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Acesso à Informação Científica e Tecnológica IFRS

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Acesso à Informação Científica e Tecnológica 
1.1 Vamos pesquisar? 
Ao longo de nossa vida, nos deparamos com diversos questionamentos e 
problemas, para os quais necessitamos buscar respostas e soluções. 
No meio acadêmico e científico, não é diferente: pesquisas surgem da inquietação 
e da necessidade de sanar lacunas, solucionar problemas, compreender 
fenômenos, explicar comportamentos das mais diversas naturezas. 
Evidencia-se, portanto, que o processo de pesquisa se inicia de um problema, a 
respeito do qual não possuímos conhecimento para responder/resolver e, como 
consequência, buscamos informações. 
 
Fonte: Criação dos autores 
A busca de informações requer o bom uso das fontes de informação. Mas, afinal de 
contas, o que são fontes de informação? 
 
 
O que é uma fonte de informação? 
Arruda (2002, p. 99), afirma que “[...] fontes de informação designam todos os tipos 
de meios (suportes) que contêm informações suscetíveis de serem comunicadas.” 
Para Dias e Pires (2005), as fontes primárias devem conter informações originais ou, 
pelo menos, novas interpretações de fatos ou ideias já conhecidas, como livros, 
artigos de periódicos, teses, dissertações e até mesmo fotografias. 
As secundárias têm o objetivo de facilitar o uso das primárias. Entre elas destacam-
se os dicionários, as enciclopédias, os manuais, bases de dados, etc. 
Já as terciárias direcionam os usuários para as outras duas já mencionadas e são os 
resumos, os índices e os guias. 
Além disso, quando fazemos alguma pesquisa é necessário termos clareza quanto 
aos seguintes aspectos: 
• O que pesquisar (assunto) 
• Como pesquisar (estratégias) 
• Onde pesquisar (fontes) 
1.2 O que pesquisar 
Neste item, é importante ter em mente onde desejamos chegar! 
Dentro desta perspectiva, é necessário definir: qual é o assunto? Qual é o perfil da 
pesquisa? Qual é o tema da pesquisa? 
O tema é o problema da pesquisa e está relacionado com os objetivos. Por essa 
razão, delimitar a pesquisa é importante no aspecto de definir o foco da pesquisa: 
quais questões serão elucidadas, quais serão as hipóteses que compõem o escopo 
do estudo. Essas informações são essenciais para estabelecer os termos e as 
palavras-chave utilizadas na estratégia de busca. 
Para o estabelecimento das palavras-chave, é fundamental levar em consideração 
temas relacionados, o conhecimento prévio sobre o tema, delimitadores da 
pesquisa (tempo, prazo, idioma, área geográfica). 
Todos os aspectos apresentados aqui irão determinar os critérios de inclusão ou 
exclusão no momento de definir a literatura a ser utilizada! 
1.3 Como pesquisar 
Antes de irmos diretamente aos portais e às bases de dados, é importante darmos 
continuidade ao planejamento da pesquisa que iniciou no item “O que pesquisar”. 
Dessa forma, neste item vamos entender um pouco sobre o que é uma estratégia 
de busca, como formulá-la e quais os erros comuns que podem interferir em nossos 
resultados. 
 
 
Estratégia de busca: 
"[...] técnica ou conjunto de regras para tornar possível o encontro entre uma 
pergunta formulada e a informação armazenada em uma base de dados. Isto 
significa que, a partir de um arquivo, um conjunto de itens que constituem a resposta 
de uma determinada pergunta será selecionado." (LOPES, 2002, p.61) 
Portanto, compreende-se que a estratégia é a maneira de especificar a 
combinação de termos (palavras-chave) que serão utilizados para realizar as 
buscas e recuperar com sucesso as informações pretendidas. 
Além da definição e da combinação dos termos utilizados, é necessário estar atento 
para as regras e prioridades que cada portal e base de dados utiliza para 
apresentar seus resultados. Para isso, é fundamental que, antes de iniciarmos a 
busca, estejamos familiarizados com a interface, recursos de truncagem, 
operadores lógicos. Essas informações podem ser encontradas nas abas de ‘ajuda’, 
‘about’, ‘help’, ‘sobre’. 
Seguem agora algumas dicas de como planejar a estratégia de busca: 
• Relacionar palavras significativas que descrevam o tema 
(substantivos e adjetivos); 
• Ignorar palavras ‘vazias’ (artigos, preposições, etc.); 
• Verificar termos correlatos, sinônimos, nomes populares e científicos, 
autores referências na área; 
• Usar variações das palavras: plural/singular; 
• Listar as palavras-chave em outros idiomas (inglês e espanhol); 
• Utilizar os recursos de busca; 
• Estabelecer critérios de inclusão/exclusão (abrangência do assunto). 
Agora veremos alguns recursos que podem ser utilizados na hora de fazer a 
estratégia de busca: 
 
Tesauro: 
Vocabulário controlado com termos de determinada área do conhecimento. 
“Os Tesauros são listas de palavras de uma determinada área, apresentando o 
relacionamento entre os termos utilizados naquele assunto ou área do 
conhecimento. Os relacionamentos entre os termos, mais comumente 
apresentados nos tesauros, são do tipo hierárquico (do geral para o específico) de 
equivalência (termos sinônimos) e de associação (termos relacionados)”. (DIAS, 
2003) 
 
 Truncagem ($, *, ?): 
* (sinal de asterisco): recupera de nenhum a vários caracteres. Ex.: Livr* (livro, livros, 
livreiro, livraria) 
$ (sinal de cifrão): recupera um ou nenhum caractere. Ex.: colo$r (color, colour) 
? (ponto de interrogação): recupera apenas um caractere. Ex.: en?oblast 
(entoblast, endoblast) 
 
 Operadores Booleanos: 
Trata-se de operadores lógicos que relacionam palavras ou expressões no processo 
de busca bibliográfica definindo a relação entre os termos. 
Os mais usados são AND, OR e NOT. 
AND: combina termos de forma que os resultados contenham todos os termos 
buscados. 
Ex.: salada de frutas AND granola (restringe a busca) 
OR: combina os termos de forma que os resultados contenham pelo menos um dos 
termos. 
Ex.: álgebra OR trigonometria (amplia a busca) 
NOT: exclui um dos termos que são dispensáveis à pequisa. 
Ex.: gás NOT hélio (exclui um dos termos) 
 
 Fonte: SILVA, Andréa de Benedetto. Operadores booleanos: como utilizá-los para recuperação da informação. Biblioo. 2016. 
 
Veja a seguir um exemplo: 
And Or Not 
Cada resultado 
contém todos os termos 
da pesquisa 
Cada resultado 
contém pelo menos 
um termo da pesquisa. 
Os resultados não 
contêm os termos 
especificados. 
A 
pesquisa coração and p
ulmão recupera itens 
que contêm 
ambos coração e pulmã
o. 
A 
pesquisa coração or pu
lmão encontra itens 
que 
contêm coração ou pul
mão. 
A 
pesquisa coração not pul
mão encontram itens que 
contêm coração mas 
não contêm pulmão 
Fonte: Ebsco, 2020. 
 
Outro exemplo: 
Operador Booleano Definição Exemplo 
AND Recupera registros que 
contém todos os termos 
de busca 
“Educação Inclusiva” 
AND Surdo 
OR Recupera registros que 
contém ao menos um 
dos termos pesquisados 
“Saúde Pública” AND 
zoonose OR “Public 
Health” AND zoonosis 
NOT Elimina termos de 
pesquisa. Cuidado ao 
usar o operador NOT 
"Public Health" 
AND zoonosis NOT dog 
Fonte: os autores. 
 
 Aspas “ ” 
Utiliza-se para realizar pesquisas por frases exatas e/ou expressões de busca, com as 
palavras entre aspas. 
Ex.: “infraestrutura de transportes”, “ser ou não ser”, "Saúde Pública". 
 
Parênteses ( ) 
Utiliza-se para agrupar termos de pesquisa para melhor expressar uma consulta ao 
sistema (seguindo a lógica matemática). 
Ex: (infraestrutura OR transportes) AND Brasil 
 
A seguir veremos alguns exemplos de temas e estratégias de busca para que você 
possa visualizar um pouco do que trabalhamos até o momento. Abaixo dos quadros 
está escrita a expressão de busca a ser colocada na base ou portal onde será 
realizada a pesquisa. 
TEMA: Fatores que contribuem para o aparecimento de insuficiência renal em 
pessoas com diabetes mellitus. 
ASSUNTO 1 ASSUNTO 2 ASSUNTO 3 
“Fatores de risco” 
OR 
“Fator de risco” 
OR 
Complicações 
AND “Insuficiência renal 
crônica” 
OR 
“Insuficiênciado rim 
crônica” 
OR 
“Nefropatia crônica” 
AND “Diabetes Mellitus” 
OR 
“Diabete Melito” 
OR 
“Diabetes Melito” 
((“Fatores de risco” OR “Fator de risco” OR Complicações) AND (“Insuficiência renal 
crônica” OR “Insuficiência do rim crônica” OR “Nefropatia 
crônica”) AND (“Diabetes Mellitus” OR “Diabete Melito” OR “Diabetes Melito”)) 
Fonte: UNIVERSIDADE FEDERAL...(2020). 
 
Observem que para cada assunto foram utilizadas variações terminológicas com a 
finalidade de ampliar o escopo da busca. 
ASSUNTO 1 ASSUNTO 2 
“Gestão do conhecimento” 
OR 
“Gestão estratégica do 
conhecimento” 
AND “Serviço público” 
OR 
“Setor público” 
OR 
“Administração pública” 
((“Gestão do conhecimento” OR “Gestão estratégica do 
conhecimento”) AND (“Serviço público” OR “Setor público” OR “Administração 
pública”)) 
 
Fonte: UNIVERSIDADE FEDERAL...(2020). 
 
Para melhor organização das etapas a serem cumpridas, você pode seguir o 
esquema a seguir, conforme Lopes (2002): 
• 1ª Etapa: Discussão do tópico geral da pesquisa; 
• 2ª Etapa: Conhecimentos básicos sobre os instrumentos de busca; 
• 3ª Etapa: Formulação “provisória” da estratégia de busca; 
• 4ª Etapa: Compreensão da lógica dos conjuntos de termos; 
• 5ª Etapa: Interdisciplinaridade; 
• 6ª Etapa: Eliminação de termos indesejados; 
• 7ª Etapa: Especificação dos parâmetros relevantes para a execução 
da busca. 
Lembre-se de tentar utilizar ao máximo os recursos de refinamento de pesquisa que 
a base oferece. Alguns dos mais comuns são: 
• Tipo de documento (artigo, livro, capítulo de livro, patentes, relatórios, 
etc.); 
• Revisão pelos pares; 
• Data da publicação (período da pesquisa. Por exemplo: 2010 a 2020); 
• Língua (idioma); 
• Assunto principal; 
• Base (no caso em que a pesquisa é realizada em várias bases 
simultaneamente, como ocorre no Portal Capes, que busca em diversas bases de 
dados ao mesmo tempo). 
 
Fique atento! 
Listamos alguns erros comuns que podem prejudicar sua recuperação da 
informação: 
• Lógica booleana utilizada erroneamente. 
• Diferenças nas bases de dados: lembre-se que é preciso fazer um 
reconhecimento inicial do portal ou da base de dados que será utilizada. 
• Erro de digitação: fique atento no momento de escrever os termos. 
• Problemas com a estratégia de busca: não esqueça de colocar 
variáveis do termo, termos sinônimos, plural e singular. 
• Seleção de palavras/termos (Tesauro): os termos utilizados são 
reconhecidos dentro da temática de estudo? 
• Idioma: haverá diferença de resultados nos diferentes idiomas. 
Quando fazemos a busca em português, os resultados serão diferentes de quando 
a mesma busca é realizada no idioma inglês, por exemplo. 
1.4 Onde pesquisar 
Existem diversos meios e lugares que podemos utilizar como fonte de informação 
para nossas pesquisas: livros, periódicos, eventos, guias, resumos, pessoas. Cabe ao 
pesquisador estabelecer, além do tema, quais fontes serão utilizadas para embasar 
sua pesquisa. 
A internet possui uma imensidão de conteúdos, alguns bons, outros ruins. Alguns com 
interesse econômico, outros com finalidades científicas. Além disso, mais do que 
nunca, precisarmos estar atentos às fake news que são disseminadas e possuem um 
alcance alto e rápido no meio digital. Por isso, ao utilizarmos recursos disponíveis na 
internet, é importante que observemos alguns aspectos que podem ser indicativos 
de informações confiáveis ou não. Além disso, é imprescindível que tenhamos 
sempre um olhar crítico a respeito do que utilizaremos. 
Bibliotecários norte-americanos, com o intuito de facilitar essa análise, criaram um 
teste para avaliar fontes na internet: o CRAAP (Currency, Relevancy, Authority, 
Accuracy, Purpose). 
Traduzindo para o português, trata-se da observação dos seguintes critérios: 
Atualidade: dentro de cada contexto e área de estudo, o critério de atualidade 
será avaliado de diferentes maneiras, por isso o pesquisador deve estar familiarizado 
com a temática para poder avaliar como os fluxos informacionais se comportam 
em sua área de estudo. Por exemplo: uma notícia sobre a Covid-19 de março de 
2020 estará desatualizada em poucos meses em virtude da velocidade de 
mudanças e descobertas que vêm sendo feitas dentro dessa temática de estudo. 
Por isso o pesquisador precisa estar atento à atualidade da informação em si, não 
somente à data. Além disso, esteja atento se os links da página consultada 
funcionam, se há data de criação do site e data da última atualização. 
Relevância: o quão relevante o conteúdo encontrado é para meu estudo? Ele 
corresponde ao que procuro? O quão útil essa informação é para minha pesquisa? 
A informação é descrita de maneira objetiva ou é possível perceber um viés 
tendencioso? Por exemplo: um estudo que foca em crianças com dificuldade de 
aprendizagem. Nessa situação, estudos que tratem de dificuldades de 
aprendizagem na vida adulta não serão relevantes, a menos que em algum 
momento do estudo eu queira estabelecer uma relação entre as dificuldades das 
crianças e as dificuldades dos adultos. 
Percebam que é uma atividade que exige tempo e análise crítica, levando sempre 
em consideração qual é o foco da pesquisa! 
Autoridade: nesse ponto, é importante verificar se a autoria do conteúdo está 
disponível e bem identificada. Além disso, ao identificar a autoria é necessário 
verificar se o autor é reconhecido e habilitado a escrever sobre a temática, por isso 
é importante pesquisar a fonte com a finalidade de verificar a validade da 
informação. Complementando essas duas informações, é interessante que o 
contato do autor esteja disponível para que, em caso de dúvidas, seja possível 
contatá-lo. 
Confiabilidade: esse critério diz respeito a precisão, veracidade e exatidão da 
informação. É preciso compreender qual a confiabilidade da informação na nossa 
necessidade de informação: a informação possui referências às quais está 
respaldada? Foi realizada revisão por pares? A linguagem é objetiva e imparcial, 
está de acordo com a norma culta? 
Objetividade: por fim, outro ponto a ser observado é quanto à objetividade da 
informação. É preciso se questionar sobre o porquê daquela informação: por que 
ela foi criada? Para quem ela foi criada/qual seu público? Ela atende a nossa 
necessidade para a pesquisa ou ela atende a outros propósitos? 
1.5 Referências 
ARRUDA, Susana Margaret de. Glossário de Biblioteconomia e Ciências Afins. 
Florianópolis: Cidade Futura, 2002. 
DIAS, Eduardo Wense. Obras de referência. In: CAMPELLO, B. S.; CENDÓN, B. V.; 
KREMER. J. M. (Org.) Fontes de informação para pesquisadores e profissionais. Belo 
Horizonte : Ed. UFMG, 2000. p. 199-216. 
DIAS, Maria Matilde Kronka; PIRES, Daniela. Fontes de Informação: um manual para 
cursos de graduação em Biblioteconomia e Ciência da Informação. São Carlos: 
EdUFSCar, 2005. 
EBSCO. Pesquisa com Operadores Booleanos. 2018. Disponível em: 
https://connect.ebsco.com/s/article/Pesquisa-com-Operadores-
Booleanos?language=en_US. Acesso em: 21 set. 2020. 
FRADE, Marta Diogo. Selecionar e avaliar informação na internet. 2017. Disponível 
em: https://bibliotecas.ips.pt/files/Avaliar_Informacao_Internet.pdf. Acesso em: 20 
set. 2020. 
LOPES, Ilza Leite. Estratégia de busca na recuperação da informação: revisão da 
literatura. Ci. Inf., Brasília, v. 31, n.2, p. 60-71, 2002. Disponível em: 
https://www.scielo.br/pdf/ci/v31n2/12909.pdf. Acesso em: 22 set. 2020. 
SILVA, Andréa de Benedetto. Operadores booleanos: como utilizá-los para 
recuperação da informação. Biblioo, dez. 2016. Disponível em: 
https://biblioo.info/operadores-booleanos/. Acesso em: abr. 2021. 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA. BIBLIOTECA 
CENTRAL. Fontes de informação on-line: nível básico. BU/UFSC: Florianópolis, 2020. 
Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/180831. Acesso 
em: 26 ago. 2020. 
2.1 Indicadoresbibliométricos 
Antes de entrarmos no assunto dos indicadores bibliométricos, vamos conceituar o 
que é bibliometria para que possamos ter uma melhor compreensão de como 
podemos utilizar esses estudos e os próprios indicadores bibliométricos em favor de 
nossa pesquisa. 
Conforme Costa e colaboradores (2012, p. 1): 
"A bibliometria é uma técnica quantitativa e estatística para medir índices de 
produção e disseminação do conhecimento, bem como acompanhar o 
desenvolvimento de diversas áreas científicas e os padrões de autoria, publicação 
e uso dos resultados de investigação." 
Avaliar a produção científica é muito importante para o desenvolvimento da 
ciência, pois permite que sejam analisadas uma série de variantes que vão desde 
índices de citação, redes de autoria e coautoria, até mesmo áreas de estudo que 
não foram muito exploradas e requerem mais estudos e maior aprofundamento. 
Também permitem que sejam visualizadas redes de interligação entre as temáticas, 
autores e até mesmo instituições de pesquisa. Ou seja, são estudos ricos que podem 
inclusive servir de ponto de partida para novas pesquisas, como Pimenta e 
colaboradores (2017, p. 11) afirmam: 
"[...] a bibliometria assume um papel primordial na análise do comportamento da 
produção científica, e possibilita o aumento da visibilidade das novas fontes de 
informações e conhecimentos, partindo da avaliação de patentes, teses, 
dissertações e demais publicações da pesquisa científica." 
Então, agora, vamos aos indicadores bibliométricos! 
Os indicadores bibliométricos são ferramentas utilizadas na avaliação da produção 
científica. Eles podem ser indicadores de qualidade científica (levam em 
consideração as avaliações dos pares, de acordo com a qualidade do conteúdo) 
ou indicadores que contabilizam a atividade científica desenvolvida. 
Os indicadores também podem ser divididos em indicadores de impacto da 
publicação e indicadores de impacto das fontes. 
De maneira geral, os indicadores bibliométricos não são utilizados de maneira 
isolada, pois cada ferramenta analisa seus dados a partir de metodologias 
diferentes e pré-definidas e possui um universo de documentos avaliados também 
diferentes. Por isso, ao ler artigos que tratam da temática ou utilizar como critério de 
recorte para sua pesquisa alguma dessas ferramentas, é preciso muita atenção e 
análise criteriosa antes de escolher. 
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), por 
exemplo, utiliza diversas métricas que são parâmetro para determinar os critérios de 
classificação de periódicos Qualis. 
2.2 Alguns indicadores bibliométricos 
Agora conheceremos um pouco mais sobre algumas destas ferramentas para 
entender quais são os critérios observados e utilizados no estabelecimento das 
métricas. 
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/veiculoPublicacaoQualis/listaConsultaGeralPeriodicos.jsf
Fator de impacto (Impact fator) é uma métrica atribuída pelo Journal Citation 
Reports (JCR) com base na média de citações dos artigos periódicos publicados em 
determinado periódico. O cálculo realizado é: divide-se o número de citações no 
ano pelo número de artigos publicados nos dois anos anteriores. 
Com ele é possível comparar periódicos dentro de uma determinada área do 
conhecimento, auxiliando pesquisadores, gestores, editores e bibliotecários na 
tomada de decisão. O JCR é uma base de dados que avalia periódicos científicos 
indexados na Web of Science. 
Sua origem data de 1955, no artigo Citation indexes for science: a new dimension in 
documentation through association of ideas, de autoria de Eugene Garfield, 
publicado na revista Science. 
 
Índice H é um indicador relacionado à autoria, que analisa quantitativamente a 
produtividade – número de publicações – e o impacto das publicações, ou seja, a 
relevância dos estudos publicados – número de citações. Por essa razão, trata-se de 
um índice que sofre alterações ao longo do tempo, vislumbrando que um artigo 
pode seguir sendo citado ao longo dos anos, assim como a produtividade do autor 
será contínua. 
Por exemplo: se um pesquisador possui Índice H 8, significa que ele possui 8 artigos 
que receberam 8 ou mais citações. 
Algumas bases de dados possuem serviços que já identificam o índice H do autor, 
com base nos artigos indexados dentro de seu acervo. 
 
Índice H5 é desenvolvido pelo Google (Google Scholar Metrics – GSM) e seu cálculo 
baseia-se na compilação das citações dos documentos disponibilizados no Google 
Scholar nos últimos 5 anos. 
 
CiteScore é desenvolvido pela Elsevier e divulgado desde 2016. Trata-se de uma 
série de métricas (CiteScore, CiteScore Tracker, CiteScore Percentile, CiteScore 
Quartiles, CiteScore Rank, Citation Score, Citation Count, Document Count e 
Percentage Cited) criadas para classificar os títulos que foram revisados por pares e 
que estão incluídos na base de dados Scopus. Os cálculos são cumulativos, ou seja, 
considera-se a data de publicação até o final da janela de cálculo. 
 
SCImago Journal Rank (SJR) é um ranking desenvolvido desde 1996 por SCimago e 
faz os cálculos tomando como base as informações contidas na base de dados 
Scopus, da Elsevier. O objetivo é divulgar a visibilidade dos periódicos indexados na 
base. Além disso, é possível analisar um periódico isoladamente ou mesmo fazer 
comparações com outros periódicos. É possível fazer agrupamentos por áreas 
temáticas, categorias de assunto ou país. 
 
Agora que já sabe um pouco sobre os indicadores bibliométricos, você pode 
acessar os portais de busca e fazer testes do uso dessas ferramentas. Pode também 
utilizar informações como fator de impacto, entre outras, na seleção de 
documentos e fontes de informação a serem utilizadas em suas pesquisas! 
No Módulo 3, iremos explorar o que é o Acesso Aberto e indicaremos algumas fontes 
de informação de diversas áreas do conhecimento que estão disponíveis neste 
formato. 
2.3 Referências 
COSTA, Teresa et al. A Bibliometria e a Avaliação da Produção Científica: 
indicadores e ferramentas. Actas do Congresso Nacional de Bibliotecários, 
Arquivistas e Documentalistas, Lisboa, n. 11, 2012. Disponível em: 
https://www.bad.pt/publicacoes/index.php/congressosbad/article/view/429/pdf. 
Acesso em; 22 mar. 2021. 
PIMENTA, Alcineide Aguiar et al. A bibliometria nas pesquisas acadêmicas. Scientia: 
revista de ensino, pesquisa e extensão, v. 4, n. 7, 2017. Disponível em: 
https://flucianofeijao.com.br/novo/wp-
content/uploads/2017/12/EDUCAR_PARA_A_CIDADANIA_FINANCEIRA.pdf. Acesso 
e: 24 mar. 2021. 
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL. Biblioteca Central 
Irmão José Otão. Bibliometria. 2019. Disponível 
em: https://biblioteca.pucrs.br/apoio-a-pesquisa/bibliometria/. Acesso em: 01 out. 
2020. 
PORTAL DE PERIÓDICOS CAPES. Índice H para pesquisadores: entenda o que 
significa e como obter. 2017. Disponível em: 
https://www.periodicos.capes.gov.br/?option=com_pnews&component=Clipping
&view=pnewsclipping&cid=970&mn=0. Acesso em: 01 out. 2020. 
SCIMAGO JOURNAL & COUNTRY RANK. About Us. [2020]. Disponível em: 
https://www.scimagojr.com/aboutus.php. Acesso em: 01 dez. 2020. 
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Agência USP de Gestão da Informação 
Acadêmica. Impacto da Pesquisa: valores CiteScore 2019 da Base Scopus são 
divulgados e metodologia é modificada. Disponível em: 
https://www.aguia.usp.br/noticias/impacto-da-pesquisa-valores-citescore-2019-da-
base-scopus-sao-divulgados-e-metodologia-e-modificada/. Acesso em: 08 out. 
2020. 
https://biblioteca.pucrs.br/apoio-a-pesquisa/bibliometria/
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS. Periódicos UFMG. Você sabe o que é 
Indicadores bibliométricos? A gente te conta! 2017. Disponível em: 
https://www.ufmg.br/periodicos/voce-sabe-o-que-e-indicadores-bibliometricos-a-
gente-te-conta/. Acesso em: 01/12/2020. 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS. Comissão para elaboraçãodo Portal de 
Periódicos UFSCAR. O que é o Journal Citation Reports (JCR)? 2015. Disponível 
em: http://www.periodicos.ufscar.br/noticias/o-que-e-o-journal-citation-reports-jcr. 
Acesso em: 30 set. 2020. 
3.1 O que é Acesso Aberto? 
O que é Acesso Aberto? 
Acesso Aberto pode ser definido como: 
"[...] disponibilização livre e pública na internet, permitindo a quaisquer usuários ler, 
baixar, copiar, distribuir, imprimir, buscar ou vincular aos textos completos 
desses artigos, indexá-los, processá-los como dados em software, ou utilizá-los em 
qualquer propósito dentro da lei, sem barreiras financeiras, legais ou técnicas que 
não sejam as do simples acesso à Internet. A única limitação sobre a reprodução e 
a distribuição e o único papel do copyright neste domínio devem ser dados aos 
autores o controle sobre a integridade de sua obra e o direito de serem 
propriamente reconhecidos e citados." (BUDAPEST..., 2002). 
No Glossário do Acesso Aberto, de autoria da FIOCRUZ, Acesso Aberto é definido 
como: “Disponibilização na internet de literatura de caráter acadêmico ou 
científico, permitindo a qualquer usuário ler, baixar (fazer download), copiar, 
distribuir, imprimir, pesquisar ou referenciar (fornecer link) o texto integral dos 
documentos.” (FUNDAÇÃO...). 
O Acesso Aberto é uma das iniciativas que compõem o movimento da ciência 
aberta. Há diversas outras iniciativas que buscam promover ampla divulgação, 
transparência e democratização do acesso, bem como redes de 
compartilhamento de informações promotoras de desenvolvimento científico. 
http://www.periodicos.ufscar.br/noticias/o-que-e-o-journal-citation-reports-jcr
 
Fonte: FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. O que é ciência aberta?, 2018. 
Descrição da imagem: Sob um guarda-chuva aberto, oito bolas coloridas com os 
dizeres: Acesso Aberto, Dados Abertos, Ciência Cidadã, Revisão por pares aberta, 
Código aberto, Caderno aberto de laboratório, Recursos educacionais abertos, 
Redes sociais Científicas. 
 
Nessa perspectiva, o governo brasileiro criou o Portal Brasileiro de Dados Abertos 
(https://dados.gov.br/), onde é possível realizar diversas pesquisas de dados de 
diversas instituições, que podem ir desde informações cartográficas até censos, 
dados financeiros, entre outros. 
O Portal Brasileiro de Dados Abertos é a ferramenta disponibilizada pelo governo 
para que todos possam encontrar e utilizar os dados e as informações públicas. O 
portal preza pela simplicidade e organização para que você possa encontrar 
facilmente os dados e informações que precisa. O portal também tem o objetivo 
de promover a interlocução entre atores da sociedade e com o governo para 
pensar a melhor utilização dos dados, promovendo impactos positivos sob os pontos 
de vista social e econômico. (BRASIL, 20--). 
No exemplo que segue, pesquisamos por projeto de pesquisa e angiosperma e 
recuperamos um item. 
https://dados.gov.br/
 
Fonte: BRASIL. Portal Brasileiro de Dados Abertos 
O próximo exemplo mostra uma pesquisa sobre relatório técnico e IBAMA. 
 
Fonte: BRASIL. Portal Brasileiro de Dados Abertos 
 
Fique à vontade para acessar o Portal Brasileiro de Dados Abertos e pesquisar 
assuntos de sua área de interesse! 
Agora que sabemos o que é Ciência Aberta e conhecemos um pouco do propósito 
do Portal Brasileiro de Dados Abertos, vamos focar um pouco no Acesso Aberto (AA) 
e explorar brevemente como surgiu essa iniciativa que objetiva o acesso e o 
compartilhamento do conhecimento científico com menos barreiras, um meio de 
democratizar, uma alternativa aos tradicionais meios de comunicação científicas. 
Por volta da década de 1980 e 1990, as bibliotecas e os centros de documentação 
passaram a ter dificuldades em manter assinaturas de diversos periódicos devido ao 
seu alto custo de manutenção. As editoras cobravam altos valores de assinatura e 
nem sempre era possível que as instituições oportunizassem acesso aos resultados 
das pesquisas publicadas nos periódicos (revistas, magazines, jornais científicos). 
Dessa forma, o alcance das publicações ficava limitado a um público que tinha 
acesso aos periódicos assinados. Esse, sem dúvidas, foi um dos fatores de grande 
influência no surgimento do movimento do AA, visando maior acesso às produções 
científicas, disponibilizando-as gratuitamente na internet. 
O movimento em prol do AA ocorreu internacionalmente, também por força de 
pesquisadores e da comunidade científica (bibliotecários, acadêmicos, gestores), 
interessados em ampliar a divulgação das produções científicas. Esse fenômeno 
mundial de democratização do acesso ao conhecimento tem grande relevância 
às pesquisas cujo financiamento provém de recursos públicos, pois divulgar em AA 
é garantir acesso gratuito e uma forma de dar retorno à sociedade sobre o uso dos 
recursos recebidos para a execução das pesquisas. 
Em 1999, no Novo México (EUA), durante a Convenção de Santa Fé, foi estabelecido 
o modelo Open Archives Iniciative (OAI), com o objetivo da interoperabilidade e da 
integração dos repositórios. Alguns dos principais marcos históricos do AA são 
Budapest Open Access Iniciative (BOAI) (2002), Declaração de Bethesda (2003) e 
Declaração de Berlim (2003), sendo o BOAI o principal, pois nele foi elaborada uma 
declaração em favor do compartilhamento de informações em acesso aberto e da 
preservação digital em longo prazo. 
No Brasil, temos o Manifesto Brasileiro de Apoio ao Acesso Livre à Informação 
Científica, lançado no ano de 2005 pelo Instituto Brasileiro de Informação em 
Ciência e Tecnologia (IBICT). O documento, que teve como base a Declaração de 
Berlim, objetiva a promoção da produção científica, a disseminação o 
estabelecimento de política nacional de acesso livre à informação e o apoio da 
comunidade científica, além de fazer recomendações tanto para a comunidade 
científica quanto para as instituições acadêmicas, de forma a incentivar práticas 
voltadas ao AA. 
O AA é composto por duas vias principais: via verde e via dourada. 
"A via verde (green road) equivale à criação de repositórios institucionais de acesso 
livre, para o depósito, organização e disseminação de publicações científicas. É um 
arquivamento da produção científica que pode ser feito pelo próprio autor do 
artigo já publicado ou aceito para publicação, a partir do sinal verde do editor, 
para que o documento seja disponibilizado. O acesso aos artigos é possível por 
intermédio de repositórios de acesso aberto. A via dourada (golden road) promove 
a criação de revistas de acesso aberto, ou seja, está relacionada com a produção 
de artigos científicos em periódicos eletrônicos, cujo acesso é livre na web sem que 
haja restrição quanto ao seu uso, sendo disponibilizado pelas próprias revistas 
científicas." (UNIVERSIDADE FEDERAL..., 2017). 
Como pudemos observar, há duas principais vertentes que se diferenciam com seus 
propósitos e tipologia de documentos disponibilizados. Enquanto a via dourada 
ocupa-se das publicações periódicas (revistas, jornais, e outras publicações 
científicas publicadas periodicamente), a via verde refere-se aos repositórios. Estes 
podem ser repositórios temáticos (quando ocupam-se de determinada área ou 
áreas do conhecimento) ou institucionais (quando ocupam-se das produções 
intelectuais produzidas por pessoas ligadas a determinada instituição. 
 
As vantagens do AA são diversas. Além de propiciar economia às instituições que 
fazem uso direto das informações científicas, merecem destaque as vantagens que 
o próprio autor tem ao publicar nesse formato já que nas editoras comerciais o autor 
acaba por abrir mão de uma série de direitos devido aos termos contratuais e 
licença copyright, o que não ocorre no AA, já que o modelo de licença comumente 
utilizado é o Creative Commons (licença gratuita a qual permite que o autor tenha 
autonomia para atribuir o tipo de uso que deseja autorizar ser feito de e a partir de 
sua obra).O autor também passa a ter muito mais visibilidade de suas produções, 
resultando em mais citações e prestígio no meio científico. 
 
 
Outro ponto que merece ser mencionado é que pesquisas desenvolvidas em 
instituições públicas ou com financiamento público deveriam estar em acesso ao 
público como uma forma de dar retorno à sociedade sobre o valor investido e os 
resultados obtidos. Cabe destacar que a disponibilização das produções em canais 
abertos promove a democratização do acesso ao conhecimento científico. Costa 
e Leite (2017) destacam outros aspectos importantes: natureza pública do 
conhecimento científico, possibilidade de acesso à literatura científica por parte de 
instituição que não possui condições de pagar por acessos de editoras comerciais 
e como um instrumento que pode impulsionar e dar voz a regiões que 
historicamente são excluídas dos processos de comunicação científica 
internacional. 
Portanto, ao selecionar periódicos e livros para publicar seus trabalhos, nossa dica 
é: leia com atenção a política da publicação e priorize os que possuem como 
premissa o Acesso Aberto, desta forma você ampliará o acesso e a visibilidade de 
suas pesquisas, além de contribuir para a democratização do acesso ao 
conhecimento científico. 
Em muitas publicações em Acesso Aberto há o símbolo do cadeado aberto 
identificando o AA: 
 
Vamos conhecer algumas das iniciativas que buscam promover o Acesso Aberto? 
3.2 Periódicos em Acesso Aberto 
Rede Cariniana (https://cariniana.ibict.br/): a Rede Cariniana surgiu da necessidade 
de se criar no Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia – Ibict uma 
rede de serviços de preservação digital de documentos eletrônicos brasileiros, com 
o objetivo de garantir seu acesso contínuo a longo prazo. 
OASISBR (http://oasisbr.ibict.br/vufind/): é um portal brasileiro que reúne a produção 
científica nacional em acesso aberto. O portal permite, por meio de uma única 
interface, a pesquisa simultânea em repositórios digitais, teses e dissertações e 
periódicos científicos eletrônicos. Por meio do oasisbr, é possível consultar e fazer 
download do texto completo, sem nenhum custo, de artigos científicos, teses, 
dissertações, livros, capítulos de livros, trabalhos apresentados em eventos, entre 
outros documentos que constituem a produção científica brasileira. 
Scielo (https://www.scielo.br/): o objetivo do Scielo é implementar uma biblioteca 
virtual eletrônica, proporcionando acesso completo a uma coleção de títulos de 
série, uma coleção de fascículos de títulos de série individuais, bem como ao texto 
completo dos artigos. O acesso aos títulos de periódicos e artigos está disponível por 
meio de índices e formulários de busca. 
Portal de Periódicos IFRS (https://periodicos.ifrs.edu.br/): o Portal de Periódicos do 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) é 
uma iniciativa da Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (Proppi), que 
objetiva a democratização do acesso, a visibilidade, a segurança e o 
desenvolvimento das ações de Ensino, Pesquisa e Extensão. Esse trabalho está 
alinhado aos princípios do Acesso Aberto e utiliza o Open Journal Systems, que é um 
software desenvolvido para a gestão de publicação periódica eletrônica. 
3.3 Livros em Acesso Aberto 
DOAB – Directory of Open Access Books (https://www.doabooks.org/): iniciativa 
internacional dedicada à publicação de livros de acesso aberto, com base na 
Biblioteca Nacional de Haia. Editores acadêmicos são convidados a fornecer 
metadados dos livros em acesso aberto e com padrões acadêmicos, garantindo 
assim a disseminação e a visibilidade de livros que podem ser consultados 
livremente. 
Domínio Público (http://www.dominiopublico.gov.br/): seu principal objetivo é 
promover o amplo acesso às obras literárias, artísticas e científicas (na forma de 
textos, sons, imagens e vídeos) já em domínio público ou que tenham a sua 
divulgação devidamente autorizada, que constituem o patrimônio cultural brasileiro 
e universal. 
Portal do Livro Aberto em CT&I (http://livroaberto.ibict.br/): tem como objetivo reunir, 
divulgar e preservar as publicações oficiais em ciência, tecnologia e inovação. O 
Portal do Livro Aberto em CT&I disponibiliza o acesso a textos completos em diversos 
temas: Tecnologias da Informação e Comunicação, Fármacos e Complexo 
Industrial da Saúde, Petróleo e Gás, Complexo Industrial da Defesa, Aeroespacial, 
https://cariniana.ibict.br/
http://oasisbr.ibict.br/vufind/
https://www.scielo.br/
https://periodicos.ifrs.edu.br/
https://www.doabooks.org/
http://www.dominiopublico.gov.br/
http://livroaberto.ibict.br/
Nuclear, Biotecnologia, Nanotecnologia, Energia Renovável, Biodiversidade, 
Mudanças Climáticas, Oceanos e Zonas Costeiras, Popularização da C,T&I, Melhoria 
e Ensino de Ciências, Inclusão Produtiva e Social, Tecnologias para Cidades 
Sustentáveis, e Ciência da Informação. 
Project Gutenberg (http://www.gutenberg.org/catalog/): disponibiliza coleções de 
livros eletrônicos de domínio público, sendo a maioria em inglês. Incluem na 
coleção: obras de literatura da cultura ocidental, romances, poesia, contos e 
drama, livros de culinária, livros de música, tecnologia, religião, psicologia, filosofia, 
periódicos, obras de referência, e outros. 
SciELO Livros (http://books.scielo.org/): integrante do programa Scientific Eletronic 
Library Online SciELO Brasil – resultado de um projeto financiado pela Fundação de 
Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) em parceria com o Centro 
Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (Bireme), o 
portal visa à publicação de coleções de livros de caráter científico editados, 
prioritariamente, por instituições acadêmicas. 
Porto Livre (Fiocruz) (https://portolivre.fiocruz.br/): plataforma que reúne livros 
editados em open access por diferentes instituições. Seu objetivo é reunir títulos de 
interesse científico e social, agrupando-os num acervo que funcione como porto 
seguro e livre para os leitores. Disponibiliza gratuitamente obras relevantes para a 
ciência e para o pensamento social, criando uma coleção online que apoie as 
atividades de ensino e pesquisa da Fiocruz e de outros centros de produção de 
conhecimento. 
Libreria Latinoamericana y Caribeña de Ciencias Sociales (Clacso) 
(https://www.clacso.org.ar/libreria-latinoamericana/inicio.php): reúne, preserva, 
divulga e dá acesso à produção científica acadêmica dos centros associados e 
programas acadêmicos da rede Clacso (Conselho Latino-americano de Ciências 
Sociais). 
3.4 Repositórios em Acesso Aberto 
OPENDOAR (Directory of Open Access 
Repositories) (http://v2.sherpa.ac.uk/opendoar/): diretório de repositórios 
acadêmicos mundiais, inclusive do Brasil, de acesso aberto. Cada um dos 
repositórios é visitado pelos gestores do OpenDOAR para assegurar um elevado 
grau de qualidade e consistência da informação. 
OASISBR (http://oasisbr.ibict.br/vufind/Content/howWork): portal brasileiro que 
reúne a produção científica nacional em acesso aberto. O portal permite, por meio 
de uma única interface, a pesquisa simultânea em repositórios digitais, teses e 
dissertações e periódicos científicos eletrônicos. 
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD) (http://bdtd.ibict.br/vufind/): 
integra e dissemina, em um só portal de busca, os textos completos das teses e 
dissertações defendidas nas instituições brasileiras de ensino e pesquisa. 
http://www.gutenberg.org/catalog/
http://books.scielo.org/
https://portolivre.fiocruz.br/
https://www.clacso.org.ar/libreria-latinoamericana/inicio.php
http://v2.sherpa.ac.uk/opendoar/
http://oasisbr.ibict.br/vufind/Content/howWork
http://bdtd.ibict.br/vufind/
LUME (Repositório Institucional UFRGS) (https://lume.ufrgs.br/): portal de acesso às 
coleções digitais produzidas no âmbito da Universidade e de outros documentos 
que, por sua área de abrangênciae/ou pelo seu caráter histórico, são de interesse 
da Instituição centralizar sua preservação e difusão. 
ARCA (Fiocruz) (https://www.arca.fiocruz.br/): sua função é reunir, hospedar, 
disponibilizar e dar visibilidade à produção intelectual da Fundação Oswaldo Cruz 
(Fiocruz). 
RIDI (Repositório Institucional do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e 
Tecnologia) (https://ridi.ibict.br/): base de dados utilizada para o registro e a 
disseminação da produção do conhecimento realizada no âmbito do Instituto por 
sua comunidade científica institucional. 
Repositório Institucional do IFRS (https://repositorio.ifrs.edu.br/): repositório que 
busca reunir, preservar e divulgar a produção científica produzida na instituição. 
Ainda em fase em implementação, já possui algumas comunidades e coleções 
disponíveis para consulta. 
3.5 Referências 
BRASIL. Portal Brasileiro de Dados Abertos. Disponível em: https://dados.gov.br/. 
Acesso em: abr. 2021. 
BUDAPEST OPEN ACCESS INITIATIVE. 2002. Disponível em: 
https://www.budapestopenaccessinitiative.org/read. Acesso em: 03 dez. 2020. 
COSTA, Michelli Pereira da; LEITE, Fernando César Lima. Repositórios institucionais na 
América Latina e o acesso aberto à informação científica. Brasília, DF: IBICT, 2017. 
FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. Acesso Aberto: Glossário. Disponível em: 
https://portal.fiocruz.br/glossario. Acesso em: 02 dez. 2020. 
FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. O que é ciência aberta? 2018. Disponível 
em: https://portal.fiocruz.br/noticia/ciencia-aberta-fiocruz-lanca-formacao-
modular-com-sete-cursos-online. Acesso em: abr. 2021. 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS. Periódicos UFMG. Você sabe o que é a 
Via Verde e a Via Dourada? A gente te conta!2017. Disponível em: 
https://www.ufmg.br/periodicos/voce-sabe-o-que-e-a-via-verde-e-a-via-dourada-
a-gente-te-conta/. Acesso em: 20 mar. 2021. 
https://lume.ufrgs.br/
https://www.arca.fiocruz.br/
https://ridi.ibict.br/
https://repositorio.ifrs.edu.br/

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