@import url(https://fonts.googleapis.com/css?family=Source+Sans+Pro:300,400,600,700&display=swap); CONCEITOS E FONTES INTRODUÇÃO Direito EleitoralO direito eleitoral é muito mais amplo do que apenas a realização de eleições, não se restringindo ao tratamento normativo das eleições. CONCEITOS De acordo com o art. 1º da Constituição Federal, a República Federativa do Brasil constitui-se em Estado Democrático de Direito. Como o Brasil é uma democracia, o governo é do povo, exercido pelo povo e para o povo. A opção pelo regime democrático de governo está dentro dos princípios fundamentais da Constituição, mais especificamente no Título I, que enumera os princípios fundamentais adotados pela Constituição. Deve-se reconhecer ao povo instrumentos para que o mesmo possa exercer o poder e participar do exercício desse poder. A raiz etimológica da palavra democracia significa governo (cracia) do povo (demo). No art. 1º, inciso II, a Constituição elenca os cinco fundamentos da República Federativa do Brasil. Dentre os fundamentos elencados está a cidadania, justamente pelo fato do Brasil adotar o regime democrático de governo. A cidadania é tão importante que foi alçada à categoria de fundamento da República. Deve-se garantir ao povo instrumentos para que ele possa participar da tomada das decisões políticas fundamentais que interferem na organização social. A cidadania é o direito de o povo participar e interferir na formação da vontade política do Estado. Em razão da atribuição da cidadania ao povo, a fonte de legitimação de poder no Brasil é o próprio povo. Observe o que dispõe o art. 1º, parágrafo único da Constituição Federal: Art. 1º (...) Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição O art. 1º, parágrafo único da Constituição Federal consagra a soberania popular. Em resumo, o Brasil é uma democracia; por essa mesma razão atribuiu-se ao povo a cidadania, o que significa que o povo tem todo o poder. O povo exerce esse poder de forma direta e de forma indireta. Existem três espécies de democracia: \u2022 Democracia direta: o povo manifesta a sua vontade diretamente e elabora as decisões políticas fundamentais. \u2022 Democracia indireta: o povo escolhe representantes, que tomam decisões em nome do povo. \u2022 Democracia participativa: parte das decisões são tomadas diretamente pelo povo, sem intermediação; e parte das decisões são tomadas por meio de representantes No Brasil, a Constituição Federal adotou o regime democrático participativo. Existem ferramentas de exercício de poder de forma direta pelo povo, como o plebiscito, referendo, iniciativa popular de leis e procuração popular. Por outro lado, o processo de formação das leis que regerão a sociedade decorre da forma indireta de exercício do poder, por meio de representantes eleitos. Contudo, de nada adiantaria essa declaração (ou atribuição) de poder para o povo se o povo não tivesse os instrumentos de exercício desse poder. Sem esses instrumentos, isso seria uma declaração meramente formal. Quais são as ferramentas para o exercício desse poder? A resposta está no art. 14 da Constituição Federal: Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I \u2013 plebiscito; II \u2013 referendo; III \u2013 iniciativa popular. Assim, fica evidente que a soberania popular é exercida por meio dos direitos políticos. Sufrágio é outra maneira de se referir aos direitos políticos. Existem eleições para a escolha dos representantes, os quais exercerão o poder em nome do povo.Exemplo da aplicação do modelo de democracia participativa no Brasil: em decorrência de determinação contida na Lei n. 10.826/2003 (o Estatuto do Desarmamento), em 2005 o povo foi chamado a se manifestar se queria ou não o desarmamento. No referendo de 2005 o povo disse não ao desarmamento. Assim, quem atendesse a certos requisitos contidos no Estatuto do Desarmamento deveria ter o direito de adquirir armas e munições. Outro exemplo: em 2011, o povo do estado do Pará foi chamado a se manifestar sobre a criação do estado de Tapajós e do estado de Carajás, a partir do desmembramento do estado do Pará. O povo decidiu que não queria a criação desses dois estados, de modo que o Congresso Nacional sequer pôde discutir sobre a criação desses dois entes federativos. O Título II da Constituição trata dos princípios fundamentais, dentro os quais o regime democrático, a cidadania e a soberania popular. A seguir, no Título II, a Constituição trata das cinco espécies de direitos fundamentais, dentre os quais os direitos políticos, que integram o Capítulo IV. CONCEITOS E FONTES II CONCEITOS O Direito Eleitoral não se refere apenas às eleições, mas também trata de direitos políticos e de temas de interesse público, como o exercício do poder pelo povo. Assim, o Direito Eleitoral é o ramo do direito que contém regras e princípios sobre o exercício da soberania popular e o exercício dos direitos políticos. Logo, vai tratar do direito ao voto, do plebiscito, referendo, iniciativa popular de lei, ação popular e, também, de eleições. De acordo com Fávila Ribeiro, \u201co Direito Eleitoral, precisamente, dedica-se ao estudo das normas e procedimentos que organizam e disciplinam o funcionamento do poder de sufrágio popular, de modo a que se estabeleça a precisa adequação entre a vontade do povo e a atividade governamental. \u201d Para Omar Chamon \u201co Direito Eleitoral, ramo autônomo do direito público, regula os direitos políticos e o processo eleitoral. Todas as Constituições trataram dessa matéria. Cuida-se de instrumento para a efetiva democracia, ou seja, estuda-se a influência da vontade popular na atividade estatal. \u201d Por fim, para Joel José Cândido: \u201cDireito Eleitoral é o ramo do Direito Público que trata de institutos relacionados com os direitos políticos e das eleições, em todas as suas fases, como forma de escolha dos titulares dos mandatos eletivos e das instituições do Estado. \u201d O Direito Eleitoral trata de partidos políticos? No Brasil, é impossível a realização de eleições sem partidos políticos. As casas legislativas não funcionam sem as estruturas partidárias. Trata-se, portanto, de uma democracia partidária. Os partidos políticos são associações que unem pessoas em torno de um projeto ou ideal. Busca-se assim eleger seus filiados para que implantem esses projetos e ideais. Dentre os direitos fundamentais previstos pela Constituição no Título II, está o direito de criar, organizar e participar de partidos políticos. Para tratar dos direitos fundamentais de forma sistematizada, a Constituição dividiu-os em cinco espécies:\u2022 Capítulo I: direitos e deveres individuais e coletivos (art. 5º) \u2022 Capítulo II: direitos sociais (arts. 6º a 11) \u2022 Capítulo III: nacionalidade (arts. 12 e 13) \u2022 Capítulo IV: direitos políticos (arts. 14 a 16) \u2022 Capítulo V: partidos políticos (art. 17) A própria Constituição faz uma distinção entre direitos políticos e partidos políticos, tratando-os em capítulos diferentes. Direito de criar, participar e organizar partidos políticos: \u2022 Art. 17 da CF \u2013 Princípio da Liberdade de Organização Partidária Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana\u2026 \u2022 Art. 17, § 1º da CF \u2013 Princípio da Autonomia Partidária § 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias\u2026 \u2022 Art. 17, § 3º da CF \u2013 Direitos Partidários: o direito de acessar recursos do Fundo Partidário; direito de antena (acesso gratuito ao rádio e televisão). O Direito Eleitoral cuida do direito de criar, participar e organizar partidos políticos? É muito importante fazer a distinção entre Direito Eleitoral e Direito Partidário, bem como discutir se o Direito Eleitoral vai englobar o tratamento normativo da matéria partidária. A definição da competência da Justiça Eleitoral está limitada ao julgamento dos feitos eleitorais e na solução dos litígios eleitorais. Nos processos em que houver a incidência de normas de Direito Eleitoral, a competência será da Justiça Eleitoral. O Direito Eleitoral não trata do direito de criar, organizar e participar de partidos políticos. As regras e princípios relativos aos partidos políticos são matéria do Direito Partidário. Exemplo prático dessa distinção: em 2009 foi divulgado em rede nacional um vídeo em que o governador do Distrito Federal aparecia recebendo um \u201cmensalinho\u201d (recurso pago de forma indevida). Em razão da repercussão desse caso, o partido político ao qual o governador era filiado instaurou um processo que culminou com a expulsão desse governador, pois o recebimento de recurso indevido constitui infração ao estatuto do partido. Após a expulsão, esse governador impetrou um mandado de segurança no TSE sob a alegação de violação do devido processo legal e do direito líquido e certo de manter a filiação partidária. No TSE, a relatora apenas reconheceu a incompetência do tribunal para julgar o mandado, pois se tratava de um litígio partidário. A definição da competência da Justiça Eleitoral está circunscrita ao julgamento de litígios eleitorais. Observe alguns julgados do TSE sobre esse assunto: 3. A Justiça Eleitoral não detém competência para julgar conflitos intrapartidários, salvo quando demonstrado que a decisão sobre a matéria interna corporis produziria reflexos no processo eleitoral. Precedentes. 4. No caso, as razões apresentadas no mandado de segurança não são aptas a demonstrar que a dissidência pelo controle do órgão partidário tenha reflexo no pleito eleitoral que se aproxima. Isso porque: (i) não houve intervenção em órgãos municipais; (ii) as convenções partidárias para escolha de candidatos estão longe de ocorrer; e (iii) a dissidência partidária não é prejudicial ao julgamento de DRAP ou de qualquer outra ação eleitoral. (MS n. 0600327-86.2020, Dje de 15.6.2020) 2. Conquanto as questões envolvendo órgãos partidários constituam matéria interna corporis das agremiações, a Justiça Eleitoral tem competência para examinar os efeitos daí decorrentes que se relacionam aos processos de registro de candidatura. Precedentes. (RESPE n. 18351, PSESS em 25,10,2012). Em regra, a Justiça Eleitoral não julga litígios partidários, salvo quando um litígio partidário tiver reflexo nas eleições. Exemplo: respeito a regras sobre a formação de coligações.Outro exemplo é o caso da fidelidade partidária. Alguém que foi eleito para cargo proporcional (deputado federal, deputado estadual, deputado distrital, vereador) que, após a eleição, trocar de partido político sem justa causa. O partido pelo qual ele foi eleito pode propor uma ação de decretação de perda de mandato eletivo por infidelidade partidária. Embora se trate de um caso de quebra de dever partidário, essa ação será julgada pela Justiça Eleitoral. No julgamento dos mandados de segurança n. 26.602, n. 26.603 e n. 26.604 e da ADI n. 3999, o STF decidiu que ações de infidelidade partidária serão julgadas pela Justiça Eleitoral. COMPETÊNCIAS \u2013 TRE II Art. 30. Compete, ainda, privativamente, aos Tribunais Regionais: I \u2013 elaborar o seu regimento interno; Essa competência está relacionada à autonomia constitucional do TRE. Por conta disso, compete ao próprio TRE dispor sobre sua organização, funcionamento e estrutura interna. A matéria inerente à economia interna do tribunal deve ser tratada pelo regimento interno, conforme disposto no art. 96, inciso I, alínea \u201ca\u201d, da Constituição Federal. II \u2013 organizar a sua Secretaria e a Corregedoria Regional provendo-lhes os cargos na forma da lei, e propor ao Congresso Nacional, por intermédio do Tribunal Superior a criação ou supressão de cargos e a fixação dos respectivos vencimentos; Para garantir seu próprio funcionamento, o TRE pode prover os cargos públicos (de provimento efetivo, de provimento em comissão).Tendo necessidade de criação de mais cargos públicos, o TRE tem competência para, por meio do TSE, encaminhar o projeto de lei para o aumento do número de cargos do tribunal. Em outros termos, é o TSE que encaminha para o Congresso Nacional a solicitação para criação de mais cargos.III \u2013 conceder aos seus membros e aos juízes eleitorais licença e férias, assim como afastamento do exercício dos cargos efetivos submetendo, quanto aqueles, a decisão à aprovação do Tribunal Superior Eleitoral;Ao tratar sobre as competências do TSE, observou-se a possibilidade dos membros magistrados do TRE (os desembargadores do Tribunal de Justiça, os juízes de direito e o juiz membro da Justiça Federal) serem afastados de seus cargos efetivos para se dedicarem exclusivamente ao exercício da jurisdição eleitoral. Nesse caso, o TRE concede o afastamento, decisão sujeita à aprovação do TSE. IV \u2013 fixar a data das eleições de Governador e Vice-Governador, deputados estaduais, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e juízes de paz, quando não determinada por disposição constitucional ou legal O juiz eleitoral e a junta eleitoral não possuem competência para a fixação de data de eleições. Enquanto o TSE tem competência para fixar as datas das eleições federais (Presidente, Vice-Presidente, Deputado Federal e Senador da República), o TRE pode fixar as datas para as eleições para os cargos estaduais (Governador, Vice-Governador e Deputado Estadual) e municipais (Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador). V \u2013 constituir as juntas eleitorais e designar a respectiva sede e jurisdição; Na primeira instância da justiça eleitoral, há os juízes e as juntas. Nas juntas, há um juiz de direito, que é seu presidente, e dois ou quatro cidadãos de notória idoneidade. Os TRE possuem competência para designar os membros das juntas eleitorais. Enquanto o TRE aprova os nomes dos cidadãos de notória idoneidade, o presidente da junta realiza a nomeação dessas pessoas. VI \u2013 indicar ao tribunal Superior as zonas eleitorais ou seções em que a contagem dos votos deva ser feita pela mesa receptora;O TSE autoriza a contagem dos votos nas eleições manuais pelas mesas receptoras e o TRE indica ao tribunal em quais zonas eleitorais a contagem dos votos deve ser feita pela mesa receptora. VII \u2013 apurar com os resultados parciais enviados pelas juntas eleitorais, os resultados finais das eleições de Governador e Vice-Governador de membros do Congresso Nacional e expedir os respectivos diplomas, remetendo dentro do prazo de 10 (dez) dias após a diplomação, ao Tribunal Superior, cópia das atas de seus trabalhos; Obs.: A competência para a diplomação (expedição de diplomas) pode ser dividida em três: \u2022 TSE: expede diploma para os cargos de Presidente e Vice-Presidente; \u2022 TRE: expedem diplomas para as eleições estaduais (Governador, Vice-Governador e Deputado Estadual) e federais (Deputado Federal e Senador da República); e \u2022 juntas eleitorais: Observaremos suas características em outro momento O TRE é quem expede o diploma para os eleitos para o Senado Federal, não o TSE. O juiz eleitoral não tem competência para a expedição de diploma VIII \u2013 responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas, em tese, por autoridade pública ou partido político; Os juízes e as juntas eleitorais não possuem competência para responder às consultas. Apenas o TRE e o TSE possuem essa competência. Quando o consulente (quem formula uma consulta) for partido político e autoridade pública, o TRE tem competência para responder às perguntas. O TRE não responde perguntas sobre direito penal, constitucional etc. Apenas perguntas em tese sobre direito eleitoral, ou seja, não responde perguntas sobre casos concretos. IX \u2013 dividir a respectiva circunscrição em zonas eleitorais, submetendo essa divisão, assim como a criação de novas zonas, à aprovação do Tribunal Superior; X \u2013 aprovar a designação do Ofício de Justiça que deva responder pela escrivania eleitoral durante o biênio; Atualmente, cada zona eleitoral deve ter um cartório eleitoral. Houve a extinção da escrivania eleitoral. XI \u2013 (Revogado pela Lei n. 8.868, de 1994) XII \u2013 requisitar a força necessária ao cumprimento de suas decisões solicitar ao Tribunal Superior a requisição de força federal; O TRE pode requisitar diretamente força pública necessária ao cumprimento de suas decisões. Nesse sentido, pode requisitar diretamente a polícia federal ou a polícia militar. No entanto, precisando de requisição de força federal, é necessário solicitar ao TSE, que avaliará e, sendo o caso, o TSE requisitará a força federal ao Ministério da Defesa. XIII \u2013 autorizar, no Distrito Federal e nas capitais dos Estados, ao seu presidente e, no interior, aos juízes eleitorais, a requisição de funcionários federais, estaduais ou municipais para auxiliarem os escrivães eleitorais, quando o exigir o acúmulo ocasional do serviço;XIV \u2013 requisitar funcionários da União e, ainda, no Distrito Federal e em cada Estado ou Território, funcionários dos respectivos quadros administrativos, no caso de acúmulo ocasional de serviço de suas Secretarias; XV \u2013 aplicar as penas disciplinares de advertência e de suspensão até 30 (trinta) dias aos juízes eleitorais; XVI \u2013 cumprir e fazer cumprir as decisões e instruções do Tribunal Superior; XVII \u2013 determinar, em caso de urgência, providências para a execução da lei na respectiva circunscrição; XVIII \u2013 organizar o fichário dos eleitores do Estado. pelo TRE. As juntas eleitorais são compostas por um juiz de direito e dois ou quatro cidadãos de notória idoneidade.VI - Indicar ao Tribunal Superior as zonas eleitorais ou seções em que a contagem dos votosCompetências do Tribunal Regional Eleitoral O artigo 30 do regimento interno define as competências do Tribunal Regional Eleitoral ,essas competências estão relacionadas à autonomia constitucional do TRE. Por esse motivo, compete exclusivamente ao próprio TRE dispor sobre sua organização, funcionamento e estrutura interna, elaborando o seu regimento interno, conforme o artigo 96, inciso I, alínea \u201ca\u201d, da Constituição Federal.Dentre as competências, destaca-se a possibilidade de o TRE organizar a sua Secretaria e a Corregedoria Regional, provendo-lhes os cargos públicos na forma da lei. O Tribunal também pode propor ao Congresso Nacional, por intermédio do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a criação ou supressão de cargos e a fixação dos respectivos vencimentos.Além disso, o TRE pode conceder licenças e férias aos seus membros e aos juízes eleitorais, assim como afastamento do exercício dos cargos efetivos, submetendo, quanto a esses últimos, a decisão à aprovação do TSE. O Tribunal ainda tem competência para fixar a data das eleições de Governador e Vice-Governador, deputados estaduais, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e juízes de paz, quando não determinada por disposição constitucional ou legal.Outra competência do TRE II é constituir as juntas eleitorais e designar a respectiva sede e jurisdição. Cabe ao Tribunal designar os membros das juntas eleitorais e aprovar os nomes dos cidadãos de notória idoneidade, enquanto o presidente da junta realiza a nomeação dessas pessoas. O TRE II também indica ao Tribunal Superior Eleitoral as zonas eleitorais ou seções em que a contagem dos votos deve ser feita pela mesa receptora.Por fim, o TRE II apura, com os resultados parciais enviados pelas juntas eleitorais, os resultados finais das eleições de Governador e Vice-Governador, membros do Congresso Nacional e expedem os respectivos diplomas, remetendo dentro do prazo de 10 (dez) dias após a diplomação, ao Tribunal Superior cópia das atas de seus trabalhos. O Tribunal ainda tem a competência de responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas, em tese, por autoridade pública ou partido político. Apenas o TRE e o TSE possuem essa competência, não os juízes e as juntas eleitorais.
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