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RESUMO DAS AULAS - PROCEDIMENTO COMUM - Passei direto

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Por: Marta Helena Jarandia Nunes – martajarandia@gmail.com 
 
Procedimento Comum – Direito Processual Civil 
 
 
 
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS 
CONCEITO DE INTERVENÇÃO DE TERCEIROS: 
Ingresso de determinada pessoa estranha à relação processual originária. 
Oportunidade legalmente concedida à pessoa não participante de determinada relação jurídica 
processual para nela atuar ou ser convocado a atuar, na defesa de interesses jurídicos próprios. 
 
A entrada do terceiro promove: Celeridade do processo, segurança jurídica e economia processual 
 
A X B = 2 pessoas ou 2 polos - O TERCEIRO é alguém estranho à relação processual 
 
NÃO CONFUNDIR COM: 
 SUCESSÃO PROCESSUAL – Substituição da parte em razão da modificação da titularidade do direito 
material afirmado em juízo. É a troca da parte. Uma outra pessoa assume o lugar do litigante 
originário, fazendo-se parte na relação processual. Se dá por causa mortis e inter vivos. 
 REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL - Substituição com autorização legal para defender o direito alheio 
(Sindicato, MP, etc) 
 CAPACIDADE POSTULATÓRIA - Essa capacidade pertence ao advogado que é indispensável. 
 
Na Intervenção de Terceiros, mantém-se os 2 polos, o terceiro entra em um dos lados. 
 
CLASSIFICAÇÃO / FORMAS 
 
1. Intervenção Espontânea – É voluntária 
O terceiro vem por iniciativa própria, ninguém convocou: 
 Assistência 
 Amicus Curiae 
 
2. Intervenção Provocada – Por requerimento 
O terceiro ingressa por requerimento das partes ou decisão do juiz: 
 Denunciação da Lide 
 Chamamento ao processo 
 Incidente de desconsideração da personalidade jurídica 
 Amicus Curiae 
 
 
ESPÉCIES DE TERCEIROS (5 espécies) 
1. Assistência 
2. Denunciação da Lide 
3. Chamamento ao Processo 
4. Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica 
5. Amicus Curiae 
 
Por: Marta Helena Jarandia Nunes – martajarandia@gmail.com 
 
Procedimento Comum – Direito Processual Civil 
 
Atenção! Não Confundir com litisconsórcio 
Mas...a entrada de um TERCEIRO pode gerar um litisconsórcio. 
 
1. ASSISTÊNCIA (Espontânea) 
Não quero que você se ferre 
 
CPC, Art. 119. Pendendo causa entre 2 (duas) ou mais pessoas, o terceiro juridicamente interessado 
em que a sentença seja favorável a uma delas poderá intervir no processo para assisti-la. 
 
CONCEITO: É o ingresso de terceiros pretendendo auxiliar uma das partes. 
 
A Assistência pode ser entendida como a modalidade de Intervenção de Terceiros Espontânea, cuja 
finalidade é que um terceiro estranho a relação processual auxilie a parte em uma causa em que 
tenha interesse jurídico relevante. 
 
É o ingresso de um terceiro que tem vínculo com uma das partes e pode ser prejudicado pela 
decisão. 
 
 Quem ingressa: Assistente (Quem provoca é o terceiro) 
 Quem é auxiliado: Assistido (autor ou réu) 
 
 
REQUISITO: Demonstração de interesse jurídico relevante: 
 
 Relação jurídica com o assistido (autor ou réu) 
 Risco de prejuízo pelo desfavorecimento da decisão 
 
CABIMENTO: Artigo 119, CPC – Parágrafo único 
 
CPC, Art. 119. (...) 
Parágrafo único. A assistência será admitida em qualquer procedimento e em todos os graus de 
jurisdição, recebendo o assistente o processo no estado em que se encontre. 
 
Em qualquer procedimento (rito): 
 Comum 
 Especial 
 Sumaríssimo (só na Assistência) 
ESPÉCIES CPC TERCEIRO PARTE FRASE LYSIAS
Assistência Art 119 Assistente
Assistido 
(Autor ou Réu)
Não quero que você se ferre
Denunciação da Lide Art 125 Denunciado
Denunciante 
(Autor ou Réu)
Se eu me ferrar, você se ferra
Chamamento ao Processo Art 130 Chamado
Chamante 
(Réu)
Vem se ferrar comigo
Incidente de Desconsideração da 
Personalidade Jurídica
Art 133
Pessoa Jurídica ou 
Sócios
Autor (Credor) 
Exequente
Você pensou que não ia se ferrar
Amicus Curiae Art 138
Pessoa Física ou 
Pessoa Jurídica
Parte (Autor e Réu) 
ou Juiz, MP
Não quero que o juiz se ferre
 
Por: Marta Helena Jarandia Nunes – martajarandia@gmail.com 
 
Procedimento Comum – Direito Processual Civil 
Em qualquer grau 
 1º grau – fase de conhecimento 
 2º grau – fase recursal (após a sentença) 
 
ESPÉCIES DE ASSISTÊNCIA: 
 
1. Simples – Mero auxiliar 
2. Litisconsorcial – Defende o direito dele (terceiro/assistente) 
 
1. Assistência Simples 
 Interesse indireto a defender. 
 O objeto do processo é alheio, o direito não é dele (terceiro). 
 O terceiro pretende, apenas, auxiliar uma das partes. 
 Não há relação direta com o assistido. 
 Não há vínculo entre o assistente e o adversário do assistido 
 
O assistente simples exercerá os mesmos poderes e estará sujeito aos mesmos ônus processuais 
que o assistido, ou seja, não poderá exercer os atos praticados pelo assistido, por exemplo, caso o 
assistido não recorra de determinada decisão, o assistente não poderá recorrer. 
 
Se o assistido requereu julgamento antecipado, não poderá o assistente requerer perícia, nem 
apresentar rol de testemunhas. Tampouco poderá evitar a desistência, a renúncia, etc. 
 
O assistente simples trata-se de mero coadjuvante do assistido; sua atuação é meramente 
complementar, não podendo ir de encontro à opção processual deste. 
 
CPC, Art. 121. O assistente simples atuará como auxiliar da parte principal, exercerá os mesmos 
poderes e sujeitar-se-á aos mesmos ônus processuais que o assistido. 
 
Exemplo de Assistência Simples: 
Locadora A – Locador B – Sublocatário C 
 A aluga um imóvel a B – relação jurídica 
 B que é inquilino realiza uma sublocação a C configurando uma 2ª relação jurídica 
 B não paga o aluguel ao A 
 A entra com ação de despejo contra B 
 C não tem vínculo jurídico com A, mas tem interesse relevante na decisão para que seja 
favorável a B para não ser despejado. 
 C vira Assistente Simples de B, pois, atende aos 2 requisitos: relação com o assistido e o risco 
de ser prejudicado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A - Adversário do Assistido
B - Assistido
C - Assistente (Simples)
ASSISTÊNCIA SIMPLES
A X B 
C
Entra como Assistente 
Simples de B, pois a 
sentença vai atingí-lo
 
Por: Marta Helena Jarandia Nunes – martajarandia@gmail.com 
 
Procedimento Comum – Direito Processual Civil 
2. Assistência Litisconsorcial 
 Interesse direto. 
 Defende o interesse dele (terceiro – assistente) 
 O direito discutido também pertence ao assistente 
 O terceiro tem interesse direto na causa 
 Existe vínculo entre o assistente e o adversário do assistido 
 
O conceito de assistente litisconsorcial está moldado como a parte no processo que intervém. 
Nesta forma de intervenção de terceiro o assistente flui como litisconsorte e sentirá, diretamente, 
os efeitos da coisa julgada, devido a este ter relação direta com a parte adversa do assistido. 
No caso em menção, o assistente defende o seu direito em litisconsórcio com o assistido, em juízo. 
(OBS: Litisconsórcio – pluralidade de partes) 
 
CPC, Art. 124. Considera-se litisconsorte da parte principal o assistente sempre que a sentença influir 
na relação jurídica entre ele e o adversário do assistido. 
 
Exemplo de Assistência Litisconsorcial: 
 
A, B e C são donos de um terreno. D invade o imóvel 
 A ajuíza ação de reintegração de posse em face de D 
 B e C podem intervir como assistentes litisconsorciais de A. 
 
 
 
PROCEDIMENTO DE ASSISTÊNCIA: 
 
 A x B 
 
 É apresentada a Petição (mais documentos) para o ingresso do Assistente C com: 
 
 Endereçamento (juiz da causa) 
 
 Fundamentação – demonstração do interesse jurídico 
 
 Requerimento – admissão no processo 
 
Pode ser:
A + B + C x D = Litisconsórcio ativo (autores) facultativo (não obrigatório)
A x D
B x D
Poderia ter iniciado já como Litisconsórcio
ASSISTÊNCIA LITISCONSORCIAL 
Interesse direto
A X D 
B
Entra como Assistente 
Litisconsorcial de A, 
pois tem vínculo
C - Assistente 
Litisconsorcial
A +B + C X D
 
Por: Marta Helena Jarandia Nunes – martajarandia@gmail.com 
 
Procedimento Comum – Direito Processual Civil 
 O Juiz analisa o pedido desse ingresso (decisão interlocutória, sem julgamento do mérito) 
podendo haver: 
 
 Rejeição – Indeferimento Liminar – Segue o processo sem o Assistente – A x B 
Da rejeição cabe recurso: Agravamento de instrumento (Art 1.015, IX, CPC) 
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que 
versarem sobre: 
IX – admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; 
 
 Aceitação – Deferimento – Intimação das partes – Prazo de 15 dias – Podendo haver: 
Impugnação – Petição de discordância do ingresso pela parte contrária – Juiz decide 
com rejeição ou admissão 
Aceitação – Segue o processo com admissão do Assistente A x B + C 
 
 
 
 
2. DENUNCIAÇÃO DA LIDE (Provocada) 
Se eu me ferrar, você se ferra 
 
Haverá uma pessoa para garantir determinada obrigação = garantidor 
 
 Denunciado – terceiro (provocado) 
 Denunciante – parte (autor ou réu) 
 
CONCEITO 
 
Ação regressiva em processo pendente em face de terceiro, que tem a obrigação de garantir 
determinada pessoa em caso de insucesso na ação. 
 
É uma forma de intervenção provocada, em que o terceiro (denunciado), que mantém um vínculo 
de direito com a parte (denunciante), é chamado para litigar em conjunto com o denunciante, que 
contém contra o denunciado uma pretensão indenizatória, de reembolso, caso seja condenado. 
 
Com a finalidade de economia processual, a denunciação é como se fosse uma ação de regresso 
antecipada, para a eventualidade da sucumbência do denunciante. 
 
A x B
Análise 
do Juiz
PROCEDIMENTO ASSISTÊNCIA
C como 
Assistente 
de B (réu)
Petição de 
admissão de 
Assistente
Aceitação 
ou
Rejeição
Se Indeferido, 
cabe recurso 
(Agravamento de 
Instrumento).
Se Deferido, 
Intimação das 
partes para se 
manifestarem em 
15 dias
Na manifestação 
pode haver a 
Impugnação com 
Petição de 
discordância do 
ingresso
Análise 
do Juiz
Juiz rejeita o 
ingresso 
Segue 
A x B
Juiz admite o 
ingresso
Segue 
A x B + C
 
Por: Marta Helena Jarandia Nunes – martajarandia@gmail.com 
 
Procedimento Comum – Direito Processual Civil 
Portanto, o denunciado é provocado. Ele tem o dever de garantir 2 ações, ou seja, 2 petições em 
um único processo. 
 
 
CABIMENTO DA DENUNCIAÇÃO DA LIDE – Art. 125, CPC 
 
Art. 125. É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes: 
I - ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, 
a fim de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam; 
II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo 
de quem for vencido no processo. 
 
Portanto, é cabível a denunciação: 
 
 Ao alienante imediato, para garantia do direito de evicção do denunciante (inciso I) 
 Direito regressivo de indenização (inciso II). Ex.: réu denunciar sua seguradora. 
 
Evicção - É a perda de um bem por ordem judicial ou administrativa, em razão de um motivo jurídico anterior à sua 
aquisição. Em outras palavras, é a perda de um bem pelo adquirente, em consequência de reivindicação feita pelo 
verdadeiro dono. 
Ação Regressiva - É a ação movida com objetivo de pretensão indenizatória, de ressarcir-se de prejuízo causado por 
terceiros, independentemente de este ter agido de forma dolosa ou culposa. 
 
1. Alienante Imediato – Art. 125, I 
 Denunciado – Vendedor 
 Denunciante - Comprador 
 
Risco de Evicção – perda pelo bem reconhecimento de direito anterior do evicto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Coobrigado – Art 125, II 
Quando previsto em: 
 Lei 
 Contrato 
 
Exemplo: Seguradora, obrigada a ser garantidora por estar em lei ou contrato 
 
 
DENUNCIAÇÃO DA LIDE - Alienante Imediato
A
Vende uma 
casa
Denunciação da Lide
B é o Denunciado 
C é o Denunciante
B 
Vendedor Alienante 
Imediato
=
Garantidor de C
B 
Compra 
de A
D X CC
Compra 
de B
C 
Comprador 
Alienante
D alega Usucapião 
da casa 
C vira réu na ação
C denuncia o B para 
intervir como 
terceiro
 
Por: Marta Helena Jarandia Nunes – martajarandia@gmail.com 
 
Procedimento Comum – Direito Processual Civil 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FACULDADE 
A Denunciação da Lide não é obrigatória, mas, facultativa. 
 
CPC, Art 125, 
§ 1º O direito regressivo será exercido por ação autônoma quando a denunciação da lide for 
indeferida, deixar de ser promovida ou não for permitida. 
 
 
DENUNCIAÇÃO SUCESSIVA 
 
Possibilidade de uma única denunciação sucessiva, promovida pelo denunciado, contra quem seja 
responsável por indenizá-lo. 
 
CPC, Art 125 
§ 2º Admite-se uma única denunciação sucessiva, promovida pelo denunciado, contra seu 
antecessor imediato na cadeia dominial ou quem seja responsável por indenizá-lo, não podendo o 
denunciado sucessivo promover nova denunciação, hipótese em que eventual direito de regresso 
será exercido por ação autônoma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
se o direito, mas é -, perdeDURANTE O PROCESSOnão for feita denunciação da lide: Se a Atenção
. contra aquele que seria denunciado Ação Regressivapossível entrar de novo com uma 
 
Se for indeferida, deixar de ser promovida ou não for permitida, não representa um problema, pois 
é possível que se faça uma ação de regresso autônoma. 
 
AÇÃO ORIGINÁRIA - Ação que tem origem no próprio órgão, ou seja, não entra como recurso contra decisão proferida 
em grau inferior de jurisdição. 
AÇÃO REGRESSIVA - Ação interposta por alguém que satisfez uma obrigação de responsabilidade de outra pessoa, 
invocando o direito de regresso contra este, a fim de reaver a importância paga. 
A X B + C
DENUNCIAÇÃO DA LIDE - Coobrigado
A X B 
Acidente de 
Trânsito
C
Denunciação da Lide
Terceiro = Seguradora
Denunciado
Citação 
Denunciante
B 
(Réu)
B X C
DENUNCIAÇÃO SUCESSIVA
D X C
Denunciação
da Lide
AB
Denunciação
da Lide Sucessiva
Z
Não é possível 
uma nova 
Denunciação da Lide 
 
Por: Marta Helena Jarandia Nunes – martajarandia@gmail.com 
 
Procedimento Comum – Direito Processual Civil 
PROCEDIMENTO DA DENUNCIAÇÃO DA LIDE 
O procedimento pode se dar de 2 formas (Art. 125): pelo autor ou pelo réu. 
 
1. Pelo autor - Art. 127 
Deve ser requerida sempre na petição inicial. 
 
Cita-se primeiro o denunciado, para que possa se defender quanto à ação regressiva. 
 
O denunciado: 
 assume a posição de litisconsorte do denunciante, ou 
 permanece inerte, caso em que será considerado revel na ação regressiva 
 
Somente após transcorrer o prazo para o denunciado contestar a ação regressiva e aditar a inicial é 
que o réu será citado. 
 
Art. 127. Feita a denunciação pelo autor, o denunciado poderá assumir a posição de litisconsorte do denunciante e 
acrescentar novos argumentos à petição inicial, procedendo-se em seguida à citação do réu. 
Art. 126. A citação do denunciado será requerida na petição inicial, se o denunciante for autor, ou na contestação, se o 
denunciante for réu, devendo ser realizada na forma e nos prazos previstos no art. 131. 
Art. 131. A citação daqueles que devam figurar em litisconsórcio passivo será requerida pelo réu na contestação e deve 
ser promovida no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de ficar sem efeito o chamamento. 
Parágrafo único. Se o chamado residir em outra comarca, seção ou subseção judiciárias, ou em lugar incerto, o prazo 
será de 2 (dois) meses. 
Exemplo: Ação Reivindicatória – Autor fazendo a denunciação da lide 
 Zé (comprador) compra uma casa de Maria (alienante) 
 Mané ocupa a casa podendo se utilizar de usucapião 
 Maria é denunciada por Zé e vira ré da Denunciação da Lide (não originária) 
 Zé (denunciante) / Maria (denunciada) 
 Citação da denunciada: Maria 
 São 3 possibilidades com o processo seguindo da seguinte forma: 
o Rejeição liminar: Zé x Mané (indeferimento e continua com 1 ação apenas). Cabe recurso: Agravo de 
instrumento. (Art. 1.015, IX). 
o Juiz defere (aceita): Zé +Maria x Mané (se transforma em litisconsórcio facultativo) 
o Manifestação da denunciada que pode se omitir (contumácia) e seguir no processo sem se manifestar 
OU, discutir a denunciação da lide (contestação da ação regressiva): Zé + Maria x Zé 
 Após a denunciação resolvida, ocorre a citação do réu: Mané 
 O processo continua com a fase de provas...até chegar à sentença das 2 ações: 
o 1ª) Originária: Zé + Maria x Mané 
 Procedente – Maria não precisa pagar (observados os eventuais reembolsos do denunciado 
pelo denunciante – Art. 129 – parágrafo único) 
 Improcedente – Zé perde o julgamento da denunciação da lide 
o 2ª) Regressiva (denunciação da lide) – Só se a originária for improcedente 
Art. 129. Se o denunciante for vencido na ação principal, o juiz passará ao julgamento da denunciação 
da lide. 
Parágrafo único. Se o denunciante for vencedor, a ação de denunciação não terá o seu pedido 
examinado, sem prejuízo da condenação do denunciante ao pagamento das verbas de sucumbência 
em favor do denunciado. 
 
Por: Marta Helena Jarandia Nunes – martajarandia@gmail.com 
 
Procedimento Comum – Direito Processual Civil 
2. Pelo réu – Art. 128 
Deve ser requerida sempre na contestação. 
 
Cita-se primeiro o réu que tem prazo para a contestação, quando pode fazer a denunciação da lide 
para que o denunciado seja citado. 
 
Art. 128. Feita a denunciação pelo réu: 
I - se o denunciado contestar o pedido formulado pelo autor, o processo prosseguirá tendo, na ação principal, em 
litisconsórcio, denunciante e denunciado; 
II - se o denunciado for revel, o denunciante pode deixar de prosseguir com sua defesa, eventualmente oferecida, e 
abster-se de recorrer, restringindo sua atuação à ação regressiva; 
III - se o denunciado confessar os fatos alegados pelo autor na ação principal, o denunciante poderá prosseguir com sua 
defesa ou, aderindo a tal reconhecimento, pedir apenas a procedência da ação de regresso. 
Parágrafo único. Procedente o pedido da ação principal, pode o autor, se for o caso, requerer o cumprimento da sentença 
também contra o denunciado, nos limites da condenação deste na ação regressiva. 
 
Se o Juiz indefere a denunciação da lide: Cabe recurso agravo de instrumento (Art. 1.015, IX). 
 
Aceitando a denunciação, a lide principal e a secundária tramitarão de forma simultânea e serão 
decididas em uma única sentença. 
 
Feita a citação do denunciado, este poderá adotar as seguintes posturas (art. 128): 
 contestar o pedido do autor - atuar ao lado do denunciante, como litisconsorte (art. 128, I); 
 permanecer inerte - hipótese em que o denunciante poderá deixar de prosseguir em sua 
defesa, restringindo a sua atuação à ação regressiva (art. 128, II); 
 confessar os fatos alegados pelo autor - podendo o denunciante prosseguir em sua defesa 
ou aderir ao reconhecimento e requerer apenas a procedência da ação regressiva (art. 128, 
III). 
 
Procedente o pedido da ação principal, pode o autor, se for o caso, requerer o cumprimento da 
sentença também contra o denunciado, nos limites da condenação deste na ação regressiva (art. 
128, IV). 
 
Se o denunciado permanece inerte, não está o denunciante obrigado a prosseguir na defesa da ação 
principal. Poderá o denunciante, querendo, deixar de oferecer contestação ou usar de outros meios 
de defesa, na esperança de, ao final, ver julgada procedente a demanda incidental, em razão da 
DENUNCIAÇÃO DA LIDE - PELO AUTOR
Petição 
Inicial
Zé 
x 
Mané
Denunciação
da Lide
Rejeição 
Liminar 
Indeferimento 
do direito Segue: Zé X Mané
Citação da 
denunciada 
Maria
Decisão do 
Juiz
Aceito. Maria 
entra com 
novos 
argumentos
Segue: Zé + Maria X Mané
Litisconsórcio Facultativo
Maria pode 
seguir em 
omissão
Discussãoda 
DL 
Zé x Maria
Contestação 
da Ação 
Re-
gressiva
Citação do 
Réu
Mané
Provas...
Sentença
1ª) Ação 
Originária
2ª) Ação 
Regressiva
 
Por: Marta Helena Jarandia Nunes – martajarandia@gmail.com 
 
Procedimento Comum – Direito Processual Civil 
revelia. Da mesma forma, mesmo se não revel o denunciado, o denunciante pode deixar de 
apresentar resposta à pretensão principal, arcando com as consequências de sua inércia. 
 
A sentença do processo avaliará tanto o pedido quanto a denunciação. 
 
Caso o denunciado seja vencido na ação principal, analisa-se a denunciação, mas se sair vencedor, 
a denunciação nem será analisada, o que não traz prejuízo da condenação do denunciante ao 
pagamento das verbas de sucumbência em favor do denunciado (art. 129, CPC). No primeiro caso, 
se houver também a procedência da denunciação, será o réu condenado a ressarcir o autor e o 
denunciado a ressarcir o denunciante. 
 
Exemplo: Acidente de Trânsito – Réu fazendo a denunciação da lide 
 Pedro colide em João 
 João x Pedro (réu - denunciante) 
 Pedro possui contrato com uma seguradora (denunciada) 
 João move ação contra Pedro que ao ser citado contesta e faz a denunciação da lide indicando a seguradora 
 São 3 possibilidades DO DENUNCIADO (Seguradora) agir: 
o Contestar a ação originária seguindo em um litisconsórcio passivo: João x Pedro + Seguradora 
o Não contestar – Revelia. Pedro deixa de prosseguir na defesa da ação originária contra João e segue 
contra a seguradora na denunciação da lide, mas não deixa de ser réu. 
o Não contestar e confessar – podendo ter 2 atitudes: 
 Continua a defesa na ação originária: não sou culpado ou 
 Confissão do denunciante + pedido de procedência da denunciação da lide (ação regressiva) 
 Segue o processo até a sentença (originária e regressiva) 
 O denunciante é réu da ação originária 
 O denunciante é autor da ação regressiva (no caso, contra a seguradora) 
 A seguradora briga na ação originária porque é litisconsorte (tem interesse jurídico) 
 
 
3. CHAMAMENTO AO PROCESSO (Provocado) 
Vem se ferrar comigo 
CONCEITO 
 
 É o ingresso provocado de terceiro pelo réu para dividir responsabilidades. 
 Exclusivo ao réu 
 Chamante - Chamado 
 O terceiro é um coobrigado: Por lei ou Por contrato 
DENUNCIAÇÃO DA LIDE - PELO RÉU
Petição 
Inicial
João x 
Pedro
Contestação 
Réu 
(denunciante)
+
Denunciação
da Lide
Citação do 
Réu
Pedro
1. Contestação ou
Citação 
denunciado
Seguradora
15
dias
2. Revelia ou
3. Confissão
João x Pedro + 
Seguradora
Pedro x 
Seguradora
João segue na 
defesa ou pede 
procedência na 
ação regressiva
3 possíveis 
posturas do 
Denunciado
Sentença
1ª) Ação 
Originária
2ª) Ação 
Regressiva
 
Por: Marta Helena Jarandia Nunes – martajarandia@gmail.com 
 
Procedimento Comum – Direito Processual Civil 
O devedor demandado chama para integrar o mesmo processo os coobrigados pela dívida, de modo 
a fazê-los também responsáveis pelo resultado do feito (Art. 132). Com essa providência, o réu 
obtém sentença que pode ser executada contra o devedor principal ou os codevedores, se tiver de 
pagar o débito. 
 
O chamamento ao processo é uma modalidade muito utilizada em ações de cobrança que envolvem 
fiadores e devedores solidários. 
 
CPC, Art. 132. A sentença de procedência valerá como título executivo em favor do réu que satisfizer a dívida, 
a fim de que possa exigi-la, por inteiro, do devedor principal, ou, de cada um dos codevedores, a sua quota, 
na proporção que lhes tocar. 
 
Após iniciada a ação, o réu tem o prazo de 15 dias úteis para apresentar a contestação. No tempo 
para contestar, ele deve solicitar a citação dos chamados que passarão a figurar com ele no polo 
passivo da demanda. 
 
Se o juiz deferir o pedido, a citação deve ocorrer no prazo de 30 dias. Esse tempo pode ser de 2 
meses se o chamado residir em outra comarca, seção ou subseção judiciária. 
 
Depois de ocorrer a citação o Chamado poderá: 
 contestar o pedido na lide secundária, ocupando o polo passivo da demanda. 
 se manter inerte e a demanda prosseguirá entre o autor e o réu. 
 
O deferimento ou indeferimento do pedido de Chamamento ao Processo pode ser recorrido pormeio de agravo de instrumento. 
 
No momento da sentença: 
 
1. Pedido Procedente - a sentença valerá como um título executivo em favor do réu que 
quitar a dívida: 
 
CPC, Art. 132. A sentença de procedência valerá como título executivo em favor do réu que satisfizer 
a dívida, a fim de que possa exigi-la, por inteiro, do devedor principal, ou, de cada um dos 
codevedores, a sua quota, na proporção que lhes tocar. 
 
2. Pedido Improcedente o autor será responsável pelos honorários de sucumbência em favor 
do réu originário (o Chamante). Este, por sua vez, será responsável pelas verbas de 
sucumbência em favor do chamado. 
 
Obs.: O Chamamento ao Processo, então, é uma situação em que ocorre o litisconsórcio passivo. 
 
 
Denunciação da Lide x Chamamento ao Processo 
* Denunciação da lide - há a ação de regresso e deve-se mostrar que o denunciado é que deverá responder pela 
condenação, 
* Chamamento ao processo - uma vez provado que terceiro também é responsável pelo débito, a condenação é 
automática, estando relacionado à uma ideia de solidariedade. 
 
 
 
Por: Marta Helena Jarandia Nunes – martajarandia@gmail.com 
 
Procedimento Comum – Direito Processual Civil 
CABIMENTO DO CHAMAMENTO AO PROCESSO 
 
As hipóteses em que cabe o chamamento são (Art. 130 CPC): 
 
1. Do afiançado (devedor), na ação em que apenas o fiador for réu; 
Afiançado x fiador 
 
2. Dos demais fiadores, quando ação for proposta contra apenas um ou alguns deles; 
Ex.: Se temos três fiadores, o credor resolve demandar só contra dois, esses dois podem 
chamar o terceiro fiador ao processo. 
 
3. Dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o pagamento 
da dívida comum. 
Na dívida solidária, o credor pode demandar contra todos, contra um, dois devedores 
pleiteando a dívida toda. Então, se temos A, B e C como devedores solidários de uma dívida, 
o credor pode demandar só contra A e A pode chamar ao processo os demais (B e C). 
 
Atenção: só haverá direito de chamamento ao processo se houver direito de reembolso no 
caso concreto. 
 
O Chamamento ao processo cabe em ações de cobrança, de modo a permitir que o fiador chame o 
verdadeiro devedor, os outros fiadores ou os demais devedores para cumprir com a obrigação. 
 
 
Exemplo: Ação de cobrança de aluguéis 
 Autor (credor), dono do imóvel, entra com a ação contra o fiador. 
 Credor x Fiador 
 Citação do réu (fiador) 
 O fiador, agora réu da ação, aproveita o momento da contestação para chamar o locatário, que foi quem 
alugou o imóvel e não pagou os aluguéis. 
 Fiador e locatário passarão a ser os réus da ação de cobrança. 
 Chamante – Réu (fiador) / Chamado – Locatário 
 Com a citação, o Chamado tem 30 dias para se manifestar (se mesma Comarca) ou 2 meses se residir em 
outra Comarca 
 Da citação do Chamado pode ser obtida ter situações: 
o Contestação da ação – O Chamado pode contestar o pedido contido na lide secundária e passa a 
ocupar o polo passivo da demanda 
o Revelia – Caso o Chamado mantenha-se inerte, a demanda prosseguirá entre o autor e réu. 
o Discussão do Chamamento – juiz resolve na sentença 
 Pode o Chamado, ainda, não ser localizado e o processo seguirá somente com o credor x fiador 
 Sentença (Art. 132) - Se procedente vale como título executivo em favor do réu que quitar a dívida. 
 
 
 
 
 
 
Por: Marta Helena Jarandia Nunes – martajarandia@gmail.com 
 
Procedimento Comum – Direito Processual Civil 
 
 
4. Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica 
(Provocada) 
Você pensou que não ia se ferrar 
 
CONCEITO – Art. 133 a 137, CPC 
 
É o ingresso do sócio ou pessoa jurídica por provocação do credor em casos de mau uso da pessoa 
jurídica ou gestão fraudulenta, confusão de bens (sócios com empresa), má gestão, etc... 
 
Trata-se de uma modalidade de intervenção de terceiros que permite, incidentalmente ao processo, 
desconsiderar a personalidade jurídica e, desse modo, conseguir responsabilizar pessoalmente o 
integrante da pessoa jurídica (sócio ou administrador) nos casos em que a lei material o autoriza. 
 
A pessoa jurídica tem patrimônio próprio que não se confunde com aquele que pertence aos seus 
integrantes (sócios ou administradores). Os direitos e deveres da pessoa jurídica propriamente dita 
e os dos seus membros também não se confundem. 
 
Em determinadas situações, a lei permite que esta autonomia da pessoa jurídica em relação aos 
seus integrantes seja ignorada para a finalidade de se estender os efeitos de determinadas 
obrigações para os seus membros. 
 
A desconsideração da personalidade jurídica é utilizada para se coibir fraudes realizadas por meio 
da manipulação das regras que dão autonomia para as pessoas jurídica 
 
CPC, Art. 133. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica será instaurado a pedido da parte 
ou do Ministério Público, quando lhe couber intervir no processo. 
 
A consequência principal da despersonalização de pessoa jurídica é atingir o patrimônio dos sócios. 
Ainda que a dívida seja da empresa, eles serão responsáveis por satisfazê-la com seus recursos 
particulares. 
 
 
CHAMAMENTO AO PROCESSO
Credor
x
Fiador
Contestação 
Réu 
(Chamante)
Chamamento 
ao Processo
Citação do 
Réu
Fiador
1. Contestação ou
Citação 
Chamado
Locatário 
(devedor)
15
dias
2. Revelia ou
3. Discussão 
do 
Chamamento
Credor x Fiador
+ Locatário
Credor x Fiador
+ Locatário
Juiz resolve 
na sentença
3 possíveis 
posturas do 
Chamado
Sentença
Procedente - para o 
autor (credor) - título 
executivo em favor do 
réu que satisfizer a 
dívida
Não Citação
Chamado não é 
localizado
Credor x Fiador
Improcedente - o autor 
ficará responsável 
pelas verbas de 
sucumbência em favor 
do chamante (réu 
originário), que, por 
sua vez, arcará com a 
sucumbência em favor 
do chamado.
 
Por: Marta Helena Jarandia Nunes – martajarandia@gmail.com 
 
Procedimento Comum – Direito Processual Civil 
CABIMENTO 
 
É cabível em todas as fases do processo de conhecimento, no cumprimento de sentença e na 
execução fundada em título executivo extrajudicial (CPC, Art. 134, caput). 
 
1. Convocação dos sócios – Credor x PJ + Sócios (credor quer o bem dos sócios) 
 
2. Convocação da Pessoa Jurídica – Credor x Sócios + PJ - trata-se do I.D.P.J invertido (ou às avessas) 
 
A decisão que acolhe ou rejeita o pedido de desconsideração da personalidade jurídica é 
interlocutória e pode ser impugnada (recurso) mediante agravo de instrumento. 
CPC, Art. 136. Concluída a instrução, se necessária, o incidente será resolvido por decisão interlocutória. 
Parágrafo único. Se a decisão for proferida pelo relator, cabe agravo interno. 
 
PROCESSOS: 
 
CPC, Art. 134. O incidente de desconsideração é cabível em todas as fases do processo de conhecimento, no 
cumprimento de sentença e na execução fundada em título executivo extrajudicial. 
 
 Processo de Conhecimento 
o Petição Inicial (sem título) 
o Citação para contestar 
o Sentença 
o Se procedente, se encerra a fase de conhecimento 
o Nova fase de cumprimento da sentença 
o Título Executivo Judicial 
o Credor irá requerer penhora, avaliação, alienação para se transformar em crédito 
 
 Processo de Execução 
o Petição Inicial 
o Citação 
o Penhora, avaliação, alienação + títulos para se transformar em crédito ao credor 
 
 
 
INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA 
PERSONALIDADE JURÍDICA
Requerimento 
do Incidente
15 dias
manifestação 
e provas
Segue o 
processo como 
Credor x Sócio 
(OU PJ)
Citação dos 
sócios (ou 
PJ)
Decisão 
Juiz
Rejeição 
liminar
Indeferimento
Aceitação Decisão 
Juiz
Aceitação
Credor x Sócios + PJ
Rejeição Credor x Sócio (OU PJ)
Da decisão 
Cabe recurso
Art 136, CPC
1. Agravo de 
Instrumento: 
Decisão 
Interlocutória 
(juiz de 
causa)
2. Agravo 
Interno: 
Decisão
Monocrática 
TJ ou TRF
OU
 
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Procedimento Comum – Direito Processual Civil 
5. AMICUS CURIAE (Espontânea ouprovocada) 
Não quero que o “rei” se ferre 
 
CONCEITO – Art. 138 
É a pessoa natural ou pessoa jurídica que ingressa no processo voluntariamente ou por meio de 
requerimento para prestar informações ao juiz para a prolação de melhor decisão. 
 
O Amicus Curiae não assume a condição de parte. sua intervenção não se fundamenta no interesse 
jurídico na vitória de uma das partes. 
 
A participação do Amicus Curiae, com o fornecimento de subsídios ao julgador, contribui para o 
incremento de qualidade das decisões judiciais. Amplia-se a possibilidade de obtenção de decisões 
mais justas, com a garantia da plenitude da tutela jurisdicional. 
 
 
CABIMENTO DO AMICUS CURIAE 
Trata-se de modalidade interventiva admissível em todas as formas processuais e tipos de 
procedimento e quando o objeto da causa tiver algo diferente no que se refere à: 
 Relevância do tema 
 Especificidade da matéria 
 Repercussão social, etc... 
 
CPC, Art. 138. O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a especificidade do tema objeto da 
demanda ou a repercussão social da controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de ofício ou a 
requerimento das partes ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a participação de pessoa 
natural ou jurídica, órgão ou entidade especializada, com representatividade adequada, no prazo de 15 
(quinze) dias de sua intimação. 
 
PROCEDIMENTO 
O ingresso do Amicus Curiae no processo pode derivar de pedido de uma das partes ou do próprio 
terceiro. 
 
Pode também ser requisitado de ofício pelo juiz, portanto, pode ser de 2 formas: 
 
1. Voluntária 
 
 
 
 
AMICUS CURIAE - VOLUNTÁRIA
A X B 
Petição 
fundamenta 
interesse com 
requerimento de 
ingresso
Amicus 
Curiae
Decisão
 
Por: Marta Helena Jarandia Nunes – martajarandia@gmail.com 
 
Procedimento Comum – Direito Processual Civil 
2. Provocada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AMICUS CURIAE - PROVOCADA
Requerimento
(Partes, MP ou 
Juiz de Ofício)
A X B
Amicus 
Curiae
Intimação 
do Amicus 
Curiae
Petição de B 
fundamentando 
o requerimento
Manifestação 
contrária
Aceitação
Rejeição
 
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Procedimento Comum – Direito Processual Civil 
FORMAÇÃO DO PROCESSO 
NOÇÕES / FORMAÇÃO 
Processo - Conjunto de atos processuais encadeados de forma lógica e cronológica, 
tendente a obtenção da tutela jurisdicional. 
 
Através do processo se busca a tutela jurisdicional (judiciário), ou seja, o processo é a forma em que 
se iniciam os procedimentos para se dar andamento em uma ação judicial para a satisfação da lide. 
 
Essa pretensão ocorre de 2 formas: resolver e satisfazer 
 
 RESOLVER - Processo de Conhecimento – Art. 318, CPC 
Conjunto de atos processuais para a solução do direito material e controvertido. Solução da 
lide. 
Tem por objetivo dizer quem tem direito a um pedido mediato. 
 
Ocorre a necessidade das partes de levar ao conhecimento do juiz, os fatos e fundamentos 
jurídicos, para que ele possa substituir por um ato seu a vontade de uma das partes. 
A formação do processo de conhecimento ocorre pela propositura da demanda em juízo e 
vai até a sentença. 
 
 SATISFAZER - Processo de Execução 
Conjunto de atos processuais com o objetivo não de resolver a lide (já resolvida), mas 
somente satisfazer o direito material (não mais controvertido) reconhecido no título 
executivo extrajudicial (fora do poder judiciário). 
 
 Extra judicial - CPC Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais... 
 Judicial - CPC Art. 515. Art. 515. São títulos executivos judiciais... 
 
O nascimento do processo se dá pela sua constituição. Se forma pela apresentação da petição inicial 
ao Poder Judiciário: 
 
Art. 312. Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for protocolada, todavia, a propositura da 
ação só produz quanto ao réu os efeitos mencionados no art. 240 depois que for validamente citado. 
 
Os PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS são as exigências ou requisitos legais para o estabelecimento e 
desenvolvimento válido do processo como relação jurídica. São eles: 
 
1. PRESSUPOSTOS DE EXISTÊNCIA E VALIDADE 
1.1 Existência - PI – Petição Inicial / Jurisdição / Citação 
 
1.2 Validade (Regularidade) 
a) Petição inicial válida 
b) Competência – medida da jurisdição 
c) Citação válida 
d) Capacidade postulatória 
e) Capacidade processual 
f) Intervenção do MP 
 
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Procedimento Comum – Direito Processual Civil 
g) Imparcialidade 
h) Recolhimento de taxa judiciária de ingresso 
i) Pagamento das despesas de citação 
j) Oferecimento da caução 
 
2. PRESSUPOSTOS POSITIVOS E NEGATIVOS 
3. PRESSUPOSTOS SUBJETIVOS E OBJETIVOS 
4. PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS E EXTRÍNSECOS 
 
 
SUSPENSÃO DO PROCESSO 
É a paralisação do andamento do processo na qual é vedada a prática de atos processuais até que 
desapareça essa causa suspensiva e o processo volte a andar. 
 
A paralisação do trâmite processual ocorre quando se demonstrar necessário, apesar dos princípios 
da celeridade processual e da duração razoável do processo existirem como norteadores do 
sistema. Essa paralisação somente ocorre mediante a observância de uma hipótese legal, 
suspendendo a contagem de prazos e retornando normalmente do ponto onde havia parado. 
 
 
 
 
Suspensão do processo x Suspensão do prazo processual 
A primeira se refere ao acontecimento de alguma hipótese do art. 313 do CPC, enquanto que a segunda se refere 
normalmente ao expediente forense. 
 
CUIDADO!!! Pode haver tramitação do processo quando somente os prazos estão suspensos, por 
exemplo: publicação de decisões, juntada de petição, pareceres, etc. 
 
 
PI
Causa
suspensiva
Cessação da
causa 
Paralisação
Aqui a suspensão foi do PRAZO e não do PROCESSO
Suspensão do PRAZO
PI
Citação 
Denunciante
Citação
Suspensão 
do PRAZOPrazo 
de 15 
dias
Usa 10
Mais 5 
dias do 
prazo de 
15
 
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Procedimento Comum – Direito Processual Civil 
Portanto: 
 A suspensão do processo gera a suspensão do prazo, mas 
 A suspensão do prazo, NÃO gera a suspensão do processo 
 
A regra: Durante a suspensão é vedada a prática de atos processuais 
 
Exceto em atos urgentes: 
Art. 314. Durante a suspensão é vedado praticar qualquer ato processual, podendo o juiz, todavia, determinar 
a realização de atos urgentes a fim de evitar dano irreparável, salvo no caso de arguição de impedimento e 
de suspeição. 
 
A exceção é definida pelo juiz, ou seja, o ato urgente que pode ser praticado durante a suspensão 
do processo será permitido quando não for possível deixar de ser praticado por gerar danos, perdas 
ou prejuízo à causa. 
 
Por exemplo, processo em que o juiz mandou apreender vacinas da COVID, mas a vacina tem prazo 
de validade, então é preciso tomar uma medida antes que vença esse prazo, o juiz no caso concreto 
irá dimensionar o caso urgente. 
 
Impedimento e Suspeição durante a suspensão do processo: 
No artigo 314, CPC, é tratada a exceção da exceção, pois define que os atos urgentes durante a 
suspensão do processo não poderão ser praticados em caso de impedimento e suspeição. 
 
Art. 314. Durante a suspensão é vedado praticar qualquer ato processual, podendo o juiz, todavia, determinar 
a realização de atos urgentes a fim de evitar dano irreparável, salvo no caso de arguição de impedimento e 
de suspeição. 
 
Em caso de impedimento ou suspensão, o juiz não pode praticar ato nenhum porque sua 
imparcialidade está sendo discutida. Nesse caso, cabe ao Tribunal julgar o ato considerado urgente 
durante a suspensão do processo. 
 
A arguição de impedimento ou suspeição do juiz ocorre mediante a presença de uma das hipóteses 
dos Arts. 144 e 145 do CPC, onde a parte apresenta um motivo para que o juiz designado não possa 
julgar a causa por não apresentar a devida imparcialidade. A apresentação da arguição enseja a 
suspensão do processo,mas somente com relação ao juiz; quando se referir à algum membro do 
Ministério Público ou aos auxiliares da justiça, o processo não será suspenso (Art. 148, §1º, CPC). 
 
 
HIPÓTESES DE SUSPENSÃO - Artigo 313, CPC: 
 
Art. 313. Suspende-se o processo: 
I - pela morte ou pela perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu representante legal ou de seu 
procurador; 
II - pela convenção das partes; 
III - pela arguição de impedimento ou de suspeição; 
IV- pela admissão de incidente de resolução de demandas repetitivas; 
V - quando a sentença de mérito: 
a) depender do julgamento de outra causa ou da declaração de existência ou de inexistência de relação jurídica que 
constitua o objeto principal de outro processo pendente; 
b) tiver de ser proferida somente após a verificação de determinado fato ou a produção de certa prova, requisitada a 
outro juízo; 
 
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Procedimento Comum – Direito Processual Civil 
VI - por motivo de força maior; 
VII - quando se discutir em juízo questão decorrente de acidentes e fatos da navegação de competência do Tribunal 
Marítimo; 
VIII - nos demais casos que este Código regula. 
IX - pelo parto ou pela concessão de adoção, quando a advogada responsável pelo processo constituir a única patrona 
da causa; 
X - quando o advogado responsável pelo processo constituir o único patrono da causa e tornar-se pai. 
§ 1º Na hipótese do inciso I, o juiz suspenderá o processo, nos termos do art. 689 . 
§ 2º Não ajuizada ação de habilitação, ao tomar conhecimento da morte, o juiz determinará a suspensão do processo e 
observará o seguinte: 
I - falecido o réu, ordenará a intimação do autor para que promova a citação do respectivo espólio, de quem for o 
sucessor ou, se for o caso, dos herdeiros, no prazo que designar, de no mínimo 2 (dois) e no máximo 6 (seis) meses; 
II - falecido o autor e sendo transmissível o direito em litígio, determinará a intimação de seu espólio, de quem for o 
sucessor ou, se for o caso, dos herdeiros, pelos meios de divulgação que reputar mais adequados, para que manifestem 
interesse na sucessão processual e promovam a respectiva habilitação no prazo designado, sob pena de extinção do 
processo sem resolução de mérito. 
§ 3º No caso de morte do procurador de qualquer das partes, ainda que iniciada a audiência de instrução e julgamento, 
o juiz determinará que a parte constitua novo mandatário, no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual extinguirá o 
processo sem resolução de mérito, se o autor não nomear novo mandatário, ou ordenará o prosseguimento do processo 
à revelia do réu, se falecido o procurador deste. 
§ 4º O prazo de suspensão do processo nunca poderá exceder 1 (um) ano nas hipóteses do inciso V e 6 (seis) meses 
naquela prevista no inciso II. 
§ 5º O juiz determinará o prosseguimento do processo assim que esgotados os prazos previstos no § 4º. 
§ 6º No caso do inciso IX, o período de suspensão será de 30 (trinta) dias, contado a partir da data do parto ou da 
concessão da adoção, mediante apresentação de certidão de nascimento ou documento similar que comprove a 
realização do parto, ou de termo judicial que tenha concedido a adoção, desde que haja notificação ao cliente. (Incluído 
pela Lei nº 13.363, de 2016)§ 7 º No caso do inciso X, o período de suspensão será de 8 (oito) dias, contado a partir da 
data do parto ou da concessão da adoção, mediante apresentação de certidão de nascimento ou documento similar que 
comprove a realização do parto, ou de termo judicial que tenha concedido a adoção, desde que haja notificação ao 
cliente. 
 
I - SUSPENSÃO DO PROCESSO POR MORTE 
 Parte 
 Representante legal 
 Procurador (advogado) 
 
Art. 313, I, pela morte ou pela perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu representante legal ou 
de seu procurador; 
 
MORTE DA PARTE 
Quando se tratar de direito: 
 Transmissível – Suspensão do processo 
Suspende o processo para a substituição da pessoa. 
Na Petição de Citação são citados: Espólio, herdeiros ou sucessores 
Se morrer o réu - Intima o autor – Citação: espólio / herdeiros / sucessores 
Se morrer o autor – Intima: espólio / herdeiros / sucessores para manifestação. 
 * Sem manifestação – Extinção da ação 
* Com Manifestação – Prossegue a ação com a Sucessão Processual Causa Mortis 
 
 Intransmissível – Extinção do processo. 
Não é a AÇÃO que é intransmissível, mas sim o DIREITO. 
CPC, Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: 
IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; 
 
 
 
Por: Marta Helena Jarandia Nunes – martajarandia@gmail.com 
 
Procedimento Comum – Direito Processual Civil 
MORTE DO REPRESENTANTE LEGAL 
Suspensão do processo para nomeação de novo representante legal. 
 
Na hipótese de morte do representante legal, a suspensão se dá até que aconteça a substituição 
processual ou a nomeação de curador especial. 
O direito é da parte: Legitimidade ad processum que é a legitimidade para o processo - pressuposto 
processual que se relaciona com a capacidade para estar em juízo. 
O parágrafo 1º do art. 313, CPC, então, dispõe que, quando se tratar de suspensão do processo 
decorrente da morte ou da perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu 
representante legal ou de seu procurador, deve-se observar a disposição do art. 689 CPC, o qual 
dispõe sobre a habilitação nos autos do processo diante de falecimento da parte: 
 
Art. 687. A habilitação ocorre quando, por falecimento de qualquer das partes, os interessados houverem de suceder-
lhe no processo. 
 
Art. 689. Proceder-se-á à habilitação nos autos do processo principal, na instância em que estiver suspendendo-se, a 
partir de então, o processo. 
 
 
§ 2º Não ajuizada ação de habilitação, ao tomar conhecimento da morte, o juiz determinará a suspensão do processo e 
observará o seguinte: 
I - falecido o réu, ordenará a intimação do autor para que promova a citação do respectivo espólio, de quem for o 
sucessor ou, se for o caso, dos herdeiros, no prazo que designar, de no mínimo 2 (dois) e no máximo 6 (seis) meses; 
II - falecido o autor e sendo transmissível o direito em litígio, determinará a intimação de seu espólio, de quem for o 
sucessor ou, se for o caso, dos herdeiros, pelos meios de divulgação que reputar mais adequados, para que manifestem 
interesse na sucessão processual e promovam a respectiva habilitação no prazo designado, sob pena de extinção do 
processo sem resolução de mérito. 
 
 
MORTE DO PROCURADOR (Advogado) 
A atuação do advogado é um dos pressupostos processuais: Capacidade Postulatória. 
 
Em hipótese de morte ou até mesmo incapacidade do advogado, o juiz suspenderá o processo e a 
parte terá quinze dias para constituir um novo procurador. 
Se ao final desse prazo não ocorrer a sucessão a consequência será a extinção do processo sem 
resolução de mérito caso a omissão tenha sido por parte do autor ou se a inércia for do réu resultará 
no prosseguimento do processo à sua revelia: 
 Advogado do autor – sem nomeação: Extinção do processo 
 Advogado do réu – sem nomeação: Continuidade do processo à revelia 
Direito
Transmissível
SUSPENSÃO
Intimação 
do autor
DIREITO TRANSMISSÍVEL
MORTE DO 
RÉU
MORTE DO 
AUTOR
Requerimento de 
citação do 
espólio ou 
herdeiros
Prazo de 
citação
2 meses a 
6 meses
Com citação - Sucessão processual Causa Mortis (Art 110)
Sem citação - Extinção do processo
Intimação 
do 
espólio 
ou 
Com citação - Sucessão processual Causa Mortis (Art 110)
Sem citação - Extinção do processo
 
Por: Marta Helena Jarandia Nunes – martajarandia@gmail.com 
 
Procedimento Comum – Direito Processual Civil 
I - SUSPENSÃO DO PROCESSO POR PERDA DA CAPACIDADE 
 Parte 
 Representante legal 
 Procurador (advogado) 
 
Art. 313, I, pela morte ou pela perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu representante legal ou 
de seu procurador; 
 
A atuação do advogado éum dos pressupostos processuais: Capacidade Postulatória. 
 
PERDA DA CAPACIDADE DA PARTE 
A parte se torna incapaz no meio do processo. 
O processo é suspenso para a nomeação de um representante legal. 
 
PERDA DA CAPACIDADE DO REPRESETNANTE LEGAL 
Nesse caso, a parte já era incapaz e havia um representante legal, que se torna incapaz também. 
O processo é suspenso para a nomeação de um NOVO representante legal. 
 
PERDA DA CAPACIDADE DO PROCURADOR (ADVOGADO) 
O processo é suspenso para a nomeação de um novo mandatário (advogado). 
Se não ocorrer a nomeação: 
 Se for do autor: o processo é extinto 
 Se for do réu: o processo segue à revelia 
 
 
II - SUSPENSÃO DO PROCESSO POR CONVENÇÃO DAS PARTES 
Art. 313, II - pela convenção das partes; 
 
 
Independentemente de anuência do juiz, as partes podem EM CONJUNTO convencionar a 
suspensão do processo, num prazo máximo de seis meses (prazo dilatório - aquele em que as partes, 
de comum acordo, podem reduzir ou prorrogar. Ver artigo 181 do Código de Processo Civil.) 
 
É feita uma petição inicial ao juiz que é obrigado a suspender o prazo. 
 
Tal suspensão depende somente de despacho feito pelo juiz (ato vinculado) e termina 
automaticamente no final do prazo. 
 
III) SUSPENSÃO DO PROCESSO PELA ARGUIÇÃO DE IMPEDIMENTO OU SUSPEIÇÃO 
Art, 313, III - pela arguição de impedimento ou de suspeição; 
 
A arguição de impedimento ou suspeição do juiz ocorre mediante a presença de uma das hipóteses 
dos Arts. 144 e 145 do CPC, onde a parte apresenta um motivo para que o juiz designado não possa 
julgar a causa por não apresentar a devida imparcialidade. 
 
A apresentação da arguição enseja a suspensão do processo, mas somente com relação ao juiz; 
quando se referir à algum membro do Ministério Público ou aos auxiliares da justiça, o processo não 
será suspenso (Art. 148, §1º, CPC). 
 
 
 
Por: Marta Helena Jarandia Nunes – martajarandia@gmail.com 
 
Procedimento Comum – Direito Processual Civil 
IV - SUSPENSÃO PELA ADMISSÃO DE INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS 
IV- pela admissão de incidente de resolução de demandas repetitivas; 
 
Com a proposição do incidente de resolução de demandas repetitivas - previsto no art. 976 do CPC 
- o processo será suspenso e aguardará a decisão do órgão colegiado competente: 
 
Art. 976. É cabível a instauração do incidente de resolução de demandas repetitivas quando houver, simultaneamente: 
I - efetiva repetição de processos que contenham controvérsia sobre a mesma questão unicamente de direito; 
II - risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica. 
 
Esta decisão vinculará a primeira instância, podendo, entretanto, ser recorrida por Recurso 
Extraordinário ou Recurso Especial dependendo da matéria. 
 
Exemplo: Ação do FGTS – correção da taxa para todos trabalhadores do país. 
 
V - SUSPENSÃO EM RAZÃO DE PREJUDICIALIDADE 
Art, 313, V - quando a sentença de mérito: 
a) depender do julgamento de outra causa ou da declaração de existência ou de inexistência de relação jurídica que 
constitua o objeto principal de outro processo pendente; 
b) tiver de ser proferida somente após a verificação de determinado fato ou a produção de certa prova, requisitada a 
outro juízo; 
 
É a situação em que determinadas questões de mérito ainda não resolvidas podem condicionar, 
influenciar ou determinar o julgamento de outra demanda. 
 
Essa questão prejudicial pode ser de juízo distinto ou de grau de jurisdição diferente, de forma que 
apenas uma sentença não poderia julgar todo o mérito e, por esse motivo, gera suspensão. Ou seja, 
o juiz não pode julgar porque algo prejudica o julgamento. 
 
Não é o processo que fica suspenso, é a sentença. 
 
a) Externa – Existência de processo que pode ser prejudicado pela existência de outro que 
reflete no primeiro. 
 
Exemplo: 
2 ações de um casal correndo ao mesmo tempo: 
1. Divórcio e 
2. Nulidade de casamento 
Para que seja julgado o divórcio, primeiro é necessário que o casamento seja válido. Para tal, 
suspende-se o processo da primeira para aguardar a decisão da segunda. 
 
 
b) Interna - Quando a decisão depender de produção de prova requisitada a outro juízo, a 
suspensão é utilizada para que a causa seja julgada normalmente. Suspensão da sentença 
que aguarda providência de outro juízo. 
 
Exemplo: 
Carta precatória para dar-se a sentença. 
 
 
 
 
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Procedimento Comum – Direito Processual Civil 
VI - SUSPENSÃO POR MOTIVO DE FORÇA MAIOR 
Art. 313, VI - por motivo de força maior; 
 
A suspensão do processo pode ocorrer por motivo que torne impossível o funcionamento do 
órgão jurisdicional, como uma situação de calamidade pública ou uma greve de funcionários. 
 
VII, VIII, IX e X - SUSPENSÃO EM OUTROS CASOS REGULADOS PELO CPC 
Art 313, VII - quando se discutir em juízo questão decorrente de acidentes e fatos da navegação de competência do 
Tribunal Marítimo; 
VIII - nos demais casos que este Código regula. 
IX - pelo parto ou pela concessão de adoção, quando a advogada responsável pelo processo constituir a única patrona 
da causa; 
X - quando o advogado responsável pelo processo constituir o único patrono da causa e tornar-se pai. 
 
Os demais casos previstos no código tratam de situações em que o processo não pode seguir 
normalmente por fato da advogada (como o parto ou a adoção), advogado com licença paternidade, 
ou de instituições diversas, como a dependência do Tribunal Marítimo para o esclarecimento de 
acidentes. 
 
 
Artigo 315, CPC - SUSPENSÃO POR AGUARDO DE DECISÃO CRIMINAL 
Art. 315. Se o conhecimento do mérito depender de verificação da existência de fato delituoso, o juiz pode determinar 
a suspensão do processo até que se pronuncie a justiça criminal. 
§ 1º Se a ação penal não for proposta no prazo de 3 (três) meses, contado da intimação do ato de suspensão, cessará o 
efeito desse, incumbindo ao juiz cível examinar incidentemente a questão prévia. 
§ 2º Proposta a ação penal, o processo ficará suspenso pelo prazo máximo de 1 (um) ano, ao final do qual aplicar-se-á 
o disposto na parte final do § 1º 
 
Se para dar a sentença, o juiz precisar aguardar decisão de processo penal, o processo pode ser 
suspenso por até 1 ano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Procedimento Comum – Direito Processual Civil 
EXTINÇÃO DO PROCESSO 
 
A finalização do processo é a intenção de todo litigante. Afinal, toda parte deseja ter seus interesses 
atendidos. 
 
Portanto, a extinção do processo é o encerramento da relação jurídica processual por meio da 
sentença: 
 
CPC, Art 316. A extinção do processo dar-se-á a sentença. 
 
O processo possui 2 fases: 
 Fase de cognição (conhecimento) 
 Fase de cumprimento de sentença (execução) 
 
Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos. 
§ 1º Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento por 
meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, 
bem como extingue a execução. 
 
A Petição Inicial só se dá no início da fase de conhecimento. Após a sentença vem o requerimento 
do credor para a fase de cumprimento da sentença. 
 
 A Fase Cognitiva tem o objetivo de resolver uma lide na qual ainda não se sabe quem tem 
razão. 
 A Fase de Execução ocorre quando a lide já se encontra resolvida: já se sabe quem tem razão, 
e o que se procura é garantir ao vencedor do conflito o seu direito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Existe a possibilidade de que o autor entre diretamente na fase de execução, nem precisar passar 
pela fase cognitiva. Isso ocorre quando já se sabe quem tem razão na lide. 
 
 
 
 
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Procedimento Comum – Direito Processual Civil 
A sentença põe fim (extingue) a 3 tipos de processos: 
 
1. Processode Conhecimento (sentença põe fim a fase) 
Petição Inicial Sentença Fase de cumprimento de sentença. 
 
Obs. Aqui o Título Executivo é Judicial, ou seja, foi produzido dentro do processo de 
conhecimento. 
 
2. Processo de Execução 
Petição Inicial Título Executivo Extrajudicial Sentença 
 
Obs. Aqui o Título foi produzido fora do processo 
 
 
3. Processo de Conhecimento (sentença põe fim ao processo) 
Petição Inicial Sem fase de cumprimento 
 
 
 
 
Sentença - Pronunciamento em que o juiz encerra a fase de conhecimento do ou seja, 
encerra o processo na 1ª instância, analisando ou não o mérito – a questão principal 
da ação. Extingue também a execução, que é a fase de cumprimento da sentença. 
 
Decisão interlocutória - Pronunciamento judicial que decide alguma coisa no 
processo e que não se enquadra no conceito de sentença. 
 
Despacho - Demais pronunciamentos do juiz que dão andamento ao processo, sem 
conteúdo decisório, portanto, não são passíveis de recurso. 
 
Acórdão - Pronunciamento judicial, porém, definido com uma decisão colegiada (mais 
de um magistrado) de um órgão de Tribunal. Contra julgamentos colegiados, em regra, 
cabem recursos para as instâncias superiores. 
 
 
 
 
 
 
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Procedimento Comum – Direito Processual Civil 
A SENTENÇA põe fim: 
 
1. Ao processo 
CPC, Art 316. A extinção do processo dar-se-á a sentença. 
 
2. A Fase de Conhecimento 
Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e 
despachos. 
§ 1º Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento 
por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do 
procedimento comum, bem como extingue a execução. 
A sentença contém uma carga decisória. 
É uma prestação do Estado, em virtude da obrigação assumida na relação jurídico-processual 
(processo), quando a parte ou as partes vierem a juízo, isto é, exercerem a pretensão à tutela 
jurídica. 
Pode ser 
 Sem resolução de mérito – Artigo 485 - extinção da ação sem julgamento do mérito - o 
pedido do autor não é apreciado nas situações em que, por algum vício, a ação não possui 
condições de chegar ao final. 
 
 Com resolução de mérito – Artigo 487 - quando o juiz aprecia o que o autor pediu ao propor 
a ação, decidindo em favor de uma das partes. 
Obs.: Mérito = Pedido (o que) + causa de pedir (por que quer) 
Art. 4º As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade 
satisfativa. 
Art. 6º Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, 
decisão de mérito justa e efetiva. 
 
SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO – Artigo 485, CPC 
HIPÓTESES: 
Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: 
I - indeferir a petição inicial 
Rejeição Liminar 
O réu não é citado devido a algum defeito na petição inicial. 
Artigo 330 - Petição inicial inepta, falta de legitimidade das partes, falta de interesse processual... 
 
Situação em que a petição inicial – instrumento que contém o pedido do autor – possui algum vício 
que leve à necessidade de indeferi-la (petição inicial inepta). O juiz irá intimar o autor para corrigir 
os vícios que podem ser sanados e, se isso não ocorrer, extingue-se o processo sem análise do 
mérito. Os vícios que não podem ser sanados causam diretamente esta extinção processual. 
 
 
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Procedimento Comum – Direito Processual Civil 
II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; 
Abandono bilateral 
Autor e réu praticam contumácia (desobediência) 
Deixam de praticar atos processuais por mais de 1 ano. 
 
Quando, mesmo após a intimação do juiz para que as partes se manifestem no prazo de cinco dias, 
elas não dão continuidade ao processo, pode-se dizer que houve o abandono da ação. Ocorre a 
extinção sem resolução do mérito. 
 
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por 
mais de 30 (trinta) dias; 
Abandono unilateral - autor 
Abandono por mais de 30 dias. 
 
O juiz intima o autor para que cumpra suas incumbências, no prazo de cinco dias, sob pena de 
extinção do processo sem resolução do mérito. 
 
IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do 
processo; 
Falta de pressupostos processuais 
Constituição (existência) e validade (regularidade) 
 
V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada; 
Falta de 3 dos pressupostos processuais negativos (São 4). 
 
 Perempção (Art. 486) - Quando o autor abandona três vezes o processo ou causa sua 
extinção sem resolução de mérito. Se isto acontecer, o autor fica impedido de repropor 
novamente a ação. 
 
 Litispendência (Art. 337) - Quando há ação idêntica em curso – mesmas partes, mesmo 
pedido e mesma causa de pedir. 
 
 Coisa julgada (Art. 337) - Quando já houve trânsito em julgado com julgamento de mérito de 
uma ação. Uma ação idêntica com as mesmas partes, mesmo pedido e mesma causa de 
pedir se faz impossível de acontecer de novo. 
 
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual; 
Falta de condições da Ação – Carência 
 
 Legitimidade das partes – Ad causam (Ad processum é pressuposto processual) 
 Interesse processual (de agir) 
 
Não é possível que o autor proponha ação para pleitear direito do qual não seja titular; ele deve ter 
interesse legítimo no pedido que irá fundar na ação judicial. Sem a legitimidade, há extinção do 
processo sem julgamento de mérito. 
 
VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral 
reconhecer sua competência; 
Falta do 4º pressuposto negativo: Convenção de arbitragem 
 
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Procedimento Comum – Direito Processual Civil 
Quando existe convenção de arbitragem ou arbitragem já instaurado, o juízo não será mais 
competente para julgar a ação, cabendo às partes demandarem que a causa vá para juízo arbitral. 
 
O magistrado não pode fazê-lo de ofício, somente se receber pedido de uma das partes para tanto, 
o magistrado deve extinguir o processo sem apreciar seu mérito. 
 
VIII - homologar a desistência da ação; 
Desinteresse do autor em prosseguir com a ação 
 
O autor abre mão do direito que funda a propositura da ação. A desistência só poderá ocorrer até 
o momento em que é dada a sentença, nunca depois dela. 
 
Para que a desistência produza efeitos jurídicos, é necessária a homologação desta pelo juiz 
 
IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; 
Morte com direito intransmissível 
 
Casos em que o direito que funda a ação é personalíssimo, aquele direito que é relativo à pessoa de 
modo intransferível, e só por ela pode ser exercido. Ou seja, não é possível que seja transmitido aos 
herdeiros. 
 
X - nos demais casos prescritos neste Código. 
Etc.... 
 
 
COM RESOLUÇÃO DE MÉRITO – Artigo 487, CPC 
Sentença de mérito, também chamada de “sentença definitiva”; é proferida após o juiz apreciar o 
mérito, decidindo sobre o direito no qual se funda a ação. 
 
HIPÓTESES: 
Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz: 
 
I - acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção; 
Sentença Procedente – acolhimento do pedido 
Sentença Improcedente – rejeição do pedido 
 
A sentença procedente pode ser: 
 total (integral) – quando o autor ganha tudo 
 parcial (apenas uma fração) - o Autor perde algum pedido 
 
O juiz julgará procedente ou improcedente o direito que dá causa a propositura da ação pelo autor, 
ou, ainda, quando o réu faz um novo pedido na oportunidade da contestação (reconvenção). 
 
Reconvenção - É o contra-ataque do réu. Acontece junto com a ação principal, não faz apenso à 
açãoprincipal. 
 Reconvindo - Autor 
 Reconvinte – Réu 
 
 
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Procedimento Comum – Direito Processual Civil 
Obs.: 
 A pretensão é contra o réu 
 A ação é contra o Estado 
 
II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição; 
A prescrição ou decadência do direito que funda a ação também ensejam o julgamento de mérito. 
 
 Prescrição: é a perda da pretensão em face do decurso do tempo. 
 Decadência: é a perda do direito de ação em face do decurso do tempo. 
 
III - homologar: 
 
a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção; 
Reconhecimento jurídico do pedido. O réu reconhece/concorda expressamente o direito alegado 
pelo autor na petição inicial em sentença procedente. 
 
b) a transação; 
Autocomposição judicial - Quando as próprias partes chegam a um acordo, de modo que não seja 
mais necessária a continuidade do processo judicial. 
 
c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção. 
Desistência do direito material sobre o qual se funda a ação, por parte do autor, ou seja da própria 
pretensão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Qual a diferença entre renúncia e desistência? 
 
Desistência – Direito processual (Ação) – Coisa julgada formal – Art. 485, VIII 
Não se refere ao direito litigioso, mas apenas ao prosseguimento do processo. 
Pode entrar com outra ação formulando novamente aquele pedido. 
Extinção sem resolução de mérito 
 
Renúncia – Direito material – Coisa julgada material – Art. 487, III, C 
Diz respeito ao próprio direito em que se funda a ação. 
A parte desiste do direito de pleitear novamente. 
Extinção com resolução do mérito. 
 
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Procedimento Comum – Direito Processual Civil 
PROCEDIMENTO - RITO 
 
Rito ou procedimento são palavras sinônimas, que significam, no campo do direito processual, a 
forma de encadear (organizar) os atos processuais, ou seja, é o modo de desenvolvimento do 
processo. 
 
Qual a diferença entre processo e procedimento? 
 
Processo - é o instrumento para se conseguir a prestação jurisdicional, isto é a solução da lide 
(processo de conhecimento) ou a satisfação do direito contido num Título Executivo Judicial 
(Processo de Execução), através de uma sucessão de atos processuais específicos. 
 
Procedimento - é o modo pelo qual esses atos processuais devem ser cumpridos, ou seja, qual rito 
seguirão. 
 
 
PROCESSO DE CONHECIMENTO 
O processo é um instrumento pelo qual o Estado resolve o conflito, o caminho, em que a saída deste 
“caminho” é a petição inicial, e a chegada é a sentença em si. 
 
O procedimento, por outro lado é a forma de condução dessa rota pelo qual se desenvolve o 
processo. 
 
O PROCEDIMENTO se divide em: 
 
1. No CPC (Código de Processo Civil) 
 Procedimento Comum – Art. 318 (não existe mais sumário e nem ordinário) 
 Procedimento Especial – Art. 539 
 
Comum – Art. 318 
Art. 318. Aplica-se a todas as causas o procedimento comum, salvo disposição em contrário deste Código 
ou de lei. 
 
o Legal – definido pela lei (CPC e leis esparsas) 
 
o Convencional – definido pelas partes: Art. 190. Versando o processo sobre direitos que 
admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no 
procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, 
poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo. 
 
Especial 
O procedimento especial tem como finalidade a simplificação e agilização dos trâmites 
processuais, por meio de expedientes específicos, com prazos adequados, eliminando assim 
atos desnecessários para a solução daquele conflito proposto. 
 
 
 
 
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Procedimento Comum – Direito Processual Civil 
2. Fora do CPC 
 Procedimento Sumaríssimo (mais simples e mais rápido) 
 
Ocorrem nos Juizados Especiais Cíveis que possuem o intuito resolver causas de menor 
complexidade com maior rapidez, buscando, sempre que possível, o acordo entre as partes. 
 
o Juizado Especial Estadual 
o Juizado Especial Federal 
o Juizado Especial da Fazenda Pública 
 
 
 
PROCESSO DE EXECUÇÃO (Ritos de Execução) 
 
A execução pode ser conceituada como o meio pelo qual o cumprimento de uma obrigação é, 
voluntária ou involuntariamente, satisfeita. 
 
 Entregar a coisa certa 
 Entregar a coisa incerta 
 Obrigação de fazer 
 Obrigação de não fazer 
 
 
RITO PROCESSO DE CONHECIMENTO 
Procedimento Comum - Legal 
A regra - Para todas as causas cabe o Procedimento Comum: Art. 318. Aplica-se a todas as causas o 
procedimento comum, salvo disposição em contrário deste Código ou de lei. 
 
RITO COMUM - Legal
PI
1 - Fase 
de 
Conhecimento
FASE DE CONHECIMENTO FASE DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
SENTENÇA
2 - Fase 
Recursal
3 - Fase 
de
Liquidação 
da Sentença
Definição
do valor
da condenação
4 - Fase de Cumprimento de Sentença
Artigo 513 -
Requerimento do Credor + 
Título Executivo Judicial
(Quando o título for Extra Judicial, o processo 
inicia-se direto nesta fase, pulando a de 
Conhecimento)
 
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Procedimento Comum – Direito Processual Civil 
Fase de conhecimento 
O juiz recebe os fatos e os fundamentos jurídicos dos envolvidos na causa para reunir as informações 
necessárias para análise. Nesta fase, as provas de ambos os lados são apresentadas e, se houver 
necessidade, há audiências para ouvir as partes e as testemunhas. O objetivo é que, de posse de 
todos os elementos disponíveis, o magistrado possa proferir a sentença e decidir sobre o conflito. 
 
Fase de execução 
É o passo seguinte, que se caracteriza pelo cumprimento da decisão judicial, em que o juiz determina 
a uma das partes - pessoas, empresas ou instituições - a reparação de prejuízos. Nesta etapa, é 
concretizado o direito reconhecido na sentença ou no título extrajudicial. 
 
 
PETIÇÃO INICIAL 
A Petição Inicial é o primeiro ato do processo. É o ato processual que inaugura a relação jurídica. 
 
No processo tem-se atos extemos: 
 
 Petição Inicial 
 Sentença 
 
Art. 2º O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções 
previstas em lei. 
 
Art. 312. Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for protocolada, todavia, a propositura da 
ação só produz quanto ao réu os efeitos mencionados no art. 240 depois que for validamente citado. 
 
A petição inicial carrega em si dois pressupostos processuais: 
O primeiro deles é o da existência: é partir dela que o autor vai provocar a tutela judicial, pois, o 
poder jurisdicional é um poder inerte, não toma iniciativa. Esta é uma característica fundamental 
para a garantia de imparcialidade. Por isso, ele precisa ser provocado. E na competência cível, isso 
é realizado pela petição inicial. Sem ela, não há processo. 
 
O segundo pressuposto processual é o de validade. Uma petição inicial considerada apta possibilita 
que o processo se desenvolva também de forma apta. 
 
FASES
PI
Autor
-
Ação
Nessa fase o 
juiz recebe a 
manifestação 
das partes pela 
PI
SENTENÇA
Fase de 
julgamento
Fase 
ordenatória. 
Saneamento 
pelo Juiz
FASE 
POSTULATÓRIA
FASE DE
PROVIDÊNCIAS
PRELIMINARES
FASE
INSTRUTÓRIA
Réu
Contestação
Defesa
Fase probatória
provas 
testemunhais, 
periciais, 
inspeção 
judicial, etc
 
Por: Marta Helena Jarandia Nunes – martajarandia@gmail.com 
 
Procedimento Comum – Direito Processual Civil 
REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL – Art. 319, CPC 
 
Art. 319. A petição inicial indicará: 
I - o juízo a que é dirigida; 
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no 
Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e 
a residência do autor e do réu; 
III - o fato e os fundamentosjurídicos do pedido; 
IV - o pedido com as suas especificações; 
V - o valor da causa; 
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; 
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação. 
 
§ 1º Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao 
juiz diligências necessárias a sua obtenção. 
§ 2º A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for 
possível a citação do réu. 
§ 3º A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a 
obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça. 
 
 
Exigências legais para a validade da petição inicial: 
 Extrínsecas - formais 
 Intrínsecas – materiais 
 
 
Requisitos Extrínsecos 
 Forma escrita – em língua portuguesa (vernáculo) 
 Permitido uso de expressões estrangeiras consagradas pela praxe forense 
 Forma livre 
 
 
Requisitos Intrínsecos 
É a essência da petição, elencados no Artigo 319, CPC: 
 
Processuais: 
 
ARTIGO 319 – Petição Inicial 
 
I) Endereçamento, para quem mandar? 
I - o juízo a que é dirigida; 
 
Juízo da causa: 
 Espécie de Vara (família, sucessões, acidente de trabalho, etc) 
 Comarca (estadual), Federal (circunscrição judiciária) 
 Estado 
 
 
 
 
 
Por: Marta Helena Jarandia Nunes – martajarandia@gmail.com 
 
Procedimento Comum – Direito Processual Civil 
II) Qualificação/Identificação das partes (autor e réu) 
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no 
Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e 
a residência do autor e do réu; 
 
 Nome completo: Nome (sobrenome) / Prenome (nome) / Agnome (exemplo: filho, junior – 
homenagem) 
 Estado civil: solteiro, casado, viúvo, divorciado, separado, união estável 
 Profissão (mister, ofício): lícito. Estudante, do lar, aposentado, etc não se enquadram como 
profissão 
 CPF (pessoa natural) ou CNPJ (pessoa física). Também pode ser: CTPS (carteira de 
trabalho), documento de identidade (RG), documento de estrangeiro, passaporte, CNH, 
título de eleitor, (obrigatório em ação popular), etc... 
 Endereço eletrônico – e-mail 
 Domicílio – Cidade / Estado (É incorreto escrever que é residente e domiciliado ao mesmo tempo) 
 Residência – onde se estabelece em definito) 
Residência = permanência. Um indivíduo pode ter várias residências. 
Domicílio = pode ser o local onde a pessoa estabelece sua residência definitiva, ou local onde a pessoa exerce 
suas atividades profissionais. Uma pessoa pode ter vários domicílios. 
 Logradouro (Rua, avenida, praça, etc) 
 Nº, complemento, bairro, CEP 
 
 
III e IV – Vide o item “Requisitos de mérito” 
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; 
IV - o pedido com as suas especificações; 
 
 
V – Valor da causa 
V - o valor da causa; 
 
Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será: 
I - na ação de cobrança de dívida, a soma monetariamente corrigida do principal, dos juros de mora vencidos 
e de outras penalidades, se houver, até a data de propositura da ação; 
II - na ação que tiver por objeto a existência, a validade, o cumprimento, a modificação, a resolução, a resilição 
ou a rescisão de ato jurídico, o valor do ato ou o de sua parte controvertida; 
III - na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações mensais pedidas pelo autor; 
IV - na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação, o valor de avaliação da área ou do bem objeto do 
pedido; 
V - na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor pretendido; 
VI - na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos valores de todos eles; 
VII - na ação em que os pedidos são alternativos, o de maior valor; 
VIII - na ação em que houver pedido subsidiário, o valor do pedido principal. 
§ 1º Quando se pedirem prestações vencidas e vincendas, considerar-se-á o valor de umas e outras. 
§ 2º O valor das prestações vincendas será igual a uma prestação anual, se a obrigação for por tempo 
indeterminado ou por tempo superior a 1 (um) ano, e, se por tempo inferior, será igual à soma das prestações. 
§ 3º O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa quando verificar que não corresponde ao 
conteúdo patrimonial em discussão ou ao proveito econômico perseguido pelo autor, caso em que se 
procederá ao recolhimento das custas correspondentes. 
 
 
 
Por: Marta Helena Jarandia Nunes – martajarandia@gmail.com 
 
Procedimento Comum – Direito Processual Civil 
É a estimação em moeda corrente no valor da pretensão. Toda causa tem valor e tudo tem se 
transformado em conteúdo econômico. 
 
Pedido do autor = Valor em R$ (conteúdo econômico) 
Obs: Nem sempre o valor da causa é o valor do pedido 
 
 Valor da causa voluntária = definido pelo autor 
 Valor da causa legal = definido pelo legislador 
 
Art. 291. A toda causa será atribuído valor certo, ainda que não tenha conteúdo econômico imediatamente 
aferível. 
 
Conteúdo econômico: 
 Mediato – de difícil aferição. Exemplo: declaração de paternidade 
 Imediato – facilmente dimensionado (aferível) 
 
Dano moral ou material: 
Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será: 
V - na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor pretendido; 
 
 
O §1º e o §2º do art. 292 dispõem a respeito dos parâmetros que devem ser considerados nas 
parcelas vencidas e vincendas para a determinação do valor da causa: 
 
 Art. 292, §1º: 
parcelas vencidas e vincendas = devem ser consideradas para o fim de determinar o valor da 
causa, 
 
 Art. 292, §2º: 
parcelas vincendas por tempo indeterminado ou por tempo superior a 1 ano = terão como teto 
uma anuidade, ou seja, 12 prestações 
prestações vincendas por tempo inferior a 1 ano = o valor a ser considerado é a soma das 
prestações. 
 
Finalidade principal do valor da causa: 
 
 Primário: estimar o pedido (Quantum) 
 
 Secundário: 
o Para definir os honorários advocatícios sucumbenciais (Art. 85) 
o Para se saber a alçada (competência) 
o Para calcular as custas de ingresso que são baseadas geralmente no valor da causa 
(custas iniciais – pressupostos processuais). Lembrando que há um valor mínimo e 
um teto para essa taxa. 
o Para o preparo recursal - adiantamento das despesas relativas ao processamento do 
recurso. 
o Multa por litigância de má fé (Art. 81) 
o Multa por embargos declaratórios protelatórios 
o Embargos declaratórios protelatórios reiteratórios 
 
Por: Marta Helena Jarandia Nunes – martajarandia@gmail.com 
 
Procedimento Comum – Direito Processual Civil 
 
VI – Indicação das provas 
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; 
 
Na Petição Inicial essa indicação se dá de forma abstrata (genérica), mencionando que serão 
anexados documentos, que será pedido perícia, oitiva de testemunhas, etc. Porque posteriormente 
haverá uma fase específica para isso. 
 
VII – Opção para realização de audiência de conciliação 
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação. 
 
Não é obrigatório aceitar a audiência de conciliação, somente se autor e réu quiserem. 
Se o autor desejar, o juiz cita o réu para essa audiência. 
 
Requisitos de Mérito – Art. 319 – III, IV 
 
III - CAUSA DE PEDIR 
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; 
 
Teoria da Substanciação = baseada nos fatos e fundamentos, o que aconteceu e as consequências 
para o mundo jurídico. 
 
 Causa Remota - Fatos, o que aconteceu (acontecimentos da vida) 
 
 Causa Próxima – Fundamentos jurídicos. É a visão jurídica (do direito) do fato ou as 
consequências do fato (no mundo jurídico) 
 
Mas é diferente da fundamentação legal que é o próprio

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