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SAU_SEG_TRA_MEIO_AMB_MATÉRIA COMPLETA

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Saúde, segurança 
do trabalho e 
meio ambiente
2a edição
Marcos Alberto de Oliveira
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Simone M. P. Vieira – CRB 8a/4771)
Oliveira, Marcos Alberto de 
 Saúde, segurança do trabalho e meio ambiente / Saúde, Segurança 
do Trabalho e Meio Ambiente. – 2. ed. – São Paulo : Editora Senac São 
Paulo, 2022. (Série Universitária)
	 Bibliografia.
 e-ISBN 978-85-396-3298-5 (ePub/2022)
 e-ISBN 978-85-396-3299-2 (PDF/2022)
	 1.	 Saúde	 e	 segurança	 ocupacional	 2.	 Higiene	 ocupacional 3.	
Acidentes de trabalho – Prevenção 4. Programas ocupacionais : 
Prevenção	 de	 Riscos 5.	 Riscos	 ambientais 6.	 Riscos	 ocupacionais											
I. Título. II. Série. 
22-1502t CDD – 363.116 
 613.62 
 BISAC TEC017000
 HEA028000
Índice para catálogo sistemático:
1. Prevenção e controle de risco : Problemas sociais 
363.116
2. Saúde e segurança ocupacional : Higiene ocupacional 
613.62
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SAÚDE, SEGURANÇA DO 
TRABALHO E MEIO AMBIENTE
Marcos Alberto de Oliveira
2a edição
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aterial para uso exclusivo de aluno m
atriculado em
 curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com
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ento digital, sob as penas da Lei. ©
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Administração Regional do Senac no Estado de São Paulo
Presidente do Conselho Regional
Abram Szajman
Diretor do Departamento Regional
Luiz Francisco de A. Salgado
Superintendente Universitário e de Desenvolvimento
Luiz Carlos Dourado
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Editora Senac São Paulo
Conselho Editorial
Luiz Francisco de A. Salgado 
Luiz Carlos Dourado 
Darcio Sayad Maia 
Lucila Mara Sbrana Sciotti 
Luís Américo Tousi Botelho
Gerente/Publisher
Luís Américo Tousi Botelho
Coordenação Editorial/Prospecção
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Comercial
comercial@editorasenacsp.com.br
Acompanhamento Pedagógico
Otacília da Paz Pereira
Designer Educacional
Nathália Barros de Souza Santos
Revisão Técnica
Alexandre Saron
Preparação e Revisão de Texto
Karen Daikuzono
Projeto Gráfico
Alexandre Lemes da Silva
Emília Corrêa Abreu
Capa
Antonio Carlos De Angelis
Editoração Eletrônica
Marcella Rigazzo Maiolino
Ilustrações
Marcella Rigazzo Maiolino
Imagens
Adobe Stock Photos
E-book
Rodolfo Santana
Proibida a reprodução sem autorização expressa.
Todos os direitos desta edição reservados à
Editora Senac São Paulo
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Caixa Postal 1120 – CEP 01032-970 – São Paulo – SP
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E-mail: editora@sp.senac.br 
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© Editora Senac São Paulo, 2022
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Sumário
Capítulo 1
Conceitos de saúde, segurança 
do trabalho e meio ambiente, 7
1	Saúde	do	trabalhador, 8
2	Segurança	do	trabalho, 10
3	Meio	ambiente, 12
4	Sustentabilidade, 14
Considerações	finais, 17
Referências, 18
Capítulo 2
Trajetória da saúde do 
trabalho, princípios da higiene 
ocupacional e da segurança do 
trabalho, 19
1 Evolução histórica do trabalho, da 
saúde	e	segurança	do	trabalho, 20
2 Princípios da higiene 
ocupacional, 23
3 Princípios da segurança do 
trabalho, 26
4	Normas	regulamentadoras, 28
Considerações	finais, 34
Referências, 35
Capítulo 3
Acidente do trabalho e doenças 
ocupacionais, 37
1	Conceito	de	acidente	do	trabalho, 38
2 Doenças ocupacionais: doença 
profissional	e	doença	do	trabalho	
(saúde	e	doença), 42
3 Comunicado de acidente do 
trabalho	–	CAT	e	dia	do	acidente, 43
4	Nexo	técnico	epidemiológico, 48
Considerações	finais, 49
Referências, 50
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Capítulo 4
Reflexos dos acidentes do 
trabalho, 51
1 Enfoque social, econômico, jurídico, 
previdenciário e epidemiológico do 
acidente	do	trabalho, 52
2 Responsabilidades do empregador 
decorrentes do acidente do trabalho 
(trabalhista, tributária, civil e 
penal), 56
Considerações	finais, 64
Referências, 64
Capítulo 5
Tipos de riscos ocupacionais, 
insalubridade e 
periculosidade, 67
1 Tipos de riscos ocupacionais (risco 
×	perigo), 68
2 Equipamentos de proteção 
coletiva, 73
3 Equipamentos de proteção 
individual, 74
4	Insalubridade, 77
5	Periculosidade, 80
Considerações	finais, 82
Referências, 82
Capítulo 6
SESMT e Cipa, 85
1 Serviços Especializados em 
Engenharia de Segurança e em 
Medicina	do	Trabalho	–	SESMT, 86
2 Comissão Interna de Prevenção de 
Acidentes	–	Cipa, 92
Considerações	finais, 97
Referências, 98
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Capítulo 7
Ergonomia, 99
1	Conceito	e	tipos	de	ergonomia, 100
2 Conceito de estresse, fatores 
geradores e consequências para 
o trabalhador e meio ambiente do 
trabalho, 105
3	Qualidade	de	vida	no	trabalho, 110
Considerações	finais, 113
Referências, 114
Capítulo 8
Programas de gestão da 
segurança e saúde do 
trabalhador, 115
1 Programa de Gerenciamento de 
Riscos	–	PGR, 116
2 Programa de Controle Médico de 
Saúde	Ocupacional	–	PCMSO, 123
3 Evolução da OHSAS 18001 para a 
ISO	45001, 127
Considerações	finais, 132
Referências, 133
Sobre o autor, 135
7
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Capítulo 1
Conceitos de 
saúde, segurança 
do trabalho e meio 
ambiente
A preocupação com a segurança e a saúde dos colaboradores bem 
como adotar práticas que protejam o meio ambiente devem fazer parte 
das estratégias de negócios de toda organização. Até porque, entre os 
principais	desafios	enfrentados	pelas	empresas,	está	a	adoção	de	es-
tratégias de negócios voltadas à sustentabilidade.
Desse modo, as empresas devem adotar práticas e procedimentos 
que possibilitem aos seus colaboradores realizarem suas atividades em 
condições salubres e comsegurança, uma vez que o maior patrimônio 
de qualquer organização são as pessoas.
8 Saúde, segurança do trabalho e meio ambiente Ma
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.Por outro lado, uma empresa deve ter clareza de sua responsabilida-
de ambiental, adotando estratégias que considerem a proteção ao meio 
ambiente e que contribuam para o desenvolvimento sustentável.
Assim, neste capítulo, vamos conhecer e entender a importância dos 
conceitos de saúde, segurança do trabalho e meio ambiente, e seu ali-
nhamento com o conceito de sustentabilidade.
1 Saúde do trabalhador
Para que se mantenham competitivas, as organizações buscam o 
aprimoramento de suas estratégias visando oferecer produtos e servi-
ços que entreguem valor ao mercado. Para tanto, é fundamental a ade-
quação de seus processos e o alinhamento de seus colaboradores em 
torno dos objetivos estabelecidos.
Assim, note que os colaboradores da empresa são fundamentais 
para a realização das estratégias de negócios, pois são os realizadores 
de todas as atividades e, para tanto, precisam de condições seguras. A 
relação entre trabalhador, ambiente de trabalho e produção estabelece 
relações de troca que nem sempre são saudáveis para seus agentes, ou 
seja, o trabalhador e o meio ambiente (CORREA, 2020).
O bem-estar dos trabalhadores depende da saúde física, mental e so-
cial, o que possibilita a realização de suas atividades laborais com o me-
lhor	desempenho	possível,	garantindo	a	eficiência	e	a	eficácia	de	suas	
ações e contribuindo para a efetividade dos negócios da organização.
Podemos	afirmar	que	a	saúde	do	trabalhador	está	relacionada	aos	
processos de trabalho que envolvem questões econômicas, sociais 
e tecnológicas. Portanto, as organizações devem desdobrar ações 
que tenham como foco principal realizar as adequações necessá-
rias para garantir boas condições de saúde aos seus colaboradores 
(BELLUSCI, 2017).
9Conceitos de saúde, segurança do trabalho e meio ambiente
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IMPORTANTE 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a saúde como “um es-
tado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente a au-
sência de afecções e enfermidades” (CORREA, 2020, p. 7).
 
Essa	definição	ressalta	a	importância	de	uma	preocupação	constan-
te com a saúde do trabalhador que envolve sua condição física, mental 
e seu bem-estar psicológico. É fácil perceber como uma doença, um 
acidente ou o estresse emocional podem afetar a saúde do indivíduo 
e, por consequência, o seu desempenho em sua atividade laboral. Os 
gestores das empresas devem se responsabilizar pelo estado de saúde 
geral dos trabalhadores, garantindo que as medidas necessárias este-
jam sendo tomadas para promover a qualidade de vida de todos os en-
volvidos (ROSSETE, 2015).
É importante destacarmos que a evolução tecnológica tem promo-
vido mudanças profundas nos processos de trabalho que, aliadas à di-
versidade de situações de trabalho e aos métodos gerenciais que nem 
sempre priorizam a manutenção de boas relações de trabalho, podem 
trazer sérias consequências à saúde dos trabalhadores.
Considerando a responsabilidade legal da empresa, é importante 
ressaltar que a saúde ocupacional está relacionada à assistência mé-
dica preventiva, é prevista por lei e garante o acompanhamento médico 
do empregado. A empresa deve possuir um programa de medicina ocu-
pacional que envolva exames, relatórios anuais e arquivos médicos ela-
borados	por	profissionais	de	medicina	do	trabalho.	Essas	informações	
auxiliam as ações para a melhoria da produtividade e da qualidade de 
vida	não	somente	no	ambiente	profissional	como	também	no	ambiente	
pessoal dos trabalhadores (ROSSETE, 2015).
10 Saúde, segurança do trabalho e meio ambiente Ma
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.No Brasil, a expressão “saúde do trabalhador” se refere ao campo 
do saber que visa compreender as relações entre trabalho e processo 
saúde/doença. O aspecto legal que trata o conceito de saúde do traba-
lhador é a Lei n. 8.080/1990, na qual, em seu art. 6, parágrafo 3o,	define:
Entende-se por saúde do trabalhador um conjunto de atividades 
que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e 
vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalha-
dores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos 
trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das con-
dições de trabalho. (BRASIL, 1990)
Essa lei atribuiu à direção nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) 
a responsabilidade pela coordenação da política de saúde do trabalha-
dor em nosso país.
Assim, podemos concluir que a saúde, o bem-estar e o trabalho 
são fenômenos que se inter-relacionam, podendo afetar não apenas o 
empregado, mas também as organizações. Estas devem implementar 
ações para atender à legislação vigente e, principalmente, para promo-
ver	condições	adequadas	de	trabalho,	a	fim	de	manter	a	saúde	e	o	bem-
-estar de seus trabalhadores, aplicando e promovendo o conceito de 
saúde proposto pela OMS no ambiente de trabalho.
Entretanto, além das questões que envolvem a saúde do trabalhador, 
as organizações devem também considerar todos os aspectos relacio-
nados à segurança do trabalho.
2 Segurança do trabalho
A segurança do trabalho está relacionada à saúde ocupacional, pois 
tem como objetivos eliminar as condições inseguras de trabalho e pre-
venir acidentes.
http://conselho.saude.gov.br/legislacao/lei8080.htm
11Conceitos de saúde, segurança do trabalho e meio ambiente
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IMPORTANTE 
Basicamente, podemos dizer que a segurança do trabalho é aplicada 
nas organizações considerando as etapas a seguir (ROSSETE, 2015).
• Observação: esta etapa é muito importante para a identificação 
dos possíveis atos inseguros que podem ser cometidos pelo traba-
lhador, bem como os riscos relacionados à função desempenhada 
por ele. É importante destacar que o monitoramento das atividades, 
considerando o passo a passo da rotina do trabalhador, deve ser 
examinado para que todas as particularidades da função laboral 
sejam observadas, permitindo saber onde um erro pode ocorrer, 
possíveis atos inseguros que podem ser cometidos pelo trabalha-
dor e situações ou falhas que podem causar algum tipo de dano.
• Ação preventiva: após a etapa de observação, na qual foram obtidas 
as informações sobre a rotina do trabalhador em uma determinada 
função, o próximo passo é desenvolver normas e procedimentos de 
segurança, explicando claramente o que o trabalhador deve e o que 
ele não deve fazer durante a realização de suas atividades, sempre 
visando prevenir a ocorrência de acidentes. Em muitas situações, 
temos que definir o que será alterado ou até excluído da rotina de 
trabalho em uma determinada função.
• Comunicação: de nada adianta observar a rotina do trabalhador e 
identificar as ações preventivas necessárias se o trabalhador, queé o principal envolvido no processo, não for devidamente comu-
nicado. Assim, os trabalhadores devem conhecer e compreender 
as normas e os procedimentos de segurança para que respeitem 
e cumpram as orientações, realizando suas funções com maior 
segurança e conscientes sobre a importância do cumprimento das 
regras de segurança para a prevenção de acidentes.
 
Podemos	definir	a	segurança	do	trabalho	como	um	conjunto	de	ciên-
cias e de tecnologias que tem como objetivo a proteção do trabalhador 
em	seu	ambiente	profissional.	Os	procedimentos	e	as	normas	de	segu-
rança têm como principal objetivo garantir a integridade física e psíqui-
ca dos colaboradores durante a realização de sua atividade laboral.
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.Vale ressaltar que, na segurança do trabalho, entre os fatores mais 
importantes para que os resultados relacionados à prevenção de aci-
dentes sejam satisfatórios, as empresas devem atender aos requisi-
tos legais e normativos, bem como aos requisitos de segurança para 
cada tipo de atividade. Para tanto, é fundamental não só a conscienti-
zação como também o comprometimento das pessoas, no caso, dos 
trabalhadores.
A conscientização é muito importante para que o trabalhador enten-
da o porquê da adoção de um determinado procedimento de trabalho. 
Já o comprometimento com o cumprimento das orientações e determi-
nações previstas no procedimento de trabalho é fundamental para que 
as ações de prevenção sejam implementadas e, consequentemente, 
para que o trabalhador realize suas atividades em condições seguras.
Assim,	podemos	afirmar	que	um	local	de	trabalho	seguro	depende	
da empresa, que estabelece as diretrizes para manter a segurança com 
base na legislação e nas características de cada atividade, e do traba-
lhador,	que	deve	seguir	o	que	lhe	foi	determinado	a	fim	de	preservar	a	
sua integridade física, mental e social (STUMM, 2020).
Concluindo, após tratarmos os conceitos e as aplicações relaciona-
das à saúde e à segurança dos trabalhadores, vamos entender a inte-
gração desses conceitos com o meio ambiente.
3 Meio ambiente
Para que possamos compreender de que maneira o conceito de meio 
ambiente pode ser relacionado à saúde do trabalhador e à segurança 
do trabalho, é importante compreendermos inicialmente o conceito de 
meio ambiente interno à organização.
O	meio	ambiente	 interno	ou	de	trabalho	pode	ser	definido	como	o	
local onde o trabalhador exerce a sua atividade laboral. Assim, todas as 
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ações de proteção ao meio ambiente interno contribuem diretamente 
para a segurança e a manutenção da saúde dos trabalhadores, o que 
evidencia uma relação direta entre os conceitos.
Entretanto, se considerarmos que as organizações são sistemas 
abertos e que interagem o tempo todo com o meio ambiente exter-
no, também podemos relacionar a segurança do trabalho com o meio 
ambiente, pois, se a organização realiza as suas atividades com a 
preocupação em proporcionar um ambiente sem poluição, resíduos e 
contaminação, não só estará promovendo a saúde e a integridade do 
trabalhador, como também estará contribuindo para a manutenção das 
condições adequadas para o meio ambiente.
Segundo a Política Nacional do Meio Ambiente (BRASIL, 1981), meio 
ambiente	pode	ser	definido	como	o	“conjunto	de	condições,	leis,	influên­
cias e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abri-
ga e rege a vida em todas as suas formas”.
Em	uma	visão	holística,	podemos	afirmar	que	o	meio	ambiente	con-
templa o ser humano e todo o contexto no qual está inserido: social, 
econômico, político, etc. Assim, devemos considerar o conceito de se-
gurança do trabalho associado não só ao conceito de saúde do traba-
lhador como também ao conceito de meio ambiente e de sustentabili-
dade (SILVA; REZENDE; TAVEIRA, 2019).
Portanto, o gerenciamento de estratégias e ações implementadas 
pela organização com uma visão sistêmica que considere as questões 
que envolvem a saúde, a segurança e o meio ambiente com um foco 
direto nas pessoas (sendo seus colaboradores ou não) é fator prepon-
derante para a sua competitividade, pois impacta diretamente sobre os 
seus recursos permanentes.
Todas as organizações, independentemente do seu segmento de 
atuação, devem desenvolver estratégias voltadas à segurança do tra-
balho, à promoção da saúde de seus trabalhadores e à preservação do 
meio ambiente.
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.Essas ações, alinhadas com as ações relacionadas ao desenvolvi-
mento econômico, ambiental e social das empresas, remetem ao con-
ceito de sustentabilidade, o qual será apresentado a seguir.
4 Sustentabilidade
A palavra sustentabilidade se refere à perenidade e à continuidade, 
sempre com a noção de algo capaz de se manter ao longo do tempo. 
Assim, sustentabilidade é o princípio que assegura que nossas ações de 
hoje não limitarão a gama de opções econômicas, sociais e ambientais 
disponíveis para as futuras gerações.
PARA SABER MAIS
Para saber com mais detalhes o que é e o que não é sustentabilidade, 
ver o item 1 do capítulo 2 do livro Sustentabilidade organizacional, de 
Tobias Coutinho Parente (2018, p. 24-26).
 
Podemos dizer que o conceito de sustentabilidade do negócio está 
intimamente ligado ao conceito de sustentabilidade da própria socieda-
de, uma vez que as organizações vivem e interagem com a sociedade. 
A sustentabilidade depende basicamente de três tipos de recursos, os 
quais apresentamos a seguir (OLIVEIRA, 2020).
• Recursos econômico-financeiros: relacionados aos investimen-
tos em infraestrutura e em produção, visando ao lucro ou a ou-
tro resultado que atenda aos interesses de seus acionistas ou 
proprietários,	 ou	 seja,	 é	 uma	 relação	entre	o	 recurso	financeiro	
investido	 e	 o	 resultado	 econômico­financeiro	 obtido.	 A	 gestão	
da qualidade, na medida em que busca atender à satisfação 
dos clientes e aos requisitos regulamentares relacionados aos 
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produtos intencionais gerados, está diretamente ligada à utiliza-
ção desses recursos.
 • Recursos ambientais: estão relacionados à utilização dos recur-
sos naturais renováveis ou não renováveis disponíveis e ao im-
pacto que suas atividades produzem nesses recursos. A gestão 
ambiental está diretamente ligada à utilização desses recursos.
 • Recursos sociais: relacionados ao ser humano e à sua vida no 
trabalho e em sociedade. As gestões da segurança no trabalho, 
da saúde ocupacional e das políticas de respeito aos direitos hu-
manos estão diretamente ligadas à utilização desses recursos.
Sustentabilidade, portanto, depende do equilíbrio resultante da cor-
reta utilizaçãodesses recursos pelas empresas de modo a assegu-
rar a viabilidade do negócio por meio do equilíbrio entre os recursos 
econômico­	financeiros	e	os	ambientais,	da	preservação	de	condições	
de vida atuais e futuras, da preservação de recursos naturais e da ma-
nutenção de um meio ambiente saudável que não comprometa ad-
versamente os recursos sociais e a relação justa entre os interesses 
econômico­financeiros	e	os	interesses	da	sociedade	como	um	todo.	O	
conceito de sustentabilidade depende de três pilares (econômico, social 
e ambiental) que, se bem gerenciados, poderão trazer benefícios às or-
ganizações e à sociedade.
NA PRÁTICA 
A sustentabilidade não deve ser definida como um rótulo concedido às 
organizações ou às pessoas, do tipo “empresa sustentável”, mas, sim, 
um conceito abrangente que se baseia em valores. Ou seja, é mais pru-
dente identificar os valores que pautam uma empresa que busca ter 
uma postura sustentável do que simplesmente classificar as empresas 
como sustentáveis ou não sustentáveis.
Apesar de ser comum o uso da expressão “empresa sustentável”, é im-
portante compreendermos que a expressão se refere a uma empresa 
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que possui ações e políticas derivadas e pautadas por determinados va-
lores que buscam tratar de maneira equitativa as dimensões da susten-
tabilidade, ou seja, as dimensões econômica, social e ambiental.
Por exemplo, apoiar instituições que cuidam de crianças carentes está 
dentro do escopo da dimensão social da sustentabilidade, mas de nada 
adianta uma empresa ter essa preocupação e não oferecer condições 
adequadas de trabalho para seus colaboradores. Também não pode ser 
considerada sustentável uma empresa que financie projetos de conser-
vação ambiental sem ter um equilíbrio financeiro para tanto.
Portanto, a sustentabilidade é um valor, e não um estado permanente, 
por isso, as organizações devem buscar a todo tempo uma conduta em 
prol da sustentabilidade (PARENTE, 2018, p. 25-26).
 
Outro conceito importante que deve ser considerado neste estudo é 
o de desenvolvimento sustentável. A ideia de desenvolvimento sustentá-
vel	foi	definida	pela	chamada	Comissão	Mundial	sobre	o	Meio	Ambiente	
e o Desenvolvimento (OLIVEIRA, 2020, p. 229): “o desenvolvimento que 
atende as necessidades do presente sem comprometer a capacidade 
de atendimento das necessidades das gerações futuras”.
A partir de então, a expressão “desenvolvimento sustentável” co-
meçou	a	ser	usada	em	todos	os	documentos	oficiais	dos	governos,	da	
diplomacia, dos projetos das empresas, no discurso ambientalista con-
vencional e nos meios de comunicação. O desenvolvimento sustentável 
é	proposto	ou	como	um	ideal	a	ser	atingido	ou	como	um	qualificativo	de	
um processo de produção ou de um produto, feito pretensamente den-
tro de critérios de sustentabilidade, ou seja, considerando os aspectos 
sociais, econômicos e ambientais (BOFF, 2016).
Enfim,	o	tema	sustentabilidade	demanda	das	organizações	diversas	
ações, que contemplam a segurança do trabalho, a proteção da saúde 
dos trabalhadores, a preservação do meio ambiente, entre tantas outras 
ações internas e externas que podem e devem ser implementadas para 
que os valores que norteiam o conceito possam ser materializados por 
meio dessas ações.
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É fato que as organizações podem contribuir muito à medida que
compreendam a relevância do tema, não só para o seu desempenho
econômico, como também para o seu desempenho social e ambiental.
Essas iniciativas têm sido cada vez mais reconhecidas pela sociedade e,
principalmente, pelos consumidores que, cada vez mais, consideram as
questões relacionadas à sustentabilidade em suas decisões de compra.
Assim,	compete	aos	gestores	responsáveis	pela	definição	das	estra-
tégias nas organizações considerar os valores associados ao conceito 
de sustentabilidade para implementar as ações e disseminar esses va-
lores, desenvolvendo uma cultura voltada para a sustentabilidade.
 
 
 
 
 
PARA PENSAR
Na sua opinião, quais são os principais aspectos a serem considerados 
pelas organizações que buscam definir estratégias voltadas à susten-
tabilidade?
 
Considerações finais
Neste capítulo, tivemos a oportunidade de conhecer e entender a im-
portância dos conceitos de saúde, segurança do trabalho e meio ambien-
te, bem como o seu alinhamento com o conceito de sustentabilidade.
As empresas devem atuar de maneira sustentável para se manter 
competitivas, considerando que cada vez mais a sociedade demanda 
atributos associados à sustentabilidade para escolher as organizações 
com as quais deseja se relacionar.
Não importa se esse relacionamento será como cliente, fornecedor, 
empregado	ou	financiador,	o	que	se	deseja	é	identificar	valores	organi-
zacionais em harmonia com a sustentabilidade, e isso inclui as ações 
para a segurança do trabalho, a proteção à saúde dos trabalhadores e a 
preservação do meio ambiente.
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Referências
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Paulo: Editora Senac São Paulo, 2017.
BOFF, Leonardo. Sustentabilidade: o que é – o que não é. 5. ed. Petrópolis: 
Vozes, 2016.
BRASIL. Lei n. 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional 
do	Meio	Ambiente,	seus	fins	e	mecanismos	de	 formulação	e	aplicação,	e	dá	
outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2 set. 1981.
BRASIL. Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para 
a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento 
dos serviços correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial da União, 
Brasília, DF, 20 set. 1990.
CORREA, Glaucia Garanhani. Atenção à saúde do trabalhador. Curitiba: 
Contentus, 2020.
OLIVEIRA, Marcos Alberto de. Fundamentos da administração. São Paulo: 
Editora Senac São Paulo, 2020.
PARENTE, Tobias Coutinho. Sustentabilidade organizacional. São Paulo: 
Editora Senac São Paulo, 2018.
ROSSETE, Celso Augusto (org.). Segurança do trabalho e saúde ocupacional. 
São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015.
SILVA, Agenor; REZENDE, Mardele; TAVEIRA, Paulo. Segurança do trabalho e 
meio ambiente: o diferencial da dupla atuação. São Paulo: Érica, 2019.
STUMM, Silvana Bastos. Segurança e ergonomia. Curitiba: Contentus, 2020.
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Capítulo 2 
Trajetória da 
saúde do trabalho, 
princípios da
higiene ocupacional
e da segurança do 
trabalho 
Sabemos que todas as ações realizadas pelas empresas para pro-
porcionar melhores condições de trabalho são fundamentais para o 
bem-estar dos seus colaboradores. Desse modo, para que possamos 
entender como essas ações podem e devemser realizadas, é impor-
tante compreendermos o panorama histórico do trabalho e da saúde 
do trabalhador. 
Neste capítulo, estudaremos também os princípios norteadores da 
higiene ocupacional e da segurança do trabalho, preceitos fundamentais 
para que as organizações e seus colaboradores possam implementar 
as ações necessárias, visando a prevenção de acidentes e a proteção 
dos trabalhadores. 
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Por fim, vamos conhecer as normas regulamentadoras que, no 
Brasil, regem e fornecem as orientações sobre as obrigatoriedades dos 
procedimentos relacionados à segurança e à saúde do trabalhador. 
1 Evolução histórica do trabalho, da saúde e 
segurança do trabalho 
Atualmente, as organizações implementam programas voltados à 
segurança e à saúde dos trabalhadores com base em normas, legisla-
ções, regras, especificações e controles, visando proporcionar o bem-
-estar e proteger a integridade física e a saúde de seus colaboradores. 
Entretanto, é importante compreender que as práticas atuais podem ser 
consideradas como resultados de muitos anos de estudos, pesquisas e 
observações das atividades laborais e dos ambientes de trabalho. 
Inicialmente, devemos entender o conceito de trabalho que pode ser 
definido não como um ato estanque em si mesmo, mas como um pro-
cesso em que ocorre a relação do trabalhador com o meio ambiente, 
uma vez que o trabalho é realizado em qualquer ambiente (em escritório 
num local fechado, andando sob sol e chuva, locais de temperaturas 
extremas – próximo a um forno ou que tenha que entrar em uma câma-
ra frigorífica –, locais que necessitam de turnos de revezamento de 24 
horas, entre outros). Assim, considerando que o processo de trabalho 
apresenta inúmeras variantes que se relacionam com o trabalhador e 
que essas condições podem provocar danos ou adoecimentos ao longo 
dos anos, foram desenvolvidos estudos e levantamentos sobre os ris-
cos existentes em cada atividade laboral (CORREA, 2020). 
Podemos dizer que, a partir do momento em que os meios de produ-
ção passaram a ser organizados para a obtenção de lucro, a situação 
para a saúde e a segurança dos trabalhadores se tornou bastante pre-
cária. As primeiras fábricas utilizavam galpões com pouca iluminação 
e ventilação, acumulavam lixo e sujeira, o que proporcionava aos traba-
lhadores condições de trabalho insalubres (OLIVEIRA, 2018). 
21 Trajetória da saúde do trabalho, princípios da higiene ocupacional e da segurança do trabalho
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As condições inadequadas de trabalho oferecidas aos trabalhadores 
despertaram grande interesse de pesquisadores e estudiosos sobre o 
tema, o que trouxe, ao longo dos anos, contribuições muito representa-
tivas para a segurança e a saúde dos trabalhadores. 
Entre os principais pesquisadores sobre o tema e que desenvolve-
ram estudos que trouxeram contribuições relevantes para a segurança 
e a saúde dos trabalhadores, podemos destacar (OLIVEIRA, 2018): 
• Georgius Agricola (1494-1555): foi o primeiro especialista a tratar 
a vinculação entre saúde e trabalho. Era considerado um perito 
em minerais e em doenças provocadas nos mineradores; e por ter 
essa especialidade, desenvolveu um estudo fazendo a correlação 
entre o processo de extração de minerais (ouro e prata) e as doen-
ças e acidentes mais habituais entre os trabalhadores em minas. 
Esse estudo foi publicado na obra De re metallica, em 1556. 
• Paracelso (1493-1541): Paracelso era o pseudônimo do pesquisa-
dor Felipe Teofrasto de Hohenheim, que desenvolveu um estudo 
que relacionava trabalho e doença, enumerando diversos proces-
sos de trabalho, substâncias químicas utilizadas e as respectivas 
doenças decorrentes. Entre os temas estudados, destacam-se a 
silicose e a intoxicação sofrida pelos mineiros e fundidores que 
manipulavam mercúrio e chumbo. Esse estudo foi publicado 
postumamente na obra Dos ofícios e doenças da montanha, em 
1567. Paracelso é considerado um dos precursores da medicina 
do trabalho. 
• Bernardino Ramazzini (1633-1714): desenvolveu um estudo de cin-
quenta profissões ou ocupações, pormenorizando as doenças, os 
sintomas e os sinais relacionados a cada tipo de trabalho, prescre-
vendo como remediá-los e preveni-los. Esse estudo foi publicado 
em 1700, na obra De morbis artificum diatriba (As doenças dos tra-
balhadores). A publicação dessa obra deu a Ramazzini o epíteto de 
“pai da medicina do trabalho”, como é reverenciado mundialmente. 
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As contribuições trazidas por esses grandes profissionais foram 
importantes para o desenvolvimento de muitas outras pesquisas e 
trabalhos sobre a segurança e a saúde dos trabalhadores, até porque, 
ao longo dos anos, com o surgimento e a utilização das máquinas nos 
processos, tivemos um grande avanço tecnológico promovendo um au-
mento da produtividade e dos volumes de produtos fabricados. 
Entretanto, o avanço tecnológico sem qualquer tipo de controle so-
bre a segurança e a saúde dos trabalhadores trouxe um grande núme-
ro de doenças ocupacionais, bem como proporcionou a ocorrência de 
muitos acidentes relacionados ao trabalho. Assim, nesse contexto de 
condições inadequadas para o trabalho, surgiram os primeiros movi-
mentos associados a sindicatos para a defesa dos direitos aos traba-
lhadores. Esses movimentos não surtiram efeitos imediatos, podemos 
dizer que as melhorias nas condições de trabalho foram bem lentas. 
Entre as organizações mundiais que contribuíram para a dissemina-
ção dos direitos dos trabalhadores, devemos destacar a Organização 
Internacional do Trabalho (OIT). A OIT, criada em 1919, é a entidade 
responsável pela redação, formulação e aplicação das normas inter-
nacionais do trabalho por meio de convenções e recomendações, e 
tem como objetivo garantir que homens e mulheres tenham acesso a 
um trabalho decente e produtivo, em condições de liberdade, equida-
de, segurança e dignidade. No Brasil, além da promoção permanente 
das normas internacionais do trabalho, do emprego, da melhoria das 
condições de trabalho e da ampliação da proteção social, a OIT tem se 
caracterizado pelo apoio ao esforço nacional de promoção do trabalho 
decente em áreas combatendo o trabalho forçado, o trabalho infantil, o 
tráfico de pessoas para fins de exploração sexual e comercial; à promo-
ção da igualdade de oportunidades e tratamento de gênero e raça no 
trabalho; à promoção de trabalho decente para os jovens; entre outras 
(BARSANO; BARBOSA, 2018). 
23 Trajetória da saúde do trabalho, princípios da higiene ocupacional e da segurança do trabalho
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PARA SABER MAIS 
Para entender a evolução histórica mundial e nacional, vero capítulo 1 
“Introdução à segurança e saúde no trabalho” do livro Gestão dos progra-
mas ocupacionais, de Eduardo A. R. de Oliveira (2018, p. 7). 

Após a apresentação de um breve histórico sobre o trabalho e a preo-
cupação com a saúde e a segurança dos trabalhadores, vamos estudar 
a seguir os princípios da higiene ocupacional. 
2 Princípios da higiene ocupacional 
Segundo a American Conference of Governmental Industrial 
Hygienists (ACGIH – Conferência Norte-Americana de Higienistas 
Industriais Governamentais), a higiene do trabalho ou higiene industrial 
é uma ciência e uma arte que tem por objetivo o reconhecimento, a ava-
liação e o controle daqueles fatores ambientais ou tensões originadas 
nos locais de trabalho, que podem provocar doenças, prejuízos à saúde 
ou ao bem-estar, desconforto significativo e ineficiência nos trabalha-
dores ou entre pessoas da comunidade (BARSANO; BARBOSA, 2018). 
Os profissionais que atuam na área de saúde, higiene e segurança 
do trabalho utilizam a higiene ocupacional para antecipar, reconhecer, 
avaliar e controlar os agentes ou processos produtivos que colocam 
em risco a saúde e a integridade dos trabalhadores (SILVA; REZENDE; 
TAVEIRA, 2019). 
A metodologia de ação da higiene ocupacional é dividida em três 
etapas (BREVIGLIERO; POSSEBON; SPINELLI, 2020): 
• Reconhecimento dos riscos: nesta primeira etapa, são levantadas 
informações sobre o ambiente de trabalho, visando identificar os 
riscos presentes e promover o devido controle para esse ambiente. 
24 Saúde, segurança do trabalho e meio ambiente Ma
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Vale ressaltar a importância desta etapa, pois, se um determinado 
risco não for identificado, não será avaliado e controlado. 
Para que se tenha eficiência nesta etapa, é fundamental que se co-
nheça a tecnologia de produção utilizada, o projeto das instalações, 
as matérias-primas utilizadas (em caso de setor industrial), os ris-
cos presentes no processo produtivo, as condições climáticas, as 
propriedades físico-químicas dos produtos utilizados, as caracte-
rísticas toxicológicas dos produtos e as atividades desenvolvidas 
pelos trabalhadores. Nota-se a importância desta etapa ser bem 
realizada para que possamos realmente identificar os riscos exis-
tentes. Até porque se nesta etapa de reconhecimento for identifica-
do que as concentrações ou as exposições estão muito acima dos 
limites de exposição, inicia-se imediatamente a etapa de controle. 
• Avaliação dos riscos: após o reconhecimento dos riscos, é rea-
lizada uma avaliação por meio de medições ou pela coleta de 
amostras que representam a realidade à qual os trabalhadores 
estão expostos. É uma etapa importante, pois, se o ambiente for 
saudável, possivelmente não haverá o desenvolvimento de doen-
ças profissionais, entretanto, se a avaliação não for realizada ou 
se for realizada de maneira inadequada, talvez a falha só será des-
coberta quando o trabalhador adoecer, o que será tarde demais. 
Nesta etapa, se faz necessário conhecer as técnicas de amostra-
gem para que seja utilizada a metodologia adequada para cada 
tipo de agente. Também é muito importante que seja feita uma 
estimativa da probabilidade do agravo e o grau de exposição em 
que ocorreu o dano. A responsabilidade pela realização da ava-
liação é muito grande, pois, se houver falha na estratégia ou na 
metodologia utilizada, o trabalhador correrá riscos de estar tra-
balhando em um ambiente insalubre, sem que a empresa tenha 
tomado as devidas providências. 
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 • Medidas de controle dos riscos: após o reconhecimento e a ava-
liação dos riscos, temos a última etapa, que trata sobre o controle 
desses agentes buscando reduzir ou eliminar os riscos presentes 
no ambiente de trabalho. Nesta etapa, as medidas de proteção 
coletiva para proteger o ambiente de trabalho devem ser prioriza-
das em relação às medidas de proteção individual. 
A utilização dos princípios da higiene ocupacional é de fundamental 
importância, pois a higiene ocupacional trabalha em prol da adaptação 
do trabalho ao homem, e do homem ao seu trabalho. Assim, compreen-
der as causas geradoras de riscos é fundamental para o desdobramen-
to de ações preventivas. 
NA PRÁTICA 
Vamos apresentar uma situação que demonstra como é importante a 
atuação da higiene ocupacional: 
Quando um trabalhador exposto em um ambiente de traba-
lho insalubre (contaminado por agentes físicos, químicos ou 
biológicos) desenvolve algum tipo de doença que o incapaci-
ta para o trabalho, ele será afastado. 
Após o devido tratamento, esse trabalhador, estando em 
condições de trabalhar, poderá retornar à sua atividade labo-
ral no mesmo local onde contraiu a doença. Provavelmente, 
voltará a ficar doente, dessa vez, mais rapidamente até que 
fique totalmente incapacitado para o trabalho. 
Isso ocorre pois, o que está sendo tratado é a consequên-
cia, no caso, a doença e não a causa básica fundamental 
que é a exposição a ambiente contaminado. 
A higiene ocupacional atua exatamente sobre a causa, ou 
seja, o ambiente contaminado. (BREVIGLIERO; POSSEBON; 
SPINELLI, 2020, p. 9). 
 
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Agora que já conhecemos os princípios da higiene ocupacional, va-
mos entender quais são os princípios da segurança do trabalho. 
3 Princípios da segurança do trabalho 
Em um ambiente de constantes mudanças no ambiente de trabalho 
impulsionadas pelas inovações tecnológicas e pelo desenvolvimento 
econômico, o tema segurança do trabalho deve ser tratado com muita 
atenção pelas organizações. Até porque, quando surgem novas ativida-
des laborais, se faz necessária a análise de quais serão as condições de 
trabalho necessárias para a realização da atividade e, por consequência, 
deve-se avaliar também quais os riscos associados à sua realização. 
Assim, podemos definir a segurança do trabalho como a ciência que 
estuda as possíveis causas dos acidentes e incidentes originados du-
rante a atividade laboral do trabalhador, visando prevenir os acidentes, 
as doenças ocupacionais e outras formas de agravos à saúde profissio-
nal (BARSANO; BARBOSA, 2018). 
As empresas devem utilizar os princípios da segurança do trabalho 
para reduzir ou evitar a ocorrência de acidentes do trabalho e o desen-
volvimento de doenças relacionadas ao trabalho. Para tanto, não basta 
simplesmente atender às legislações em vigor, mas, acima de tudo, as-
sumir uma posição estratégica em relação ao tema, compreendendo 
que a adoção dos princípios pode trazer benefícios físicos, financeiros e 
sociais (ROSSETE, 2015). 
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IMPORTANTE 
Compete à segurança do trabalho junto com outros conhecimentos 
afins, como a higiene ocupacional e a medicina do trabalho, identificar 
os fatores de risco que levam à ocorrência de acidentes e doenças ocu-
pacionais. 

A segurança do trabalho proporciona uma visão abrangente que en-
volve diversas áreas de conhecimento, o que faz com que a empresa 
tenha um desafio cada vez maior para atuar com efetividade na imple-
mentação de ações prevencionistas. Como nos locais de trabalho nor-
malmente existem inúmeras situações de riscos passíveis de provocar 
acidentes do trabalho, quanto maior for o detalhamento da análise dos 
fatores de risco em todas as tarefas e nas operações do processo, maior 
será a assertividade para a implementação das ações de prevenção. 
Se considerarmos que a segurança do trabalho encontra uma relação 
com praticamente todas as áreas de conhecimento humano, para imple-
mentar as ações sugeridas, é uma questão obrigatória para as empresas 
estarem atentas às características do colaborador, como escolaridade, 
histórico profissional e biótipo do trabalhador, pois só assim conseguirá 
realizar uma avaliação mais precisa, identificando se o trabalhador pos-
sui características adequadas para a função que será exercida. 
Por outro lado, considerando a segurança dos processos, será fun-
damental que a empresa proporcione boas condições de trabalho, caso 
contrário de nada adiantará escolher o colaborador adequado para a 
função se as condições de trabalho não forem adequadas e salubres. A 
seguir, vamos estudar as normas regulamentadoras e outros aspectos 
legais relacionados à segurança do trabalho. 
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4 Normas regulamentadoras 
Antes de falarmos especificamente sobre as normas regulamenta-
doras, é importante compreender a hierarquia das normas relativa à 
saúde e à segurança do trabalho. No Brasil, a ordem hierárquica das 
normas respeita a ordem jurídica apresentada a seguir (BARSANO; 
BARBOSA, 2018, p. 14). 
1o: Constituição Federal (CF/1988), ADCT, Emendas Constitucio-
nais, Tratados e Convenções sobre Direitos Humanos. 
2o: Lei Complementar, Lei Ordinária, Lei Delegada, Medida Provisó-
ria, Decreto Legislativo. 
3o: Decretos, Resoluções, Portarias, Instruções Normativas. 
4o: Contratos, Sentenças Judiciais, Atos e Negócios Jurídicos. 
Assim, podemos afirmar que a segurança do trabalho é regulamen-
tada por muitas normas (Constituição Federal, leis, decretos, portarias, 
resoluções, instruções técnicas, etc.), que visam garantir a integridade 
física e psíquica dos trabalhadores. As principais normas que regem a 
segurança do trabalho no Brasil são as seguintes: 
• Constituição Federal de 1988 (CF/1988): a Constituição da 
República Federativa do Brasil, publicada em 1988, discorre em 
seu art. 7, XXII, ser “direito do trabalhador a redução dos riscos 
inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e 
segurança” (BRASIL, 1988). 
• Decreto-lei n. 5.452, de 1o de maio de 1943: Consolidação das Leis 
do Trabalho (CLT) – a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, 
em seu Capítulo V do Título II – Da Segurança e da Medicina do 
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Trabalho, trata o tema nos arts. de 154 a 200. O texto original foi 
alterado com a Lei n. 6.514, de 22 de dezembro de 1997. 
• Lei n. 8.213, de 24 de julho de 1991: dispõe sobre os Planos de 
Benefícios da Previdência Social, que também regulamentam o 
acidente do trabalho. 
• Lei n. 6.514, de 22 de dezembro de 1997: essa lei alterou o 
Capítulo V do Título II da CLT (relativo à segurança e à medicina 
do trabalho). 
• Portaria n. 3.214, de 8 de junho de 1978: essa portaria aprovou as 
normas regulamentadoras do Capítulo V, Título II, da CLT relativas 
à segurança e à medicina do trabalho. 
As normas regulamentadoras (NRs) são consideradas a principal re-
ferência para todos os profissionais da área de segurança do trabalho 
em virtude de sua importância na prevenção de acidentes do trabalho 
nos diversos segmentos organizacionais. A seguir, apresentamos as 37 
NRs (BRASIL, 2021). 
NR-1 – Disposições Gerais: esta é a norma que estabelece as dispo-
sições gerais, o campo de aplicação, os termos e as definições comuns 
às NRs relativas à segurança e à saúde no trabalho, e as diretrizes e os 
requisitos para o gerenciamento de riscos ocupacionais e as medidas 
de prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho (SST). 
NR-2 – Inspeção Prévia: esta norma foi revogada pela Portaria SEPRT 
n. 915, de 30 de julho de 2019, publicada no Diário Oficial da União de 
31 de julho de 2019. 
NR-3 – Embargo e Interdição: a norma trata dois temas essenciais 
para o perfeito andamento da fiscalização de segurança e saúde do tra-
balhador – embargo e interdição. 
NR-4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em 
Medicina do Trabalho (SESMT): esta norma define que os Serviços 
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Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho 
devem ser realizados por uma equipe de profissionais especializados. 
Estabelece as atribuições, os requisitos, a jornada de trabalho e o di-
mensionamento da equipe. 
NR-5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa): é con-
siderada uma das normas mais importantes para a segurança do tra-
balho, ela define as atribuições da Cipa, como deve ser o processo elei-
toral, as reuniões ordinárias e extraordinárias e as atribuições e direitos 
do cipeiro. 
NR-6 – Equipamentos Proteção Individual (EPIs): esta norma define 
equipamentos de proteção individual (EPIs), comenta sobre a importân-
cia dos equipamentos de proteção coletiva (EPCs) e sua aplicação no 
cotidiano das organizações. 
NR-7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional 
(PCMSO): norma que estabelece diretrizes e requisitos para o desenvol-
vimento do PCMSO nas organizações. 
NR-8 – Edificações: nesta norma, estão estabelecidos os requisitos 
técnicos mínimos a serem considerados nas edificações para garantir 
segurança e conforto aos trabalhadores. 
NR-9 – Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes 
Físicos, Químicos e Biológicos: é a norma que estabelece os requisitos 
para a avaliação das exposições ocupacionais a agentes físicos, quími-
cos e biológicos quando identificados no Programa de Gerenciamento 
de Riscos (PGR), previsto na NR-1, fornecendo as informações quanto 
às medidas de prevenção para os riscos ocupacionais. 
NR-10 – Segurança em Instalações e Serviços de Eletricidade: esta-
belece os requisitos e condições mínimos a serem observados na im-
plementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de modo 
a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que atuem, direta 
ou indiretamente, com instalações elétricas e serviços de eletricidade. 
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NR-11 – Transporte, Movimentação e Armazenagem e Manuseio de 
Materiais: é a norma que estabelece os procedimentos de segurança 
para a operação de elevadores, guindastes, transportadores industriais 
e máquinas transportadoras. 
NR-12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos: esta 
é a norma que define as referências técnicas, os princípios fundamen-
tais e as medidas de proteção para garantir a saúde e a integridade físi-
ca dos trabalhadores, estabelece requisitos mínimos para a prevenção 
de acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto e de utilização 
de máquinas e equipamentos de todos os tipos. 
NR-13 – Caldeiras, Vasos sob Pressão e Tubulações e Tanques 
Metálicos de Armazenamento: esta norma regulamenta as atividades 
envolvendo caldeiras e vasos sob pressão. 
NR-14 – Fornos: é a norma que determina que os fornos devem ser 
construídos solidamente, revestidos com material refratário, de maneira 
que o calor radiante não ultrapasse os limites de tolerância estabeleci-
dos pela NR-15. 
NR-15 – Atividades e Operações Insalubres: é a norma que define 
quais são as atividades consideradas insalubres e também estabele-
ce qual será o adicional incidente ao salário do trabalhador que exerce 
suas atividades laborais em condições de insalubridade. 
NR-16 – Atividades e Operações Perigosas: de acordo com essa nor-
ma, são consideradas perigosas as atividades e operações com explo-
sivos, inflamáveis e radiações ionizantes ou substâncias radioativas. 
NR-17 – Ergonomia: esta norma estabelece os parâmetros que per-
mitam a adaptação das condições de trabalho às características psi-
cofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar o conforto, a 
segurança e o desempenho suficiente ao colaborador. 
NR-18 – Segurança e Saúde no Trabalho na Indústria da Construção: 
norma que tem como objetivo estabelecer diretrizes de ordem 
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administrativa, de planejamento e de organização, que visam à imple-
mentação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança 
nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na indús-
tria da construção. 
NR-19 – Explosivos: de acordo com esta norma, é considerado ex-
plosivo o material ou substância que, quando iniciada, sofre decompo-
sição muito rápida em produtos mais estáveis, com grande liberação de 
calor e desenvolvimento súbito de pressão. 
NR-20 – Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e 
Combustíveis: é a norma que estabelece as diretrizes para a segurança 
e a saúde no trabalho com inflamáveis e combustíveis. 
NR-21 – Trabalhos a Céu Aberto: esta norma estabelece as diretrizes 
para trabalhos a céu aberto. 
NR-22 – Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração: norma que 
estabelece medidas para o controle dos riscos existentes no setor de 
mineração. 
NR-23 – Proteção contra Incêndios: esta norma estabelece que to-
dos os empregadores devem adotar medidas de proteção de incêndios, 
em conformidade com a legislação e as normas técnicas aplicáveis. 
NR-24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho: 
norma que define todas as diretrizes relacionadas às condições sanitá-
rias e de conforto nos locais de trabalho. 
NR-25 – Resíduos Industriais: estabelece os meios de prevenção 
quanto ao descarte dos resíduos. 
NR-26 – Sinalização de Segurança: é a norma que regulamenta a cor 
na segurança do trabalho, bem como estabelece as regras de sinaliza-
ção de segurança nos locais de trabalho. 
NR-27 – Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho: 
esta norma foi revogada em 12 de junho de 1990, pela Portaria DSST n. 6. 
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NR-28 – Fiscalização e Penalidades: norma que estabelece os pro-
cedimentos a serem adotados pela fiscalização de segurança e saúde 
do trabalho. 
NR-29 – Segurança e Saúde no Trabalho Portuário: norma que esta-
belece medidas para o controle dos riscos existentes no setor portuário, 
aplicada para operações tanto a bordo como em terra. 
NR-30 – Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário: norma que re-
gulamenta as condições de trabalho aquaviário, relativo a toda embar-
cação de bandeira nacional ou estrangeira. 
NR-31 – Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, 
Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura: norma que regulamenta 
as condições de trabalho nos ambientes rurais. 
NR-32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde: nor-
ma que regulamenta as condições de trabalho na área de saúde. 
NR-33 – Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados: 
norma que regulamenta as condições de trabalho em espaços 
confinados. 
NR-34 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da 
Construção, Reparação e Desmonte Naval: norma que regulamenta as 
condições de trabalho na indústria da construção e reparação naval, 
estabelecendo medidas de prevenção à segurança, à saúde e ao meio 
ambiente nesta atividade. 
NR-35 – Trabalho em Altura: esta é a norma que regulamenta as con-
dições de trabalho para as atividades em altura. 
NR-36 – Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e 
Processamento de Carnes e Derivados: norma que regulamenta as con-
dições de trabalho na indústria de abate e processamento de carnes e 
derivados destinados ao consumo humano. 
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. NR-37 – Segurança e Saúde em Plataformas de Petróleo: estabelece 
os requisitos mínimos de segurança, saúde e condições de vivência no 
trabalho a bordo de plataformas de petróleo em operação nas Águas 
Jurisdicionais Brasileiras (AJB). 
PARA PENSAR 
Agora que você já conhece todas as normas regulamentadoras, tente 
identificar todas as normas aplicáveis à sua empresa e verifique como 
estão as atividades relacionadas ao atendimento de cada norma. 
 
Considerações finais 
Neste capítulo, pudemos entender como se deu a evolução histórica 
do trabalho, da saúde e da segurança do trabalho. Estudamos também 
os princípios norteadores da higiene ocupacional e da segurança do 
trabalho e a maneira que os empregadores devem desdobrar suas es-
tratégias voltadas à promoção de boas condições de trabalho aos seus 
colaboradores. 
Também foram apresentadas as 37 normas regulamentadoras 
(NRs), destacando seus objetivos e foco de atuação. Vale salientar que, 
além de atender aos requisitos estabelecidos nessas normas, as em-
presas também deverão atender às determinações de outras normas 
complementares. 
Por fim, o mais importante a ser ressaltado é a preocupação com a 
prevenção de acidentes e com as boas condições de trabalho, destaca-
das nos preceitos estabelecidos pela higieneocupacional, pela seguran-
ça do trabalho e pelas normas regulamentadoras. 
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Referências 
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balho. São Paulo: Érica, 2018. 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, 5 
out. 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ 
constituicao.htm. Acesso em: 11 ago. 2021. 
BRASIL. Normas regulamentadoras. Ministério da Economia. Secretaria do 
Trabalho. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho/pt-br/inspecao/seguran-
ca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras?b_start:int=20. Acesso em: 
11 ago. 2021. 
BREVIGLIERO, Ezio; POSSEBON, José; SPINELLI, Robson. Higiene ocupacional: 
agentes biológicos, químicos e físicos. 10. ed. São Paulo: Editora Senac São 
Paulo, 2020. 
CORREA, Glaucia Garanhani. Atenção à saúde do trabalhador. Curitiba: 
Contentus, 2020. 
OLIVEIRA, Eduardo Augusto Rocha de. Gestão dos programas ocupacionais. 
São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2018. 
ROSSETE, Celso Augusto (org.). Segurança do trabalho e saúde ocupacional. 
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SILVA, Agenor; REZENDE, Mardele; TAVEIRA, Paulo. Segurança do trabalho e 
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https://www.gov.br/trabalho/pt-br/inspecao/seguran
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao
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Capítulo 3 
Acidente do 
trabalho e doenças 
ocupacionais 
Neste capítulo, vamos estudar os fundamentos do acidente do tra-
balho e suas práticas legais. Por mais que as empresas implementem 
ações voltadas à saúde e à segurança dos seus colaboradores, infeliz-
mente jamais conseguirão eliminar totalmente os riscos de acidentes 
no ambiente de trabalho. 
Assim, cada evento acaba servindo como uma orientação para a 
implementação de melhorias e de ações preventivas, sempre visando 
proteger os trabalhadores. A promoção do bem-estar no ambiente de 
trabalho proporcionando condições salubres e seguras para que os 
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colaboradores possam realizar suas atividades laborais deve ser um ob-
jetivo permanente para que as organizações desenvolvam uma cultura 
de segurança. 
1 Conceito de acidente do trabalho 
Para que possamos estudar o conceito de acidente do trabalho, é 
importante compreendermos o contexto em que esses acidentes ocor-
rem nas empresas. Sabemos que não existe uma causa única para a 
ocorrência de acidentes, assim como também não existe uma única 
maneira para a sua prevenção. Basicamente, todo estudo realizado pela 
segurança do trabalho envolve duas forças opostas, ou seja, os fatores 
de risco (que atuam no sentido de provocar acidentes e doenças) e a 
função segurança (que atua para prevenir, evitar ou pelo menos reduzir 
os efeitos dos fatores de risco) (ROSSETE, 2015). 
Considerando esse contexto, a segurança do trabalho aborda o tema 
acidente do trabalho sob dois enfoques: legal e prevencionista. Sob a 
ótica prevencionista, o conceito aborda o acidente do trabalho não so-
mente como uma causa de dano real ao trabalhador ou ao patrimônio, 
mas principalmente como uma prevenção, por meio da antecipação de 
certo evento que, sob o olhar prevencionista dos profissionais envol-
vidos com a segurança do trabalho na empresa, possa desencadear, 
por diversos incidentes (ou quase acidentes), uma pequena lesão, uma 
grave lesão ou até mesmo um acidente fatal (morte do trabalhador) 
(BARSANO; BARBOSA, 2018). 
IMPORTANTE 
Acidente do trabalho é um evento inesperado e indesejado que traz al-
gum tipo de dano ao trabalhador. 
 
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 Editora Senac São Paulo.
O acidente de trabalho é um evento ou ocorrência que não foi pro-
gramado, que ocorre na maioria das vezes de maneira inesperada, que 
interrompe ou interfere no processo normal de uma atividade, causan-
do danos materiais, lesões nos trabalhadores e perda de tempo. Desse 
modo, é primordial que a empresa estabeleça um processo de preven-
ção de acidentes e adote metodologias para estudar as atividades labo-
rais, visando investigar e registrar as ocorrências para que possam ser 
desdobradas as ações de prevenção. 
O conceito legal de acidente do trabalho é apresentado pela Lei n. 
8.213, de 24 de julho de 1991. Esta lei estabelece os critérios e concei-
tos sobre acidentes do trabalho. O art. 19 da lei define: “acidente do tra-
balho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou 
de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados, 
provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte 
ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para 
o trabalho” (BRASIL, 1991). 
Um acidente típico é o acidente que ocorre pelo exercício do traba-
lho a serviço da empresa, ou seja, aquele que se amolda perfeitamente 
como descrito no art. 19 da Lei n. 8.213 de 1991 (ROSSETE, 2015). De 
acordo com o tipo de acidente ocorrido, o trabalhador poderá ser afas-
tado ou não de suas atividades laborais, assim, o acidente pode ser: 
• Sem afastamento: quando o trabalhador, após o acidente, já retor-
na ao trabalho no dia imediato ao do acidente, desde que não haja 
incapacidade permanente. 
• Com afastamento: quando o trabalhador, após o acidente, se au-
senta do trabalho. O afastamento do trabalhador é em decorrên-
cia de sua incapacidade para a realização da atividade laboral, 
esta incapacidade pode ser classificada ainda como: 
◦ incapacidade temporária – ocorre quando o trabalhador se 
afasta, mas, em seu retorno, consegue desenvolver suas 
atividades; 
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.◦ incapacidade permanente parcial – ocorre quando o trabalha-
dor, ao retornar ao trabalho, volta sem as mesmas condições 
laborais, permanecendo com certa redução de sua capacida-
de para a realização das suas atividades laborais; 
◦ incapacidade total permanente – ocorre quando o trabalhador 
fica impossibilitado de retornar ao trabalho, tornando-se inváli-
do para o exercício de atividades laborais; 
◦ morte – quando o trabalhador vem a óbito em decorrência de 
acidente do trabalho. 
A Lei n. 8.213 de 1991 equipara igualmente a acidente do trabalho 
outros infortúnios sofridos pelo trabalhador em situações específicas 
(OLIVEIRA, 2018). Segundo o art. 21 dessa lei: 
A Previdência Social classifica como acidente de trabalho: 
a. o acidenteligado ao trabalho que, embora não tenha sido 
a causa única, haja contribuído diretamente para a morte 
do trabalhador, para perda ou redução da sua capacidade 
para o trabalho, ou que tenha produzido lesão que exija 
atenção médica para a sua recuperação; 
b. o acidente sofrido pelo trabalhador no local e horário do 
trabalho, em consequência de: 
◦ ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado 
por terceiro ou companheiro de trabalho; 
◦ ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por 
motivo de disputa relacionada com o trabalho; 
◦ ato de imprudência, de negligência ou de imperícia 
de terceiro, ou de companheiro de trabalho; 
◦ ato de pessoa privada do uso da razão; 
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◦ desabamento, inundação, incêndio e outros casos 
fortuitos decorrentes de força maior; 
c. a doença proveniente de contaminação acidental do 
empregado no exercício de sua atividade; 
d. o acidente sofrido pelo segurado, ainda que fora do local 
e horário de trabalho: 
◦ na execução de ordem ou na realização de serviço 
sob a autoridade da empresa; 
◦ na prestação espontânea de qualquer serviço à 
empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar 
proveito; 
◦ em viagem a serviço da empresa, inclusive para 
estudo, quando financiada por esta, dentro de 
seus planos para melhor capacitação da mão-de-
obra, independentemente do meio de locomoção 
utilizado, inclusive veículo de propriedade do 
segurado; no percurso da residência para o local 
de trabalho ou deste para aquela, qualquer que 
seja o meio de locomoção, inclusive veículo de 
propriedade do segurado; 
◦ acidente de trajeto: o acidente sofrido no percurso 
da residência para o local de trabalho ou deste para 
aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, 
inclusive veículo de propriedade do segurado. 
(BRASIL, 1991) 
Essa mesma lei também equipara a acidente do trabalho as doenças 
profissionais e do trabalho que serão tratadas a seguir. 
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2 Doenças ocupacionais: doença profissional 
e doença do trabalho (saúde e doença) 
Antes de estudarmos o conceito de doença ocupacional, deve-
mos entender que o conceito de saúde, de acordo com a Organização 
Mundial da Saúde (OMS), se refere ao estado de completo bem-estar 
físico, mental e social, e não consiste apenas na ausência de doença ou 
enfermidade. Entretanto, sabemos que os trabalhadores podem adqui-
rir doenças em função de causas relacionadas ao trabalho, como resul-
tado da profissão exercida ou que exerceu anteriormente, ou pelas con-
dições adversas em que o seu trabalho foi realizado (OLIVEIRA, 2018). 
Nesse contexto, é importante destacar que a saúde é mundialmente 
reconhecida como um direito de todo ser humano e a sua manutenção 
é um direito social estabelecido em nossa Constituição. A Constituição 
Brasileira publicada em 1988 estabelece no art. 6 do Capítulo II – Dos 
Direitos Sociais que: “são direitos sociais a educação, a saúde, o traba-
lho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade 
e à infância e a assistência aos desamparados” (BRASIL, 1988). 
O conceito de doença ocupacional está previsto em lei, na qual é 
equiparada também a acidente do trabalho, tendo em vista que as doen-
ças, de um modo ou de outro, se relacionam com determinada atividade 
realizada no ambiente de trabalho (OLIVEIRA, 2018). 
Assim, de acordo com a Lei n. 8.213 de 1991, também são conside-
radas acidente do trabalho (BRASIL, 1991): 
• Doença profissional: doença produzida ou desencadeada pelo 
exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante 
da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da 
Previdência Social. Por exemplo, asma ocupacional, dermatose ocu-
pacional, saturnismo (exposição ao chumbo), estresse ocupacio-
nal, pneumoconiose e câncer por exposição a produtos químicos. 
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• Doença do trabalho: doença adquirida ou desencadeada em fun-
ção de condições especiais em que o trabalho é realizado e com 
ele se relacione diretamente, e constante da respectiva relação 
elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social. Por 
exemplo, perda auditiva, lesão por esforço repetitivo (LER), distúr-
bios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT), depres-
são e cegueira. 
Vale ressaltar que, de acordo com essa mesma lei, não são conside-
radas como doença do trabalho (BRASIL, 1991): 
• Doença degenerativa. 
• Doença inerente a grupo etário. 
• Doença que não produz incapacidade laborativa. 
• Doença endêmica adquirida por segurados habitantes de região 
onde ela se desenvolva, salvo se comprovado que resultou de ex-
posição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho. 
Um aspecto importante a ser destacado é que, apesar dos conceitos 
de acidente do trabalho e de doenças ocupacionais serem tratados com 
grande preocupação pelas empresas e pelos seus colaboradores, sabe-
mos que, infelizmente, muitos acidentes de trabalho ocorrem diariamente 
nas empresas e, a partir do momento em que ele ocorre, a empresa pre-
cisa tomar uma série de providências, entre elas comunicar a Previdência 
Social, conforme será apresentado a seguir. 
3 Comunicado de acidente do trabalho – CAT 
e dia do acidente 
Antes de estudarmos como deve ser realizado o comunicado de 
acidente do trabalho, é importante conhecermos quais são as causas 
dos acidentes de trabalho. Vale ressaltar que, na maioria das vezes, 
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.essas causas são complexas, pois existem fatores que atuam direta 
ou indiretamente no desencadeamento de um acidente. Basicamente, 
os acidentes de trabalho ocorrem sobretudo em razão de dois fatores 
(BARSANO; BARBOSA, 2018): 
• Ato inseguro: ato praticado pelo indivíduo, consciente (quando ele 
sabe que está se expondo ao perigo), inconsciente (quando ele 
não sabe que está se expondo ao perigo) ou circunstancial (quan-
do algo mais forte o leva a praticar uma ação insegura). 
• Condição insegura: quando é o ambiente de trabalho que expõe o 
trabalhador ou as instalações e os equipamentos ao risco. 
NA PRÁTICA 
São exemplos de atos inseguros: colocar alguma parte do corpo em um 
lugar perigoso, ficar junto ou sob cargas suspensas, usar máquinas sem 
habilitação, limpar máquinas em movimento, fazer brincadeiras e prati-
car exibicionismo durante a atividade laboral, usar roupas inadequadas, 
não usar os equipamentos de proteção individual. 
São exemplos de condições inseguras: falta de ordem e de limpeza, 
ventilação e/ou iluminação inadequadas, falta de espaço, passagens 
perigosas, falta de proteção em máquinas e equipamentos,

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