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Filariose Ciclo entre as doenças negligenciadas e o empobrecimento Epidemiologia da Filariose no Brasil e em Pernambuco ● No Brasil, até o ano de 2009 foi mostrado que há transmissão autóctone em 11 cidades: Manaus (AM), Belém (PA), São Luís (MA), Recife (PE), Maceió (AL), Salvador e Castro Alves (BA), Florianópolis, São José da Ponta Grossa e Barra de Laguna (SC) e Porto Alegre (RS). Belém do Pará (Região Norte) e Maceió (Região Nordeste) são cidades que até recentemente também eram focos ativos no Brasil e, pelos dados atuais, mostram a interrupção da transmissão da parasitose (BRASIL, 2009). ● A parasitose apresenta distribuição urbana, sendo detectada transmissão ativa até o ano de 2009 apenas em Recife e cidades de sua região metropolitana, Olinda, Jaboatão dos Guararapes e Paulista. A região metropolitana do Recife, tem índices de pacientes em fase de transmissão das microfilárias variando de 2% até 15%, em comunidades de baixo nível socioeconômico (BRASIL, 2009; MEDEIROS, 2004). tá, mas e a SITUAÇÃO REAL da filariose em pernambuco? Fisiopatologia ● A filariose é uma endemia que atinge em geral em populações com baixas condições de saúde, moradia, emprego e renda. ● Grande parte dos portadores de microfilárias não tem sintomas aparentes, no entanto são como fonte de infecção e, de acordo com a epidemiologia, necessitam de atenção para evitar a disseminação da parasitose. ● A pessoa infectada pode transmitir microfilárias por anos, devido à longevidade dos vermes adultos, em geral 4 a 8 anos (AGUIAR-SANTOS, 2013). Ciclo da doença Elefantíase Tratamento Interpelações entre Negligência, Pobreza e a Filariose Referências bibliográficas ALBUQUERQUE, Maria de Fátima P. M.. Urbanização, favelas e endemias: a produção da filariose no Recife, Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro , v. 9, n. 4, p. 487-497, Dez. 1993. BRASIL, Ministério da Saúde. Guia de Vigilância Epidemiológica e Eliminação da Filariose Linfática: série a. normas e manuais técnicos. Brasília, 2009. 83 p. BUSS, Paulo Marchiori; PELLEGRINI FILHO, Alberto. A Saúde e seus Determinantes Sociais. Physis: Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 17, n. 1, p. 77-93, 2007. CARRAPATO, Pedro; CORREIA, Pedro; GARCIA, Bruno. Determinante da saúde no Brasil: a procura da equidade na saúde. Saúde e Sociedade, [S.L.], v. 26, n. 3, p. 676-689, set. 2017.CHINELLATO, M.; CHINELLATO, E. Lymphatic filariasis (elephantiasis). Annales Françaises de Medecine d’Urgence, v. 6, n. 6, p. 437, 2016. COFFENG, L.; DE VLAS, S.; STOLK, W. Standardisation of lymphatic filariasis microfilaraemia prevalence estimates based on different diagnostic methods: a systematic review and meta-analysis. Parasites & Vectors, v. 13, pp. 1-9, 2020. DREYER, Gerusa; COELHO, Giovanini. Filariose linfática: doença potencialmente eliminável. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro , v. 13, n. 3, p. 537-543, Set. 1997. JAMESON, J. L. et al. Medicina Interna de Harrison. 20ª ed. Porto Alegre: AMGH, 2020. GARBOIS, Júlia Arêas; SODRÉ, Francis; DALBELLO-ARAUJO, Maristela. Da noção de determinação social à de determinantes sociais da saúde. Saúde em Debate, [S.L.], v. 41, n. 112, p. 63-76, mar. 2017. KASPER, D. et al. Medicina Interna de Harrison, 19. ed., Porto Alegre: AMGH, 2017. MATTOS, Denise; MOTA, Solange; DREYER, Gerusa. Aspectos da realidade social de crianças e adolescentes atendidos em serviço de referência para filariose bancroftiana, Recife, estado de Pernambuco. Rev. Soc. Bras. Med. Trop., Uberaba , v. 41, n. 1, p. 29-35, Fev. 2008.
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