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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS Física Experimental A Turma E Experiência nº 5: Estudo da flexão de barras pelo método científico Discente: Bruno Pinto Moura - 818642 João Pedro Jachetto Longo - 801151 Gabriel Prado Ferfoglia - 822937 Caroline Silva Siqueira Leite - 823463 Docente: Luís Fernando da Silva São Carlos 2023 Resumo A partir da teoria e da prática deste experimento, tornou-se possível compreender melhor a Lei de Hook, que estuda o comportamento (deformação) de materiais quando uma força externa incide sobre eles. Com o auxílio de um paquímetro, um micrômetro, uma balança tríplice escala, um sistema para flexão de barras, peças de metal (pesos) e diversas barras de diâmetros variados, foi possível estudar a deformação elástica em barras, quando elas são submetidas a forças de diferentes intensidades. Além disso, foi possível obter a Constante de Young, e, com ela, identificar o material constituinte das barras, com auxílio de um gráfico descrevendo os módulos de elasticidade de alguns materiais. Objetivos Este experimento tem como objetivo determinar através do método visual nos três gráficos di-log confeccionados os coeficientes “k”, “n”, “j” e “p” da equação: Δh = (1/12π)*(rk )*(Ln)*(Fj)*(EP), e com os resultados desse coeficientes e obter a equação empírica do experimento. Além disso, através dos gráficos di-log expressados neste experimento, vai ser possível determinar o módulo de Young (E) das barras analisadas e mediante este resultado e com o cálculo de concordância com os valores de E já estabelecidos para os materiais alumínio, chumbo e aço vai ser possível constatar de qual desses materiais essa barras foram feitas. Materiais utilizados Figura 1: Micrômetro Kingtools - Incerteza: 0,005 mm Fonte: Autoria própria. Figura 2: Paquímetro Kingtools Vernier Caliper - Incerteza: 0,02mm Fonte: Autoria Própria Figura 3: Balança Tríplice Escala J.B. Mod. 007 (Incerteza: 0,2g) Fonte: Autoria própria Figura 4: Papeis Di-log Fonte: Autoria própria. Figura 5: Barras analisadas de tamanhos variados Fonte: Autoria própria Figura 6: Pesos utilizados para flexionar as barras (tamanho variável de 100 a 1000 g) Fonte: Autoria própria. Figura 7: Montagem para flexão das barras (a incerteza da régua amarela é de 0,05mm) Fonte: Autoria própria. Apresentação dos resultados Na tabela 1 abaixo, tem-se representados os dados das medições de cada diâmetro das barras analisadas, foram feitas cinco medições em cada barra com o paquímetro para que fosse possível obter uma maior precisão e esses valores foram representados, assim como suas respectivas incertezas. Tabela 1: medidas dos diâmetros (d) das barras com paquímetro (Incerteza: 0,02mm) Barras d1 ± u(d1) mm d2 ± u(d2) mm d3 ± u(d3) mm d4 ± u(d4) mm d5 ± u(d5) mm 1 0,49 ± 0,02 0,48 ± 0,02 0,48 ± 0,02 0,48 ± 0,02 0,48 ± 0,02 2 0,64 ± 0,02 0,64 ± 0,02 0,64 ± 0,02 0,64 ± 0,02 0,64 ± 0,02 3 0,79 ± 0,02 0,80 ± 0,02 0,80 ± 0,02 0,80 ± 0,02 0,80 ± 0,02 4 0,95 ± 0,02 0,97 ± 0,02 0,96 ± 0,02 0,96 ± 0,02 0,95 ± 0,02 5 1,27 ± 0,02 1,27 ± 0,02 1,27 ± 0,02 1,27 ± 0,02 1,27 ± 0,02 Na tabela 2 estão representados os diâmetros médios de cada uma das barras, com base nos valores dos cinco diâmetros expressados na tabela 1, além disso, está representado também o valor da flexão que cada barra demonstrou para a massa fixa de 1000g. Tabela 2: medida da flexão (Δh) em função do diâmetro médio (<d>), mantendo apoio e o peso fixo (1000g) Barra 1 2 3 4 5 <d> ± u(<d> ) mm 0,48 ± 0,02 0,64 ± 0,02 0,80 ± 0,02 0,96 ± 0,02 1,27 ± 0,02 Δh ± u(Δh ) mm 5,580 ± 0,007 1,350 ± 0,007 0,065 ± 0,007 0,330 ± 0,007 0,830 ± 0,007 A partir da tabela 2 foi possível construir um gráfico 1 que representa a flexão (Δh - mm) em função do diâmetro médio de cada barra (<d> - mm), considerando a massa fixa em 1000g e a distância entre os pontos de apoio fixa em 500 mm. Este gráfico está representado abaixo: Gráfico 1: representação esquemática da flexão (Δh) em mm em função do diâmetro médio de cada barra (<d>) em mm. Fonte: Autoria própria. A partir do gráfico 1, por ele ter sido feito em um papel di-log e a representação gráfica ser uma reta foi possível estabelecer uma relação entre a flexão e o diâmetro médio e, tendo como base a equação: Δh = (1/12π)*(rk )*(Ln)*(Fj)*(EP), foi possível determinar o valor da potência “k” e chegou-se no valor de -4, esse cálculo está apresentado nos apêndices. Tabela 3: medição da flexão (Δh) em função da distância entre os apoios mantendo o diâmetro (d3) e o peso fixo (1000g) L ± u(L ) mm 300,0 ± 0,5 400,0 ± 0,5 500,0 ± 0,5 600,0 ± 0,5 700,0 ± 0,5 Δh ± u(Δh ) mm 0,005 ± 0,007 0,275 ± 0,007 0,065 ± 0,007 0,915 ± 0,007 2,375 ± 0,007 A partir da tabela 3 foi possível construir um gráfico 2 que representa a flexão (Δh - mm) em função da distância de apoio entre os pontos de apoio (L - mm), variando ele de 300 a 700 mm, aumentando 100 mm em cada medida considerando a massa fixa em 1000g. Este gráfico está representado abaixo: Gráfico 2: representação esquemática da flexão (Δh - mm) em função da distância de apoio entre os pontos de apoio (L - mm) Fonte: Autoria própria A partir do gráfico 2, por ele ter sido feito em um papel di-log e a representação gráfica ser uma reta foi possível estabelecer uma relação entre a flexão e a distância entre os pontos de apoio e, tendo como base a equação: Δh = (1/12π)*(rk )*(Ln)*(Fj)*(EP), foi possível determinar o valor da potência “n” e chegou-se no valor de 3, esse cálculo está apresentado nos apêndices. Tabela 4: medição da flexão (Δh) em função das massas dos pesos mantendo o diâmetro e o apoio fixos. m ± u(m ) g 428,0 ± 0,2 600,0 ± 0,2 817,0 ± 0,2 1000,0 ± 0,2 1221,0 ± 0,2 Δh ± u(Δh ) mm 0,385 ± 0,007 0,470 ± 0,007 0,615 ± 0,007 0,825 ± 0,007 1,049 ± 0,007 A partir da tabela 4 foi possível construir um gráfico 3 que representa a flexão (Δh - mm) em função da massa dos pesos utilizados (m - g),variando ela de 400 a 1200 g, considerando a distância fixa em 500 mm. Este gráfico está representado abaixo: Gráfico 3: representação esquemática da flexão (Δh - mm) em função da massa dos pesos utilizados (m - g). Fonte: Autoria própria A partir do gráfico 3, por ele ter sido feito em um papel di-log e a representação gráfica ser uma reta foi possível estabelecer uma relação entre a flexão e a massa dos pesos utilizados e, tendo como base a equação: Δh = (1/12π)*(rk )*(Ln)*(Fj)*(EP), foi possível determinar o valor da potência “j” e chegou-se no valor de 1, esse cálculo está apresentado nos apêndices. Além disso, com esse valores e mediante o método de análise dimensional aplicado no gráfico 3 e na equação: Δh = (1/12π)*(rk )*(Ln)*(Fj)*(EP) foi possível achar o valor da potência “p” para representar a equação empírica da forma correta, e segundo os cálculos apresentados no apêndice e análise do gráfico, o valor de P foi igual a 1, porém, adotamos esse valor negativo uma vez que a reta neste gráfico é decrescente, portanto p = -1. Com os valore das potências “k”, “n”, “j” e “p” representados acima, foi possível achar a equação empírica da seguinte equação original: Δh = (1/12π)*(rk )*(Ln)*(Fj)*(EP), portanto, a equação empírica é Δh = (1/12π)*(r-4 )*(L3)*(F1)*(E-1) A partir do gráfico 3 e com os valores do coeficiente angular e linear foi possível determinar o Módulo de Young das barras metálicas analisadas e esse valor foi de, aproximadamente, E = 18,3*1011 dina/cm2 e, ao realizar o cálculo da concordância, conseguimos identificar o material de que são feitas as barras e esse material é o Aço porque o nosso valor de Young está no intervalo do valor do aço que seria de 19-20*1011 dina/cm2 e apresentou uma concordância de 96,3%. Conclusão Neste experimento, registrou-se a deformação elástica, por flexão, de diferentes barras de seções transversais circulares, variando seus comprimentos (L), com o intuito de investigar a relação do módulo de Young e determinar o material das barras. Posteriormente, três gráficos em papel Di-log foram construídospara analisar a relação entre as variáveis. A partir desses gráficos, foi possível determinar os coeficientes “k, n, j e p” e, consequentemente, obteve-se a equação empírica Δh = (1/12π)*(r-4 )*(L3)*(F1)*(E-1). Por fim, com base no valor obtido para o módulo de Young das barras (E = 18,3*1011 dina/cm2), foi possível afirmar que as barras são feitas de aço, devido à concordância de 96,3% Questões É possível concluir que as barras são do mesmo material através da média entre elas junto da concordância obtida pela fórmula: Logo, no experimento, foi obtida uma concordância de 96,3%. Portanto, tem-se um grau de concordância relativamente alto entre elas. Sim, é possível determinar a relação funcional entre as variáveis desse experimento uma vez que elas não são lineares e, sim, exponenciais. Logo, o gráfico no papel Di-Log assume essas mesmas variáveis de maneira linear para encontrar a reta entre elas e definir seu coeficiente angular e linear. No entanto, se as variáveis fossem linearmente dependentes e o gráfico fosse no papel milimetrado, não teria uma relação funcional e o comportamento no gráfico não seria uma reta linear. Possivelmente, teria um comportamento próximo de uma parábola. Os expoentes seriam os mesmos se estivessem no regime elástico, uma vez que a variável que seria alterada é o módulo de Young. Além disso, é possível notar essa afirmação pela análise comparativa da elasticidade entre o metal e o plástico. As barras metálicas tendem a ser mais elásticas do que as barras de plástico. A elasticidade está relacionada à capacidade do material de se deformar sob ação de uma força externa e retornar à sua forma original quando a força é removida. Portanto, o uso de barras de plástico mais rígidas pode afetar a forma como o material se comporta. Apêndices
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