Buscar

IMPACTO DA CRIPTOCOCOSE EM PESSOAS VIVENDO COM HIV_AIDS (1)

Prévia do material em texto

ANÁLISE RETROSPECTIVA DE DADOS DE MORTALIDADE DEVIDO AO HIV/SIDA NO
INÍCIO DO SÉCULO 21
A infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), se não tratada corretamente, pode
vir a desenvolver graves danos ao sistema imunológico do indivíduo infectado causando a
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA). Segundo Relatório da UNAIDS/2017,
estima-se que 1,8 milhões de pessoas são infectados a cada ano, somando-se a cerca 36,9
milhões de pessoas que vivem com HIV, dos quais ocorrem 940 mil óbitos por ano devido a
infecção. O objetivo do nosso estudo é verificar a frequência de óbitos por HIV/SIDA no
início do século 21 utilizando os dados disponíveis no Sistema de Informações de
Mortalidade (SIM – DATASUS). Para a coleta dos dados de mortalidade por infecções por
HIV, foram utilizados os códigos CID-10, B20 a B24 que correspondem às mortes por
Doença pelo Vírus da Imunodeficiência Humana. Podemos subclassificar em B20: HIV
resultando em doenças infecciosas e parasitárias (HIV:DIP); B21: HIV resultando em
neoplasias malignas (HIV:Neo); B22: HIV resultando em encefalopatia (HIV:Encef); B23: HIV
resultando em outras doenças (HIV:Outros); e B24: HIV não especificada (HIV:NE). Como
resultado, a principal causa de mortalidade é quando há a associação entre HIV e doenças
infecciosas e parasitárias. Essas doenças são tratadas como doenças oportunistas e podem
ser causadas por outros vírus, bactérias, fungos e parasitas. O coeficiente de mortalidade é
bem alto, com níveis acima de 35 óbitos/1.000.000 de habitantes. Até o momento, 2014
lidera com 9.159 óbitos e com um coeficiente de mortalidade de 48,01 óbitos/1.000.000 de
habitantes. Óbitos por HIV não especificado e por encefalopatia apresentam coeficientes de
mortalidade sempre acima de 5 óbitos/1.000.000 de habitantes. Os óbitos por neoplasias
associadas ao HIV se mantiveram durante todo o tempo, de 1.28 a 1.85 óbitos/1.000.000 de
habitantes. Do mesmo modo, as taxas do B23 HIV resultando em outras doenças se
manteve estável não ultrapassando 1,3 óbitos/1.000.000 de habitantes, com exceção do ano
de 2019 que teve um pico de 6.57 óbitos/1 milhão de habitantes. Com os dados analisados,
poderemos entender melhor o comportamento do vírus na população brasileira melhorando
as políticas públicas de prevenção, controle e tratamento do HIV/SIDA.

Mais conteúdos dessa disciplina