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Uma sociedade mais justa Aula 02

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ÉTICA EMPRESARIAL E
RESPONSABILIDADE
SOCIOAMBIENTAL
AULA 2
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof.ª Olívia Carolina de Resende
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CONVERSA INICIAL
Para darmos continuidade à disciplina, vamos refletir sobre algumas teorias éticas, seus
conceitos, e acompanhar numa dimensão histórica o caminho percorrido pela humanidade em busca
de uma sociedade mais justa.
Uma sociedade mais justa se faz com cidadãos mais justos. Mas o que é um cidadão justo?
Vamos fazer você pensar um pouco na complexidade desse assunto e por que gera tanta discussão
entre filósofos e teóricos há tanto tempo.
Você já pensou se é justo, ético ou antiético furtar um remédio, cujo valor você não pode pagar,
para salvar a vida de alguém por quem você tem muito apreço? Ou ainda, se é ético ou antiético ficar
com uma carteira que alguém esqueceu no parque, num dia de domingo? E caso o valor encontrado
na carteira esquecida no banco do parque seja o valor exato para comprar o remédio que aquela
pessoa que você ama precisa para sobreviver? Podemos perguntar também sob um outro viés: o
indivíduo deve privilegiar o valor da vida (salvar alguém da morte) ou o valor da propriedade privada
(não roubar nem se apoderar do que não é seu)?
Nesta aula, vamos tentar esclarecer essas e outras perguntas sobre questões éticas e como o
homem vem desenvolvendo seus pensamentos sobre o assunto.
Vamos a nossa aula! 
CONTEXTUALIZANDO
O convívio em sociedade é sempre um assunto intrigante, pois deve-se levar em consideração
questões antropológicas, culturais, éticas, morais e legais daquela sociedade em questão, não há
como generalizar. Quando analisarmos uma determinada atitude, devemos nos ater ao nosso
mundo, ao mundo do outro e respeitar essa relação também, porque o que é certo para mim, pode
não ser certo para o outro.
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Ao longo dos tempos, desde que o homem se reconheceu como um ser racional, deparamo-nos
com diversas teorias éticas que surgiram nas diferentes sociedades, sempre tentando responder aos
dilemas das relações de convivência entre os indivíduos. Pegaremos como base a descrição colocada
por Alencastro (2013) em seu livro Ética empresarial na prática, no qual o autor divide a ética de
forma didática e em função de suas motivações básicas, como: Ética das Virtudes, Ética Religiosa,
Ética do Dever, Finalismo e Utilitarismo. Analisaremos e refletiremos sobre cada uma dessas funções
da ética.
Podemos colocar a dificuldade dessa relação exemplificando com a questão do aborto.
Conforme podemos analisar no mapa, regiões em verde são países em que o aborto é livre e, em
contrapartida, nas regiões em vermelho o aborto é condenado e há leis restritivas. Quais são os
fatores que proporcionam essa liberdade e ou restrição? Aqui, podemos tentar estabelecer um elo
entre questões culturais, educacionais, econômicas, éticas, dentre outras, e as leis que deixam livre e
as que restringem. Podemos perceber que, mesmo em países em que as leis são mais “duras”,
existem aqueles indivíduos que defendem e os que condenam o ato, como é o caso do Brasil. Aqui
temos pessoas que defendem o direito de decisão da mulher e pessoas que defendem o direito do
feto de viver. Essa é uma questão delicada e que envolve ética e justiça.
Figura 1 – O aborto no mundo: liberdade e leis restritivas
Fonte: Elástica. Disponível em: <http://elastica.abril.com.br/o-aborto-deve-acontecer-em-um-unico-caso-quando-a-mulher-
quiser> Acesso em 19/04/2016.
Podemos perceber que o convívio em sociedade não é uma questão simples, mas envolve ética,
moral e direito e foi tratada de diversas maneiras no decorrer da existência das relações humanas.
Dito isso, nesta aula, buscaremos refletir sobre as teorias éticas apresentando a ética das
virtudes, ética religiosa, ética do dever, finalismo e utilitarismo. Trabalharemos alguns dos vários
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significados e interpretações, que tratam do assunto, inserindo questões contemporâneas para
contextualizarmos os aspectos éticos.
 Para tanto buscaremos responder as seguintes perguntas:
O que é ser um indivíduo ético ou aético?
O que é ser essencialmente justo?
As diferentes maneiras de entender a ética fazem diferença na vida dos indivíduos?
Para responder a esta e outras perguntas, começaremos abordando questões históricas e
contemporâneas da ética, buscando inseri-las em suas motivações mais básicas.
TEMA 1 - O QUE É ÉTICA?
O conceito de ética admite vários significados e interpretações, sendo ela normalmente definida
como “ciência da conduta humana”.
Falar sobre ética não é algo novo, pois o estudo da ética é bastante antigo. Sócrates (470-399
a.C.), “pai da ética”, desenvolvia o senso filosófico nas pessoas por meio de uma pergunta: como
devemos viver nossa vida?
Desde então, estamos há mais de 25 séculos tentando responder a mesma pergunta: como
viver?
O ser humano, desde sua origem e ser social que é, aderiu à convivência em comunidade para
preservar sua vida e minimizar as dificuldades com a manutenção de sua sobrevivência. Ao aderir à
vida em comunidade para ter maiores chances de sobrevivência, trouxe consequências, como a
aquisição e construção de valores acerca do bem e do mal, do justo e do injusto, do certo, do incerto
e do errado que, por força da habitualidade, tornam-se costumes, regras aceitas, obedecidas por
toda a comunidade e transmitidas sucessivamente de geração para geração, que constituem o
domínio da ética e da moral.
A palavra ética, no entanto, teve seu uso indiscriminado ao longo dos anos, e nos dias atuais
ainda persiste, como ressalta Nalini (1997):
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A ética permeia todos os discursos. A propósito das condutas humanas ainda capazes de chocar
uma sociedade já acostumada a todos os desatinos, levantam-se as vozes dos moralistas a invocar
a necessidade de um repensar comportamental. Ética, infelizmente, é moeda em curso até para os
que não costumam se portar eticamente. Não é raro que as proclamações morais de maior ênfase
provenham de pessoas que nunca poderiam ser rotuladas éticas. Compreensível, por isso, que para
servir a objetivos os mais diversos, nem todos eles compatíveis com o núcleo conceitual que a
palavra pretende transmitir. Além disso, a utilização excessiva de certas expressões compromete o
seu sentido, como se o emprego frequente implicasse em debilidade semântica. Ética, no Brasil,
sofre de anemia. Já se disse que ela é anoréxica!
Para Silva (2013), partindo do pressuposto de que tudo gira em torno do homem e de sua
posição de destaque no mundo, conceito que vem permeando toda a história moderna do mundo
ocidental e, ao mesmo tempo, menosprezando a todos os outros seres imputados como irracionais e,
dessa forma, não capazes de mudar o ambiente em que estão inseridos, o que mais se busca é
entender que temos um homem, diagnosticado como racional, fazedor de cultura e que, de certa
forma, é considerado um ser social. Materializa-se como ético, na medida em que se busca, na ética,
a justiça social.
O que Silva (2013) tenta expor é que a ética é uma construção humana e, dessa forma,
considerada como um instrumento capaz de realçar as relações sociais, bem como criar todos os
meios para garantir a justiça social. Ser ético, portanto, é voltar-se para o outro, e para o éthos, que
pressupõe voltar-se para o conjunto de costumes e hábitos fundamentais, no âmbito do
comportamento e da cultura, característicos de uma determinada comunidade, época ou região.
Nesse sentido, podemos considerar que a justiça é a luta não violenta pelos excluídos.
Assim, entende que o homem se constitui como ser ético na medida em que vai construindo a
sua socializaçãoe, ao mesmo tempo, passa a desempenhar alguns papéis para a dinâmica do grupo
no qual está inserido. (SILVA, 2013).
O conteúdo dos papéis, em cada sociedade, tem sido caracterizado de maneiras distintas,
tornando difícil tratar ou descrever esses papéis de maneira única, pois eles são relativos. Em cada
sociedade e/ou comunidade, em função da organização específica em torno da vida dos indivíduos
que estão inseridos, do trabalho, da produção da vida material, organiza-se também o tipo de
comportamento “desejável” para cada pessoa.
A resposta à pergunta de Sócrates (470-399 a.C.), “pai da ética”, sobre como devemos viver
nossa vida vai depender em parte do contexto em que o indivíduo está inserido.
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Na contemporaneidade, essa pergunta ultrapassa os limites da filosofia e esbarra em outras
fontes de conhecimento, como as da psicologia, da sociologia, da medicina, da biologia e de outras
ciências. Entretanto, todas elas ainda remetem ao campo da ética, e é uma questão que essa
disciplina procura responder até os dias de hoje. Sendo assim, podemos afirmar que a ética e suas
questões estão presentes em todos os setores − em tudo aquilo que nos rodeia.
Segundo Silva (2013), a ética é uma das áreas que maior interesse desperta atualmente em toda
e qualquer área, particularmente no campo da filosofia e da política, sobretudo porque diz respeito à
nossa experiência cotidiana, ainda mais quando sentimos que cada vez mais vivemos numa crise
ética.
Desde a Grécia Antiga até a atualidade, muitas teorias foram construídas para explicar o
comportamento ético das pessoas no convívio em sociedade. Conforme mencionado anteriormente,
pode-se dividir a ética de forma didática em função das motivações básicas da seguinte forma: Ética
da Virtude; Ética Religiosa; Ética do Dever; Finalismo; Utilitarismo.
Leitura obrigatória
Para aprofundar seus conhecimentos, faça a leitura do capítulo 1 do livro: ALENCASTRO, M. Ética
empresarial na prática: liderança, gestão e responsabilidade corporativa. Editora Intersaberes, 2013.
Esse capítulo também servirá de base para os outros temas desta aula.
Saiba mais
Para entendermos um pouco mais das questões éticas envolvidas no aborto, faça a leitura
indicada a seguir: <http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/aborto-um-problema-%C3%A9tico-da-
sa%C3%BAde-p%C3%BAblica>
TEMA 2 - ÉTICA DA VIRTUDE
Etimologicamente, a palavra virtude deriva do latim virtus (“força ou qualidade, essência”), que
indica uma qualidade positiva e própria do ser humano de fazer o bem (para si e para os outros), ou
ainda, no contexto da moral, a qualidade ou ação que dignifica o homem. A origem dessa
terminologia deu-se pelos filósofos gregos. E qual é essa qualidade ou ação que dignifica o homem?
http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/aborto-um-problema-%C3%A9tico-da-sa%C3%BAde-p%C3%BAblica
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Podemos perceber diversas interpretações sobre este tema, mas basicamente, é a prática
constante do bem com liberdade e responsabilidade moral. Portanto, são consideradas virtudes a
polidez, a prudência, dentre outros.
Assim, podemos perceber que a virtude corresponde ao uso da liberdade com responsabilidade
em busca do bem comum. Já o oposto da virtude é o vício, que se fundamenta no hábito da prática
do mal, correspondendo ao uso da liberdade sem responsabilidade.
A ética da virtude tem seu foco no caráter mais que na ação do indivíduo, e está interessada na
questão de saber quais as ações que estão certas ou erradas e as várias maneiras de tratar a questão.
Figura 2 – Ações certas e erradas
Fonte: Pelos caminhos da evangelização. Disponível em: <http://peloscaminhosdaevangelizacao.blogspot.com> – Acesso em
19/04/2016.
Segundo Bettencourt (2014), a ética da virtude pensa assim sobre o gênero de pessoa que
deveremos ser, que ações deveremos tomar, quais as qualidades que tornam a vida boa e quais os
vícios e qualidades negativas que devemos evitar. O núcleo desse gênero de ética é o Eudaimonia,
que se poderá traduzir como “Felicidade”.
Historicamente, a ética da virtude teve suas raízes na Grécia antiga, e sua origem está nos
filósofos gregos.
Sócrates (469-399 a.C.) defendia a ideia de que as causas éticas pessoais só poderiam ser
definidas com o conhecimento de si mesmo. O filósofo tinha como seu lema: “conhece-te a ti
mesmo”. Desta forma, uma vez alcançado tal objetivo (conhecer-se), o homem teria uma percepção
de suas virtudes, agindo, então, de forma correta.
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Já Platão (429-347 a.C.) aperfeiçoou a visão de Sócrates apresentando uma divisão geral das
virtudes em quatro princípios: a prudência, a fortaleza, a temperança e a justiça. Santo Ambrósio fez
uso desses fundamentos de Platão, chamando-os mais tarde de virtudes cardeais:
Prudência: também chamada de sabedoria, é a virtude racional e é peculiar da classe dirigente
ou dominante; característica peculiar a indivíduos que se comportam evitando perigos e
problemas; precaução.
Fortaleza: chamada de valentia, é a virtude do entusiasmo, dos impulsos volitivos e afetos,
regrando o coração e é peculiar da classe militante ou guerreira; força; vigor; robustez.
Temperança: chamada de autodomínio, é a virtude da vida impulsiva, instintiva e é peculiar da
classe trabalhadora; característica do indivíduo que equilibra suas próprias vontades.
Justiça: resulta da colaboração igualitária de todas as virtudes, garantindo a harmonia entre
elas; particularidade daquilo que se encontra em correspondência (de acordo) com o que é
justo; modo de entender e/ou de julgar aquilo que é correto.
Segundo Alencastro (2013), a coragem, a justiça, a prudência e a temperança são exemplos das
virtudes aristotélicas. Deriva-se daí a importância da promoção de hábitos sociais através dos quais
se desenvolva nas pessoas um modo de ser maduro e que se convertam na fonte principal de seu
agir moral. Uma vez apropriados de forma pessoal, dão lugar a um modo de ser que expressa uma
conformidade aos costumes, a marca de um indivíduo de caráter, aquele capaz de agir de forma livre
e responsável.
Aristóteles (384-322 a.C.), em seu livro Ética a Nicômaco, questiona: “Em que consiste o bem
para o homem?” Ao que se responde: “Uma atividade da alma em conformidade com a virtude”.
O filósofo compreendia que existem duas espécies de virtude, a intelectual e a moral, e que o
bem próprio da pessoa é a inteligência e que o homem devia viver de acordo com a razão. E, ainda,
que somente pela razão se pode chegar às virtudes. Para Aristóteles, ser feliz é usar a razão com
propriedade e o fazer de tal modo que isso se torne uma virtude.
Aristóteles apresentou a virtude como um traço de caráter exposto na ação do homem. Para ele,
a virtude seria uma propriedade do caráter humano apresentada de diversas maneiras, como:
paciência, benevolência, justiça, compaixão, coragem, tolerância, afabilidade, generosidade,
honestidade, sensatez, lealdade, equidade etc.
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As virtudes eram tidas como fundamentais para o filósofo, pois o homem virtuoso, aquele que
tem a capacidade de refletir sobre suas escolhas e escolhe o que é mais apropriado para si e para as
pessoas que convivem com ele em sociedade viveria bem, tendo uma vida melhor.
Leitura obrigatória
Vamos continuar aprofundando nossos conhecimentos? Então faça a leitura do artigo a seguir:
Noções introdutórias sobre a ética das virtudes aristotélica.
<http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/download/1796/1127>
Saiba mais
Entenda um pouco do que Leonardo Boff, um grande filósofo brasileiro, entende sobre Virtude
assistindo ao vídeo a seguir: <https://www.youtube.com/watch?v=vydv0R9Pd54>
TEMA 3 - ÉTICA RELIGIOSA
A ética religiosa é regida por princípios e regras estabelecidospelas distintas religiões. A ética
cristã é um bom exemplo do que seria uma ética religiosa, visto que apregoa a obediência aos
deveres religiosos. Sendo assim, é delimitada por parâmetros (princípios e regras) religiosos: os
mandamentos de Deus têm o caráter de imperativos supremos. Na concepção cristã, o ato de matar
ou de roubar, por exemplo, não se justificariam, pois seriam contrários aos mandamentos bíblicos
universais (“não matarás”, “não roubarás”), que devem ser obedecidos.
Assim, a ética religiosa tem características como os mandamentos – conjunto de leis ditadas por
Deus e que devem ser seguidas. São elas:
Dogmas: crenças e doutrinas estabelecidas que não admitem contestação, ou seja, uma
verdade absoluta, definitiva, imutável, infalível, inquestionável e segura, nas quais não pairam
dúvidas;
Normas: regras que regem o comportamento dos indivíduos, sempre com caráter de ordem
suprema, englobando nelas diversas religiões, seitas, confissões de fé, entre outros.
Podemos começar a perceber que na maioria das vezes os indivíduos pensam em ética religiosa
enquanto delimitação de normas e comportamentos religiosos. Logo, pensam em Deus (entendido
como ser absoluto e transcendente) e remetem a Ele uma dupla função: a de legislar e a de sancionar
http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/download/1796/1127
https://www.youtube.com/watch?v=vydv0R9Pd54
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tudo o que se refere ao que é bem ou mal, bom ou ruim. Esse Deus, como juiz, julga quem escolhe o
mal e premia quem escolhe o bem.
O “olho de Deus” que tudo vê é um símbolo utilizado pelo cristianismo. E significa o olho que
está em nós mesmos nos impedindo de cometer atos antiéticos e não o olhar de Deus que está no
céu vigiando tudo e todos.
Figura 3 – O “olho de Deus”, símbolo cristão
Fonte: Spreadshirt. Disponível em: <http://pt.depositphotos.com/21339873/stock-photo-all-seeing-eye-of-god.html> Acesso
em 20/04/2016.
Questões religiosas são responsáveis, historicamente, por grandes conflitos mundiais que
ocorreram ao longo dos séculos, e que persistem nos dias de hoje. É bom ressaltar que existem
fatores de caráter político, econômico, territorial, geopolítico, histórico, eentre outros, que também
desencadeiam os conflitos, mas as questões religiosas e o radicalismo sempre são motivos elencados
como um dos principais.
Atualmente existem inúmeras religiões sendo praticadas no mundo, as principais são:
Cristianismo: historicamente é a religião com maior número de seguidores, sendo que atualmente
conta com mais de 2,2 bilhões de adeptos no mundo. Os cristãos, como são chamados, creem que
Jesus Cristo é filho de Deus e veio ao mundo como mortal para trazer salvação, foi morto e
ressuscitou. Religião monoteísta (adoração a apenas um deus) e tem a bíblia como o livro sagrado.
Islamismo: trata-se de uma religião monoteísta que surgiu no século VII, criada por Maomé, seu
líder supremo. O Corão é o livro sagrado. Atualmente existem cerca de 1,6 bilhão de adeptos no
mundo e é a que mais cresce. Está difundido especialmente na Ásia e África, mas existem diversos
seguidores em países como a Inglaterra e a Espanha.
Budismo: trata-se de uma religião criada por um príncipe indiano chamado Sidarta Gautama,
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conhecido como Buda. Surgiu na Índia, no século VI a.C. No budismo não há hierarquia, existe a
figura de um líder espiritual, que é o Buda e não há um deus. Atualmente existem
aproximadamente 376 milhões de adeptos. O principal livro sagrado budista consiste no Tripitaka,
livro compartimentado em três conjuntos de textos que compreendem os ensinamentos originais
de Buda, além do conjunto de regras para a vida monástica e ensinamentos de filosofia.
Judaísmo: considerada a primeira religião monoteísta, tendo como crença a existência de apenas
um deus, o criador de tudo. Para os judeus, Deus fez um acordo com os hebreus, fazendo com que
eles se tornassem o povo escolhido e prometendo-lhes a terra prometida. Seu patriarca é Abraão.
Conta atualmente com aproximadamente 15 milhões de adeptos e tem a bíblia como o livro
sagrado.
A maioria das religiões pregam o amor, o respeito e a dignidade, porém, entre seus adeptos, as
diferenças de crença acabam sendo as responsáveis pelos grandes conflitos mundiais.
Podemos ressaltar que os primeiros filósofos cristãos buscavam conciliar fé e razão como
instrumento de análise e reflexão. Segundo Valls (1994), a filosofia insurge no campo da ética cristã,
na tentativa de justificar seus princípios e normas de comportamento, se submetendo à lei divina
revelada pelos livros sagrados, mediante uma disciplina específica: a teologia dogmática.
Ao falarmos em ética na dimensão religiosa, fechamos o discurso, uma vez que nos atemos para
uma proposta de livre escolha e decisão, pois tudo já vem subjugado por algo maior e determinante.
Com o avanço das ideias do Iluminismo, a humanidade deixou de lado o Teocentrismo (Deus
como centro de todas as decisões) e colocou o próprio homem no lugar Dele, fazendo nascer o
Antropocentrismo (o homem como centro de tudo).
No período iluminista − conhecido como a “Era da Luz” − o homem passou a representar o ser
absoluto dele próprio, deixando de lado as afirmações categóricas, dogmáticas, autoritárias e suas
distorções da vontade criadas pela concepção de pecado.
Fazendo uma análise entre ética frente a ética religiosa, entendemos que na primeira o indivíduo
tem a livre escolha de seus atos, enquanto a ética religiosa está atrelada à fé. Ir de encontro com a
ética religiosa é afirmar que a moral está na conformidade com a vontade de Deus e que o mal é ir
contra essa vontade absoluta.
Leitura obrigatória
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Quer saber mais? Então não deixe de ler os textos indicados a seguir:
<http://www.ihu.unisinos.br/noticias/529499-a-etica-do-papa-francisco-artigo-de-giannino-pian
a>
<http://www.recantodasletras.com.br/redacoes/3427313>
TEMA 4 - ÉTICA DO DEVER
Para entendermos a ética do dever, devemos inicialmente entender alguns conceitos estudados
por grandes filósofos ao longo do tempo. Segundo artigo produzido pela PUC/Rio, o homem é
concebido como um indivíduo, como um ser que, por essência, não precisa pertencer a uma
comunidade. É verdade que, de fato, os homens vivem e precisam mesmo viver, por questões de
proteção, com outros homens, mas esse conviver não faria parte do que é o homem.
Ainda, acresce-se à noção de indivíduo uma outra característica: a de igualdade. Se
pesquisarmos no dicionário e em alguns livros, a igualdade é a falta de diferenças entre duas coisas,
que possuem o mesmo valor ou são interpretadas a partir do mesmo ponto de vista, em comparação
a outra coisa ou pessoa. A palavra igualdade tem relação com o conceito de uniformidade, de
continuidade, ou seja, quando há um padrão entre todos os sujeitos ou objetos envolvidos. Ainda
segundo o artigo da PUC/Rio, por princípio os homens são todos iguais. Isso significa que não mais
se assume que o ser humano possua um papel na cadeia de seres, na estrutura da natureza, nem que
se possa, no interior do grupo humano, falar de diferentes funções de homens, como afirmava Platão
na Politeía.
Por fim, um terceiro ponto característico do homem moderno, segundo o artigo da PUC/Rio,
consiste no fato de ele ser concebido como livre. Ele é, também por princípio, tanto livre de restrições
impostas a ele por instâncias externas, quanto livre para seguir o curso de vida que melhor lhe
aprouver. A esse aspecto da liberdade, associa-se a autonomia e a capacidade do homem de atribuir-
se, ele próprio a si próprio, as regras pelas quais pautará sua vida e suas ações.
Percebe-se que diante de tal visão do homem, cada indivíduo determina para si mesmo o curso
de vida que quer seguir. As ideias de bem, de boa vida, ficam deixadas à deliberaçãode cada um.
Fica a pergunta: Como conviver entre humanos de modo a evitar conflitos?
http://www.ihu.unisinos.br/noticias/529499-a-etica-do-papa-francisco-artigo-de-giannino-piana
http://www.recantodasletras.com.br/redacoes/3427313
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Essa pergunta nos remete à ética do dever que tem início com o filósofo alemão Immanuel Kant
(1724-1804), que afirmou que “a moral propriamente dita, não é doutrina que nos ensina como
sermos felizes, mas como devemos tornar-nos dignos da felicidade”. Segundo Kant, a ética do dever
centrou-se na razão humana, deixando de lado muitos dos conceitos e formulações da ética religiosa,
colaborando para que a pessoa fosse autônoma e, consequentemente, livre.
Uma vez que o homem pensa, abre-se perante ele a possibilidade de seguir por sua própria
razão, sem se deixar enganar pelas crenças, tradições e opiniões alheias. O indivíduo é um ser
sensível por natureza, uma vez que é condicionado por suas disposições naturais. Porém, por outro
lado, é um ser racional, alguém capaz de se regular por leis que impõe a si mesmo. A essa imposição
chamamos de dever: não é uma obrigação externa, e sim a expressão da lei moral em nós, ou seja, o
senso moral inato ao ser humano e não derivado da experiência sensorial ou religiosa (Santos e
Morujão, 2001).
Figura 3 – Immanuel Kant
Fonte: A Filosofia. Disponível em: <http://www.afilosofia.com.br/post/immanuel-kant/436> Acesso em 20/04/2016.
Para Kant, o indivíduo deve agir o mais perfeitamente que puder, eis o fundamento primário de
toda obrigação de agir. Assim, a ética do dever vem do reconhecimento do que a própria pessoa faz
de si mesma e que, pela razão, chega à necessidade obrigatória de obedecer a certas regras: os
imperativos categóricos.
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) expôs essa ideia de que todos os seres humanos têm a
capacidade de distinguir o bem do mal e que, pela razão, todas as pessoas são chamadas a cumprir o
seu dever, como base de toda a ética do dever de Kant, o qual também sofreu grande influência do
Iluminismo.
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Para Kant, a razão deve ser submetida a uma análise sobre as diversas possibilidades de ação, ou
seja, é pela razão que o ser humano se distingue do animal, conferindo-lhe a qualidade de pensar
por si próprio. É por ela que a pessoa se torna autônoma e livre.
A seguir, alguns exemplos dos chamados imperativos categóricos de Kant:
Princípio da autonomia de Kant
"Age como se a máxima de tua ação devesse tornar-se, por tua vontade, lei universal da
natureza."
Imperativo Universal de Kant
"A máxima do meu agir deve ser por mim entendida como uma lei universal, para que todos a
sigam."
Imperativo Prático de Kant
"Age de tal modo que possas usar a humanidade, tanto em tua pessoa como na pessoa de
qualquer outro, sempre como um fim ao mesmo tempo e nunca apenas como um meio."
Saiba mais
Jürgen Habermas é filósofo do Instituto de Pesquisa Social, em Frankfurt (Alemanha). O texto a
seguir foi apresentado na Conferência do Mês (IEA/USP): "Zum pragmatischen, ethischen und
moralise hen Gebrauch der praktischen Vernunft", realizada em outubro de 1989. Boa leitura!
<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-40141989000300002&script=sci_arttext>
TEMA 5 - FINALISMO E UTILITARISMO
FINALISMO
Ao se tratar do tema finalismo, é primordial se ater ao uso da terminologia em si, pois esta aceita
diversos sentidos, oferecendo algumas possibilidades de equívocos devido às palavras fim e
finalidade. Porém, para evitar enganos, aqui trataremos especificamente da dimensão ética como o
princípio que admite uma finalidade.
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-40141989000300002&script=sci_arttext
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Para Japiassú e Marcondes (2008), o finalismo é doutrina que transpõe o princípio de finalidade
para a ordem da metafísica, com o objetivo de explicar os fenômenos do mundo material ou moral,
tanto pela intervenção de um espírito criador e providencial quanto em função de um futuro
"apocalipse" que virá justificar tudo o que se passou anteriormente.
Segundo Alencastro (2013), os finalistas não partem de regras, mas de objetivos, e avaliam as
suas ações à medida que favorecem esses objetivos. Assim, para se definir o rumo certo de uma ação,
inicialmente deve-se escolher um fim acertado e depois decidir sobre o meio para alcançá-lo.
Dentre os teóricos que trataram da ética, Aristóteles tem como especificidade ser finalista, ou
seja, entende que o homem, em todas as suas ações, tem por finalidade alcançar algo (um bem final).
Esse bem final, que em uma escala hierárquica é o maior de todos os outros, é a felicidade.
Para os finalistas, a felicidade se focaliza no bem, no efeito da ação, sempre como um fim a ser
obtido pelo indivíduo e não por meio da observância de determinações ou mandamentos.
Assim, podemos nos remeter ao pensamento elaborado por Nicolau Maquiavel no século XV em
seu livro O príncipe, expondo um modelo de governo norteado por um princípio segundo o qual, na
política, “os fins justificam os meios”.
Portanto, para Aristóteles, “a natureza de uma coisa é o seu estágio final, porquanto, o que cada
coisa é quando seu crescimento se completa, nós chamamos de natureza de cada coisa, quer falemos
de um homem, de um cavalo, de uma família, ou até mesmo da política. Mais ainda: o objetivo para o
qual cada coisa foi criada – sua finalidade – é o que há de melhor para ela, e a autossuficiência é uma
finalidade e o que há de melhor” (ARISTÓTELES, Política, I, 1253b, 15)
Para todos os filósofos finalistas os objetivos são as finalidades e não partem de regras. Para eles,
deve-se primeiramente escolher um objetivo − um fim apropriado – e, depois, decidir sobre a
maneira como alcançá-lo.
UTILITARISMO
Para Japiassú e Marcondes (2008), o utilitarismo é a doutrina ética defendida sobretudo por J.
Bentham e J. S. Mill. Na definição de Mill, "as ações são boas quando tendem a promover a
felicidade, más quando tendem a promover o oposto da felicidade". As ações, boas ou más, são
consideradas assim do ponto de vista de suas consequências, sendo o objetivo de uma boa ação, de
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acordo com os princípios do utilitarismo, promover em maior grau o bem geral. As críticas ao
utilitarismo geralmente apontam para a dificuldade de se estabelecer um critério de bem geral, e
para o fato de que, em nome deste bem geral, essa doutrina aceita o sacrifício de uma minoria, sem
considerar as intenções e motivos nos quais a ação se baseia, levando em conta apenas os seus
efeitos e consequências (JAPIASSÚ e MARCONDES, 2008).
O utilitarismo surgiu em meados do século XVIII, na Inglaterra, tendo sua gênese nos filósofos
Jeremy Bentham (1748-1832) e John Stuart Mill (1806-1873), situando a prática das ações de acordo
com sua utilidade, ou seja, relacionaram o útil ao bom, baseando-se para tal em preceitos éticos.
Bentham e Stuart Mill entendem então, que uma ação é eticamente correta se ela tiver por objetivo
alcançar a felicidade, não no sentido meramente individual, mas no aspecto coletivo, de forma não
egoísta, a fim de evitar atitudes humanamente impulsivas. Desse modo, a ética utilitarista rejeita o
egoísmo.
Assim, conforme Mário Alencastro (2013), o utilitarismo vê o bom como aquilo que é útil para a
maioria, tornando-se assim uma espécie de altruísmo ético, sempre admitindo a possibilidade do
sacrifício individual a favor da coletividade.
Portanto, uma atitude só deve ser concretizada se for para o bem de um grande número de
pessoas. Assim, antes da efetivação de uma ação, ela deve ser avaliada sob o ponto de vista dos seus
resultados práticos.
O princípio básico da teoria ética do utilitarismo é: “se é útil, é porque é bom”.
O utilitarismo se diferencia de outros princípioséticos de caráter bom ou mal, pois, de acordo
com o utilitarismo, é possível que uma ação boa seja resultado de uma motivação ruim, ou seja, a
ação não depende da motivação de quem a pratica, afinal, uma intenção negativa pode gerar
consequências úteis e benéficas a um coletivo maior.
De acordo com John Stuart Mill: “O credo que aceita a Utilidade ou Princípio da Maior Felicidade
como fundamento da moral, sustenta que as ações são boas na proporção com que tendem a
produzir a felicidade; e más, na medida em que tendem a produzir o contrário da felicidade. Entende-
se por felicidade o prazer e a ausência de dor; por infelicidade, a dor e a ausência de prazer” (MILL,
1962).
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Os utilitaristas entendem que o objetivo da ética é proporcionar o máximo de felicidade para o
maior número de pessoas. Segundo Alencastro (2013), esse seria o princípio da “maior felicidade” ou
“maior utilidade”. Neste sentido, a felicidade estaria na procura do máximo prazer e no mínimo de
dor, o bem está na maior felicidade ao maior número de indivíduos, e as ações positivas são aquelas
que a produzem.
Para Mill (1962), “A felicidade é o único fim da ação humana e sua consecução, o critério para
julgar toda conduta”.
NA PRÁTICA
Leia o trecho a seguir, para aprofundar seus conhecimentos sobre o Islã, sua origem (a civilização
que se ergueu sobre a base da fé islâmica), crenças e principais tradições. Uma parte fala sobre como
esses indivíduos lidam com a influência ocidental sobre suas vidas.
“[...] McDonalds no Líbano – Os extremistas, que enxergam o mundo pela oposição entre Jesus e
Maomé, se ressentem da avassaladora influência ocidental sobre o planeta – nos costumes, nos
hábitos de consumo, no modo de vida. Tanto que, em países dominados por radicais islâmicos,
especialmente os talibãs do Afeganistão, tudo o que lembra a cultura ocidental é proibido e
severamente punido. Mas, de novo, isso não é uma regra. No Irã, há grandes anúncios de produtos
ocidentais pelas ruas de Teerã, existem mulheres procurando cirurgiões plásticos, num sinal de
vaidade antes inadmissível, e é muito expressivo o contingente feminino que frequenta a
universidade – uma raridade em algumas nações islâmicas que confinam a mulher aos limites do lar.
"Há aspectos do capitalismo ocidental que são plenamente aceitos pelas populações muçulmanas",
diz um diplomata brasileiro que serviu por oito anos no Líbano. "As cadeias de fast food, como o
McDonald's, fazem sucesso do Marrocos ao Líbano," diz ele. [...]”
“[Os extremistas] são mulçumanos que integram algumas ramificações da religião, como os do
Sunitas do Afeganistão e os xiitas do Líbano, porém a maioria dos mulçumanos repudia suas ações,
por exemplo, os ataques suicidas. O primeiro equívoco comum entre ocidentais e cristãos é
considerar todo islâmico um extremista suicida e, por extensão, um terrorista em potencial", adverte
a historiadora Maria Aparecida de Aquino, da Universidade de São Paulo. [...]”
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Fonte: Veja on-line. 
Disponível em: <http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/islamismo/contexto_analise.html> Acesso em: 25/04/2016.
Como a maioria condena algumas ações dos extremistas, aderir a uma cultura diferente pode ser
menos complicado. Levando em consideração o que estudamos, os extremistas são éticos em suas
ações?
SÍNTESE
Nesta aula, trabalhamos questões que dizem respeito as mudanças e evolução das teorias sobre
a ética empresarial, pois é de fundamental importância conhecer e analisar algumas das diversas
teorias que vêm norteando a ética no decorrer da história, com suas mudanças e evoluções
conceituais. Assim, percorremos um caminho histórico e conceitual de algumas das teorias éticas
mais importantes no curso da história da filosofia, assim vistas: Ética das virtudes (a.C. − Sócrates,
Platão, Aristóteles etc.); Ética religiosa (Era Cristã); Ética do dever (Kant 1724-1804); Finalismo (século
XV) e Utilitarismo (Bentham e Stuart Mill).
Pudemos perceber que as teorias são concebidas e se desenvolvem nos mais diversos tipos de
sociedade, sempre respondendo aos conflitos e aos problemas de cada época nas relações entre as
pessoas em convivência dentro dela.
REFERÊNCIAS
ALENCASTRO, M. Ética empresarial na prática: liderança, gestão e responsabilidade
corporativa. Curitiba: Intersaberes, 2013
ARISTÓTELES. Política. Trad. Mário da Gama Kury. 3. ed. Brasília: UnB, 1997.
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Ross. São Paulo: Nova Cultural, 1996.
BETTENCOURT, P. Ética da virtude? Disponível em: <www.portalcoimbra.com/portal/o-que-e-eti
ca-da-virtude-aristoteles> Acesso em 20/04/2016.
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JAPIASSÚ, H. MARCONDES, D. Dicionário básico de Filosofia. 5. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.
KANT, I. Crítica da razão pura. 5. Edição. Tradução: SANTOS, M. P. e MORUJÃO, A. F. Lisboa:
Fundação Calouste Gulbenkian, 2001. Disponível em: <http://charlezine.com.br/wp-content/uploads/
Cr%C3%ADtica-da-Raz%C3%A3o-Pura-Kant.pdf>  Acesso em 20/04/2016.
LEVENE, L.  Penso, logo existo: tudo o que você precisa saber sobre Filosofia. Tradução de
Debora Fleck. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2013.
MILL, J.S. On liberty. Edited with an introduction by Mary Warnock. Nova York: Meridian Book,
1974.
MONDIN, B. Introdução à Filosofia: problemas, sistemas, autores, obras. Tradução de J. Renard.
São Paulo: Paulus, 1980.
NALINI, J. R. Ética geral e profissional. Curitiba: Revista dos Tribunais, 1997.
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PUC/RIO. Temas Fundamentais da Arquitetônica do Pensamento Ético-Filosófico de Lima
Vaz. Disponível em: <http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/3744/3744_3.PDF>  Acesso em 20/04/2016.
RODRIGUES, F. Ética do bem e ética do dever. Disponível em: <http://www.oquenosfazpensar.c
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VALLS, A. L. M. O que é ética. São Paulo: Editora Brasiliense, 1994.
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