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Tétano

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Samara Valentim | DIP | Turma LII | Medicina – UNCISAL 
1 
- Doença de notificação compulsória. 
- Imunoprevenível. 
- Não contagiosa. 
- Não produz imunidade, o indivíduo mesmo infectado 
deve ser vacinado. 
- Doença causada por neurotoxinas produzidas e 
secretadas pelo bacilo Clostridium tetani. 
- O bacilo é anaeróbio e resistente no solo pela 
formação de esporos. 
AGENTE ETIOLÓGICO 
- É causado por toxinas produzidas pelo bacilo gram-
positivo. 
- Os esporos são formas resistentes ao ambiente com 
oxigênio e a temperaturas de até 120 °C. 
*No corpo, caso a forma esporulada não encontre condições 
de anaerobiose para transformar em forma vegetativa 
(produtora de toxinas), tende a ser eliminada pela 
fagocitose, embora em alguns raros casos, há relatos de que 
resistam por meses até que surja condição de anaerobiose, 
desencadeando a doença, logo, mesmo ferimentos de baixo 
risco são suscetíveis . 
TOXINAS 
TETANOLISINA- citotoxina da família das citolisinas, 
possui ação sobre a membrana das células renais, que 
resulta em lesão celular que pode culminar em 
insuficiência renal. 
TETANOSPASMINA- considerada a principal toxina, 
pois age inibindo a acetilcolinesterase, causando um 
acúmulo de acetilcolina na junção mioneural, o que 
gera hipertonia. E estimula a liberação de GABA e 
glicina, perdendo a inibição da contração. 
*A fixação da toxina pode levar até três semanas para ser 
desfeita e requer internamento prolongado. 
FISIOPATOLOGIA 
- Indivíduo não imunizado = quando a forma 
esporulada é inoculada e o esporo encontra condições 
de anaerobiose  depois de 6 horas desenvolve a 
forma vegetativa, que produz toxinas. 
EPIDEMIOLOGIA 
- Distribuição mundial. 
- Concentração em países com menor 
desenvolvimento social e econômico. 
- Tem se notado um declínio mundial e nacional com a 
introdução da vacinação. 
- Distribui-se principalmente no verão por causa da 
exposição ambiental, em agricultores e em idosos. Não 
tendo predileção de gênero. 
- Os extremos de idade, crianças e idosos, chegam a 
atingir mortalidade maior do que 70%. 
TRANSMISSÃO 
- Reservatório = solo e objetos contaminados com os 
esporos. 
- Transmissão se dá através de ferimentos com esses 
objetos (principalmente estreitos e profundos). 
QUADRO CLÍNICO 
- PERÍODO DE INCUBAÇÃO = aproximadamente 7 dias. 
- PERÍODO DE PROGRESSÃO/ INVASÃO = 48 horas (até a 
primeira convulsão) 
- Em geral, os ferimentos iniciais podem surgir de 
trauma em membro inferior, queimaduras, traumas 
com materiais enferrujados, gangrenas ou abortos. 
A) Tétano Generalizado 
- Ou clássica. 
- Trismo (oclusão forçosa por rigidez massetérica). 
- Rigidez de nuca (pela contração de músculos occipitais). 
- Rigidez abdominal e dos membros. 
- Fácies tetânico (contratura da musculatura peri -orbital, 
da musculatura oral/riso sardônico). 
- Disfagia. 
- Posição de opistótono (contratura da musculatura 
paravertebral). 
- Convulsões tônico-clônicas (rítmicas e que simulam 
movimento). 
- Equinismo. 
B) Tétano Umbilical 
- Tétano neonatal ou mal dos sete dias. 
- Ocorre em recém-nascidos, geralmente no sétimo 
dia devido ao período de incubação. 
- Frequente em locais como o sudeste asiático e 
oriente médio. 
- Vincula-se com assistência neonatal inadequada e 
uso de equipamentos enferrujados durante o parto. 
Samara Valentim | DIP | Turma LII | Medicina – UNCISAL 2 
- Perda da sucção pelo neonato. 
- Demais manifestações: opistótono e rigidez de nuca. 
C) Tétano Cefálico 
- É um tipo atípico. 
- Divide-se em cefálico simples, tétano de Rose e 
tétano de Worms. 
- No cefálico simples tem-se trismo, riso sardônico, 
disfagia e rigidez nucal, mas sem manifestações 
generalizadas como convulsões e opistótono. 
- Já o tétano de Rose além dessas há 
comprometimento de nervos cranianos que gera 
paralisia facial periférica. 
- O tétano de Worms apresenta comprometimento 
maior dos nervos cranianos, que se manifesta através 
de ptose palpebral e oftalmoplegia, percebidas pelo 
paciente através da diplopia. 
D) Tétano Monoplégico 
- Também é uma forma atípica. 
- Afeta apenas um membro, em geral aquele que foi 
inoculado. 
- Pode evoluir para a tetania generalizada. 
DIAGNÓSTICO 
- É clínico (manifestações + história). 
- Não há exames clínicos adequados que permitam, 
isoladamente, o diagnóstico. 
- O seguimento laboratorial do paciente é importante 
pois ele pode apresentar insuficiência respiratória, 
lesão renal, distúrbios acidobásicos e eletrolíticos. 
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS 
- Hipocalcemia. 
- Intoxicações exógenas por estriquinina. 
- Meningite 
- Afecções periodontais. 
- Histeria. 
TRATAMENTO 
- Suporte + alívio dos sintomas 
- Se volta para evitar fraturas de corpo vertebral pela 
contratura muscular; além de se voltar à erradicação 
do bacilo e neutralização de suas toxinas. 
ANTIBIOTICOTERAPIA 
- Penicilina G cristalina 3/3h (quanto antes melhor). 
TRATAMENTO INESPECÍFICO 
- Relaxamento muscular (inclusive curarizantes). 
- Benzodiazepínicos (Diazepam 10 mg 1/1h). 
- Anticonvulsivantes (fenobarbital). 
- Isolamento fototérmico e acústico. 
- Sondagem, intubação orotraqueal e traqueostomia. 
- Correção de distúrbios acidobásicos e hidroeletrolíti -
cos 
NEUTRALIZAÇÃO DA TOXINA 
- Soro antitetânico homólogo ou heterólogo. 
*potencial de reações alérgicas 
- Aplicado no local desbridado e via intramuscular 
(5000 U). 
PROFILAXIA 
- Estado vacinal 
- Ferimento do paciente, limpos ou sujos (profundos, 
puntiformes, contaminados, queimaduras etc.) 
VACINAÇÂO 
- 3 doses aos 2,4 e 6 meses e doses de reforço a cada 
10 anos 
- No paciente vacinado e com ferimento limpo, a 
conduta é o desbridamento do foco e higiene local com 
soro e substâncias oxidantes. 
- No paciente incorretamente vacinado e com 
ferimento limpo, além da higiene e desbridamento, o 
calendário deve ser atualizado. 
- Em ferimentos sujos, atualiza-se as vacinas cujo 
reforço foi de 5-9 anos ou 10 ou mais anos, usa-se soro 
e vacina caso haja vacinação incerta e a conduta é 
expectante se reforço há menos de 5 anos.

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