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01 MA Gestão de Resíduos

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Gestão de Resíduos 
Robson Zago 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. ATMOSFERA ........................................................................................................................ 3 
2. TECNOLOGIAS DE CONTROLE DA POLUIÇÃO DO AR .......................................................... 8 
3. RESÍDUOS SÓLIDOS ............................................................................................................ 14 
4. MEDIDAS DE ACONDICIONAMENTO ................................................................................. 18 
5. TECNOLOGIAS DE TRATAMENTO ...................................................................................... 23 
6. ATERROS SANITÁRIOS ........................................................................................................ 28 
 
 
 
 
3 
 
 
1 ATMOSFERA 
 
A atmosfera é responsável pela proteção dos organismos contra a exposição de 
radiação ultravioleta, além de conter gases que são utilizados nos processos vitais, 
como a respiração celular e o fornecimento da água necessária para a vida. Sua 
composição não é constante, ou seja, ela está em constante mudança. 
Uma de suas camadas, inclusive, a troposfera, contém gases essenciais para a nossa 
sobrevivência. O oxigênio que é liberado por plantas e algas no processo de 
fotossíntese é utilizado por nós e pelos animais para a manutenção de nossas vidas. 
Em contrapartida, o gás carbônico liberado por nós no processo de respiração é 
utilizado pelos seres fotossintetizantes. 
1.1 Composição e estrutura vertical da atmosfera 
Atualmente sabe-se que através de muitos estudos que o surgimento da atmosfera 
terrestre data-se de aproximadamente 4 bilhões de anos. Neste período, a atmosfera 
apresentava gases com substâncias improváveis de haver vida na Terra. Porém, com o 
surgimento dos oceanos e das plantas aquáticas, o planeta sofreu novamente 
alterações, e que por meio da respiração das plantas (processo chamado de 
fotossíntese), transformou a situação que se encontrava na Terra. Agora, nosso 
planeta é constituído por diferentes gases muito importantes para a proliferação da 
vida no planeta. Composta por várias camadas que se distingue devido às alterações 
físicas e químicas, a atmosfera terrestre é dividida da seguinte forma (da mais baixa 
para a mais alta): troposfera, estratosfera, mesosfera, termosfera e exosfera. 
Dependendo da camada da atmosfera, podemos ter concentrações diferenciadas dos 
principais gases que a compõe. Até mesmo em uma mesma camada, a troposfera, por 
exemplo, encontramos concentrações de oxigênio diferentes à medida que 
alcançamos grandes altitudes, como uma cidade que está muito acima do nível do mar 
por exemplo. 
É preciso entender também que a composição do ar não é constante, ou seja, ela está 
em constante mudança. Caso ocorresse a remoção do vapor d’água, das partículas 
suspensas e de certos gases variáveis que estão presentes em quantidades mínimas, 
seria possível encontrarmos uma composição estável sobre a Terra, até uma altitude 
de aproximadamente 80 km. Os principais gases que formam a atmosfera atual são o 
nitrogênio e o oxigênio, totalizando juntos, aproximadamente 99% de toda 
composição atmosférica. 
1.2 Poluentes atmosféricos 
 
 
 
4 
 
Segundo a Resolução do Conama n. 3 de 28 de junho de 1990: 
Art. 1º - São padrões de qualidade do ar as concentrações de poluentes 
atmosféricos que, ultrapassadas, poderão afetar a saúde, a segurança e o 
bem-estar da população, bem como ocasionar danos à flora e à fauna, aos 
materiais e ao meio ambiente em geral. 
 Parágrafo Único - Entende-se como poluente atmosférico qualquer 
forma de matéria ou energia com intensidade e em quantidade, 
concentração, tempo ou características em desacordo com os níveis 
estabelecidos, e que tornem ou possam tornar o ar: 
I. impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde; 
II. inconveniente ao bem-estar público; 
III. danoso aos materiais, à fauna e flora. 
IV. prejudicial à segurança. ao uso e gozo da propriedade e às atividades 
normais da comunidade. 
 
Um dos grandes problemas ambientais é sem dúvida nenhuma, os poluentes 
atmosféricos. A qualidade do ar cai à medida que a ação antrópica em busca da 
produção e consumo a qualquer custo aumenta, e como consequência disso, a 
natureza e a nossa saúde sofrem a cada dia. 
O nível de qualidade do ar depende da interação entre a atmosfera e as fontes de 
poluição. A medição sistêmica da qualidade do ar está associada ao número de 
poluentes, que é estipulado em função de sua relevância e dos meios disponíveis para 
seu monitoramento. Podemos citar como um dos principais poluentes encontrados no 
ar, o material particulado, que pode ser constituído de partículas totais em suspensão 
(PTSs), partículas inaláveis (MP10), partículas inaláveis finas (MP2,5) e fumaça (FMC). 
Sob a denominação geral de MP, se encontra um conjunto de poluentes constituídos 
de poeiras, fumaças e todo tipo de material sólido e líquido que se mantém suspenso 
na atmosfera por causa de seu pequeno tamanho. 
1.3 Poluição do ar 
O homem, ao longo dos anos, vem destruindo a natureza com a desculpa de que o 
progresso não pode ser contido e, com isso, a natureza vem pagando um preço alto, 
sendo utilizada das mais variadas formas, por meio de agressões, como por exemplo, 
queimadas, descarte de lixo, derrubada de florestas, etc. Além disso não podemos 
esquecer dos malefícios causados no próprio homem através dos problemas de saúde, 
especificamente os problemas respiratórios, que atualmente é um dos principais 
causadores de morte seja no Brasil e no mundo. 
Esses problemas respiratórios afetam, por exemplo, a produtividade de uma pessoa e 
que por conta disso, poderá ficar afastada do seu posto de trabalho até a sua 
reabilitação. Obviamente, a qualidade de vida das pessoas é bastante afetada, pois 
 
 
 
5 
 
muitas vezes essas doenças respiratórias podem se tornar crônicas ou até mesmo 
serem incuráveis. 
SAIBA MAIS 
O artigo disponibilizado retrata a problemática dos poluentes atmosféricos desde a 
época da Revolução Industrial até os dias atuais, sendo considerado, portanto, um mal 
secular que já matou milhares de pessoas no mundo inteiro. Outros detalhes 
importantes contidos no artigo são os efeitos da poluição na gestação, além dos 
efeitos dos poluentes em todo o sistema respiratório. 
Artigo de revisão: ARBEX, Marcos Abdo et al. A poluição do ar e o sistema 
respiratório. J. bras. pneumol., São Paulo, v. 38, n. 5, p. 643-655, out. 2012. Disponível 
em: <https://goo.gl/TwEYNz>. Acesso em: 6 dez. 2018. 
1.4 Fontes fixas e fontes móveis 
Com a ocupação desordenada da superfície da Terra, aliada a um grande 
desenvolvimento econômico e ao avanço tecnológico e industrial, chegamos a um 
grande desequilíbrio na biosfera. 
Os processos produtivos realizados pelas indústrias emitem poluentes, como, por 
exemplo, o enxofre, que é um dos componentes da chuva ácida, causadora de danos 
às florestas, às plantações e, consequentemente, ao homem, que consome alimentos 
contaminados. Nesse caso, as indústrias são consideradas fontes fixas, pois ocupam 
uma área relativamente limitada, permitindo uma avaliação direta na fonte. 
Diferentemente das fontes fixas, temos as fontes móveis, representadas pelos meios 
de transporte e que são as principais emissoras de NOx e CO e importantes emissoras 
de CO2 e de COVs, além de emitirem alguns poluentes específicos, como o chumbo. O 
problema é tão sério que foi criado o Programa de Controle da Poluição do Ar por 
Veículos Automotores (Proconve), que estabelece e atualiza todos os padrões para 
carros, ônibus e caminhões novos. 
1.5 Efeitos da poluição do ar 
São muitas as consequências negativas da poluição do ar. Como já foi falado 
anteriormente, a poluição atmosférica prejudica o sistema respiratório, causando ou 
até mesmo agravando diversas doenças crônicas. Já para o meio ambiente, os efeitos 
muitasvezes podem ser incalculáveis. O aquecimento global, efeito estufa e a 
destruição da camada de ozônio são exemplos de efeitos negativos da poluição do ar. 
Tomemos como exemplo o efeito estufa: alguns gases são responsáveis pela absorção 
da radiação terrestre, como o CO2, o metano (CH4), o O3, óxido nitroso (N2O) e os 
hidrocarbonetos clorofluorados (CFCs). O princípio é muito parecido com o de uma 
 
 
 
6 
 
estufa de vidro, que deixa passar a radiação solar que aquece a Terra e retém a 
radiação terrestre, ou seja, o aumento na concentração desses poluentes tem como 
uma das consequências o aumento da temperatura do ar, resultando no degelo das 
calotas polares e na subida do nível das águas dos oceanos. 
1.6 Atmosfera 
Após a Revolução Industrial, a poluição do ar tornou-se um sério problema para o meio 
ambiente e, consequentemente, para nossa sociedade. O uso de técnicas baseadas na 
queima de carvão, lenha e, posteriormente, óleo combustível resultou na perda 
gradativa da qualidade do ar nos grandes centros urbanos industriais, com danos à 
saúde de seus habitantes (MARQUES, 2012). 
A quantidade de poluentes na atmosfera é considerada atualmente um dos 
mais importantes indicadores ambientais para determinar as condições de 
saúde pública, devido à responsabilidade que tais contaminantes têm em 
muitas patologias respiratórias (GALVÃO et al., 1998, p. 48). 
 
Conclusão 
Chegamos ao fim da nossa primeira unidade intitulada “Atmosfera”. Nela, foi possível 
observar o quão importante são os gases que mantém a vida no planeta terra, seja ela 
a humana, a flora e a fauna. Também vimos como os poluentes atmosféricos podem 
afetar o equilíbrio do meio ambiente, seja através da liberação de material particulado, 
seja através de outros poluentes extremamente nocivos. Sabemos muitas vezes que a 
maioria dos poluentes liberados são frutos da ação antrópica, causados pelas fontes 
fixas e móveis. 
Por fim vimos que os efeitos da poluição do ar podem ser catastróficos, como é o caso 
do aquecimento global e do buraco da camada de ozônio. Ambos contribuem de forma 
negativa para o desequilíbrio ambiental e consequentemente, para degradação dos 
recursos naturais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
REFERÊNCIAS 
ASSUNÇÃO, J. V. Apostila do curso de seleção de equipamentos de controle da 
poluição do ar (vol. B). São Paulo: CETESB, 1987. 
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Fontes fixas. Brasília: Ministério do Meio 
Ambiente. Disponível em: <https://goo.gl/YnbXr4>. Acesso em: 4 set. 2018. 
ENTENDA a origem da atmosfera terrestre. Portal Educação. Disponível em: 
<https://goo.gl/vydwUS>. Acesso em: 3 set. 2018. 
GALVÃO et al. Indicadores de saúde e ambiente. Informe Epidemiológico do SUS, 
Brasília, ano VII, n. 2, p. 45-53, abr./jun. 1998. 
MARQUES, Alexandre. A degradação das Florestas Urbanas no Município de São 
Paulo devido à Expansão Urbana. EcoDebate, 8 mar. 2012. Disponível em: 
<https://goo.gl/ehSPF3>. Acesso em: 7 dez. 2018. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
2 TECNOLOGIAS DE CONTROLE DA POLUIÇÃO DO AR 
 
Segundo Werneck (2017), 
Tendo o Protocolo de Quioto como um marco na redução de emissão de 
poluentes atmosféricos, desde sua ratificação, diversos países assim como 
toda sociedade mundial vêm buscando cada vez mais instrumentos na luta 
por um meio ambiente saudável. O avanço na tecnologia limpa e 
sustentável de modo a reduzir as emissões de poluentes atmosféricos, é 
essencial para que continuemos no caminho do desenvolvimento afetando 
cada vez menos o meio ambiente. Este deve ser o objetivo comum dentre as 
nações. 
2.1 Controle – Medidas diretas e indiretas 
Por conta da alta produção atrelada ao consumo desenfreado das pessoas, a poluição 
atmosférica alcança ano após ano níveis alarmantes. Essa poluição atmosférica já foi 
observada desde o século XVIII, durante a Revolução Industrial e, desde então (com 
maior ênfase nos últimos 30 anos), o homem procura adotar medidas de controle para 
evitar o caos. 
Basicamente, as medidas indiretas ocorrem através da modificação das matérias- 
primas por outras que causam menos impacto ambiental, manutenção dos 
equipamentos etc., visando a prevenir o escape ou formação dos gases, sendo, 
geralmente, as chamadas “tecnologias limpas”. 
Segundo Lapa (2016), 
(...) a fim de se reduzir a quantidade de poluentes produzidos, é necessário 
tomar algumas providências. Entre elas, estão: operar os equipamentos 
dentro de suas capacidades nominais, realizar uma boa operação e 
manutenção dos equipamentos de produção, adequar o armazenamento de 
materiais pulverulentos, mudar os processos, equipamentos, operações e 
combustíveis. 
 
Já com relação às medidas diretas, as técnicas são submetidas a tratamento efetivo, 
por concentração dos poluentes na fonte, antes do lançamento na atmosfera. É 
importante observar que, quando estamos lidando com um contaminante tóxico cuja 
dispersão na atmosfera pode contaminar outras áreas de trabalho ou até mesmo a 
vizinhança, o sistema deve incluir um dispositivo de coleta, que deve estar localizado 
num ponto antes que o ar evacuado seja lançado na atmosfera. 
 
 
 
 
 
9 
 
2.2 Equipamentos de controle de material particulado 
Dando continuidade às medidas e controle da poluição do ar, percebemos que existe 
uma especificidade quando se trata de poluição atmosférica. O controle do material 
particulado, por exemplo, requer equipamentos específicos para que o mesmo não 
polua ainda mais o ambiente. 
De acordo com Schirmer e Lisboa (2007, p. 7), 
Os equipamentos de controle são classificados primeiramente em função do 
estado físico do poluente a ser considerado. Em seguida a classificação 
envolve diversos parâmetros como mecanismo de controle, uso ou não de 
água ou outro líquido, etc. 
 
Por conta disso, existe uma gama enorme de equipamentos de controle da poluição do 
ar. Em se tratando do controle de material particulado, podemos citar como exemplo 
os coletores secos, coletores gravitacionais, os ciclones, filtros de tecido (filtros-
manga), entre outros (SCHIRMER; LISBOA, 2007). 
Os coletores gravitacionais, por exemplo, são equipamentos de controle que utilizam a 
força gravitacional como mecanismo de coleta. Suas dimensões são suficientemente 
grandes onde a velocidade da corrente gasosa se reduz, fazendo com que as partículas 
em suspensão tenham tempo para se depositar. Possuem baixa eficiência para 
partículas menores que 40 μ, fazendo com que seu uso mais comum seja como pré-
coletor que retira o particulado grosso, diminuindo a sobrecarga do equipamento de 
controle final (SCHIRMER; LISBOA, 2007). 
2.3 Equipamentos de controle de gases e vapores 
Uma outra gama de poluentes atmosféricos, os gases e vapores, também necessitam 
de aparelhos especiais para que façam o seu total controle. Grandes indústrias que por 
muitas vezes também são grande fontes poluidoras, necessitam de equipamentos 
específicos, tais como absorvedores e adsorvedores como forma de controlar ou fazer 
com que diminua o lançamento de gases que por muitas vezes são tóxicos na 
atmosfera. 
Com relação aos equipamentos de controle de gases e vapores, podemos citar os 
absorvedores, adsorvedores e a incineração de gás como chama direta como 
equipamentos eficazes no tratamento e controle de gases e vapores. Mais 
especificamente, no controle de poluição do ar, a absorção envolve a remoção de um 
contaminante gasoso de uma corrente gasosa por sua dissolução em um líquido. A 
absorção é um processo de transferência de massa que se dá devido a uma diferença 
de concentração entre os meios presentes. Essa transferência ocorre até que continue 
havendo diferença de concentração nos meios envolvidos. Já a adsorção leva 
 
 
 
10 
 
significativa vantagem em relação aos incineradores de gases pela não necessidade de 
uso de combustível auxiliar, além de possibilitar a recuperação de solventes, quando 
se utiliza o processo regenerativo. Porfim temos a incineração que também pode ser 
utilizada para a oxidação de compostos inorgânicos, como, por exemplo, o gás 
sulfídrico (H2S), que é um gás de odor bastante desagradável, transformando-o em 
SO2 e vapor d’água. 
2.4 Equipamentos de coleta de material particulado - aerossóis 
O uso de aerossóis sempre foi condenado não só no Brasil como no mundo inteiro. 
Juntamente com o gás CFC, esses gases são tidos como vilões por destruírem a camada 
de ozônio da atmosfera, um gás tão precioso que filtra os raios ultravioletas, principal 
causador de câncer de pele, por exemplo. 
Hoje, o Brasil ocupa a terceira posição na América Latina entre os países que mais 
consomem produtos de latas de aerossol, e menos de 1% desse tipo de embalagem é 
reciclado. Um dos problemas de maior importância na emissão de contaminantes 
gasosos é a retenção de partículas que se originam de gases residuais, que são 
responsáveis por um alto número de fenômenos, dependendo da concentração e 
tempo de exposição. Para a meteorologia, as partículas possuem um comportamento 
semelhante ao dos núcleos de condensação, o que favorece a formação de neblinas, 
que modificam o microclima. Já na óptica sanitária, as partículas em suspensão são um 
grave perigo para pessoas com doenças bronquíticas crônicas. Fazendo uma análise 
para a vegetação, temos a obstrução dos estômatos e folhas, o que dificulta o 
desenvolvimento de muitas das atividades biológicas, como, por exemplo, a 
fotossíntese. Em suma, a retenção das partículas é um problema grave. 
Como exemplo de filtração de aerossóis, o uso de filtros rígidos cerâmicos já provou 
ser uma das melhores tecnologias na filtração de partículas na faixa submicrométrica. 
As resistências térmica, química e mecânica, além da altíssima eficiência de coleta 
parecem ser insuperáveis por qualquer outro equipamento de limpeza operando ao 
mesmo custo. 
SAIBA MAIS 
O artigo disponibilizado relata que a utilização de filtros cerâmicos para a filtração de 
aerossóis mostraram que a eficiência diminuiu com o aumento da temperatura. 
Artigo: Filtração de aerossóis em altas temperaturas utilizando filtros cerâmicos de 
dupla camada: influência do diâmetro de partícula na eficiência de coleta 
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/%0D/ce/v50n316/a1150316.pdf 
 
 
 
 
11 
 
2.5 Legislação 
Quando se trata de leis, o mundo inteiro está pautado em legislações que não 
permitem muitas brechas quando se trata de poluição do ar. Mesmo assim, é comum 
vermos em noticiários lugares que ainda sofrem com a poluição, principalmente as 
grandes metrópoles. Por conta disso, os riscos à saúde são imensos, e por muitas vezes 
uma grande quantidade de empresas são multadas por não conseguirem se adequar à 
legislação daquele determinado local. 
O Decreto Estadual n. 8.468/1976 estabeleceu os padrões de qualidade do ar estaduais 
em 1976. Já os padrões nacionais foram estabelecidos pelo Instituto Brasileiro de Meio 
Ambiente (Ibama) e aprovados pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), 
por meio da Resolução CONAMA n. 03/1990. Com o passar dos anos, os 
conhecimentos técnicos e científicos evoluíram, fazendo com que a União Europeia e 
os Estados Unidos revisassem suas referências, atualizando e incluindo os padrões. Em 
2005, a Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou os padrões de qualidade do ar, 
que oscilam de acordo com a abordagem adotada para equilibrar riscos à saúde, 
viabilidade técnica, considerações econômicas e vários outros fatores políticos e 
sociais. O estado de São Paulo iniciou um processo de revisão dos padrões de 
qualidade do ar em 2008. Os padrões foram baseados nas diretrizes estabelecidas pela 
OMS, com participação de representantes de diversos setores da sociedade. 
SAIBA MAIS 
O artigo disponibilizado estabelece os limites máximos de emissão de poluentes. O 
artigo considera para isso, entre outras coisas, os altos níveis de poluição atmosféricos 
já alcançados, principalmente nas regiões metropolitanas, e seus reflexos negativos 
sobre a saúde, o meio ambiente e a economia. 
Artigo: RESOLUÇÃO CONAMA n. 382, de 26 de dezembro de 2006. 
Disponível em: http://portal.mma.gob.cl/wp-content/uploads/2017/06/Resolucao-
CONAMA-No382.pdf 
2.6 Tecnologias de controle da poluição do ar 
Poluição atmosférica é qualquer emissão que resulte na alteração da atmosfera. Seus 
riscos e impactos para o meio ambiente e saúde humana podem ser fatais. A poluição 
atmosférica começou a ser percebida com o tempo assim que as pessoas passaram a 
viver em centros urbanos com grande densidade populacional. Pode-se dizer que foi 
mais ou menos a partir da Revolução Industrial, quando o carvão mineral começou a 
ser utilizado como fonte de energia (LAPA, 2016). 
 
 
 
12 
 
 Nossa sociedade é extremamente dependente da utilização de combustíveis fósseis e 
sua combustão incompleta libera carcinógenos humanos, como os hidrocarbonetos 
poliaromáticos, sendo a atmosfera o principal meio de transporte de contaminantes 
químicos nos grandes centros urbanos. Se olharmos em nossa volta, é notório que 
muita coisa mudou, muitas dessas tecnologias, por exemplo, de fato fizeram com que 
a qualidade do ar tenha mudado para melhor. O grande problema é que consumimos 
dia após dia cada vez mais, e esse consumo desenfreado faz com que o ambiente 
esteja cada vez mais tóxico e poluído. Romero (1998) reforça a ideia de que a poluição 
atmosférica é um dos problemas urbanos de maior complexidade. Por conta disso, 
foram necessários a criação de várias tecnologias/equipamentos de controle da 
poluição atmosférica, cada um com sua especificidade e sua relação com o tipo de 
poluente. 
Conclusão 
Chegamos ao fim da nossa primeira unidade intitulada “Tecnologias de Controle da 
Poluição do Ar”. Nela, foi possível observar a imensa gama de equipamentos de 
controle de controle e coleta, seja de material particulado, de controle de gases e 
vapores e até mesmo de aerossóis. A escolha do equipamento de controle de poluição 
do ar, que melhor cumprirá sua função de coleta, nem sempre é um problema de 
simples solução, tendo-se em vista o número de fatores intervenientes, mas de uma 
maneira geral, pode-se dizer que a escolha depende de fatores relativos às 
propriedades do contaminante, relativos às propriedades do gás carreador e relativos 
a aspectos econômicos e práticos. 
Por fim vimos um pouco sobre a legislação que rege e estabelece os limites máximos 
de emissão de poluentes atmosféricos para fontes fixas, Considerando, entre outras 
coisas, que o atendimento aos limites de emissões de poluentes atmosféricos objetiva 
minimizar os impactos sobre a qualidade do ar e, assim, proteger a saúde e o bem-
estar da população. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
REFERÊNCIAS 
Apostila do curso de Tecnologia de Controle de Poluição por Material Particulado. São 
Paulo, 1990. 
ASSUNÇÃO, J. V. Apostila do curso de Seleção de Equipamentos de Controle da 
Poluição do Ar (material didático auxiliar). São Paulo: Cetesb, 1986. 
ÁVILA, Cristina. Novas tecnologias diminuem poluição do ar. Ministério do Meio 
Ambiente, Brasília, 2011. Disponível em: <https://goo.gl/bTyK26>. Acesso em: 13 set. 
2018. 
LAPA, Reginaldo Pedreira. Medidas para controlar a poluição atmosférica. Segurança 
tem futuro, 1 set. 2016. Disponível em: <https://goo.gl/Hq3MBX>. Acesso em: 13 set. 
2018. 
 SCHIRMER, W. N.; LISBOA, Henrique de Melo. Controle da Poluição Atmosférica 
(Capítulo VII - Métodos de controle da poluição atmosférica) 2007 (Elaboração de 
Material Didático). 
WERNECK, Tatyanne de Mello Faria. A importância do controle de poluição 
atmosférica. Iusnatura, 7 jun. 2017. Disponível em: <https://goo.gl/NqBFs1>. Acesso 
em: 13 set. 2018. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
3 RESÍDUOS SÓLIDOS 
 
Talvez um dos grandes problemas que infelizmente nossa sociedade ainda não sabe 
gerir, é o problema do lixo ou resíduo sólido. Por dia, são descartados milhões de 
toneladasde resíduos que por não ter um tratamento adequado, acabam poluindo o 
solo, a água e até mesmo o ar. 
Resíduo sólido ou simplesmente "lixo" se refere a todo material sólido ou semissólido 
indesejável e que necessita ser removido por ter sido considerado sem serventia por 
quem o descarta em recipiente apropriado. Bem, no entanto, devemos nos atentar à 
característica que muitas pessoas impõe sobre o lixo, de inservível. Isso é relativo uma 
vez que, apesar de não apresentar nenhuma serventia para quem o descarta, para 
outro pode se tornar matéria-prima para um novo produto ou processo. Dessa forma, 
a temática do reaproveitamento do lixo é um convite à reflexão do próprio conceito 
clássico de resíduos sólidos. São resultantes da atividade humana e animal, 
normalmente sólidos, sem utilização ou indesejáveis pelo seu detentor, no entanto 
com capacidades de valorização (TAVARES, 2015). 
3.1 Definição e classificação dos resíduos sólidos 
Muitas pessoas se confundem ou muitas vezes não conseguem diferenciar, a diferença 
de lixo para resíduo sólido. Mas uma coisa é certa, seja uma definição ou outra, ambas 
degradam todos os anos os ecossistemas aquáticos e terrestres. O pior disso tudo, é 
que a concentração desse lixo (ou resíduo) vai aumentando constantemente, 
principalmente onde não existem lugares ou formas de disposição corretas. E o 
resultado todos nós sabemos: degradação ambiental. 
De acordo com o Dicionário Houaiss, "lixo é um objeto sem valor ou utilidade, ou 
restos de trabalhos domésticos, industriais etc. que se joga fora”. Já para a Associação 
Brasileira de Normas Técnicas – ABNT NBR 10.004– a definição de lixo seria "restos das 
atividades humanas, considerados pelos geradores como inúteis, indesejáveis ou 
descartáveis, podendo-se apresentar no estado sólido, semissólido ou líquido, desde 
que não seja passível de tratamento convencional”. Dentro desta definição se 
encontram os lodos advindos de sistemas de tratamento de água, os lodos produzidos 
em equipamentos e instalações de controle de poluição ou ainda, alguns tipos de 
líquidos, cujas características o tornem inviável para o lançamento na rede pública de 
esgoto ou corpo de água, ou que necessitem de soluções técnicas e economicamente 
inviáveis diante as técnicas disponíveis no mercado (CONCEITO). 
 
 
 
15 
 
Segundo o Manual de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos (2001), os autores 
de publicações sobre resíduos sólidos, normalmente, fazem uso indistintamente dos 
termos "lixo" e "resíduos sólidos". 
3.2 Classificação dos Resíduos 
A poluição das cidades, especialmente naquelas de industrialização recente, ou que 
tiveram crescimento rápido da população em razão da mudança dos sistemas 
produtivos do campo, é um problema que ganha espaço a olhos vistos. Os resíduos 
sólidos são responsáveis por uma grande variedade de gases estufa, desde gases 
carbono (como o monóxido de carbono, o dióxido de carbono e o metano), passando 
elementos causadores das chuvas ácidas, como o enxofre, por exemplo, até os 
perigosíssimos resíduos nucleares que ainda continuam sendo largados no ambiente 
sem tratamento em diversos países. Por conta disso, até para que haja um consenso 
entre as pessoas, existe a classificação dos resíduos. Essa classificação com relação às 
propriedades físicas (sólido, líquido e gasoso) permite muitas vezes identificar qual 
tipo de poluente e qual a melhor estratégia de minimizá-lo. Para esses acontecimentos 
temos a contribuição efetiva tanto dos resíduos domésticos e comerciais como dos 
resíduos industriais, e dos particulados decorrentes dos tratamentos de efluentes. 
3.3 Classificação dos Resíduos - composição química 
Os resíduos sólidos também podem ser classificados quanto a sua composição química 
em orgânicos e inorgânicos. Esse tipo de classificação, por exemplo, nos permite 
diferenciar e até mesmo acondicionar/dispor os resíduos de uma forma correta. 
Através do lixo orgânico, podemos produzir adubo através dos restos de alimentos 
deixados por uma pessoa. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, Os resíduos 
orgânicos representam metade dos resíduos sólidos urbanos gerados no Brasil e 
podem ser tratados em várias escalas, desde a escala doméstica, passando pela escala 
comunitária, institucional (de um grande gerador de resíduos), municipal até a escala 
industrial, para a produção de fertilizante orgânico. 
Já o lixo inorgânico, será todo aquele resíduo que não apresenta uma origem biológica, 
isto é, não deriva de um organismo vivo diretamente, a não ser que derive do meio 
industrial, ou é o resultado de algum processo não natural. Os produtos de tipo 
industrial como, por exemplo, as garrafas, os plásticos, entre outros, são um exemplo 
deste tipo de lixo. Além disso, o lixo inorgânico traz um grande problema ambiental, 
que é a sua grande quantidade gerada e a sua forma de disposição correta pequena. 
Com isso, a problemática dos resíduos sólidos parece não ter fim, pois cada vez mais se 
agravam os impactos ambientais. 
 
 
 
 
 
16 
 
3.4 Classificação dos Resíduos - toxicologia 
O processo produtivo, na grande maioria das vezes, tem como consequência a geração 
de resíduos que precisam de tratamento e destino adequados, uma vez que diversas 
substâncias bastante comuns nos resíduos industriais são tóxicas e algumas têm a 
capacidade de bioacumulação nos seres vivos, podendo entrar na cadeia alimentar e 
chegar até o homem. Esse é mais um dos variados tipos de efeitos que os resíduos 
podem causar. Repare que essa problemática não afeta somente nós seres humanos, 
mas como já foi falado anteriormente, afeta toda a fauna e flora. A realidade vivida 
pelo setor industrial no Brasil é bastante peculiar. Apesar de o gerador ser o 
responsável pelo destino de seus resíduos, a escassez de informações e de alternativas 
disponíveis para esse fim e a carência de pessoal especializado faz com que algumas 
indústrias dispensem pouca ou nenhuma atenção a tal responsabilidade. E o resultado 
disso tudo é catastrófico, pois cada vez mais as populações se adoecem e perdem 
significativa qualidade de vida. 
SAIBA MAIS 
O artigo disponibilizado ao aluno avaliou o potencial de toxicidade dos resíduos 
produzidos em indústrias de diferentes segmentos, analisando 21 amostras distintas. 
Artigo: Disposição em aterros controlados de resíduos sólidos industriais não inertes: 
avaliação dos componentes tóxicos e implicações para o ambiente e para a saúde 
humana. 
Disponível em: https://www.scielosp.org/pdf/csp/2003.v19n2/369-374/pt 
3.5 Riscos potenciais de contaminação do Meio Ambiente 
Todos sabem que um dos principais problemas dos resíduos sólidos é, entre outros, os 
riscos de contaminação do meio ambiente. Podemos elencar vários deles como O 
lançamento de efluentes não tratados em rios, lagos e córregos provocam um sério 
desequilíbrio no ecossistema aquático, consumindo o oxigênio em seu processo de 
decomposição, causando a mortalidade de peixes e plantas. Outro perigo ao meio 
ambiente é a poluição atmosférica, onde a emissão de gases tóxicos, partículas 
industriais, circulação de veículos e etc., gera situação crítica para a saúde da 
população. A poluição atmosférica pode provocar a formação de gases naturais na 
massa de lixo, pela decomposição dos resíduos com e sem a presença de oxigênio no 
meio. Isso sem contar com outros perigos considerados até mais graves, como o efeito 
estufa, a destruição da camada de ozônio e a chuva ácida. Todos esses citados 
anteriormente são grandes exemplos de fenômenos agravados principalmente por 
ações antropogênicas. É interessante lembrar que todos esses problemas citados têm 
solução, através de uma forma sustentável de pensar. Com práticas sustentáveis, é 
 
 
 
17 
 
possível reduzir os riscos e consequentemente diminuir o impacto ambiental que 
causamos no planeta. 
3.6 Resíduos sólidos 
Nas últimas décadas, o aumento da população e seus hábitos de consumo resultaram 
na elevação da produçãoindustrial e, por consequência, na maior geração de resíduos. 
O problema é quando descartados sem nenhum tratamento podem afetar o meio 
ambiente – o solo, a água e/ou o ar - e a saúde humana. 
A poluição do solo, por exemplo, pode alterar suas características físico-químicas, 
representando grave ameaça à saúde pública, ao tornar o ambiente propício ao 
desenvolvimento de transmissores de doenças. Essa deposição de resíduos perigosos 
no solo e nos vegetais prejudica a flora e fauna, além de ser responsável por reduzir a 
produção agrícola. Observe que infelizmente o impacto causado pelo homem é 
gigantesco, e por muitas vezes, além de culpados, somos os que mais sofremos com 
todo esse desequilíbrio ambiental, seja com a destruição dos ecossistemas, seja com o 
déficit da qualidade de vida. 
Conclusão 
Chegamos ao fim da nossa primeira unidade intitulada “Resíduos Sólidos”. Nela, foi 
possível observar desde o seu conceito, diferenciando do termo “lixo”, passando por 
suas diversas classificações. Foram caracterizados os resíduos de acordo com suas 
propriedades físicas, composição química e sua toxicologia. 
Além disso, estudamos a problemática dos resíduos, desde seus riscos de 
contaminação ao meio ambiente, até suas “fases”, como a fração gasosa, líquida e 
sólida. Vimos que a chuva ácida, o efeito estufa e até mesmo a destruição da camada 
de ozônio são os grandes vilões do meio ambiente, e que infelizmente o homem que 
os criou, contaminando e degradando cada vez mais nossos recursos naturais. 
REFERÊNCIAS 
MANCINI, S. D. Classes de Resíduos, 2013. Disponível em: 
http://www.sorocaba.unesp.br/Home/Graduacao/EngenhariaAmbiental/SandroD.Mancini/3-
classes.PDF. 
MANUAL DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS. Rio de Janeiro: IBAM, 
2001. 
SMA - SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE – Resíduos Sólidos, São Paulo, 2010. 
TAVARES, Naira. O Problema dos Resíduos Sólidos no Brasil. Recicloteca, 22 maio 2015. 
Disponível em: <https://goo.gl/4rhK19>. Acesso em: 14 set. 2018. 
CONCEITO de lixo inorgânico. QueConceito. Disponível em: <http://queconceito.com.br/lixo-
inorganico>. Acesso em: 14 set. 2018. 
 
 
 
18 
 
 
4 MEDIDAS DE ACONDICIONAMENTO 
 
Mas afinal, o que significa acondicionar os resíduos sólidos? Bem, trata-se do preparo 
desses materiais para a coleta, de forma a garantir condições sanitariamente 
adequadas e compatíveis com o tipo e a quantidade de resíduos. O grande problema 
hoje em dia talvez seja o desconhecimento por parte das pessoas que acondicionar o 
resíduo de forma correta facilita em muitos pontos o processo até o mesmo ser 
separado ou disposto em um aterro sanitário, por exemplo. 
Para garantir que os serviços de coleta e transporte de lixo ocorram de forma 
satisfatória, é necessário que o lixo seja armazenado em seus respectivos recipientes 
adequadamente e que os tenham dispostos no dia e local pré-estabelecidos pelo órgão 
responsável pela coleta. Isso nos mostra o quanto é importante a nossa ação de 
armazenar corretamente, visto que esta é a primeira etapa da longa jornada que o lixo 
irá percorrer. 
4.1 Medidas de controle 
Já sabemos que a disposição incorreta dos resíduos sólidos no solo resulta em vários 
problemas ambientais. Um deles é a poluição do solo, onde o chorume, que é o 
resultado da decomposição da matéria orgânica, se infiltra no solo podendo alcançar o 
lençol freático. As atividades humanas, cada dia mais intensas devido ao acentuado 
crescimento populacional, consumo desenfreado e desenvolvimento industrial, têm 
resultado na produção de resíduos, na forma de energia ou de matérias sólidas, 
líquidas ou gasosas, os quais são lançados no ambiente, causando a poluição. Todos 
estes, colaboram de forma clara e negativa para a destruição da biosfera. 
SAIBA MAIS 
O vídeo fala sobre a principal lei brasileira que se refere aos resíduos sólidos. A Política 
Nacional de Resíduos Sólidos estabeleceu um prazo de quatro anos para que todos os 
municípios acabassem com os lixões e aterros improvisados. Cinco anos se passaram e 
o país ainda está longe de atingir meta. Das 70 milhões de toneladas de resíduos 
coletadas no Brasil todos os anos, 42% não recebem a destinação e o tratamento 
corretos. Brasília é hoje um dos piores exemplos e abriga o maior lixão da América 
Latina. 
Vídeo: Resíduos Sólidos – Momento Ambiental 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=2mYSbkOXl5g 
 
 
 
 
19 
 
4.2 Medidas de coleta 
Depois de passarmos pela etapa de acondicionamento, o próximo passo a ser realizado 
é a coleta. A coleta tem como objetivo recolher o lixo, previamente acondicionado 
pelo gerador, para então enviá-lo a seu destino, que pode ser uma estação de 
transferência, uma estação de tratamento ou disposição final, para que dessa forma, 
evite impactos negativos à população. 
A coleta e transporte dos resíduos de pequenos geradores (residenciais e pequenos 
comércios, por exemplo) são, na maior parte das vezes, efetuados por meio do órgão 
responsável pela limpeza púbica do município. Já os resíduos dos “grandes geradores” 
(produtores de mais de 120 litros de lixo por dia) são coletados por meio de empresas 
particulares cadastradas na prefeitura, a cargo do gerador. 
Estes resíduos podem ser coletados por diversos tipos de veículos, uma vez que estes 
atendam às exigências estabelecidas pela legislação do município, podendo ser com ou 
sem compactação. 
O que pode se entender sobre as medidas de coleta, é que seja um pequeno, médio ou 
grande gerador, todos possuem responsabilidades nessa importante etapa pré-
armazenamento, onde, caso haja uma falha nesse processo, todos os demais serão 
prejudicados e consequentemente a disposição final desses resíduos será prejudicada, 
causando, por exemplo, uma contaminação ambiental. 
4.3 Medidas de armazenamento 
A importância do correto acondicionamento se dá, dentre alguns motivos, como por 
exemplo: evitar a ocorrência de acidentes, evitar a proliferação de vetores e, 
consequentemente, a propagação de doenças, minimizar o impacto negativo no visual 
e odor do ambiento no entorno e reduzir a diversidade de diferentes tipos de resíduos, 
facilitando o trabalho de coleta (caso haja coleta seletiva na cidade ou município). 
Todos sabem que infelizmente nem todas as pessoas seguem a regra, e muitas vezes a 
rotina de alguns lugares é a presença de algo que nos choca muito: os lixões ou pontos 
viciados, que receberam esse nome por conta do local de estar repleto de lixos 
provenientes de residências, comércio, construção civil, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
SAIBA MAIS 
Apesar de ser de conhecimento geral, os procedimentos para a correta armazenagem 
do lixo não são colocados em prática. Não precisamos ir muito longe para encontrar 
locais que passam a acumular lixo a céu aberto, trazendo consigo impactos negativos 
ao meio ambiente e a saúde pública além, de serem atrativos para animais como ratos, 
baratas, etc. O artigo trata especificamente sobre o armazenamento de resíduos 
sólidos perigosos. Nele, são abordados desde o armazenamento correto desses 
resíduos, passando pelos seus critérios de localização, isolamento, sinalização, 
treinamento, entre outros. 
Artigo: Armazenamento de resíduos sólidos perigosos 
Disponível em: https://wp.ufpel.edu.br/residuos/files/2014/04/nbr-12235-1992-
armazenamento-de-res%C3%ADduos-s%C3%B3lidos-perigosos.pdf 
4.4 Medidas de transporte 
Uma das etapas mais importantes de todo o processo apresentado nesse bloco de 
conhecimento, é o transporte do resíduo até a sua disposição final. Essa medida é 
necessária porque a partir dela o resíduo pode chegar a estações de triagem onde o 
mesmo será segregado e partirá para um outro local, como a reciclagem, por exemplo. 
A coleta e o transporte do resíduo domiciliar produzido em imóveis residenciais, em 
estabelecimentos públicos e no pequeno comércio são, em geral, efetuados pelo órgão 
municipal encarregado da limpeza urbana. Para esses serviços, podem ser usados 
recursospróprios da prefeitura, de empresas sob contrato de terceirização ou sistemas 
mistos, como o aluguel de viaturas e a utilização de mão de obra da prefeitura. O lixo 
dos estabelecimentos que produzem mais que 120 litros de lixo por dia deve ser 
coletado por empresas particulares, cadastradas e autorizadas pela prefeitura. A coleta 
do lixo domiciliar deve ser efetuada em cada imóvel, sempre nos mesmos dias e 
horários, regularmente. Somente assim os cidadãos habituar-se-ão e serão 
condicionados a colocar os recipientes ou embalagens do lixo nas calçadas, em frente 
aos imóveis, sempre nos dias e horários em que o veículo coletor irá passar (TEMBRA, 
2012). 
4.5 Disposição final e minimização de resíduos 
Você já parou para pensar se tudo aquilo que descartamos é realmente lixo? Segundo 
ABRELPE (2010), cada brasileiro produz em torno de 1,2 kg/resíduos/dia. 
Um dos grandes entraves do processo de acondicionamento dos resíduos é a sua 
disposição final. Embora existam várias formas de dispor o resíduo, o grande problema 
é ainda a quantidade gerada. E com relação a isso infelizmente isso só tem a piorar, 
 
 
 
21 
 
pois estudos indicam que a população mundial crescerá exponencialmente nos 
próximos anos. 
A região sudeste e nordeste, somadas, são responsáveis pela maior geração de 
resíduos no Brasil, em média 1,3 kg/habitante.dia. A região sul corresponde ao 
equivalente de 0,9 kg/habitante.dia (ABRELPE, 2010). 
Só a Região Metropolitana de São Paulo, com seus 19,7 milhões de habitantes é 
responsável pela produção estimada de 16.233 toneladas por dia ou quase seis 
milhões de toneladas por ano de resíduos sólidos domiciliares (BESEN, 2011). 
O que você gosta ou não está intrinsecamente ligado à insatisfação. Ao vermos um 
comercial na televisão de um produto no qual gostamos, ficamos insatisfeitos por não 
o tê-lo levando então ao consumo do mesmo para satisfazermos nossas vontades, 
gerando inclusive a satisfação de prazer. Tudo isso nos mostra que devemos nos 
atentar não apenas com o que fazer depois do consumo (destinação das embalagens, 
local e recipiente para descarte etc.), mas também com o que faremos antes mesmo 
de consumir (de onde vem este produto, como se torna disponível para consumo, 
quem o fabrica etc.). São através de reflexões como estas que nos despertam para o 
consumo responsável, visando minimizar os impactos negativos em nosso meio 
ambiente. 
4.6 Medidas de acondicionamento 
A etapa de acondicionamento inicia-se imediatamente após o resíduo sólido ser 
gerado. Este processo tem como objetivo principal preparar os resíduos de forma 
adequada para a coleta, porém como já sabemos, não são todos que contribuem nesse 
processo. Existe uma gama bastante variada de recipientes para o acondicionamento 
de resíduos sólidos. Normalmente são utilizados sacos plásticos, latas ou baldes, 
latões, caixas e contêineres. A escolha do recipiente mais adequado deve ser feita 
considerando-se as características do lixo, a quantidade gerada, a frequência da coleta, 
o tipo de edificação e o preço do recipiente. Com relação as características do lixo, já 
nos deparamos várias vezes em comércios em geral, lixeiras com cores que indicam 
qual tipo de resíduo poderá ser jogado naquele recipiente. 
A etapa de acondicionamento inicia-se imediatamente após a geração dos resíduos 
sólidos. Este processo tem como objetivo principal preparar os resíduos de forma 
adequada para a coleta. Existe uma gama bastante variada de recipientes para o 
acondicionamento de resíduos sólidos. Normalmente são utilizados sacos plásticos, 
latas ou baldes, latões, caixas e contêineres. A escolha do recipiente mais adequado 
deve ser feita considerando-se as características do lixo, a quantidade gerada, a 
frequência da coleta, o tipo de edificação e o preço do recipiente. 
 
 
 
22 
 
Os resíduos sólidos domiciliares normalmente são acondicionados em sacos plásticos 
ou em contêineres de plástico ou metal. Os sacos plásticos por exemplo, Os devem 
seguir algumas especificações regulamentadas pela norma NBR 9.190 da ABNT. A 
norma especifica a resistência, o volume (20, 30, 50 ou 100 litros) e a cor (exceto 
branco), entre outras características essenciais para a adequação dos sacos ao 
acondicionamento dos resíduos gerados nas residências (ACONDICIONAMENTO, 
2013). 
Conclusão 
Chegamos ao fim da nossa quarta unidade intitulada “Medidas de Acondicionamento”. 
Nessa unidade, foi possível observar as diversas medidas sejam elas de coleta, 
transporte, armazenamento/acondicionamento. 
Além disso, vimos a importância da disposição final e minimização de resíduos, 
sobretudo com os olhos da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010). O 
artigo 3º inciso VII trata, especificamente, da destinação de resíduos que inclui a 
reutilização, a reciclagem, a compostagem, entre outros. 
REFERÊNCIAS 
ABNT (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS). Resíduos Sólidos: 
classificação, NBR 10.004. Rio de Janeiro, 1987. 63p. 
BESEN, G. R. Coleta seletiva com inclusão de catadores: construção participativa de 
indicadores e índices de sustentabilidade. São Paulo, 2011. 275p. Tese (Doutorado) - 
Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo. 
ACONDICIONAMENTO - Preparando os Resíduos de Forma Adequada. Portal Educação, 
23 jan. 2013. Disponível em: < https://goo.gl/MKy1ib>. Acesso em: 24 set. 2018. 
TEMBRA, Nelson. O transporte adequado de resíduos sólidos. Disponível em: 
<https://goo.gl/HwKPuE>. Acesso em: 24 set. 2018. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
5 TECNOLOGIAS DE TRATAMENTO 
 
Da mesma forma que causamos um grande impacto ambiental na geração de resíduos, 
de alguns anos para cá, também estamos sabendo lidar com as formas de tratá-lo. 
Através das tecnologias de tratamento, o home pouco a pouco procura diminuir sua 
pegada ecológica negativa, e desta forma, aplicar o conceito de desenvolvimento 
sustentável. 
O que observamos hoje, no Brasil, é que a maior parte da gestão dos resíduos sólidos 
urbanos, em municípios de pequeno e de médio porte, é realizada pelos órgãos 
municipais. Nos grandes municípios nota-se a tendência de concessão à iniciativa 
privada dos serviços de coleta e destinação. A privatização do setor está gerando a 
expectativa de um ingresso expressivo e crescente de capital privado. 
Com isso, há a perspectiva do surgimento de novos projetos para tratamento de 
resíduos sólidos urbanos que abrangem outras tecnologias, que não o aterramento, 
ainda não existentes em escala industrial no Brasil. 
5.1 Compostagem 
Uma das tecnologias mais conhecidas é a técnica de compostagem. Quem nunca já viu 
uma pessoa de mais idade juntando os resíduos de matéria orgânica para colocar em 
sua composteira, para que depois de alguns dias, possa se tornar em um bom adubo 
para as suas plantas. 
Compostagem é o processo biológico de decomposição da matéria orgânica contida 
em restos advindos de origem animal e vegetal, transformando-a em um material 
denominado composto (semelhante ao solo), utilizado como adubo durante plantio. 
Uma grande vantagem da compostagem é poder dar uma finalidade adequada para 
mais de 50% do lixo doméstico, ao mesmo tempo em que melhora a estrutura e aduba 
o solo, gera redução de herbicidas e pesticidas devido a presença de fungicidas 
naturais e microrganismos, e aumenta a retenção de água pelo solo, além de não 
requerer conhecimentos muito específicos para sua elaboração. 
5.2 Biodigestão 
Uma outra tecnologia de tratamento bastante conhecida é a biodigestão. O processo 
no qual será explicado a seguir, requer pouca utilização de humanos, uma vez que 
bactérias realizam todo o processo, gerando um gás altamente poluidor, mas que se 
aplicado de forma correta, pode trazer e gerar benefícios. 
 
 
 
24 
 
A biodigestão ou também denominada de fermentação anaeróbica é um método de 
reciclagem de resíduos, que tem como princípio a produção de gás combustível e 
adubos, a partir de compostos orgânicos (geralmenteexcrementos de animais, restos 
de frutas e vegetais). Ela é realizada por bactérias que se encontram livres na natureza 
e pode ser considerada uma alternativa energética renovável e principalmente uma 
forma de eliminação dos resíduos orgânicos urbanos. Dentro do aparelho, esses 
detritos entram em decomposição pela ação de bactérias anaeróbicas (que não 
dependem de oxigênio). 
Durante o processo, todo o material orgânico acaba convertido em gás metano, que é 
utilizado como combustível em fogões de cozinha ou geradores de energia elétrica. No 
caso de uma granja, por exemplo, o gás gerado pelas fezes das galinhas é usado para 
aquecer os ovos nas incubadoras. O resíduo sólido que sobra no biodigestor também 
pode ser aproveitado como fertilizante (MUNDO ESTRANHO, 2011). 
SAIBA MAIS 
Os biodigestores são equipamentos de fabricação relativamente simples, que 
possibilitam o reaproveitamento de detritos para gerar gás e adubo, também 
chamados de biogás e biofertilizantes. O biodigestor geralmente é alimentado com 
restos de alimentos e fezes de animais, acrescidos de água. O vídeo relata como a 
construção de biodigestores beneficiou uma comunidade em uma cidade do nordeste, 
trazendo principalmente economia para os moradores. 
Vídeo: Biodigestor: Um jeito inteligente de cuidar do meio ambiente 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=v3D8BP8l_L0 
5.3 Biorremediação 
Já pensou em descontaminar um lugar contaminado de petróleo utilizando bactérias? 
Sim, isso é possível através da técnica de biorremediação. Esse processo é baseado na 
redução do contaminante através de organismos vivos, tais como plantas, fungos e 
outros microrganismos, como as bactérias, promovendo a remediação no ambiente. 
Fazendo uso de processos biodegradáveis para tratamento de resíduos, este processo 
é capaz de regenerar o equilíbrio do ecossistema original. O processo de 
Biorremediação se baseia na redução ou do contaminante através de organismos 
vivos, tais como plantas, fungos e outros microrganismos, promovendo a remediação 
no ambiente. Fazendo uso de processos biodegradáveis para tratamento de resíduos, 
este processo é capaz de regenerar o equilíbrio do ecossistema original. 
Especificamente, a biorremediação atua através da introdução de processos biológicos 
adicionais para a decomposição dos resíduos que favorecem e incrementam a 
velocidade do processo natural de degradação. 
 
 
 
25 
 
Ela pode ser empregada para atacar contaminantes específicos no solo e águas 
subterrâneas, como por exemplo, a degradação de hidrocarbonetos do petróleo (como 
já foi citado anteriormente) e compostos orgânicos clorados pelos microrganismos 
aplicados. Um exemplo mais geral e de grande aplicação é a remediação de um 
ambiente com derramamentos do óleo, através da adição dos fertilizantes de nitrato 
ou de sulfato para facilitar a decomposição do óleo pelas bactérias presentes no meio. 
Uma outra forma de biorremediar é através do uso de plantas, onde suas raízes, por 
exemplo, conseguem tratar a água contaminada. Para isso, é claro, é necessário um 
estudo mais aprofundado sobre o tipo de contaminante para então estabelecer qual 
planta será utilizada. 
5.4 Solidificação 
A estabilização por solidificação (E/S) é uma técnica de tratamento de resíduos que faz 
uso do conhecimento das respostas ambientais e estruturais, em função da destinação 
preconizada. Tais respostas são obtidas basicamente pelo estudo das propriedades 
mecânicas e químicas do resíduo e pela simulação e modelagem, visando à 
extrapolação dos dados para longo prazo. Portanto, é um tratamento específico, mas 
que funciona muito bem quando se obtém dados prévios com relação ao tipo de 
poluente. 
SAIBA MAIS 
Na E/S, os contaminantes ficam retidos em numa matriz sólida e, portanto, é limitada 
seja pela diminuição da área de superfície exposta ao meio ambiente e/ou pelo 
isolamento dos contaminantes da influência do meio externo por partículas presentes 
no resíduo. Nesse artigo, os autores fazem uma avaliação da técnica de solidificação no 
tratamento de resíduos têxteis. O material utilizado para s/e, além de solidificar o 
resíduo perigoso por meios químicos, insolubiliza, imobiliza, encapsula, destrói ou 
interage com os componentes do resíduo utilizado. 
Artigo: Avaliação da técnica de solidificação/estabilização no tratamento de resíduo 
têxtil - produção de bloco cerâmico de vedação 
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ce/v55n336/11.pdf 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
5.5 Landfarming 
Uma técnica um pouco mais específica, porém de grande eficácia é a técnica que 
chamamos de Landfarming. Essa técnica consiste na degradação biológica de resíduos 
em uma camada superior de solo, periodicamente revolvida para haver aeração. Este 
processo foi desenvolvido há mais de 20 anos objetivando o tratamento de resíduos e 
derivados petroquímicos, mas atualmente vem sendo aplicado no tratamento de lodos 
de esgotos domésticos, e resíduos perigosos de indústrias químicas. 
Esta técnica está baseada na aplicação do resíduo misturado à camada reativa do solo, 
de forma controlada, de modo que a própria microbiota do solo atue como agente de 
degradação. 
5.6 Tecnologias de tratamento 
Resíduos sólidos, como já foi falado, é um dos maiores problemas enfrentados na 
atualidade. A falta de conscientização das pessoas e a escassez de profissionais 
especializados na área intensificam esse grande problema. A consequência do 
inadequado tratamento dos resíduos traz a degradação ambiental, seja do solo, água e 
ar. Por outro lado, para os profissionais que têm a visão holística do segmento, o 
mercado é promissor e está cada vez mais aquecido, até porque o problema 
infelizmente está longe do fim. 
A busca por soluções na área dos resíduos é crescente. Você mesmo percebeu ao 
longo dos blocos de aprendizado que a preocupação com esse tema é bastante 
recorrente. O tratamento de resíduos sólidos consiste em um conjunto de métodos, 
operações e uso de tecnologias apropriadas, aplicáveis aos resíduos, desde sua 
produção até o destino final, com o objetivo de mitigar o impacto negativo sobre a 
saúde humana e o meio ambiente e transformá-los em um fator de geração de renda 
como a produção de matéria prima secundária. Dessa forma podemos denominar de 
tratamento de resíduos as várias tecnologias existentes. 
Conclusão 
Chegamos ao fim da nossa quarta unidade intitulada “Tecnologias de Tratamento”. 
Nessa unidade foi possível observar as diversas tecnologias existentes no que diz 
respeito ao tratamento dos resíduos sólidos. Vimos por exemplo, que microrganismos 
como bactérias, auxiliam ativamente no processo de tratamento, como é o caso da 
biorremediação. 
Com o fim desta unidade, foi possível identificar que se gerenciado de forma 
adequada, os resíduos adquirem valor comercial, desta forma podem ser introduzidos 
no mercado como matéria-prima para geração de novos produtos. Além disso, trará 
resultados satisfatórios no âmbito social, ambiental e econômico. 
 
 
 
 
27 
 
REFERÊNCIAS 
ANDRADE, R. O. B. de; TACHIZAWA, T. Gestão Socioambiental: estratégias na nova era 
da sustentabilidade. São Paulo: Editora Campus, 2010. 
BRAGA, B. et al. Introdução à Engenharia Ambiental. São Paulo: Prenctice Hall, 2002. 
 LEME, P.S.; MARTINS, J.L.G.; BRANDAO, D. Guia prático para minimização e 
gerenciamento de resíduos - USP São Carlos, 2012. 80 p. 
O que são biodigestores. Mundo Estranho, 18 abr. 2011. Disponível em: 
<https://goo.gl/riE9JD>. Acesso em: 25 set. 2018. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
6 ATERROS SANITÁRIOS 
 
Embora haja outras formas de disposição de resíduos, historicamente o aterro é o 
método mais comum de eliminação de resíduos organizados e permanece assim em 
muitos lugares ao redor do mundo, portanto, não sendo uma exclusividade do nosso 
país. Em termos mais técnicos, o aterro sanitário é uma técnica de disposição de 
resíduos sólidos urbanos no solo, sem causardanos à saúde pública e à sua segurança, 
minimizando os impactos ambientais, método este que utiliza princípios de engenharia 
para confinar os resíduos sólidos à menor área possível e reduzi-los ao menor volume 
permissível, cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão de cada jornada de 
trabalho, ou a intervalos menores, se necessário. Ainda existem alguns problemas a 
serem enfrentados, como a área inicial para construção ser muito grande e a sua vida 
útil, porém continua sendo uma das formas mais utilizadas. 
6.1 Tipos de aterros 
Existem alguns tipos de aterros que se diferenciar pelas suas particularidades. Um 
aterro controlado, embora o nome possa remeter a uma pequena confusão, não é tão 
eficaz frente a um aterro sanitário, por exemplo. Nesse tipo de aterro, muitas vezes 
não há uma proteção na qual o chorume seja retido e não alcance os lençóis freáticos. 
Já em um aterro sanitário o lixo é depositado em local impermeabilizado por uma base 
de argila e lona plástica, o que impede o vazamento de chorume para o subsolo. 
Diariamente, o lixo é aterrado com equipamentos específicos para este fim. Existem, 
também, tubulações que captam o metano, gás liberado pela decomposição de 
matéria orgânica e que pode ser usado para geração de energia e venda de créditos de 
carbono. Já em um aterro controlado existe a cobertura diária do lixo com terra, 
evitando mal cheiro e proliferação de insetos e animais, mas a capacidade de impedir a 
contaminação do solo e águas subterrâneas não é garantida. 
6.2 Dimensionamento de taludes 
A construção de aterro sanitário não é algo tão simples como se deve imaginar. 
Diferentemente de ser apenas uma grande área onde se deposita o lixo e depois se 
cobre com terra, o aterro precisa de um planejamento técnico e até mesmo um estudo 
mais aprofundado para a sua construção. 
Você saberia me responder o que é um talude? É simples! Talude é uma dada 
superfície exposta que faz um dado ângulo α com a horizontal. Um exemplo de talude 
são as superfícies de um aterro sanitário. Para calcularmos a estabilidade dos taludes, 
por exemplo, devemos determinar o ângulo de inclinação sob o qual, nas condições 
peculiares do talude, e, levando em consideração a influência de pressões neutras 
 
 
 
29 
 
provenientes da percolação da água no solo, adensamento ou deformações de 
cisalhamento, o talude mantém-se em equilíbrio plástico. 
SAIBA MAIS 
O artigo em questão relata o uso de um método mais analítico para o 
dimensionamento de taludes frente o grande número de procedimentos, sobretudo 
convencionais para o dimensionamento de estruturas de solo reforçado. 
Artigo: Método de análise de taludes reforçados sob condições de trabalho. 
Disponível em: http://www.coripa.com.ar/view/uploads/articles/article_file-359.PDF 
6.3 Células e impermeabilização 
Como citado anteriormente, para a construção de um aterro sanitário vários fatores 
são levados em consideração. Um dos grandes cuidados que um aterro sanitário 
precisa ter é com relação a sua impermeabilização, pois caso ocorra a contaminação 
do solo, os problemas ganham em magnitude. Embora planejado a partir de uma série 
de critérios técnicos, muitos problemas são constatados em aterros sanitários: 
liberação de gases causadores de efeito estufa (metano), problemas na drenagem de 
lixiviado, instabilidade geotécnica, cobertura insuficiente de solo, recalque excessivo, 
erosão do solo de cobertura, escorregamentos de resíduos, dentre outros. Um 
problema de grande impacto ambiental é o vazamento de lixiviado para o aquífero, 
devido à perfuração ou instalação incorreta de geomembrana (sistema de 
impermeabilização). Em muitos casos, este problema é detectado após o fechamento 
da área, essencialmente por meio de poços, mas que não detectam o ponto de 
vazamento (HELENE; MOREIRA, 2017). 
A base do aterro deve ser impermeabilizada com material adequado, que impossibilite 
a passagem do chorume (líquido resultante da decomposição da matéria orgânica 
realizada por bactérias), ou percolado para o solo e subsolo. Geralmente são usadas 
diferentes camadas de argila, solo compactado e/ou material sintético especial. 
Os resíduos depositados são em muitos casos separados em camadas ou células, 
revestidas por cobertura selante de solo ou argila. 
6.4 Sistemas de drenagem, coleta do chorume e de gases 
Após dimensionar o tamanho dos taludes, se preocupar com a impermeabilização do 
solo, é hora de criar sistemas de drenagem, coleta do chorume e de gases. Um sistema 
de drenagem eficiente evitará a desestabilização do aterro e o risco de colapso futuro. 
Para tanto, podem ser utilizados tubos de concreto perfurados, valas com pedra 
amarroada e/ou brita e com termoplásticos como o PVC e o PEAD perfurados, rígidos 
ou flexíveis. É importante que o sistema de drenos esteja protegido por geotêxtil para 
 
 
 
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evitar a colmatação e, consequentemente, perda de eficiência. Para garantir uma 
maior eficiência na drenagem dos gases e líquidos do aterro, os drenos horizontais 
contendo o percolado e os verticais com os gases devem estar interligados. 
Além do chorume, a decomposição do lixo nos aterros sanitários produz gases que são 
liberados ao meio ambiente, tais como o gás carbônico (CO2) e o metano (CH4), que é 
inflamável. Há casos em que os gases podem vir se infiltrar no subsolo, atingindo as 
redes de esgoto, fossas, etc. podendo causar um acidente, uma vez que o metano 
pode formar uma mistura explosiva com o ar. Muitos aterros atualmente, além de 
tratar o chorume, utilização o gás metano em benefício próprio, como por exemplo, na 
geração de energia para o próprio aterro em questão. 
SAIBA MAIS 
O vídeo trata da problemática dos aterros sanitários irregulares. Retrata o problema de 
se jogar o lixo de forma inadequada e por conta disso, a contaminação do lençol 
freático devido o chorume 
Vídeo: Desafios do Lixo: “Chorume” o líquido que verte do lixo recebe o tratamento 
adequado 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=JHhYPyUpfZs 
6.5 Gerenciamento de Resíduos e Legislação aplicada 
Mais uma vez a questão legal existe ao se tratar de resíduos sólidos. A legislação com 
relação a esses tipos de resíduos é bastante recente, visto todo o impacto que o 
homem já causou e ainda causa na natureza. O desenvolvimento e implantação de um 
Plano de Gerenciamento de Resíduos (PGR) é fundamental para qualquer 
estabelecimento que deseja maximizar as oportunidades e reduzir custos e riscos 
associados à gestão de resíduos sólidos, além de transmitir uma imagem positiva à 
sociedade. 
O preceito envolvido na implantação PGR não difere de outros sistemas de gestão 
existentes. O PGR deve garantir que todos os possíveis resíduos gerados no processo 
serão gerenciados de forma adequada e segura, desde a geração até a destinação 
final. O sucesso nas ações implica que estas estejam fundamentadas na teoria dos 3Rs, 
teoria esta que prioriza a redução da geração na fonte, a reutilização e a reciclagem, 
podendo vir a ser o principal objetivo do PGR. Além de tudo que foi mencionado, vale 
ressaltar a importância da conscientização das pessoas a fim de se obter um 
desenvolvimento sustentável, e com isso, alcançar a sustentabilidade. 
 
 
 
 
31 
 
6.6 Aterros sanitários 
Embora todos saibam todo lixo produzido por nós polui e muito o meio ambiente, seja 
o solo que cultivamos, a água que bebemos ou o ar que respiramos. O grande 
problema é que nem todos os municípios brasileiros contam, por exemplo, com 
aterros sanitários. Muitas das vezes, o lixo é lançado em local a céu aberto, sem 
proteção alguma, trazendo inúmeros perigos principalmente a população, pois lixões a 
céu aberto possuem vetores que causam diversas doenças. 
Os resíduos da atividade humana vêm se acumulando e degradando o ambiente 
natural, o que faz com que os recursos fiquem mais escassos e consequentemente 
mais caros (LAY-ANG). 
Conclusão 
Chegamos ao fim da nossa quarta unidade intitulada “Aterros Sanitários”.Nessa 
unidade foi possível observar os diversos tipos de aterros, desde o processo de 
impermeabilização, sistemas de coleta do chorume, de gases etc. 
Com o fim desta unidade, foi possível identificar a problemática existente quando se 
fala em aterros sanitários, principalmente porque a maioria da população não se 
preocupa com a quantidade de material descartável que gera e continua a utilizar mais 
do que a reciclar, como sacos plásticos, metais, eletrônicos, e que com o advento da 
modernidade se tornam rapidamente defasados. 
REFERÊNCIAS 
BRAGA, B. et al. Introdução à Engenharia Ambiental. São Paulo: Prenctice Hall, 2002. 
 CARMO JUNIOR, G. N da R. Aterro Sanitário, [s.d]. Disponível em: 
<http://www.engenhariaambiental.unir.br/admin/prof/arq/Res%20Solidos%20_Aula%
209.pdf>. 
IPT - INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO. Lixo 
Municipal: manual de gerenciamento integrado. São Paulo: IPT/CEMPRE. 1995. 278p. 
HELENE, L. P. I. ; MOREIRA, C. A. . Falha em sistema de impermeabilização de aterro 
sanitário caracterizado por métodos geofísicos. In: V Simpósio sobre Resíduos Sólidos, 
2017, São Carlos. Anais do 5º Simpósio sobre Resíduos Sólidos, 2017. Disponível em: 
<https://goo.gl/WD3zx7>. Acesso em: 6 set. 2018. 
LAY-ANG, Giorgia. Aterro sanitário. Brasil Escola. Disponível em: 
<https://goo.gl/6ggkww>. Acesso em: 6 set. 2018.

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