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Cromoterapia Responsável pelo Conteúdo: Prof.ª M.ª Alessandra Safira Barbas Prof. Me. Rodrigo Terrazas Sanzetenéa Revisão Textual: Prof.ª Esp. Kelciane da Rocha Campos As Cores e Suas Funções As Cores e Suas Funções • Trazer conhecimentos completos sobre as cores: indicações e contraindicações; • Formas de atuação das cores sobre o organismo e o sistema oftálmico; • Estudo da luz e da visão. OBJETIVOS DE APRENDIZADO • Histórico; • A Fisiologia das Cores; • A Psicologia das Cores; • A Função das Cores. UNIDADE As Cores e Suas Funções Histórico Segundo Walker (1995), a luz era usada em terapia no Antigo Egito, onde se dis- tinguia a luz "ativa" do sol e a luz "calmante" da lua. Templos adornados de cores e luz eram construídos para os doentes. Também os povos gregos, egípcios, druidas (que habitavam a Grã-Bretanha) e até mesmo os alquimistas medievais notavam que as cores interferiam no comportamento humano e as utilizavam não apenas para tratamento, mas também no diagnóstico de doenças. Na Índia foi que o uso das cores no tratamento de doenças mais se aperfeiçoou. A tal ponto que os postulados da velha medicina hindu forneceram as bases para o trabalho de muitos cromoterapeutas atuais. Os holistas, por exemplo, creem que a cor, quando aplicada sobre determinados pontos do corpo humano, influencia no ponto de vista físico e mental, auxiliando no equilíbrio energético desgastado pelo estresse, falta de exercícios, dieta alimentar inadequada, emoções negativas, etc. Ao restituir a harmonia, a Cromoterapia daria condições ao organismo de combater os males do corpo e da alma (AMBER, 1995). Albert Szent-Györgyi, ganhador do prêmio Nobel, fez experiências cromáticas com alguns importantes resultados. Na sua pesquisa, expôs certas enzimas e hor- mônios a diferentes cores e verificou que algumas dessas cores causavam mudanças moleculares nas enzimas e hormônios. Outro renomado estudioso do efeito das cores sobre a psiquê humana foi o poeta e cientista alemão Goethe, autor de Fausto (1806). Por 40 anos ele investigou as im- pressões que a cor produzia na parte psíquica do ser humano. Em suas observações, constam que o vermelho agita, o azul dá serenidade, o amarelo gera alegria e o verde é relaxante, sensações que poderiam ser intensificadas ou atenuadas dependendo da tonalidade usada (BATTISTELLA, 2003). Algumas pesquisas mais atuais demonstraram que certas cores interferem na ati- vidade metabólica de grupos de células de animais, melhoram a circulação do san- gue, aceleram os processos metabólicos, ativam o processo regenerativo, estabilizam a membrana celular, normalizam arritmias cardíacas, ativam a função oxidante do sangue e têm efeito imunomodulativo e imunoestabilizante no organismo. Enquanto o vermelho dilata os vasos sanguíneos, o azul os contrai. Pacientes ansiosos, por exemplo, necessitam do azul e do verde; já os deprimidos se sentiriam melhor na presença da cor vermelha (PEREZ; GOMEZ, 2001). Walker (1995) cita ainda o exemplo dos animais, que, assim como os humanos, apresentam sensibilidade às cores. O touro, o cachorro, o gato, o cavalo, o galo e algumas espécies de insetos são fortemente excitados pelo vermelho. Acrescenta que estábulos pintados de azul favorecem a engorda e a produção de leite dos animais. Os estudiosos de Psicologia Ambiental dedicaram a maior parte de suas pesquisas, na década de 70, à influência do ambiente sobre as pessoas, atribuindo, inclusive, a sua formação à influência da Arquitetura e do Planejamento Urbano. 8 9 O fato é que a cor nunca foi tão explorada como no século atual. A cromoterapia vem sendo utilizada em hospitais, escolas e, inclusive, em presídios, para melhorar a qualidade desses ambientes. “As cores bem coordenadas, psicologicamente, proporcionam mais segurança e maio- res estímulos e satisfação no desenvolvimento das atividades” (BATISTELLA, 2003). A Fisiologia das Cores Quando a luz incide sobre um objeto, parte das ondas luminosas é refletida e par- te é absorvida. A cor que enxergamos é, na verdade, a refletida por esse objeto, após a incidência da luz, e que penetrou nos olhos provocando o estímulo e a resposta a ele. São os órgãos de recepção denominados cones, localizados na fóvea, que per- mitem que o homem perceba e identifique as cores que são refletidas. A percepção das cores depende, portanto, da luz incidente - se natural, mais branca; se artificial, mais avermelhada. Uma luz verde incidindo sobre uma parede branca será vista como uma parede verde. A cor depende, então, da presença da luz, variando de acordo com a sua fonte. Sem luz não há cor. A luz natural é considerada o melhor tipo para uma ade- quada percepção das cores, pela composição de seu espectro, resultando em uma boa qualidade na percepção dos objetos. As cores primárias da luz são o vermelho, o verde e o azul. As demais cores são obtidas aditivamente: magenta é vermelho com azul; amarelo é vermelho com verde; e ciano é azul com verde. As três cores primárias, juntas, formam a luz branca. Co- res complementares são as que se anulam mutuamente, produzindo o branco. São contrastantes entre si e estão diametralmente opostas no círculo das cores. A harmonização da cor expressa o equilíbrio entre uma cor dominante (a que ocu- pa maior extensão no conjunto), uma cor tônica (coloração vibrante que, por ação de contraste complementar, dá o tom ao conjunto) e uma cor intermediária (coloração que forma passagem, meio-termo entre a dominante e a tônica). Walker (1995) define os esquemas de combinações cromáticas em cores har- moniosas, correlatas e contrastantes, de forma que as cores harmoniosas são as próximas em sensações de calor e frio; as correlatas podem ser monocromáticas (tonalidades diferentes da mesma cor) ou análogas (próximas na roda das cores); e as contrastantes são as complementares. Segundo esse mesmo autor, o esquema harmonioso é mais fácil de agradar, porque causa sensação de relaxamento. Já o esquema contrastante produz um efeito mais dinâmico e vibrante, por isso deve ser bem dosado para não causar sensações desagradáveis. 9 UNIDADE As Cores e Suas Funções O grau de reflexão das cores nos ambientes é muito importante, tanto para o po- der da visão quanto para o conforto visual, e se a distribuição de densidade luminosa (brilho) for formada por contrastes intensos, pode provocar grande desconforto, con- forme alerta Cunha (2004). O autor orienta a trabalhar os objetos de maior destaque no campo visual com a mesma intensidade de brilho. De modo geral, em um ambiente interno, a escolha de qualquer das composi- ções harmônicas ou esquema de cores deverá ser feita em função de sua escala, de sua finalidade e da iluminação, bem como dos usuários e de suas característi- cas psicológicas. A Psicologia das Cores Costi (2002) considera a cor um poderoso estimulante psíquico que pode afetar o humor, a sensibilidade e produzir impressões, emoções e reflexos sensoriais muito importantes, podendo perturbar o estado de consciência, impulsionar um desejo, criar uma sensação de ambiente, ativar a imaginação ou produzir um sentimento de simpatia ou repulsa, atuando como uma energia estimulante ou tranquilizante. Pela sua expressividade, a cor é um elemento importante na transmissão de ideias. O homem reage à linguagem cromática a partir de suas condições físicas e de suas influências culturais. Lacy (2000) comenta que as cores do ambiente podem alterar a comunicação, as atitudes e a aparência das pessoas presentes; a cor pode tranquili- zar, diminuir o estresse e a violência ou aumentar a vitalidade e a energia. Entende-se que cada grupo de pacientes e profissionais sofre um tipo de influência das cores de acordo com suas necessidades. Algumas cores sugerem calor, entusiasmo e alegria, como o laranja, o amarelo e o vermelho. Costi (2002) acrescenta que Goethe as considerava cores positivas, por serem estimulantes, vivazes e altivas. Lacy (2000) especificatais aspectos posi- tivos desta forma: o vermelho transmite força e coragem; o laranja, expressão cria- tiva e comunicação; o amarelo, clareza e ideias; o amarelo claro, ideias filosóficas; o verde, equilíbrio e harmonia; o verde claro, juventude eterna; o azul dá abertura aos nossos sentimentos e pensamentos mais elaborados; o azul claro relaxa e li- bera as tensões; o violeta estimula a intuição; o violeta claro conduz à consciência espiritual; o rosa claro aconchega e relaxa; o preto, sozinho, pode deprimir, já que desperta a melancolia. As superfícies claras refletem a luz, enquanto as escuras a absorvem. Os compri- mentos de onda das cores quentes, especialmente do vermelho, são muito próximos do infravermelho, que transmite calor. Desta forma, as cores quentes atraem a visão e excitam as emoções, também elevam a temperatura corporal por estimularem a circulação sanguínea, ao contrário do que acontece com as cores frias, que dimi- nuem o metabolismo e tranquilizam, baixando a temperatura do corpo. 10 11 A Função das Cores Quadro 1 – Azul Características • É a primeira cor fria do espectro da luz; • Transmite confiança, tolerância, compreensão, favorece o relacionamento, a fidelidade; • Simboliza devoção, fé, oração, sinceridade, lealdade, confiança, tranquilidade, elegância, céu e meditação; • Cria afeto, favorece as relações interpessoais, harmonia, amizade. • Sugere a calma, serenidade, relaxa corpo e mente; • Funciona como fixador da cor violeta na cauterização (desinfecção); • Condiciona na confiança, na fé em si mesmo, nas capacidades dos potenciais. Efeitos orgânicos • Possui efeito calmante e refrescante, limpa as impurezas do organismo; • Age como purificador, antisséptico e bactericida; • Proporciona relaxamento e redução da excitação nervosa, abaixa os sinais nervo- sos; • Energiza as paredes dos vasos sanguíneos; • Colabora na produção do muco lubrificante, dando viscosidade às paredes do intestino grosso, boca, esôfago e estômago; • Ativa a lubrificação das glândulas salivares; • Relaxa a garganta, diafragma e fortalece as cordas vocais; • Energiza a glândula tireoide, ajudando no metabolismo e manutenção do peso; • Fortalece a mucosa no sistema respiratório. Indicações • A cor de maior propriedade terapêutica, como da saúde física e estabilidade emocional; • Ajuda a baixar a pressão sanguínea; • É o analgésico cromoterápico, para qualquer dor no corpo; • Para dores musculares, inclusive após crise de cãibra; • Para febre alta; • Ameniza as contrações uterinas, principalmente no início da gravidez, para ajudar na implantação do óvulo nas paredes do uterino; • Favorece todo o período da gestação; • Inibe a secreção dos ácidos estomacais, evita as queimações e a manifestação da úlcera e gastrite; • Energiza vias respiratórias, é aconselhada para rinite e sinusite. • Para alterações da pele, como coceiras, escamações, ressecamento e man- chas vermelhas; • Para distúrbios na garganta, como ronquidão, afonia, laringite, faringite e amigdalite. Efeitos emocionais • Favorece a introspecção e a meditação; • Proporciona paz e serenidade, aquietando a mente; • Reduz tensões, agitação mental, histeria, estresse e compulsão; • Eleva o padrão mental, as faculdades mentais e a estabilidade emocional; • Permite discernir melhor as ideias, sentir melhor o outro e não ser levado por ideias fixas e preconcebidas sobre aqueles que nos rodeiam; • Desperta o companheirismo, a gratidão, a sinceridade e o altruísmo; • Corta as energias maléficas e o egoísmo. Contraindicações • Nos casos de trombose, hipotermia e bradicardia (redução dos batimentos cardíacos); • Em pessoas apáticas ou deprimidas, conforme o tempo de exposição; se ne- cessário, seu uso deve ser moderado, não se estendendo por muito tempo; • O Azul não possui contraindicações dignas de destaque. Existe uma certa con- traindicação em casos de coma, de estupor, de medos muito acentuados ou fobias. Fonte: Adaptado de VALCAPELLI, 2017; NUNES, 1983; GASPAR, 2002 11 UNIDADE As Cores e Suas Funções Quadro 2 – Verde Características • Simboliza equilíbrio, harmonia, vida nova, fertilidade, frescor, saúde, esperan- ça, dinheiro; • É a cor da cura por excelência; • O verde é a cor média do espectro da luz. Está entre o vermelho e o violeta, sendo, portanto, a cor do equilíbrio e da harmonia do corpo físico, mental e emocional; • Possui propriedades calmantes e relaxantes; • Considerado a cor do equilíbrio, evita os excessos de qualquer natureza, sejam os pensamentos obsessivos ou agitação física, sejam os quadros de prostração mental ou de apatia; • Minimiza as convulsões e preserva o eixo emocional; • É a cor da ponderação e do comedimento, possibilita a fluidez dos pensamentos; • Propicia a manifestação apropriada dos sentimentos; • O prazer é manifestado nas devidas proporções e a alegria não se transforma em euforia; • É a cor mais apropriada para trazer prosperidade; • Estabelece conexão com as forças naturais, captando meios propícios para a realização dos objetivos; • Aguça a percepção das oportunidades lançadas no terreno energético das possibilidades. Efeitos orgânicos • Exerce efeito regulador no organismo, mantendo as atividades corporais saudáveis; • A ação refrescante do verde favorece os processos de hiperatividade funcionais, hipersensibilidade e elevado nível de tensão dos tecidos e músculos; • Tônico cardíaco, contribuindo positivamente para as funções do coração, dos vasos e do sangue; • Regulariza a pulsação cardíaca, num compasso harmonioso; • Colabora na formação das fibras ósseas, sendo recomendado o uso em conjunto com o amarelo para fraturas; Indicações • É considerado o anti-inflamatório cromoterápico; • Possui efeito germicida, bactericida, desinfetante e antisséptico. • Recomendado para as variações de pressão arterial, tanto para pressão alta (hi- pertensão), quanto para baixa (hipotensão); • Combate inflamações e infecção; • Contribui para boa digestão, favorecendo a dissociação das moléculas dos ali- mentos ingeridos e a preparação do bolo alimentar para os processos intestinais de seleção e de absorção dos nutrientes; • Indicado para distúrbios estomacais e para o mau funcionamento intestinal; • Evita proliferação de fungos e bactérias na região vaginal; • É afrodisíaco, favorece o fluxo sanguíneo, contribui para ereção masculina; • Recomendado para pessoas que se encontram esgotadas física e mentalmente e em casos de estresse; • Contribui na formação da bile, para favorecer na digestão dos alimentos gordurosos. Efeitos emocionais • Traz uma sensação de paz e calma; • O verde propicia boas condições de funcionamento corporal, mantendo a pessoa cautelosa, sem indução aos excessos, contribuindo para o bom humor; • Estabilidade emocional, respeito do ritmo individual. Contraindicações • Não há contraindicações, podendo ser aplicado em qualquer distúrbio físico emocional; • Isso não significa que pode ser usado para todos os casos, mas quando neces- sário não há restrição. Fonte: Adaptado de VALCAPELLI, 2017; NUNES, 1983; GASPAR, 2002 12 13 Quadro 3 – Violeta Características • É a luz com menor comprimento de onda no espectro eletromagnético; • É a cor da mudança, da transmutação; • Possui a característica de antibiótico cromoterápico; • Simboliza dignidade, devoção, piedade, espiritualidade, nobreza e esplendor; • Estabiliza as emoções, assentando o campo da consciência e dando força aos ideais; • Possibilita a mobilização do grupo a e manifestação do poder e da autoridade; • Rompe as amarras nocivas do passado, libertando do rancor; e solta as mágoas, promovendo o perdão; • Segundo os estudos da metafísica da saúde, as mágoas e os ressentimentos guardados podem originar o câncer; • É a principal cor recomendada para os casos de cura do câncer; Efeitos orgânicos • Energiza a glândula pineal, onde se produz a melatonina; • Possibilita a percepção extrassensorial, abrindo canais para a intuição e a inspiração;• Atua no sangue, energizando os glóbulos brancos e mantendo a função defen- sora dessas células no organismo; • Fortalece o sistema imunológico; • Evita o ataque de agentes estranhos, como vírus, bactérias, fungos e outros intrusos; • Quando usado no ambiente de alimentação, como na cozinha, inibe apetite; • Ajuda nos regimes, com objetos ou decoração violeta, desestimulando a inges- tão exagerada de comida. Indicações • No Sistema Nervoso Central, energiza as estruturas do encéfalo, as células ner- vosas, criando condições saudáveis para a propagação dos sinais nervosos; • Contribui para a memória, o raciocínio, a preservação dos movimentos e a co- ordenação motora; • Recomendado nos casos de AVC, derrame, Parkinson, Alzheimer e outras dis- funções do SNC; • No caso de tumores malignos, a presença dessa cor inibe o seu desenvolvi- mento, evitando a proliferação; cria condições energéticas para a redução do tamanho do tumor; • Atua positivamente nas amídalas, energizando essa glândula e evitando os pro- cessos infecciosos na garganta; • Possui característica de cauterizador, nos tratamentos com caráter infeccioso devido à sua profundidade e à sua vibração. • Funciona como bactericida, na higienização de feridas internas e externas. Sua aplicação deve sempre ser seguida da cor Azul, cuja função é de um fixador. Efeitos emocionais • Transmuta energias e padrões comportamentais; • Purificação energética dos efeitos das influências de forças negativas; • Ameniza as emoções mais densas, como ciúme, inveja e outras; • Existem duas cores que agem positivamente nesses quadros emocionais: o La- ranja e o Violeta; • O Laranja libera as forças internas e rompe as barreiras energéticas, removendo as supressões psicoemocionais e desprendendo da negatividade. O Violeta age por meio da elevação e expansão da consciência. Ele transcende esses estados negativos e nocivos que ficam grudados na aura, arraigados nas emoções; • Deficiência mental, irritabilidade nos nervos periféricos. Contraindicações • Pessoas com extremo desequilíbrio ou problemas mentais; • Nos quadros de depressão profunda; • Pessoas com tendência ao suicídio; • Pessoas com esquizofrenia na região do chakra coronário; • Pessoas com mente estreita, egoísta e intolerante. Mesmo quando – o que é frequente – essas pessoas se ligam a correntes religiosas que seguem fanatica- mente, elas estão desligadas da verdadeira espiritualidade. Fonte: Adaptado de VALCAPELLI, 2017; NUNES, 1983; GASPAR, 2002 13 UNIDADE As Cores e Suas Funções Quadro 4 – Rosa Características • É uma cor benévola, que amina e vivifica; • É a cor do prana, que recebemos no chakra esplênico; • É a cor do coração no sentido poético, mas que pode socorrer as funções cardíacas; • A cor rosa tem a função de equilibrar o comportamento da corrente sanguínea; • Energiza o sistema nervoso, é tonificante, o purificador sanguíneo. • Energiza o aparelho reprodutor feminino e as mamas; • Indicado para desintoxicar os centros nervosos, tonificar e vitalizar os nervos, favo- recer a circulação de todas as cores no organismo; • Engloba as qualidades da cor vermelha, de forma mais branda; • Relaciona-se com a natureza feminina, afeto, docilidade, gentileza, ternura, vence as barreiras na manifestação do sentimento; • Faz sentir-se plenamente envolvido(a) em amor. Propriedades • Usada no tratamento de problemas psicológicos, como melancolia e depressão. É útil nestas áreas devido à sua capacidade de incutir no usuário a sensação de estar alimentado, amado e protegido. Trata situações de falta de autoestima, sentimento de solidão e de não ser amado; • A energia do Rosa também irá ajudar a incutir o sentimento de partilha e de ajudar os outros; • A cor rosa é uma mistura de branco e vermelho. Como é uma combinação de vermelho (que é uma cor estimulante, que simboliza, entre outras coisas, paixão e amor) e branco (que consiste no conjunto de todas as cores e simboliza o divino e o cósmico), o rosa é, assim, uma cor que expressa amor cósmico. Contraindicações • Não apresenta. Fonte: Adaptado de VALCAPELLI, 2017 Quadro 5 – Vermelho Características • A onda do vermelho é longa e a sua vibração é a que mais se aproxima da frequ- ência do mundo físico visível. • Do espectro de frequências eletromagnéticas das cores visíveis é a primeira; • Está associada ao elemento fogo; • Promove liberação de calor por parte da musculatura; • A força e o vigor manifestados por essa cor representam uma espécie de combustí- vel para vivenciar situações cotidianas e modificar a realidade desagradável; • Traduz-se na vontade dos indivíduos de atuarem com vitalidade física. • Simboliza calor, sangue, guerra, perigo, agressividade, ira, energia, movimento, força, atividade, dinamismo, erotismo, desejo, excitação, sedução, paixão e sexo; • Cor excitante, extrovertida, revigorante, prazerosa, ativadora e estimuladora; • Com sua força, seu poder e seu brilho, o vermelho simboliza o princípio de vida; • Ajuda a sair da inércia e da zona de conforto; • Os romanos usavam uma bandeira vermelha nas batalhas para estimular as glândulas endócrinas. Estas soltam adrenalina e ajudam a aumentar o nível de energia. Os espartanos usavam nos combates uma bandeira vermelho- -sangue com a mesma finalidade; Efeitos emocionais • Promove boa consciência corporal, autoconsciência e autoafirmação. • Estimula a praticidade, objetividade e clareza nas expressões verbais e corporais; • Desperta a força de vontade e determinação; • Acentua o egocentrismo, contribuindo para que a pessoa volte para dentro de si e desperte a força e o poder de atuação na realidade; • Esta cor destaca informações relevantes e emergenciais do ambiente. 14 15 Indicações • Para indisposição física, perda de motivação, combate ao desânimo. • Desperta o entusiasmo, é uma cor boa para a preparação para se enfrentar ativi- dades exaustivas; • Para pessoas saudáveis que apresentam indisposição momentânea e baixo rendi- mento nas atividades; • Estimula o sistema circulatório e os batimentos cardíacos; • Indicado para má circulação e formigamento em alguma parte do corpo; • Pressão baixa, anemia, fraqueza nervosa; • Ativa a produção de espermatozoides nos testículos, contribuindo na fertilidade; • Energiza a próstata; • Estimula a ereção masculina, favorecendo o desempenho sexual do homem; • Excesso de práticas psíquicas (yoga, meditação, etc.); • Doenças musculares atróficas, paralisias musculares, preguiça e doenças debili- tantes em geral. Contraindicações • Nos casos de febre alta, taquicardia, cardiopatias, pressão alta, agitação, irrita- bilidade, ansiedade e estresse; • Apesar de ser energizador prostático, não se deve usá-lo quando a próstata se encontra aumentada; • Em casos de saúde extremamente debilitada e nos casos graves, e para pessoas que sofrem de transtornos de condutas, de temperamentos exaltados ou que são compulsivas; • Pessoas excessivamente egoístas ou que cobram muito de si mesmas. Fonte: Adaptado de VALCAPELLI, 2017; AMBER, 1983 Quadro 6 – Laranja Características • Resultado da mistura do vermelho(mais fraco) com amarelo (mais forte); • Energiza a parte óssea, nos casos de fraqueza, nas fissuras e fraturas; • Em locais com violento traumatismo (sem fratura), com hematoma no lo- cal. A combinação de Azul, Lilás e Laranja sobre a região machucada deve ser utilizada na primeira sessão. Nas demais, após a eliminação da dor, apli- car a combinação Verde, Lilás, Azul e Laranja na região; • Atua como energizador muscular nos casos de traumatismo e acelera no processo de regeneração; • Eliminador de gordura na corrente sanguínea; • Com as características energéticas integradas do vermelho (por mais próximo à matéria) e do amarelo (associado à mente), o laranja atua tanto na vitalida- de do corpo quanto no intelecto; • Favorece a elaboração de pensamentos inovadores e inusitados; • Estimula o pioneirismo, a inovação, o inusitado, mantendo a perseverança e a tenaci-dade, úteis para o sucesso e a realização pessoal. Efeitos orgânicos • Estimula a glândula suprarrenal a produzir adrenalina, colocando o corpo em estado de alerta, para atacar ou ficar em alerta de risco eminente; • Aguça o paladar e favorece a degustação dos alimentos, estimula o apetite e ajuda na digestão; • Ativa a circulação, com pouca influência sobre a pressão arterial, podendo ser aplica- do mesmo quando houver o sintoma de pressão alta. Ainda que não seja recomen- dado para tratamento de pressão alta, caso haja necessidade de uma cor estimulante para atender a outras condições físicas e emocionais, o uso dessa cor não agrava os quadros de hipertensão; • Energiza o pulmão exercendo efeito preventivo sobre sua estrutura, promo- vendo a dilatação dos brônquios e favorecendo a respiração. Efeitos emocionais • Desperta a ousadia e a coragem para enfrentar obstáculos, afugenta medos e incertezas; • Acentua o magnetismo pessoal e a capacidade de argumentação e da expressão dos pontos de vista; • Intensifica as emoções e cria um sentimento de bem-estar e disposição; • Energia criativa, construtiva. 15 UNIDADE As Cores e Suas Funções Indicações • Por ser estimulante, pode ser usado como substituto do vermelho, quando este for desaconselhado na pessoa que precisa de uma cor estimulante; • Dentre as cores quentes e estimulantes é o mais suave, por isso o mais utilizado; • Possui efeito antiespasmódico, sendo, portanto, aplicado a casos de espasmos musculares e cãibras de qualquer natureza; • É responsável pelo estímulo das glândulas mamárias, aumentando a produção de leite após o parto, devendo ser aplicado juntamente com o Rosa; • Para baixa vitalidade e vigor físico; • Para desobstrução das aglutinações indevidas no organismo, é benéfico nas cal- cificações, nódulos, cistos e tumores; • Nos casos de tumores malignos, deve-se acrescentar a cor violeta. • No desentupimento de pequenos vasos (artérias e veias), facilitando o fluxo da corrente sanguínea; • Para os casos de pneumonia, bronquite e asma; • Para potencializar a calcificação nas fraturas; • Em casos depressivos, minimiza a tristeza, preocupações excessivas e pensa- mentos sombrios, angústias e medos. Contraindicações • Deve-se evitar nas pessoas que sofrem de compulsões; • Em casos de náusea, vômitos, trombose e dores fortes; • Devemos ter cautela em caso de febre, vômitos e infecção; • Os tons escuros como o marrom podem ser depressivos. Fonte: Adaptado de VALCAPELLI, 2017; NUNES, 1983 Quadro 7 – Amarelo Características • Simboliza o Sol, luz, alegria, criatividade, contentamento, juventude e novas ideias; • Transmite a sensação de despertar matinal; • Estimula a criatividade, a flexibilidade para novos rumos e adaptação; • Para novos caminhos, novas ideias, inteligência; • Ativa faculdades mentais, provocando maior atenção; • Favorece a formulação do raciocino lógico e coerente; • Relacionado com a comunicação verbal; • Tem relação com a riqueza, a fartura e a prosperidade. Efeitos orgânicos • A energia da cor amarela favorece as atividades do sistema digestório, regulando as funções gastrointestinais; • Estimula a secreção dos sucos estomacais, melhora a absorção dos nutrientes no in- testino delgado; • Energiza o intestino grosso, regulando seu funcionamento; • Energiza rins e pâncreas; • Na desintegração dos cálculos renais, biliares e vesiculares; • Para regeneração em casos de problemas ligados à ossatura e à medula óssea; • Ativa o sistema simpático; • Revitalizador e estimulante dos campos nervosos e musculares da pele; • Age positivamente na pele, fortalecendo a derme, epiderme e hipoderme; • Estimula a produção de colágeno, indicado para flacidez e rugas; • Acelera o processo de cicatrização; • Retarda o envelhecimento precoce, ajuda a eliminar as impurezas dos poros, a man- ter a pigmentação e a textura, contribuindo para preservar a saúde da pele; • Ativa funções cerebrais, como a memória e o raciocínio, auxilia as sinapses; • Aguça faculdades mentais, possibilitando o bom funcionamento neural. Efeitos emocionais • É a cor da alegria, do bom humor; • Aguça as faculdades intelectuais, estimula os pensamentos lógicos e a racionalidade; • Aguça a inteligência e eleva o padrão mental, despertando a facilidade de compreender os episódios que se desenrolaram no ambiente; • Aumenta a capacidade de concentração e de assimilação, possibilitando bom ren- dimento em estudo e vivacidade psíquica; • Indicado para momentos de preparação para avaliações ou provas. • Proporciona a sensação de vida nova e recomeço, futuro promissor, agradável e feliz; • Cria um bom nível de diálogo, favorecendo as relações interpessoais; • Desperta o espírito prestativo e participativo, acentua a capacidade realizadora, elevando as possibilidades de execução das tarefas, com empenho e dedicação. 16 17 Indicações • O amarelo é indicado para os casos de verminoses, energeticamente favorece a redução dos parasitas que habitam a flora intestinal; • Para os casos de intestino preso; • Recomendado para problemas da pele, como manchas, furúnculos, espinhas, cravos; • Auxilia a eliminação do muco catarral, sendo considerado uma cor com efeito expectorante sobre as vias respiratórias. Contraindicações • Nos casos de infecções. Deve-se evitar a aplicação dessa cor no local em que se apresentam quadros infecciosos, bem como em queloide (cicatriz imperfeita saliente, com formato irregular e coloração rosada ou escura); • Se usado por muito tempo, pode provocar diarreia. Fonte: Adaptado de VALCAPELLI, 2017; NUNES, 1983 Quadro 8 – Índigo Características • Origina-se da junção de azul e violeta; • Simboliza noite, ocasião solene, dignidade, intuição e compreensão; • Promove um profundo estado de relaxamento, favorece o desprendimento do corpo; • Possibilita a projeção astral e a vivência dos estados alterados da consciência; • Amplia os horizontes e permite a compreensão das situações ao redor; • Ajuda a trabalhar nos processos de auto culpa, ou terceirização das culpas; • Ajuda a expandir a mente, liberando-a dos medos e inibições; • É a cor do poder, combinado com conhecimento, compreensão, responsabili- dade e organização. Efeitos orgânicos • Associado à hipófise como energizador; • Induz a anestesia local e às vezes geral, podendo até provocar total insensibi- lidade à dor; • Colabora na regeneração celular; • Estimula o sistema linfático; • Associado à hipófise, ao tálamo e à ponte. Efeitos emocionais • Dissipa o medo; • Anula pavores; • Combate frustrações; • É útil para trazer à consciência os medos, as obsessões e manias de perseguição; • É extremamente calmante, quase narcótico. Indicações • Comporta-se como coagulante, nos ferimentos com sangue, artérias, veias e até em rupturas de bolsas de gestante, em qualquer sangramento; • Para pessoas que têm tendência ao desânimo, pode ser usado sem qualquer possibilidade de acentuar o quadro; • Fortalece o globo ocular, favorecendo a saúde dos olhos; • Efeito benéfico para o ouvido, tímpano e labirinto; • Em desequilíbrios hormonais, ajuda a regular os hormônios na corrente sanguínea; • Contudo, quando a defasagem hormonal for de um hormônio específico, deve-se usar a cor correspondente aos órgãos que o produzem; • Exemplo: para os hormônios dos ovários, a cor rosa; Tireoide, a cor azul; e as- sim por diante; • É uma cor reconfortante, recomendada para quem sofre de claustrofobia e para quem tem complexo de inferioridade; • Problemas neurológicos, principalmente convulsões e demência; • Obsessões e distorções da percepção da realidade; • Problemas psicológicos que envolvem vícios (alcoolismo, drogas). Contraindicações • Quase inexistentes; • Doenças provocadas pelo frio; • Por ser estimulador dos vasos linfáticos, deve ser evitado nos casos de câncer. Fonte: Adaptado de VALCAPELLI, 2017; NUNES, 1983; GASPAR, 2002 17 UNIDADE As Cores e Suas Funções Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordadosnesta Unidade: Livros Manual de cura pela cor: um programa completo de cromoterapia WILLS, P. Manual de cura pela cor: um programa completo de cromoterapia. São Paulo: Pensamento, 2000. Curas através da luz: cromoterapia associada aos chackras e à radiestesia. PINTO, N. O. Curas através da luz: cromoterapia associada aos chackras e à radiestesia. Salvador: Kiai Editora, 1997. Psicografia de Norberto Peixoto RAMATIS (Espírito). S. Psicografia de Norberto Peixoto. Limeira: Editora do Conhecimento, 2005. Vídeos O funcionamento do olho humano e as células receptoras da luz https://bit.ly/3krgE9I Leitura Sociedade de Saúde Dinshah – Sistema Spectro-Chrome. DINSHAH HEALTH SOCIETY https://bit.ly/3dRMPg8 18 19 Referências AMBER, R. Cromoterapia: acura através das cores. São Paulo: Cultrix, 1995.178p. BATTISTELLA, M. R. A importância da cor em ambientes de trabalho: um estudo de caso. Mestrado em Engenharia de Produção do Programa de Pós-Graduação em En- genharia de Produção da Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2003. BONTEMPO, M. Medicina natural: guias práticos São Paulo: Nova Cultural, 1999. COSTI, M. A influência da luz e da cor em corredores e salas de espera hospita- lares. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2002. 256p. EDD, G. Cores para a sua saúde. São Paulo: Pensamento, 1994. FERREIRA, A. P V. Curso de cromoterapia: como utilizar? Joinville: Clube de Autores, 2020. FRÓIS, K. P. Arquitetura além do olho ou o que temos a aprender com a cegueira. In: RIO, V. Del (Org.). Psicologia e projeto do ambiente construído. 1ª ed. Rio de Janeiro: Contraponto, 2001. GASPAR, E. D. Cromoterapia: cores para a vida e para a saúde. 2ª. ed. 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