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ILUSTRÍSSIMO SENHOR COORDENADOR DO DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO DO ESTADO DE XXXXX- DETRAN/XX - JARI.
AUTO DE INFRAÇÃO:______
PROCESSAMENTO: ______
RECORRENTE: ______
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, brasileiro, RG nº xxxxxxx, inscrito no CPF nº XXXXXXX, residente e domiciliado na Avenida XXXXXXX, Bairro Bethânia, CEP XXXXXXXX, XXXXXXXX MG, tendo sido autuado de infração em anexo, vem respeitosamente através do presente, em conformidade com os artigos artigo 280 e seguintes do Código de Trânsito Brasileiro, apresentar:
RECURSO ADMINISTRATIVO / DEFESA PRÉVIA DE AUTUAÇÃO 
Em face da NOTIFICAÇÃO DE AUTUAÇÃO Nº XXXXXX, o que o faz com fundamento na Lei nº 9.503/97, (Código de Trânsito Brasileiro), C/C a Resolução nº 34/2015, do Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, pelos fatos e fundamentos a seguir aduzidos:
I - DO VEÍCULO
O recorrente, após um dia exaustivo de trabalho, dirigia seu veículo MOTOCICLETA HONDDA CG/150 ESD, com placa XXX-XXX, nº de RENAVAM XXXXXXXXXX.
MARCA: HONDA/CG
MODELO: 150 TITAN ESD
PLACA: XXX-XXXX
II- DOS FATOS
O defendente recebeu notificação de multa pela infração segundo artigo 233 c/c 123, I, Código de Trânsito Brasileiro.
A notificação veio com apresentando natureza grave e com pontuação de cinco pontos.
Ocorre que, o requerente entregou a documentação para a empresa de despachantes, cujo nome XXXXXXXXX, CREDENCIADO NO CRDD/MG – XXXXX, mediante a representação das pessoas: XXXXXXXX, com e-mail: XXXXXX@hotmail.com.br, com endereço na Rua XXXXXX, Nº XXXXX, Centro, XXXXXXX, CEP: XXXXXXXX, o qual, a empresa de despachante demorou na transferência sem motivos justificados ao requerente (doc. Anexo).
Diante à presente, o autor pugna pela não pontuação, tendo em vista se tratar de um processo administrativo, e o mesmo não ter tido qualquer anuência do atraso, em anexo, comprovante de pagamento da referida transferência antes do vencimento, em acordo com o Art. 233 do CTB.
O requerente entregou os documentos para a empresa no dia do pagamento, qual seja, dia 17 de agosto de 2018 (comprovante de pagamento anexo), estando assim, plenamente no tempo previsto em Lei. No entanto, sem quaisquer motivos, a empresa deixou de efetuar o referido registro do CRV em seu nome.
III - FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
III. 1 - DA NÃO APLICAÇÃO DE PONTUAÇÃO NA CNH EM CASO DE INFRAÇÃO ADMINISTRATIVO 
O requerente pugna pela não aplicação da pontuação correspondente, pelas razões a seguir expostas.
A infração relativa à multa aplicada está disposta no artigo 233 do CTB, o qual dispõe:
Art. 233. Deixar de efetuar o registro de veículo no prazo de trinta dias, junto ao órgão executivo de trânsito, ocorridas as hipóteses previstas no art. 123:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo para regularização. 
Entretanto, tal infração é meramente administrativa, ou seja, não se trata de infração de trânsito. Note-se que a pontuação serve para inibir e sancionar infrações de trânsito, quando da condução em si.
O bem jurídico tutelado com a imposição de pontuação na CNH é a segurança do trânsito, a defesa da coletividade, e a educação para o trânsito. Entretanto, no caso em apreço o condutor não representa perigo algum quando da condução do veículo.
Ademais, não existe função social na penalidade de pontuação desta multa, que já conta com pena pecuniária. Portanto, não deve ser impedido de retirar a habilitação definitiva por mera infração administrativa. Nesse sentido tem decidido o Judiciário (STJ e TJSP):
Superior Tribunal de Justiça:
ADMINISTRATIVO. CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAÇÃO (CNH). COMETIMENTO DE INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA. EXPEDIÇÃO. POSSIBILIDADE. 1. Discute-se a possibilidade de expedição de carteira nacional de habilitação definitiva a motorista que comete infração do art. 230, V, do CTB, tipificada como grave, mas de natureza administrativa. 2. O STJ entende ser possível a expedição de carteira nacional de habilitação definitiva a motorista que cometa infração administrativa. Precedentes: AgRg no AREsp 339.714/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 20/08/2013, DJe 12/09/2013; AgRg no AREsp 267.624/RS, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, DJe 25/04/2013. Agravo regimental improvido.
(STJ - AgRg no AREsp: 407221 RS 2013/0338655-2, Relator: Ministro HUMBERTO MARTINS, Data de Julgamento: 20/02/2014, T2 - SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: DJe 27/02/2014). 
Superior Tribunal de Justiça:
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. CONCESSÃO DA CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAÇÃO DEFINITIVA. INFRAÇÕES DE NATUREZA ADMINISTRATIVA. EXPEDIÇÃO. POSSIBILIDADE. DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 148, § 3º, do CTB. INEXISTÊNCIA. 1. De acordo com a jurisprudência desta Corte, a falta de registro de veículo no prazo legal, embora configure infração de natureza grave prevista no art. 233 do CTB, não é motivo suficiente para impedir a expedição da Carteira Nacional de Habilitação ao condutor que detém permissão para dirigir, porquanto não constitui direta violação dos objetivos básicos do Sistema Nacional de Trânsito, quais sejam, a segurança e educação para o trânsito, nos termos do inciso I do art. 6º do CTB. 2. A decisão impugnada, ao contrário do que alega a agravante, não declarou a inconstitucionalidade do art. 148, § 3º, do CTB, tendo tão somente indicado a adequada exegese do referido dispositivo legal. 3. Agravo regimental a que se nega provimento.
(STJ - AgRg no AREsp: 527227 RS 2014/0136463-1, Relator: Ministro SÉRGIO KUKINA, Data de Julgamento: 02/10/2014, T1 - PRIMEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 20/10/2014). 
Assim, pela interpretação finalística do art. 148, § 3º, do CTB, a pontuação correspondente à infração não deve ser computada, ainda que a multa seja considerada devida, com a imposição da penalidade pecuniária.
Entendimento diverso é mesmo inconstitucional, visto que lesa o direito do requerente de dirigir, sem uma justificativa coerente.
A resolução 34/2015, no artigo 2º:
Art. 2º O órgão executivo de trânsito deverá implementar regramento em seu sistema eletrônico para que, diante da prática do art. 233 do CTB, a pena acessória de 05 (cinco) pontos, prevista no art. 259, II do CTB, não seja computada para fins de instauração de processo administrativo de suspensão do direito de dirigir, por soma de pontos, nos termos do art. 261 § 1º do CTB, sem prejuízo da pena pecuniária, prevista no art. 258, II, também do CTB. 
Sustenta que se trata de uma infração administrativa e, por isso, não deve pontuar, gerar suspensão ou cassação do direito de dirigir, nem impedir que permissionários conquistem CNH definitiva.
Assim, por qualquer ângulo que se analise o artigo 233, não existe forma legal de enquadrar tal infração por deixar de transferir o veículo no prazo de 30 (trinta) dias como sendo infração de trânsito, tampouco qualquer penalidade pecuniária.
IV- DOS PEDIDOS
Diante do exposto requer:
a) Que seja recebido o presente recurso, pois atende a todos os requisitos de admissibilidade de acordo com a Resolução 299/08 do CONTRAN;
b) Que seja julgado PROCEDENTE o presente recurso, e por via de consequência o cancelamento da multa imposta, sendo anulada a pontuação;
c) Requer-se finalmente, o efeito suspensivo propugnado no artigo 285, parágrafo 3º do CTB, caso o recurso não seja julgado em 30 (trinta) dias, e da Lei Federal nº 9784/99, que regulamenta o Processo Administrativo, no parágrafo único do artigo 61.
Nestes termos,
Pede deferimento.
XXXXXXXXX, 14 de setembro de 2018.
____________________________________
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
PROPRIETÁRIO
CPF Nº: _____._____._____-_____
RG Nº: ____.______.______

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