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Tolerância Dimensional

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DESENHO TÉCNICO 
AULA 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Marcelo Francisco Staff 
 
 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Nesta aula vamos abordar como aplicar tolerâncias dimensionais, tipos de 
ajustes, tolerância de forma, de orientação e de posição, fundamentais para que 
as peças permitam a montagem nos equipamentos que serão importantes para 
a leitura e a interpretação de desenho técnico. 
TEMA 1 – TOLERÂNCIA DIMENSIONAL 
A aplicação de tolerância dimensional nos desenhos técnicos serve para 
que: 
 Peças semelhantes sejam intercambiáveis e possam ser substituídas 
entre si, sem que haja necessidade de reparos e ajustes. 
 As medidas das peças possam variar, dentro de certos limites, para mais 
ou para menos, sem que isso prejudique a qualidade do produto final. 
 Num conjunto, garanta-se que as peças se ajustem, isto é, encaixem-se 
umas nas outras. 
No Brasil, o sistema de tolerâncias recomendado pela ABNT segue as 
normas internacionais ISO (International Organization For Standardization). 
As tolerâncias vêm indicadas nos desenhos técnicos por valores e símbolos 
1.2 Aplicação 
As cotas indicadas no desenho técnico são chamadas de dimensões 
nominais, conforme Figura 1: 
Figura 1 – Aplicação da cota 
 
Os afastamentos são desvios aceitáveis das dimensões nominais, para 
mais ou menos, conforme Figura 2. 
 
 
 
3 
Figura 2 – Cota com afastamentos 
 
Os afastamentos permitem que a cota varie entre o limite superior e o 
limite inferior da dimensão. Conforme a Figura 2, temos: 
 Afastamento superior= + 0,1mm; 
 Afastamento inferior = - 0,2mm; 
 A dimensão máxima é a dimensão nominal somando-se ou subtraindo-se 
o valor do afastamento superior. 
 A dimensão mínima é a dimensão nominal somando-se ou subtraindo-se 
o valor do afastamento superior. 
 A tolerância é determinada pela diferença entre a dimensão máxima e a 
dimensão mínima. 
Veja os exemplos a seguir: 
Figura 3 – Exemplo (I) 
 
Afastamento superior = +0,5 mm 
Afastamento inferior = - 0,5 mm 
Dimensão máxima = 12 + 0,5 = 12,5 mm 
Dimensão mínima = 12 - 0,5 = 11,5 mm 
Tolerância = 12,5 - 11,5 = 1,0 mm 
 
 
 
4 
Figura 4 – Exemplo (II) 
Afastamento superior = + 0.28 mm 
Afastamento inferior = + 0,18 mm 
Dimensão máxima = 20 + 0,28 = 20,28 mm 
Dimensão mínima = 20 + 0,18 = 20,18 mm 
Tolerância = 20,28 - 20,18 = 0,10 mm 
Figura 5 – Exemplo (III) 
Afastamento superior = - 0,1 mm 
Afastamento Inferior = - 0,2 mm 
Dimensão Máxima = 20 - 0,1 = 19,9 mm 
Dimensão Mínima = 20 - 0,2 = 19,8 mm 
Tolerância = 19,9 - 19,8 = 0,10 mm 
TEMA 2 – TIPOS DE AJUSTE 
Para garantir a montagem entre duas ou mais peças, são aplicados ajuste 
por meio da determinação dos afastamentos. Para entender o que são ajustes, 
precisamos antes saber o que são eixos e furos de peças. Quando falamos em 
ajustes, eixo é o nome genérico dado a qualquer peça externa que vai ser 
 
 
5 
encaixada em outra peça, conforme Figura 6. Furo é a parte da peça que vai 
receber o eixo. 
Figura 6 – Eixo e furo 
2.1 Ajuste com interferência 
Este ajuste permite que os valores dos afastamentos do eixo sejam 
maiores que os valores dos afastamentos do furo. Veja na figura a seguir: 
Figura 8 – Eixo 
Eixo 
Dimensão máxima = 25,41mm 
Dimensão mínima = 25,28 mm 
Figura 9 – Furo 
Dimensão máxima = 25,21 mm 
Dimensão mínima = 25,00 mm 
Interferência máxima = dimensão máxima do eixo - dimensão mínima do furo 
Interferência máxima = 25,41 - 25,00 = 0,41 mm 
 
 
6 
Interferência mínima = dimensão mínima do eixo - dimensão máxima do furo 
Interferência mínima = 25,28 - 25,21= 0,07 mm 
2.2 Ajuste com folga 
Este ajuste permite que os valores dos afastamentos do eixo sejam 
menores que os valores dos afastamentos do furo. Veja a seguir: 
Figura 10 – Furo 
 
Dimensão máxima = 25,21 mm 
Dimensão mínima = 25,00 mm 
Figura 11 – Eixo 
Dimensão máxima = 24,80 mm 
Dimensão mínima = 24,59 mm 
Folga mínima= dimensão mínima furo - dimensão máxima eixo 
Folga mínima = 25,00 - 24,80 = 0,20 mm 
Folga máxima = dimensão máxima do furo - dimensão mínima do eixo 
Folga mínima = 25,021 - 24,59 = 0,62 mm 
 
 
 
7 
TEMA 3 – TOLERÂNCIA ISO 
No sistema de tolerância ISO, os desenhos técnicos podem ter a 
indicação de tolerância por meio de letras e números. Quando a peça for um 
furo, a letra é maiúscula na tolerância, conforme a Figura 12. 
Figura 12 – Tolerância para furo 
Quando a peça for um eixo, a letra na tolerância é indicada minúscula, 
conforme a Figura 13. 
Figura 13 – Tolerância para eixo 
Cada letra corresponde aos valores do afastamento, conforme a Tabela 
1. 
Tabela 1 – Tabela de tolerância ISO para furos 
 
Quando a dimensão for de 66 J7, apresenta os seguintes afastamentos: 
 
 
8 
Afastamento superior = + 0,018 mm 
Afastamento inferior = - 0,012 mm 
Dimensão máxima = 66,018 mm 
Dimensão mínima = 65,988 mm 
Dentro do sistema ISO temos, também há uma tabela de tolerância para eixo: 
Tabela 2 – Tabela de tolerância ISO para eixos 
 
Quando a dimensão for de 35g6, apresenta os seguintes afastamentos: 
Afastamento superior = - 0,025 mm 
Afastamento inferior= - 0,009 mm 
Dimensão máxima= 34,991mm 
Dimensão mínima= 34,975mm 
Dentro da norma de tolerância ISO, temos os tipos de ajustes para cada 
letra correspondente. Segue exemplo da tabela de ajuste e aplicação. 
Tabelas 3 e 4 – Tipos de ajuste para furos 
 
 
 
 
9 
TEMA 4 – TOLERÂNCIA DE FORMA 
Permitir um erro de forma corresponde à diferença entre a superfície real 
da peça e a forma geométrica teórica. A indicação da tolerância de forma vem 
indicado por símbolo, e o valor máximo do erro, em milímetros, conforme Figura 
14. 
Figura 14 – Exemplo de aplicação de tolerância de forma 
Tabela 5 – Símbolos de tolerância de forma 
A tolerancia de forma de retilineidade permite o erro maximo entre a 
superfície da peça e seu eixo simétrico, conforme a Figura 15. 
Figura 15 – Retilineidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
A tolerância de planeza corresponde à distância t entre dois planos ideais 
imaginários, entre os quais deve encontrar-se a superfície real da peça, 
conforme a Figura 16. 
Figura 16 – Tolerância de planeza 
Indicação da tolerância no desenho, conforme a Figura 17. 
Figura 17 – Tolerância de forma 
 
Outro tipo de tolerância de forma de superfície é a tolerância de 
cilindricidade. Quando uma peça é cilíndrica, a forma real da peça fabricada deve 
estar situada entre as superfícies de dois cilindros que têm o mesmo eixo e raios 
diferentes. A indicação da tolerância no desenho é dada conforme a Figura 18. 
Figura 18 – Tolerância de cilindricidade (I) 
 
A tolerância de forma de uma superfície qualquer vem escrita nos 
desenhos técnicos, conforme a Figura 19. Indica que pode apresentar um erro 
no máximo de 3 centésimos. 
 
 
 
11 
Figura 19 – Tolerância de cilindricidade (II) 
 
TEMA 5 – TOLERÂNCIA DE ORIENTAÇÃO E POSIÇÃO 
A tolerância de orientação estuda a relação entre dois ou mais elementos. 
Ela estabelece o valor permissível de variação de um elemento da peça em 
relação à sua posição teórica, estabelecida no desenho. 
Tabela 6 – Simbologia da tolerância de orientação 
 
Na Figura 20, apresenta-se uma tolerância de posição de paralelismo. 
Nesta peça, o eixo do furo superior deve ficar paralelo ao eixo do furo inferior 
dentro de 2 centésimo de milímetros tomados como referência. É preciso sempre 
ter uma referência indicada por uma letra. 
Figura 20 – Tolerância de paralelismo 
 
 
 
12 
A Figura 21 apresenta uma tolerância de posição de paralelismo. Nesta 
peça, o eixo do furo superior deve ficar paralelo à base C com 2 décimos de 
milímetros tomados como referência. 
Figura 21 – Tolerância de paralelismo 
Nesta peça, o Furo B pode apresentar um erro máximo de 5 centesimo de 
milimetro fora de perpendicular com relação ao furo C, conforme a Figura 22. 
Figura 22 – Tolerância de perpendicularismoA tolerância de posição é um desvio tolerado de um determinado elemento 
(ponto, reta, plano) em relação a sua posição teórica. 
Tabela 7 – Tolerância de posição 
 
Quando a localização exata de um elemento, como uma linha, um eixo ou 
uma superfície, é essencial para o funcionamento da peça, sua tolerância de 
localização deve ser determinada. Observe a placa com furo, conforme a Figura 
23. 
 
 
13 
Figura 23 – Tolerância de posição de um elemento 
Esta peça pode apresentar um erro de 3 centésimos de milimetros entre 
o diâmetro menor e o diâmtero maior, conforme a Figura 24. Sempre coloque a 
letra num elemento de referência. 
Figura 24 – Tolerância de concentricidade 
 
Quando a peça for simétrica, ou seja, apresentar os dois lados iguais, será 
representada por eum eixo simétrico (traço-ponto). Nesta peça, o rasgo pode ter 
uma variação de 8 centésimos de milímetro de erro em relação à superficie A, 
conforme a figura 25. 
Figura 25 – Tolerância de simetria 
 
 
 
14 
FINALIZANDO 
Nesta aula você pôde aprender como podemos fazer uma produção de 
peças semelhantes para serem intercambiáveis, isto é, possam ser substituídas 
entre si sem que haja necessidade de reparos e ajustes. Esta tecnologia se dá 
quando aplicamos a tolerância dimensional. O mais importante é saber 
interpretar os desenhos com os seus afastamentos. 
A escolha do sistema de ajuste a ser adotado está ligada ao tipo de projeto 
a ser aplicado, podendo ser um ajuste com interferência, ou prensado, e um 
ajuste com folga. 
Por essa razão, temos o sistema de ajustes de tolerância ISO, em que já 
estão tabelados os valores dos afastamentos com suas respectivas letras e 
números. 
Não é suficiente que as dimensões da peça estejam dentro das 
tolerâncias dimensionais previstas. É necessário que as peças estejam dentro 
das formas, posições e orientações previstas para poderem ser montadas 
adequadamente e para que funcionem sem problemas. 
Interpretar desenhos técnicos com indicações de tolerâncias 
dimensionais, tolerância de posição e forma é um assunto muito complexo. Foi 
dada apenas uma visão geral, e o aprofundamento virá com muito estudo e com 
a prática profissional. 
 
 
 
15 
REFERÊNCIAS 
CRUZ, M. D. Desenho técnico. São Paulo: Érica, 2014. 
_____. Desenho técnico mecânico: conceitos, leitura e interpretação. 1. ed. 
São Paulo: Érica, 2010. 
CRUZ, M. D.; MORIOKA, C. A. Desenho técnico: medidas e representação 
gráfica. 1. ed. São Paulo: Érica, 2014. 
LEAKE, J. M.; BORGERSON, J. L. Manual de desenho técnico para 
engenharia: desenho, modelagem e visualização. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 
2017. 
RIBEIRO, A. C.; PERES, M. P.; IZIDORO, N. Desenho técnico e AutoCad. São 
Paulo: Pearson, 2013. 
SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Apostila desenho 
mecânico. Desenho com instrumentos. São Paulo, [S.d.]. 
SILVA, A. S. Desenho técnico. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014. 
SILVA, A.; RIBEIRO, C. T.; DIAS, J. SOUSA, L. Desenho técnico moderno. 4. 
ed. Rio de janeiro: LTC, 2014. 
ZATTAR, I. C. Introdução ao desenho técnico. Curitiba: InterSaberes, 2016.

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