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4 Modos como a inteligência artificial pode ser usada de forma negativa

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4 Modos como a inteligência artificial
pode ser usada para cometer crimes
Uma das grandes preocupações atuais são as consequências futuras do desenvolvimento
da inteligência artificial. Não por acaso, muitos governos estão discutindo esse assunto e
formando comitês para debater sobre a segurança desta tecnologia.
O fato é que os seres humanos já usam ferramentas de IA há bastante tempo, mesmo que
nem sempre saibam disso. O que ocorre agora é um boom de softwares de inteligência
artificial de uso mais visível, como aplicativos que criam textos e imagens.
E se tudo isso pode ter efeitos na vida prática, é bom lembrar que essas ferramentas estão
abertas a todos — inclusive os criminosos. Neste texto, compartilhamos 4 formas em que a
IA pode ser usada para aperfeiçoar as atividades ilícitas.
1. Aperfeiçoamento do phishing
O phishing é um dos crimes da internet mais efetivos. Ele envolve mandar e-mails,
mensagens de texto ou inbox para fazer com que as pessoas respondam mandando
informações pessoais. Simplesmente, o golpista joga a "isca" e espera que alguém pegue.
Algumas ferramentas de produção de texto, como o ChatGPT, podem significar uma
otimização deste crime, permitindo que golpistas pouco experientes gerem mensagens mais
eficazes, por exemplo. Isto porque uma das formas de identificar um golpe é ver que a
mensagem é mal escrita. Por isso, há bastante risco de que as ferramentas de IA ajudem a
criar contatos mais críveis e plausíveis para capturar as vítimas.
2. Interações mantidas por inteligência artificial
Os chatbots são ferramentas automatizadas que mantêm conversas com usuários, como os
clientes de uma loja. Eles são usados para tentar agilizar a comunicação e trazer eficiência
para as empresas.
Elas funcionam por meio de algoritmos de IA, que também podem ser usadas por
criminosos que, dessa forma, conseguem ampliar o escopo de seus golpes, atingindo mais
gente do que seria possível se fossem manejados apenas por humanos. Essas ferramentas
podem, por exemplo, se passar por serviços de banco, na tentativa de obter informações
das vítimas no intuito de pegar dados e dinheiro.
3. Deepfakes
Talvez aqui tenhamos a consequência mais perigosa da inteligência artificial. O termo
deepfake — que junta os termos deep learning (aprendizagem profunda em inglês) e fake
(que quer dizer falso) — consiste no uso de técnicas de inteligência artificial para emular a
figura de uma pessoa falando algo que ela nunca falou, gerando vídeos e áudios falsos.
Já há tecnologia no mercado capaz de produzir esse conteúdo de forma relativamente
acessível. Mas isso pode ter consequências terríveis. Pense, por exemplo, no caso de
alguém produzir um vídeo pornô falso e usar isso para chantagear alguma pessoa.
Mas há usos criminosos mais cotidianos, como utilizar a IA para imitar a maneira como
alguém responde um email, manda mensagens de texto, ou produzir mensagens de voz
que soam igual a algum familiar seu. Isso pode ter consequências terríveis em golpes como
o do falso sequestro.
E como as tecnologias conseguem emular o jeito que falamos ou o nosso rosto? A resposta
é bem simples: pense na quantidade de conteúdos seus que você compartilha (como
vídeos, fotos) em redes sociais abertas em que qualquer um pode ir lá e salvar, para depois
usar na IA para aprender exatamente o seu jeito. É realmente assustador.
4. Brute force: forçando a entrada nas redes
Há um tipo de crime chamado de brute force (em português, força bruta), que descreve um
tipo de ataque que ocorre quando se tenta entrar à força em algum sistema, como um site,
um servidor ou um aplicativo. A técnica envolve tentar sucessivamente acertar uma
combinação de senhas para ter acesso aos dados de alguém.
Esse ataque em estilo "arrombamento" pode também vir a se beneficiar da IA. Novas
ferramentas conseguem testar muitas combinações de caracteres e símbolos que podem
corresponder às suas senhas. E como muita gente cria senhas baseadas em informações
da própria vida (como aniversários, nome dos animais de estimação, etc.), acaba ficando
mais suscetível a esse golpe.
Por isso, o ideal é criar senhas muito complexas ou gerenciadas por softwares específicos
que se prestam apenas a isso. Não vai tornar o ataque impossível, mas com certeza vai
ajudar a proteger contra ataques vindos de máquinas.

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