garupa, 
pernas curtas, e com o corpo todo coberto por uma abundante massa muscular, 
com finíssima capa de gordura. Seus pelos são brancos e apresentam marcante 
presença de pigmentação em torno de olhos, orelhas e focinho (Tilburg, 2023). 
https://www.shutterstock.com/g/g-ozenne
 
 
26 
Figura 19 – Exemplar da raça Piemontês 
 
Crédito: marineke thissen/Shutterstock. 
A raça Limousin advém da França, mas já é bastante difundida no 
mundo. Suas qualidades são: resistência, adaptação a climas rudes e a 
condições extremas, facilidade de marcha em busca de alimentos e habilidades 
maternas, além de seu potencial produtivo, com fina qualidade de carne e 
rendimento de carcaça. Apresenta pelagem cor amarelo-clara e há a presença 
de regiões mais claras ao redor de olhos, focinho, abdome, períneo e 
extremidade dos membros. As fêmeas atingem entre 550 e 750kg e os machos 
entre 950 e 1.200 kg, seu corpo é ligeiramente maior que o dos demais bovinos 
franceses, pois foi selecionado para dupla aptidão (carne e trabalho) 
(Associação Brasileira de Criadores – ABC, 2023). 
 
 
27 
Figura 20 – Exemplar da raça Limousin 
 
Crédito: hans engbers/Shutterstock. 
A raça Belgian Blue é um cruzamento desenvolvido na Bélgica com 
origem no gado Shorthorn e no Charolês. É uma raça rústica que se adapta à 
diversidade do solo, do relevo, e do clima. Sua aparência reúne uma musculatura 
fortemente desenvolvida, uma estrutura óssea sólida e linhas harmoniosas. Não 
são animais grandes. Apresentam linhas arredondadas e músculos 
proeminentes, principalmente o ombro, o quarto traseiro, o lombo e a anca. Sua 
pelagem é de coloração branca, azul e às vezes negra. 
Suas principais características são: desenvolvimento extraordinário de 
musculatura, dupla musculatura do traseiro, precocidade, excelente índice de 
conversão alimentar, excelente habilidade materna e docilidade. Uma 
desvantagem da raça é que as fêmeas tendem a apresentar dificuldade no parto, 
sendo a cesariana frequentemente necessária (ABC, 2023). 
 
 
28 
Figura 21 – Exemplar da raça Belgian Blue 
 
Crédito: Hans Viveen/Shutterstock. 
As raças Simental e Pardo Suíço apresentam dupla aptidão, podendo 
ser utilizadas tanto para produção de carne quanto para produção de leite. A 
raça Simental é conhecida por seu crescimento rápido e desenvolvimento 
muscular com gordura intramuscular, enquanto a raça Pardo Suíço é 
reconhecida por sua rusticidade, adaptabilidade, longevidade e precocidade 
sexual (Associação Brasileira de Criadores de Simental e Simbrasil, 2023; 
Associação Brasileira de Criadores de Gado Pardo-Suíço, 2023). 
4.3 Raças zebuínas 
Brahman, Gir, Guzerá, Indubrasil, Nelore e Tabapuã são as raças 
zebuínas mais utilizadas na pecuária brasileira. De maneira geral, são 
sexualmente e produtivamente mais tardias do que as raças taurinas, mas se 
destacam por sua maior adaptabilidade e resistência (Leal, 2012). 
A raça Brahman, originária da Índia, apresenta uma ótima morfologia 
para produção de carne, com um tórax profundo, costelas bem espaçadas e uma 
extensão gastrointestinal que garante bom aproveitamento da ingestão dos 
alimentos. É um gado precoce, com boa habilidade materna, rusticidade e 
produz uma carne de qualidade, sendo amplamente utilizada em cruzamentos 
 
 
29 
industriais. Sua pelagem pode ser vermelha ou cinza e apresentam orelhas 
longas. As fêmeas atingem de 450 a 630 kg, e os touros pesam entre 720 e 
990 kg (Associação de Criadores de Brahman do Brasil, 2023). 
Figura 22 – Exemplar da raça Brahman 
 
Crédito: mifotodigital.club/Shutterstock. 
Os animais da raça Gir, apesar de utilizados majoritariamente para 
produção de leite, apresentam boa produção de carne quando são favorecidos 
nutricionalmente (ABC, 2023). 
A raça brasileira originária de Minas Gerais, Indubrasil, por sua vez, é 
resultado do cruzamento de Gir, Guzerá e Nelore. Ela é uma raça de excelente 
rendimento de carcaça e boa cobertura muscular. Suas fêmeas adultas chegam 
a 700 kg, enquanto os touros podem chegar a 1.000 kg (Associação Brasileira 
dos Criadores de Indubrasil, 2023). 
A raça Nelore (Figura 23) tem sua origem na Índia, de onde embarcaram 
os primeiros exemplares enviados ao Brasil. Em sua origem, são utilizados para 
produção de leite e para o trabalho, pois na Índia o bovino é um animal sagrado. 
Porém, ao redor do mundo, o gado nelore é conhecido por sua rusticidade e 
produção de carne. Atualmente, o Nelore brasileiro é considerado patrimônio 
legitimamente nacional, o qual produz uma carne saudável e natural,que é 
exportada para mais de 146 países e cada vez mais demandada por 
https://www.shutterstock.com/g/mifotodigital
 
 
30 
consumidores esclarecidos do mundo todo (Associação dos Criadores de Nelore 
do Brasil, 2023). 
Os animais apresentam temperamento ativo e dócil, a pelagem é branca 
ou cinza-clara, sendo que os machos apresentam o pescoço e o cupim 
geralmente mais escuros. A cara é estreita, com focinho preto e largo, narinas 
dilatadas e bem afastadas e orelhas curtas. Existem exemplares mochos e 
também exemplares com chifres, que são curtos, cônicos e de cor escura 
(Associação dos Criadores de Nelore do Brasil, 2023). 
Algumas das principais características da raça são: excelente capacidade 
de aproveitar alimentos grosseiros, resistência natural a parasitas, resistência ao 
calor, elevada longevidade reprodutiva, rusticidade, baixo custo de manutenção, 
e as vacas apresentam facilidade de parto e excelente habilidade materna 
(Associação dos Criadores de Nelore do Brasil, 2023). 
Figura 23 – Exemplar da raça Nelore 
 
Crédito: casa.da.photo/Shutterstock. 
A raça Tabapuã, por sua vez, apresenta características similares ao 
Nelore e ao Gir, sendo largamente utilizada em cruzamentos por conta da sua 
precocidade, fertilidade e habilidade materna (ABC, 2023). 
 
 
31 
4.4 Raças crioulas 
De acordo com a Embrapa (Leal, 2012; Dichoff, 2014), as raças crioulas 
são originadas de raças taurinas introduzidas no Brasil que se adaptaram às 
condições tropicais, com boa resistência, embora a produção possa ser menor 
do que as raças taurinas. Alguns exemplos dessas raças incluem o gado Caracu 
(Figura 24), que tem um acabamento tardio e rendimento de carcaça baixo, o 
gado Curraleiro Pé-Duro, proveniente do semiárido brasileiro e de baixo porte, 
o Pantaneiro, que se destaca pela sua rusticidade e resistência às doenças, e 
o gado Crioulo Lajeano, que, embora tenha grande porte, apresenta maturidade 
sexual tardia. 
Figura 24 – Exemplar da raça Caracu 
 
Crédito: Rafael Goes/Shutterstock. 
4.5 Raças sintéticas 
As raças sintéticas, por exemplo, Santa Gertrudis (Figura 25), Brangus, 
Simbrasil, Bradford, Canchim e Bonsmara, são resultado do cruzamento 
entre Bos taurus taurus e Bos taurus indicus, ou seja, entre taurinos e zebuínos 
(Leal, 2012). O foco dos tipos de cruzamentos e seus efeitos serão aprofundados 
futuramente. 
 
 
32 
Figura 25 – Exemplar da raça Santa Gertrudis 
 
Crédito: Celso Margraf/Shutterstock. 
TEMA 5 – GADO DE LEITE: PRINCIPAIS RAÇAS, MORFOLOGIA E 
CARACTERÍSTICAS 
As principais raças com aptidão para a produção de leite são as taurinas 
(raças europeias da espécie Bos taurus taurus), por exemplo, Holandesa, Pardo-
Suíço, Jersey, Ayrshire, Guernsey e Simental. 
A raça Holandesa (Figura 26), também conhecida como Holstein-
Friesian, é europeia (Bos taurus taurus) e especializada na produção de leite. 
Ela é amplamente utilizada em todo o mundo, sendo conhecida por ser a maior 
produtora de leite em volume. Muito popular internacionalmente e bastante 
utilizada no Brasil, especialmente na região sul do país, essa raça tem suas 
origens nas terras planas e pantanosas do Norte da Holanda e Oeste da 
Província da Frísia, em que seus ancestrais primitivos foram domesticados há 
mais de 2.000 anos (Isola, 2021). 
No Brasil, de acordo com a Associação Brasileira de Criadores de Bovinos 
da Raça Holandesa – ABCBRH (Isola, 2021), existem dados históricos de que o 
gado holandês foi trazido nos anos de 1530 a 1535. Por ser uma raça com origem 
no clima frio, sua exigência quanto ao clima é alta e a adaptação a climas mais 
https://www.shutterstock.com/g/Celso+Margraf
 
 
33 
quentes, como o do Brasil, é mais difícil, pois apesar de suportem climas 
tropicais, seu conforto térmico ótimo é entre 10 e 20° C. 
Existem duas variedades dessa raça: o gado Holandês Preto e Branco, 
também chamado de Frísia; e o gado Holandês Vermelho e Branco, conhecido 
como Mosa, Reno ou Yessel. Essa raça apresenta animais de grande porte, dos 
quais as fêmeas pesam entre 500 e 700 kg e produzem em torno de 4.000 a 
7.000 litros de leite por lactação, cujo teor de gordura é de aproximadamente 
3,5 a 4%, com lactação durando em média 300 dias e vida útil de cinco lactações. 
Essa raça é amplamente utilizada como matriz em cruzamentos, na 
intenção de transmitir o gene expressivo de alta produção para as novas 
linhagens. Suas principais características são: docilidade e facilidade de manejo. 
Quanto à morfologia, apresenta pelagem preta e branca ou vermelha e branca, 
cabeça mediana, larga e de perfil subcôncavo, com mandíbulas fortes, olhos 
grandes e escuros e órbitas salientes, orelhas médias e finas, chifres apontados 
para frente e com as pontas escuras, corpo bastante desenvolvido, comprido e 
largo, com costelas arqueadas e compridas, dorso reto, largo e forte, garupa 
curta e ancas largas e cauda curta e bem inserida, úbere simétrico, bem 
desenvolvido, com irrigação sanguínea abundante e coberto por pele macia. 
Figura 26 – Exemplares da raça Holandesa 
 
Crédito: Ingrid Pakats/Shutterstock. 
 
 
34 
Outra raça de aptidão leiteira muito difundida no Brasil é a Jersey, 
originária da Inglaterra, mais especificamente da Ilha de Jersey. São vacas 
precoces, com facilidade de parto, que apresentam longa vida produtiva e tem 
maior capacidade de tolerância ao calor, quando comparada às demais raças 
leiteiras. 
A Jersey (Figura 27) é uma vaca econômica, pois apresenta elevado 
índice de conversibilidade e resistência, além de grande rusticidade. A qualidade 
de seu leite é superior, sendo o melhor e mais completo leite produzido entre 
todas as leiteiras, pois contém a maior quantidade de sólidos não gordurosos 
(proteína, lactose, vitaminas e minerais) e gordura, quando comparado com os 
produzidos pelas outras raças leiteiras. Sua pelagem vai desde pardo claro até 
pardo escuro, as fêmeas apresentam peso médio de 350 kg, sendo consideradas 
de pequeno porte (Associação de Criadores de Gado Jersey do Rio Grande do 
Sul, 2023). 
Figura 27 – Exemplares da raça Jersey 
 
Crédito: Parilov/Shutterstock. 
Já Gir, Guzerá e Sindi são algumas das principais raças de zebuínos 
leiteiros (Bos taurus indicus), que são animais mais resistentes, porém, muitas 
vezes, menos produtivos. 
O gado Gir (Figura 28), por exemplo, originário da Índia, apresenta uma 
produção de leite variável conforme sua linhagem, mas que, em média, produz 
de 1.600 a 3.600 kg de leite por lactação (4,5% de gordura). É um gado de 
 
 
35 
múltiplas pelagens, que vão de branco a vermelho, apresentam pele escura e 
são aspados (com chifres). 
Figura 28 – Exemplar da raça Gir 
 
Crédito: Victor A Pascoal/Shutterstock. 
O gado Guzerá, por sua vez, é de dupla aptidão. Suas fêmeas pesam 
entre 450 e 650kg, bem como produzem diariamente gera uma média de 
2.500 kg de leite por lactação. É uma raça muito utilizada em cruzamentos, como 
veremos futuramente. 
Já a raça Sindi, originária do Paquistão, também é reconhecida por sua 
dupla aptidão e boa adaptabilidade. Os exemplares apresentam pelagem 
avermelhada-alaranjada e até acastanhada, sendo a pelagem dos machos mais 
escura do que a das fêmeas. Se adaptam à estiagem e também à restrição 
alimentar. Podem produzir de 2.400 a 7.000 kg de leite por lactação, cuja 
duração varia entre 172 e 358 dias. 
Por fim, é interessante destacar a raça Girolando, obtida do cruzamento 
do gado Gir com Holandês, que gera uma boa rusticidade e longevidade 
produtiva, aliada a uma boa produção, em média de 5.264 litros de leite por 
lactação. A composição média desse leite apresenta 3,8% de gordura, 3,3% de 
proteína e 4,5% de lactose. 
 
 
36 
FINALIZANDO 
Nesta etapa, introduzimos a temática da bovinocultura, trazendo as 
inúmeras possibilidades produtivas dessa criação. Tratamos das diferenças 
entre a bovinocultura de corte e a bovinocultura de leite, apontando aimportância 
da escolha das raças com relação à finalidade da criação. 
Abordamos também a bovinocultura como atividade econômica, que é 
capaz de fornecer carne e leite de boa qualidade, além de ser importante fonte 
de renda para muitas famílias rurais. 
Além disso, discorremos sobre a bovinocultura no Brasil, que está 
posicionado entre os mais importantes produtores de bovinos mundiais. 
Compreendemos o agronegócio da pecuária de corte, por meio das etapas da 
cadeia produtiva da carne bovina e também do mercado da produção leiteira, 
abordando a cadeia produtiva do leite. 
Finalizamos esta etapa conhecendo um pouco mais sobre as principais 
raças de corte e leite, analisando seu histórico, sua morfologia e suas 
características produtivas. 
Futuramente, vamos abordar a fisiologia reprodutiva dos bovinos, 
analisando a influência do melhoramento genético nos rebanhos. 
 
 
 
37 
REFERÊNCIAS 
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