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CONTROLE DE CONVENCIONALIDADE ➢ O Controle de Convencionalidade é um conceito que se refere à obrigação dos Estados de garantirem que suas normas internas estejam em conformidade com os tratados internacionais de direitos humanos que ratificaram. Essa noção ganhou destaque na esfera jurídica após a crescente importância dos tratados e convenções internacionais de direitos humanos no cenário global. ➢ Principais aspectos relacionados ao Controle de Convencionalidade: ➢ Tratados Internacionais de Direitos Humanos: Os Estados têm a possibilidade de ratificar tratados e convenções internacionais de direitos humanos, comprometendo- se a respeitar, proteger e garantir determinados direitos fundamentais. Exemplos de tratados são a Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de San José) e o Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos. ➢ Hierarquia dos Tratados Internacionais: Em muitos países, os tratados internacionais de direitos humanos, uma vez ratificados, têm status constitucional ou supralegal, o que significa que estão no mesmo nível ou acima das leis ordinárias. Isso ressalta a importância desses tratados na ordem jurídica nacional. ➢ Monismo e Dualismo Jurídico: No monismo, os tratados internacionais incorporam- se automaticamente à ordem jurídica nacional e podem ser diretamente aplicados pelos tribunais. No dualismo, é necessária uma etapa de recepção interna ou promulgação de leis para que os tratados possam ser aplicados e ter efetividade na jurisdição doméstica. ➢ Controle de Convencionalidade x Controle de Constitucionalidade: O Controle de Convencionalidade difere do Controle de Constitucionalidade, pois este último se concentra na compatibilidade das normas internas com a Constituição do país. Já o Controle de Convencionalidade diz respeito à conformidade das normas internas com os tratados internacionais de direitos humanos. ➢ Corte Interamericana de Direitos Humanos: Na América Latina, a Corte Interamericana de Direitos Humanos é responsável por zelar pela interpretação e aplicação da Convenção Americana de Direitos Humanos. Seus julgados são obrigatórios para os Estados-parte da Convenção e têm o objetivo de uniformizar os critérios de proteção aos direitos humanos na região. ➢ Impacto na Jurisprudência Nacional: O Controle de Convencionalidade pode influenciar a jurisprudência nacional, permitindo que os tribunais nacionais utilizem os tratados internacionais de direitos humanos como parâmetros para analisar e decidir casos internos que envolvam violações desses direitos. ➢ Eficácia dos Direitos Humanos: O Controle de Convencionalidade contribui para fortalecer a proteção dos direitos humanos a nível global, estimulando a adoção de medidas internas que garantam o respeito a esses direitos e a responsabilização em caso de violações. ➢ Em resumo, o Controle de Convencionalidade é um mecanismo relevante para a proteção e promoção dos direitos humanos, incentivando os Estados a harmonizarem suas normas internas com os padrões estabelecidos nos tratados internacionais que ratificaram. Esse controle pode fortalecer a eficácia e a aplicabilidade dos direitos humanos em âmbito nacional e internacional.
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