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Pensamento (Nietzsche, Deleuze e Descartes) Nietzsche diz que se cada um tem uma visão do mundo, aí sim temos uma verdade perspectivada. Sempre que o pensamento busca a verdade, encontra erros e ilusões. Nietzsche não considera dessa forma. Para ele, o erro só seria se existisse uma verdade prévia. Diz que existem verdades verdadeiras, mas que são besteiras. Nosso pensamento se equivoca porque incorpora essas besteiras do nosso tempo. A face da besteira muda como a História. Para Descartes o pensamento é natural, existimos como uma coisa que pensa. Esse pensamento cria uma auto-suficiência desse sujeito. Artur diz que toda vez que pensa é como se houvesse uma erosão. Deleuze chama essa erosão de fissura. Para que o pensamento emerja é preciso haver uma dissolução desse eu cartesiano. Artur chama a erosão de genital inato; pensar, para ele, é quase um aborto; quer conter a ideia de “nascer com”, é a prática de pensar que gera pensamento. Para Deleuze o pensamento é efeito de agenciamento. O agenciamento não é da ordem da consciência. O pensamento é uma máquina que só funciona ligada a outras máquinas. São máquinas desejantes. São encontros a partir dos quais nunca seremos os mesmos, há uma fissura no eu. O acontecimento abala uma forma que até então se fazia natural. Não somos livres, porque o corpo do outro nos constrange, o que há é uma busca pela autonomia. Não podemos pensar num corpo sem uma relação. Os encontros fazem emergir o que temos medo que emerja, pois temos muito medo da dissolução do eu, que nos causa uma perda de identidade. Deleuze fala de um cogito esquizo, algo que se dissolve para que outra coisa surja. PSICÓLOGA CONCURSEIRA
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