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AO JUÍZO DE DIREITO DA ____ VARA ____ DA COMARCA YYYY Processo nº: NOME E SOBRENOME, já devidamente qualificado nos autos, por seu advogado infra-assinado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar a seguinte: IMPUGNAÇÃO ao cálculo do imposto estabelecido apresentado às fls. (xxx), tudo com fulcro no art. 638 do CPC, pelos fatos e fundamentos que passa a expor: 1. O atacado cálculo deixou de observar a tabela regressiva do imposto conforme disposto na Lei n. xxxx/xx. 2. Ainda, o referido cálculo incorporou valores referentes à aplicação da multa prevista no art. __, II, § 2º do Código Tributário Estadual, que se dá em razão de atraso ou pagamento a menor, o que não se aplica ao caso em tela. 3. Ora Excelência, se o imposto ainda está em discussão na lide, tem-se por inadmissível sua cobrança ou multa por seu atraso uma vez que o cálculo sequer foi homologado. 4. É que a exigibilidade tributária depende da definição de sua base de cálculo, e no caso do ITCMD esta estará determinada após a avaliação dos bens do espólio e homologação do cálculo no processo. 5. Portanto, tal multa não tem razão alguma de ser, tem em vista que a parte não teria como incorrer em atraso no pagamento daquilo que sequer está definido. Neste sentido é a inteligência do STJ, veja-se: PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. ENUNCIADO ADMINISTRATIVO N. 3/STJ. ARROLAMENTO SUMÁRIO. CONDICIONAMENTO DA EXPEDIÇÃO DE ALVARÁ ANTES DO RECOLHIMENTO DO IMPOSTO DE TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS (ITCMD) NÃO CABIMENTO DE TAL EXIGÊNCIA NESTE PROCEDIMENTO. 1. A homologação da partilha no procedimento do arrolamento sumário não pressupõe o atendimento das obrigações tributárias principais e tampouco acessórias relativas ao imposto sobre transmissão causa mortis. 2. Consoante o novo Código de Processo Civil, os artigos 659, § 2º, cumulado com o 662, § 2º, com foco na celeridade processual, permitem que a partilha amigável seja homologada anteriormente ao recolhimento do imposto de transmissão causa mortis, e somente após a expedição do formal de partilha ou da carta de adjudicação é que a Fazenda Pública será intimada para providenciar o lançamento administrativo do imposto, supostamente devido. 3. Recurso especial não provido.[footnoteRef:0] [0: Resp. N. 1.751.332 – Min. Relator: Mauro Campbell Marques, Julgamento: 01/02/2019. Disponível em: ITA (stj.jus.br)] 6. Por conseguinte, se o que constitui o crédito tributário é o seu lançamento, conforme art. 142 do CTN, apenas este terá o condão de declarar a obrigação que lhe é correspondente e constituir o devedor em mora, restando, desta maneira, irregular os cálculos apresentados, com erros graves pelo contador, quais sejam: uma multa indevida e a ignorância da tabela regressiva prevista na legislação estadual. 7. Pelas razões expostas, requer: a. Pela oitiva da Fazenda Pública para que se manifeste acerca da presente impugnação; b. Pelo acolhimento desta impugnação para que se determine a realização de novos cálculos do ITCMD com a exclusão da multa indevida e a observância da tabela regressiva disposta na Lei n. xxxx/xx. Nesses termos, Pede e espera deferimento. Local e Data. NOME DO ADVOGADO OAB/UF Nº YYY
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