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Atividade TICs Tétano (1)

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Tarefa de TIC 
Nome: Fellipo Mello Moreira 
Tema da 
Semana: 
 
Tétano 
1. Quais as manifestações clínicas do tétano e sua relação 
com as alterações no Sistema Nervoso? 
2. Qual o mecanismo de ação da toxina tetânica no Sistema 
Nervoso Central e Sistema Nervoso Periférico? 
 
Data: 03/03/2023 
 
RESPOSTA: 
 
O Tétano é uma intoxicação aguda provocada por uma neurotoxina potente, a 
tetanospasmina, produzida pelo Clostridium tetani, que é um bacilo gram-
positivo, anaeróbio e formador de endosporos. Os bacilos do tétano formam 
esporos resistentes que podem ser encontrados no solo e nas fezes de 
animais, capazes de permanecer viáveis durante anos. Pacientes com 
queimaduras, ferimentos cirúrgicos, ou história de abuso de drogas injetáveis 
são especialmente propensos a desenvolver tétano. A infecção também pode 
comprometer o útero depois do parto (tétano materno) e o coto umbilical do 
recém-nascido (tétano neonatal) como resultado de um parto e um cuidado 
com o coto umbilical sem a higiene necessária. Diabetes mellitus e história de 
imunossupressão podem ser fatores de risco de tétano. 
Os esporos de C. tetani geralmente penetram nas feridas contaminadas, e 
atetanospamina entra nas terminações nervosas periféricas, onde liga-se de 
modo irreversível, percorrendo então de maneira retrógrada ao longo dos 
axônios e através das sinapses e, finalmente, entra no sistema nervoso central. 
Como resultado, a liberação de transmissores inibidores das terminações 
nervosas é bloqueada, causando assim estímulo muscular sem oposição por 
acetilcolina e uma espasticidade tônica generalizada, geralmente associada a 
convulsões tônicas intermitentes. A desinibição dos neurônios autônomos e a 
perda de controle da liberação de catecolamina adrenal causam instabilidade 
autonômica e um estado hipersimpático. Uma vez ligada, a toxina não pode ser 
neutralizada. 
O período de incubação da doença varia de 2 a 50 dias (média de 5 a 10 dias). 
 
 
 
 
 
Os sintomas do tétano são contratura da mandíbula (o mais frequente), 
dificuldade para engolir, agitação, irritabilidade, rigidez de pescoço, braços, ou 
pernas, arqueamento das costas (opistótono), cefaleia, dor de garganta e 
espasmos tônicos. Em seguida, o paciente tem dificuldade para abrir a 
mandíbula (trismo). Espasmos também interferem na respiração, causando 
cianose ou asfixia fatal. 
Considerar o diagnóstico de tétano quando os pacientes apresentarem rigidez 
muscular ou espasmos repentinos e inexplicáveis, particularmente se tiverem 
história de lesões recentes ou fatores de risco de tétano. 
O tétano pode ser confundido com meningoencefalite de origem bacteriana ou 
viral; mas o quadro a seguir sugere tétano: Sensório intacto, Líquor normal e 
espasmos musculares. O trismo deve ser diferenciado de abscesso peritonsilar 
ou de retrofaringe ou outra causa local. Fenotiazinas podem induzir rigidez 
semelhante ao tétano (p. ex., reação distônica, síndrome neuroléptica maligna). 
O C. tetani pode, algumas vezes, ser cultivado a partir da lesão, mas a cultura 
não é sensível; somente 30% dos pacientes com tétano têm culturas positivas. 
Além disso, culturas falso-positivas podem ocorrer em pacientes sem tétano. 
 
 
REFERÊNCIAS: 
1º: TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e 
Fisiologia . [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2016. E-book. ISBN 
9788527728867. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728867/. Acesso em: 
05 mar. 2023. 
2º: VIERTEL, Ilse Lisiane; AMORIM, Luciana; PIAZZA, Udson. Tétano acidental 
no Estado de Santa Catarina, Brasil: aspectos epidemiológicos. Epidemiol. 
Serv. Saúde, Brasília , v. 14, n. 1, p. 33-40, mar. 2005 . Disponível em 
<http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-
49742005000100004&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 05 mar. 2023. 
http://dx.doi.org/10.5123/S1679-49742005000100004. 
3º: LISBOA, T. et al.. Diretrizes para o manejo do tétano acidental em pacientes 
adultos. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, v. 23, n. Rev. bras. ter. 
intensiva, 2011 23(4), p. 394–409, out. 2011.

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