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Aborto (sangramento 1a metade gestação)

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Aborto 
Natalia fortuny – medicina uam TXII 
Introdução 
• Hemorragia obstétrica é a principal causa 
de mortalidade materna no mundo 
• Elevada morbimortalidade perinatal 
 
Conceitos 
• Interrupção da gestação antes de 20 
semanas ou feto pesando < 500g 
• Evento espontâneo ou provocado 
Epidemiologia 
• Complicação mais frequente da 
gravidez, principalmente no 1º 
trimestre (< 12 semanas) 
• 20% das pacientes abortam 
• O risco de abortamento subsequente 
é maior após algumas interrupções. 
Anomalia cromossômica: 
• Etiologia mais associada 
• 61,5% dos casos no 1º trimestre 
• Fatores associados: tabagismo, drogas e 
álcool 
• Comum em mulheres mais velhas 
Manifestações Clínicas 
• Ameaça de abortamento: presença 
de sangramento antes de 22 semanas 
• Inevitável: o colo uterino está dilatado, 
mas o concepto não foi eliminado 
• Completo: todo o concepto foi 
eliminado, sem a necessidade de 
intervenção médica 
• Incompleto: alguma parte do 
concepto foi eliminada, mas não 
totalmente 
• Retido: o concepto já está morto, 
porém não houve a sua expulsão; ou 
• Infectado: abortamento complicado 
com infecção intrauterina 
(geralmente um aborto incompleto) 
 
Diagnóstico 
Clínico: 
 
• Perda de feto e restos ovulares com o 
sangramento 
• Fraqueza, tonturas, sudorese e perda de 
consciência 
• Dor abdominal contínua 
• Sangramento de odor fétido 
• Calafrios, febre 
Exame físico: 
Geral (sinais vitais): 
• Se perda de grande volume sanguíneo → 
choque hipovolêmico (palidez; 
taquicardia; hipotensão; agitação; torpor) 
• Se infecção → hipertermia, taquipneia, dor 
à palpação uterina e sinal de blumberg + 
É um sinal semiológico caracterizado por dor à 
descompressão brusca da parede abdominal no 
ponto apendicular, mais conhecido como ponto 
de McBurney 
Abdominal e pélvico: 
• Realizar o exame do abdômen 
• Realizar o exame especular 
• Realizar toque vaginal bidigital e bimanual 
Exames complementares: 
Teste de gravidez: 
• Torna-se positivo após 10 dias da 
concepção, 
• Pode ser negativo em abortos retidos. 
Hemograma: 
• Análise da estimativa de perda sanguínea; 
• Infecção 
• Plaquetas: indicação de coagulopatia 
presente em abortos infectados e retidos 
Tipo sanguíneo e triagem de anticorpos: 
• Testes obrigatórios 
• Chances de necessidade de transfusão 
sanguínea são altas 
Obs: 
Coagulograma. 
Exames de imagem: 
• US pélvica (analise da vitalidade fetal) 
• RX de abdômen (suspeita corpo estranho 
intrauterino e perfuração uterina ou 
intestinal) 
• TC (análise de complicações, auxílio do 
US) 
Tratamento 
• Individualizado 
• Grandes sangramentos, sepse e choque → 
medidas iniciais de suporte a vida 
Ameaça de aborto: 
• Tratamento domiciliar se houver fácil 
acesso ao hospital 
• Orientação repouso físico e sexual 
• Evitar o uso de absorventes internos 
• Aumentar ingesta hídrica 
• Antiespasmódicos via oral 
• Orientar retorno se: piora da dor, aumento 
de sangramento ou febre 
• Manter seguimento pré-natal 
Aborto completo: 
• Ausência de conteúdo na cavidade 
uterina pelo exame ecográfico 
Aborto inevitável ou incompleto: 
• Internação 
• Correção de hipovolemia e anemia 
 
Aborto retido: 
• 50-60% das mulheres não precisam de 
intervenção em um período de 2 semanas 
• Até 9 semanas: misoprostol via vaginal 
((800μg, até 3 doses, de 4/4horas) 
consegue expelir o concepto 
• 9-13 semanas: misoprostol (utiliza-se 400μg, 
3 a 4 horas antes) utilizado para preparar o 
colo para o procedimento (AMIU ou 
curetagem) 
A AMIU consiste na aspiração do conteúdo uterino 
através de uma seringa a vácuo. 
Aborto infectado: 
• Esvaziamento uterino + antibioticoterapia 
• Associação da ampicilina (1g IV, de 
4/4horas) e gentamicina (1,5mg/kg, de 
8/8horas). 
• Se não houver resposta até 48h do início 
da terapia, acrescentar Clindamicina (800- 
900mg IV, de 8/8horas) ou Metronidazol 
(1g IV, de 12/12horas). 
• Deve-se manter terapia endovenosa por 
48h após o último pico febril. Após isso, 
iniciar Doxiciclina 100mg, via oral, 2x ao 
dia, por 10-14 dias. 
• A laparotomia exploratória, com 
possibilidade de histerectomia, é 
reservada para situações mais graves 
como: massas anexiais, perfuração ou 
gangrena uterina, sepse ou na falha das 
medidas clínicas usuais. 
Abortamento Habitual 
• Abortamento recorrente 
• 2 ou mais interrupções sucessivas na 
gestação 
• 3% das mulheres em idade fértil 
• Causas: alterações anatômicas; 
endócrinas; autoimunes; trombofílicas 
• Causa mais importante: insuficiência 
cervical (colo não se mantém 
fechado e é incapaz de conter o feto 
até o fim da gestação)

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